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Leis Especiais

1. LEI Nº 10.357/2001 (CONTROLE E FISCALIZAÇÃO DE PRODUTOS


QUÍMICOS – PF)���������������������������������������������������������������������������������������������������2
1.1 Conceitos Introdutórios������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
1.2 Generalidades das Infrações Administrativas����������������������������������������������������������������������������������������5
1.3 Infrações Administrativas em Espécie���������������������������������������������������������������������������������������������������� 6
1.4 Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos���������������������������������������������������������������������� 6
1.5 Síntese�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������7

SUMÁRIO
LEIS ESPECIAIS

1. LEI Nº 10.357/2001 (CONTROLE 1.1.2 Órgão Responsável


Art. 3º. Compete ao Departamento de Polícia Federal o contro-
E FISCALIZAÇÃO DE le e a fiscalização dos produtos químicos a que se refere o art.
1º desta Lei e a aplicação das sanções administrativas decorren-
PRODUTOS QUÍMICOS – PF) tes. (grifo nosso)
A competência é do Departamento da Polícia Federal (DP-
1.1 Conceitos Introdutórios F)2; porém, é necessário ressaltar que, em se tratando de produtos
A Lei nº 10.357/2001 é exclusivamente administrativa e não químicos destinados à fabricação de armas, munições ou explosi-
versa sobre matéria penal, portanto, qualquer questão que diga vos, a competência será do Exército Brasileiro (Decreto nº 3.665,
que incorrerá em crime previsto nessa lei é falsa — há somente de 20 de novembro de 2000).
infrações administrativas. Além dessa lei, outros atos infralegais Por exemplo, uma empresa comercializa sulfeto de sódio3,
serão utilizados para regulamentá-la, como a Portaria nº 1.274/MJ, produto químico que pode ser utilizado como insumo na elabora-
de 12 de agosto de 2003, e o Decreto Presidencial nº 4.262, de 10 ção de gás mostarda — sulfeto de bis — arma química. Nessa situa-
de junho de 2002. ção, as atividades dessa empresa devem ser fiscalizadas pelo Exér-
cito Brasileiro, e não pelo DPF (Departamento da Polícia Federal).
1.1.1 Objetivo
Inspeção prévia e/ou fiscalização (facultativas): é facul-
Estabelece normas de controle1 e fiscalização sobre produ-
tado ao Departamento de Polícia Federal – DPF realizar inspeção
tos químicos que direta ou indiretamente possam ser destinados
prévia e fiscalização em instalações e locais utilizados ou que ve-
à elaboração ilícita de substâncias entorpecentes, psicotrópicas
nham a ser utilizados para o exercício de atividades desenvolvidas
ou que determinem dependência física ou psíquica, e dá outras
com produtos químicos controlados.4
providências.
Art. 1º. Estão sujeitos a controle e fiscalização, na forma pre-
Ação conjunta: as ações de fiscalização a que se refere este
vista nesta Lei, em sua fabricação, produção, armazenamento, artigo serão executadas, quando necessário, em conjunto com os
transformação, embalagem, compra, venda, comercialização, órgãos competentes de controle ambiental, de segurança, de saú-
aquisição, posse, doação, empréstimo, permuta, remessa, de pública e fiscal.5
transporte, distribuição, importação, exportação, reexporta-
ção, cessão, reaproveitamento, reciclagem, transferência e uti- Por exemplo, a ação conjunta entre DCPQ (Divisão de Con-
lização, todos os produtos químicos que possam ser utilizados trole e Fiscalização de Produtos Químicos do DPF), SENAD (Secre-
como insumo na elaboração de substâncias entorpecentes, psi- taria Nacional de Políticas sobre Drogas), IBAMA (Instituto Brasilei-
cotrópicas ou que determinem dependência física ou psíquica. ro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), ANVISA
§1º. Aplica-se o disposto neste artigo às substâncias entorpe- (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e Receita Federal do Mi-
centes, psicotrópicas ou que determinem dependência física
nistério da Fazenda, entre outros.
ou psíquica que não estejam sob controle do órgão competen-
te do Ministério da Saúde. Comissão fiscalizatória: a fiscalização será realizada por Co-
§2º. Para efeito de aplicação das medidas de controle e fisca- missão criada no âmbito do Departamento de Polícia Federal – DPF.6
lização previstas nesta Lei, considera-se produto químico as
substâncias químicas e as formulações que as contenham, nas
Infração administrativa: dificultar, de qualquer maneira, a
concentrações estabelecidas em portaria, em qualquer estado ação do órgão de controle e fiscalização (Art. 12, XIII).
físico, independentemente do nome fantasia dado ao produto
e do uso lícito a que se destina. 1.1.3 Certificado de Registro Cadastral
Art. 2º. O Ministro de Estado da Justiça, de ofício ou em razão (CRC) e Certificado de Licença
de proposta do Departamento de Polícia Federal, da Secreta-
ria Nacional Antidrogas ou da Agência Nacional de Vigilância de Funcionamento (CLF)
Sanitária, definirá, em portaria, os produtos químicos a serem Art. 4º. Para exercer qualquer uma das atividades sujeitas a
controlados e, quando necessário, promoverá sua atualização, controle e fiscalização relacionadas no art. 1º, a pessoa física
excluindo ou incluindo produtos, bem como estabelecerá os ou jurídica deverá se cadastrar e requerer licença de funcio-
critérios e as formas de controle. namento ao Departamento de Polícia Federal, de acordo com
Normalmente, os produtos considerados como droga es- os critérios e as formas a serem estabelecidas na portaria a que
tão dispostos na Portaria nº 344, de 1998, do Ministério da Saú- se refere o art. 2º, independentemente das demais exigências
legais e regulamentares.
de, conforme o Art. 66 da Lei Antidrogas (Lei nº 11.343/2006),
§1º. As pessoas jurídicas já cadastradas, que estejam exercendo
no entanto, poderá o Ministro de Estado da Justiça determinar atividade sujeita a controle e fiscalização, deverão providenciar
que outros produtos químicos que não estejam sob o controle do 2 A Polícia Federal, por meio da Divisão de Controle e Fiscalização de Produ-
Ministério da Saúde sejam fiscalizados e controlados pelo DPF tos Químicos (DCPQ) realiza o controle e a fiscalização da fabricação, produção,
(§ 1º do Art. 1º), mediante portaria, de ofício ou proposto pelo armazenamento, transformação, embalagem, compra, venda, comercialização,
aquisição, posse, doação, empréstimo, permuta, remessa, transporte, distribuição,
DPF (Departamento de Polícia Federal), pela SENAD (Secretaria importação, exportação, reexportação, cessão, reaproveitamento, reciclagem,
Nacional Antidrogas) ou pela ANVISA (Agência Nacional de Vigi- transferência e utilização de produtos químicos que possam ser utilizados como
lância Sanitária). insumo na elaboração de drogas ilícitas, cumprindo a Lei nº 10.357/2001 (e regula-
mentações). <http://www.pf.gov.br/servicos-pf/produtos-quimicos>.
3 Curiosidade: o sulfato de sódio é controlado pelo DPF; e o sulfeto de sódio, pelo
Exército Brasileiro.
1 A gestão de documentos, processos e arquivo é feita por meio do Sistema Eletrô- 4 Caput, Art. 4º, Decreto nº 4.262, de 10 de junho de 2002.
nico de Informações no âmbito da Polícia Federal — SEI-PF (Portaria nº 6475-DG/ 5 Parágrafo único, Art. 4º, Decreto nº 4.262, de 10 de junho de 2002.
PF, de 05 de julho de 2016). 6 Caput, Art. 5º, Decreto nº 4.262, de 10 de junho de 2002.

