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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARANÁ

PROCESSO Nº: 681458/21


ASSUNTO: HOMOLOGAÇÃO DE RECOMENDAÇÕES
ENTIDADE: TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARANÁ
INTERESSADO: MUNICÍPIO DE PONTA GROSSA
RELATOR: CONSELHEIRO FABIO DE SOUZA CAMARGO

ACÓRDÃO Nº 3402/21 - Tribunal Pleno

Processo de Homologação de
Recomendações. Relatório de
Auditoria. PAF 2021.
Recomendações da COP. Artigo
267-A do Regimento Interno.
Município de Ponta Grossa. Pela
homologação.

1. RELATÓRIO

Trata-se de processo de Homologação de Recomendações


decorrente de fiscalização executada pela Coordenadoria de Obras Públicas – COP
na área de Controles Internos de Obras Públicas no Município de Ponta Grossa, em
razão do estabelecido no Plano Anual de Fiscalização - PAF de 2021 deste Tribunal
de Contas 1, em consonância com o procedimento determinado no artigo 259-A,
inciso IV e parágrafo único, do Regimento Interno 2.

O objetivo da auditoria foi identificar a ocorrência de irregularidades


relacionadas a fraudes, corrupção e desperdício de recursos, que decorram de
deficiências no Controle Interno na contratação e execução de Obras Públicas da
entidade, nos termos do Relatório de Auditoria n.º 15/2021-COP (peça 3).

1
Aprovado pelo Acórdão n.º 3081/20 do Tribunal Pleno.
https://www1.tce.pr.gov.br/multimidia/2020/10/pdf/00351527.pdf
2
Art. 259-A. Os procedimentos de fiscalização de que trata esta seção terão início: (Redação dada pela
Resolução nº 73/2019) (...)
IV - mediante inclusão no Plano Anual de Fiscalização, nos termos do art. 260 e do art. 151 -A, III, nas demais
hipóteses. (Redação dada pela Resolução nº 73/2019)
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II, III e IV, a unidad e técnica responsável pelo procedimento tomará
as providências necessárias à instauração do processo de homologação das recomendações ou da proposta de
tomada de contas extraordinária, conforme o caso. (Incluído pela Resolução nº 73/2019)

DOCUMENTO E ASSINATURA(S) DIGITAIS


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As recomendações constantes do Relatório de Auditoria referente ao


Município de Ponta Grossa foram compiladas pela COP em tabelas anexas ao Ofício
n.º 42/2021-COP (peça 2).

A Coordenadoria-Geral de Fiscalização - CGF, por meio do


Despacho n.º 1222/21-CGF (peça 36), expôs que as propostas de recomendação
apresentadas foram submetidas aos mecanismos de controle de qualidade da
fiscalização previamente à instauração deste procedimento. Ainda, consignou que
as sugestões de recomendação realizadas estão de acordo com o padrão adotado
pela CGF.

Em conformidade com o determinado no Despacho n.º 3343/21 -GP


(peça 37), o processo foi autuado como Homologação de Recomendações e
distribuído ao Presidente.

Na sequência, os autos retornaram ao Gabinete da Presidência - GP


para o regular trâmite.

2. VOTO

O processo de Homologação das Recomendações, que visa à


melhoria de desempenho da gestão pública, está previsto no artigo 267-A do
Regimento Interno deste Tribunal de Contas 3.

3
Art. 267-A. Os resultados das fiscalizações serão necessariamente disponibilizados em relatórios. (Incluído pela
Resolução nº 73/2019)
§ 1º Será protocolada proposta de instauração de tomada de conta s extraordinária, caso presentes os requisitos
do art. 262. (Incluído pela Resolução nº 73/2019)
§ 2º As recomendações sugeridas pela equipe técnica, no curso da fiscalização para a adoção de providências
quando verificadas oportunidades de melhoria de desempenho, serão encaminhadas: (Incluído pela Resolução
nº 73/2019)
I - ao Presidente ou ao respectivo Superintendente, nos casos das auditorias e inspeções realizadas pelas
Coordenadorias e pelas Inspetorias de Controle Externo, respectivamente; (Incluído pela Resolução nº 73/2019)
II – ao Presidente, nos casos dos acompanhamentos realizados pelas Coordenadorias. (Incluído pela Resolução
nº 73/2019)
§ 3º Recebido o procedimento de que trata o § 2º, o Presidente ou o Superintendente determinará a instaura ção
imediata de processo de homologação das recomendações, observada a d istribuição prevista no art. 333, § 7º.
(Incluído pela Resolução nº 73/2019)
§ 4º Será imediatamente colocado em pauta o processo distribuído nos termos do § 3º, para os fins do previs to
no art. 5º, XLII e XLIII, sendo enviadas comunicações em meio eletrôn ico aos demais Conselheiros, Auditores e
ao Procurador-Geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas, com antecedência mínima de 72 (setenta
e duas) horas da sessão. (Incluído pela Resolução nº 73/2019)
§ 5º Se, durante a avaliação da homologação das recomendações, o Plenário entender caracterizada situação
prevista no art. 236, determinará a instauração de tomada de contas extraordinária quanto à questão específica,
prosseguindo o processo para a homologação das demais recomendações. (Incluído pe la Resolução nº 73/2019)

