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LABMAKER ENGENHARIA CIVIL

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A proposta

Refletindo sobre os problemas que enfrentamos na área da construção civil


atualmente, no mercado e na faculdade, e buscando chegar a possíveis soluções para
esses problemas, percebemos que antes de profissionais que cometem erros, existem
alunos que não conseguiram se adequar a esse sistema, ou seja, eles não aprendem.
Isto desencadeia diversos outros problemas, principalmente durante a graduação, como
alunos que estão desmotivados com a área que escolheram, a falta de confiança em
atuar, que gera um desinteresse em massa de alunos de engenharia civil em
universidades de todo o país.
Pensando nesses problemas que enfrentamos, uma solução inovadora foi
proposta para ensinar e empoderar alunos de engenharia civil durante a graduação,
criando assim um ambiente que estimula o aluno, e o desenvolve em todas as áreas da
construção civil, técnica e gestão.
O LabMaker é uma solução para problemas que a universidade e alunos
enfrentam nos dias de hoje: evasão de alunos do curso, baixa curva de aprendizagem
dos alunos, e falta de engajamento no curso.
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Sumário

Introdução a construção ............................................................................................... 5


Noções básicas de construção civil ......................................................................... 5
O que são fundações? ...................................................................................................... 6
O que são pilares? ............................................................................................................ 6
O que são vigas?............................................................................................................... 7
O que são lajes? ................................................................................................................ 8
O que é alvenaria? ............................................................................................................ 9
O que são coberturas? ................................................................................................... 10
Leitura de projetos/plantas ..................................................................................... 11
Planejamento de obras e documentações ............................................................. 15
Órgãos representantes e regulamentadores ......................................................... 16
Fluxo de etapas de uma obra ..................................................................................... 18
O Maker ........................................................................................................................ 20
Pré construção ......................................................................................................... 21
Compra de materiais ................................................................................................ 21
Levantamento quantitativo e orçamentário ........................................................... 24
Levantamento de blocos............................................................................................. 30
Construa sua obra ....................................................................................................... 32
Planejamento ............................................................................................................ 32
Preparação e gabarito do terreno ........................................................................... 33
Terraplanagem ................................................................................................................ 34
Sondagem ........................................................................................................................ 34
Gabarito ........................................................................................................................... 35
Verificação de esquadro e nível ..................................................................................... 37
Maker: Execução de Preparação e Gabarito do terreno ............................................... 39
Elemento estrutural: Fundação............................................................................... 40
Tipos de fundações......................................................................................................... 40
Definir e dimensionar fundações ................................................................................... 42
Escavação........................................................................................................................ 42
Compactação do solo ..................................................................................................... 42
Lastro da fundação ......................................................................................................... 43
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Formas da fundação ....................................................................................................... 43


Tela e Colunas de arranque ............................................................................................ 44
Concretagem da fundação ............................................................................................. 44
Levantamento quantitativo de fundações ..................................................................... 45
Maker: Execução da Fundação ...................................................................................... 48
Elemento estrutural: Pilares .................................................................................... 49
Como calcular uma seção de pilar?............................................................................... 49
Como é feito o pilar? ....................................................................................................... 49
Armadura dos pilares ..................................................................................................... 50
Posicionamento de armadura ........................................................................................ 50
Caixarias .......................................................................................................................... 51
Concretagem dos pilares ................................................................................................ 51
Quantitativo dos pilares.................................................................................................. 52
Maker: Execução dos Pilares ......................................................................................... 54
Elemento estrutural: Vigas ...................................................................................... 56
Como é dimensionada uma da viga?............................................................................. 56
Como é feita a viga? ....................................................................................................... 56
Armadura ......................................................................................................................... 57
Posição da armação........................................................................................................ 57
Caixaria ............................................................................................................................ 57
Concretagem ................................................................................................................... 59
Quantitativo de materiais das vigas............................................................................... 59
Maker: Execução de vigas .............................................................................................. 62
Elemento estrutural: Laje ........................................................................................ 63
Como é feita uma laje? ................................................................................................... 63
Qual tipo de laje deve ser escolhido? ............................................................................ 65
Armação........................................................................................................................... 65
Formas ............................................................................................................................. 65
Impermeabilização da laje .............................................................................................. 66
Execução da concretagem ............................................................................................. 66
Quantitativo de materiais ................................................................................................ 67
Maker: Execução de laje ................................................................................................. 69
Levantamento de alvenaria ..................................................................................... 70
Como é feita a alvenaria? ............................................................................................... 70
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Blocos ou tijolos ............................................................................................................. 72


Argamassa ....................................................................................................................... 73
Verga e Contraverga ....................................................................................................... 73
Nivelamento e Prumo da alvenaria ................................................................................ 74
Instalações hidráulicas e elétricas ................................................................................. 75
Quantitativo de materiais da alvenaria .......................................................................... 75
Maker: Execução da alvenaria........................................................................................ 77
Acabamentos da Construção .................................................................................. 79
Argamassa ....................................................................................................................... 79
Chapisco .......................................................................................................................... 79
Emboço ............................................................................................................................ 79
Reboco ............................................................................................................................. 80
Revestimentos: Gesso, Massa corrida, Reboco ........................................................... 80
Quantitativo de materiais revestimento ......................................................................... 81
Maker: Execução do revestimento ................................................................................. 82
Contrapiso ................................................................................................................ 83
Nível e caimento .............................................................................................................. 83
Quantitativo de materiais Contrapiso ............................................................................ 83
Maker: Execução do Contrapiso .................................................................................... 84
Cobertura .................................................................................................................. 85
Qual tipo de telhado deve ser escolhido? ..................................................................... 85
Como é feito um telhado? .............................................................................................. 85
Águas ............................................................................................................................... 87
Estruturas de base .......................................................................................................... 89
Telhas............................................................................................................................... 89
Rufos e Calhas ................................................................................................................ 89
Quantitativo de materiais................................................................................................ 90
Maker: Execução de cobertura....................................................................................... 91
Documentos Auxiliares ........................................................................................... 92
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Introdução a construção
Qual é o perfil do engenheiro do futuro? O que ele precisa conhecer para ser
considerado um engenheiro de sucesso? São perguntas que você saberá responder
conforme você aprende e se desenvolve em seu curso e na profissão que você optou
por seguir.
Em nossa concepção, o perfil de um engenheiro do futuro é aquele que busca
inovações para sua área, aquele que está com fome de saber, sempre se atualiza está
em constante aprendizado. E o que é esse aprendizado que esse engenheiro está
sempre buscando? São inovações de mercado e novos conhecimentos que se adquirem
na prática.
E que forma melhor de aprender, se não praticando? Seguindo o roteiro iremos
aprender a teoria de cada etapa intrínseca de uma construção padrão e após
entendermos o que são e como aplicar, iremos executar uma construção de uma casa
popular para enfim fixarmos esses conhecimentos.
Afinal, quais são os conhecimentos necessários para percorrer uma construção
do fechamento com um cliente a entrega da obra? Toda obra tem suas particularidades,
porém todas devem seguir um planejamento parecido, passando por etapas obrigatórias.

Noções básicas de construção civil


Cada obra da construção civil seguirá um modelo próprio, criado especialmente
para sua execução. Isso se dá pelo fato de que cada obra terá soluções diferentes para
serem executadas e por isso, deve-se sempre ao iniciar uma obra, ter em mãos os
projetos, relatórios e documentações, a ausência desses documentos irá tornar a gestão
de sua obra sujeita a diversos problemas e imprevistos.
Apesar de suas particularidades, existem alguns elementos intrínsecos a
construção civil, elementos esses que devem ser lembrados sempre para garantia de
uma obra simples e segura. São alguns desses, os elementos de fundação, pilares,
vigas, laje, alvenaria e cobertura.
Esses elementos são comuns a diversas obras, pois suas funções são vitais a
construção, sendo que essas funções darão viabilidade e segurança a construção da
obra.
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O que são fundações?


As fundações são elementos responsáveis por distribuir o peso em forma de carga
da construção para o solo de maneira controlada. Os solos podem ter diversas
características, comumente classificadas como firmes ou instáveis. Sendo assim, a
fundação tem o papel de controlar o caminho que a carga segue até o solo, criando um
sistema equilibrado e seguro.

O dimensionamento da fundação deve ser feito por um engenheiro capacitado e


evita futuras dores de cabeça, como rachaduras, trincas e até desabamentos em casos
mais graves. Existem diversos tipos de fundação e seu formato dependerá do tipo
definido pelo engenheiro, porém todas são construídas pela junção do aço e do concreto,
o conhecido concreto armado.
O que são pilares?
Os pilares são elementos estruturais de concreto armado que darão sustentação
para a construção. Esses elementos são localizados acima do nível do solo e sustentam
e distribuem a carga passada das lajes para as vigas e seguem para as colunas.
Da mesma maneira que as vigas, os pilares são comumente feitos em seções
quadradas ou retangulares, a depender da solicitação do projeto estrutural e da decisão
tomada pelo engenheiro responsável pela obra. E ainda seguindo o modelo das vigas,
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os pilares também devem ser calculados no projeto estrutural para que a seção definida
suporte a carga solicitada pela construção.

Vale lembrar que os pilares sendo elementos estruturais, não devem ser
executados sem um cálculo de dimensionamento feito, sendo estritamente necessária a
execução de projeto estrutural para segurança do imóvel.
Normalmente os pilares são colocados no encontro de duas paredes formando
90º, e podem ser colocados em meio de vãos, para vãos muito grandes (superior a 4
metros). Sua largura é normalmente do tamanho da largura da parede sem o
revestimento, por isso ao finalizar a obra não é visualizado as colunas da construção, a
exceção de seja realizada coluna aparente ou necessidade de projeto.
O que são vigas?
As vigas são elementos estruturais que fazem parte da estrutura de concreto
armado (concreto combinado com o aço, estruturas compostas por pilares, vigas e lajes).
Os formatos das vigas são normalmente feitos em seções retangulares ou
quadradas, alinhadas ao projeto estrutural. Essas seções são planejadas para suportar
e distribuir a carga que a laje exerce, assim sendo responsável por transmitir essa carga
para as colunas que por sua vez transfere a carga para as fundações e pro solo.
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Normalmente as vigas possuem largura igual à largura da parede sem


revestimento, e por este motivo, ao finalizar a construção, não é possível enxergar esse
elemento estrutural, a não ser em casos onde há a presença de vigas aparentes. Apesar
disso, as vigas são elementos estruturais, e sempre devem ser calculadas por um
engenheiro estruturalista, a não contratação de um engenheiro estruturalista pode
prejudicar a resistência e segurança de sua obra exponencialmente.
O que são lajes?
As lajes são elementos estruturais que juntamente com as vigas e os pilares,
fazem parte das estruturas de concreto armado de uma obra padrão. As lajes são a
primeira cobertura que teremos em um imóvel, servindo como suporte para o telhado e
caixas d’água, transmitindo as suas cargas para as vigas, que transferem para as
colunas que por sua vez transmitem para as fundações e enfim ao solo.
Geralmente as lajes são apoiadas em quatro pilares dentro de um cômodo, a depender
da execução da sua obra. A espessura da laje e o seu sentido dependem do projeto
estrutural realizado por um engenheiro estruturalista, a norma NBR ABNT 6118 - Projetos
de estrutura de concreto descreve parâmetros mínimos para garantir segurança na
construção de uma laje.
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Os tipos de lajes mais utilizados na construção civil no Brasil são: pré-moldada (treliçada)
e maciça com concreto armado ou protendido.
O que é alvenaria?
A alvenaria é o elemento de uma construção que tem função de delimitar paredes
externas e internas de um imóvel e fazer a vedação da construção.
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Externamente ela tem o dever de proteger os limites da casa de entradas


indesejadas, chuva, animais, sujeira, e internamente ela tem o dever de subdividir os
cômodos da casa.
A alvenaria é formada pela união de diversos elementos que são: Blocos (Tijolos)
que são assentados em uma argamassa de assentamento que tem proporção própria
para assentamento de blocos. Para execução de vão (portas e janelas) é necessário a
utilização de vergas para portas e janelas contravergas para janelas que são feitos com
o uso de blocos canaleta, um bloco com vazio que é executado em concreto armado.
O que são coberturas?
A cobertura é a camada que fica localizada acima da laje sendo constituída pelo
telhado. Sua função é proteger as lajes a fim de evitar infiltrações, direcionar água da
chuva e proteger o imóvel de luz e calor em excesso. Existem dois tipos principais: os
telhados aparentes e os telhados embutidos.