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seu recadastramento junto ao Departamento de Polícia Fede- Cadastramento + AE + AP (importar ou exportar): quando
ral, na forma a ser estabelecida em regulamento. se tratar de pedido de Autorização Especial para importar, expor-
§2º. A pessoa física ou jurídica que, em caráter eventual, neces- tar ou reexportar produto químico controlado, a pessoa física ou
sitar exercer qualquer uma das atividades sujeitas a controle e
fiscalização, deverá providenciar o seu cadastro junto ao De-
jurídica interessada deverá atender também o disposto no Art.
partamento de Polícia Federal e requerer autorização especial 7º da Lei nº 10.357, de 2001, e o Art. 11 da Portaria nº 1.274/MJ, de
para efetivar as suas operações. (grifo nosso) 2003 — Autorização Prévia (AP).
Essa lei é direcionada não só à pessoa jurídica, mas também
à pessoa física (produtor rural) que lide com esses produtos. 1.1.5 Renovação Anual do CLF
Art. 5º. A pessoa jurídica referida no ‘caput’ do art. 4º deverá
Certificado de Registro Cadastral (CRC): é o documento requerer, anualmente, a Renovação da Licença de Funciona-
que certifica que a pessoa jurídica ou pessoa física (no caso de pro- mento para o prosseguimento de suas atividades.
dutor rural), em situação regular, está devidamente registrada na Momento de renovação (10º mês): a renovação da licença
divisão de controle de produtos químicos e apta a exercer ativida- deverá ser requerida 60 (sessenta) dias antes do vencimento do
des com substâncias químicas controladas.7 Certificado de Licença de Funcionamento.14
Certificado de Licença de Funcionamento (CLF): é o do- Cancelamento automático do CLF e do CRC: será auto-
cumento que habilita a pessoa jurídica a exercer atividade não maticamente cancelado o cadastro da pessoa jurídica que não
eventual com produtos químicos sujeitos a controle e fiscalização, requerer a renovação da licença no prazo acima, sem prejuízo da
assim como, de forma equiparada e em caráter excepcional, a pes- aplicação das medidas administrativas previstas no Art. 14 da Lei
soa física que desenvolva atividade na área de produção rural.8 nº 10.357, de 2001.15
Cadastramento + CRC + CLF: a emissão do Certificado de Portanto, se não efetuar a renovação da licença, perderá não
Registro Cadastral e do Certificado de Licença de Funcionamento só o CLF, mas também o CRC16 e responderá por ilícito administra-
está condicionada à aprovação do cadastro da pessoa jurídica.9 tivo (Art. 12, I e V). Assim, cancelado o cadastro da pessoa jurídica,
Validade do CLF (1 ano): o Certificado de Licença de Funcio- deverá, então, requerer ao DPF uma nova emissão de Certificado
namento é válido por um ano, contado da data de sua emissão.10 É de Registro Cadastral – CRC e do respectivo Certificado de Licença
obrigatória a sua renovação anualmente, conforme o Art. 5º. de Funcionamento – CLF, por meio de requerimento próprio ins-
São infrações administrativas: deixar de se cadastrar – CRC truído com o comprovante de recolhimento da Taxa de Controle
ou de se licenciar – CLF, no prazo legal (Art. 12, I); exercer qualquer e Fiscalização de Produtos Químicos, formulário cadastral, devi-
atividade sujeita ao controle fiscalizatório desta lei sem a licença damente preenchido, e cópia autenticada dos documentos que a
de funcionamento – CLF ou a autorização especial – AE (Art. 12, legislação pertinente exige.17
V); bem como o exercício dessas atividades com pessoa física ou
jurídica não autorizada ou em situação irregular (Art. 12, VI). 1.1.6 Obrigação de CLF ou AE para
Fornecedor e Comprador
1.1.4 Autorização Especial (AE) Art. 6º. Todas as partes envolvidas deverão possuir licença de
– De Caráter Eventual funcionamento, exceto quando se tratar de quantidades de
produtos químicos inferiores aos limites a serem estabelecidos
Art. 4º, §2º. A pessoa física ou jurídica que, em caráter even- em portaria do Ministro de Estado da Justiça.
tual, necessitar exercer qualquer uma das atividades sujeitas a
controle e fiscalização, deverá providenciar o seu cadastro jun- Para realizar operações com produtos químicos sujeitos a
to ao Departamento de Polícia Federal e requerer autorização controle e fiscalização, todas as partes envolvidas — fornecedor
especial para efetivar as suas operações. e comprador — deverão possuir Certificado de Licença de Fun-
Autorização Especial (AE): é o documento que habilita a cionamento (CLF) ou Autorização Especial (AE)18, ressalvados os
pessoa física ou jurídica a exercer, eventualmente, atividade com adquirentes ou possuidores de produtos químicos sujeitos a
produtos químicos sujeitos a controle e fiscalização.11 Constituindo controle e fiscalização, em quantidades iguais ou inferiores aos li-
em ilícito administrativo o exercício sem a AE (Art. 12, V). mites de isenção especificados nos adendos das listas constantes
Cadastramento + AE: a emissão da Autorização Especial do Anexo I, da Portaria nº 1.274/MJ, de 2003. Embora estes adqui-
está condicionada à aprovação do cadastro e à natureza da ativi- rentes não necessitem de licença ou autorização prévia do DPF, o
dade econômica desenvolvida pelo interessado.12 fornecedor deve cumprir as normas de controle previstas na Lei nº
10.357, de 2001.19
Prazo de validade da AE (60+60): a Autorização Especial é
intransferível, terá prazo de validade de sessenta dias, contados a Infração administrativa: exercer qualquer das atividades
partir da data de emissão, prorrogável uma vez por igual período, sujeitas a controle e fiscalização, sem a devida Licença de Funcio-
e cobrirá uma operação por produto.13 namento – CLF ou Autorização Especial – AE (Art. 12, V); transa-
7 FAQ Nucal (DPF), de 02 de fevereiro de 2017. Disponível em: <http://www.pf. cionar com pessoa física ou jurídica a qual não tenha autorização
gov.br/servicos-pf/produtos-quimicos/duvidas-frequentes/faq-nucal>. Acesso ou esteja em situação irregular (Art. 12, VI).
em: 07 de outubro de 2017.
8 § 1º, Art. 2º, Portaria nº 1.274/MJ, de 12 de agosto de 2003. 14 Caput, Art. 9º, Portaria nº 1.274/MJ, de 12 de agosto de 2003.
9 § 2º, Art. 4º, Portaria nº 1.274/MJ, de 12 de agosto de 2003. 15 § 2º, Art. 9º, Portaria nº 1.274/MJ, de 12 de agosto de 2003.
10 § 4º, Art. 4º, Portaria nº 1.274/MJ, de 12 de agosto de 2003. 16 § 3º, Art. 9º, Portaria nº 1.274/MJ, de 12 de agosto de 2003.
11 § 2º, Art. 2º, Portaria nº 1.274/MJ, de 12 de agosto de 2003. 17 Caput, Art. 4º, Portaria nº 1.274/MJ, de 12 de agosto de 2003.
12 § 1º, Art. 10, Portaria nº 1.274/MJ, de 12 de agosto de 2003. 18 Art. 3º, Portaria nº 1.274/MJ, de 12 de agosto de 2003.
13 § 2º, Art. 10, Portaria nº 1.274/MJ, de 12 de agosto de 2003. 19 Caput, Art. 25, Portaria nº 1.274/MJ, de 12 de agosto de 2003.