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Consoante relatado, a COP realizou auditoria na área de Controles


Internos de Obras Públicas no Município de Ponta Grossa.

Como resultado dos trabalhos de auditoria foram identificadas


deficiências e inadequações evidenciadas em 4 (quatro) achados, nos termos
descritos no item 3 do Relatório de Auditoria (peça 3). Considerando que o achado
n.º 3 foi considerado sanado após a manifestação preliminar dos agentes públicos, a
Coordenadoria propôs 3 (três) recomendações referentes aos achados n.os 1, 2 e 4,
conforme quadros expostos na peça 2 destes autos.

Diante da conformidade das recomendações objeto dos autos com


as disposições legais e regimentais aplicáveis à matéria e considerando o disposto
do artigo 5.º, inciso XLII, do Regimento Interno 4, VOTO pela homologação das
recomendações compiladas na peça 3 , que seguem reproduzidas.

Após o trânsito em julgado, à Coordenadoria-Geral de Fiscalização,


para o cumprimento do disposto no artigo 267-A, § 6.º, do Regimento Interno 5.

ACHADO N.º 1 – DEFICIÊNCIA NA PREVISÃO DE ATRIBUIÇÕES,


RESPONSABILIDADES, PROCEDIMENTOS E CONTROLES DE CONCEPÇÃO E/OU
GESTÃO DE OBRAS PÚBLICAS
RECOMENDAÇÃO 1.1
Considerando a inobservância às Diretrizes e Orientações sobre Controle Interno para
os Jurisdicionados do TCE-PR, recomenda-se ao Município de Ponta Grossa, com
fundamento no art. 267-A, § 2º, do Regimento Interno, que adote, no prazo de dez
meses inteiros, contados nos termos estabelecidos pelo Regimento Interno, as

§ 6º As recomendações homologadas serão encaminhadas ao jurisdicionado pela Coordenadoria -Geral de


Fiscalização ou pela Inspetoria de Controle Externo, conforme o caso. (Incluído pela Resolução nº 73/2019)
§ 7º O cumprimento das recomendações homologadas poderá ser submetido a monitoramento, nos termos do
art. 259, parágrafo único. (Incluído pela Resolução nº 73/2019)
§ 8º Caso, em virtude da fiscalização, seja cabível concomitantemente a abertura de tomada de contas
extraordinária e a expedição de recomendação prevista no § 2º, a instauração do processo de homologação das
recomendações independerá do julgamento da tomada de contas extraordinária. (Incluído pela Resolução nº
73/2019)
§ 9º A aplicação de multa em processo de tomada de contas extraordinária, instaurado nos termos do art. 262,
não implicará prejulgamento das contas ordinárias da unidade jurisdicionada, devendo o fato ser considerado no
contexto dos demais atos de gestão do período envolvido. (Incluído pela Resolução n º 73/2019)
§ 10. Os relatórios das fiscalizações que tratem do mesmo objeto e que tenham sido previstas originariamente no
Plano Anual de Fiscalização podem ser autuados em um único procedimento, para fins do § 2º. (Incluído pela
Resolução nº 73/2019)
4
Art. 5º Compete ao Tribunal Pleno: (...)
XLII - homologar as recomendações oriundas dos relatórios de auditoria e de inspeção das Inspetorias de
Controle Externo e das Coordenadorias, conforme proposta do Presidente ou do Superintendente, nos termos do
art. 267-A, § 2º, I; (Incluído pela Resolução nº 73/2019)
5
§ 6º As recomendações homologadas serão encaminhadas ao jurisdicionado pela Coordenadoria -Geral de
Fiscalização ou pela Inspetoria de Controle Externo, conforme o caso. (Incluído pela Resolução nº 73/2019)

