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2023-06-30/01 – Climatização
Estudo de Caso
Enunciado:
* Qual norma para os parâmetros ambientais internos deverá ser utilizada e quais são os
parâmetros.
* É possível utilizar algum sistema de freecooling? Se sim, qual é o tipo indicado e quais são os
parâmetros ambientais ótimos para se aproveitar o máximo potencial.
* Como deverão ser dispostos os racks e que estratégia utilizar para otimizar a gestão do ar
* O data center possuirá 10 CRAHs de 125kW de potência elétrica cada em configuração N+2
(N=8). Do ponto de vista de consumo de energia, as redundâncias devem ser em stand-by ou
todos os equipamentos operando velocidade mais baixa? Na prática, qual é
Tipo de chiller:
Considerando que a cidade possui problemas com poluição e que o fornecimento de água pela
concessionária é barato e abundante, uma opção interessante para o chiller é o "chiller a
água", também conhecido como "chiller de condensação a água". Esse tipo de chiller utiliza
água como fluido refrigerante e água como fluido de resfriamento. É uma escolha comum para
data centers, pois pode proporcionar eficiência energética e, se bem projetado, pode operar de
forma mais sustentável.
Temperatura: Recomenda-se uma temperatura entre 20°C e 27°C no corredor frio (cold aisle) e
entre 23°C e 27°C no corredor quente (hot aisle).
Dado que a cidade possui água abundante e o fornecimento é barato, é possível utilizar um
sistema de freecooling com "Chiller a Água" em conjunto com torres de resfriamento. O
sistema de freecooling aproveita as temperaturas mais baixas do ambiente externo para
resfriar a água do circuito do chiller, reduzindo assim o consumo de energia elétrica do sistema
de refrigeração.
O sistema de freecooling é mais eficiente quando a temperatura ambiente externa está abaixo
da temperatura de água de retorno do chiller. A temperatura de água de retorno é
determinada pelo limite superior da temperatura do ar de saída do corredor quente (hot aisle).
Em um sistema de freecooling, pode-se aproveitar ao máximo o potencial quando a
temperatura ambiente externa está abaixo de 20°C.
Para otimizar a gestão do ar e garantir a refrigeração adequada dos racks, pode-se adotar a
estratégia de arranjo dos racks em corredores quente/frio (hot/cold aisles). Os racks devem ser
dispostos de forma que os corredores quentes e frios se alternem. Isso permite uma melhor
segregação do fluxo de ar, garantindo que o ar frio seja direcionado para a entrada dos
equipamentos e o ar quente seja removido das saídas dos racks. A utilização de painéis cegos e
dispositivos de contenção de corredor (como cortinas ou portas) também auxilia no
direcionamento do fluxo de ar e evita mistura indesejada entre os corredores.
No caso dos 10 CRAHs de 125kW de potência elétrica cada em configuração N+2 (N=8), é
recomendado operar os equipamentos em velocidades mais baixas em vez de mantê-los em
stand-by. O motivo é que, em stand-by, os equipamentos ainda consomem uma quantidade
significativa de energia, e a redundância N+2 já oferece uma proteção adequada contra falhas.
Na prática, a potência esperada para o sistema de refrigeração nos dois modos pode ser
estimada considerando que cada CRAH tem 125kW de potência elétrica.
Modo de operação com redundâncias em velocidade mais baixa (N+2): 8 CRAHs x 125kW =
1000kW.
No modo de operação com redundâncias em velocidade mais baixa, 2 CRAHs são mantidos em
stand-by, resultando em uma potência total menor do sistema de refrigeração. Essa
configuração é mais eficiente do ponto de vista energético e ainda proporciona um nível
adequado de redundância para garantir a disponibilidade do data center.