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Dia 1: Introdução aos Chillers

Conceito básico de chillers


 Definição de chillers
Chillers são equipamentos utilizados para a produção de água gelada, que é fundamental em
sistemas de ar condicionado e processos industriais que requerem refrigeração. Eles retiram o
calor de um ambiente ou processo e o dissipam em outro, utilizando um ciclo de refrigeração.

 História e evolução
Os chillers têm sua origem nos sistemas de refrigeração desenvolvidos no século XIX. Ao longo
do tempo, passaram por diversas evoluções tecnológicas para melhorar sua eficiência,
confiabilidade e sustentabilidade.

Funcionamento básico
 Ciclo de refrigeração
O ciclo de refrigeração básico de um chiller envolve a compressão de um fluido
refrigerante, sua condensação, expansão e evaporação.

 Componentes principais de um chiller


Os principais componentes de um chiller incluem o compressor, evaporador, condensador e
dispositivo de expansão.

Tipos de chillers
 Chillers de compressão mecânica
Esses chillers são os mais comuns e utilizam um ciclo de compressão mecânica de vapor
para remover o calor do ambiente ou do processo.
O ciclo de refrigeração é realizado por meio de um compressor que comprime e bombeia
um refrigerante através de um ciclo termodinâmico de condensação e evaporação.
Podem ser subdivididos em chillers de compressão de vapor simples (com um estágio de
compressão) ou chillers de compressão de vapor múltiplo (com múltiplos estágios de
compressão).

 Chillers de absorção
Esses chillers utilizam uma solução líquida, geralmente uma solução aquosa de água e sal
ou outro líquido refrigerante, em vez de um compressor mecânico.
O calor é removido do ambiente ou do processo através de um processo de absorção e
evaporação, em vez de compressão direta do refrigerante.
Os chillers de absorção são frequentemente utilizados em aplicações onde o calor residual
está disponível, como em instalações industriais ou processos de cogeração.

 Chillers termoelétricos
Esses chillers utilizam o efeito Peltier para remover o calor. O efeito Peltier é uma
propriedade termoelétrica na qual uma corrente elétrica é usada para criar um gradiente de
temperatura.
Quando uma corrente elétrica passa através de dois materiais diferentes, ocorre um
resfriamento em uma junção e um aquecimento na outra, proporcionando a transferência de
calor.
Chillers termoelétricos são frequentemente utilizados em aplicações de baixa capacidade e
onde o ruído e a vibração dos compressores tradicionais são indesejados.

Aplicações dos chillers


Sistemas de Ar Condicionado: Os chillers são amplamente utilizados em sistemas de
ar condicionado para resfriar grandes espaços, como edifícios comerciais, hospitais,
hotéis, shoppings, e até mesmo em alguns casos residenciais de grande porte. Eles
podem fornecer refrigeração centralizada de forma eficiente e controlável.

Processos Industriais: Muitas indústrias dependem dos chillers para controlar a


temperatura em seus processos de fabricação. Alguns exemplos incluem indústrias
farmacêuticas, de alimentos e bebidas, químicas, de plásticos, metalúrgicas, de
semicondutores, entre outras. Os chillers garantem que os processos industriais operem
dentro das faixas de temperatura necessárias para a produção de produtos de alta
qualidade e para a segurança dos trabalhadores.

Refrigeração de Equipamentos: Em algumas aplicações, os chillers são usados para


resfriar equipamentos específicos, como máquinas de solda a laser, equipamentos de
ressonância magnética em instalações médicas, sistemas de resfriamento de data centers
e equipamentos de impressão em indústrias gráficas.

Produção de Gelo e Armazenamento Refrigerado: Chillers também são usados em


aplicações que envolvem a produção de gelo e armazenamento refrigerado, como em
instalações de processamento de alimentos, fabricação de produtos farmacêuticos
sensíveis ao calor e em pistas de patinação no gelo.

