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SOBRE O ENCONTRO
O seminário Memória, reconhecimento e reparação, organizado pelo Instituto Ibirapitanga, com
cocuradoria da historiadora Luciana Brito e cofinanciamento da Imaginable Futures, busca oferecer
contornos para o debate sobre memória como tecnologia ancestral e meio de reconhecimento do
passado-presente da escravidão transatlântica possibilitando o desenho de políticas de reparação.
2. CONTEXTO E PREMISSAS
Em 2023, observamos o reaquecimento de um debate histórico dos movimentos negros brasileiros e
diaspóricos em torno da necessidade de enfrentar o legado presente da escravidão por meio de
políticas de reparação que possibilitem o desenho de novos futuros. No último semestre, o Fórum
permanente da ONU para populações afrodescendentes retomou a discussão sobre políticas de
reparação no contexto global. No Brasil, foi aprovada uma nova Lei de Cotas para acesso à
universidade , reafirmando o compromisso da sociedade brasileira com esta política de reparação.
É neste contexto que realizamos o seminário, como espaço para ampliar o debate da memória
enquanto meio de reparação, destacando a sua importância na sustentação de políticas públicas e
iniciativas que visam reduzir desigualdades persistentes. Longe de esgotar o tema, mas buscando
oferecer novos caminhos, o seminário tem o objetivo de oferecer essa reflexão a partir das seguintes
premissas:
2/ A discussão sobre memória, reconhecimento e reparação deve partir do debate ocorrido durante
a conferência de Durban (2001), com ampla liderança dos movimentos negros brasileiros, sobre
memória como política reparatória de dívidas históricas, resultado do reconhecimento da escravidão
como crime contra a humanidade.
Instituto Ibirapitanga
O Instituto Ibirapitanga é uma organização dedicada à defesa de liberdades e ao aprofundamento da
democracia no Brasil. Desde 2017, apoia iniciativas a partir de seus dois programas – Equidade racial
e Sistemas alimentares. Por meio de doações, o Instituto apoia organizações, movimentos e coletivos
da sociedade civil brasileira que desejam produzir transformações estruturais positivas no país.
Luciana Brito
Luciana Brito é historiadora, especialista nos estudos sobre escravidão, abolição e relações raciais no
Brasil e Estados Unidos. É autora do livro “Temores da África: segurança, legislação e população
africana na Bahia oitocentista”, professora da UFRB e colunista no Nexo Jornal. Contribuiu na
curadoria deste Seminário.
Imaginable Futures
A Imaginable Futures é uma organização de investimento filantrópico global voltada pelo impacto em
primeiro lugar e pela crença de que a aprendizagem é a chave para o bem-estar e para sistemas
equitativos e saudáveis. Colabora com agentes de mudança e comunidades para resolver desafios
complexos de educação e coprojetar soluções que funcionem para os que mais precisam. Com
parceiros nos setores público, privado e social que atuam no Brasil, na África Subsaariana, nos
Estados Unidos e além, cocriando soluções transformacionais em contextos locais, nacionais e
globais para alunos de todas as idades.
4. METODOLOGIA E PROGRAMAÇÃO
O encontro acontecerá nos dias 12 e 13 de Setembro, presencialmente, no Rio de Janeiro, no Museu
de História e Cultura Afro-Brasileira (MUHCAB), das 9h às 18h.
O espaço do Museu comporta até 200 pessoas e a participação no evento será restrita mediante
inscrição prévia. As inscrições foram abertas no dia 15 de agosto para uma lista de pessoas
convidadas. Caso haja vagas, a inscrição será aberta para o público amplo. Não haverá transmissão
ao vivo. O evento será gravado e o conteúdo das mesas será divulgado posteriormente através dos
canais do Ibirapitanga e por meio de produção de livro, em parceria com a Editora Fósforo. Teremos
alimentação (coffee break, almoço) disponível no local do evento.