LEIS ESPECIAIS
LEIS ESPECIAIS

1.1.7 Autorização Prévia (AP) – os documentos dessa atividade, pelo menos, por 5 (cinco) anos e apre-
Importação ou Exportação sentá-los ao Departamento de Polícia Federal quando solicitados.
Art. 7º. Para importar, exportar ou reexportar os produtos Infração administrativa: omitir as informações a que se re-
químicos sujeitos a controle e fiscalização, nos termos dos arts. fere o Art. 8º desta Lei, ou prestá-las com dados incompletos ou
1º e 2º, será necessária autorização prévia do Departamento de inexatos (Art. 12, III); deixar de apresentar ao órgão fiscalizador,
Polícia Federal, nos casos previstos em portaria, sem prejuízo quando solicitado, notas fiscais, manifestos e outros documentos
do disposto no art. 6º e dos procedimentos adotados pelos de-
mais órgãos competentes.
de controle (Art. 12, IV).
Autorização Prévia (AP): para importar, exportar ou reex- 1.1.9 Alteração ou Suspensão de Atividade
portar produto químico sujeito a controle e fiscalização, a pessoa
física ou jurídica deverá requerer ao DPF a emissão da Autorização (Comunicação Obrigatória)
Prévia – AP correspondente, nos casos previstos na Portaria nº Art. 10. A pessoa física ou jurídica que, por qualquer motivo,
suspender o exercício de atividade sujeita a controle e fiscali-
1.274/MJ, de 2003, mediante requerimento próprio instruído com zação ou mudar de atividade controlada deverá comunicar a
os documentos listados nesta Portaria.20 paralisação ou alteração ao Departamento de Polícia Federal,
Prazo de validade da AP (60+60): a Autorização Prévia é no prazo de trinta dias a partir da data da suspensão ou da
intransferível, terá prazo de validade de sessenta dias, contados a mudança de atividade. (grifo nosso)
partir da data de emissão, prorrogável uma vez por igual período, Atualizações relevantes (30 dias): a pessoa jurídica pos-
e cobrirá uma operação por produto.21 suidora de Certificado de Registro Cadastral – CRC deverá comu-
nicar ao DPF, no prazo de trinta dias, todo e qualquer fato que jus-
Infração administrativa: importar, exportar ou reexportar pro-
tifique a atualização de seu cadastro, mediante preenchimento de
duto químico controlado, sem autorização prévia – AP (Art. 12, VIII).
formulário próprio.24 Constituindo em ilícito administrativo a
1.1.8 Periodicidade de Informações (Envio não comunicação (Art. 12, II).
de Mapas) e Arquivamento por 5 anos Encerramento de atividades (30 dias): a pessoa jurídica
que suspender, em caráter definitivo, atividade sujeita a controle
Art. 8º. A pessoa jurídica que realizar qualquer uma das ativi-
dades a que se refere o art. 1º desta Lei é obrigada a fornecer ao e fiscalização, deverá requerer ao DPF, no prazo de trinta dias, o
Departamento de Polícia Federal, periodicamente, as informa- cancelamento de sua licença, anexando ao seu pedido o Certifi-
ções sobre suas operações. cado de Registro Cadastral, o Certificado de Licença de Funcio-
Parágrafo único. Os documentos que consubstanciam as in- namento e o documento comprobatório da destinação dada aos
formações a que se refere este artigo deverão ser arquivados produtos químicos controlados que existiam em estoque na data
pelo prazo de cinco anos e apresentados ao Departamento de
da suspensão da atividade.25 Constituindo em ilícito administrativo
Polícia Federal quando solicitados.
Art. 9º. Os modelos de mapas e formulários necessários à im-
a não comunicação (Art. 12, II).
plementação das normas a que se referem os artigos anteriores Prorrogação ou cancelamento de AE: o pedido de prorro-
serão publicados em portaria ministerial. gação ou cancelamento de Autorização Especial deverá ser forma-
Envio periódico de informações ao DPF: as pessoas jurídi- lizado ao DPF por meio de requerimento próprio.26
cas que exercem atividades sujeitas a controle e fiscalização estão Prorrogação ou cancelamento de AP: o pedido de prorro-
obrigadas a informar ao DPF, até o décimo dia útil de cada mês.22 gação ou cancelamento de Autorização Prévia concedida deverá
Ressalta-se que existem atividades que não precisam enviar os ser formalizado ao DPF por meio de requerimento próprio.27
mapas nem estão sujeitas a controle e fiscalização, por sua inexpres-
siva quantidade ou por não estar o produto classificado na portaria de 1.1.10 Suspeita de Desvio de Produto
controle (Art. 2º), por exemplo, uma indústria privada de tintas que (Comunicação Imediata) – até 24h
precise de apenas 5ml de determinado produto para testes acerca de Art. 11. A pessoa física ou jurídica que exerça atividade sujeita a
uma coloração nova. Por isso, o dispositivo em tela é aplicável somen- controle e fiscalização deverá informar ao Departamento de Polí-
te àqueles que se sujeitam ao controle e à fiscalização. cia Federal, no prazo máximo de vinte e quatro horas, qualquer
suspeita de desvio de produto químico a que se refere esta Lei.
Mapas: o aplicativo (software) mapas foi desenvolvido com
a finalidade de coletar as informações referentes à fabricação ou Suspeita de desvio (24 horas): o Art. 11 dessa lei afirma que
produção, transformação, utilização, reaproveitamento ou recicla- quando houver suspeita de desvio de produto químico das empre-
gem, comercialização e distribuição, embalagem, armazenamento, sas ou pessoa física os quais estejam sujeitos a controle e fiscaliza-
transporte, ou outra operação envolvendo os produtos químicos ção devem comunicar ao DPF imediatamente — até 24 horas —,
controlados por força da lei em vigor.23 sendo hipótese de ilícito administrativo a não comunicação delibe-
rada de suspeita de desvio, para fins ilícitos (Art. 12, VII).
Arquivamento de documentos (5 anos): as pessoas que se su-
jeitam ao controle e à fiscalização previstos nessa lei devem arquivar Furto, roubo ou extravio (48 horas): diferentemente, se
realmente aconteceu furto, roubo ou extravio de documentos ou
20 Caput, Art. 11, Portaria nº 1.274/MJ, de 12 de agosto de 2003. produtos, então se deve imediatamente registrar a ocorrência
21 § 1º, Art. 11, Portaria nº 1.274/MJ, de 12 de agosto de 2003.
22 Caput, Art. 21, Portaria nº 1.274/MJ, de 12 de agosto de 2003. 24 Caput, Art. 6º, Portaria nº 1.274/MJ, de 12 de agosto de 2003.
23 Programa Mapas (DPF), de 16 de outubro de 2015. Disponível em: <http:// 25 Art. 7º, Portaria nº 1.274/MJ, de 12 de agosto de 2003.
www.pf.gov.br/servicos-pf/produtos-quimicos/programas/programa-mapas>. 26 § 4º, Art. 10, Portaria nº 1.274/MJ, de 12 de agosto de 2003.
Acesso em: 07 de outubro de 2017. 27 § 2º, Art. 11, Portaria nº 1.274/MJ, de 12 de agosto de 2003.

