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ANEXO III
PROGRAMA DE EXPLORAÇÃO DA RODOVIA - PER
1. INTRODUÇÃO
A Concessão compreende um total de 217,17 km de extensão, abrangendo os seguintes segmentos rodoviários:
– segmento da rodovia BA-099, desde a ponte sobre o Rio Joanes até o acesso à Praia do Forte, com extensão de
46,30 km (a ser duplicado);
– segmento da rodovia BA-099, desde o acesso à Praia do Forte até a Divisa BA/PE, com extensão de 136,20 km;
– segmentos rodoviários de acesso à Praia de Arembepe (1,39 km), à Praia do Forte (2,72 km), a Porto Sauípe
(4,56 km), a Subaúma (8,00 km), a Palame (8,00 km), e a Sítio do Conde (10,0 km), com extensão total de 34,67 km;
Estes segmentos rodoviários estão agrupados em dois tipos distintos de trechos de concessão, para os quais os encargos e a
responsabilidade da Concessionária são diferenciados, no que se refere aos serviços de operação e conservação previstos, a
saber:
– trecho principal de concessão, que será conservado e operado pela Concessionária, abrangendo a rodovia
BA.099, desde a ponte sobre o Rio Joanes até a divisa BA / SE. Inicialmente, a operação restringe-se ao trecho que vai da
ponte sobre o Rio Joanes até Praia do Forte;
– trechos secundários de concessão, que serão somente conservados pela Concessionária, abrangendo os
segmentos rodoviários de acesso às praias.
Quanto às obras, para ambos os tipos de trechos de concessão - principais e secundários - estão previstas obras de
recuperação emergencial, restauração, e manutenção. São previstas obras de melhoria e ampliação de capacidade na rodovia
BA-099, com a duplicação do segmento da rodovia BA-099, desde a ponte sobre o Rio Joanes até o acesso à Praia do Forte,
com extensão de 46,30 km;
A estrutura analítica apresentada a seguir resume os encargos e responsabilidades da Concessionária, através dos diversos
itens de serviços e obras previstos para a exploração dos trechos principais de concessão, os quais totalizam 182,50 km. Os
encargos e responsabilidades da Concessionária para a exploração dos trechos secundários de concessão, os quais totalizam
34,67 km, são os mesmos, à exceção dos serviços de operação.
A exploração dos trechos de concessão, mediante cobrança de pedágio, num prazo de 25 (vinte e cinco) anos, contempla
duas etapas distintas:
– Trabalhos Iniciais, abrangendo os serviços necessários para que se atinjam os requisitos mínimos para o início
da arrecadação do pedágio, com duração estimada de seis meses, compreendendo, basicamente, obras de recuperação
emergencial e implantação de instalações e equipamentos operacionais e de conservação/manutenção rodoviária;
– Trabalhos ao Longo da Concessão, com duração estimada de 24 anos e meio, iniciando-se ao término dos
Trabalhos Iniciais, compreendendo as obras de restauração e de ampliação/melhoria de capacidade, e a prestação de
serviços de operação, conservação, e manutenção dos segmentos rodoviários, incluindo a monitoração de tais serviços.
Os diversos itens de serviços e obras previstos para exploração dos trechos de concessão são definidos neste PER em
termos de:
– Escopo dos Serviços, onde se estabelecem os serviços e/ou obras a executar, e sua abrangência, ou seja, o que
fazer;
– Procedimentos Executivos, onde são definidos os critérios e requisitos mínimos exigidos para o
desenvolvimento dos serviços e/ou para a execução das obras, ou seja, como fazer;
– Parâmetros de Desempenho, onde se definem as especificações e os indicadores de avaliação dos padrões
requeridos, ou seja, a qualidade dos serviços e obras;
2. Planos, Projetos e Tratamento Ambiental
A Concessionária deverá elaborar e colocar em funcionamento um plano de obras e serviços, a ser submetido à
aprovação do DERBA, definindo a seqüência de obras e de implantação dos serviços, com seus respectivos cronogramas
e dimensionamentos, de acordo com as diretrizes definidas neste PER.
Neste contexto, cabe destacar que, para qualquer um dos itens do escopo deste PER, mesmo onde não esteja
indicado explicitamente, a Concessionária deverá tempestivamente submeter ao DERBA os projetos executivos das
obras (recuperação emergencial, restauração e obras de melhoria e ampliação de capacidade) e/ou os manuais de serviços
(operação, conservação e manutenção), todos acompanhados dos respectivos cronogramas de suas implementações. O
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caráter desta submissão de projetos/ procedimentos/cronogramas está associado ao poder de veto do DERBA à
implantação de obras e/ou serviços em desacordo com este PER.
