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“Esse é o lugar onde quero que meu ministério cresça”

Biografria de Aimee Semple McPherson

Na primeira noite, a irmã McPherson, como era


conhecida, ficou desapontada ao encontrar um número
reduzido de pessoas assistindo ao culto. Na segunda
noite pregou àquelas mesmas pessoas, que durante ou
por quase dois anos haviam freqüentado os trabalhos.
Na terceira noite, antes do culto, ela pegou uma cadeira
e dirigiu-se à esquina principal da pequena cidade, a
apenas um quarteirão do salão de culto. Subiu na cadeira
e, com os braços erguidos, começou a orar em silêncio.
Logo após, ouviu vozes ao seu redor comentando o fato.
Ela parou de orar e abrindo os olhos viu um grupo
grande de pessoas. Pegando a cadeira, saiu correndo e
gritando "depressa, venham comigo". Todos correram
atrás dela, e, chegando ao salão, ela disse ao porteiro:
"Quando todos estiverem dentro, feche a porta e não
deixe ninguém sair". Realmente ninguém procurou sair
da pregação que durou quarenta minutos.
Na noite seguinte, o salão ficou lotado e muitos
não puderam entrar. O problema só ficou resolvido com
a remoção do culto para a grande área gramada que ficava atrás do salão. O número de pessoas que assistia
às reuniões cresceu tanto que ultrapassou a quinhentos e, como resultado muitas almas se entregaram a Jesus.
Harold McPherson mandou-lhe um telegrama para que voltasse para sua casa, mas Aimee recusou-se a
voltar. Ele veio então ao seu encontro e ouvindo uma de suas pregações reconheceu o chamado de Deus na
vida de Aimee, estimulando-a a continuar.
No fim da primeira semana de trabalho ela recebeu uma oferta do povo e, com o dinheiro, foi à cidade
vizinha e comprou uma tenda de lona já usada. O vendedor (homem desonesto) "abaixou" o preço com a
condição que não seria necessário tirar a tenda da sacola antes de vendê-la. Quando ela voltou a Mount
Forest e abriu a "catedral de lona", descobriu que estava mofada e rasgada. Foi necessário remendar e limpar
a tenda, que com muito esforço finalmente ficou pronta. No primeiro culto realizado na tenda, quando Aimee
ia começar a pregar, a lona começou a rasgar-se e vinha caindo sobre o povo ali presente, devido ao forte
vento; irmã McPherson levantou os braços e orou: "Em nome do Senhor Jesus, ordeno que não caia até
depois do culto". Naquele instante a lona ficou presa num prego e não caiu.
No dia seguinte, um grupo de senhoras da congregação ajudou a remendar a tenda. Depois de
trabalhar o dia todo, irmã McPherson sentiu-se tão cansada que resolveu cancelar o culto daquela noite.
Deixando um aviso na tenda, foi para casa descansar. Antes de deitar-se, tomou a Bíblia e ajoelhou-se para
orar e meditar nas Escrituras. A Bíblia caiu da cama e quando ela foi pegá-la no chão, percebeu que estava
aberta neste versículo: "Qualquer que procurar salvar sua vida, perdê-la-á, e qualquer que perder a sua vida
por amor de mim, esse a salvará." (Mateus 16:25). Ela entendeu que Deus tinha falado mais uma vez ao seu
coração. Levantou-se e imediatamente se preparou para pregar na tenda. Ainda sentia grande cansaço quando
subiu ao púlpito, mas, na hora em que se levantou para cantar o primeiro hino, todo o cansaço a tinha
deixado.
Depois de muitos anos no ministério ela escreveu este maravilhoso testemunho: "Tem sido assim desde
aquela vez. Não importa o que seja, o labor ou os apuros do dia a dia, nem importa a fadiga física e mental
que eles produzem em mim, estou sempre refeita no instante em que fico em pé no púlpito." O resultado
glorioso de sua obediência veio naquela noite, quando dezoito fazendeiros se converteram a Cristo. As
campanhas em tendas de lona nas cidades de orla marítima do Atlântico continuaram até 19l8, com o povo
em número sempre crescente, reunindo-se para ouvir esta extraordinária evangelista.
Em junho de 1917 foi lançada a primeira edição da sua revista, "Bridal Call", contendo testemunhos
e notícias das campanhas, sermões, poesias e outros artigos. Em de três meses, a revista foi aumentada de
uma edição simples de quatro páginas somente, para uma revista mensal de dezesseis páginas. Atualmente a
revista é publicada sob o nome "The Foursquare World Advance", contendo notícias da Igreja Quadrangular
no mundo inteiro, com uma tiragem mensal de mais de 50.000 exemplares. As campanhas evangelistas
desses primeiros anos foram marcadas com grandes experiências de fé e maravilhosas vitórias. Foi nesse
período que Deus começou a usar irmã McPherson no ministério da cura divina.