PROGRAMAÇÃO
ABERTURA
12 de Setembro, 2023 l 9h30
Egbomi Cici de Oxalá
Poemas de Recordação
Conceição Evaristo
Esta mesa tem como objetivo refletir sobre as formas nas quais o passado é objeto de produção de
subjetividades, sensibilidades, traumas, memórias e crenças individuais e coletivas. Entre o dever de
lembrar e o desejo de esquecer, o povo negro em diáspora navegou diferentes modalidades de
memorialização. Seja nas comunidades de terreiro, ou entre os povos quilombolas, a cultura
afro-brasileira reinventou mecanismos de memorialização do passado e suas tradições por meio da
história oral, do segredo e da preservação de costumes ancestrais. Através do olhar sobre a cultura
popular, da compreensão dos silêncios e do entendimento das (re)leituras mais diversas do passado,
reconhecemos o papel transformador e fundamental dos movimentos que tomam para si a tarefa de
democratizar o poder de contar a história do Brasil. É nosso interesse entender e reconhecer como a
população afro-brasileira elaborou tecnologias e formas de sobreviver aos impactos deste passado e
seu legado no presente, produzindo e mobilizando tradições afro-diaspóricas.
Nada os trará de volta: políticas de reparação e seus limites
12 de setembro, 2023 | 12h
Edson Cardoso, Salloma Salomão e Ynaê Lopes (Coordenadora)
Essa mesa tem por objetivo refletir sobre a interface entre branquitude e a construção de narrativas
históricas hegemônicas que sistematicamente garantiram a perpetuação de dinâmicas de exclusão e
segregação racial. Importa igualmente compreender o que significa falar de reparação diante da
compreensão dos mecanismos que sustentam a branquitude enquanto uma estrutura de
manutenção das hierarquias raciais. De que forma o desvelar da branquitude pode ensejar o
desenho de políticas reparatórias? Como a quase exclusividade da detenção da produção de
memória pública e oficial funciona como mecanismo de fortalecimento da identidade e poder de
determinados grupos sociais, enquanto outros acabam ocupando um "não-lugar histórico", ou um
lugar de negação, na construção da sociedade brasileira?
Memórias da luta: Reparação Já!
12 de setembro, 2023 | 17h à 18h30
Fernanda Thomaz, Valdecir Nascimento, Vilma Reis e Selma Dealdina (Coordenadora)
Há 30 anos, em Junho de 1983, o então deputado Abdias do Nascimente propunha à Câmara Federal
um projeto de lei voltado à implementação de uma ampla política de reparação para garantir a
“isonomia social do negro” em diversos campos, tais como: educação, economia e serviços públicos.
O projeto, arquivado pelo Congresso em 1989, ainda organiza o sonho inconcluso de liberdade do
povo negro e objeto constante de sua luta. Se no campo da educação, em mais de 10 anos de
políticas de ação afirmativa, foi possível caminhar no sentido da garantia de direitos, o desafio atual é
ampliar o escopo das políticas públicas reparatórias, em diálogo com o legado dos movimentos
negros e sua presente e contínua liderança. Com efeito, a realidade da violência racial e da exclusão
socioeconômica da população negra é fato incontornável e legado presente da escravidão, de modo
que as conquistas garantidas pela implementação da política de cotas, bem como o início do proceso
de titulação de terras quilombolas, demonstram a necessidade de ampliar a agenda de políticas
reparatórias. O objetivo dessa mesa é refletir sobre a construção, histórica e atual, de uma agenda de
políticas públicas de reparação, considerando os avanços no campo da educação, e os desafios ainda
a serem enfrentados tanto nesta área quanto no acesso à terra, trabalho, saúde e desenvolvimento
econômico.
ABERTURA
Fala de abertura com a Ministra Anielle Franco | 9h30
O objetivo desta mesa é debater de que formas o conhecimento histórico e a reflexão filosófica sobre
o legado presente da escravidão transatlântica pode colaborar com a elaboração de políticas públicas
para o enfrentamento da violência racial e a promoção de justiça. Compreendendo a escravidão
como evento contínuo, e de certa forma permanente, o racismo como um fenômeno dinâmico que
sempre renova suas ferramentas de exclusão e o presente como momento de disputas sociais que
impõe novas perguntas ao passado, reconhecemos a memória como fator transformador da história
e da própria identidade brasileira. Sendo assim, as políticas de reparação que se originam nessa
concepção de memória podem ser compreendidas enquanto dever do Estado mediante sua dívida
histórica e continuamente reposicionada perante a população afro-descendente.