O prazo máximo previsto para análise e aprovação, pelo DERBA, dos documentos aqui citados, é de 45 dias.
Independentemente deste prazo, o DERBA reserva-se o direito de acompanhar, seja por sua própria equipe seja através
de prepostos, todas as atividades ligadas à execução de projetos executivos ou preparação de manuais. As normas
técnicas a serem obedecidas na elaboração dos projetos serão as do DERBA, complementadas, quando cabível, pelas do
Departamento Nacional de Estradas de Rodagem - DNER ou da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.
As diretrizes gerais deste planejamento deverão estar condicionadas, principalmente, às questões relativas à
atuação da Concessionária nos aspectos referentes a:
• critérios para atendimento aos níveis de serviço exigidos nas atividades sob sua responsabilidade;
• formas de relacionamento com os demais agentes intervenientes no processo, e que mantenham interface com
a Concessionária.
Destaca-se, também, que a Concessionária deverá elaborar os projetos executivos, de tal forma a atender às
obras indicadas no cronograma. O plano de ataque, a ser submetido à aprovação do DERBA, deverá prever o
cumprimento rigoroso dos prazos previstos, indicando o planejamento para realização das principais atividades.
Todas as obras deverão ser executadas por equipes especializadas, cujo deslocamento ao longo do sistema
rodoviário deverá respeitar as interdependências e seqüências entre as diversas fases previstas para as obras. Caso surjam,
ao longo dos trabalhos, picos de serviços dentro dos trabalhos de rotina, ou por conseqüência destes, a Concessionária
deverá providenciar os ajustes necessários, implementando os recursos requeridos.
As obras que apresentarem interferência com a operação rodoviária deverão ser planejadas de forma a garantir
fluidez e segurança do tráfego. Assim, as obras de recuperação do pavimento, dos elementos de proteção e segurança,
das obras-de-arte especiais, e a limpeza das pistas deverão ser planejadas e executadas aproveitando-se os períodos de
menor fluxo de trânsito e, principalmente, no período noturno.
Na conclusão de cada frente de obra e/ou montagem de equipamentos, a Concessionária deverá elaborar
relatórios individuais das etapas efetivamente realizadas, com as respectivas quantidades, documentação fotográfica e
relatórios técnicos pertinentes. Esse material será o documento hábil para a caracterização da conclusão de cada fase
prevista, tanto para a aprovação dos Trabalhos Iniciais como das demais etapas previstas para os Trabalhos ao Longo
da Concessão.
Cabe destacar que, na elaboração dos manuais de procedimentos dos serviços e no detalhamento dos projetos
executivos das obras, a Concessionária deverá considerar, ainda, as diretrizes e especificações gerais referentes aos
aspectos ambientais e paisagísticos, conforme legislação em vigor para o Estado da Bahia.
São previstas três fases para o licenciamento ambiental:
• para a fase de projeto, é necessária a Licença Prévia;
• para a fase de construção, é requerida a Licença de Instalação;
• para a fase de exploração da Concessão, é necessária a Licença de Operação.
Na primeira fase, deverão ser avaliados os principais impactos e previsto seu controle, através de medidas
mitigadoras.
Na fase de construção, a preocupação deverá se concentrar no planejamento das atividades, de forma que as
obras interfiram o mínimo possível na paisagem e no meio ambiente, além da recuperação das condições originais de
áreas ocupadas como apoio às obras.
Na fase de exploração da Concessão, deverão ser identificados e solucionados os impactos decorrentes da
atividade rodoviária, uma vez que a operação gera uma série de modificações no meio ambiente original, introduzindo
poluição do ar, da água, sonora e efeitos das vibrações, com ênfase quanto ao transporte de cargas perigosas e à
transposição de áreas de mananciais.
O paisagismo, além da preocupação estética, deverá ser introduzido nos projetos como instrumento capaz de
ampliar a segurança rodoviária, mediante a sinalização complementar de obstáculos e outros elementos.
3. Intervenções Físicas
3.1 Padrões Técnicos
Foram concebidas as soluções a adotar de imediato, nas fases de Recuperação Emergencial, Recuperação Geral da
Rodovia e nas Obras de Melhoramentos.