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seguintes providências, com vistas a garantir à sociedade a aplicação eficiente dos


recursos públicos, com o aprimoramento da gestão e implementação do controle de
qualidade de obras e serviços de engenharia, tanto no acompanhamento da execução
quanto na sua manutenção, com aperfeiçoamento e disseminação técnica dos agentes
do Município, identificação e mitigação de riscos a fraudes e danos:
a. Prever, nas obras e/ou serviços de pavimentação licitados no Município, o Controle
Tecnológico em conformidade com as normas e boas práticas aplicáveis, abarcadas as
seguintes etapas: i) controle da produção da massa (na usina); ii) controle e aceitação
do material ou produto antes da execução; iii) controle da execução (na pista); e iv)
controle geométrico e acabamento (na pista);
b. Prever, nas obras e/ou serviços de pavimentação licitados no Município, para os
controles de execução e geométrico realizados na pista: i) quais ensaios laboratoriais
devem ser realizados e suas quantidades necessárias para cada camada do pavimento,
a fim de compor custos e preços à planilha orçamentária de referência do edital; ii) os
critérios técnicos normativos de quantidade mínima de aferições / determinações e de
conformidade, para fins de aceite, medição e pagamento dos serviços a serem
realizados; iii) a entrega de relatórios de Controle Tecnológico e/ou Laudos Técnicos
que apresentem resultados conclusivos, com os recolhimentos das atinentes Anotações
de Responsabilidade Técnica (ART´s); iv) os registros fotográficos com identificação da
via ou rodovia, do trecho homogêneo, com posição georreferenciada e com data e hora
para cada tomada fotográfica reproduzida; v) a identificação de cada amostra extraída
com sua posição georreferenciada e/ou de acordo com sua disposição nas peças
gráficas do projeto e/ou no plano de amostragem;
c. Elaborar procedimento de orientação para realização de ensaios de contraprovas, por
amostragem, às obras e serviços de engenharia em pavimentação, a fim de detectar o
nível de confiabilidade da empresa executora responsável pela execução do Controle
Tecnológico;
d. Elaborar procedimento direcionado aos agentes de fiscalização para
acompanhamento “in loco” do Controle Tecnológico realizado por terceiros;
e. Implantar obrigatoriedade para que as empresas que executam serviços de
revestimentos asfálticos no Município (de implantação, de reforma e/ou recapes)
mantenham fichas de controle de temperaturas nos recebimentos d e misturas
asfálticas contendo e registrando os seguintes dados mínimos: Local da obra ou
serviços; Tipo da Mistura Betuminosa; Procedência (Usina); Placa do Veículo
Transportador; Data do Recebimento; Nº da Nota Fiscal; Quantidade (t) ; Qua ntidade
(m3) ; Hora do Carregamento; Hora da Descarga; Local Inicial da Descarga; Local Final
da Descarga; Trecho / Lote; Pista; Tipo de Serviço; T(ºC) Ambiente; T(ºC) Usina; T(ºC)
Recebimento; T(ºC) Esparrame e T(ºC) Compactação.
O cumprimento da recomendação será monitorado nos termos do art. 175-L, XIV, e
259, parágrafo único, do Regimento Interno, mediante apresentação de documentação
comprobatória (procedimentos formais, instruções técnicas e/ou normativas,
orientações técnicas, minutas de edital, memoriais e especificações técnicas, planilhas
orçamentárias, composições de custos, laudos e pareceres, anotações de
responsabilidade técnica, contratos com terceiros / empresas especializadas e fichas
expeditas de controle de recebimentos de massas asfálticas), sob responsabilidade
do(a) ocupante do cargo de Secretário Municipal de Infraestrutura e Planejamento,
podendo este Tribunal requisitar o auxílio do(a) Controlador(a) Interno(a), a fim de
verificar a implementação da medida indicada.