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em qualquer unidade policial e comunicar o DPF em até 48 ho- Art. 14. O descumprimento das normas estabelecidas nesta
ras, constituindo ilícito administrativo (Art. 12, XII). Lei, independentemente de responsabilidade penal, sujeitará
os infratores às seguintes medidas administrativas, aplicadas
São considerados documentos de controle: Certificado cumulativa ou isoladamente:
de Registro Cadastral (CRC); Certificado de Licença de Funciona- I. advertência formal;
mento (CLF); Autorização Especial (AE); Autorização Prévia de II. apreensão do produto químico encontrado em situação
importação, exportação ou reexportação (AP); notificação prévia; irregular;
mapas de controle; e notas fiscais, manifestos e outros documen- III. suspensão ou cancelamento de licença de funcionamento;
tos fiscais.28 IV. revogação da autorização especial; e
V. multa de R$ 2.128,20 (dois mil, cento e vinte e oito reais
1.2 Generalidades das Infrações e vinte centavos) a R$ 1.064.100,00 (um milhão, sessenta e
quatro mil e cem reais).
Administrativas §1º. Na dosimetria da medida administrativa, serão considera-
das a situação econômica, a conduta do infrator, a reincidência,
1.2.1 Formalidade a natureza da infração, a quantidade dos produtos químicos
Art. 13. Os procedimentos realizados no exercício da fiscaliza- encontrados em situação irregular e as circunstâncias em que
ção deverão ser formalizados mediante a elaboração de docu- ocorreram os fatos.
mento próprio. §2º. A critério da autoridade competente, o recolhimento do
É obrigatória a formalidade (documentação) do procedi- valor total da multa arbitrada poderá ser feito em até cinco par-
celas mensais e consecutivas.
mento administrativo realizado, na medida em que se trata de um
§3º. Das sanções aplicadas caberá recurso ao Diretor-Geral do
dos requisitos29 do ato administrativo: a forma (escrito). Se o pro- Departamento de Polícia Federal, na forma e prazo estabeleci-
cedimento fiscalizatório referente a esta lei não for formalizado, dos em regulamento.
então será nulo. Independência de responsabilidade: a aplicação de san-
Auto de fiscalização: a fiscalização realizada será consubs- ção administrativa prevista nessa lei não afasta a de matéria penal
tanciada em auto próprio, lavrado em três vias, que deverão ser (por exemplo, o tráfico de drogas), por serem as esferas penal, ad-
assinadas pelos agentes atuantes na fiscalização e pelo represen- ministrativa e civil independentes entre si, não havendo necessi-
tante legal ou funcionário da pessoa jurídica fiscalizada que tenha dade de se sobrestar o processo administrativo para o fim de se
presenciado o ato.30 aguardar a decisão da ação penal ou civil.
Igualmente deverão ser formalizados, mediante lavratura Atos discricionários: as sanções administrativas, bem co-
de auto próprio, os procedimentos relacionados à apreensão e res- mo o valor da multa, são atos discricionários da autoridade ad-
tituição de produtos químicos, coleta de amostra para exame peri- ministrativa competente, que, além de respeitar os princípios da
cial, nomeação de depósito, apreensão de documentos suspeitos proporcionalidade e razoabilidade, devem levar em consideração
e outros que se fizerem necessários para a elucidação dos fatos.31 as circunstâncias do § 1º do Art. 14.
Após a fiscalização, será entregue ao representante legal da Defesa prévia (30 dias): configurada qualquer uma das
pessoa jurídica fiscalizada, mediante recibo, uma via de cada do- infrações previstas no Art. 12 da Lei nº 10.357, de 2001, a pessoa
cumento produzido pelos agentes.32 física ou jurídica infratora será notificada para apresentar defesa,
Procedimento administrativo independe de ação fiscali- no prazo de trinta dias.34
zatória (facultativa): é facultado ao Departamento de Polícia Fe- Decisão: o auto de fiscalização e outras peças que forem
deral instaurar procedimento administrativo, independentemente produzidas no ato da fiscalização serão encaminhados ao Chefe
de ação fiscalizatória, com vistas a apurar possível prática de infra- do Órgão Central de Controle de Produtos Químicos, para análise e
ção definida no Art. 12 da Lei nº 10.357, de 2001.33 decisão.35 Transcorrido o prazo de defesa, o Chefe do Órgão Cen-
tral de Controle de Produtos Químicos decidirá pela aplicação das
1.2.2 Medidas Administrativas Cabíveis medidas administrativas previstas no Art. 14 da Lei nº 10.357, de
São cinco medidas administrativas cabíveis que podem ser 2001, ou pelo arquivamento.36
aplicadas de forma única (isolada) ou conjunta com outra (cumu- Recurso: da decisão do Chefe do Órgão Central de Controle
lativamente): advertência escrita; apreensão de produto irregular; de Produtos Químicos caberá recurso, no prazo de quinze dias, para
suspensão ou cancelamento de licença de funcionamento – CLF; o Diretor-Geral do Departamento de Polícia Federal, a quem com-
revogação de autorização especial – AE; e multa. pete decidir em última instância administrativa.37 Não é admitido
recurso protocolizado fora do prazo (intempestivamente).38
Parcelamento (até 5x): quando se tratar da multa — o
valor é bem variável (de R$ 2.128,20 até R$ 1.064.100,00) — será
possível o seu recolhimento em até 5 parcelas mensais e consecu-
28 Caput, Art. 28, Portaria nº 1.274/MJ, de 12 de agosto de 2003. tivas, a critério da autoridade competente (Art. 14, § 2º).
29 Requisitos do ato administrativo: competência, finalidade, forma, motivo e
objeto (com base na Lei nº 4.717/1965 e nas lições de Direito Administrativo). 34 § 1º, Art. 6º, Decreto nº 4.262, de 10 de junho de 2002.
30§ 1º, Art. 5º, Decreto nº 4.262, de 10 de junho de 2002. 35 Caput, Art. 6º, Decreto nº 4.262, de 10 de junho de 2002.
31 § 2º, Art. 5º, Decreto nº 4.262, de 10 de junho de 2002. 36 § 2º, Art. 6º, Decreto nº 4.262, de 10 de junho de 2002.
32 § 3º, Art. 5º, Decreto nº 4.262, de 10 de junho de 2002. 37 § 3º, Art. 6º, Decreto nº 4.262 de 10 de junho de 2002.
33 Caput, Art. 7º, Decreto nº 4.262, de 10 de junho de 2002. 38 § 4º, Art. 6º, Decreto nº 4.262 de 10 de junho de 2002.