2. SINALIZAÇÃO VERTICAL
2.1 Sinais de ∅ = 1,00 m 92 ud
2.2 Sinais de 1,00 x 1,00 m 23 ud
3. DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA
3.1 Recuperação de defensas avariadas 150 m
3.2 Defensas metálicas 40 m
Regularização su- Para reparação dos afundamentos plásticos, quando localizados, Pistas
perficial com sem solevamento dos bordos, deverá ser exe-cutada
CBUQ ou recape- regularização com massa asfáltica fina, usinada a quente: neste
amento simples caso, estão 80% dos afundamentos: a espessura média prevista
para esta regularização é de
3 cm
Selagem de trin-cas Para selagem de trincas nos pavimentos sobre obras-de-arte Pistas, acessos e OAE's
especiais e, eventualmente, nas pistas e acessos com desgaste
superficial, poderá ser utilizada lama asfáltica, pelo processo
convencional.
Remoção e re- Para recuperação de segmentos críticos de pavimentos com Pistas e acostamentos de
construção inte-gral problemas de deformações, recalques e alta deterioração, deverá segmentos emergen-ciais
do pavimento ser efetuada a remoção e recomposição integral do pavimento, e acessos
adotando estrutura em "pavimento invertido" (CBUQ, e base de
brita graduada)
SINALIZAÇÃO HORIZONTAL
Faixa contínua branca com 0,10 m de largura 7.742 m2
Faixa contínua branca com 0,30 m de largura 118 m2
Faixa contínua branca com 0,50 m de largura 7 m2
Faixa contínua amarela com 0,10 m de largura 3.031 m2
Faixa contínua amarela com 0,30 m de largura 42 m2
Faixa interrompida amarela com 0,10 m de largura 1.306 m2
Setas no pavimento 51 m2
Palavra "Pare" 26 m2
SINALIZAÇÃO VERTICAL
Sinais de 0,50 x 0,67 m (marco) 13 ud
Sinais de 0,60 x 0,60 m 2 ud
Sinais de ∅ = 1,00 m 131 ud
Sinais de 1,00 x 1,00 m 25 ud
Sinais de 2,00 x 0,50 m 2 ud
Sinais de 2,00 x 1,00 m 12 ud
4.7 Terraplenos
Nesta fase de Recuperação Emergencial, deverão ser recuperadas apenas as situações emergenciais que estejam
comprometendo a plataforma, tais como os casos de erosões e escorregamentos, as quais deverão ser definidas em função de
cadastro a ser elaborado logo no início do período de Concessão.
Basicamente, deverão ser executados os serviços relacionados nos pontos a seguir:
• Recuperação de Terraplenos
recomposição de aterros;
remoção de barreiras;
reconformação de taludes de corte;
reconformação das obras de drenagem superficial;
revestimento vegetal.
Nos itens a seguir, são detalhados o escopo, a abrangência e a metodologia a ser utilizada na execução desses
serviços.
a. Recomposição de Aterros
Deverá ser efetuada a recomposição dos aterros que estiverem comprometendo a plataforma, de forma
manual ou mecanizada, dependendo de cada caso, obedecendo à seqüência executiva estabelecida a seguir:
– sinalização da área;
– limpeza da área atingida;
– escavação e transporte do material da jazida, que deverá ser argiloso, para o local da recomposição;
16 1.190 100
50 0.297 40 - 70
200 0.074 15 - 55
A quantidade total de microesferas de vidro contida no material deverá situar-se entre, um mínimo de 18% (dezoito
por cento) e um máximo de 22% (vinte e dois por cento) em massa na mistura final.
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A granulometria das esferas de vidro, consideradas como parte do elemento granular inerte, deverá preencher os
requisitos da Norma NBR-6831 da ABNT e satisfazer às exigências das microesferas de vidro - tipo Innermix.
As microesferas de vidro deverão ser incorporadas ao material termoplástico em duas fases, ou seja, uma durante o
processo de fabricação (pré-misturado) e outra, pelo processo de aspersão, através de uma pistola de pressão, no instante da
aplicação na pista.
A temperatura de aplicação do material termoplástico não deverá ser inferior a 165oC (cento e sessenta e cinco
graus centígrados) e superior a 180oC (cento e oitenta graus centígrados) para o amarelo, e de 200oC (duzentos graus
centígrados) para o branco.