Memória, reconhecimento e reparação: pensando futuros negros possíveis
13 de setembro, 2023 | 17h à 18h30
Nikole Hannah-Jones e Bianca Santana (Coordenadora)
Em 2001, lideranças negras e chefes de Estado presentes na Conferência de Durban deram dois
passos importantes em direção a uma agenda global igualitária e antirracista: acordou-se que
enfrentar o passado seria condição fundamental para que diversas sociedades fossem alicerçadas em
valores de igualdade, solidariedade e justiça. Reconhecia-se que políticas de reparação, além de seu
caráter simbólico, também envolviam políticas públicas de combate à pobreza, com investimento nas
áreas da saúde, educação e renda para a população negra. Resultado de décadas de militância do
movimento negro brasileiro, as políticas de ação afirmativa – como a política de cotas nas
universidades, os programas especificos de saúde para a população negra, a lei que institui
obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira – são exemplos de políticas que vieram na
esteira dos compromissos estabelecidos em Durban. O afrofuturismo e os estudos do pensamento
negro radical refletem sobre a interrupção de futuros negros imaginados e a necessidade de pensar o
amanhã em conexão com o presente e o passado. Após 22 anos da construção dessa agenda, essa
mesa tem como objetivo refletir sobre o futuro das políticas reparatórias considerando o papel do
Estado e dos movimentos negros.
5. PARTICIPANTES
Anielle Franco
Anielle Franco é formada em Jornalismo e Inglês pela Universidade de Carolina do Norte (EUA) e em
Inglês/Literaturas pela UERJ. É mestra em Jornalismo e Inglês pela Universidade de Flórida A&M
(EUA), em Relações Étnico‑Raciais pelo CEFET/RJ e doutoranda em Linguística Aplicada na UFRJ. É
fundadora e foi diretora do Instituto Marielle Franco. É autora dos livros Cartas Para Marielle, HQ
Marielle Franco – Raízes e Minha irmã e eu. Em 2023 foi nomeada Ministra da Igualdade Racial.
Alex DeJesus
DeJesus é coordenador do grupo de pesquisa desAiyê: ferida colonial e dissolução de mundos. É
autor dos livros Corupira: mau encontro, tradução e Dívida colonial, e Notas sobre a atualidade da
ferida colonial, ambos pela Titivillus Editora.
Bianca Santana
Bianca Santana é jornalista. Mestra em educação e doutora em ciência da informação pela USP, com
tese sobre memória e escrita de mulheres negras. Autora de Arruda e guiné: resistência negra no
Brasil contemporâneo, Continuo preta: a vida de Sueli Carneiro e Quando me descobri negra. É
fundadora e diretora executiva da Casa Sueli Carneiro, que compõe a Coalizão Negra por Direitos.
Conceição Evaristo
Conceição Evaristo é escritora, ficcionista e ensaísta. Graduada em Letras com ênfase em Literatura
pela UFRJ; mestre em Literatura Brasileira pela PUC/Rio, doutora em Literatura Comparada pela UFF.
Sua primeira publicação (1990) foi na série Cadernos Negros do grupo Quilombhoje. Sete livros
publicados, cinco deles traduzidos para o inglês, o francês, espanhol, árabe e eslovaco e entre eles o
vencedor do Jabuti, Olhos D’água. Homenageada pelo Prêmio Jabuti em 2019 como personalidade
literária, Conceição tomou posse da Cátedra Olavo Setúbal de Arte, Cultura e Ciência, na
Universidade de São Paulo (USP).
Cici de Oxalá
Nancy de Souza, também conhecida como Cici de Oxalá é griot e Otun Ilê Efun no Terreiro Ilê Axé
Opó Aganju, em Salvador. Foi iniciada nos ritos sagrados dos Orixás afro-brasileiros em 18 de janeiro
de 1972. Nas primeiras décadas dos anos 2000 também foi iniciada como Apetebi do culto de Ifá. Cici
de Oxalá mora em Salvador e é doutora honoris causa pela UFBA.