LEIS ESPECIAIS
LEIS ESPECIAIS

Qualquer que tenha sido a decisão (deferimento ou inde- Infrações administrativas Infrações administrativas
ferimento de defesa ou de recurso, sanção administrativa ou ar- omissivas comissivas
quivamento), a pessoa física ou jurídica fiscalizada será notificada, Art. 12. Constitui infração
mediante recebimento de termo de ciência.39 administrativa:
I - deixar de cadastrar-se ou
licenciar-se no prazo legal;
1.2.3 Regularização Obrigatória II - deixar de comunicar ao
Art. 12. Constitui infração
administrativa: […]
Departamento de Polícia Federal,
As sanções administrativas previstas nessa lei são aplicá- no prazo de trinta dias, qualquer
V - exercer qualquer das
veis não só à pessoa jurídica, mas também à pessoa física que atividades sujeitas a controle e
alteração cadastral ou estatutária
fiscalização, sem a devida Licença
lide com esses produtos. a partir da data do ato aditivo, bem
de Funcionamento ou Autorização
como a suspensão ou mudança
Art. 15. A pessoa física ou jurídica que cometer qualquer uma Especial do órgão competente;
de atividade sujeita a controle e
VI - exercer atividade sujeita a
das infrações previstas nesta Lei terá prazo de trinta dias, a fiscalização;
controle e fiscalização com pessoa
contar da data da fiscalização, para sanar as irregularidades III - omitir as informações a que
física ou jurídica não autorizada ou
se refere o art. 8º desta Lei, ou
verificadas, sem prejuízo da aplicação de medidas administra- em situação irregular, nos termos
prestá-las com dados incompletos
tivas previstas no art. 14. desta Lei; […]
ou inexatos;
VIII - importar, exportar ou
§1º. Sanadas as irregularidades, os produtos químicos even- IV - deixar de apresentar ao órgão
reexportar produto químico
tualmente apreendidos serão devolvidos ao seu legítimo pro- fiscalizador, quando solicitado,
controlado, sem autorização
notas fiscais, manifestos e outros
prietário ou representante legal. prévia;
documentos de controle; […]
§2º. Os produtos químicos que não forem regularizados e res- IX - alterar a composição de
VII - deixar de informar qualquer
produto químico controlado, sem
tituídos no prazo e nas condições estabelecidas neste artigo suspeita de desvio de produto
prévia comunicação ao órgão
serão destruídos, alienados ou doados pelo Departamento de químico controlado, para fins
competente;
ilícitos; […]
Polícia Federal a instituições de ensino, pesquisa ou saúde pú- X - adulterar laudos técnicos,
XI - deixar de informar no laudo
blica, após trânsito em julgado da decisão proferida no respec- notas fiscais, rótulos e embalagens
técnico, ou nota fiscal, quando
tivo processo administrativo. de produtos químicos controlados
for o caso, em local visível
visando a burlar o controle e a
§3º. Em caso de risco iminente à saúde pública ou ao meio am- da embalagem e do rótulo, a
fiscalização; […]
concentração do produto químico
biente, o órgão fiscalizador poderá dar destinação imediata aos XIII - dificultar, de qualquer
controlado;
produtos químicos apreendidos. (grifo nosso) maneira, a ação do órgão de
XII - deixar de comunicar ao
controle e fiscalização. (grifo
Regularização em 30 dias: a regularização é obrigatória Departamento de Polícia Federal
nosso)
furto, roubo ou extravio de
e independe da sanção administrativa aplicada (Art. 14), isto é, a produto químico controlado e
pessoa física ou jurídica autuada DEVERÁ, no prazo de 30 (trinta) documento de controle, no prazo
de quarenta e oito horas;
dias, cumprir os termos do respectivo despacho decisório (sanar
a irregularidade constatada)40, bem como, se for o caso, pagar a
multa que lhe foi aplicada (sanção administrativa).
1.4 Taxa de Controle e Fiscalização
Devolução, destruição, alienação ou doação: depois de sana- de Produtos Químicos
Art. 16. Fica instituída a Taxa de Controle e Fiscalização de Pro-
da a irregularidade, poderão, se for o caso, os produtos apreendidos
dutos Químicos, cujo fato gerador é o exercício do poder de po-
serem devolvidos (Art. 15, § 1º); não se cumprindo tais exigências, lícia conferido ao Departamento de Polícia Federal para contro-
então os produtos serão destruídos, alienados ou doados — depois do le e fiscalização das atividades relacionadas no art. 1º desta Lei.
trânsito em julgado do processo administrativo (Art. 15, § 2º). Art. 17. São sujeitos passivos da Taxa de Controle e Fiscalização
de Produtos Químicos as pessoas físicas e jurídicas que exer-
Risco iminente: no caso de risco iminente à saúde pública
çam qualquer uma das atividades sujeitas a controle e fiscaliza-
ou ao meio ambiente, adotar-se-ão medidas legais imediatas, vi- ção de que trata o art. 1º desta Lei.
sando remover, destruir, alienar ou doar às instituições de ensino, Fato gerador: a taxa de controle e fiscalização é uma receita
pesquisa ou saúde pública, os produtos químicos encontrados em do Estado, sendo o momento do fato gerador dessa receita aquele
situação irregular.41 em que o DPF exerce o seu poder de polícia administrativa.

1.3 Infrações Administrativas 1.4.1 Isentos de Pagamento


em Espécie A isenção de pagamento não se refere ao ato mercantil,
mas sim ao sujeito que exerce a atividade envolvendo produtos
Há uma enumeração de 13 condutas diferentes (comissivas/ químicos que podem ser usados na fabricação de drogas ilícitas,
omissivas), por isso estão, neste material, dividas em infrações ad- sujeitos a controle e fiscalização pelo DPF.
ministrativas omissivas e comissivas. Art. 18. São isentos do pagamento da Taxa de Controle e Fis-
39 § 5º, Art. 6º, Decreto nº 4.262, de 10 de junho de 2002.
40 Art. 8º, Decreto nº 4.262, de 10 de junho de 2002. calização de Produtos Químicos, sem prejuízo das demais obri-
41 § 4º, Art. 5º, Decreto nº 4.262, de 10 de junho de 2002. gações previstas nesta Lei:

