Transparência

&Unicidade

Lei Geral de Proteção de Dados

 Material Textual – Lei Geral de Proteção de Dados

Sumário

Unidade 1
Abertura
Introdução..........................................................................................................4

Unidade 2
LGPD
LGPD: Principais aspectos...........................................................................6
Tratamento..................................................................................................... 10

Unidade 3
Bases legais, público envolvido e adequação
Bases legais................................................................................................... 16
Quem deve fazer e como se adequar................................................... 23

Unidade 4
Encerramento
Considerações finais................................................................................... 26
Referências..................................................................................................... 27

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Unidade 1

Abertura

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Introdução
Seja bem-vindo ao curso Lei Geral de Proteção de Dados!

Neste curso, o tema da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) será esclarecido
por meio de informações que buscam orientar o planejamento das ações de adequação no
Senac e evidenciam os riscos envolvidos no não cumprimento da lei.

Os objetivos de aprendizagem deste curso são:

• evidenciar a LGPD e sua aplicação no Senac;

• incentivar os empregados a seguirem a lei;
• conscientizar os empregados em relação ao tema da proteção de dados e
aos cuidados com as informações que circulam na instituição.

Desejamos a você um bom curso!

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Unidade 2

LGPD

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CASE 1 – DOCUMENTO PERDIDO

LGPD: Principais aspectos
Esse é o Paulo.
LGPD é a sigla da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei 13.709, de 14 de
agosto de 2018), que dispõe sobre coleta, armazenamento, tratamento e compartilha-
mento de dados pessoais, por meio digital ou físico.

Esta lei é aplicada a qualquer pessoa, natural ou jurídica, de direito público ou privado,
que realize tratamento de dados pessoais no Brasil.

Importante
No Brasil, a LGPD passou a vigorar em setembro de 2020, 24 meses
após a data de sua publicação, conforme Art. 65, item II.

Conheça a história de dois personagens a seguir:

Certo dia, navegando na internet, Paulo viu que o Senac da sua cidade estava ofer-
tando vagas na Aprendizagem Profissional Comercial em Serviços de Supermercado pelo
Programa Senac de Gratuidade, o PSG.

Ele ficou animado com a possibilidade de ocupar uma vaga sem ter que pagar a men-
salidade e, assim, voltar a estudar. “Quem sabe essa não é a chance de eu conseguir um
emprego?”, pensou.

No site do Senac, Paulo viu a relação de documentos necessários para se inscrever e

concorrer ao processo seletivo, entre eles, a Autodeclaração de Renda Familiar, que com-
prova que o rendimento de todos os integrantes da família é compatível com os requisitos
do programa.

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Porém, depois de uma semana, Solange, que trabalha na secretaria da unidade do

Senac em que Paulo estudaria, ligou para ele bastante preocupada: em seu processo de
Documentos matrícula estava faltando a Autodeclaração de Renda!
necessários

- RG
- CPF E agora? Onde foi parar o documento com os dados pessoais de Paulo?
- Autodeclaração
de Renda Familiar

Renda Familiar
Autodeclaração de

Paulo não perdeu tempo, tirou cópias dos documentos e foi entregá-los no Senac.

A equipe de atendimento conferiu todos os papéis, constatou que o rapaz estava apto
a fazer o curso e deu o sinal verde: Paulo estava matriculado, sem nenhum custo, e suas
aulas começariam em 15 dias!

CASE 2 – A NEGOCIAÇÃO
Um Regional queria obter mais dados sobre os alunos dos cursos que oferta.