Produção de Energia: Em algumas usinas de energia, os chillers são usados para


fornecer resfriamento de água para condensadores de vapor em turbinas a vapor,
aumentando a eficiência e a capacidade de produção dessas instalações.
Pesquisa Científica e Laboratórios: Laboratórios de pesquisa, instalações médicas e
instituições acadêmicas frequentemente utilizam chillers para fornecer refrigeração
precisa e estável para equipamentos sensíveis, como espectrômetros de massa, reatores
químicos, câmaras de teste de materiais, entre outros.

Vantagens e desvantagens dos chillers


 Eficiência energética
A eficiência energética dos chillers é uma consideração crucial, pois afeta os custos
operacionais a longo prazo. Chillers mais eficientes consomem menos energia para fornecer
a mesma capacidade de refrigeração, resultando em economias de energia e custos
operacionais mais baixos.
A eficiência de um chiller é geralmente calculada como a relação entre a capacidade de
resfriamento do chiller e a energia consumida para fornecer essa capacidade. Existem várias
métricas comumente usadas para medir a eficiência de um chiller, incluindo o Coeficiente
de Performance (COP) e o Energy Efficiency Ratio (EER). Aqui estão algumas maneiras de
calcular essas métricas:
1. Coeficiente de Performance (COP):
O COP é a relação entre a capacidade de resfriamento do chiller (em unidades de energia,
geralmente em kW) e a potência consumida pelo chiller (também em unidades de energia,
geralmente em kW). Quanto maior o valor do COP, mais eficiente é o chiller.

2. Energy Efficiency Ratio (EER):

O EER é semelhante ao COP, mas é mais comumente usado nos Estados Unidos. Ele é
calculado da mesma maneira, dividindo a capacidade de resfriamento pela potência
consumida, mas é expresso em unidades de British Thermal Units (BTU) por Watt-hora
(W). Novamente, quanto maior o valor do EER, mais eficiente é o chiller.

Para calcular a eficiência do chiller, você precisará saber a capacidade de resfriamento do


chiller (em kW ou BTU/h) e a potência consumida pelo chiller (em kW ou W). Esses
valores geralmente podem ser encontrados nas especificações técnicas do chiller fornecidas
pelo fabricante.
Depois de calcular o COP ou EER, você terá uma medida da eficiência do chiller. Lembre-
se de que outros fatores, como condições de operação, carga parcial e temperatura ambiente,
também podem afetar a eficiência do chiller.