Estando o pavimento à temperatura igual ou inferior a 30oC (trinta graus centígrados), o "tempo de cura" do
material para a abertura ao tráfego de veículos não deverá ser superior a 5 (cinco) minutos.
O material aquecido à temperatura exigida para a sua aplicação não deverá desprender fumaça ou gases tóxicos que
possam causar prejuízos a pessoas, propriedades ou equipamentos. Deverá conservar a sua estabilidade quando submetido
durante 4 (quatro) horas à temperatura de aplicação, ou 4 (quatro) ciclos de aquecimento até a temperatura de aplicação e de
resfriamento, à temperatura ambiente.
O ponto de amolecimento do material termoplástico não deverá ser inferior a 80oC (oitenta graus centígrados),
quando ensaiado pelo "Método do Anel e Bola", conforme a ASTM-E 28/67.
A massa específica do produto termplástico deverá estar entre um mínimo de 1,85 (hum vírgula oitenta e cinco) e
um máximo de 2,25 (dois vírgula vinte e cinco) kg/l, quando determinado pelo método de imersão em água a 25oC (vinte e
cinco graus centígrados).
O material termoplástico, quando aplicado sobre uma placa de alumínio (20 x 25 cm), na espessura de 3 (três) mm,
não deverá apresentar um "índice de deslizamento - I.D." maior que 3% (três por cento), quando mantido a um ângulo de 45o
(quarenta e cinco graus) durante 24 (vinte e quatro) horas, a uma temperatura entre 58oC (cinqüenta e oito graus centígrados)
e 60oC (sessenta graus centígrados).
O material não deverá apresentar desgaste superior a 0,8 (zero vírgula oito) gramas, quando submetido a 100 (cem)
revoluções no "Abrasômetro Taber-Tipo 503" (ou equivalente), usando rodas calibradas H-22, carregadas com 500
(quinhentos) gramas, com uma superfície submersa em água durante o ensaio.
A amostra do material, quando submetida durante 100 (cem) horas de exposição a uma lâmpada GE de 275
(duzentos e setenta e cinco) watts, tipo "Sunlamp Order Code RS" não deverá apresentar alteração de cor, quando comparada
visualmente com uma amostra não exposta.
A refletância do material branco, quando determinada pelo método ASTM-E 97-77, não deverá ser inferior a 75%
(setenta e cinco por cento).
• Aplicação
A fim de garantir o perfeito alinhamento e a excelente configuração da sinalização horizontal, deverá ser executada
a pré-demarcação da pintura a ser realizada.
O local a receber o material termoplástico deverá estar perfeitamente limpo, devendo ser retirados quaisquer corpos
estranhos aderente ou partículas de pavimento em estado de desagregação.
Quando da aplicação da massa termoplástica, a superfície do pavimento deverá estar perfeitamente limpa, seca,
livre de impurezas, graxas e demais substâncias nocivas, e a uma temperatura entre 5oC (cinco graus centígrados) e 60oC
(sessenta graus centígrados).
Após a limpeza, se for necessário, em virtude da superfície estar muito lisa ou com demarcação antiga, deverá ser
executada uma pintura de cobertura e ligação, com material apropriado, de modo que a superfície pintada fique totalmente
coberta e propicie perfeita aderência do material termoplástico.
A camada final das microesferas de vidro deverá ser aplicada por meio de pistolas acionadas a ar comprimido,
especialmente construídas para este fim, de forma a obrigar as microesferas a penetrarem no material termoplástico, no
mínimo, até a metade do seu diâmetro.
O material termoplástico fornecido e aplicado deverá produzir demarcação uniforme, nas seguintes espessuras
mínimas, medidas após a secagem:
– aplicação por aspersão: 1,5 (um e meio) mm;
– aplicação por extrusão: 3,0 (três) mm.
• Equipamentos
Assim, as Praças de Pedágio deverão dispor de duas modalidades de arrecadação: pagamento manual, e pagamento
semi-automático. Os tipos de pistas serão, no mínimo, os seguintes:
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• pista manual/semi-automática;
• pista livre.
Pista Manual/Semi-Automática
O sistema manual de cobrança deverá operar com ajuda de arrecadador, que identificará o tipo de veículo
(classificação visual), pressionará a tecla correspondente e cobrará do usuário a correspondente tarifa em dinheiro, devolverá
o troco e, em caso de solicitação pelo usuário, entregará o recibo.
As pistas manuais reversíveis serão equipadas com dois sistemas de cobrança manual e de controle automático da
classificação. Um sistema de intertravamento entre os dois equipamentos não permitirá a abertura simultânea nos dois
sentidos.