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Para isso, encomendou a realização de uma pesquisa a um dos melhores fornecedo-
res do mercado, a XYZ Marketing.
XYZ
Marketing
Na reunião para acertar os detalhes do trabalho, Carlos, o gerente da área respon-
sável, alertou Luiz, representante da empresa de pesquisa, que o Regional já estava em
conformidade com a LGPD e que, portanto, era obrigatório que os dados pessoais dos
titulares fossem mantidos em sigilo.
“Mas por quê? Nunca fiz isso para outras empresas”, pensou Luiz.
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Continue acompanhando o curso, conheça a importância da LGPD e veja o desfecho
das histórias de Paulo e Carlos.
Dados pessoais
A LGPD, em seu art. 5º, define em sua abrangência o que é “dado pessoal” e suas
nuances. Segundo a lei,
“dado pessoal é ‘informação relacionada a pessoa natural identificada
ou identificável’. “
(Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais)
Os dados também são categorizados em:
Dado sensível: Referente à origem racial ou étnica, convicção religiosa, opinião política,
filiação a sindicato ou a organização de caráter religioso, filosófico ou político, dado referen-
te à saúde ou à vida sexual, genético ou biométrico, quando vinculado a uma pessoa natural.
Dado anonimizado ou dado anônimo: Relativo a titular que não possa ser identifica-
do, considerando a utilização de meios técnicos razoáveis e disponíveis na ocasião de seu
tratamento.
Importante
Podemos interpretar que qualquer dado que passe por processo de
descaracterização, por meio técnico razoável (em outras palavras,
que seja “embaralhado” para garantir que não haja possibilidade de
identificar a pessoa titular), é considerado um dado anonimizado.
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Case 1 Case 2

Paulo pensou na possibilidade de seus dados pessoais Carlos ficou preocupado que Luiz não mantivesse os
serem vistos por outras pessoas. dados pessoais dos alunos pesquisados em sigilo e que
essas informações fossem divulgadas.

Por isso, é muito importante observar os aspectos legais da LGPD no tratamento dos dados pessoais, como você verá a seguir.

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Tratamento
No art. 5º, a LGPD destaca que o tratamento de dados pessoais é um conceito abran-
Case 1
gente e está disposto da seguinte maneira:

“Tratamento é toda operação realizada com dados pessoais, como as

que se referem a coleta, produção, recepção, classificação, utilização,
acesso, reprodução, transmissão, distribuição, processamento,
arquivamento, armazenamento, eliminação, avaliação ou controle
da informação, modificação, comunicação, transferência, difusão ou
extração”.

(Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais)

Podemos entender que o tratamento é qualquer forma de ação que o Senac realiza
com dados pessoais, sejam seus titulares pessoas naturais ou jurídicas, de direito público
ou privado. Por exemplo: inserção de dados pessoais de um aluno em seu formulário de
matrícula, ou um contrato firmado a partir das informações dadas por um fornecedor.
Até mesmo o arquivamento de um documento do RH que contenha informações de um Paulo foi ao Senac e entregou documentos para Carlo
determinado empregado do Senac pode ser considerado tratamento de dados pessoais. participar do processo seletivo para uma vaga do PSG. uma
dos c

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Titular Controlador Operador

Case 2 Dados Dados

XYZ
Marketing

Encarregado
Comunicação

Titular
Pessoa natural a quem se referem os dados pessoais que são ob-
jetos de tratamento.

Carlos negociou com a XYZ Marketing a realização de
SG. uma pesquisa para obter mais dados sobre os alunos
dos cursos ofertados no Departamento Regional.
Mas quem está envolvido no tratamento desses dados?
Controlador
Pessoa natural ou jurídica, de direito público ou privado, a quem
competem as decisões referentes ao tratamento de dados pes-
soais. É considerado um agente de tratamento.
Operador
Pessoa natural ou jurídica, de direito público ou privado, que realiza
o tratamento de dados pessoais em nome do controlador. Também
é considerado um agente de tratamento.

Encarregado
Papéis envolvidos Pessoa indicada pelo controlador para atuar como canal de comuni-
No decorrer da redação da LGPD, mais precisamente em seu art. 5º, são apresentados cação entre o controlador, os titulares de dados e a Autoridade Na-
os seguintes papéis envolvidos no tratamento de dados: cional de Proteção aos Dados.

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Importante
É dever do controlador comunicar à autoridade nacional e ao titular a ocorrência de incidente de segurança que possa acarretar risco ou dano relevante aos titulares dos dados
(Art. 48).

