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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro

Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro

GABARITO AP2 – CÁLCULO I – 2/2023


Código da Disciplina: EAD01005 - EAD01083
Questão 1 [2.0 pontos]
Seja f : R −→ R a função polinomial definida por

f (x) = x3 + a x2 − 2.

Sabemos que a função f admite um ponto de inflexão em x = −1.


a) Determine o valor de a ∈ R;
b) Calcule os pontos crı́ticos de f e classifique cada um deles como ponto de máximo local, ponto
de mı́nimo local ou nenhuma dessas caracterı́sticas, justificando cuidadosamente a sua resposta.

Solução:

(a) Como f tem um ponto de inflexão em x = −1, sabemos que f 00 (−1) = 0.

f (x) = x3 + a x2 − 2
f 0 (x) = 3x2 + 2a x
f 00 (x) = 6x + 2a
f 00 (−1) = −6 + 2a = 0

Logo, 2a = 6 =⇒ a = 3. !

(b) Usando a informação a = 3, encontramos os pontos crı́ticos de f fazendo:

f 0 (x) = 3x2 + 6x = 3x(x + 2) = 0.

Assim, os pontos crı́ticos de f são x = −2 e x = 0. Para classificá-los vamos fazer a análise


de sinais da função derivada f 0 (x):

+ + ++ − − − − − − − + + ++
−2 0

Como a função f é crescente em (∞, −2) ∪ (0, +∞) e decrescente em (−2, 0), o ponto x = −2
é máximo local e o ponto x = 0 é mı́nimo local.
Cálculo I Gabarito AP2 2/2023

A figura a seguir ilustra o resultado mas não faz parte da solução.

!
Questão 2 [2.0 pontos]

Seja f : (−∞, 5] −→ R a função definida por f (x) = 5 − x . Determine uma equação que
defina a reta r que contem o ponto (9, 0) e é tangente ao gráfico da função f .
Sugestão: Suponha que o ponto comum à reta r e o gráfico da função f tenha coordenada
x = a e lembre-se da interpretação geométrica do valor da derivada de uma função em um ponto
especı́fico.

Solução: Vamos supor que a reta r seja tangente ao gráfico de f no ponto (a, f (a)) =

(a, 5 − a ). Assim, da interpretação geométrica da derivada de uma função em um ponto,
temos que o coeficiente angular de r, que denotaremos por m, é igual a f 0 (a).
√ −1
f (x) = 5−x =⇒ f 0 (x) = √ .
2 5−x

Portanto,
−1
m = f 0 (a) = √
2 5−a

Por outro lado, a reta r contem os pontos (a, 5 − a ) e (9, 0). Podemos calcular o coeficiente
angular de r usando essa informação:
√ √
y1 − y0 5−a −0 5−a
m= = = .
x1 − x0 a−9 a−9

Reunindo as duas informações, temos a igualdade:



−1 5−a
√ = =⇒ 9 − a = 2(5 − a) =⇒ a = 1.
2 5−a a−9

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Assim, a reta r é tangente ao gráfico de f no ponto (1, 5 − 1 ) = (1, 2), o coeficiente angular
−1 −1
m= √ = e uma equação que define r é
2 5−1 4

−1 9−x
y−2= (x − 1) ⇐⇒ y= .
4 4
A figura a seguir ilustra a questão mas não faz parte da solução.

!
Questão 3 [2.0 pontos]
Seja f : R − { 1 } −→ R a função definida por
!
1
f (x) = arctan .
1−x

a) Calcule a f 0 (x);
b) Determine uma equação que defina a reta tangente ao gráfico de f no ponto de coordenada
x = 0.

