Discente: Gilson Francisco – 202201015 Docente: Susana Lucas 1. MOMENTO DA ELABORAÇÃO DO PLANO A determinação da duração de um edifício inicia-se na fase de projeto. Durante a fase de execução, estes projetos, eventualmente, existem alterações ao que previamente fora dimensionado. Até mesmo durante a fase de exploração do edifício, este poderá sofrer alterações ao tipo de uso. Neste sentido; ”Em qual momento ou momentos o Plano de Conservação e Manutenção do Edifício deverá ser desenvolvido?” R: O Plano de Conservação e Manutenção do Edifício deve ser desenvolvido ao longo de todo o ciclo de vida do edifício, desde a fase de projecto até a fase de utilização. 2. CONSERVAÇÃO E MANUTENÇÃO DA VIDA ÚTIL VERSUS OBSOLESCÊNCIA Todos os elementos que constituem os edifícios possuem variados tempos de vida útil. Considerando que os elementos utilizados na execução do edifício de forma que este cumprisse o propósito para que construído, ou seja, materiais, soluções técnicas e equipamentos que o constituem, e partindo de um pressuposto que o plano de conservação e manutenção é eficiente, mantendo o normal desempenho destes elementos, surge durante a fase de vida útil, novos materiais ou equipamentos que, pela sua inovação ou impacte ambiental e mesmo eficiência, promovam melhor desempenho ao edifício e maior conforto aos utilizadores. Por conseguinte; “De que forma é coerente manter os materiais e/ou equipamentos que, por serem alvo de bom plano de manutenção, mantêm o seu normal desempenho, por outros materiais mais recentes e eficientes que consequentemente irão prolongar a vida útil do edifício?”. R: Ao considerar a substituição de materiais e equipamentos em um edifício, mesmo que estejam sendo bem mantidos, é essencial avaliar diversos aspectos. É necessário analisar se os novos materiais e equipamentos oferecem melhorias significativas em termos de desempenho, como durabilidade, eficiência energética, tecnologia avançada e conforto para os usuários. Além disso, é importante verificar se a substituição trará benefícios económicos, como redução de custos de energia e manutenção, e se os novos elementos são tecnicamente viáveis, considerando a integração com a estrutura existente. A sustentabilidade também deve ser considerada, avaliando se os novos materiais e equipamentos são mais eficientes em termos de recursos naturais e emissões ambientais. Por fim, é necessário ponderar se existe a necessidade específica de actualização dos elementos existentes devido à obsolescência tecnológica, requisitos regulatórios ou mudanças nas necessidades dos usuários. A tomada de decisão final deve ser baseada na análise cuidadosa desses factores, considerando os objectivos do projecto, as necessidades dos usuários e os recursos disponíveis, a fim de garantir uma substituição coerente e benéfica para o edifício e seus ocupantes. 3. PLANO DE MANUTENÇÃO E SUA IMPLEMENTAÇÃO Uma vez desenvolvido o plano de conservação e manutenção para um determinado edifício, sendo este abrangido por várias áreas de atuação e especialidades e dado que estes planos estão na sua maioria associados a edifícios públicos, que pela sua génese, são regidos por regulamentos de contratação exigentes, reflete sobre a forma como se poderá operacionalizar as ações de inspeção, conservação e correção que integram o PMC definido e quais os técnicos que intervêm nestas ações. R: Uma vez desenvolvido o plano de conservação e manutenção para um edifício, a operacionalização das acções de inspecção, conservação e correcção que fazem parte desse plano pode envolver diversas etapas e a participação de diferentes profissionais. Algumas considerações sobre a forma como essas acções podem ser implementadas são: Identificação das áreas de actuação: O plano de conservação e manutenção deve abranger todas as áreas relevantes do edifício, como estruturas, instalações eléctricas, hidráulicas, climatização, elevadores, entre outras. Cada uma dessas áreas pode exigir competências específicas. Definição das acções e frequência: O plano deve detalhar as acções de inspecção, conservação e correcção necessárias para cada área, incluindo a frequência com que devem ser realizadas. Isso pode envolver inspecções periódicas, manutenção preventiva, reparos correctivos, entre outros. Envolvimento de profissionais especializados: Para executar as acções do plano, é importante contar com técnicos qualificados e especializados em cada área específica. Isso pode incluir engenheiros civis, electricistas, encanadores, técnicos de climatização, entre outros, dependendo das necessidades do edifício. Contratação de serviços: Considerando que muitos edifícios públicos estão sujeitos a regulamentos de contratação exigentes, é comum que as acções de inspecção, conservação e correção sejam realizadas por empresas especializadas, por meio de processos licitatórios. Essas empresas devem atender aos critérios estabelecidos nos regulamentos e ter a expertise necessária para executar as actividades previstas no plano. Monitoramento e supervisão: É essencial estabelecer um sistema de monitoramento e supervisão para garantir a execução adequada das acções definidas no plano. Isso pode envolver a designação de um responsável interno para coordenar e acompanhar as actividades, bem como a realização de auditorias periódicas para verificar o cumprimento do plano. A operacionalização das acções de inspecção, conservação e correcção definidas no plano de conservação e manutenção de um edifício público requer a identificação das áreas de actuação, a definição das acções e sua frequência, o envolvimento de profissionais especializados, a contratação de serviços por meio de processos licitatórios e o estabelecimento de um sistema de monitoramento e supervisão. Dessa forma, busca-se garantir a efectiva manutenção e preservação do edifício, de acordo com os regulamentos e exigências vigentes.
Interfaces prediais: Hidráulica, gás, segurança contra incêndio, elétrica, telefonia, sanitários acessíveis, NBR 15575: edificações habitacionais – desempenho e BIM – nova forma de projetar