6
7

I. os órgãos da Administração Pública direta federal, estadual referidos no ‘caput’ deste artigo, ao Departamento de Polícia
e municipal; Federal, para o reaparelhamento e custeio das atividades de
II. as instituições públicas de ensino, pesquisa e saúde; controle e fiscalização de produtos químicos e de repressão ao
tráfico ilícito de drogas.
III. as entidades particulares de caráter assistencial, filantró-
pico e sem fins lucrativos que comprovem essa condição na Os valores resultantes da cobrança da Taxa de Controle
forma da lei específica em vigor. (grifo nosso) e Fiscalização de Produtos Químicos, da aplicação de multa e da
Nem todos os órgãos públicos são isentos de pagamento, alienação de produtos químicos serão recolhidos ao FUNAD (Fun-
mas somente os da Administração Pública Direta (federal, esta- do Nacional Antidrogas), por intermédio de guia própria (GRU-
dual ou municipal); bem como as instituições de saúde, de pesqui- -FUNAD) instituída pela SENAD (Secretaria Nacional Antidro-
sa ou de ensino desde que sejam de natureza pública. gas)46, a quem compete a gestão do Fundo Nacional Antidrogas
e a fiscalização da aplicação dos recursos repassados pelo Fundo
Para que uma entidade particular seja isenta de pena,
aos órgãos e entidades conveniados.47
ela deve ter caráter filantrópico, assistencial e sem fins lucrativos
que comprovem essa condição na forma da lei específica em vi- A SENAD (Secretaria Nacional Antidrogas) repassará 80%
gor — certificação de entidades beneficentes de assistência social (oitenta por cento) do total dessa arrecadação ao DPF (Departa-
(CEBAS) ou o protocolo de renovação do CEBAS e declaração de mento de Polícia Federal), até o décimo dia útil de cada mês, para
utilidade pública.42 o reaparelhamento e custeio das atividades (1) de controle e fis-
calização de produtos químicos e (2) de repressão ao tráfico ilícito
1.4.2 Valores de drogas.48
Basicamente, há 3 valores diferentes para CRC, CLF e AE, os
quais podem ser integrais (Art. 19, caput) ou reduzidos — somen- 1.5 Síntese
te sobre os valores do CRC e do CLF (Art. 19, parágrafo único).
Art. 19. A Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos é
1.5.1 Prazos
devida pela prática dos seguintes atos de controle e fiscalização:
I. no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais) para: 43
a. emissão de Certificado de Registro Cadastral;
b. emissão de segunda via de Certificado de Registro Ca-
dastral; e
c. alteração de Registro Cadastral;
II. no valor de R$ 1.000,00 (um mil reais) para: 44
a. emissão de Certificado de Licença de Funcionamento;
b. emissão de segunda via de Certificado de Licença de
Funcionamento; e
c. renovação de Licença de Funcionamento;
III. no valor de R$ 50,00 (cinquenta reais) para: 45
a. emissão de Autorização Especial; e
b. emissão de segunda via de Autorização Especial.
1.5.2 Infrações Administrativas x
Parágrafo único. Os valores constantes dos incisos I e II deste Disposições Obrigatórias
artigo serão reduzidos de: INFRAÇÃO A
I. quarenta por cento, quando se tratar de empresa de NORMA IMPERATIVA
DMINISTRATIVA
pequeno porte;
Art. 4º, caput: Para exercer
II. cinquenta por cento, quando se tratar de filial de empresa
qualquer uma das atividades
já cadastrada;
sujeitas a controle e
III. setenta por cento, quando se tratar de microempresa. fiscalização relacionadas
Art. 12, V: exercer
Art. 20. A Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Quími- no art. 1º, a pessoa física
qualquer das
cos será recolhida nos prazos e nas condições estabelecidas em ou jurídica deverá se
atividades sujeitas
ato do Departamento de Polícia Federal. Certificado cadastrar e requerer licença
a controle e
de Licença de de funcionamento ao
fiscalização, sem
1.4.3 Destinação dos Valores Arrecadados Funcionamento Departamento de Polícia
a devida Licença
(CLF): Federal, de acordo com os
Art. 21. Os recursos relativos à cobrança da Taxa de Controle de Funcionamento
critérios e as formas a serem
e Fiscalização de Produtos Químicos, à aplicação de multa e à […] do órgão
estabelecidas na portaria
alienação de produtos químicos previstas nesta Lei constituem competente;
a que se refere o art. 2º,
receita do Fundo Nacional Antidrogas – FUNAD.
independentemente das
Parágrafo único. O Fundo Nacional Antidrogas destinará demais exigências legais e
oitenta por cento dos recursos relativos à cobrança da Ta- regulamentares.
xa, à aplicação de multa e à alienação de produtos químicos,