A cobrança através de equipamentos semi-automáticos poderá ser adotada nas cabines de operação manual, como
opção ao usuário que utilize dispositivo de identificação/créditos para arrecadação (Tag eletrônico ou cartão magnético).
No sistema semi-automático, o usuário, ao aproximar-se da cabine de arrecadação, terá seu veículo classificado
pelo arrecadador, e a transação financeira se dará automaticamente, com identificação do usuário através de sistemas de rádio
de baixa freqüência (Tag eletrônico) ou leitura magnética (cartão magnético), que permitam efetuar operações dentro de
esquemas de pré-pagamento e/ou pós-pagamento.
As pistas manuais/semi-automáticas serão equipadas com sistema de controle automático de classificação após a
passagem pela cabine, visando confirmar a classificação efetuada pelo arrecadador, além de permitir a monitoração da
operação de cobrança de cada cabine.
Pista Livre
É um tipo de pista não pedagiada, utilizada para o tráfego de veículos isentos, como ambulâncias, carros de polícia,
etc., e de veículos excepcionais, que pagam o pedágio com procedimentos particulares. Os veículos admitidos neste tipo de
pista serão controlados por um sistema automático de detecção de veículos.
A Concessionária responderá pelo controle do sistema de arrecadação e operação de tráfego na área das Praças de
Pedágio, cabendo-lhe:
• manter placas informativas com valores atualizados de pedágio;
• sinalizar as pistas;
• controlar a abertura e o fechamento de pistas e cabines;
• fiscalizar a arrecadação;
• garantir a segurança da circulação de valores e sua transferência para a sede da
• Concessionária, ou banco;
• elaborar mapas estatísticos de tráfego e receita;
• registrar as ocorrências principais e mais significativas;
• controlar e manter vigilância sobre os equipamentos;
• controlar a arrecadação e o recolhimento de numerário por cabine, por turno de trabalho e por agente arrecadador;
• prestar atendimento ao usuário;
• garantir o cumprimento das normas operacionais aprovadas pelo DERBA.
Antes da assinatura do Contrato, a Concessionária deverá apresentar ao DERBA, para aprovação, as normas
operacionais que estabelecerão as instruções para os procedimentos de rotina e para casos excepcionais, como uso de pista
livre, tráfego de cargas especiais, evasões, cancelamento de registros indevidos, troco abandonado, falta de dinheiro do
usuário no momento do pagamento, acidentes e outros.
É prevista uma Praça de Pedágio, localizada na BA-099, entre Abrantes e o entroncamento com a BA-522, que
deverá ser implantada com instalações adequadas aos padrões dos sistemas de arrecadação previstos. A praça deverá ter um
Prédio de Administração, para gerenciamento dos serviços e controle da arrecadação.
Não haverá cobrança de pedágio na fase de Trabalhos Iniciais. Até o final do sexto mês da Concessão, a
Concessionária deverá construir e equipar a Praça de Pedágio.
Neste período inicial, deverão ser cumpridas as tarefas de recrutamento, seleção e treinamento dos agentes de
cobrança, bem como as de verificação e recebimento dos equipamentos adquiridos e sua respectiva instalação.
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Concluída a fase de Trabalhos Iniciais, e desde que atendidas as exigências do Edital para início da arrecadação,
serão iniciados os serviços de pedágio, compreendendo a operação das praças, durante 24 horas por dia.
Os recursos humanos e materiais deverão ser dimensionados em função do tráfego previsto, de modo a atender a
um padrão mínimo de serviço, expresso pela extensão das filas nas Praças de Pedágio. Em qualquer condição ou período da
Concessão, as filas máximas não deverão ultrapassar 300 m, em 95% do tempo mensal de operação.
O dimensionamento da quantidade de cabines de arrecadação e dos equipamentos de cobrança deverá ser calculado
de maneira a proporcionar um nível de serviço satisfatório e adequado, atendendo a este limite, devendo ser realizada sua
adequação ao crescimento do tráfego durante o período da Concessão, através da monitoração da operação das Praças de
Pedágio. Em todos os casos, o número mínimo de cabines de cobrança, por praça, deverá ser igual a dois por sentido.
A monitoração do crescimento das demandas de tráfego deverá indicar a necessidade de aumento no número de
cabines previstas. A Concessionária deverá, ainda, adequar a operação das cabines às variações de fluxo nas horas-pico e nos
dias de maior demanda (feriados prolongados, início e término de férias escolares, etc.).