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Responsável pelo atendimento das


Município Controlador Interno
Recomendações da Fiscalização
CELSO AUGUSTO SANT’ANNA, CPF n.º JOANA DARA DE
PONTA 592.688.919-72, atual Secretário Municipal OLIVEIRA MAIOR,
GROSSA de Infraestrutura e Planejamento, ou quem CPF n.º 017.781.239-
vier substituí-la 70

ACHADO N.º 2 – PROJETO BÁSICO OU EXECUTIVO INADEQUADO E/OU


INSUFICIENTE PARA DETALHAR OS SERVIÇOS
RECOMENDAÇÃO 2.1
Considerando a inobservância do Edital de Licitação e do Acórdão nº 2.622/2013 - TCU
- Plenário, recomenda-se ao Município de Ponta Grossa, com fundamento no art. 267-
A, § 2º, do Regimento Interno, que adote, no prazo de doze meses inteiros, contados
nos termos estabelecidos pelo Regimento Interno, as seguintes providências, com
vistas a reduzir alterações de projeto após o início da obra, reduzir aditivos contratuais
de prazo e de valor, melhorar continuamente a qualidade dos projetos básicos das
obras municipais, compatibilizados e integralizados c om nível de precisão adequado,
propiciar transparência e objetividade nos certames licitatórios de obras públicas e
quando houver necessidade de avaliação do equilíbrio econômico e financeiro do
contrato, aprimorar a equipe técnica municipal, reduzir riscos de disputas entre a
prefeitura e empresa contratada às inadequações do projeto básico e antever
problemas na execução com emprego de novas modelagens e ferramentas (BIM 6):
a. Estabelecer objetivamente nos editais de licitação, critérios e metodologia a ser
seguida a fim de discriminar os custos de Mobilização e Desmobilização por meio de
composições e cálculos para disposição em planilha orçamentária;
b. Dispor no edital para cada item de serviço constante da planilha orçamentária, de
forma mínima: código(s) e tabela(s) de referência(s) utilizada(s) para custo de cada i tem
de serviço ou indicação de composição própria; data(s) de referência(s) da(s) tabela(s);
descrição de cada serviço; custo unitário de cada serviço; quantidades de cada item;
taxa dos Benefícios e Despesas Indiretas – BDI para cada item e preço para cada
serviço;
c. Dispor em edital a expedição do Termo de Recebimento Provisório da Obra vinculada
à entrega de planta “as built” 7;
d. Dispor na peça editalícia a exigência da composição dos Benefícios e Despesas
Indiretas – BDI;
e. Deliberar em ata específica a aprovação de cada projeto básico e/ou executivo
elaborado pela Administração direta (Município) e/ou indireta (Instituto de Pesquisa e

6
BIM - Building Information Modelling (Modelagem da Informação da Construção), em grande concisão, é uma
metodologia que propicia a construção virtual do empreendimento com a mesma lógica da sua construção real,
possibilitando o exame e verificaçã o do projeto em suas diversas fases para resolução de problemas;
7
As built: como construído, grosso modo, trata-se de um projeto técnico representativo, apresentando as
características implantadas, registros, atualizações promovidas e comparações notadamen te sobre o projeto
inicialmente elaborado, requerendo-se a respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica. É bom observar que
o as built representa um histórico, tendo notável importância para consultas, manutenções, reduções e/ou
expansões. Também não se resume a uma planta, mas sim a um conjunto de plantas, especificações, memórias
e fluxos representativos do projeto acabado, por assim dizer.

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Planejamento Urbano de Ponta Grossa - IPLAN) para sua disposição na licitação,


devidamente suportado por exame técnico homologado;
f. Prever desenvolvimento e implantação da plataforma BIM - Building Information
Modelling (Modelagem da Informação da Construção), seguindo a estratégia do Decreto
Estadual do Decreto Estadual 3080/2019 8.
O cumprimento da recomendação será monitorado nos termos do art. 175-L, XIV, e
259, parágrafo único, do Regimento Interno, mediante apresentação de documentação
comprobatória (minutas de edital, designações para aprovação de projetos, atas de
aprovação de projetos e planificação para implantação do BIM), sob responsabilidade
do(a) ocupante do cargo de Secretário Municipal de Infraestrutura e Planejamento,
podendo este Tribunal requisitar o auxílio do(a) Controlador(a) Interno(a), a fim de
verificar a implementação da medida indicada.
Responsável pelo atendimento das
Município Controlador Interno
Recomendações da Fiscalização
CELSO AUGUSTO SANT’ANNA, CPF n.º JOANA DARA DE
PONTA 592.688.919-72, atual Secretário Municipal OLIVEIRA MAIOR,
GROSSA de Infraestrutura e Planejamento, ou quem CPF n.º 017.781.239-
vier substituí-la 70