O telhado aparente é o mais comum de ser visto, principalmente em casas, e a


sua principal característica está no nome, é aparente, pode ser visualizado o telhado
aparente, suas telhas, e seu caimento de águas. Já o telhado embutido, opção que vem
crescendo na construção civil, é escondido e o caimento de águas não pode ser
visualizado da frente do imóvel.
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Além desses elementos construtivos, existem etapas que sempre se repetem,


como: documentações necessárias para construir, como o alvará de obra, o
planejamento da obra, o levantamento quantitativo e orçamentário e acabamentos da
construção.
Todos esses pontos são levados em consideração ao construir, e eles são
levantados durante a execução do planejamento da obra e por isso essa etapa é tão
importante, ela trará clareza de informações para toda a obra.
Leitura de projetos/plantas
A execução de uma obra terá suas particularidades, e por isso, se mostra
necessário planejamento prévio de sua construção.
Isso evita diversos problemas, como dúvidas, atraso na execução, falta de
materiais e execução incorreta ou inadequada. Os principais projetos necessários são:
projeto arquitetônico, estrutural, projeto de fundações, projeto elétrico e hidráulico e
projeto legal.
O Projeto Arquitetônico é um conjunto de desenhos técnicos, nele constará
informações a respeito da construção em questão. Algumas plantas fazem parte desse
conjunto, são elas: Planta baixa, Planta de situação, Planta de cobertura, Planta de
localização, Cortes, Fachada, e plantas de detalhamento.
A planta baixa é amplamente utilizada na construção de sua obra, a sua vista de
cima mostrando o interno de sua construção revela informações de extrema importância
para a execução correta da obra, como disposição de cômodos, posicionamento de
elementos construtivos e dimensões (cotas).
Para interpretar uma planta de um projeto, feito no formato 2D, precisamos
entender o que estamos olhando. As plantas contém informações do que há na
construção, representação de quantidades, dimensões e posições dos elementos em
suas respectivas plantas.
A planta 2D de uma construção diz respeito a visualização realizada de um ponto
específico. A planta baixa é a visualização das dimensões de um imóvel vista de cima,
retirando cobertura, lajes e vigas. Isso por que as informações que a planta baixa deve
trazer, estão na parte interna da construção, tais como disposição de cômodos,
dimensões de esquadrias, posição de elementos e detalhamentos que sejam pertinentes
indicar no projeto.
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Existem outros tipos de projetos que suprem indicações de detalhes, como plantas
de corte e fachada. Essas plantas trazem informações detalhadas do interior do imóvel
e da fachada, respectivamente, isso serve para tirar dúvidas e esclarecer informações
acerca da construção. A visualização de uma planta de corte e fachada em 2D é feita
vista de frente, como se estivesse dentro do projeto.
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O projeto arquitetônico deve ser projetado por um arquiteto capacitado e


registrado no CAU – Conselho de arquitetura e Urbanismo, para o RRT – Registro de
responsabilidade técnica ter validade. O arquiteto é um dos primeiros profissionais a
serem contratados para dar início a uma obra pois as plantas do projeto arquitetônico
irão balizar outros projetos, tal qual o projeto estrutural.
O Projeto Estrutural é o conjunto do desenho técnico demonstrando a obra a ser
construída, indicando posição de estruturas, e os cálculos das estruturas. O projeto
estrutural deve ser executado por um engenheiro calculista, essa etapa não deve ser
ignorada de nenhuma maneira, visto que a segurança de sua obra depende de um bom
projeto estrutural.
O Projeto Estrutural deverá demonstrar a posição, quantidade, dimensões,
formas, amarrações e traços do concreto utilizado em peças estruturais, são elas: Pilares
ou colunas, Vigas e Laje que compõem a superestrutura, e as fundações.
As superestruturas são responsáveis por sustentar e receber as cargas que serão
postas na construção, elas transmitem as cargas para a fundação, que por sua vez
transfere a carga de maneira controlada ao solo. As estruturas têm o dever de manter o
sistema construtivo em equilíbrio e oferecer segurança.
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O projeto estrutural deve ser projetado por um engenheiro capacitado e registrado


no CREA – Conselho Regional de Engenharia e Agronomia para a ART – Assinatura de
responsabilidade técnica ter validade. O engenheiro é também um dos primeiros
profissionais a serem contratados para dar início a uma obra pois as plantas e cálculos
irão balizar a tomada de decisões previas que irão guiar a obra.
O Projeto de instalações Elétricas (Projeto Elétrico) e o Projeto de Instalações
Hidráulicas (Projeto Hidráulico) são projetos complementares que são executados por
um engenheiro eletricista capacitado e engenheiro civil para o projeto hidráulico. Eles
dependem do projeto arquitetônico e estrutural, e são importantes para evitar
desintegração entre a estrutura e as instalações elétricas.
A ausência desse tipo de projeto é causa de futuros problemas na construção, seu
bom planejamento garante que não haverá imprevistos, ou “gambiarras” na sua obra.
O Projeto Legal é uma extensão do projeto arquitetônico com a adição de
informações que garantem que sua obra seguirá as normas e exigências do código de
obras municipal. Ele servirá para emissão do alvará de construção, após sua entrega a
prefeitura, ele deverá ser avaliado e após aprovação dos projetos entregues, a emissão
do alvará estará liberada.
Existem outros projetos que são realizados visando sanar dúvidas e aprofundar
sobre detalhamentos da obra, esses projetos são chamados de projetos
complementares. Sua utilização auxilia a construção a evitar possíveis imprevistos e
guiar os executores da obra. Sua utilização fica a critério do gestor da obra e do cliente
que contrata os projetistas. São alguns exemplos de projetos complementares: Projeto
Elétrico, Projeto de interiores, Projeto Paisagístico.
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Planejamento de obras e documentações


Cada obra, apesar de seguir fluxos parecidos, tem suas particularidades, e é papel
do engenheiro, realizar planejamentos robustos que, somados a documentações e
projetos, assegurarão a boa execução da obra.
O planejamento de uma obra se dá pela organização preventiva de atividades em
determinado período de tempo, veja o planejamento abaixo.

O planejamento mostrado acima passa por uma série de etapas até finalmente a
entrega da obra, são elas as etapas que foram descritas anteriormente no fluxo de etapas
de uma obra, Pré Obra, Obra, e Pós Obra. São elas: Projetos e documentações;
Organização do canteiro e Serviços preliminares; Fundação; Estruturas; Alvenaria;
Cobertura; Instalação hidráulica e Elétrica; Esquadrias; Impermeabilização;
Revestimentos; Vidros; Pintura; Serviços complementares.
Com o planejamento em mãos, é então inicializada as etapas seguintes da obra:
Emissão de documentos, geração de relatórios, contratações de profissionais e equipes
e enfim a execução da obra seguindo o fluxo proposto no planejamento da obra.
Um bom planejamento de sua obra te preparará para imprevistos, e irá propor
soluções para eles, evitando gastos desnecessários e tempo perdido.
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Assim como o planejamento é importante para iniciarmos nossa construção,


algumas documentações são igualmente necessárias para a construção. São eles:
Alvará de construção, Certidão negativa de débito do INSS (CND) e atestado de
conformidade com o sistema de esgoto, água e energia elétrica da cidade. Com esses
documentos em mãos, é emitido o Habite-se, que certifica que a legislação da cidade
está sendo seguida na sua construção e que ela pode enfim ser iniciada sem risco de
paralisação.
Para se obter o Alvará de Construção, é necessário outros documentos para emiti-
lo, são eles: Plantas; Levantamento planialtimétrico; Tabela de iluminação, ventilação e
aproveitamento do terreno; Carimbo do projeto (Responsável técnico e proprietário);
Memorial Descritivo; Escritura e ART ou RRT. Esses são os principais documentos
solicitados para emissão do Alvará de Construção. Existem outros documentos que
podem ser pedidos a depender da prefeitura de sua cidade
Órgãos representantes e regulamentadores
Na construção civil existem diversos órgãos ou instituições que representam a
classe de profissionais, seja para nos proteger, seja para nos instruir e fiscalizar. São
alguns deles: CONFEA, CREA, ABNT, SINDUSCON.
O CONFEA – Conselho Federal de Engenharia e Agronomia, rege e representa a
classe de engenheiros no âmbito nacional e é responsável pelo sistema CONFEA/CREA
– Conselho Regional de Engenharia e Agronomia que fiscaliza a prestação de serviços
e a execução de obras relacionados à Engenharia e à Agronomia.
Com isso, o CONFEA é responsável por regulamentar o exercício profissional, por
meio de normas administrativas, enquanto o CREA é responsável por fiscalizar as
atividades e profissões realizadas.
O CONFEA também é responsável por representações em outras associações
como ABNT, órgãos, instituições e ministérios, tanto no âmbito nacional quanto
internacional.
A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, que tem parceria e
associação com o CONFEA, é responsável por instruir sobre serviços, equipamentos,
estudos e projetos que a classe de engenharia executa todos os dias durante a execução
de suas atividades.
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Existem uma série de normas que são utilizadas como parâmetro para realizar
uma construção de obra. Elas não irão apenas regulamentar a execução dos projetos e
construção, como irão ser uma segurança a sua execução, visto que as normas foram
construídas a partir da reunião de conhecimentos teóricos e práticos acerca de seus
respectivos temas.
Algumas normas aparecem com maior frequência durante a construção por
tratarem de etapas vitais a obra, ou seja, são utilizadas na maioria das construções, se
não todas. São exemplos dessas normas:
Norma ABNT 6122 – Projeto e execução de fundações.
Essa norma irá apresentar parâmetros para dimensionamento de fundações na
etapa de projeto e da execução de uma fundação na obra, desde pequenas a grandes
obras.
Norma ABNT 6118 – Projeto de estruturas de concreto – Procedimento.
Essa é uma das normas mais importantes dentro da construção de uma obra. Isso
por que ela apresenta parâmetros para dimensionamento de estruturas de concreto, isso
é, pilares, vigas e laje, além de trazer informações complementares de fundações e como
se relacionam com as estruturas de concreto. Ela se aplica em todas as construções que
são realizadas em concreto.
Além das normas construtivas, podem ser utilizados autores como referência para
realizar procedimentos gerais de uma obra. São exemplos de livros que podem ser
utilizados:
Técnicas e Práticas Construtivas para Edificação, do autor Júlio Salgado.
Esse livro apresenta técnicas construtivas gerais de uma obra. Traz em seu
conteúdo informações da obra dos preparativos de uma obra até acabamentos e seu
passo a passo.
O edifício até sua cobertura, do autor Hélio Alves de Azeredo.
Esse livro apresenta etapas gerais de uma obra. Ela traz informações técnicas
acerca da construção de uma obra.
Existem diversas normas, autores e guias de construção que podem ser utilizados
como parâmetro para realizar serviços e execução de uma obra. Se tornam importantes
visto que algumas informações que estão presentes nesses livros só serão encontradas
durante a prática numa obra, sendo um bom guia de estudo.
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Fluxo de etapas de uma obra


O fluxo de etapas da construção de uma obra pode ser dividido em 3 grandes
etapas, o pré obra, a construção e o pós obra.
O fluxo de pré obra representa serviços e ações que precisam ser executadas
antes de se iniciar uma construção. A execução dessas etapas garante que sua obra
esteja de acordo com as regulamentações de sua cidade e que sua obra estará bem
planejada.

Sendo assim, sua obra não correrá riscos de paralisação por fiscalização, falta de
materiais para serviço, falta de recursos e não terá a eficácia reduzida nas execuções.
O fluxo de construção é a representação das etapas e serviços que deverão ser
realizados desde a etapa de decisão de construção de uma obra até a entrega final para
o cliente.
O fluxo de pós construção representa os serviços que serão feitos após o
levantamento da estrutura, paredes e telhado. Ela consiste em serviços de acabamentos
como instalações de vidros, portas, pisos e revestimentos, outros tipos de acabamentos
como rodapé, instalações hidráulicas e elétricas, pinturas e limpeza dos entulhos que
foram gerados nas outras etapas.
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Veja algumas etapas de construção e pós obra, ou acabamentos da construção.


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O Maker
O LabMaker é uma prática voltada a construção de uma obra, realizando uma
simulação real das etapas que vimos anteriormente. Trabalhando com o LabMaker,
conseguimos entender melhor como são executadas na prática essas etapas, como elas
são calculadas, como elas são feitas em obra, e assim, nos preparamos para nossa
futura profissão.

No kit que você recebeu, você encontrará as ferramentas e os materiais que são
necessários para executar o projeto do maker.

É importante dizer que o planejamento que foi realizado foi feito para nossa
realidade, e você como gestor e executor poderá escolher a maneira como utiliza os
recursos que foram disponibilizados a você. A construção é sua!
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Pré construção
Antes de começar qualquer etapa construtiva é altamente indicado que você tenha
o planejamento dessa etapa em mãos, isso irá garantir que você consiga organizar seu
canteiro da melhor forma, pensando logisticamente a fim de melhorar a eficiência da
obra. Lembre-se que uma obra eficiente significa economia de tempo, que é refletido no
valor final da obra. É nessa etapa que você irá organizar os materiais, as ferramentas e
a mão de obra que você irá precisar para executar a etapa construtiva.
É interessante também ter fácil acesso aos projetos que serão necessários
acessar naquela etapa, assim você consegue sanar todas as dúvidas sobre a execução
desse serviço sem depender de terceiros e atraso na execução.
Compra de materiais
Após realizar o planejamento da obra e levantar o quantitativo e orçamento dos
materiais e com o dimensionamento correto, você deverá se atentar a etapa de compra
de materiais.
Ao comprar os materiais que irão compor o concreto, alguns cuidados devem ser
tomados para evitar futuros problemas quanto a resistência e durabilidade do concreto.
Compra de areia
Ao comprar areia, deve-se ter em mente que o areal poderá enviar a areia úmida
para sua obra. A areia, quando úmida, sofre um processo químico, o inchamento. O
inchamento, causado pela adição de água, faz com que os grãos de areia se afastem,
fazendo com que o volume aparente da areia cresça.
Para evitar adicionar menos areia, ou adicionar água demais, deve-se usar areia
no estado seco, porém nem sempre o uso de areia seca será possível na obra. Assim,
deve-se dimensionar o inchamento médio da areia, a fim de negociar com o areal envio
de adicional de areia compensando o volume aparente aumentado causado pela
umidade na areia.
Vale lembrar que não são os grãos de areia que incham, e sim o espaçamento
entre os grãos que se tornam maiores. O inchamento da areia pode representar em
média 30% de aumento em seu volume, que pode significar a adição de pouca massa
de areia no concreto, modificando as propriedades requisitadas por projeto.
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Compra de Brita
Ao comprar brita, deve-se atentar a granulometria do agregado. O projeto
estrutural tem influência na dimensão máxima que o agregado graúdo terá, a depender
da dimensão das estruturas e do espaçamento entre aço, a dimensão máxima dos
agregados deverá obedecer a um tamanho específico definido no projeto. Isso irá
garantir que os agregados passem entre o aço da estrutura e não fiquem presos entre a
armadura. Deve-se checar no projeto/documentos qual o traço solicitado. No
dimensionamento do traço do concreto, deve vir a dimensão máxima da brita em
milímetros.
Pó de pedra ou pó de brita: até 4,8mm
Brita 0: 4,9mm à 9,5mm
Brita 1: 9,5mm à 19mm
Brita 2: 19mm à 25mm
Brita 3: 25mm à 50mm
Brita 4: 50mm à 76mm
Compra de Cimento
Ao comprar o cimento, deve-se atentar ao tipo, classe de resistência e aplicação
do cimento no concreto. Essas informações você encontra na embalagem do cimento.
Para identificar o cimento, uma nomenclatura foi criada que traz consigo seu
nome, seu tipo, sua adição e sua resistência a compressão.
CP II – F – 32
CP é o nome do cimento, Cimento Portland, obtido da queima de calcário, argila
e minério de ferro, que resulta no Clínquer, material que compõe o cimento.
O numeral II é o tipo do cimento, que vai de I à V, sendo:
I – Cimento Portland Comum
II – Cimento Portland Composto
III – Cimento de Alto Forno
IV – Cimento Pozolânico
V – Cimento ARI – Alta Resistência Inicial
A letra F diz respeito ao aditivo que foi incluído no cimento, sendo o Filler. Os
aditivos são incluídos no cimento para trazer diferentes propriedades na mistura do
concreto, como, retardar a pega, impermeabilização, aumentar a resistência e outros.
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F – Filler – Aumentar trabalhabilidade e diminuir permeabilidade do concreto