 Impacto ambiental
Consumo de Energia: Chillers consomem eletricidade para operar. Se não forem projetados e
operados de forma eficiente, podem resultar em altos consumos de energia, contribuindo para a
demanda por combustíveis fósseis e emissões de gases de efeito estufa associadas à geração de
eletricidade.
Emissões de Gases de Efeito Estufa: Alguns refrigerantes utilizados em chillers são gases de
efeito estufa potentes, como os hidrofluorocarbonetos (HFCs). Se esses refrigerantes vazarem
durante a operação, podem contribuir significativamente para o aquecimento global.
Uso de Água: Chillers muitas vezes requerem água para operar, seja como um fluido
refrigerante ou para resfriamento auxiliar. O uso excessivo de água pode ter impactos negativos
em ecossistemas locais, especialmente em regiões onde a água é escassa.
Descarte de Refrigerantes e Fluidos: No final da vida útil de um chiller, é importante garantir
que os refrigerantes e fluidos sejam descartados de maneira adequada e segura, para evitar a
contaminação do solo e da água subterrânea.
Eficiência Energética: Chillers com maior eficiência energética podem reduzir o consumo total
de energia e as emissões de gases de efeito estufa associadas à geração de eletricidade. Investir
em chillers de alta eficiência pode, portanto, reduzir o impacto ambiental ao longo do tempo.
Manutenção Adequada: Práticas de manutenção adequadas, como limpeza regular, ajustes de
componentes e reparos de vazamentos, podem melhorar a eficiência operacional do chiller,
reduzindo assim seu impacto ambiental.
Alternativas Sustentáveis: Existem alternativas mais sustentáveis para os chillers
convencionais, como sistemas de refrigeração utilizando fontes de energia renovável,
refrigerantes naturais de baixo impacto ambiental e tecnologias de resfriamento evaporativo.
Dia 2: Funcionamento Detalhado
Compressores
 Tipos de compressores usados em chillers
Compressor de Parafuso:
Funcionamento: O compressor de parafuso consiste em dois rotores helicoidais interligados que
giram em direções opostas dentro de uma carcaça. O refrigerante é aspirado entre os rotores e
comprimido à medida que se desloca ao longo do perfil dos rotores, sendo então descarregado
na saída do compressor.
Características: Esse tipo de compressor é conhecido por sua eficiência energética e capacidade
de operar de forma suave e silenciosa. São adequados para aplicações de médio e grande porte.
Compressor de Parafuso de Rotor Único:
Funcionamento: Similar ao compressor de parafuso convencional, mas com apenas um rotor.
Ele comprime o refrigerante conforme o rotor gira dentro da carcaça.
Características: Este tipo de compressor é mais compacto que o de parafuso duplo, sendo
frequentemente usado em chillers menores.
Compressor Centrífugo:
Funcionamento: Este tipo de compressor utiliza a energia cinética para comprimir o
refrigerante. O refrigerante é introduzido no compressor através de uma entrada centrífuga,
onde é acelerado por um rotor giratório. A alta velocidade resultante pressuriza o refrigerante.
Características: Os compressores centrífugos são conhecidos por sua eficiência em altas
capacidades de refrigeração. Eles são frequentemente usados em chillers de grande porte e
sistemas de ar condicionado industrial.
Compressor Alternativo (ou de Pistão):
Funcionamento: Esse tipo de compressor utiliza pistões para comprimir o refrigerante. Os
pistões se movem para frente e para trás dentro de cilindros, comprimindo o refrigerante durante
o processo.
Características: Os compressores alternativos são robustos e geralmente são utilizados em
aplicações de refrigeração de médio e grande porte. Eles podem ser menos eficientes do que
alguns outros tipos de compressores, mas são adequados para aplicações que exigem alta
pressão de descarga.
Trocadores de calor
 Evaporadores
O evaporador é a parte do chiller onde ocorre a transferência de calor do fluido que precisa ser
resfriado para o refrigerante.
No evaporador, o refrigerante de baixa pressão e baixa temperatura entra em contato com o
fluido quente a ser resfriado. Esse fluido pode ser água, solução aquosa, ou até mesmo ar,
dependendo do tipo de chiller.
Quando o refrigerante entra em contato com o fluido quente, ele absorve o calor do fluido,
evaporando e se transformando em vapor.
Como resultado, o fluido a ser resfriado perde calor e diminui sua temperatura.
Os evaporadores de chillers podem ser do tipo de placas, de casco e tubo, ou de outros designs,
dependendo das especificações do sistema.

 Condensadores
O condensador é a parte do chiller onde ocorre a liberação de calor absorvido pelo refrigerante
no evaporador.
O refrigerante, agora na forma de vapor superaquecido, é comprimido e enviado para o
condensador.
No condensador, o vapor refrigerante libera calor para o ambiente externo ou para outro fluido,
geralmente água, que está circulando no sistema.
À medida que o calor é removido do refrigerante, ele se condensa de volta ao estado líquido.
O fluido de resfriamento externo, como água, pode absorver o calor liberado pelo refrigerante,
aumentando sua temperatura.
Os condensadores também podem ter diferentes configurações, como condensadores a ar,
condensadores a água ou condensadores evaporativos, dependendo das necessidades do sistema
e do ambiente em que estão operando.