Case
Case
1 1 Case
Case
2 2

Carlos, gerente
Carlos, da
gerente
área de
da pesquisa
área de pesquisa
da instituição,
da instituição,
informouinformou
ao ao
Luiz, representante
Luiz, representante
da empresada empresa
XYZ Marketing, a operadora
XYZ Marketing, a operadora
Solange,Solange,
que trabalha
que trabalha
na secretaria,
na secretaria,
fez o tratamento
fez o tratamento
dos dos dos dados,
dosque,
dados,
durante
que, durante
a realização
a realização
da pesquisa,
da pesquisa,
é obrigatório
é obrigatório
dados pessoais de Paulo,deo Paulo,
dados pessoais titular,oem
titular,
nome emdonome
Senac,dooSenac, o que os dados
que ospessoais
dados pessoais
dos alunos,
dosos titulares,
alunos, os titulares,
fossem fossem
controlador,
controlador,
que temque
o dever
tem de
o dever
informar
de informar
de que maneira
de que maneira
os os mantidosmantidos
em sigiloem
e que
sigilo
também
e que também
fosse formalizado
fosse formalizado
um acordo
um acordo
dados serão
dadostratados
serão tratados
e como serão
e como utilizados.
serão utilizados. de confidencialidade
de confidencialidade
entre o controlador
entre o controlador
e o operador.
e o operador.
Porém, Porém,
Luiz nãoLuiz
entendeu
não entendeu
a necessidade
a necessidade
dessa exigência
dessa exigência
da LGPD.da LGPD.

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• Prevenção: Adotar medidas para evitar danos aos titulares.

Quando a LGPD é aplicável?
• Não discriminação: Não utilizar dados para fins abusivos, discriminatórios ou
Segundo o texto dos arts. 3º e 4º, a LGPD: ilícitos.

• é aplicável ao poder público, a organizações sem fins lucrativos e a todas as • Responsabilização e prestação de contas: Tomar medidas que sejam capazes
empresas que operam em território brasileiro, mesmo empresas estrangei- de garantir o cumprimento da norma de proteção aos dados pessoais.
ras que tratem dados de pessoas localizadas no Brasil.
• não é aplicável ao tratamento de dados pessoais realizado por pessoa natural
para fins exclusivamente particulares e não econômicos, ou para fins jor-
nalísticos, artísticos e acadêmicos, ou ainda para fins de segurança pública, Importante
de defesa nacional ou de segurança do Estado, aplicando-se o disposto na É necessário pedir o consentimento do aluno, ou responsável legal,
legislação. caso o aluno seja menor de idade, ao coletar seus dados pessoais no
processo de matrícula.
Portanto, nos cases apresentados, a LGPD é aplicável ao Senac pelo fato de a institui-
ção ser uma organização sem fins lucrativos.

Princípios da LGPD
Veja como esses princípios foram considerados nos cases de Paulo e Carlos:
De acordo com o disposto no art. 6º da LGPD, para o tratamento de dados, o Senac
deverá sempre observar alguns princípios.

• Finalidade: Coletar dados apenas para fins legítimos, informando claramente

ao usuário a finalidade da coleta.
• Adequação: Usar informações de forma compatível com suas finalidades.
• Necessidade: Manter e utilizar apenas os dados essenciais.
• Livre acesso: Garantir o acesso ao titular, para que ele possa consultar seus
dados.
• Qualidade dos dados: Garantir exatidão e clareza ao titular.
• Transparência: Fornecer aos titulares informações claras e precisas sobre o
uso de seus dados.
• Segurança: Adotar medidas técnicas para proteger os dados pessoais.

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Case 1
Solange agiu de acordo com o princípio da transparência ao avisar
Paulo que, em seu processo de matrícula, estava faltando a
autodeclaração de renda. Além disso, ela também comunicou o
ocorrido ao encarregado, agindo com prevenção, para evitar danos
ao titular, uma vez que Paulo informou que o documento havia sido
entregue no ato da matrícula.
Vimos que Solange e Carlos agiram corretamente, segundo os princípios da LGPD. Mas o que aconteceria se essa lei não fosse cumprida?
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Case 2
Carlos explicou a Luiz os princípios da LGPD que são seguidos pelo
Senac, entre eles o de que, no tratamento de dados pessoais, as
informações coletadas em pesquisas não devem ser usadas para
finalidade diferente da que foi consentida pelo titular dos dados.
Esclareceu ainda que essas informações tampouco podem ser
compartilhadas com terceiros sem o prévio conhecimento e
consentimento do titular. Apontou também a importância de realizar
um acordo formal para que seja documentado o compartilhamento
destes dados, entre o controlador e o operador, evidenciando o
princípio da responsabilização e prestação de contas.
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Unidade 3

Bases legais, público envolvido

e adequação

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Os cases de Paulo e Carlos estavam de acordo com as bases legais?