42 FAQ Nucal (DPF), de 02 de fevereiro de 2017. Disponível em: <http://www.pf.
gov.br/servicos-pf/produtos-quimicos/duvidas-frequentes/faq-nucal>. Acesso
em: 18 de outubro de 2017.
43 Novo valor: R$ 844,49 (Portaria Interministerial nº 47, de 27 de janeiro de 2017). 46 Caput, Art. 9º, Decreto nº 4.262, de 10 de junho de 2002.
44 Novo valor: R$ 1.688,97 (Portaria Interministerial nº 47, de 27 de janeiro de 2017). 47 V, Art. 24, Anexo I, Decreto nº 9.150, de 4 de setembro de 2017.
45 Novo valor: R$ 84,45 (Portaria Interministerial nº 47, de 27 de janeiro de 2017). 48 § 1º, Art. 9º, Decreto nº 4.262, de 10 de junho de 2002.

LEIS ESPECIAIS
LEIS ESPECIAIS

Art. 12, II: deixar


Art. 4º, §2º: A pessoa de comunicar ao
Art. 10: A pessoa física ou
física ou jurídica que, em Art. 12, V: exercer Departamento de
jurídica que, por qualquer
caráter eventual, necessitar qualquer das Polícia Federal, no
motivo, suspender o exercício
exercer qualquer uma das atividades sujeitas prazo de trinta
Alteração ou de atividade sujeita a controle
atividades sujeitas a controle a controle e dias, qualquer
Autorização Suspensão e fiscalização ou mudar de
e fiscalização, deverá fiscalização, alteração cadastral
Especial (AE): de Atividade atividade controlada deverá
providenciar o seu cadastro sem a devida ou estatutária a
(e alteração comunicar a paralisação ou
junto ao Departamento de […] Autorização partir da data do
cadastral ou alteração ao Departamento
Polícia Federal e requerer Especial do órgão ato aditivo, bem
societária): de Polícia Federal, no prazo
autorização especial para competente; como a suspensão
de trinta dias a partir da data
efetivar as suas operações. ou mudança de
da suspensão ou da mudança
atividade sujeita
de atividade.
a controle e
fiscalização;
Art. 7º: Para importar,
exportar ou reexportar os Art. 12, VII: deixar de
produtos químicos sujeitos informar qualquer
a controle e fiscalização, nos suspeita de desvio
Art. 12, VIII: de produto químico
termos dos arts. 1º e 2º, será Art. 11: A pessoa física
importar, exportar controlado, para fins
necessária autorização prévia ou jurídica que exerça
Autorização ou reexportar ilícitos;
do Departamento de Polícia Desvio de atividade sujeita a controle e
Prévia (AP): produto químico Art. 12, XII: deixar
Federal, nos casos previstos Produto fiscalização deverá informar
controlado, sem de comunicar ao
em portaria, sem prejuízo (para fins ao Departamento de Polícia
autorização prévia; Departamento
do disposto no art. 6º e dos ilícitos) e Furto/ Federal, no prazo máximo
procedimentos adotados de Polícia Federal
Roubo/Extra- de vinte e quatro horas,
pelos demais órgãos furto, roubo ou
vio: qualquer suspeita de desvio
competentes. extravio de produto
de produto químico a que se
químico controlado
refere esta Lei.
e documento de
Art. 12, VI: exercer controle, no prazo
atividade sujeita de quarenta e oito
a controle e horas;
fiscalização com
pessoa física
ou jurídica não
autorizada ou em Art. 8º: A pessoa jurídica
situação irregular, que realizar qualquer uma
Art. 12, III: omitir
nos termos desta Lei; das atividades a que se
as informações
Art. 6º: Todas as partes Art. 12, X: adulterar refere o art. 1º desta Lei
a que se refere o
Obrigação envolvidas deverão possuir laudos técnicos, é obrigada a fornecer ao
art. 8º desta Lei,
de CLF para licença de funcionamento, notas fiscais, rótulos Departamento de Polícia
ou prestá-las com
todas as partes exceto quando se tratar de e embalagens de Periodicidade Federal, periodicamente,
dados incompletos
(fornecedor e quantidades de produtos produtos químicos de informações as informações sobre suas
ou inexatos;
comprador), químicos inferiores aos controlados visando e apresentação operações.
exceto quanti- limites a serem estabelecidos a burlar o controle e obrigatória Parágrafo único. Os
Art. 12, IV: deixar de
dades ínfimas: em portaria do Ministro de a fiscalização;. quando requisi- documentos que
apresentar ao órgão
Estado da Justiça. Art. 12, XI: deixar de tado: consubstanciam as
fiscalizador, quando
informar no laudo informações a que se refere
solicitado, notas
técnico, ou nota este artigo deverão ser
fiscais, manifestos e
fiscal, quando for o arquivados pelo prazo de
outros documentos
caso, em local visível cinco anos e apresentados
de controle;
da embalagem ao Departamento de Polícia
e do rótulo, a Federal quando solicitados.
concentração do
produto químico
controlado;