Fluidos refrigerantes
 Propriedades dos principais refrigerantes
Os fluidos refrigerantes são substâncias químicas utilizadas em sistemas de refrigeração, como
chillers, para transferir calor de um ambiente para outro. As propriedades dos principais
refrigerantes e seu impacto ambiental são importantes considerações na escolha e no uso desses
fluidos.
HCFCs (Clorofluorcarbonetos Hidroclorofluorcarbonetos):
Exemplos: R-22.
Foram amplamente utilizados no passado, mas estão sendo gradualmente eliminados devido ao
seu impacto no esgotamento da camada de ozônio.
HFCs (Hidrofluorcarbonetos):
Exemplos: R-134a, R-410A, R-404A.
São comumente usados como substitutos dos HCFCs devido à sua menor capacidade de
destruição da camada de ozônio, mas muitos HFCs têm alto potencial de aquecimento global
(GWP), o que os torna alvos de regulamentações ambientais.
HFOs (Hidrofluorolefinas):
Exemplos: R-1234yf, R-1234ze.
São uma nova geração de refrigerantes projetados para ter um impacto ambiental menor, com
um GWP significativamente reduzido em comparação com os HFCs.
Amônia (NH3):
É um refrigerante natural com excelentes propriedades de transferência de calor.
Tem zero GWP e zero potencial de destruição da camada de ozônio.
No entanto, é tóxico e inflamável em certas concentrações, exigindo precauções especiais no
manuseio.
Dióxido de Carbono (CO2):
Também conhecido como R-744.
É um refrigerante natural com um GWP muito baixo.
Tem sido cada vez mais utilizado em sistemas de refrigeração comerciais devido às suas
propriedades ambientais favoráveis.

 Impacto ambiental e regulamentações


Potencial de Destruição da Camada de Ozônio (ODP): Refere-se à capacidade de uma
substância destruir a camada de ozônio estratosférico. Os refrigerantes com alto ODP, como os
HCFCs, estão sendo gradualmente eliminados em conformidade com o Protocolo de Montreal.
Potencial de Aquecimento Global (GWP): Refere-se ao potencial de uma substância de
contribuir para o aquecimento global em relação ao dióxido de carbono (CO2). Refrigerantes
com alto GWP, como muitos HFCs, estão sendo alvo de regulamentações e esforços para
reduzir seu uso em favor de alternativas com GWP mais baixo, como HFOs e refrigerantes
naturais.
Regulamentações Globais: Acordos internacionais, como o Protocolo de Montreal e o Acordo
de Paris, estabelecem metas para reduzir o uso de substâncias prejudiciais à camada de ozônio e
ao clima. Isso tem impulsionado a transição para refrigerantes mais sustentáveis e
ambientalmente amigáveis.
Legislação Nacional: Muitos países têm suas próprias regulamentações e padrões para o uso de
refrigerantes, muitas vezes alinhados com os acordos internacionais, mas também adaptados às
suas necessidades específicas e condições ambientais.

Controles e automação
 Sistemas de controle de temperatura e pressão
Sensores de temperatura e pressão são fundamentais para monitorar e controlar o
desempenho do chiller.
Controladores de temperatura e pressão ajustam automaticamente as condições de operação do
chiller para manter a temperatura desejada e a pressão adequada do fluido refrigerante.
Algoritmos de controle podem ser implementados para otimizar o funcionamento do chiller em
diferentes condições de carga e ambientes.
Alguns chillers possuem capacidade de operação com carga variável, o que significa que eles
podem ajustar sua capacidade de resfriamento de acordo com a demanda do sistema.
Sistemas de controle avançados podem otimizar a operação do chiller para garantir eficiência
energética, ajustando a velocidade dos compressores ou utilizando múltiplos estágios de
compressão.

 Integração com sistemas de gestão predial


O chiller deve ser integrado ao sistema de gestão predial (BMS - Building Management System)
para permitir monitoramento remoto, controle centralizado e análise de dados.
Protocolos de comunicação comuns, como BACnet, Modbus ou OPC, podem ser utilizados para
a integração do chiller com o BMS.
A integração com o BMS permite a visualização do desempenho do chiller juntamente com
outros sistemas do edifício, facilitando a detecção de problemas, a programação de manutenção
e a tomada de decisões para otimização energética.