A localização para implantação do Prédio de Administração de cada Praça de Pedágio deverá ser planejada
considerando eventuais incrementos no número de cabines, face às expectativas de crescimento do tráfego ao longo do
período de concessão, em termos de espaço físico para tais ampliações.
As Praças de Pedágio deverão possuir os equipamentos de controle e monitoração necessários às atividades de
gerenciamento de cada praça, de modo independente (mesas/terminais de controle dos detectores de pista e das cabines
arrecadadoras, etc.).
Os dados coletados nas Praças de Pedágio deverão ser consubstanciados em relatórios de acompanhamento das
suas atividades rotineiras, abrangendo:
• relatório financeiro;
• relatório das operações efetuadas;
• relatório de trânsito;
• relatório de incidentes;
• relatório das condições de operação dos equipamentos.
Os dados e relatórios de tráfego deverão estar disponibilizados ao COC, que poderá acessá-los sempre que
necessário. A monitoração das operações nas Praças de Pedágio deverá abranger:
• controle de arrecadação das tarifas;
• controle de contas e do fluxo financeiro;
• controle administrativo da operação;
• controle de eventos operacionais.
O sistema de monitoração das operações das Praças de Pedágio deverá integrar: pistas, terminais de cabine e de
supervisão, administração da praça e controle central.
A monitoração da arrecadação do pedágio deverá ser executada pelas próprias equipes de administração das Praças
de Pedágio, que deverão registrar todos os dados, disponibilizando-os ao COC, às demais autoridades da Concessionária e ao
DERBA, sempre que necessário.
7.3.3 Sistema de Pesagem
A operação de pesagem de veículos visa fazer cumprir o disposto no Código Nacional de Trânsito quanto aos
limites de peso bruto, por eixo e por veículo.
Será de responsabilidade da Concessionária a operação do sistema de pesagem.
Está previsto, no mínimo, um Posto de Pesagem móvel, com equipamentos adequados para o controle de peso dos
veículos comerciais.
Este sistema de pesagem móvel terá efeito de fiscalização e punição, e deverá ser operado com o uso de balança
portátil, que deverá ser transportada e instalada em locais seguros e estratégicos do sistema rodoviário, para orientação e/ou
autuação de veículos que estejam trafegando fora dos limites de peso permitidos pelo DERBA e pela legislação vigente.
Todas as balanças componentes do sistema deverão atender às exigências de precisão do Instituto Nacional de
Metrologia e Qualidade Industrial - INMETRO e possuir o Certificado de Homologação desse órgão.
PAVIMENTOS ASFÁLTICOS
Trincas pele de crocodilo com erosões extensas Fresagem e reciclagem com acréscimo ou não de reforço
estrutural
Panelas Remendos superficiais ou profundos
• toda a estrutura/equipamentos para a perfeita operação do serviço de Inspeção de Trânsito deverá estar disponível e
operante, de acordo com o estabelecido neste PER;
• toda a estrutura/equipamentos necessários para o serviço de Atendimento Pré-Hospitalar (Primeiros
Socorros/Remoção) deverá estar disponível e operante, de acordo com o estabelecido neste PER;
• toda a estrutura/equipamentos necessários para o serviço de Atendimento Mecânico (Resgate/Guincho) deverá
estar disponível e operante, de acordo com o estabelecido neste PER;
• toda a estrutura/equipamentos para a perfeita operação do serviço de Atendimento de Incidentes deverá estar
disponível e operante, de acordo com o estabelecido neste PER;
• toda a estrutura/equipamentos para a perfeita operação dos Serviços de Comunicações deverá estar disponível e
operante, de acordo com o estabelecido neste PER;
• todo o conjunto de Unidades de Conservação (tantas quantas forem necessárias para a perfeita realização dos
Serviços de Conservação, de acordo com o estabelecido neste PER), próprio ou tercerizado, deverá estar disponibilizado e
operante, com instalações e equipamentos adequados para tais serviços.