ACHADO N.º 4 – INSERÇÃO INTEMPESTIVA OU INADEQUADA DE INFORMAÇÕES


NO SIM-AM/PIT E/OU NO PORTAL MUNICIPAL
RECOMENDAÇÃO 4.1
Considerando a inobservância da Lei nº 12.527/2011; da Instrução Técnica TCE-PR nº
23/2004 - DCM; da Instrução Normativa TCE-PR nº 84/2012; da Instrução Normativa
TC-PR nº 89/2013 e das Diretrizes e Orientações sobre Controle Interno para os
Jurisdicionados do TCE-PR, recomenda-se ao Município de Ponta Grossa, com
fundamento no art. 267-A, § 2º, do Regimento Interno, que adote, no prazo de seis
meses inteiros, contados nos termos estabelecidos pelo Regimento Interno, as
seguintes providências, com vistas a prestar dados e informações tempestivas,
disponíveis, transparentes, precisas e íntegras, manter coerência das informações de
obras perante outras fontes consultadas, independente da esfera governamental,
facilitar a gestão das obras municipais e servir de fomento ao controle social, dar a
transparência que se requer, propiciando apoio ao controle externo, dada sua missão
institucional, diminuir custos operacionais e trabalho redundante e espelhar no sistema
as realidades das obras:
a. Elaborar manual sintético e expedito definindo os procedimentos a serem adotados
para cadastro no SIM -AM, com destaque para: (i) os mecanismos que devem ser
executados; (ii) indicação das informações cuja prestação é obrigatória conforme
manual do sistema; 9
b. Adequar fotos datadas às planilhas de medição que possam caracterizar ou
comprovar o estágio da obra às circunstâncias da medição realizada.

8
Instituiu a Estratégia Estadual de Fomento e Implantação do BIM.
9
Fonte de pesquisa: https://www1.tce.pr.gov.br/conteudo/sim -am-download-de-programas-e-
documentacao/32/area/251: Em especial consultar os seguintes itens: (1) SIM AM - Obras Públicas (Guia e
Exemplos) e (2) SIM-AM: Módulo de Obras Públicas - Envio de Informações e Vinculação com Atoteca.

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O cumprimento da recomendação será monitorado nos termos do art. 175-L, XIV, e


259, parágrafo único, do Regimento Interno, mediante apresentação de documentação
comprobatória (manual ou cartilha e boletins de medição no sistema), sob
responsabilidade do(a) ocupante do cargo Secretário Municipal de Infraestrutura e
Planejamento, podendo este Tribunal requisitar o auxílio do(a) Controlador(a) Interno(a),
a fim de verificar a implementação da medida indicada
Responsável pelo atendimento das
Município Controlador Interno
Recomendações da Fiscalização
CELSO AUGUSTO SANT’ANNA, CPF n.º JOANA DARA DE
PONTA 592.688.919-72, atual Secretário Municipal OLIVEIRA MAIOR,
GROSSA de Infraestrutura e Planejamento, ou quem CPF n.º 017.781.239-
vier substituí-la 70

VISTOS, relatados e discutidos,

ACORDAM

OS MEMBROS DO TRIBUNAL PLENO do TRIBUNAL DE CONTAS


DO ESTADO DO PARANÁ, nos termos do voto do Relator, Conselheiro FABIO DE
SOUZA CAMARGO, por unanimidade, em:

I- Homologar das recomendações compiladas na peça 3, que


seguem reproduzidas; e

II- encaminhar, após o trânsito em julgado, à Coordenadoria-Geral


de Fiscalização, para o cumprimento do disposto no artigo 267-A, § 6.º, do
Regimento Interno 10.

ACHADO N.º 1 – DEFICIÊNCIA NA PREVISÃO DE ATRIBUIÇÕES,


RESPONSABILIDADES, PROCEDIMENTOS E CONTROLES DE CONCEPÇÃO E/OU
GESTÃO DE OBRAS PÚBLICAS
RECOMENDAÇÃO 1.1
Considerando a inobservância às Diretrizes e Orientações sobre Controle Interno para
os Jurisdicionados do TCE-PR, recomenda-se ao Município de Ponta Grossa, com
fundamento no art. 267-A, § 2º, do Regimento Interno, que adote, no prazo de dez
meses inteiros, contados nos termos estabelecidos pelo Regimento Interno, as

10
§ 6º As recomendações homologadas serão encaminhadas ao jurisdicionado pela Coordenadoria -Geral de
Fiscalização ou pela Inspetoria de Controle Externo, conforme o caso. (Incluído pela Resolução nº 73/2019)