Uma noite ela pregou sobre o tema "Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e eternamente", mostrando que Ele
vive hoje para curar e batizar com o Espírito Santo. A fé foi despertada e ela viu uma figura patética vindo
voluntariamente à frente: uma moça auxiliada por duas pessoas, estava curvada, com o queixo puxado para
baixo tocando no peito, pernas e mãos deformadas pela artrite reumatóide, chegava apoiandose em muletas.
A moça foi carregada até o púlpito e assentada numa cadeira. Em poucos minutos, ela aceitou Jesus e, em
seguida, foi batizada com o Espírito Santo. Depois de orar pela sua cura, irmã McPherson disse-lhe que
levantasse as mãos e louvasse ao Senhor. Assim ela o fez, e louvando ao Senhor começou a levantar os
braços e as mãos deformadas começaram endireitar-se. Com os braços libertos e erguidos, ainda louvando ao
Senhor, o queixo e o pescoço, há tanto tempo endurecidos, foram-se tornando livres ao ponto dela poder
olhar para o céu. Com isso ela se levantou e, apoiando-se com as mãos, começou a andar através da força
que suas pernas receberam para sustentá-la. Saiu andando e glorificando ao Senhor.
Numa campanha em Durant, Flórida, novamente Deus provou o Seu poder na vida de Aimee Semple
McPherson. As reuniões foram realizadas num tabernáculo de madeira em local onde não havia eletricidade.
A luz de lampiões a querosene e gasolina era muito fraca para o tamanho do tabernáculo, então, colocaram
um aparelho de luz a gás para iluminar o lugar. Uma noite, antes do culto, enquanto irmã McPherson estava
fazendo uns ajustes no aparelho, houve uma pequena explosão no mesmo e as chamas atingiram seu rosto. A
dor foi tão aguda que ela, sem pensar nas conseqüências, saiu correndo e colocou o rosto numa bacia com
água fria. Ao tirá-lo da água, a dor, já intensa, aumentou e bolhas brancas começaram a se formar. Irmã
McPherson ficou andando de um lado para outro sob as árvores, esperando em Deus sempre, enquanto
alguém consertava o aparelho danificado. O povo continuava a chegar, mas a hora de iniciar o culto já estava
atrasada, devido ao imprevisto que acontecera com o aparelho. Um senhor, que estava combatendo as
reuniões e a pregação de cura divina, aproveitando a oportunidade, levantou-se para avisar ao povo que não
haveria reunião porque a pregadora da cura divina tinha queimado o rosto. Quando a irmã McPherson soube
disso, orando e pedindo força, subiu ao púlpito e, em nome de Jesus, anunciou um hino com os lábios tão
endurecidos por causa da queimadura que quase não pode pronunciar as palavras. Terminando a primeira
estrofe, ela levantou sua mão e disse pela fé: "Louvado seja o Senhor que me cura e me tira toda a dor." O
povo começou a louvar a Deus e, instantaneamente, o sofrimento intenso foi aliviado e, perante os olhos de
todos, o vermelhão do rosto começou a diminuir e as bolhas desapareceram. No final do culto, a sua pele
estava completamente normal e Deus foi glorificado.
