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TOTAL EM EDIFICAÇÕES
Tito Lívio Ferreira Gomide
Jerônimo Cabral Pereira Fagundes Neto
Marco Antônio Gullo
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NBR 15.575 da ABNT – Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos – Desempenho – Parte 1 a 6
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Manutenção: Conjunto de atividades a serem realizadas e respectivos recursos para conservar ou
recuperar a capacidade funcional da edificação e de seus sistemas constituintes de atender as
necessidades e segurança dos seus usuários
NBR 15.575 da ABNT
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NBR 5674 da ABNT – Manutenção de edificações – Requisitos para o sistema de gestão de Manutenção
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A figura a seguir apresentada, extraída da doutrina difundida e disseminada pela
Engenharia Diagnóstica, demonstra as fases que compõem o ciclo do processo
construtivo das edificações.
P
PLANEJAMENTO
P
PROJETO
E
EXECUÇÃO
E
ENTREGA
U USO
-TÉCNICA
-PRODUTIVIDADE
-INOVAÇÃO
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escopo dos projetos, para os sistemas integrantes da edificação, que deverão ser
projetados, inclusive, sob a observância dos princípios da Manutenabilidade 4.
A etapa seguinte considera a EXECUÇÃO da obra, que pode ser associada a fase
de gestação propriamente dita do empreendimento, impingindo ao Construtor a
responsabilidade pela compra e aplicação dos materiais que foram escolhidos ou
indicados nos Projetos e memoriais descritivos elaborados na fase anterior. Não se
pode relevar a mão-de-obra a ser utilizada, que deverá ser treinada pelo
Construtor, para o emprego da boa técnica construtiva, favorecendo a correta
aplicação dos materiais fabricados e disponibilizados no mercado, segundo as
orientações dos fornecedores ou fabricantes e obedecidos os critérios de projeto. A
correta condução dessa fase contribui para o resultado final do produto e
contribuirá dentre outros requisitos, para a boa estética do empreendimento.
A nova fase que sucede pode ser equiparada ao nascimento do produto imobiliário
e coincide com a Conclusão ou Entrega da obra. Essa fase se apresenta e surge
de forma quase que instantânea e constitui a “data marco”, adotada para a
contagem dos prazos de garantia. Tal condição impõe a sua importância e
destaque no ciclo do processo construtivo. Polêmicas a parte, em relação à
determinação exata da data da entrega, especialmente das áreas comuns dos
condomínios, cuja interpretação ainda suscita dúvidas, que somente serão
elucidadas mediante a consolidação de jurisprudência sobre o tema, caberá ao
Construtor ou Incorporador disponibilizar ao primeiro proprietário ou Condomínio, o
“Manual de Uso Operação e Manutenção5” da edificação. Os referidos manuais
contem, dentre os principais tópicos a serem abordados, a apresentação das
características dos produtos imobiliários, indicação dos fornecedores, informações
sobre as condições de operação, uso e limpeza e relaciona as sugestões sobre a
implementação dos programas de manutenção, com previsão de modelos do
programa de manutenção contemplando procedimentos e periodicidade de
manutenção, baseada nos informes e prescrições dos projetos e respectivos nível
de desempenho do produto imobiliário. As diretrizes para elaboração dos Manuais
das edificações estão consolidadas na NBR 14.0376 da ABNT, cujo foco está
voltado para a qualidade da documentação técnica produzida ao longo das fases
de projeto e execução. Além disso, visa o seu direcionamento para esclarecer
dúvidas relativas às etapas de uso, manutenção e operação dos equipamentos,
apresentados em forma de manuais, para melhorar a comunicação no processo
entre os interessados na durabilidade das edificações.
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Manutenabilidade: Grau de facilidade de um sistema, elemento ou componente em ser mantido ou
recolocado no estado no qual pode executar suas funções requeridas, sob condições de uso
especificadas, quando a manutenção é executada sob condições determinadas, procedimentos e meios
prescritos - NBR 15.575 da ABNT
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Manual de operação, uso e manutenção: Manual destinado a orientar o usuário quanto ao correto
uso, operação e manutenção do imóvel
NOTA Também conhecido como manual do proprietário, quando aplicado para as unidades autônomas, e manual das
áreas comuns ou manual do síndico, quando aplicado para as áreas de uso comum. NBR 15.575 da ABNT
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NBR 14.037 da ABNT – Diretrizes para elaboração de manuais de uso, operação e manutenção das
edificações – Requisitos para elaboração e apresentação dos conteúdos
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A fase final do ciclo se consolida na fase do USO quando caberá ao Usuário do
produto imobiliário dispor e utilizar o imóvel, observadas as premissas declinadas
no Manual de Uso, Operação e Manutenção da edificação. Nesse passo será
desenvolvido, implantado e controlado, pelo Usuário, sob a sua única
responsabilidade e ônus, o Plano de Manutenção da Edificação, baseado nas
prescrições contidas na NBR 5674 da ABNT.
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Manutenção: Conjunto de atividades a serem realizadas e respectivos recursos para conservar ou
recuperar a capacidade funcional da edificação e de seus sistemas constituintes de atender as
necessidades e segurança dos seus usuários
NBR 15.575 da ABNT
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A figura indicada adiante, explica de que maneira a ação da manutenção pode
incidir em ganho de vida útil, podendo até prolongá-la ou ainda, pelo contrário, em
caso de negligência por parte do Usuário, ensejar a deterioração precoce e a
consequente e indesejável desvalorização patrimonial. Tal condição perfeitamente
previsível, portanto evitável, pode ser minimizada em caso da atuação da
manutenção, através da implantação do plano de manutenção das edificações,
pelo Usuário.
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Tridimensional (técnica, uso e manutenção) e ação pró-ativa, especialmente para
complementar os níveis de controle das diversas etapas do ciclo em pauta.
Condições de Uso
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Inspeção predial de uso e manutenção:
Verificação, através de metodologia técnica, das condições de uso e de manutenção preventiva e
corretiva da edificação – NBR 15.575 da ABNT
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Procedimentos de Manutenção
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Engenharia Diagnóstica através da Inspeção Predial Total se consolidada como
ferramenta imprescindível para verificação das condições físicas e da manutenção
dos edifícios, além de fornecer subsídios para orientar o plano e programas de
manutenção, ou promover a sua atualização, através das recomendações técnicas
incluídas na elaboração do Laudo de Inspeção Predial Total. Colabora em última
análise para a consolidação das condições de durabilidade das edificações ao
promover o acréscimo do desempenho das mesmas, favorecendo,
consequentemente, a qualidade da edificação ao longo da sua vida útil ao incutir
nos consumidores a almejada prática da boa manutenção e os benefícios
decorrentes da sua implantação.