Z – Material Pozolânico – Aumentar a impermeabilidade do concreto
E – Escória de Alto-Forno – Resistência e Durabilidade perante compostos agressivos
O gesso é adicionado a todos os tipos de cimento a fim de retardar a pega do
concreto e tornar possível o manuseio do concreto na obra, sem o gesso, o cimento
endureceria instantaneamente com a adição da água.
O numeral 32 diz respeito a resistência a compressão que o cimento alcança.
Comercialmente, o cimento é produzido na classe de resistência 32MPa e 40MPa.
32MPa de resistência a compressão
40MPa de resistência a compressão
O cimento é comprado se guiando pelas informações da identificação do cimento.
Com o dimensionamento do traço da obra feito por um engenheiro, ele irá consultar
normas e tabelas que irão guiar o profissional a definição dos tipos de cimento que serão
utilizados na obra.
Além das informações da identificação do cimento, informações técnicas e
adicionais são encontradas no verso da embalagem que podem guiar a compra do
material.
Deve-se tomar cuidados quanto ao armazenamento do cimento na obra. Por ser
um material que reage ao misturar com água, deve ser mantido em um local arejado,
com baixa umidade.
Devem ser colocados acima de pallets de madeira e colocar acima de uma pilha
de sacos de no máximo 10 sacos. Esses cuidados irão evitar que o cimento seja afetado
por agentes que alterem suas propriedades ou empedre antes de sua utilização.
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Levantamento quantitativo e orçamentário


A partir do planejamento e dos projetos que foram executados previamente, o
profissional responsável terá acesso às informações que servirão como base para o
levantamento de quantidade de materiais, ferramentas e mão de obra que serão
necessários para execução da obra.
Com os projetos em mãos, ele começará a fazer os cálculos de quantidade
necessárias dos materiais. Concreto e Argamassa, que contemplam o cimento, areia,
brita e água utilizados, blocos ou tijolos para alvenarias e esquadrias, aço para o concreto
armado ou a alvenaria estrutural, madeira para a confecção de formas e telhado, e telhas
para execução da cobertura.
Antes de qualquer etapa e com o projeto e o planejamento em mãos, é
interessante fazer o levantamento quantitativo dos materiais que será utilizado naquela
etapa.
Para realizar o levantamento quantitativo de materiais, uma série de cálculos é
feita para se chegar a quantidade necessária para aquela etapa. Dito isso, o
levantamento quantitativo do maker foi realizado nos seguintes materiais: Terreno (Pó
de brita + Areia), Concreto e argamassa (Cimento + Areia + Pó de brita), Aço (Ferro
das estruturas), Madeira (Formas e estrutura de telhado), Blocos (Tijolos para alvenaria)
e Telhas.
Dentro da etapa de levantamento, conseguimos dimensionar outros elementos
que irão auxiliar na execução de nossa obra, são os casos de traços e proporções de
concreto e argamassa e caixas de padiola para medição de materiais na obra.
Assim, é lançado a caixa 18 kg de material simulando o solo composto por uma
parte de areia e uma parte de brita.
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Levantamento de materiais do terreno

A massa unitária é a massa de um material em seu conjunto. Isso significa que a


massa unitária é a massa que ocupa um volume em sua totalidade, considerando seus
vazios entre grânulos. A massa unitária é uma grandeza física que é bastante utilizada
no controle tecnológico em obras de construção civil.
Para encontrar a massa unitária dos nossos agregados, basta ter um recipiente
cujo volume é conhecido ou graduado e uma balança de precisão.
Como exemplo, um balde de 18 litros, deve-se encher o balde de com o material
e o pesamos, desconsiderando o peso do recipiente a partir da tara da balança. A massa
unitária será a razão entre a massa (kg) e o volume da areia, 18 litros ou dm³.
Com isso, encontramos a massa aparente que é exercida por 18 litros de volume
de areia. Para encontrarmos a massa unitária, basta dividirmos a massa aparente
encontrada na balança pelo volume conhecido do recipiente, com unidade em kg/L ou
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kg/dm³, deve-se atentar quanto a conversão de unidades, para evitar mal


dimensionamento.
Levantamento de Concreto
Levantamento do concreto por meio do traço unitário em volume.

Para efetuar o cálculo da padiola, se adota 2 das 3 dimensões da padiola.


Normalmente são adotados comprimento e largura e calcula-se a altura da padiola. Os
valores comumente utilizados são de 35cm e 45cm para comprimento e largura
respectivamente, esses valores são tomados para facilitar carregamento da caixa e
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encaixe na “boca” da betoneira. A equação utilizada consiste em dividir o volume total


de areia que será necessário pela área adotada pela caixa. Com isso, encontramos o
valor da altura necessária para alcançar o volume de material do traço.
Levantamento do Concreto pelo Consumo de cimento

Levantamento de argamassa
Para encontrar o volume e quantidade de argamassa que será utilizada na obra,
deve-se definir antes se será comprada a argamassa industrializada ou dosado em obra.
Utilizando argamassa industrializada, para encontrar a quantidade em kg que
deve ser comprada, você deve multiplicar a área do piso rendimento indicado pelo
fabricante que vem na embalagem.
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Na argamassa industrializada, o rendimento é sobre o produto já misturado, e é


dado em kg/m², por isso, seu rendimento pode variar dependendo de sua fabricante e
suas adições.
Para argamassa dosada em obra, com o traço definido para a argamassa você
encontrará o rendimento de cada material, sendo um traço conhecido e popular, o
rendimento médio pode ser facilmente encontrado em pesquisas, não sendo um traço
com rendimento tabelado, você precisará calcular por meio de experimentos
tecnológicos dos materiais.

Diferente da argamassa industrializada, na argamassa dosada em obra, o


rendimento dos materiais é sobre cada material e é dado em kg/m³, sendo assim,
multiplicado pelo volume que será utilizado na etapa.
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Levantamento de Aço
O aço utilizado na obra deve levar em consideração os vergalhões, os estribos e
a tela para fundação e laje.

A tela de aço é utilizada para a fundação maciça e para o radier, e sua dimensão
comercial dependerá da região. O ideal é que se pesquise qual a dimensão da tela de
aço que é comercializada em sua região para fazer o levantamento quantitativo correto.
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Levantamento de Madeira
O levantamento de madeira se refere ao quantitativo das faces de caixarias para
formas de concreto. Em uma obra, deve-se pensar também em sarrafos de madeira para
servir como suporte para as faces da caixaria, escoras de suporte para vigas e laje.

Levantamento de blocos
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As áreas trabalhadas no levantamento de blocos devem ser descontando os vãos


de esquadrias.
Levantamento de telhas

As dimensões de comprimento e largura do telhado devem considerar a dimensão


do beiral.
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Construa sua obra


É hora de pôr a mão na massa e construir sua obra. Você pode seguir o fluxo de
etapas que foi construído, ou você pode seguir criar seu planejamento para realizar sua
construção da sua maneira!
Planejamento
O planejamento é uma das partes principais do pré obra. Ele garantirá que você
consiga executar sua obra do início ao fim sem se preocupar com imprevistos, pois suas
soluções já terão sido postas na ponta do lápis.
Para sua execução, é dividida as etapas necessárias para a execução da obra
até sua entrega final, equipe executora da etapa, materiais e ferramentas e a duração
prevista para a etapa.
Com a divisão das etapas principais da obra vão surgir subdivisões, por exemplo:

No exemplo acima, a etapa principal a ser subdividida é a etapa de fundação, e


dentro dessa etapa existem outras divisões de etapas a fim de guiar a construção da
fundação da construção.
Esse exemplo pode ser seguido para todas as etapas da construção, assim você
consegue desmembrar etapas complexas e pouco claras em serviços menores e mais
objetivos.
Esse é um planejamento simplificado e preliminar para apontar algumas etapas
que são seguidas para construir uma fundação. Essas etapas podem variar conforme o
planejamento do profissional que está realizando a obra.
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Observe o cronograma físico utilizado abaixo.

A partir desse levantamento prévio que se pode dar início ao levantamento


quantitativo e orçamentário. Com ele, conseguimos enxergar as etapas construtivas e
quais serão os materiais, ferramentas e equipes que serão responsáveis por executar
aquele serviço.
Vale acrescentar que o planejamento por si só não irá garantir a entrega da obra
no prazo estipulado, é necessário que o profissional responsável por executar a obra
esteja presente acompanhando as etapas e assegurando que seus prazos estejam
sendo respeitados.
Preparação e gabarito do terreno
Após ter em mãos as documentações, planejamento, executor da obra e equipes
contratadas, é chegada a hora de se dar início às etapas construtivas.
É nessa etapa que você fará a limpeza, terraplanagem, cortes e aterramentos, a
organização do seu canteiro e fará a maioria das instalações hidráulicas e elétricas que
alimentarão sua construção. Na obra, é obrigatório ter acesso aos projetos arquitetônico,
estrutural, elétrico e hidráulico, além das documentações necessárias para iniciar a obra,
como o alvará de construção.
Essa etapa é de grande importância visto que a presença desse tipo de material
no terreno fará com que os materiais da obra sejam poluídos, podendo resultar numa
queda de eficiência dentro da obra. Seja por fragilização de materiais seja por retrabalho
quanto a demolição de alguma parte da obra.
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Terraplanagem
Após a etapa de limpeza do terreno, é seguida a etapa de terraplanagem ou
terraplenagem. Essa etapa garante que seu terreno seja nivelado da maneira correta,
a fim de facilitar a execução da obra. A necessidade de terraplanagem é vista pelo
relatório de topografia que entrega os níveis corretos do terreno e novamente
encontrados no projeto arquitetônico.

Para essa etapa, é feita a movimentação de terra dentro do terreno, podendo ser
feita manualmente ou com auxílio de maquinários em casos de grandes movimentações
de terra. É comum ter cortes e aterros no terreno, a depender do relevo do local, quando
isso acontecer, pode-se utilizar o material cortado do aclive e o movimentar para o
declive que deveria ser aterrado. Normalmente a empresa que faz a terraplanagem
também oferece serviços de limpeza do terreno.
Sondagem
Seguindo o fluxo da preparação do terreno, é realizada a sondagem, onde a
metodologia de sondagem SPT é a mais utilizada. A sondagem SPT consiste em realizar
perfurações no terreno para realizar coleta de solos a fim de se analisar qual o tipo do
solo que será trabalhado. Essa coleta é analisada em laboratório especializado por
profissionais capacitados.
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A sondagem é uma etapa que não deve ser ignorada, pois ela será responsável
por realizar o estudo do solo que receberá as cargas de sua residência, e é nessa etapa
que se chega a informações que irão balizar a escolha da fundação.
O responsável pela obra também deve providenciar a retirada dos entulhos do
terreno, material orgânico da parte da limpeza, terra que foi retirada na etapa de
terraplanagem e futuros entulhos que serão produzidos durante a execução da obra.
Gabarito
Após limpeza do terreno e terraplanagem é feita a locação da obra, ou o gabarito do
terreno. O gabarito do terreno é a delimitação do espaço de construção da obra, ou seja,
o local onde a construção será levantada.
O gabarito servirá como base para serem localizadas as fundações, alvenarias,
recuos de construção e elementos estruturais. Para isso, é necessário acompanhar a
instalação do gabarito com a planta baixa em mãos.
O gabarito é uma estrutura feita de madeira que irá cercar a área da obra com
uma folga de 1m a 1,5m. Essa distância é feita para transporte de materiais, passagem
de carrinhos de mão e circulação de funcionários na obra.
Para realização da construção do seu gabarito é necessário pontaletes, tábuas e
piquetes de madeira, que serão montados em um esquadro, utilizando ferramentas como
o martelo, nível, prumo, trena e a linha de pedreiro que fará a ligação dos pontaletes.
Não se pode ignorar a execução do gabarito na sua obra, a falta dele poderá
desencadear desalinhamento de elementos estruturais e fundação, que por
consequência irão desalinhar paredes de alvenaria e vãos.

Para execução do gabarito é fixado pontaletes de madeira delimitando a área da


construção com a folga. A fixação deve ser feita após delimitação do terreno e com o
auxílio da planta baixa para visualização dos recuos. A localização dos pontaletes
dependerá do formato da sua construção, se tratando de uma construção com área
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retangular, são dispostos quatro pontaletes que delimitam a área externa da construção
mais folga para transporte de materiais e operários.
É colocado o primeiro pontalete utilizando como referência o recuo lateral e do
fundo (ou da frente) e ele servirá como base para o segundo pontalete que deve ser
colocado utilizando também como referência os recuos do terreno e a distância do
primeiro pontalete. Isso é feito para alinhar os pontaletes de forma que não fique fora do
esquadro.
Posteriormente é fixado os dois últimos pontaletes tendo uma delimitação da área
da construção. Ao se ter os pontaletes fixados, o pedreiro deve esticar a linha passando
pelos pontaletes.
É definido o nível nos pontaletes, com o auxílio da planta baixa que toma como
referência o nível da rua. Existem maneiras de encontrar os níveis nos pontaletes, como
o laser, porém a utilização da mangueira é a mais comum de encontrar nos canteiros de
obras. Após definir os níveis dos pontaletes, é fixada as tabeiras de madeira na altura da
casa.