Bases legais
Case 1
Conforme estabelecido no art. 7º da LGPD, para que o tratamento de dados pessoais
seja considerado legítimo, é necessário observar as seguintes bases legais:

Consentimento
Interesses
Exercício
legítimos do
regular de
controlador/
direitos
terceiro

Execução de
Cumprimento
contrato/
de obrigação
diligência
legal
pré-contratual
LGPD
Bases legais
Proteção Proteção
ao crédito da vida

Estudo por Execução No tratamento das informações de Paulo, a entrega dos Carlo
órgão de de políticas
documentos estava relacionada ao cumprimento de é nec
pesquisa públicas
Tutela de uma obrigação legal. conse
saúde

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Direitos garantidos
Case 2 São garantias do titular dos dados pessoais:

• Ser informado de que existe tratamento de seus dados.

• Acessar seus dados.
• Corrigir seus dados caso estejam incompletos, inexatos ou desatualizados.
• Anonimizar ou eliminar seus dados tratados de forma inadequada.
• Saber que seus dados foram compartilhados com entidades públicas e privadas.
• Eliminar os dados, exceto em casos previstos em lei.
• Transferir dados a terceiros somente com autorização expressa.
• Ter a opção de não fornecer consentimento e ser avisado das consequências
disso.
• Revogar consentimento nos termos da lei.
• Reclamar de um controlador junto à Autoridade Nacional.
• Opor-se a tratamento realizado com fundamento em uma das hipóteses de
dispensa de consentimento.

a dos Carlos informou a Luiz que, antes de iniciar a abordagem,

e é necessário que seja apresentado ao titular o termo de
consentimento de uso das informações.

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Case 1 Case 2

Antes de iniciar a pesquisa, a empresa XYZ Marketing tem a

Em cumprimento à LGPD, Solange, ao receber os documentos,
informou a Paulo de como as informações seriam tratadas e
utilizadas.
obrigação de obter o consentimento dos alunos entrevistados, os
titulares, em relação à coleta de seus dados. Tem também a
obrigação de informar aos entrevistados a finalidade da pesquisa,
além de permitir o acesso e a correção de seus dados, caso estejam
incompletos, inexatos ou desatualizados. Os titulares também
precisam tomar conhecimento sobre o compartilhamento de seus
dados com entidades públicas e privadas, caso isso não tenha sido
explicitado no termo de consentimento. Ter ciência dessas
informações são direitos do titular.
Caso o aluno não concorde com os termos apresentados, a
empresa precisa disponibilizar a opção de não concordar com o
tratamento de seus dados, evitando danos ao controlador, ou ainda
a opção por Privacy by design, onde o titular opta por quais
informações deseja compartilhar.

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 Material Textual – Lei Geral de Proteção de Dados

Caso os titulares não tenham os direitos garantidos, podem reclamar do controlador

Quem vai fiscalizar?
A Lei Geral de Proteção de Dados determinou a criação da Autoridade Nacional de
Proteção de Dados (ANPD), que fiscalizará o seu cumprimento e aplicará as sanções
previstas para os casos de violação. Compete à ANPD, em especial:
aos órgãos competentes, entre eles a ANPD, a autoridade nacional fiscalizadora do cum-
primento da LGPD. Em caso de desacordo, os titulares dos dados pessoais podem re-
correr ainda ao Ministério Público, ao Judiciário e aos órgãos de defesa do consumidor.

• Zelar pela proteção de dados pessoais e dos segredos comerciais e industriais

quando protegidos por lei.
• Promover e elaborar estudos sobre as práticas nacionais e internacionais de
Case 1
es
proteção de dados pessoais e privacidade.
Sançõ
• Fiscalizar e aplicar sanções para os casos de descumprimento à legislação no
tratamento de dados pessoais.
• Promover ações de cooperação com autoridades de proteção de dados pes-
soais de outros países.

PD sa
AN d efe
e
MP ãos d idor
m
Órg onsu
c
do

Solange sabe que o extravio ou a perda dos dados E se L

pessoais, em qualquer etapa de seu ciclo de vida, é um aluno
problema muito grave, que pode gerar advertência ou
até mesmo multa para o controlador.