Manutenção preventiva e corretiva


 Inspeção regular de componentes
Compressores: Verificar a operação e a pressão de descarga, as condições dos rolamentos,
a integridade dos cabos elétricos e a presença de vazamentos de óleo.
Troca de Óleo: O óleo do compressor deve ser verificado e trocado regularmente conforme
as recomendações do fabricante.
Troca de Filtros: Os filtros de sucção e de linha devem ser inspecionados e substituídos
conforme necessário para garantir o fluxo de ar adequado.
Verificação de Vazamentos: Inspeção de todas as conexões, juntas e pontos de solda em
busca de vazamentos de refrigerante.
Limpeza de Bobinas: As bobinas do evaporador e do condensador devem ser limpas
regularmente para garantir a transferência eficiente de calor.
Verificação do Controle Eletrônico: Testar e calibrar os controles eletrônicos, incluindo
termostatos e sensores de pressão.
Sistema de Água Gelada: Verificar a qualidade da água, limpar os trocadores de calor e
monitorar o fluxo de água através do sistema.

 Procedimentos de manutenção
Manutenção Preventiva Programada: Desenvolver um plano de manutenção preventiva
que inclua inspeções regulares, trocas de óleo, limpeza e substituição de peças conforme
necessário.
Registro de Dados: Manter registros detalhados de todas as atividades de manutenção
realizadas, incluindo datas, procedimentos e quaisquer problemas encontrados.
Treinamento da Equipe: Certificar-se de que a equipe responsável pela manutenção do
chiller esteja devidamente treinada e qualificada para realizar as tarefas necessárias com
segurança e eficiência.
Plano de Emergência: Ter um plano de ação em vigor para lidar com falhas inesperadas,
incluindo procedimentos de desligamento de emergência e contato com serviços de reparo
especializados.

Dia 3: Ligações e Instalação


Instalação básica
 Requisitos de espaço e localização
Revisão das Especificações: Revise cuidadosamente as especificações do fabricante do chiller
para entender os requisitos de espaço, capacidade elétrica, conexões de água e outros detalhes
importantes.
Escolha do Local: Selecione o local adequado para a instalação do chiller, levando em
consideração os requisitos de espaço, ventilação e acesso para manutenção.
Preparação do Local: Prepare o local de instalação, nivelando o solo, providenciando
isolamento acústico (se necessário), garantindo uma drenagem adequada e preparando a
instalação elétrica.
Posicionamento do Chiller: Posicione o chiller no local escolhido, garantindo que haja espaço
suficiente ao redor para permitir o fluxo de ar adequado e o acesso para manutenção.

Ligações
 Esquemas de ligação típicos
Conexões de Água: Conecte as linhas de entrada e saída de água do chiller ao sistema de
tubulação correspondente. Certifique-se de que todas as conexões estejam seguras e seladas
corretamente para evitar vazamentos.
Conexão Elétrica: Realize a conexão elétrica do chiller de acordo com as especificações do
fabricante e as normas locais. Isso pode envolver a instalação de disjuntores, conduítes e
tomadas elétricas adequadas.
Verificação das Conexões: Após realizar todas as conexões, verifique se não há vazamentos de
água e se a fiação elétrica está corretamente conectada e segura.

 Dimensionamento de cabos e disjuntores


Consulte o manual do fabricante ou as especificações do equipamento para encontrar a corrente
nominal do chiller. Essa informação geralmente é fornecida em amperes (A).
Escolha do Tipo de Cabo: Com base na corrente nominal do chiller, escolha um cabo
adequado que possa suportar a corrente com folga. Consulte as tabelas de capacidade de
corrente dos cabos para selecionar o tipo e a seção transversal corretos do cabo. Certifique-se de
que o cabo escolhido seja compatível com a tensão de operação do chiller e o tipo de instalação
(enterrado, em eletroduto, etc.).
Dimensionamento do Disjuntor: O disjuntor deve ser dimensionado para proteger os cabos e o
chiller contra sobrecargas e curtos-circuitos. O valor nominal do disjuntor deve ser igual ou
ligeiramente superior à corrente nominal do chiller, mas nunca inferior.
No caso de um chiller trifásico, você pode usar um disjuntor trifásico ou disjuntores
monofásicos devidamente conectados. Certifique-se de escolher um disjuntor com classificação
de interrupção adequada para a tensão e a corrente do circuito.