Na cidade de Filadélfia, em 1917, a campanha realizada numa tenda grande, trouxe pessoas de
muitas cidades vizinhas que acamparam em tendas pequenas ao redor de cultos. Na primeira noite, o poder
do Espírito Santo caiu sobre o povo que clamava a Deus pedindo um avivamento. Na segunda noite, o
inimigo começou a atacar a obra. O terreno alugado para levantar a tenda, antes era utilizado como campo de
futebol por um colégio vizinho e os jovens, ressentidos por terem perdido o campo, começaram a perturbar o
culto. Centenas deles cercaram a tenda e, cada vez que havia uma manifestação do Espírito, eles zombavam
e davam gargalhadas. O barulho tornou-se tão forte que dentro da tenda era impossível ouvir a voz dos
solistas e dos dirigentes que falavam ao povo. Mais tarde foi descoberto que os jovens esconderam latas de
querosene e gasolina para incendiar tudo que havia no terreno. Enquanto o povo cantava hinos, irmã
McPherson orava pedindo a orientação do Senhor. A resposta veio pelo Espírito Santo de Deus, dizendo-lhe:
"Começa a louvar, porque a alegria do Senhor é a tua força." Ela começou em voz baixa, com os olhos
fechados; mas aos poucos, a sua voz tornou-se mais forte, então clamou: "Bendize, ó minha alma, ao Senhor,
e tudo o que há em mim bendiga ao Seu Santo nome." O povo sentindo o Espírito, também levantou a voz
louvando ao Senhor. Irmã McPherson relata o que aconteceu depois: "Enquanto eu louvava ao Senhor, vi
muitos demônios com asas estendidas, semelhantes às de morcego, entrelaçadas uma a uma, lado a lado, ao
redor do tabernáculo. Mas cada vez que eu dizia: Louvado seja o Senhor, eu percebia que as forças
diabólicas davam um passo para trás, até que, finalmente, desapareceram entre as árvores." Ela continuou
clamando: "Glória a Jesus! Aleluia! Louvado seja o Senhor." De repente viu que, no lugar onde as forças
diabólicas haviam desaparecido, um grande bloco de anjos, vestidos de branco, estava avançando, também
com asas estendidas e entrelaçadas, e cada vez que se expressava: "Louvado seja o Senhor", eles davam mais
um passo à frente. Sem parar, avançavam ao ponto de cercar completamente a orla exterior da tenda de lona.
Quando irmã McPherson abriu os olhos, os jovens que perturbavam o culto ainda estavam presentes, mas
todos quietos, com os olhos atentos e olhando para ela. Houve uma atenção perfeita durante a pregação,
muitos aceitaram Jesus como Salvador e nos outros cultos eles voltaram trazendo os doentes e aflitos para
que recebessem a oração da fé.
Sua primeira viagem transcontinental foi em 1918, quando atravessou o continente em seu carro com
as frases escritas: “Carro do Evangelho” e "Jesus voltará, prepare-se!”. Viajava acompanhada pelo casal de
filhos, sua mãe e uma secretária; irmã McPherson corajosamente pegou a direção do carro e enfrentou chuva,
neve, tempestades terríveis, lama e montanhas na sua viagem de 6.400 km, pregando e distribuindo milhares
de folhetos, ela se dirigiu a cidade de Tulsa, no estado de Oklahoma, ponto intermediário no seu itinerário
para a Califórnia. Antes de lá chegar, recebeu um telegrama avisando-a que todas as igrejas de Tulsa estavam
fechadas por causa de muitas mortes, resultantes da epidemia de gripe. Em oração, o Senhor falou com ela
dizendo: "Não temas. Continues a viagem, e quando chegares ali, as igrejas estarão abertas". Quando chegou
em Tulsa, num domingo pela manhã, ouviu os sinos de muitas igrejas. Perguntando a razão de tudo isso,
irmã McPherson descobriu que a cidade de Tulsa estava regozijando-se pela reabertura de suas igrejas
naquele mesmo dia.
Entre 1918 e 1923, irmã McPherson atravessou os Estados Unidos oito vezes, realizando trinta e oito
campanhas evangélicas nos maiores auditórios do país. Esses auditórios tinham capacidades entre 3.000 a
16.000 pessoas sentadas, e muitas chegaram para receber a salvação e a cura em Jesus, e para serem
batizadas com o Espírito Santo. Durante a grande campanha na cidade de Oakland, na Califórnia, no ano de
1922, Aimée Semple McPherson foi inspirada a chamar sua mensagem de "QUADRANGULAR". Esta lhe
foi revelada enquanto pregava sobre a visão de Ezequiel, dos quatro querubins com quatro rostos que
simbolizavam o quádruplo ministério do Senhor Jesus Cristo:
1 – O Salvador
2 – O Batizador com o Espírito Santo
3 – O Grande Médico
4 – O Rei que há de Voltar
Aimee começou a proclamá-la com o nome dado por Deus: " O EVANGELHO
QUADRANGULAR" AS CORES DA BANDEIRA ESCARLATE – O Sangue de Jesus para salvação da
humanidade AMARELO OURO – O Poder Ofuscante do Espírito Santo AZUL CELESTE – A Cura Divina
que vem do céu PÚRPURA – A vestimenta do Rei Eterno (Jesus Cristo) No dia 1 de janeiro de 1923,
foi inaugurado o templo Sede Internacional da Igreja Quadrangular, o “Angelus Temple” com capacidade
para 5000 pessoas. Aimee dirigia 21 cultos por semana; nos primeiros meses 7000 pessoas encontraram a
Salvação em Jesus Cristo. Trinta e três dias depois, foi inaugurado o Instituto de Treinamento Evangélico e
Missionário; Aimee também consagrou uma sala de oração baseada no versículo "Orar sem Cessar".