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Sanções
Case 2 De acordo com o art. 52, caso a LGPD não seja cumprida, as seguintes sanções po-
dem ser aplicadas:

E se Luiz não concordasse em manter os dados dos

um alunos em sigilo? Quais seriam as sanções aplicáveis?
ou Divulgação
As empresas poderão ser obrigadas a tornar públicos os casos de vazamento de
dados pessoais, após a devida apuração e a confirmação da ocorrência.

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Advertência Multa
Empresas poderão ser advertidas caso desobedeçam à lei. As advertências Em casos graves de descumprimento da lei, serão aplicadas multas de até 2% do
exigirão planos de ação com prazo definido para adoção de medidas corretivas. faturamento, limitadas a 50 milhões de reais por infração.

Importante
A LGPD começou a vigorar no Brasil a partir de setembro de 2020, 24 meses após a data de sua publicação. Isso significa que, a partir dessa data, as empresas podem ser
acionadas judicialmente caso descumpram a lei.
Porém, a fiscalização da Autoridade Nacional de Proteção de Dados e a aplicação de sanções administrativas, previstas na lei, somente passarão a ocorrer a partir de 1° de agosto
de 2021, conforme Art. 65, item I-A.

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21
 processo contínuo da Instituição, com a adoção de
medidas para a proteção dos dados
Material pessoais.
Textual – Lei Geral de Proteção de Dados

Case 1 ato da
e Case 2
o n t
C squisr
pe

Paulo Nicolau

iro o
Zv ard
i
sk
Ric

Luiz concordou com as políticas apresentadas no contrato

Ainda bem que foi só uma confusão na hora da coleta!
O documento do Paulo havia sido colocado por engano na
pasta de outro candidato à vaga.
Conclusão: Quando todas as unidades do Senac estiverem
em conformidade com a LGPD, a resolução de incidentes
como o que ocorreu com o Paulo vai se tornar um
processo contínuo da Instituição, com a adoção de
medidas para a proteção dos dados pessoais.
de prestação de serviços e se comprometeu a cumprir
todas as exigências desse trabalho, o que deixou Carlos
tranquilo e com a certeza de que a pesquisa seria
realizada de acordo com a LGPD.
Conclusão: Com a LGPD implantada no Senac, passam a
fazer parte da rotina de trabalho políticas e exigências
contratuais que referenciam os direitos e os deveres dos
envolvidos no tratamento de dados pessoais perante a
nova lei. A situação vivida pelo gerente Carlos e pelo
fornecedor Luiz mostra como não só empregados, mas
também estagiários, terceirizados e prestadores de
serviço devem agir nestes casos.

Agora que você já sabe o final dos cases de Paulo e Carlos, conheça as fases para adequação à LGPD.

r ato da
e Case 2
o n t
C squis
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A fase I de adequação à LGPD é o levantamento.

Quem deve fazer e como se adequar Por se tratar da fase inicial, nela você deve compreender
como a lei vai afetar seu trabalho. Para isso, é necessário
Como a LGPD é muito aberta e não se limita a vazamentos de dados pessoais em um determinado meio (eletrônico,
criar um comitê multidisciplinar com colegas de todas as
por exemplo), ela abrange todo e qualquer tipo de incidente, devendo ser um assunto de preocupação de todas as áreas
áreas envolvidas e iniciar a organização de um plano de
da empresa.
trabalho. Em seguida, verifique: os processos que envol-
vem a coleta de dados pessoais estão preparados para
a lei? Observe, por exemplo, se existe consentimento do
titular ou outros controles previstos na LGPD. Verifique
também: houve incidente conhecido de vazamento ou
exposição de dados pessoais? Esse pode ser um ponto
de partida para começar sua adequação. Por fim, consoli-
Recursos Tecnologia da Educação Aquisições de todas as informações iniciais em um relatório conten-
Controladoria Marketing Jurídico
Humanos Informação Profissional e Contratos do seu diagnóstico da aderência aos termos da lei.