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seguintes providências, com vistas a garantir à sociedade a aplicação eficiente dos


recursos públicos, com o aprimoramento da gestão e implementação do controle de
qualidade de obras e serviços de engenharia, tanto no acompanhamento da execução
quanto na sua manutenção, com aperfeiçoamento e disseminação técnica dos agentes
do Município, identificação e mitigação de riscos a fraudes e danos:
a. Prever, nas obras e/ou serviços de pavimentação licitados no Município, o Controle
Tecnológico em conformidade com as normas e boas práticas aplicáveis, abarcadas as
seguintes etapas: i) controle da produção da massa (na usina); ii) controle e aceitação
do material ou produto antes da execução; iii) controle da execução (na pista); e iv)
controle geométrico e acabamento (na pista);
b. Prever, nas obras e/ou serviços de pavimentação licitados no Município, para os
controles de execução e geométrico realizados na pista: i) quais ensaios laboratoriais
devem ser realizados e suas quantidades necessárias para cada camada do pavimento,
a fim de compor custos e preços à planilha orçamentária de referência do edital; ii) os
critérios técnicos normativos de quantidade mínima de aferições / determinações e de
conformidade, para fins de aceite, medição e pagamento dos serviços a serem
realizados; iii) a entrega de relatórios de Controle Tecnológico e/ou Laudos Técnicos
que apresentem resultados conclusivos, com os recolhimentos das atinentes Anotações
de Responsabilidade Técnica (ART´s); iv) os registros fotográficos com identificação da
via ou rodovia, do trecho homogêneo, com posição georreferenciada e com data e hora
para cada tomada fotográfica reproduzida; v) a identificação de cada amostra extraída
com sua posição georreferenciada e/ou de acordo com sua disposição nas peças
gráficas do projeto e/ou no plano de amostragem;
c. Elaborar procedimento de orientação para realização de ensaios de contraprovas, por
amostragem, às obras e serviços de engenharia em pavimentação, a fim de detectar o
nível de confiabilidade da empresa executora responsável pela execução do Controle
Tecnológico;
d. Elaborar procedimento direcionado aos agentes de fiscalização para
acompanhamento “in loco” do Controle Tecnológico realizado por terceiros;
e. Implantar obrigatoriedade para que as empresas que executam serviços de
revestimentos asfálticos no Município (de implantação, de reforma e/ou recapes)
mantenham fichas de controle de temperaturas nos recebimentos d e misturas
asfálticas contendo e registrando os seguintes dados mínimos: Local da obra ou
serviços; Tipo da Mistura Betuminosa; Procedência (Usina); Placa do Veículo
Transportador; Data do Recebimento; Nº da Nota Fiscal; Quantidade (t) ; Qua ntidade
(m3) ; Hora do Carregamento; Hora da Descarga; Local Inicial da Descarga; Local Final
da Descarga; Trecho / Lote; Pista; Tipo de Serviço; T(ºC) Ambiente; T(ºC) Usina; T(ºC)
Recebimento; T(ºC) Esparrame e T(ºC) Compactação.
O cumprimento da recomendação será monitorado nos termos do art. 175-L, XIV, e
259, parágrafo único, do Regimento Interno, mediante apresentação de documentação
comprobatória (procedimentos formais, instruções técnicas e/ou normativas,
orientações técnicas, minutas de edital, memoriais e especificações técnicas, planilhas
orçamentárias, composições de custos, laudos e pareceres, anotações de
responsabilidade técnica, contratos com terceiros / empresas especializadas e fichas
expeditas de controle de recebimentos de massas asfálticas), sob responsabilidade
do(a) ocupante do cargo de Secretário Municipal de Infraestrutura e Planejamento,
podendo este Tribunal requisitar o auxílio do(a) Controlador(a) Interno(a), a fim de
verificar a implementação da medida indicada.