Ligações hidráulicas
 Conexões de tubulação
Entrada e Saída de Água: Identifique claramente as conexões de entrada e saída de água no
chiller. Geralmente, essas conexões são marcadas como "Inlet" (entrada) e "Outlet" (saída).
Verifique o manual do fabricante para confirmar as localizações corretas dessas conexões.
Tipo de Conexão: Escolha o tipo de conexão de tubulação adequado para o seu sistema. Isso
pode incluir conexões roscadas, flangeadas ou soldadas, dependendo das especificações do
chiller e do sistema de tubulação existente.
Válvulas de Controle: Instale válvulas de controle adequadas na linha de entrada e saída do
chiller para facilitar o controle do fluxo de água e permitir a manutenção do equipamento.
Filtros e Strainers: Considere a instalação de filtros e strainers nas linhas de entrada de água
para evitar a entrada de impurezas e partículas que possam prejudicar o funcionamento do
chiller.
Flexibilidade: Utilize conexões flexíveis ou juntas de expansão para permitir a absorção de
movimentos e vibrações, garantindo assim uma instalação mais segura e durável.

 Cuidados com vazamentos e pressão


Teste de Pressão: Antes de colocar o chiller em operação, realize um teste de pressão nas
conexões de tubulação para verificar se há vazamentos. Isso pode ser feito utilizando ar
comprimido ou água, dependendo das recomendações do fabricante.
Monitoramento Regular: Faça inspeções regulares nas conexões de tubulação para detectar
qualquer vazamento ou sinal de desgaste. Preste atenção especial às conexões, juntas e selos.
Mantenha a pressão de operação do sistema dentro dos limites recomendados pelo fabricante do
chiller. Pressões excessivas podem danificar o equipamento e aumentar o risco de vazamentos.

Dia 4: Eficiência Energética e Otimização


Práticas de operação eficiente
Programação de carga: A programação de carga envolve ajustar a capacidade de operação do
chiller de acordo com a demanda de resfriamento. Isso significa que o chiller só opera na
capacidade necessária para atender às necessidades atuais do sistema de HVAC (aquecimento,
ventilação e ar condicionado) ou do processo industrial. Isso pode ser feito por meio de sistemas
de controle automatizados que ajustam a capacidade do chiller com base em sensores de
temperatura ambiente, temporizadores ou outros parâmetros.
Variadores de frequência (VFDs): Os VFDs são dispositivos eletrônicos que controlam a
velocidade do motor do chiller ajustando a frequência da energia elétrica fornecida ao motor.
Isso permite que o chiller opere em velocidades mais baixas quando a demanda de resfriamento
é menor, reduzindo o consumo de energia. Os VFDs também ajudam a evitar picos de energia
durante a partida do motor, prolongando a vida útil do equipamento e reduzindo os custos de
manutenção.
Manutenção Regular: Um programa de manutenção preventiva é essencial para garantir o
desempenho ideal do chiller. Isso inclui limpeza regular, verificação de vazamentos, calibração
de controles e substituição de peças desgastadas.
Recuperação de Calor: Em muitos casos, o calor gerado pelo chiller pode ser aproveitado para
aquecimento de água ou ambientes, aumentando a eficiência energética geral do sistema.
Integração com Sistemas de Automação Predial: Integrar o chiller com outros sistemas de
automação predial, como sistemas de iluminação e HVAC (aquecimento, ventilação e ar
condicionado), pode permitir uma coordenação mais eficaz e uma resposta mais adaptativa às
condições em tempo real.

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