Com a estrutura do gabarito montada, é hora de realizar o esquadro da casa,


localizando as paredes externas da construção. Para isso é utilizada a planta baixa do
terreno e é passada a linha de pedreiro delimitando a área onde a parede está localizada
na construção.
Obs.: A distância analisada deve ser até a frente e/ou laterais do terreno, deve-se tomar
cuidado com referências no gabarito visto que ele delimita a área da construção mais
uma folga.
Utilizando como exemplo a área retangular de antes, deve-se fixar os pregos na
tabeira que liga os pontaletes, localizando as quatro paredes externas. Assim, deve se
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escolher qual parede será tomada como referência, utilizando a parede da fachada, é
visto na planta qual a distância da frente do terreno até a parede da fachada e é fixado
um prego de cada lado e passada a linha de pedreiro, visando simular a linha que
representa aquela parede da fachada.
O mesmo é feito com as outras três paredes. Ao final dessa etapa, serão fixados
8 pregos na tabeira e as paredes externas estarão representadas pelas linhas passadas
amarradas a esses pregos. Os pontos onde as linhas se cruzam são os cantos externos
das paredes.
Após essa etapa, é feita a verificação de esquadro do gabarito. Existem duas
maneiras mais conhecidas de se verificar o esquadro no canteiro. Com a utilização de
um esquadro e medindo as diagonais das paredes que foram representadas com as
linhas.
Verificação de esquadro e nível
Com a estrutura pronta, basta medir as diagonais das linhas que foram passadas
para delimitar as paredes externas. As duas medidas devem ser iguais ou muito
próximas para se passar na verificação do esquadro.
Com um esquadro, basta posicioná-lo sobre os cantos das linhas e verificar se ela
representa 90º graus de acordo com o esquadro.
Caso ela não passe em nenhum dos dois testes, deve ser mexida a posição dos
pregos e verificada as medidas de recuos.
Com o projeto estrutural em mãos, é localizada, da mesma maneira que as linhas
da alvenaria, as linhas que representam as fundações, e os eixos das paredes. É nessa
etapa que se delimita as paredes de cômodos internos e é delimitada onde será
escavada para execução da fundação.
Nessa etapa também deve ser verificado o esquadro, e deve ser conferida as
distâncias internas.
Finalizando a etapa de gabarito, é marcado no terreno a delimitação das paredes
e da fundação, normalmente é utilizado cal virgem para jogar no terreno, demarcando a
área onde estarão as paredes, internas e externas, e a fundação.
A verificação do esquadro feita no maker foi realizada com o teorema de
Pitágoras, com a distância dos catetos e o resultado teórico da hipotenusa. A distância
horizontal é de 40 cm vertical de 30 cm e a hipotenusa resultando em 50 cm.
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Ela também pode ser verificada com o apoio do instrumento esquadro, sendo
aproximado dos cortes a fim de saber se o ângulo formado entre as quinas é de 90º.
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Maker: Execução de Preparação e Gabarito do terreno


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Elemento estrutural: Fundação


As fundações são elementos da estrutura de uma construção, feita concreto
armado, e como visto na introdução a construção, tem a função de suportar as cargas
impostas pela construção. Ela funciona recebendo as cargas que são trazidas a ela pelos
pilares que por sua vez transfere ao solo de maneira controlada, obtendo assim o
equilíbrio da estrutura.
Tipos de fundações
As fundações podem ser divididas entre fundações profundas e fundações rasas.
Elas tem a mesma função de suporte de cargas da estrutura, o que diferencia uma
fundação profunda de uma fundação rasa é a sua aplicação em uma construção.
Fundações rasas são indicadas para pequenas construções, como casas, enquanto
fundações profundas são indicadas para grandes construções, como edifícios.
As fundações rasas são vistas com maior frequência em obras de até 2
pavimentos, pois seu custo de execução é menor e ela resiste as cargas impostas pela
estrutura. As fundações rasas tem uma profundidade de até 3 metros e elas funcionam
transmitindo a carga da construção por meio de suas bases para o solo.
As fundações rasas mais comuns são: Sapata isolada, Viga baldrame, Radier e
Sapata corrida.
As fundações profundas tem profundidade de mais de 3 metros e são vistas com
frequência em construções de edifícios. Assim como as fundações rasas, funcionam
transmitindo as cargas da construção para o solo, o que as diferencia é que por serem
maiores em altura também transferem as cargas por meio de atrito lateral, porém com
maior escala por serem mais profundas e maiores.
As fundações profundas mais comuns são: Estacas e Tubulões.
A montagem de uma fundação dependerá de qual tipo será trabalhado pela sua
obra, as fundações são normalmente trabalhadas em concreto armado, sendo assim,
algumas etapas de construção da fundação serão próximas.
Para se executar uma fundação, é preciso realizar uma série de etapas
principais: Escavar o material da área que será executada a fundação > Compactar o
solo > Impermeabilizar o solo > Dispor formas de madeira > Posicionar armaduras e
coluna de arranque > Concretagem da fundação
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Acompanhe abaixo o esquema resumido das fundações mais comumente utilizadas e


onde elas são dispostas.
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Definir e dimensionar fundações


O engenheiro capacitado deverá analisar as características do solo, com a
realização prévia da terraplanagem que deverá trazer os níveis exatos do terreno,
seguido pelo projeto arquitetônico e pela sondagem. Com o relatório, o engenheiro tem
acesso a informações a respeito do solo, se é arenoso ou argiloso, se o solo é estável
ou instável, e assim definir qual a fundação que será necessária para suportar o peso da
estrutura projetado (projeto arquitetônico) e passar ao solo da maneira que ele exige.
Solos instáveis necessitam de maiores e maciças fundações que consigam trazer
segurança a construção que solos estáveis trazem com menores fundações.
Com o dimensionamento correto de sua fundação você consegue garantir
segurança da construção utilizando a quantidade necessária para se obter, não estando
nem superdimensionado, causando gastos financeiros e nem subdimensionado,
causando insegurança no cliente.
Escavação
Com a delimitação do terreno, feita na etapa do gabarito, é feita a escavação nos
locais onde será posicionada a fundação. Peguemos como exemplo a fundação rasa:
Radier.

Como exemplo: O radier é um bloco de concreto armado maciço. Isso significa


que a etapa de escavação será em toda a delimitação do radier, dimensão esta que é
encontrada no projeto estrutural.
Compactação do solo
Com a escavação concluída o solo é apiloado, que é o processo de compactação
do solo a fim de torná-lo próprio para assentar os materiais da fundação, esse processo
é comumente realizado com o uso de soquetes que são socados contra o solo a fim de
compactá-lo para recebimento do lastro.
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Lastro da fundação
Após essa etapa, é colocado um lastro entre o solo e a fundação. São alguns
exemplos de lastro a manta de impermeabilização, a pedra brita e o concreto magro . O
lastro é colocado sobre a área da fundação evitando que haja contato direto do solo com
a armadura ou concreto, sendo sua função, evitar a perda d’água para o solo durante a
concretagem.

Essa etapa é muito importante pois ela evitará futuros problemas com infiltração
na sua fundação diminuindo sua efetividade. Revise se a manta cobre toda a área de
fundação.
Formas da fundação
Com a manta esticada no terreno, é delimitado o espaço da fundação com as
caixarias, elas servirão para dar a forma do concreto que será lançado. As caixarias são
as madeiras que irão cercar a área da fundação com a altura prevista pelo projeto
estrutural para aquela fundação. As caixarias precisam estar aprumadas, visando uma
fundação nivelada.

Com a forma feita, é posicionado o aço que será parte da fundação, seja em telas
de aço seja em armadura protendida, decisão tomada no projeto estrutural.
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Tela e Colunas de arranque


É posicionada as colunas de arranque armadas de acordo com o projeto e que
são amarradas a tela de aço. Tanto as colunas de arranque quanto as telas de aço não
devem ter contato com o solo, para isso são utilizados espaçadores que seguram a
armadura e impedem dela ter contato com o solo para o concreto lançado cobrir a
armadura.

As colunas de arranque são feitas com uma altura que deve transpassar a altura
da fundação, possibilitando que a ancoragem da armadura do pilar seja feita com êxito.
A altura das colunas de arranque devem ser feitos com no mínimo 60 vezes a dimensão
do diâmetro do aço utilizado na fundação. Se o diâmetro do aço que você utilizou na
coluna de arranque for de 10 milímetros, a altura que deve ser transpassada do nível da
fundação é de 600 milímetros ou 60 centímetros.
Concretagem da fundação
Com toda a estrutura e formas montadas, é hora da concretagem, onde é lançado
o volume de concreto (m³) correspondente para cobrir as armaduras e alcançar a altura
definida no projeto. Como todo concreto armado após 7 dias de cura o concreto deve ter
uma cor homogênea e não deve apresentar furos ou aço exposto, essas situações
podem comprometer a segurança de sua fundação.
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Levantamento quantitativo de fundações


Concreto
Para fazer o levantamento de materiais que será utilizado na fundação, basta
consultar o projeto. É feito o quantitativo de formas, ferragens e do concreto.
Para encontrar a quantidade de concreto que será utilizado na fundação, é
necessário calcular o volume que a fundação irá receber de concreto.
Vol. Concreto fundação = Área base x Altura fundação
Para encontrar a quantidade de cimento, areia e brita que será utilizado no
concreto, deve ser definido o traço do concreto. Assim que tiver o traço em mãos, deve-
se calcular o consumo de cimento do concreto e por sua vez, encontrar os valores em
massa da areia e da brita.
Consumo de Cimento, Areia e Brita
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝐶𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜 𝑑𝑎 𝐹𝑢𝑛𝑑𝑎çã𝑜 (𝑑𝑚3 )
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 (𝑘𝑔) =
𝑇𝑟𝑎ç𝑜 𝐶𝑖𝑚. 𝑇𝑟𝑎ç𝑜 𝐴𝑟. 𝑇𝑟𝑎ç𝑜 𝐵𝑟. 𝑇𝑟𝑎ç𝑜 𝐴𝑔.
𝑀𝑒𝑠𝑝. 𝐶𝑖𝑚 + 𝑀𝑒𝑠𝑝. 𝐴𝑟. + 𝑀𝑒𝑠𝑝. 𝐵𝑟. + 𝑀𝑒𝑠𝑝. 𝐴𝑔.
Com o consumo de cimento calculado, você pode multiplicar ele pelo traço utilizado no
próprio cálculo, assim encontrando a quantidade de cada material em kg.
Qtde. Areia (kg) = Consumo de Cimento x Traço Areia
Qtde. Brita (kg) = Consumo de Cimento x Traço Brita
Qtde. Água (kg ou L) = Consumo de Cimento x Traço Água
Para encontrar em volume, basta dividir a massa (kg) pela massa unitária do material.
Qtde. Areia (dm³) = Qtde. Areia (kg) / Munitária Areia (kg/dm³)
Qtde. Brita (dm³) = Qtde. Areia (kg) / Munitária Brita (kg/dm³)
Aço
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Para chegar a quantidade da tela aço, basta encontrar a área que deverá ser
coberta pela ferragem na fundação. Pode ser calculada multiplicando comprimento e
largura da laje ou conferida no projeto.
Com a área da fundação em mãos basta, dividir ela por 5. Isto ocorre pois a tela
de aço é vendida no mercado em 5m², apesar disso, deve-se pesquisar qual a metragem
quadrada que é vendida a tela de aço na sua cidade, pois esse número pode variar de
acordo com a localidade/negócio.

Impermeabilização
A manta de impermeabilização é calculada da mesma maneira que a tela de aço.
Para a manta, só é necessário saber a área que ela deverá cobrir para impermeabilizar
a fundação. Comercialmente, a manta de impermeabilização é vendida em metro
quadrado, então basta saber quanto será necessário e adquirir quantidade próxima ou a
mais para evitar falta na obra.
Utilizando concreto magro para impermeabilizar, ele seguirá o mesmo padrão de
cálculo do concreto padrão. Com o traço do concreto magro em mãos, deverá ser
calculado o consumo de cimento do concreto, após isso, calcular a quantidade de areia
e brita necessária para preencher o volume proposto pela impermeabilização.
Volume de concreto magro = Área da fundação x Altura do concreto magro
Madeira
Para levantar a quantidade de madeira que é utilizada na construção de uma
fundação, basta consultar o projeto. Dependendo da fundação, a forma será feita de
formas diferentes, em vigas baldrames, dependendo do tipo do solo, você pode executar
sem o uso de caixarias, somente com a escavação da fundação.
Em solos instáveis, é necessário utilizar caixarias a fim de evitar deslizamentos
de terra que possam prejudicar a execução da fundação.
Utilizando o radier como exemplo, um bloco retangular de 4 lados, são utilizadas
4 caixarias para fazer sua forma, somada a sarrafos de madeira para fazer o suporte e
segurar as caixarias de forma que elas estejam niveladas. A quantidade de sarrafos pode
ser encontrada no projeto.
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A construção de uma fundação requer cuidados, deve-se obedecer o projeto


estrutural durante sua execução, a fim de evitar transtornos maiores com a segurança
da construção.
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Maker: Execução da Fundação


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Elemento estrutural: Pilares


Os pilares são elementos estruturais de concreto armado que darão sustentação
para a construção. Esses elementos são localizados acima do nível do solo e distribuem
a carga passada das lajes para as vigas e seguem para as colunas.
Com a fundação concretada, é hora de construir os pilares ou colunas. Os pilares
são estruturas que trazem a sustentação das vigas, laje e telhado, e as cargas projetadas
por esses elementos são absorvidos pelos pilares, que por sua vez os transfere à
fundação, que deverá controlar as formas como essas cargas da estrutura chegam ao
solo.
A execução dos pilares começa com a sua localização na área da construção.
Normalmente os pilares são alocados em encontros de paredes, quinas ou cantos de
uma construção.
Na etapa do gabarito você teve que limitar, com o uso das linhas, a área da
construção, o que irá indicar onde as colunas de arranque devem ser alocadas na
fundação. As colunas de arranque servirão como suporte para a ancoragem da armadura
dos pilares, portanto, ela deve ter uma altura suficiente para uma ancoragem eficiente.
Como calcular uma seção de pilar?
O engenheiro estruturalista deverá analisar informações provenientes do projeto
arquitetônico, tais como: quantidade de pavimentos, elementos presentes na estrutura e
suas quantidades, pilares, vigas, lajes, e com essas informações vindas do projeto, ele
consegue determinar o índice de esbeltez do pilar que irá balizar o cálculo da seção
necessária para suportar o vão. Do mesmo modo que as vigas, existem algumas
maneiras de se chegar a seção necessária para resistência na sua construção, pode ser
calculada realizando esquema na ponta do lápis, ou com o auxílio de softwares de
cálculo, como o MSProject.
Vale lembrar que os softwares de cálculo devem ser manuseados por
engenheiros capacitados, assim evitando problemas futuros quanto à resistência de
sua construção.
Como é feito o pilar?
As execuções podem variar a depender do engenheiro da obra ou do projeto
estrutural, porém todas devem ser executadas com concreto armado. A localização dos
pilares é normalmente feita na etapa de fundação, já com as colunas de arranque.
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É construída a armação do pilar com os estribos e vergalhões, e armados no local


onde o pilar deverá ser fixado. São confeccionadas caixarias (formas) para concretagem
com as dimensões solicitadas no projeto e devem estar niveladas e aprumadas. Após
essas etapas é feita a concretagem dos pilares realizando posteriormente o processo de
cura do concreto.
Deve-se tomar cuidado com tubos hidráulicos sendo passados no pilar, a
execução não pode ser realizada com exceção do planejamento prévio pelo projetista.
Armadura dos pilares
O concreto é um elemento que consegue suportar altas cargas de compressão,
sendo um material muito utilizado na construção civil, apesar de suas propriedades de
resistência a compressão serem altas, o concreto não consegue suportar cargas de
tração, o que o torna fragilizado quando utilizado sozinho num elemento estrutural, visto
que esses elementos sofrem cargas de compressão e tração.
Para suprir a necessidade do concreto de resistir a forças de tração, as armaduras
foram incluídas na concretagem de elementos estruturais. As armaduras dos pilares são
feitas de aço/ferro e são compostas de vergalhões, estribos e amarrações.