DOCUMENTO E ASSINATURA(S) DIGITAIS


AUTENTICIDADE E ORIGINAL DISPONÍVEIS NO ENDEREÇO WWW.TCE.PR.GOV.BR, MEDIANTE IDENTIFICADOR UBR9.E7KX.03Y8.YZ1F.B
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARANÁ

Responsável pelo atendimento das


Município Controlador Interno
Recomendações da Fiscalização
CELSO AUGUSTO SANT’ANNA, CPF n.º JOANA DARA DE
PONTA 592.688.919-72, atual Secretário Municipal OLIVEIRA MAIOR,
GROSSA de Infraestrutura e Planejamento, ou quem CPF n.º 017.781.239-
vier substituí-la 70

ACHADO N.º 2 – PROJETO BÁSICO OU EXECUTIVO INADEQUADO E/OU


INSUFICIENTE PARA DETALHAR OS SERVIÇOS
RECOMENDAÇÃO 2.1
Considerando a inobservância do Edital de Licitação e do Acórdão nº 2.622/2013 - TCU
- Plenário, recomenda-se ao Município de Ponta Grossa, com fundamento no art. 267-
A, § 2º, do Regimento Interno, que adote, no prazo de doze meses inteiros, contados
nos termos estabelecidos pelo Regimento Interno, as seguintes providências, com
vistas a reduzir alterações de projeto após o início da obra, reduzir aditivos contratuais
de prazo e de valor, melhorar continuamente a qualidade dos projetos básicos das
obras municipais, compatibilizados e integralizados c om nível de precisão adequado,
propiciar transparência e objetividade nos certames licitatórios de obras públicas e
quando houver necessidade de avaliação do equilíbrio econômico e financeiro do
contrato, aprimorar a equipe técnica municipal, reduzir riscos de disputas entre a
prefeitura e empresa contratada às inadequações do projeto básico e antever
problemas na execução com emprego de novas modelagens e ferramentas (BIM 11):
a. Estabelecer objetivamente nos editais de licitação, critérios e metodologia a ser
seguida a fim de discriminar os custos de Mobilização e Desmobilização por meio de
composições e cálculos para disposição em planilha orçamentária;
b. Dispor no edital para cada item de serviço constante da planilha orçamentária, de
forma mínima: código(s) e tabela(s) de referência(s) utilizada(s) para custo de cada i tem
de serviço ou indicação de composição própria; data(s) de referência(s) da(s) tabela(s);
descrição de cada serviço; custo unitário de cada serviço; quantidades de cada item;
taxa dos Benefícios e Despesas Indiretas – BDI para cada item e preço para cada
serviço;
c. Dispor em edital a expedição do Termo de Recebimento Provisório da Obra vinculada
à entrega de planta “as built” 12;
d. Dispor na peça editalícia a exigência da composição dos Benefícios e Despesas
Indiretas – BDI;
e. Deliberar em ata específica a aprovação de cada projeto básico e/ou executivo
elaborado pela Administração direta (Município) e/ou indireta (Instituto de Pesquisa e
Planejamento Urbano de Ponta Grossa - IPLAN) para sua disposição na licitação,
11
BIM - Building Information Modelling (Modelagem da Informação da Construção), em grande concisão, é uma
metodologia que propicia a construção virtual do empreendimento com a mesma lógica da sua construção real,
possibilitando o exame e verificaçã o do projeto em suas diversas fases para resolução de problemas;
12
As built: como construído, grosso modo, trata-se de um projeto técnico representativo, apresentando as
características implantadas, registros, atualizações promovidas e comparações notadamente sobre o projeto
inicialmente elaborado, requerendo-se a respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica. É bom observar que
o as built representa um histórico, tendo notável importância para consultas, manutenções, reduções e/ou
expansões. Também não se resume a uma planta, mas sim a um conjunto de plantas, especificações, memórias
e fluxos representativos do projeto acabado, por assim dizer.

DOCUMENTO E ASSINATURA(S) DIGITAIS


AUTENTICIDADE E ORIGINAL DISPONÍVEIS NO ENDEREÇO WWW.TCE.PR.GOV.BR, MEDIANTE IDENTIFICADOR UBR9.E7KX.03Y8.YZ1F.B
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARANÁ

devidamente suportado por exame técnico homologado;


f. Prever desenvolvimento e implantação da plataforma BIM - Building Information
Modelling (Modelagem da Informação da Construção), seguindo a estratégia do Decreto
Estadual do Decreto Estadual 3080/2019 13.
O cumprimento da recomendação será monitorado nos termos do art. 175-L, XIV, e
259, parágrafo único, do Regimento Interno, mediante apresentação de documentação
comprobatória (minutas de edital, designações para aprovação de projetos, atas de
aprovação de projetos e planificação para implantação do BIM), sob responsabilidade
do(a) ocupante do cargo de Secretário Municipal de Infraestrutura e Planejamento,
podendo este Tribunal requisitar o auxílio do(a) Controlador(a) Interno(a), a fim de
verificar a implementação da medida indicada.
Responsável pelo atendimento das
Município Controlador Interno
Recomendações da Fiscalização
CELSO AUGUSTO SANT’ANNA, CPF n.º JOANA DARA DE
PONTA 592.688.919-72, atual Secretário Municipal OLIVEIRA MAIOR,
GROSSA de Infraestrutura e Planejamento, ou quem CPF n.º 017.781.239-
vier substituí-la 70