Edson Cardoso
Edson Lopes Cardoso é poeta, ativista de Movimento Negro, mestre em Comunicação social (UnB) e
doutor em Educação (USP). Foi editor do jornal Irohin e publicou, entre outros trabalhos, Nada os
Trará de Volta em 2022.
Fernanda Thomaz
Fernanda Thomaz é professora e pesquisadora da história da África pela UFJF, pós-doutora pela
Universidade de Ibadan (Nigéria) e pelo Instituto Max Planck (Alemanha). É coordenadora de
Memória e Verdade da Escravidão no Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.
Fernando Baldraia
Fernando Baldraia é doutor em História pela Universidade Livre de Berlim, com pós-doutorado pela
mesma universidade no Mecila/Cebrap. Objeto central de seus estudos é a relação entre teoria da
história e estudos raciais críticos, com foco no papel da historiografia brasileira da escravidão na
formação do Atlântico Negro. É editor de diversidade da editora Companhia das Letras.
Galo de Lutas
Galo de Luta fundou o movimento dos entregadores antifascistas, movimento que luta contra a
precarização do trabalho e pelo ganho da consciência de classe dos trabalhadores.
Juliana Borges
Juliana Borges é escritora e ensaísta, atua na área de advocacy da Iniciativa Negra por uma Nova
Política sobre Drogas e é conselheira da Plataforma Brasileira de Política de Drogas. Autora dos livros
Encarceramento em Massa e Prisões: espelhos de nós. Colunista da Revista Quatro Cinco Um, com a
coluna Perspectiva Amefricana. Feminista negra decolonial, antiproibicionista e antipunitivista.
Justin Hansford
Justin Hansford é professor de Direito, diretor executivo e fundador do Thurgood Marshall Civil Rights
Center e membro eleito do Fórum Permanente das Nações Unidas para Afro-descendentes. É
pesquisador e ativista nas áreas de Teoria racial crítica, Direitos humanos e da relação entre Direito e
movimentos sociais. Após o assassinato de Michael Brown (Ferguson, Missouri), Hansford atuou no
empoderamento da comunidade de Ferguson por meio de assistência judicial comunitária.
Mário Chagas
Mário Chagas é diretor do Museu da República/Ibram, presidente do Movimento Internacional para
uma Nova Museologia, professor colaborador do Programa de Pós-graduação em Museologia da
UFBA, professor visitante do Departamento de Museologia da Universidade Lusófona de
Humanidades e Tecnologias. Tem experiência nacional e internacional no campo da museologia e da
museografia, com ênfase na museologia social, nos museus sociais e comunitários, na educação
museal e nas práticas sociais de memória, política cultural e patrimônio.
Monica Cunha
Monica Cunha, mulher negra e mãe, é uma defensora de direitos humanos que trabalha na defesa
dos direitos de adolescentes e jovens. Inicia sua trajetória a partir de 2000, quando seu filho
ingressou no sistema socioeducativo, organizando outras mães e familiares na mesma situação em
defesa dos direitos de seus filhos. Fundadora do Movimento Moleque, coordenou a Comissão de
Direitos Humanos da ALERJ. Atualmente é vereadora do Rio de Janeiro e preside a Comissão Especial
de Combate ao Racismo.
Nathalia Oliveira
Nathália Oliveira, socióloga, pesquisadora e ativista que atua com temas relacionados a Políticas de
Drogas e promoção de direitos. Fundadora e diretora executiva da Iniciativa Negra por Uma Nova
Política Sobre Drogas, primeira organização negra da sociedade civil brasileira que atua pela
construção de uma agenda de justiça racial e econômica propondo reformas na atual política de
combate às drogas. Gestora da Rede Plataforma Brasileira de Política de Drogas e membra do
Conselho Nacional de Drogas.