Os vergalhões conseguem suportar as cargas de tração por serem feitos de ferro,


porém não conseguem suportar cargas de compressão com facilidade, e por isso os
estribos foram adicionados à armadura. Os estribos diminuem o comprimento da barra,
que está sofrendo carga, fazendo com que a carga de compressão seja suportada pela
armadura. As amarrações são feitas para segurar os estribos aos vergalhões.
Posicionamento de armadura
As armaduras são posicionadas na construção de acordo com o projeto estrutural.
Nessa etapa, você já tem a localização exata de onde deverá ser posicionada a
armadura dos pilares, logo acima das colunas de arranque que foram feitas na etapa da
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fundação. Não deve ser passado nenhum tipo de duto pelas colunas, a menos que seja
previsto no projeto estrutural.
Caixarias
As caixarias são uma etapa importante na construção de qualquer elemento
estrutural, pois elas farão a forma da peça. Por isso é necessário cuidados redobrados
durante a execução de caixarias.
Essas peças precisam ser niveladas e aprumadas, a fim de garantir uma peça
efetiva na construção. Nessa etapa também é necessária consulta do projeto estrutural,
a fim de saber quais as dimensões do pilar, e quanto será necessário de formas para as
caixarias serem confeccionadas.

As caixarias precisam ter um espaçamento entre o aço e sua face, a fim de evitar
que após a concretagem o aço da armadura fique exposto comprometendo a
durabilidade desse elemento. Esse espaçamento pode ser feito com o uso de
espaçadores de armadura.
Como as colunas fazem parte de um sistema de concreto estrutural, e tem uma
função de suma importância na segurança da obra, os cuidados nesta etapa devem ser
tomados com seriedade.
Concretagem dos pilares
Com toda a estrutura e caixarias montadas, é hora da concretagem, onde é
lançado o volume de concreto (m³) correspondente para cobrir as armaduras e alcançar
a altura definida no projeto.
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Como todo concreto armado após 7 dias de cura o concreto deve ter uma cor
homogênea e não deve apresentar furos ou aço exposto, essas situações podem
comprometer a segurança de sua fundação.
Quantitativo dos pilares
Concreto
Para fazer o levantamento de materiais que será utilizado nos pilares, basta
consultar o projeto. É feito o quantitativo de formas, ferragens e do concreto.
Para encontrar a quantidade de concreto que será utilizado nos pilares, é
necessário calcular o volume necessário pelo pilar que será concretado.
Volume de Concreto dos Pilares (dm³) = Área base x Altura pilar x Qtde. de pilares
Para encontrar a quantidade de cimento, areia e brita que será utilizado no
concreto, deve ser definido o traço do concreto. Assim que tiver o traço em mãos, deve-
se calcular o consumo de cimento do concreto e por sua vez, encontrar os valores em
massa da areia e da brita.
Consumo de Cimento, Areia e Brita
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝐶𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑃𝑖𝑙𝑎𝑟𝑒𝑠 (𝑑𝑚3 )
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 (𝑘𝑔) =
𝑇𝑟𝑎ç𝑜 𝐶𝑖𝑚. 𝑇𝑟𝑎ç𝑜 𝐴𝑟. 𝑇𝑟𝑎ç𝑜 𝐵𝑟. 𝑇𝑟𝑎ç𝑜 𝐴𝑔.
𝑀𝑒𝑠𝑝. 𝐶𝑖𝑚 + 𝑀𝑒𝑠𝑝. 𝐴𝑟. + 𝑀𝑒𝑠𝑝. 𝐵𝑟. + 𝑀𝑒𝑠𝑝. 𝐴𝑔.
Com o consumo de cimento calculado, você pode multiplicar ele pelo traço utilizado no
próprio cálculo, assim encontrando a quantidade de cada material em kg.
Qtde. Areia (kg) = Consumo de Cimento x Traço Areia
Qtde. Brita (kg) = Consumo de Cimento x Traço Brita
Qtde. Água (kg ou L) = Consumo de Cimento x Traço Água
Para encontrar em volume, basta dividir a massa (kg) pela massa unitária do material.
Qtde. Areia (dm³) = Qtde. Areia (kg) / Munitária Areia (kg/dm³)
Qtde. Brita (dm³) = Qtde. Areia (kg) / Munitária Brita (kg/dm³)
Aço
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Para encontrar a quantidade de aço que será comprada, você precisa saber qual
a metragem linear de vergalhão que será utilizada em um pilar. Utilizando o exemplo um
pilar de 2,8 metros de altura, é decidido pelo projeto passar 20cm de arranque para
encontrar as ferragens das vigas, fazendo com que seja utilizado 3 metros por vergalhão.
Qtde. Vergalhão (m) = Qtde de vergalhão/pilar x Qtde. Pilares x dimensão do vergalhão
Adotando 4 pilares projetados, que utilizam 4 vergalhões cada de 3 metros de
comprimento, são utilizados 48 metros para fazer os vergalhões dos pilares.
A quantidade de vergalhões por pilar e a dimensão do vergalhão podem ser
encontradas no projeto estrutural.
A barra utilizada para fazer os vergalhões é comercializada em 12 metros, sendo
necessários 48 metros para fazer os vergalhões, seriam comprados 4 barras de 12
metros que seriam cortadas na obra em 3 metros.
Para encontra a quantidade de estribos utilizada no pilar, basta consultar o projeto
estrutural para saber qual o espaçamento entre estribos que servirão para fixar os
vergalhões. Sabendo que o espaçamento entre estribos é de 30cm e o vergalhão terá 3
metros, serão utilizado quantos estribos em quatro pilares?
𝐷𝑖𝑚𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑜 𝑣𝑒𝑟𝑔𝑎𝑙ℎã𝑜
𝑄𝑡𝑑𝑒. 𝑑𝑒 𝐸𝑠𝑡𝑟𝑖𝑏𝑜𝑠 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑁º 𝑑𝑒 𝑃𝑖𝑙𝑎𝑟𝑒𝑠 𝑥
𝐸𝑠𝑝𝑎ç𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑒𝑠𝑡𝑟𝑖𝑏𝑜𝑠
Madeira
Para levantar a quantidade de madeira que é utilizada na construção de pilares,
basta consultar o projeto. Seu formato no projeto irá dizer quantas faces de madeira
serão necessárias para fazer a forma do concreto para executar os pilares. Sendo um
pilar retangular/quadrado, serão necessários 4 faces de madeira que deverão ser fixadas
de maneira que dá a forma do concreto dos pilares.
Para encontrar a quantidade total de madeira para formas do concreto dos pilares,
basta levantar a metragem quadrada que deverá ser coberta em cada uma dessas faces
e somar. Com isso você encontrará a dimensão de formas total para concretagem das
pilares.

𝑄𝑡𝑑𝑒. 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎 (𝑚2 ) = ∑ Á𝑟𝑒𝑎𝑠 𝑞𝑢𝑒 𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠𝑖𝑡𝑎𝑚 𝑑𝑒 𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎

A construção dos pilares requer cuidados, deve-se obedecer o projeto estrutural


durante sua execução, a fim de evitar transtornos maiores com a segurança da
construção.
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Maker: Execução dos Pilares


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Elemento estrutural: Vigas


Após a cura completa dos pilares as próximas etapas construtivas também serão
etapas estruturais, seguida pela construção das vigas e da laje.
As vigas são um dos elementos de concreto armado da construção, em conjunto
com a fundação, pilares ou colunas e a laje. Juntas elas compõe as superestruturas em
concreto armado que garantem a segurança da construção.
Trata-se de um maciço de concreto com uma armadura em seu interior, resultando
assim em um elemento que consegue resistir bem a cargas impostas. Dentre suas
funções, estão a sustentação da laje e do telhado e a condução dessas cargas, somadas
ao peso próprio, para os pilares, que conduzirá as cargas a fundação.
Como é dimensionada uma da viga?
O engenheiro estruturalista deverá analisar informações provenientes do projeto
arquitetônico, tais como: quantidade de pavimentos, elementos presentes na estrutura e
suas quantidades, pilares, vigas, lajes e qual diâmetro de aço será utilizado.
Com os dados em mãos, o engenheiro realiza os cálculos e chega aos diagramas
que demonstram o comportamento da viga sob ações de cargas externas e internas, que
em conjunto com a definição de diâmetro de aço irão balizar a escolha da altura e largura
de sua seção. Existem algumas maneiras de se chegar a seção necessária para
resistência na sua construção, pode ser calculada realizando esquema na ponta do lápis,
ou com o auxílio de softwares de cálculo, como o MSProject.
Vale lembrar que os softwares de cálculo devem ser manuseados por
engenheiros capacitados, assim evitando problemas futuros quanto à resistência de
sua construção.
Como é feita a viga?
As execuções podem variar a depender do engenheiro da obra ou do projeto
estrutural, porém todas devem ser executadas com concreto armado. É colocado os
estribos amarrados formando a armação do concreto, é feita a confecção de caixarias
ou formas niveladas e aprumadas para dar a forma do concreto com as dimensões
solicitadas, e é realizada a concretagem, utilizando concreto que atenda as exigências
de projeto no quesito resistência.
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Após concretagem e secagem, é feita a cura do concreto, visando alcançar


maiores níveis de resistência. Não podem ter aço aparente após a concretagem, pois a
resistência daquela viga seria afetada.
Armadura
Como dito na etapa de pilares, “O concreto é um elemento que consegue suportar
altas cargas de compressão” e apesar disso, vimos que ele sozinho não se comporta
bem quanto as cargas de tração, o que o torna fragilizado quando utilizado sozinho num
elemento estrutural, visto que esses elementos sofrem cargas de compressão e tração.

Posição da armação
Da mesma maneira que foi descrito na etapa de pilares, as vigas, como parte de
um elemento estrutural de uma residência, precisa ter certo cuidado quanto ao
posicionamento de sua armadura.
A posição da armadura deve ser encontrada no projeto estrutural, sendo
demonstrada a distância entre vergalhões e a parede da caixaria e o espaçamento entre
vergalhões.
Essas dimensões são importantes pois o espaçamento entre vergalhões
influencia na dimensão máxima do agregado graúdo (brita) que será utilizada no
concreto, e a dimensão entre o vergalhão e a forma garante que a armadura não fique
exposta, evitando problemas com a resistência da viga.
Caixaria
As formas que são utilizadas na etapa de construção das vigas seguem modelo
parecido com a construção das formas que são utilizadas na etapa de construção dos
pilares e requer cuidados maiores.
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Normalmente as vigas são concretadas em conjunto com a laje, por isso, a etapa
de construção das formas das vigas são feitas em conjunto com a construção das formas
da laje.

Por serem elementos que serão suspensos sendo apoiados em locais específicos
apenas, existem a presença da flecha que será feita naturalmente pelo peso próprio do
concreto. Assim, elas necessitam do uso de escoras para sustentação das caixarias
durante o período de 14 dias para vigas e laje.

Em pontos críticos de carga (meio do vão) é interessante a utilização da “contra


flecha”, que é a utilização de uma escora maior que a utilizada nas laterais, a fim de
rebater a flecha que será causada pelo peso próprio da estrutura. Assim, ao retirar as
escoras a flecha será anulada pela contra flecha.
Pode-se notar na imagem que o espaço entre a viga e os blocos de alvenaria, o
encunhamento, é necessário para evitar que a flecha exerça carga nos blocos fazendo
com que surjam fissuras e rachaduras nas paredes da construção.
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Deve-se sempre aprumar e nivelar as caixarias antes de realizar a concretagem


a fim de se obter a forma correta do elemento estrutural que está sendo construído.
O uso de espaçadores para armaduras é extremamente indicado para evitar
aparecimento de aço após a concretagem.
Concretagem
Com toda a estrutura e caixarias montadas, é hora da concretagem, onde é
lançado o volume de concreto (m³) correspondente para cobrir as armaduras e alcançar
a altura definida no projeto.