Terminado esse levantamento, seguimos para a fase

II, que é a de execução. Sem dúvidas, essa é a fase mais
crítica do processo. Nela você deve criar um projeto pre-
Importante
vendo todas as ações que precisa realizar para se adequar
Atente, também, às bases provisórias de informação, fruto de relacionamento com potenciais clientes e à LGPD. Feito isso, construa um inventário de todos os
fornecedores, como cadastros de leads e cadastros de interessados em processos licitatórios.
dados pessoais coletados pelo Senac. Adeque contratos,
acordos, parcerias, termos de confidencialidade, políticas
e normas, contrato de trabalho dos empregados, entre
A adequação à LGPD exige o esforço de todas as áreas e o apoio de toda a gestão. É comum que os projetos de LGPD
outros documentos. Em seguida, promova um treina-
contem com uma ajuda extra de empresas especialistas no assunto que prestam consultoria para o processo de adequação.
mento com todos os empregados para conscientização

A LGPD não é uma lei que afeta somente sistemas digitais, ela impacta toda a cultura da empresa. Por exemplo, se dos impactos da LGPD. Identifique, registre e controle as

um documento em papel contendo dados pessoais vaza, é tão grave quanto um vazamento de dados pessoais em decor- inconformidades com a lei para que você possa tratá-las

rência de um ataque hacker. Por isso, é fundamental que as empresas se adequem a essa lei. o mais rápido possível. Fortaleça as políticas existen-
tes, tais como o Código de Conduta e Ética e a Política de
Segurança, incluindo cláusulas que observem o que está

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 Material Textual – Lei Geral de Proteção de Dados

disposto na LGPD. Promova a adequação à lei em seus processos e sistemas, implantan-

do, por exemplo, a gestão do consentimento do titular para a coleta dos dados pessoais.

Por último, estabeleça metas de adequação para controlar o que você já conseguiu
adequar e o que ainda falta.

Na última fase, a de monitoramento, as adequações já foram realizadas e você pre-

cisa acompanhar a evolução dos processos. Para isso, deve criar pontos de controle nas
mudanças da operação, para garantir que a lei seja cumprida nessas ocasiões. Além disso,
deve garantir que o descarte de informações não represente qualquer vazamento de
dados pessoais. Em seguida, é preciso criar um processo contínuo para tratamento e
resolução de incidentes envolvendo dados pessoais, bem como pontos de controle na
implementação de soluções tecnológicas que ofereçam tratamento de dados pessoais.
Outras atividades que devem ser realizadas nessa fase são verificações contínuas e a
criação de inventários para identificação de dados pessoais. Por fim, crie e mantenha um
plano de comunicação contínua para conscientização dos empregados, fornecedores e
quaisquer outros agentes que interajam com o Senac.

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Unidade 4

Encerramento

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Considerações finais
Chegamos ao fim do curso Lei Geral de Proteção de Dados!

Neste curso, você pôde compreender o que é a Lei Geral de Proteção de Dados Pes-
soais e a importância de sua aplicação no Senac.

Nele, foram apresentados cases que mostram diferentes situações em que o conteú-
do da lei deve ser observado e aplicado. Também foram abordadas as definições de dados
pessoais e de tratamento, como é feita a aplicação da LGPD no dia a dia das empresas e
quais são os seus princípios.

Além disso, foram expostas as bases legais da LGPD, os direitos garantidos a quem
está resguardado por essa lei, o órgão responsável pela fiscalização de seu cumprimento
e suas principais competências. Foram mencionadas, ainda, as sanções previstas em
caso de descumprimento da lei.

Por fim, você viu que a adequação à LGPD é uma preocupação de todas as áreas da
instituição e que esse processo deve ser feito em três fases: levantamento, execução e
monitoramento.

Esperamos que o conhecimento gerado neste curso contribua para o desempenho de

suas atividades.

Bom trabalho!

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Referências
BRASIL. Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018. Dispõe sobre o tratamento de dados
pessoais, inclusive nos meios digitais, com o objetivo de proteger os direitos fundamen-
tais de liberdade e de privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa
natural. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/
L13709.htm. Acesso em 22 abr. 2020.

BRASIL. Medida Provisória nº 959, de 29 de abril de 2020. Prorroga a vacatio legis

da Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018, que estabelece a Lei Geral de Proteção
de Dados Pessoais – LGPD. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_
ato2019-2022/2020/Mpv/mpv959.htm. Acesso em: 12 maio 2020.

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