ACHADO N.º 4 – INSERÇÃO INTEMPESTIVA OU INADEQUADA DE INFORMAÇÕES


NO SIM-AM/PIT E/OU NO PORTAL MUNICIPAL
RECOMENDAÇÃO 4.1
Considerando a inobservância da Lei nº 12.527/2011; da Instrução Técnica TCE-PR nº
23/2004 - DCM; da Instrução Normativa TCE-PR nº 84/2012; da Instrução Normativa
TC-PR nº 89/2013 e das Diretrizes e Orientações sobre Controle Interno para os
Jurisdicionados do TCE-PR, recomenda-se ao Município de Ponta Grossa, com
fundamento no art. 267-A, § 2º, do Regimento Interno, que adote, no prazo de seis
meses inteiros, contados nos termos estabelecidos pelo Regimento Interno, as
seguintes providências, com vistas a prestar dados e informações tempestivas,
disponíveis, transparentes, precisas e íntegras, manter coerência das informações de
obras perante outras fontes consultadas, independente da esfera governamental,
facilitar a gestão das obras municipais e servir de fomento ao controle social, dar a
transparência que se requer, propiciando apoio ao controle externo, dada sua missão
institucional, diminuir custos operacionais e trabalho redundante e espelhar no sistema
as realidades das obras:
a. Elaborar manual sintético e expedito definindo os procedimentos a serem adotados
para cadastro no SIM -AM, com destaque para: (i) os mecanismos que devem ser
executados; (ii) indicação das informações cuja prestação é obrigatória conforme
manual do sistema; 14
b. Adequar fotos datadas às planilhas de medição que possam caracterizar ou
comprovar o estágio da obra às circunstâncias da medição realizada.
O cumprimento da recomendação será monitorado nos termos do art. 175-L, XIV, e
259, parágrafo único, do Regimento Interno, mediante apresentação de documentação

13
Instituiu a Estratégia Estadual de Fomento e Implantação do BIM.
14
Fonte de pesquisa: https://www1.tce.pr.gov.br/conteudo/sim -am-download-de-programas-e-
documentacao/32/area/251: Em especial consultar os seguintes itens: (1) SIM AM - Obras Públicas (Guia e
Exemplos) e (2) SIM-AM: Módulo de Obras Públicas - Envio de Informações e Vinculação com Atoteca.

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AUTENTICIDADE E ORIGINAL DISPONÍVEIS NO ENDEREÇO WWW.TCE.PR.GOV.BR, MEDIANTE IDENTIFICADOR UBR9.E7KX.03Y8.YZ1F.B
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARANÁ

comprobatória (manual ou cartilha e boletins de medição no sistema), sob


responsabilidade do(a) ocupante do cargo Secretário Municipal de Infraestrutura e
Planejamento, podendo este Tribunal requisitar o auxílio do(a) Controlador(a) Interno(a),
a fim de verificar a implementação da medida indicada
Responsável pelo atendimento das
Município Controlador Interno
Recomendações da Fiscalização

CELSO AUGUSTO SANT’ANNA, CPF n.º JOANA DARA DE


PONTA 592.688.919-72, atual Secretário Municipal OLIVEIRA MAIOR,
GROSSA de Infraestrutura e Planejamento, ou quem CPF n.º 017.781.239-
vier substituí-la 70

Votaram, nos termos acima, os Conselheiros FABIO DE SOUZA


CAMARGO, NESTOR BAPTISTA, ARTAGÃO DE MATTOS LEÃO, FERNANDO
AUGUSTO MELLO GUIMARÃES, IVAN LELIS BONILHA, JOSE DURVAL MATTOS
DO AMARAL e IVENS ZSCHOERPER LINHARES
Presente a Procuradora Geral do Ministério Público junto ao Tribunal
de Contas, VALERIA BORBA.

Plenário Virtual, 9 de dezembro de 2021 – Sessão Ordinária Virtual nº 20.

FABIO DE SOUZA CAMARGO


Presidente

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