Como todo concreto armado após 7 dias de cura o concreto deve ter uma cor
homogênea e não deve apresentar furos ou aço exposto, essas situações podem
comprometer a segurança de sua fundação.
Quantitativo de materiais das vigas
Concreto
Para fazer o levantamento de materiais que será utilizado nas vigas, basta
consultar o projeto. É feito o quantitativo de caixarias, ferragens e do concreto.
Para encontrar a quantidade de concreto que será utilizado nas vigas, é
necessário calcular o volume necessário pela viga que será concretada.
Volume de Concreto das Vigas (dm³) = Área base x Altura Viga x Qtde. de Vigas
Para encontrar a quantidade de cimento, areia e brita que será utilizado no
concreto, deve ser definido o traço do concreto. Assim que tiver o traço em mãos, deve-
se calcular o consumo de cimento do concreto e por sua vez, encontrar os valores em
massa da areia e da brita.
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Consumo de Cimento, Areia e Brita


𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝐶𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜 𝑑𝑎𝑠 𝑉𝑖𝑔𝑎𝑠 (𝑑𝑚3 )
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 (𝑘𝑔) =
𝑇𝑟𝑎ç𝑜 𝐶𝑖𝑚. 𝑇𝑟𝑎ç𝑜 𝐴𝑟. 𝑇𝑟𝑎ç𝑜 𝐵𝑟. 𝑇𝑟𝑎ç𝑜 𝐴𝑔.
𝑀𝑒𝑠𝑝. 𝐶𝑖𝑚 + 𝑀𝑒𝑠𝑝. 𝐴𝑟. + 𝑀𝑒𝑠𝑝. 𝐵𝑟. + 𝑀𝑒𝑠𝑝. 𝐴𝑔.
Com o consumo de cimento calculado, você pode multiplicar ele pelo traço
utilizado no próprio cálculo, assim encontrando a quantidade de cada material em kg.
Qtde. Areia (kg) = Consumo de Cimento x Traço Areia
Qtde. Brita (kg) = Consumo de Cimento x Traço Brita
Qtde. Água (kg ou L) = Consumo de Cimento x Traço Água
Para encontrar em volume, basta dividir a massa (kg) pela massa unitária do material.
Qtde. Areia (dm³) = Qtde. Areia (kg) / Munitária Areia (kg/dm³)
Qtde. Brita (dm³) = Qtde. Areia (kg) / Munitária Brita (kg/dm³)
Aço
Para encontrar a quantidade de aço que será comprada, você precisa saber qual
a metragem linear de vergalhão que será utilizada em uma viga. Utilizando o exemplo de
uma viga de 3,2 metros de comprimento, sendo projetado espaçamento entre formas e
ferragens de 10cm de cada lado, fazendo com que seja utilizado 3 metros por vergalhão.
Qtde. Vergalhão (m) = Qtde Vergalhão/Viga x dimensão do vergalhão x Qtde. Vigas
Adotando 4 vigas projetadas, que utilizam 4 vergalhões cada de 3 metros de
comprimento, são utilizados 48 metros para fazer os vergalhões das vigas.
A quantidade de vergalhões por viga e as dimensões do vergalhão podem ser
encontradas no projeto estrutural.
A barra utilizada para fazer os vergalhões é comercializada em 12 metros, sendo
necessários 48 metros para fazer os vergalhões, seriam comprados 4 barras de 12
metros que seriam cortadas na obra em 3 metros.
Para encontrar a quantidade de estribos utilizada no pilar, basta consultar o projeto
estrutural para saber qual o espaçamento entre estribos que servirão para fixar os
vergalhões. Sabendo que o espaçamento entre estribos é de 30cm e o vergalhão terá 3
metros, serão utilizado quantos estribos em quatro pilares?
𝐷𝑖𝑚𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑜 𝑣𝑒𝑟𝑔𝑎𝑙ℎã𝑜
𝑄𝑡𝑑𝑒. 𝑑𝑒 𝐸𝑠𝑡𝑟𝑖𝑏𝑜𝑠 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑁º 𝑑𝑒 𝑃𝑖𝑙𝑎𝑟𝑒𝑠 𝑥
𝐸𝑠𝑝𝑎ç𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑒𝑠𝑡𝑟𝑖𝑏𝑜𝑠
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Madeira
Para levantar a quantidade de madeira que é utilizada na construção de vigas,
basta consultar o projeto. Seu formato no projeto irá dizer quantas faces de madeira
serão necessárias para fazer a forma do concreto para executar as vigas. Sendo uma
viga retangular/quadrado, serão necessários 3 faces de madeira 1 na base da viga e 2
nas laterais, e 2 faces que servirão de suporte nas extremidades do comprimento da
viga.
Para encontrar a quantidade total de madeira para formas do concreto das vigas,
basta levantar a metragem quadrada que deverá ser coberta em cada uma dessas faces
e somar. Com isso você encontrará a dimensão de formas total para concretagem das
vigas.

𝑄𝑡𝑑𝑒. 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎 (𝑚2 ) = ∑ Á𝑟𝑒𝑎𝑠 𝑞𝑢𝑒 𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠𝑖𝑡𝑎𝑚 𝑑𝑒 𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎

Em elementos que ficam acima de vãos, como as vigas, lajes e blocos de verga, se
mostra necessária a utilização de escoras de madeira que se responsabilizarão por
segurar a forma do concreto no lugar enquanto o elemento está sendo curado. Em
elementos estruturais, as vigas e as lajes, é necessário manter as escoras por no mínimo
7 dias ou até o fim da cura do concreto.
Para saber quantas escoras serão necessárias, basta consultar o projeto.
A construção dos pilares requer cuidados, deve-se obedecer o projeto estrutural
durante sua execução, a fim de evitar transtornos maiores com a segurança da
construção.
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Maker: Execução de vigas


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Elemento estrutural: Laje


A laje é uma superfície plana localizada acima das vigas sendo o terceiro e último
elemento que compõe as superestruturas de concreto armado que darão sustentação a
construção.
A laje é a etapa construtiva que procede a construção dos pilares e vigas e é a
primeira camada de cobertura que será construída em uma obra. Assim como as duas
etapas que a precedem, ela faz parte do conjunto de superestruturas de concreto
armado: Pilar, Viga e Laje.
Normalmente a etapa de construção de uma laje é feita em conjunto com a etapa
de construção de vigas, pois a concretagem é feita em um mesmo passo, economizando
tempo e orçamento na obra.
Como é feita uma laje?
Para laje pré-moldada: Montar a estrutura base da laje (vigotas e preenchimentos)
definindo amarração da vigota em treliça ou em T e qual preenchimento irá utilizar, EPC
ou lajotas de cerâmica, escorar e colocar as tábuas que farão a forma da laje, realizando
a contra flecha nas escoras e as dispondo a uma distância de 1m. Dispor a malha de aço
amarrando elas com barras de aço. Disposição de caixarias que farão a delimitação da
laje e aprumar, certificando que não haja saída para vazamento de concreto. Após isso,
é a etapa de concretagem, já com toda a estrutura da laje montada.
Para laje maciça de concreto protendido: Montar a estrutura base da laje com
tábuas e escoras, para assim dispor uma malha inferior que sustentará as treliças e os
cabos de aço para protensão seguidas por mais uma malha superior. É disposta da
mesma maneira que a laje pré-moldada caixarias e tábuas de sustentação para o
lançamento do concreto. Após montagem da laje, é feita a concretagem da laje.
Para laje maciça de concreto armado: Monta-se a base com madeirite ou tábua
de madeira que servirá como forma para o concreto. São disposta uma malha de aço
que deve ser amarrada com barras de aço ou vergalhões, e as treliças que darão
sustentação a malha de aço. Com as ferragens já montadas e amarradas, é colocada as
caixarias que devem ser aprumadas a fim de se ter uma laje nivelada. E após essas
etapas de montagem da laje é feita a etapa de lançamento do concreto.
Para as 3 lajes a etapa de concretagem é muito semelhante, sendo necessário 7
dias de cura do concreto e não sendo possível retirada das escoras antes desse tempo.
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Observe o esquema resumo abaixo sobre os principais tipos de lajes.


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Qual tipo de laje deve ser escolhido?


A laje ideal para sua obra será definida pelo engenheiro estruturalista que durante
a execução do projeto estrutural estará em posse de informações sobre utilização do
espaço, peso que a laje terá que suportar e outras informações que irão balizar a escolha
da laje ideal para garantir sustentação e segurança para sua obra.
Armação
A armação de lajes segue o mesmo padrão de armação das fundações. Ela
deverá ser definida no projeto estrutural por um engenheiro calculista, e nele, você
deverá encontrar as informações necessárias para executar sua construção. As
dimensões das barras e diâmetro, amarrações e espaçamento entre barras serão
incluídas no projeto.

Formas
Assim como as vigas, as lajes são estruturas que necessitam de suporte para se
manter enquanto secam e se estabilizam. Por este motivo as caixarias das vigas e lajes
desempenham importante função.
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Além dos cuidados comuns de caixarias, como aprumar, nivelamento,


espaçamento entre caixa e armadura, é necessário cuidado com as escoras das
caixarias, que podem ser feitas de madeira ou de metal.
Assim como na etapa construtiva das vigas, é necessário escoras maiores
posicionadas em pontos críticos do vão. Essas escoras maiores desempenham a função
de contra flecha, e após retirada, o peso próprio da estrutura deverá se regular.
Impermeabilização da laje
Mesmo havendo a cobertura fazendo a condução de águas pluviais para a calha,
é interessante que a laje seja impermeabilizada a fim de evitar que a água que caia da
chuva, acabe desviando a cobertura, e gere infiltrações na laje, manifestação patológica
altamente comum nos dias de hoje.
Para evitar que a laje sofra com infiltrações, uma impermeabilização é feita sob a
área da laje, que pode ser feita com produtos de vedação ou manta asfáltica.
Execução da concretagem
Com a posição correta da armadura, e a disposição correta das caixarias da laje,
é realizada a concretagem. É comum em obras a concretagem de vigas serem no mesmo
dia que a concretagem realizada na laje. Assim a caixaria preparada já contempla ambas
estruturas.

O volume de concreto calculado é misturado e lançado nas caixarias, e em


seguida é feito o processo de vibração do concreto para retirada das bolhas de ar do
concreto, e espalhando o concreto de maneira mais fácil. Esse processo de vibração é
feito na concretagem de todas as estruturas.
Após secagem do concreto, é feita a cura durante 7 dias e suas caixarias podem
ser tiradas após 14 dias.
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Quantitativo de materiais
Concreto
Para fazer o levantamento de materiais que será utilizado na laje, basta consultar
o projeto. É feito o quantitativo de formas, ferragens, do concreto e impermeabilização.
Para encontrar a quantidade de concreto que será utilizado na laje, é necessário
calcular o volume que ela irá receber de concreto.
Vol. Concreto Laje = Área base x Altura Laje
Para encontrar a quantidade de cimento, areia e brita que será utilizado no
concreto, deve ser definido o traço do concreto. Assim que tiver o traço em mãos, deve-
se calcular o consumo de cimento do concreto e por sua vez, encontrar os valores em
massa da areia e da brita.
Consumo de Cimento, Areia e Brita
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝐶𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜 𝑑𝑎 𝐿𝑎𝑗𝑒 (𝑑𝑚3 )
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 (𝑘𝑔) =
𝑇𝑟𝑎ç𝑜 𝐶𝑖𝑚. 𝑇𝑟𝑎ç𝑜 𝐴𝑟. 𝑇𝑟𝑎ç𝑜 𝐵𝑟. 𝑇𝑟𝑎ç𝑜 𝐴𝑔.
+ + +
𝑀𝑒𝑠𝑝. 𝐶𝑖𝑚 𝑀𝑒𝑠𝑝. 𝐴𝑟. 𝑀𝑒𝑠𝑝. 𝐵𝑟. 𝑀𝑒𝑠𝑝. 𝐴𝑔.
Com o consumo de cimento calculado, você pode multiplicar ele pelo traço
utilizado no próprio cálculo, assim encontrando a quantidade de cada material em kg.
Qtde. Areia (kg) = Consumo de Cimento x Traço Areia
Qtde. Brita (kg) = Consumo de Cimento x Traço Brita
Qtde. Água (kg ou L) = Consumo de Cimento x Traço Água
Para encontrar em volume, basta dividir a massa (kg) pela massa unitária do material.
Qtde. Areia (dm³) = Qtde. Areia (kg) / Munitária Areia (kg/dm³)
Qtde. Brita (dm³) = Qtde. Areia (kg) / Munitária Brita (kg/dm³)
Aço
Para chegar a quantidade da tela aço, basta encontrar a área que deverá ser
coberta pela ferragem na laje. Pode ser calculada multiplicando comprimento e largura
da laje ou conferida no projeto.
Com a área da laje em mãos basta, dividir ela por 5. Isto ocorre pois a tela de aço
é vendida no mercado em 5m², apesar disso, deve-se pesquisar qual a metragem
quadrada que é vendida a tela de aço na sua cidade, pois esse número pode variar de
acordo com a localidade/negócio.
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Impermeabilização
A manta asfáltica para impermeabilização das lajes é calculada da mesma
maneira que a tela de aço. Para a manta, só é necessário saber a área que ela deverá
cobrir para impermeabilizar a fundação.
Comercialmente, a manta de impermeabilização é vendida em metro quadrado,
então basta saber quanto será necessário e adquirir quantidade próxima ou com
adicional evitando falta do material após início do serviço.
Madeira
Para levantar a quantidade de madeira que é utilizada na construção de lajes,
basta consultar o projeto. Seu formato no projeto irá dizer quantas faces de madeira
serão necessárias para fazer a forma do concreto para executá-las. Sendo uma laje
retangular/quadrada, serão necessários 4 faces de madeira para lateral e 1 para base.
Para encontrar a quantidade total de madeira para formas do concreto da laje,
basta levantar a metragem quadrada que deverá ser coberta em cada uma dessas faces
e somar. Com isso você encontrará a dimensão de formas total para concretagem da
laje.

𝑄𝑡𝑑𝑒. 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎 (𝑚2 ) = ∑ Á𝑟𝑒𝑎𝑠 𝑞𝑢𝑒 𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠𝑖𝑡𝑎𝑚 𝑑𝑒 𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎

Em elementos que ficam acima de vãos, como as vigas, lajes e blocos de verga,
se mostra necessária a utilização de escoras de madeira que se responsabilizarão por
segurar a forma do concreto no lugar enquanto o elemento está sendo curado. Em
elementos estruturais, as vigas e as lajes, é necessário manter as escoras por no mínimo
7 dias ou até o fim da cura do concreto.
Para saber quantas escoras serão necessárias, basta consultar o projeto.
A construção da laje requer cuidados, deve-se obedecer o projeto estrutural
durante sua execução, a fim de evitar transtornos maiores com a segurança da
construção.
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Maker: Execução de laje


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Levantamento de alvenaria
Existem diversos tipos de alvenaria, com o avanço tecnológico na construção civil,
tem crescido a utilização de alvenarias utilizando isopor, blocos ecológicos, paredes de
drywall e etc. Os tipos de alvenaria utilizados em larga escala no Brasil são alvenarias
estruturais e alvenarias de vedação.
As alvenarias estruturais são feitas com blocos de concreto com alta resistência
em comparação com blocos cerâmicos tradicionais utilizados na alvenaria de vedação,
e por isso a alvenaria estrutural dispensa o uso de colunas e vigas na construção, apesar
disso, deve ser calculado os esforços por um engenheiro capacitado para evitar futuros
problemas na construção.
Como é feita a alvenaria?
Para alvenarias estruturais: Com a fundação já previamente impermeabilizada, é
assentada a primeira fiada de blocos na argamassa, começando por uma das bordas
definidas em obra e seguindo a delimitação marcada pelo gabarito. A primeira fiada tem
grande importância na construção pois irá balizar as próximas fiadas e a amarração da
parede, uma vez que se inicia uma fiada, ela precisa ser assentada até o final da parede,
fazendo isso você evitará erros quanto a amarração dos blocos.