Ativação dos Serviços
Para que seja emitida autorização para início da cobrança do pedágio, a Concessionária deverá ter implementadas
as seguintes estruturas de operação e conservação:
• o serviço de Controle Operacional deverá estar implantado e operante, com instalações e equipamentos adequados
para coordenar as operações das atividades já implantadas, de acordo com o disposto neste PER;
• o Sistema de Arrecadação de Pedágio deverá estar implantado e operante, com instalações e equipamentos
adequados para operação das praças e controle da arrecadação, de acordo com o disposto neste PER;
• o Sistema de Pesagem Móvel deverá estar implantado e operante, com todas as instalações e equipamentos
necessários para operação de controle de peso dos veículos comerciais, de acordo com o disposto neste PER;
• o serviço de Guarda e Vigilância Patrimonial deverá estar implantado e operante, de acordo com o disposto neste
PER;
• O serviço de apoio à Fiscalização de Trânsito (Polícia Rodoviária) deverá estar implantado e operante, de acordo
com o disposto neste PER;
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• o serviço de Inspeção de Trânsito deverá estar totalmente implantado e operante, com todas as viaturas previstas
em plena operação, de acordo com os parâmetros de desempenho estabelecidos neste PER;
• o serviço de Atendimento Pré-Hospitalar (Primeiros Socorros/Remoção) deverá estar totalmente implantado e
operante, de acordo com o disposto neste PER;
• o serviço de Atendimento Mecânico (Resgate/Guincho) deverá estar totalmente implantado e operante, de acordo
com o disposto neste PER;
• o serviço de Atendimento a Incidentes deverá estar inteiramente implantado e em plena operação, de acordo com
os parâmetros de desempenho estabelecidos neste PER;
• os Serviços de Comunicações deverão estar inteiramente implantados e em plena operação, de acordo com os
parâmetros de desempenho estabelecidos neste PER;
• a equipe responsável pela Segurança de Trânsito deverá estar completa e os planos e programas preparados, de
acordo com as exigências estabelecidas neste PER;
• os Serviços de Conservação Rotineira (Conservação Rodoviária de Rotina e Conservação Predial e de
Equipamentos) deverão estar totalmente implantados e operantes, de acordo com os parâmetros de desempenho
estabelecidos neste PER.
8.2 TRABALHOS AO LONGO DA CONCESSÃO
São definidos como Trabalhos ao Longo da Concessão, todos os serviços e obras que a Concessionária deverá
realizar após ser autorizada a iniciar a arrecadação do pedágio, com previsão de início a partir do sétimo mês da Concessão,
após a conclusão dos Trabalhos Iniciais, devidamente aprovados pelo Poder Concedente, estendendo-se até o final do
período de exploração, ou seja, desde o 7º até o 25º ano da Concessão.
Os Trabalhos ao Longo da Concessão abrangerão os seguintes itens:
Intervenções Físicas
• Restauração da Infra-Estrutura Rodoviária;
• Obras de Melhoria e Ampliação de Capacidade.
Serviços de Operação, Conservação e Manutenção
• Operação Rodoviária;
• Conservação Rotineira;
• Manutenção Periódica.
Para realização desses serviços e obras, serão requeridos investimentos e despesas operacionais, cuja cronologia
deverá obedecer aos condicionantes estabelecidos neste PER e resumidos, de forma sintética, no cronograma apresentado a
seguir.
Planejamento do Avanço Físico das Obras
O percentual de execução de cada obra, quando definido no Cronograma, refere-se ao percentual financeiro de
avanço anual de cada obra em relação ao seu custo total.
No caso da Manutenção Periódica, cada Licitante deverá considerar a periodicidade das intervenções em
sinalização horizontal e em pavimento, observados os critérios apresentados em sua Proposta de Metodologia de Execução, e
atendendo aos padrões técnicos estabelecidos neste PER.
9. Supervisão da Concessão
9.1 SUPERVISÃO DA CONCESSÃO
A Supervisão da Concessão será efetuada diretamente pelo DERBA, com o concurso eventual de terceiros - empresa ou
entidade conveniada ou selecionada pelo DERBA.
No exercício das suas atribuições, os encarregados pela Supervisão da Concessão terão livre acesso, em qualquer
época, aos dados relativos à administração, à contabilidade e aos recursos técnicos, econômicos e financeiros da
Concessionária, assim como às obras, aos equipamentos e às instalações integrantes ou vinculadas à Concessão.
A Supervisão da Concessão terá por objetivo assegurar o cumprimento dos encargos previstos neste PER.