1
Solução: a) Como (arctan x)0 = , temos
1 + x2

!0
1 1 1
1−x (1 − x)2 (1−x)

2 1 1
f 0 (x) = = =  2 = = .
!2 1 (1 − x) + 1 (1 − x)2 + 1 x2 − 2x + 2
1 1 +
1+ (1 − x)2 (1−x)

2
1−x 

1
Observe que a expressão está definida em x = 1, mas não existe f 0 (1), um vez que
x2 − 2x + 2
1∈
/ Dom(f ).
b) A equação que define a reta tangente ao gráfico de f no ponto x = 0 é y = f (0) + f 0 (0) x.
Usando a definição da função e a derivada encontrada no item anterior, temos:

π 1
f (0) = arctan(1) = e f 0 (0) = .
4 2
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x π
Portanto, + é a equação da reta em questão. !
y=
2 4
A figura a seguir ilustra a questão mas não faz parte da solução.

!
Observe na figura que o gráfico de f consiste de dois ramos. O ramo que está sobre o intervalo
π
(−∞, 1) termina na altura y = e o ramo posterior, sobre o intervalo (1, +∞) inicia na altura
2
π 1
y = − . O valor 1, da expressão 2 em x = 1 é a inclinação das retas ‘tangente’ às
2 x − 2x + 2
extremidades desses ramos.

!
Questão 4 [2.0 pontos]
Utilize a Regra de L’Hôpital para calcular os limites a seguir:
2 − x − e(1−x) arcsen(2x − 1) − 2x + 1
a) lim ; b) lim1 .
x→1 (x − 1)2 x→ 2 (2x − 1)

Solução:

(a) Como lim 2 − x − e(1−x) = 0 e lim (x − 1)2 = 0, podemos aplicar a Regra de L’Hôpital:
x→1 x→1

2 − x − e(1−x) −1 + e(1−x)
lim = lim
x→1 (x − 1)2 x→1 2(x − 1)
Como lim −1 + e(1−x) = 0 e lim 2(x − 1) = 0, podemos aplicar a Regra de L’Hôpital:
x→1 x→1

−1 + e(1−x) −e(1−x) −1
lim = lim = .
x→1 2(x − 1) x→1 2 2

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2 − x − e(1−x) −e(1−x) −1
Assim, lim 2
= lim = . !
x→1 (x − 1) x→1 2 2

(b) Como lim1 arcsen(2x − 1) − 2x + 1 = 0 e lim1 (2x − 1) = 0, podemos aplicar a Regra de


x→ 2 x→ 2
L’Hôpital:

2
p − 2 p
arcsen(2x − 1) − 2x + 1 1 − (2x − 1)2 2 − 2 1 − (2x − 1)2
lim = lim1 = lim1 p = 0.
x→ 21 (2x − 1) x→ 2 2 x→ 2 2 1 − (2x − 1)2

1 p
Note que (arcsen x)0 = √ e lim1 1 − (2x − 1)2 = 1.
1 − x2 x→ 2

arcsen(2x − 1) − 2x + 1
Assim lim1 = 0. !
x→ 2 (2x − 1)

Questão 5 [2.0 pontos]


Seja f : R −→ R a função polinomial definida por f (x) = 2x3 − 9x2 + 12x + 3. Determine os
extremos absolutos de f , com seus respectivos valores, no intervalo [1, 3] ⊂ R.

Solução:

Vamos determinar os pontos crı́ticos da função f (x) = 2x3 −9x2 +12x+3. Para isso, calculamos
f 0 (x) = 6x2 − 18x + 12 e fazemos f (x) = 0:

6x2 − 18x + 12 = 6(x2 − 3x + 2) = 6(x − 1)(x − 2) = 0

Os pontos crı́ticos são x = 1 e x = 2. A determinação dos pontos extremos de f no intervalo


[1, 3] demanda uma análise que inclua os valores de f nos pontos crı́ticos que pertencem ao
intervalo e nos seus pontos extremos.

x f (x) Conclusão
1 8 -
2 7 Mı́nimo
3 12 Máximo

O ponto x = 1, apesar de ser crı́tico da função, restrito ao intervalo [1, 3] é um ponto do bordo
e não é máximo nem mı́nimo.
O mı́nimo absoluto de f em [1, 3] ocorre no interior em x = 2, com valor 7. O máximo absoluto
de f em [1, 3] ocorre no bordo, em x = 3, com valor 12. !

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A figura a seguir ilustra a questão mas não faz parte da solução.

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