Após a primeira fiada, um profissional capacitado deve analisar e assim permitir


as próximas fiadas. Os blocos devem ser assentados seguindo a planta baixa, visando
respeitar as dimensões de vãos e paredes executadas no projeto. Em alvenaria estrutural
a parte elétrica e hidráulica é feita em conjunto com o levantamento de paredes, então
além da planta baixa, também são necessárias plantas elétricas e planta hidráulica do
imóvel.
Durante o levantamento da parede, é necessário checagem de prumo e nível,
para evitar que a parede fique inclinada ou não vença o vão em algum ponto. Em vãos
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de portas e janelas são utilizados blocos de canaletas para execução das vergas e contra
vergas.
Após assentamento da última fiada, é colocado o aço nas canaletas dos blocos e
assim é realizada a concretagem utilizando o graute.
Para alvenarias de vedação: Com a fundação já impermeabilizada, é assentada
a primeira fiada de blocos seguindo de uma das bordas até o final dessa parede. Da
mesma maneira que nas alvenarias estruturais, a primeira fiada irá balizar as próximas
fiadas, então é necessário cuidado na execução desta alinhada ao gabarito da obra.
Após a primeira fiada, é aprovada a segunda fiada e assim sucessivamente, com o
auxílio da planta baixa para respeito das dimensões projetadas e execução de vãos de
portas e janelas.
Nos vãos são utilizados os blocos de canaletas que passam a largura do vão em
20% para cada um dos lados. Durante a execução das fiadas deve ser analisada o prumo
dos blocos e nível, evitando problemas posteriores. O esquadro dos cômodos também
devem ser analisados, sendo que em um cômodo fechado retangular, as dimensões
diagonais devem ser iguais.
Na última fiada da parede, deve-se deixar um espaçamento entre os blocos e a
viga. Esse espaço é denominado encunhamento e é preenchido por um material
expansivo. Isso é feito pois a viga tende a fletir e esse movimento pode exercer carga
nos blocos de vedação, que não são feitos para suportar cargas, como a alvenaria
estrutural, assim, o encunhamento é preenchido com argamassa expansiva ou espuma
de poliuretano.
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Após assentamento de todas as fiadas de blocos, é feito os cortes para passagem


de dutos elétricos e hidráulicos e após essa etapa, é concretada as colunas de
sustentação.
Após a execução da fundação, teremos uma área pronta para receber as paredes
que farão a delimitação de áreas da construção. É nessa etapa que a sua obra começa
a ganhar forma, onde será delimitada as áreas exteriores e interiores da sua construção
e é onde a delimitação de cômodos ganha início.
Os tipos de alvenaria mais tradicionais são as alvenarias de vedação e estrutural.
Ambas alvenarias tem suas vantagens e desvantagens, e cabe ao projetista definir qual
das duas será de melhor uso para sua obra.
Em alvenarias de vedação, as paredes não têm função estrutural, e só necessitam
sustentar o próprio peso e as cargas oferecidas pelos vãos de portas e janelas, por isso,
deve-se sempre ser feita com sustentação de pilares e vigas, a fim de garantir a
segurança da estrutura. Além de dividir os cômodos, as paredes de vedação também
devem oferecer conforto térmico e isolamento acústico e são levantadas por meio de
blocos que são assentados com o uso de argamassa.
Já em alvenarias estruturais, as paredes têm a função de suportar as cargas
transferidas pela laje, tornando desnecessária a execução de pilares e vigas para
sustentar a laje e o telhado.
Do mesmo modo que a alvenaria de vedação, a alvenaria estrutural deve dividir
os cômodos e prover conforto térmico e isolamento acústico, e também são levantadas
por meio de blocos assentados com uso de argamassa, o que as difere em execução é
a utilização de vergalhões de aço que são fixados nos blocos após o assentamento de
todas as fiadas, e então é realizado o processo de grauteamento que é realizado com o
graute, concreto de alta fluidez que tem resistência muito alta.
Blocos ou tijolos
Atualmente, existem uma variedade grande de blocos no mercado, porém os mais
utilizados em construções tradicionais são os blocos de concreto e os blocos cerâmicos.
Os blocos de concreto conseguem ter mais resistência que faz gerar menos
perdas na obra e também utilizam menos argamassa para assentamento que os blocos
cerâmicos, oferecem bom isolamento acústico e tem maior facilidade de manutenção
posteriores, por serem feitos com cimento, absorvem água com facilidade, não devendo
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ser manuseado em dias chuvosos e sendo necessário cuidado maior em ambientes de


agressividade marítima.
Os blocos cerâmicos oferecem maior conforto térmico, são mais leves e mais
fáceis de manusear e assentar que os blocos de concreto o que gera menos tempo de
execução do levantamento de alvenaria na obra. Os blocos cerâmicos são menos
resistentes e acabam gerando perdas na execução da alvenaria.
Apesar das vantagens e desvantagens, os blocos cerâmicos podem ser blocos
estruturais quando fabricados para esse fim e os blocos de concreto podem não ser
estrutural, mesmo com resistência maior. O que configura alvenaria estrutural é o
processo realizado em seu levantamento e a resistência dos blocos utilizados que devem
suportar altas cargas que serão transmitidas pelo peso próprio da parede e pela laje e o
telhado.
Argamassa
A argamassa é uma massa que tem função de ligar e fixar os blocos que irão
compor as paredes da obra. Ela é feita a partir da mistura de cimento, areia e aditivo ou
cal se necessário.
No mercado é fácil de encontrar diversos tipos de argamassa, e o engenheiro
responsável pela obra deverá definir qual será a argamassa utilizada, ou se será feita na
obra. Muitas obras já utilizam a argamassa pronta, pois é economia de tempo e de
trabalho para realização da mistura para executar a argamassa. A argamassa utilizada
em paredes de vedação não deve ser a mesma argamassa utilizada em paredes
estruturais, pois paredes estruturais requerem argamassas com maior capacidade de
resistência.
Verga e Contraverga
As vergas e contravergas são elementos que devem estar presentes nas
execuções dos vãos em alvenarias. Esses elementos funcionam como uma espécie de
viga que é localizada em cima dos vãos de portas e janelas, as chamadas vergas, e
embaixo de janelas, as chamadas contravergas. Elas devem passar o comprimento do
vão em no mínimo 20% a fim de garantir resistência do vão.
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Elas são executadas com o reforço de aço, em cima e embaixo de vãos, e tem a
função de resistir a cargas impostas, por ser uma área sem blocos que suportam essas
cargas, essas áreas tendem a ter menos resistência, e negligenciar essa etapa oferece
riscos de fissuras ou rachaduras em na alvenaria.
Em vergas e contravergas é necessária verificação de alinhamento, sendo
verificada pela aferição das dimensões entre a verga e contraverga até o chão dos
pontos extremos dela. As duas dimensões precisam ser iguais.
Nivelamento e Prumo da alvenaria
A execução de fiadas de blocos deve ser acompanhada, principalmente nas
primeiras fiadas, pois se houverem erros nessa etapa, são mais simples de corrigir
depois que a parede estiver pronta. Existem algumas características de paredes bem
assentadas que são evidenciadas por alguns testes que devem ser feitos na obra durante
a execução das fiadas.
Durante as fiadas deve ser esticada a linha de pedreiro de um lado a outro da
parede a fim de auxiliar o pedreiro a executar o assentamento e que os blocos da fiada
estejam em um mesmo nível que deve ser aferido pelo equipamento nível, o liquido tem
uma bolha de ar que deverá estar localizada no meio entre as duas linhas, evidenciando
uma parede nivelada.
Além do nivelamento de uma parede, durante a execução, ela pode sofrer com
erros de assentamento que fazem com que ela se incline para a frente ou para trás, é
comumente chamada de parede fora de prumo. O prumo de face é um equipamento que
segura dois pesos pequenos e o pedreiro o coloca na parede que quer verificar o prumo
a fim de verificar se a parede está sendo assentada de maneira reta ou se ela está
inclinando para frente ou para trás.
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Durante a execução das fiadas, pode ser verificado o esquadro da construção, da


mesma maneira que na etapa de gabarito, sendo certificada a boa execução do
esquadro. Essa verificação é feita pegando as duas dimensões diagonais do cômodo
que está sendo construído e elas precisam ser iguais ou próximas.
O alinhamento da parede pode ser conferido por meio de tábuas de madeira
sendo localizadas em diferentes pontos da parede, elas devem ter o comprimento de
uma parede a outra e todas as tábuas devem chegar exatamente na outra parede. Caso
alguma tábua não esteja conseguindo vencer o vão do cômodo, isso significa que o
alinhamento da parede não está seguindo o que foi projetado.
Instalações hidráulicas e elétricas
Após levantamento da alvenaria, é executado os cortes da parede onde irão
passar os dutos de fios elétricos e canais de água fria e quente.
Os cortes devem ser feitos antes dos acabamentos das paredes, evitando assim
práticas executivas inadequadas. Eles devem tomar como base as informações
provenientes do projeto elétrico e hidráulico, ou do projeto arquitetônico, devendo seguir
as orientações do mesmo.
Não devem ser cortados elementos estruturais para passagem de dutos de
nenhuma espécie, a menos que seja previsto no projeto estrutural e o engenheiro
estruturalista esteja ciente da execução. Isso evitará que o elemento estrutural perca sua
função de trazer a segurança a construção.
Quantitativo de materiais da alvenaria
Os materiais principais que devem ser considerados no orçamento da execução
da alvenaria são, os tijolos e argamassa e para as vergas e contravergas, os blocos
canaletas, concreto e aço que serão utilizados para executá-las.
Blocos ou tijolos
Para saber a quantidade de blocos, deve-se calcular a área da parede,
descontando vãos, e dividi-la pela área de um bloco mais a espessura de argamassa.
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Área da parede s/ vãos = Área total da alvenaria - Área porta - Área Janela
Quantos vãos tiverem, serão adicionados no cálculo da área da parede sem vãos.
Á. 𝐵𝑙𝑜𝑐𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = (𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝐵𝑙𝑜𝑐𝑜 + 𝐸𝑠𝑝. 𝐴𝑟𝑔𝑎𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎) 𝑥 (𝐴𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝐵𝑙𝑜𝑐𝑜 + 𝐸𝑠𝑝. 𝐴𝑟𝑔𝑎𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎)
Qtde. de blocos = Área da parede s/ vãos / Área bloco + Esp. Argamassa
Argamassa de assentamento
Para saber o volume de argamassa que será necessário, precisa-se calcular o
volume da parede descontando os vãos e subtrair o volume total dos blocos da parede
em questão.
Volume parede s/ vãos = Área da parede s/ vãos x largura do bloco
Volume de Argamassa parede Fachada = Vol. Parede s/ vão – (Vol. de 1 bloco x nº de blocos.)
Com o volume da argamassa total, você deve multiplicar esse valor pelo
rendimento indicado pelo fabricante que vem na embalagem. O rendimento é dado em
kg/m³, chegando a quantidade de sacos (kg) que será necessário comprar para realizar
o assentamento da parede.
Blocos canaleta
Para saber a quantidade de blocos canaleta, basta saber o comprimento dos vãos
e dividir pelo comprimento do bloco canaleta.
𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑣ã𝑜 𝑑𝑎 𝑒𝑠𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑖𝑎
𝑁º 𝐶𝑎𝑛𝑎𝑙𝑒𝑡𝑎𝑠 =
𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑏𝑙𝑜𝑐𝑜 𝑐𝑎𝑛𝑎𝑙𝑒𝑡𝑎
Para saber o volume de concreto utilizado no bloco canaleta, basta calcular o
volume do vazio do bloco canaleta e multiplicar pela quantidade de blocos canaletas.
Vol. de concreto Canaleta = Volume vazio do bloco x nº de blocos canaleta
Aço das vergas e contravergas
Para encontrar a quantidade de aço que será comprada, você precisa saber qual
a metragem linear de vergalhão que será utilizada em uma viga. Utilizando o exemplo de
um vão de 1,2 metros de comprimento, com folga de 5cm de cada lado do bloco canaleta,
fazendo com que seja utilizado 1,1 metros por vergalhão.
Qtde. Vergalhão (m) = nº de Vergalhão/vão x Dimensão do vergalhão
A barra utilizada para fazer os vergalhões é comercializada em 12 metros. Ainda
no exemplo anterior, utilizando 1 vergalhão por elemento de verga, tendo 10 vergas no
projeto, seriam necessários 11 metros para fazer os vergalhões da obra. Comprando 1
barra de 12 metros que seria cortada em 10 pedaços de 1,1 metro, tendo sobra de 1
metro.
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Maker: Execução da alvenaria


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Acabamentos da Construção
A etapa que se segue após a execução da alvenaria de sua obra, é a execução
do revestimento dela. O revestimento tem a função de proteger os blocos da sua parede
de intempéries como chuva e vento, mas principalmente tem função estética. O
revestimento é um dos primeiros tipos de acabamento, o que torna as paredes da
construção regulares e lisas, causando impressão de boa execução e confiabilidade da
obra.
Argamassa
Como apresentado na etapa de alvenaria, a argamassa é uma massa que, na
alvenaria, tem função de ligar e fixar blocos, e servir de chapisco e reboco. A argamassa
é utilizada em larga escala na construção civil por sua facilidade de manuseio e baixo
custo.
Assim como o concreto, a argamassa é feita a partir da mistura de outros
materiais, e por isso, existem diferentes proporções para diferentes aplicações. O traço
que será utilizado para assentar blocos pode ser diferente do traço utilizado para
executar chapisco e reboco.
Chapisco
O chapisco é a primeira camada de argamassa que é lançada na alvenaria. Ela
tem a função de tornar a superfície própria para receber o reboco. A parede não deve
ser rebocada sem a etapa de chapisco, pois os riscos do reboco não fixar ou aparecer
rachaduras é alto e pode ser atribuída a falta da execução do chapisco na alvenaria.
O chapisco é feito com cimento e areia grossa, e deve ser lançado de maneira
irregular na parede, pois ainda nessa etapa, não está sendo buscada a regularização da
parede e sim aumento da rugosidade da parede.
Emboço
O emboço é a uma segunda camada de argamassa que é aplicada na parede,
porém ao invés de servir como reboco, regularizando a superfície, ela tem seu
acabamento com irregularidades, o tornando rugoso. O emboço é mais utilizado em
cozinhas e banheiros, pois sua irregularidade na superfície garante maior aderência dos
revestimentos, como os cerâmicos.
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Reboco
O reboco é a segunda camada de argamassa que é aplicada na parede, sua
função é proteger os blocos da alvenaria e regularizar a superfície da parede. O reboco
é aplicado após o chapisco, e é a primeira camada de acabamento liso que será aplicada
nas paredes da construção.