As atividades da Supervisão da Concessão compreenderão, especialmente:
• o controle por resultados da execução dos serviços de operação, conservação e manutenção do sistema rodoviário,
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com ênfase na observância das especificações, parâmetros e padrões de qualidade estabelecidos neste PER e nas normas
técnicas aplicáveis;
• o controle por medição da execução das obras de Recuperação Emergencial, Restauração e de Melhoria e
Ampliação de Capacidade do sistema rodoviário, com ênfase na observância dos quantitativos, especificações, parâmetros e
padrões de qualidade estabelecidos neste PER, no Projeto Básico e nas normas técnicas aplicáveis.
Neste sentido, caberá à Supervisão da Concessão, entre outras atividades, o acompanhamento das medições
mensais das obras executadas, aferindo as diferenças entre os quantitativos reais ocorridos e os quantitativos previstas no
Projeto Básico.
Constitui também objetivo da Supervisão da Concessão assegurar aos usuários a prestação, pela Concessionária, de
serviço adequado, nas condições definidas no Edital e no Contrato de Concessão.
9.2 Arredondamentos para Cobrança
Para manter a adequada fluidez do trânsito e propiciar maior comodidade aos usuários, o valor da tarifa básica
resultante dos cálculos de reajuste e/ou revisão poderá ser arredondado, de acordo com critério a ser estabelecido de comum
acordo entre o DERBA e a Concessionária.
Para fins de aplicação de reajustamentos e revisões, devem ser sempre considerados os valores iniciais, não
arredondados. Todavia, na hipótese do arredondamento, as diferenças poderão ser compensadas pelos seguintes
procedimentos:
• compensação entre os valores das tarifas das diferentes categorias de veículos, objetivando sempre o
arredondamento mais adequado (para mais ou para menos);
• quando da aplicação do próximo reajustamento ou revisão das tarifas de pedágio, o primeiro que ocorrer.
10. Estrutura Tarifária
10.1 Introdução
Este capítulo define as condições e normas que regerão a estrutura tarifária do sistema de pedágio que a futura
Concessionária deverá implantar para exploração e operação das rodovias componentes do Sistema Estrada do Coco / Linha
Verde.
10.2 Modelo de Tarifação e Pedagiamento
O sistema de pedágio será do tipo aberto, com praças de pedágio tipo “barreira”, nas quais a cobrança será
bidirecional, ou seja, os usuários pagarão nos dois sentidos.
As tarifas são definidas, a seguir, em função do trecho de cobertura geográfica de cada praça e do tipo de rodovia
(pista simples ou dupla), com diferenciação por categoria de veículo e com valores distintos para dias úteis e para feriados e
finais de semana.
10.3 Valores da Tarifa Básica por Praça
A tarifa básica corresponde ao valor a ser pago em pista simples, por sentido, em dias úteis, pelo usuário de
veículo correspondente à Categoria 1, que é atribuída aos veículos com 2 (dois) eixos e rodagem traseira simples (veículos
leves de passeio).
Considerando o modelo de tarifação adotado, bem como a localização prevista para a Praça de Pedágio (conforme definido
neste PER), foi definido o valor da tarifa básica, que corresponde, na data-base de abril/99, a R$ 2,05 (dois reais e cinco
centavos). A tarifa básica inicial de feriados e finais de semana corresponde, na data-base de abril/99, a R$ 3,05 (três reais e
cinco centavos).
A tarifa básica na Praça de Pedágio de Abrantes, após a conclusão da duplicação até Arembepe, corresponderá a
um acréscimo no valor da tarifa básica, no intuito de incorporar ao valor da tarifa o novo segmento em pista dupla. Esta
nova tarifa somente poderá ser aplicada na Praça de Pedágio de Abrantes quando o segmento da rodovia BA-099, entre a
ponte sobre o Rio Joanes e o acesso à praia de Arembepe, estiver com sua duplicação totalmente concluída e em perfeitas
condições de tráfego, o que está previsto para o final do primeiro ano da Concessão. A partir de então, a tarifa básica de dias
úteis, na Praça de Pedágio de Abrantes, corresponderá a R$ 2,60 (dois reais e sessenta centavos), na data-base de abril/99. A
tarifa básica de feriados e finais de semana, nesta praça, corresponderá, na data-base de abril/99, a R$ 4,00 (quatro Reais).
10.4 CATEGORIAS DE VEÍCULOS
A tarifa de pedágio a ser efetivamente cobrada de cada usuário será o resultado do produto da tarifa básica de cada
praça pelo fator multiplicador da tarifa correspondente a cada categoria de veículo, conforme estabelecido no quadro a seguir,
que classifica os veículos pelo tipo, número de eixos e rodagem.