Art. 3º: Compete ao


Art. 5º: A pessoa jurídica Departamento de Polícia
Art. 12, XIII: dificultar,
referida no caput do art. 4º Federal o controle e a
Art. 12, I: deixar de de qualquer
deverá requerer, anualmente, Ação Fiscaliza- fiscalização dos produtos
Renovação cadastrar-se ou maneira, a ação do
a Renovação da Licença tória: químicos a que se refere o
Anual de CLF: licenciar-se no prazo órgão de controle e
de Funcionamento para o art. 1º desta Lei e a aplicação
legal; fiscalização;
prosseguimento de suas das sanções administrativas
atividades. decorrentes.

8
9

Art. 1º, caput: Estão sujeitos


a controle e fiscalização, na Questões
forma prevista nesta Lei,
Art. 12, IX: alterar
em sua […] transformação,
Transformação/ a composição de 01. (Cespe) Com base nos dispositivos da Lei n.º 10.357/2001, o gerente de
[…] todos os produtos
Adulteração produto químico uma empresa de reciclagem de produtos químicos controlados tomou
químicos que possam ser
de Produtos controlado, sem conhecimento de que um dos empregados da empresa desviava parte
utilizados como insumo na
Químicos prévia comunicação desses produtos, a fim de produzir, ilicitamente, entorpecentes. Nessa
elaboração de substâncias
Controlados: ao órgão situação, caso não informe esse fato às autoridades competentes, o
entorpecentes, psicotrópicas
competente;. gerente incorrerá em infração administrativa e penal.
ou que determinem
dependência física ou Certo ( ) Errado ( )
psíquica.
02. (Cespe) Uma empresa comercializa determinado produto químico
que pode ser utilizado como insumo na elaboração de substân-
1.5.3 Isentos de Taxa cia que causa dependência química. Nessa situação, as atividades
→ Entidades Públicas: Administração Pública Direta (União, Esta- dessa empresa devem ser fiscalizadas pelo Departamento de Polícia
dos e Municípios); e Instituições de Saúde, Pesquisa e Ensino. Federal – DPF, juntamente com o Exército Brasileiro.
→ Entidades Privadas: De caráter assistencial + Filantrópico + Certo ( ) Errado ( )
Sem fins lucrativos. 03. (Cespe) Para comercializar produtos químicos que possam ser uti-
lizados como insumo na elaboração de substâncias entorpecentes,
1.5.4 Tabela de Taxas o comerciante deverá ser cadastrado no Departamento de Polícia
Modalidade: Espécies: Valor (na lei): Federal e possuir licença de funcionamento, concedida pelo mesmo
departamento.
Certificado de Licença (1) emissão de 1ª via; Certo ( ) Errado ( )
de Funcionamento (2) emissão de 2ª via; R$ 1.000,00
(CLF): (3) renovação de CLF. 04. (NCE/UFRJ) Constitui infração administrativa prevista na Lei n.º
(1) emissão de 1ª via; 10.357/2001, exceto:
Certificado de Registro
(2) emissão de 2ª via; R$ 500,00 a) exercer qualquer das atividades sujeitas a controle e fiscaliza-
Cadastral (CRC):
(3) alteração de CRC. ção, sem a devida Licença de Funcionamento ou Autorização
Autorização Especial (1) emissão de 1ª via; Especial do órgão competente.
R$ 50,00
(AE): (2) emissão de 2ª via. b) deixar de informar qualquer suspeita de desvio de produto
químico controlado, para fins ilícitos.
1.5.5 Valores Reduzidos c) importar, exportar ou reexportar produto químico controlado,
sem autorização prévia.
d) alterar a composição de produto químico controlado, em
qualquer hipótese.
e) deixar de informar no laudo técnico, ou nota fiscal, quando for o
caso, em local visível da embalagem e do rótulo, a concentração
do produto químico controlado.

05. (NCE/UFRJ) A Lei n.º 10.357/2001, regulamentada pelo Decreto n.º


4.262/2002, autoriza a inspeção prévia e fiscalização em instalações
e locais utilizados ou que venham a ser utilizados para o exercício de
atividades desenvolvidas com produtos químicos controlados. Com
relação a essas ações de fiscalização, é INCORRETO afirmar que:
a) serão executadas, quando necessário, em conjunto com os
órgãos competentes de controle ambiental, de segurança, de
1.5.6 Valores Atuais (2017) saúde pública e fiscal.
b) após a fiscalização, será entregue ao representante legal da
pessoa jurídica fiscalizada, mediante recibo, uma via de cada do-
cumento produzido pela Comissão.
c) a Comissão de Fiscalização, no caso de risco iminente à saúde
pública ou ao meio ambiente, adotará medidas legais imedia-
tas, visando remover, destruir, alienar ou doar às instituições de
ensino, pesquisa ou saúde pública, os produtos químicos encon-
trados em situação irregular.
d) a fiscalização será realizada por Comissão criada no âmbito da
Polícia Civil.
e) configurada qualquer uma das infrações administrativas pre-
vistas na Lei n.º 10.357/2001, a pessoa física ou jurídica infratora
será notificada para apresentar defesa.

LEIS ESPECIAIS
LEIS ESPECIAIS

Gabaritos

01 ERRADO 04 D

02 ERRADO 05 D

03 CERTO

10

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