Em 06 de fevereiro de 1924 consagrou a primeira rádio pertencente a uma igreja nos Estados Unidos
e a terceira emissora em Los Angeles a KFSG. Aimee também foi autora de vários livros, 105 hinos e 13
óperas sagradas. Aimee não conseguiu conciliar sua vida de evangelista com a sua vida de esposa e, em
1921, sentindo-se preterido devido às muitas viagens de Aimee, Harold pede o divórcio alegando abandono
do lar. Seu casamento durou perto de 9 anos.
Uma das grandes campanhas dessa época foi realizada na cidade de Denver, no estado de Colorado,
no auditório municipal com capacidade para 15.000 pessoas. O auditório estava sempre lotado e, cada noite,
milhares de pessoas que chegavam não podiam entrar; uma noite, o número de excedentes chegou a 8.000.
Muitos se esconderam nos banheiros após o culto à noite, como garantia de que, no dia seguinte, haveria um
lugar para assistir ao culto matinal.
O número de conversões era tão grande que houve cultos nos quais quase a metade dos ouvintes se
levantava para aceitar Jesus. Havia sempre um lugar especial para os cegos e paralíticos, cento e cinqüenta
pessoas sobre macas foram colocadas numa área que ficava em frente ao grande palco. Por duas horas e
quarenta e cinco minutos, irmã McPherson foi de maca em maca, orando pelos doentes, individualmente.
Um repórter escreveu o seguinte relatório do culto: "Foi literalmente um reavivamento de corpos
doentes. Pessoa por pessoa, uma após outra, levantou-se da maca, e erguendo as mãos e o rosto para o céu,
declaravam sua cura." Outra campanha de grandes dimensões aconteceu em San Diego, na Califórnia. Os
cultos foram realizados num ginásio de esportes reservado para lutas de boxe onde, na véspera da campanha,
irmã McPherson conseguiu, no intervalo da luta, licença para fazer o aviso da campanha. Durante cinco
semanas a cidade foi abalada e o número cresceu tanto que foi necessário reservar uma parte do ginásio para
pessoas com convites especiais. Isto foi feito para dar oportunidade a mais pessoas assistirem aos dois cultos
por dia. Grandes lojas pediram convites para os seus funcionários, entidades civis e militares também
fizeram o mesmo. Cada noite era um grupo diferente que assistia ao culto. Não era possível orar por todos os
doentes que chegavam, porque o ginásio, com capacidade para 3.000 pessoas, ficou pequeno demais.
Finalmente conseguiram um lugar para a realização dos cultos de cura divina ao ar livre, na grande
concha acústica do Parque de Balboa (somente por dois dias), um lugar para exposições e feiras, semelhante
ao Parque do Anhembi, em São Paulo. Após marcada a campanha especial, a cidade foi convocada para
oração e jejum. Na véspera, setecentos carros chegaram e seus ocupantes aguardavam o início dos trabalhos,
dormindo nos próprios carros. Muitos chegaram a pé, empurrando cadeiras de rodas ou carregando os
doentes em macas. As 10:30 hs, irmã McPherson deu início ao culto; depois de alguns hinos e testemunhos
maravilhosos, ela pregou sobre a cura dupla – do pecado e da doença. Daí, ela e um grupo de ministros
começaram a orar pêlos enfermos. Foi uma fila contínua o dia todo. Eles oraram desde cedo até o pôr-do-sol,
ocupando apenas quinze minutos para um lanche.
A polícia estimava que, conforme a hora, havia uma assistência que variava entre 10.000 a 30.000
pessoas durante o dia todo. No dia seguinte, Deus continuou os milagres de salvação e cura em nome de
Jesus. O ministério de Aimee Semple McPherson tornou-se internacional em 1922 quando ela realizou uma
campanha na Austrália. Mais tarde, ela levou o evangelho a muitas outras nações. O ministério da irmã
McPherson foi marcado por uma paixão imensa pelas almas. A mensagem de salvação recebeu ênfase,
seguida de sinais prodigiosos ou sinais e prodígios. Nessas campanhas de salvação e cura divina, a
mensagem do Espírito Santo também foi proclamada. No final dos cultos, um outro culto de oração era
realizado àqueles que estavam buscando o batismo com o Espírito Santo, o qual, muitas vezes, durou até as
cinco ou seis horas do dia seguinte.

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