Nego Bispo
Antonio Bispo dos Santos é quilombola, lavrador, formado por mestres e mestras de ofícios, estudou
até a 8ª série do Ensino Fundamental, morador do Quilombo Saco Curtume, em São João do Piauí –
PI. É membro da Coordenação Estadual das Comunidades Quilombolas do Piauí (CECOQ/PI) e da
CONAQ. Integrante da rede de mestres e docentes da UnB. Autor de inúmeros artigos e poemas e
dos livros: Quilombos, Modos e Significados, Colonização, Quilombos Modos e Significações e A terra
dá, a terra quer.
Nikole Hanna-Jones
Nikole Hannah-Jones é criadora do Projeto 1619, vencedor do prêmio Pulitzer, e repórter da New
York Times Magazine. A publicação em livro do Projeto 1619 e o livro infantil Born on the water,
derivado do Projeto, foram imediatamente para o topo da lista dos livros mais vendidos do New York
Times. O Projeto 1619 desdobrou-se atualmente em um documentário em seis capítulos, disponível
na plataforma Hulu.
Salloma Salomão
Salloma Salomão é pesquisador e artista. Doutor em História pela PUC São Paulo é pesquisador
associado ao Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Consultor das Secretarias
Municipais e Estaduais de Educação de São Paulo em projetos de formação continuada de
educadoras. Possui oito álbuns musicais publicados e textos lançados em diferentes revistas
especializadas. Em 2021 publicou os livros: Infantil As Aventuras do pequeno Samba e Pretos,
prussianos, índios e caipiras pelo selo Aruanda Mundi.
Selma Dealdina
Selma Dealdina é quilombola do Território do Sapê do Norte, São Mateus/ES. Assistente Social,
graduanda em História e Gestão Financeira, atualmente é secretária-executiva da Coordenação
Nacional de Articulação de Quilombos (CONAQ). Ativista em diversos movimentos de mulheres
negras e quilombolas e organizadora do livro Mulheres Quilombolas territórios de existências negras
femininas. Conselheira da Anistia Internacional e Fundo Socioambiental Casa.
Tássia Mendonça
Tássia Mendonça é graduada em Ciências Sociais pela UFRJ e mestre em Antropologia Social pelo
PPGAS/Museu Nacional. Atualmente é doutoranda no PosAfro (UFBA), onde pesquisa a relação entre
gênero e colonialidade nas religiões de matriz africana. É gestora de portfólio do Programa de
Equidade Racial no Instituto Ibirapitanga.
Valdecir Nascimento
Valdecir Nascimento – Historiadora (UFBA), mestra em Educação e Contemporaneidade pela
Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Ativista do Movimento de Mulheres Negras, Coordenadora
Executiva do Odara-Instituto da Mulher Negra; da Articulação de Organizações de Mulheres Negras
Brasileiras (AMNB); Coordenadora do Brasil na Red de Mujeres Afrolatinoamericanas, Afrocaribeñas
y de la Diáspora; compõe a Secretaria Executiva do Fórum Permanente Pela Igualdade Racial (FOPIR).
Vilma Reis
Vilma Reis é socióloga, professora, feminista, mestra em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia
e Ciências Humanas da UFBA. É filha do Terreiro do Cobre, Comunidade de Candomblé centenária. É
Defensora de Direitos Humanos, Ativista do Movimento de Mulheres Negras, Abolicionista Penal,
Co-fundadora da Coletiva Mahin Organização de Mulheres Negras para os Direitos Humanos e,
através da Coletiva Mahin constrói a Coalizão Negra por Direitos.
Ynaê Lopes
Ynaê Lopes dos Santos é professora de História da América da UFF. É bacharel, mestre e doutora em
História pela USP. Suas áreas de pesquisa tratam da História da Escravidão nas Américas, bem como o
Estudo das relações étnico-raciais no continente americano e também do ensino de História da África
e da questão negra no Brasil. Autora dos Livros: Além da Senzala; História da África e do Brasil
Afrodescendente; Juliano Moreira: o médico negro na fundação da psiquiatraia brasileira e Racismo
Brasileiro. Uma história da formação do país.
6. SUMÁRIO
12/09/2023 13/09/2023
15h - 16h30 Mesa 3: O que deve a branquitude? Mesa 7: Justiça racial e violência:
Memória como dispositivo de poder enfrentando o legado da escravidão