Revestimentos: Gesso, Massa corrida, Reboco


Os acabamentos de uma construção podem ser feitos de diferentes maneiras,
ficando a critério do proprietário definir em conjunto com o profissional contratado para
executar a obra. Devem ser pensados na decisão, durabilidade, custo e estética, a fim
de se chegar a decisão com melhor custo benefício para o cliente.
O Reboco é um dos tipos de revestimentos mais utilizados nas construções
tradicionais, pelo fato de que os materiais são fáceis de manusear e tem fácil aplicação,
normalmente os próprios pedreiros são capacitados para aplicar o reboco o que
representa uma redução de custo com mão de obra em relação a aplicação com outros
tipos de revestimento, como o gesso.
O gesso é um tipo de revestimento que tem acabamento esteticamente bonito, e
tem vantagem financeira em relação ao reboco, que por sua vez, representa custo maior
com materiais. Apesar dessas vantagens, o gesso exige mão de obra especializada em
aplicação de gesso, o gesseiro. Tendo uma aplicação de gesso bem feita, pode ser
dispensável aplicação de massa corrida, sendo aplicado direto a tinta no gesso.
A massa corrida é uma camada de revestimento que é aplicada após o reboco.
Ela é responsável por tornar a parede que já está regularizada pela aplicação do reboco,
ainda mais lisa, visto que o reboco, mesmo regularizado, pode apresentar rugosidade,
que pode incomodar o usuário. Assim a massa corrida é aplicada visando tornar a
superfície mais lisa. Após sua aplicação e secagem, é aplicada a camada de tinta.
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Quantitativo de materiais revestimento


Argamassa
Para saber a quantidade de argamassa que será necessário para aplicar o reboco
nas paredes, precisa-se calcular a área da parede descontando os vãos.
Área da parede s/ vãos = Área total da alvenaria – Área esquadria1 - Área esquadria2
Utilizando argamassa industrializada, para encontrar a quantidade em kg que
deve ser comprada, você deve multiplicar a área da parede sem vãos pelo rendimento
indicado pelo fabricante que vem na embalagem.
O rendimento é dado em kg/m² considerando espessura de 1cm de reboco.
Qtde. Argamassa industrializada = Área s/ vãos x Espessura reboco x Rendimento argamassa
Para argamassa dosada em obra, com o traço definido para reboco e chapisco
você encontrará o rendimento de cada material, sendo um traço conhecido e popular, o
rendimento médio pode ser facilmente encontrado em pesquisas, não sendo um traço
com rendimento tabelado, você precisará calcular por meio de experimentos
tecnológicos dos materiais.
Em argamassa dosada, o rendimento dos materiais é dado em kg/m³, sendo
assim, multiplicado pelo volume que será utilizado na etapa.
Qtde. Cimento p/ Argamassa = Vol. Argamassa Reboco x Rendimento cimento
Qtde. Areia p/ Argamassa = Vol. Argamassa Reboco x Rendimento Areia
Massa corrida ou tinta
Para encontrar a quantidade necessária para revestir as paredes com massa
corrida ou tinta, se executa o mesmo padrão de cálculo que para a argamassa
industrializada, na embalagem do produto terá o rendimento médio em kg/m² ou Lata/m².
Sendo assim, basta saber a área que será revestida e multiplicar pelo rendimento
indicado na embalagem.
Qtde. Produto revestimento = Área parede s/ vãos x Rendimento produto
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Maker: Execução do revestimento


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Contrapiso
O contrapiso é uma camada intermediária que é localizada entre a estrutura da
construção (fundação ou solo) e o revestimento do piso. O contrapiso é normalmente
feito com concreto ou argamassa, e sua função é de nivelar o chão da obra, criar
desníveis e inclinações de área molhada.
Em sua execução, são distribuídas taliscas de cerâmica que podem ser feitas com
tijolos. Elas servem como nivelamento do piso, a fim de definir a quantidade exata de
volume de argamassa que será despejada em cada ponto do cômodo.
Nível e caimento
É nessa etapa que é conduzido o caimento de águas em áreas molhadas
(Cozinha, área de serviço e banheiro) aos seus respectivos ralos. E o contrapiso servirá
como suporte aos pisos que serão aplicados posteriormente, então precisa conferir
nivelamento, evitando futuros transtorno.
Quantitativo de materiais Contrapiso
Argamassa
Para saber a quantidade de argamassa que será necessário para aplicar o
contrapiso, precisa-se calcular a área do piso que será lançada a argamassa.
Área do piso = Comprimento piso x largura do piso
Utilizando argamassa industrializada, para encontrar a quantidade em kg que
deve ser comprada, você deve multiplicar a área do piso rendimento indicado pelo
fabricante que vem na embalagem. O rendimento é dado em kg/m² considerando
espessura de 1cm de contrapiso e varia de acordo com a marca comprada.
Qtde. Argamassa industrializada = Área piso x espessura contrapiso x Rendimento argamassa
Para argamassa dosada em obra, para o contrapiso você encontrará o rendimento
de cada material, sendo um traço conhecido e popular, o rendimento médio pode ser
facilmente encontrado em pesquisas, não sendo um traço com rendimento tabelado,
você precisará calcular por meio de experimentos tecnológicos dos materiais.
Em argamassa dosada, o rendimento dos materiais é dado em kg/m³, sendo
assim, multiplicado pelo volume que será utilizado na etapa.
Qtde. Cimento p/ Argamassa = Vol. Argamassa Contrapiso x Rendimento cimento
Qtde. Areia p/ Argamassa = Vol. Argamassa Contrapiso x Rendimento Areia
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Maker: Execução do Contrapiso


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Cobertura
O telhado é um elemento de cobertura que tem a função de proteger as lajes a
fim de evitar infiltrações, direcionar água da chuva e proteger o imóvel de luz e calor em
excesso.
Existem dois tipos principais: os telhados aparentes e os telhados embutidos.
Na estrutura dos telhados, alguns elementos variam de acordo com o tipo de
telhado escolhido demonstrado na planta de cobertura, apesar disso, alguns elementos
dessa estrutura não serão variáveis, sendo presente nos dois tipos de telhados, são eles:
águas, telhas, estrutura de base (tesoura), rufos e calhas.
Qual tipo de telhado deve ser escolhido?
O tipo de telhado escolhido dependerá do projeto arquitetônico. Durante a
execução da planta de cobertura, deve ser pensado qual será a utilização do telhado, se
terá presença de caixa d’água, se a laje será utilizada como espaço de movimentação
ou apenas para manutenção.
A opinião do cliente também deverá ser ouvida visto que o telhado além de ter
suas funções importantes, acabam sendo um elemento estético que influencia na beleza
da obra.
Ambos telhados, embutidos ou aparente, se bem executados, cumprem suas
funções perfeitamente, e cada tipo tem suas vantagens. O telhado aparente consegue
suportar ventos fortes de forma tranquila por ser um telhado mais robusto, por outro lado,
o telhado embutido consome menos material e menos mão de obra, representando uma
economia a depender do projeto e do executor.
Como é feito um telhado?
Para telhados aparentes: É feita a montagem da estrutura de base, construção
das tesouras, cortes de terças, caibros, ripas e outros elementos que podem vir a
aparecer a depender da necessidade na obra. Essas dimensões e informações sobre a
estrutura de base são encontradas na planta de cobertura.
Para chegar a distância entre as ripas, é comum já ter definido qual será a telha
utilizada, e qual será a dimensão dela, assim verificando a “galga” da telha visto que ela
será assentada acima de duas ripas, elas precisam estar de acordo com a altura da telha.
Nessa etapa é feita a divisão de águas, execução da declividade solicitada por projeto e
é quando o telhado ganha formato.
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Após a execução da estrutura de base é hora de realizar a colocação de telhas,


sendo que para cada tipo de telha, há uma maneira correta de fazer o assentamento.
Essa informação pode ser encontrada na especificação do fabricante, para algumas
telhas cerâmicas, o assentamento deve começar pelo canto inferior direito e realizado
horizontalmente da direita para esquerda até o final do telhado, e depois assentada as
telhas na vertical, formando um L ao contrário, assim por diante.
Ao finalizar o assentamento das telhas nas ripas, é feita a instalação das
cumeeiras no ponto mais alto do telhado e em encontro de águas, e em seguida a
instalação de rufos nas paredes que encontram telhado e calhas nas bordas inferiores
do telhado.
Para telhados embutidos: É feita a estrutura de platibanda, que é uma elevação
de paredes de blocos que irão esconder a estrutura do telhado. Normalmente essa
platibanda tem uma altura de 1 metro a 1,20 metros porém pode variar conforme projeto.

Após o assentamento dos blocos, é realizada da mesma maneira a execução da


estrutura de base do telhado, são feitas as tesouras com os caimentos, as terças ligando
as tesouras, os caibros ligando as terças e as ripas ligando os caibros. É muito comum
encontrar telhados embutidos com apenas uma água, por serem telhados com altura
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inferior a de telhados aparentes, a sua declividade seria muito baixa caso houvesse
divisão de águas, porém esse dimensionamento depende de projeto.
É instalada as telhas sobre as estruturas de base do telhado, seguindo a
orientação do fabricante e de acordo com o projeto, seguida pela instalação de
cumeeiras, e rufos e calhas.
Em telhados embutidos a presença de rufos se mostra ainda mais urgente, por
serem telhados que possuem a elevação na platibanda, parede que fica sujeita a contato
direto de água. Na superfície da platibanda deve ser colocado rufos de pingadeira, que
são rufos que cobrem a extensão da parede assim o protegendo contra infiltração da
água.
Águas
As águas dos telhados são os caimentos que são feitos para águas que serão
coletadas pelas telhas. Ás aguas são uma inclinação em um certo ângulo que será
responsável pelo transporte da água, normalmente da chuva, até as calhas.
A inclinação do telhado é indicada pelos fabricantes das telhas, elas tem uma
inclinação em porcentagem máxima que é indicada para aquele tipo de telha. Em média,
as telhas portuguesas suportam 30% de inclinação de telhado, isso significa que a cada
1 metro, o telhado sobe 30cm de altura. Já para telhas de fibrocimento, em média
suportam 10% de inclinação de telhado, significando um crescimento de 10cm a cada
metro para esse tipo de telha.
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Em um mesmo telhado, pode ser executado com uma, duas ou mais águas, a
depender do comum acordo entre o cliente, executor e projetista da obra.
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Estruturas de base
As estruturas de base são um conjunto de elementos que darão sustentação para
as telhas e farão o formato e declividade do telhado. Nessas estruturas de base do
telhado são encontrados: Tesouras, terças, caibros e ripas.
As tesouras são os elementos treliçados que farão o formato do telhado, divisão
de águas e declividades, as terças conectam as tesouras e farão a sustentação dos
caibros, que conectam as terças e farão a sustentação das ripas que conectam os
caibros e sustentam as telhas.
Telhas
As telhas são os elementos que cobrem o telhado realizando a função de impedir
que a água da chuva e o calor excessivo passe a laje. Com o avanço de novas
tecnologias na construção civil, existem inúmeros tipos de telhas que podem se adequar
a diversas necessidades na obra para diversos orçamentos, são algumas telhas de:
concreto, cerâmica, alumínio, vidro, fibrocimento, PVC e diversos outros materiais.
Rufos e Calhas
Os rufos são os elementos que farão a proteção de paredes e laje da água da
chuva, mesmo com a presença de um telhado, há a possibilidade da água da chuva
desviar do seu caminho e acabar caindo em paredes. Os rufos são responsáveis por
fazer a proteção dessa parede direcionando a água para as calhas, em conjunto com as
telhas. Normalmente são feitas de alumínio, porém pode variar de acordo com o projeto.
As calhas são elementos que farão a coleta da água da chuva transmitida via
telhas e rufos. Elas são localizadas na parte mais baixa do telhado e são delimitadas
pela largura do telhado. As calhas são obrigatórias onde os telhados não possuem beiral
(extensão do telhado que faz a proteção das paredes externas do imóvel.
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Quantitativo de materiais
Para realizar o levantamento da quantidade de materiais que será utilizada na
etapa de cobertura, é preciso acompanhar o projeto arquitetônico, mais precisamente na
planta de cobertura. Ela irá esclarecer em seu detalhamento a quantidade de elementos
que será constituído aquele telhado.
Com o projeto em mãos, teremos acesso a quantidade de tesouras, terças,
caibros e ripas, suas dimensões e seus materiais. Com essas informações, será mais
fácil realizar os orçamentos com fornecedores.
Telhas
Para encontrar a quantidade de telhas que será utilizada no seu telhado você
precisa saber a área que as águas irão cobrir, essa informação você consegue retirar da
planta de cobertura. Com essas áreas você irá calcular a correção causada pela
inclinação.
Área do telhado = Comprimento da laje com beiral x Largura da laje com beiral.
Com a inclinação, o comprimento do telhado é alterado, e é necessário calcula-lo
com base na inclinação definida também em projeto.
Comprimento inclinado = √ (Hcumeeira² + Comprimento com beiral²)
Área da água inclinada = Comprimento inclinado x Largura da laje com beiral
Com a área da água inclinada e o rendimento por m² informada pela fabricante da
telha, você encontra a quantidade de telhas necessária para seu telhado.
Quantidade de telhas = Área da água inclinada x Rendimento de telhas
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Maker: Execução de cobertura


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Documentos Auxiliares

Planta baixa

Planta de Cobertura
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Planta de indicação Estrutural

Detalhe estrutura
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Planta de Corte AA
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Planta Fachada Frontal

Planta de fundação
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Detalhamento de Fundação

Planta de Laje
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Detalhamento de Laje
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Perspectiva Telhado exposto

Perspectiva Telhado exposto


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Indicações de lançamento de materiais


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Perspectiva Telhado exposto

Perspectiva Telhado embutido


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Perspectiva amarração Ferragens pilar e vigas Fundos

Perspectiva Fundação
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Perspectiva Fachada e Lateral Direita

Perspectiva Lateral Esquerda e Fundos com Gabarito


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Perspectiva Frontal e Lateral Esquerda


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Perspectiva interna Lateral Esquerda


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Perspectiva interna Lateral Direita

Perspectiva Lateral Direita


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Perspectiva Fachada vista de cima


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Perspectiva da cobertura
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