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TEXTO NORTEADOR
Há cerca de um ano, a fase de multas previstas na LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados)
entrou em vigor e parece que parte significativa dos varejistas ainda não entendeu a sua
importância e o impacto no cotidiano dos negócios.
A LGPD veio para proteger as pessoas do uso indevido de suas informações e enquadra,
toda e qualquer ação praticada sobre um dado como tratamento de dados, seja ele por meio de um
sistema ou apenas para preenchimento de um formulário. Muitas vezes, gestores do varejo
entendem que o fato de “somente pegar o CPF para dar um desconto” não seja um tratamento de
dados, e isso pode levá-los a penalidades se não forem tomados todos os cuidados previstos na
lei.
Ela prevê ainda que o titular tem direitos sobre os dados que forneceu e esses direitos vão
desde o conhecimento exato de quais dados estão em poder da empresa, quais tipos de
tratamento são feitos até a possibilidade de exclusão ou anonimização entre outros. E muitas
empresas não contam com sistemas e processos prontos para atender estes direitos de forma
rápida e completa.
A LGPD classificou esses dados em dois grupos, dados pessoais e dados pessoais
sensíveis, dando a cada um deles um tratamento diferenciado. Nome, endereço, telefone, e-mail,
CPF e RG entre outros são dados pessoais enquanto os dados de saúde, de convicção religiosa,
de origem racial ou étnica, genéticos e biométricos (como impressões digitais e escaneamento de
íris) são dados pessoais sensíveis. E o tratamento de dados sensíveis é muito mais rigoroso e
implica consentimento do titular dos dados ou enquadramento em algumas situações especiais
previstas na lei.
Todo varejo tem impacto nos seus processos e sistemas para atender a LGPD, mas quando
falamos do varejo farmacêutico, essa falta de sensibilidade preocupa, porque são estabelecimentos
que, além dos dados pessoais, tratam dados pessoais sensíveis de pacientes em diversos dos
processos.
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NÚCLEO DE APOIO PEDAGÓGICO
As farmácias têm contato com dados de saúde intensamente. Isso acontece desde o
momento em que o balconista recebe uma prescrição médica, identifica o produto que será
consumido e, a partir de então, consegue fazer algumas análises e interpretações sobre o
problema do cliente. E segue presente em outros momentos como na assistência farmacêutica.
Muitas vezes, há um diálogo em que o paciente esclarece dúvidas sobre os medicamentos
e, em certos casos, estende a conversa para o farmacêutico responsável. Como vemos, a farmácia
é muito especial em termos de varejo. A LGPD não é como uma norma tributária, que muda a
forma de calcular um imposto. Ela envolve vários fatores relativos às operações que as farmácias
cumprem e principalmente no relacionamento com o consumidor.
Cada operação que envolve tratamento de dados pessoais precisa ser identificada, avaliada
e ajustada para atendimento dos princípios da LGPD. Além disso, os colaboradores precisam ser
treinados para que o relacionamento com os consumidores ocorra de forma adequada e que os
dados capturados sejam mantidos em total segurança e sigilo.
Vale ressaltar que a LGPD não se limita a dados eletronicamente tratados. A legislação
também protege os dados coletados manualmente, ou seja, aqueles registros que ficam arquivados
em uma pasta ou gaveta e que não podem estar disponíveis para acesso de funcionários não
autorizados.
Na prática, a maior parte dos dados é tratada por sistemas e falhas que resultem em
vazamentos de informações dos clientes podem trazer sérias consequências. Este tema atinge
especial atenção porque, na maioria dos casos, os dados não ficam arquivados na farmácia, mas
num ambiente gerenciado pela empresa do software, sendo importante se atentar para as
cláusulas do contrato de prestação destes serviços.
É importante ter consciência de que a LGPD não é uma criação brasileira. Essa lei faz parte
de um movimento mundial. Isso porque a tecnologia tornou muito fácil a captação e o tratamento
dos dados pessoais dos cidadãos em todo o mundo. Há mais de 7 bilhões de habitantes e os
meios digitais são capazes de captar e processar informações de cada um. Então, a LGPD é uma
defesa que o Brasil adotou para não deixar sua população vulnerável.
Para não arcar com as consequências de vazamentos de informações ou do mau uso delas,
a própria LGPD recomenda fortemente que se adote um modelo de governança. Que as empresas
tenham controles, incluam monitorias, tenham métricas de acompanhamento da evolução de seus
processos internos. Essa nova lei também prevê que essa metodologia deve fluir e evoluir.
Hoje o fato de uma empresa reconhecer que teve um problema no tratamento de dados
serve como atenuante. Porém, a expectativa é que isso não dure muito, pois o que se espera é que
as falhas sejam corrigidas para que o problema não se repita.
Ainda há tempo dos donos de farmácias tomarem medidas para atendimento da LGPD,
visto estarmos em um período de adaptação e regulamentação complementar da lei, mas este
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NÚCLEO DE APOIO PEDAGÓGICO
período vai passar e todo o tratamento de dados realizados desde a entrada em vigor da lei está
protegido por ela, criando um enorme risco para elas.
Na Europa, onde a lei foi criada pouco tempo antes da LGPD, existem milhares de
intimações tanto de varejos quanto de indústrias e centenas de multas aplicadas. Como por aqui
ainda estamos em fase de aprendizado, o impacto tem sido pequeno, por enquanto. Mas a
tendência é que a fiscalização aumente e as multas comecem a ocorrer.
Por isso, é importante se preparar imediatamente, não há mais tempo a perder. Além do
preparo operacional, técnico e jurídico, deve-se investir no treinamento dos colaboradores. No
momento, o que eu vejo é a inexistência de foco no tema. Deixar para depois pode sair caro. Para
quem não sabe, já foi criada a ANPD (Agência Nacional de Proteção de Dados), um órgão
regulador da LGPD, similar a outros, como a ANS (Agência Nacional de Saúde). Não vai demorar
muito para o cenário mudar.
Natalino Barioni é fundador da SevenPDV e da Siena Innova, Comitê Auditória, P&D da InterPlayers.
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NÚCLEO DE APOIO PEDAGÓGICO
OBJETIVO DE APRENDIZAGEM
COMANDO
ALTERNATIVAS DE RESPOSTA
a)
b)
c)
d)
e)
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NÚCLEO DE APOIO PEDAGÓGICO
OBJETIVO DE APRENDIZAGEM
COMANDO
ALTERNATIVAS DE RESPOSTA
a)
b)
c)
d)
e)
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NÚCLEO DE APOIO PEDAGÓGICO
OBJETIVO DE APRENDIZAGEM
TEXTO-BASE
I.
PORQUE
II.
COMANDO
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
ALTERNATIVAS DE RESPOSTA
a) as asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
b) as asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.
c) a asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
d) a asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
e) as asserções I e II são proposições falsas.
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NÚCLEO DE APOIO PEDAGÓGICO
OBJETIVO DE APRENDIZAGEM
TEXTO-BASE
II.
III.
COMANDO
É correto o que se afirma em
ALTERNATIVAS DE RESPOSTA
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
Ou
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NÚCLEO DE APOIO PEDAGÓGICO
II.
III.
COMANDO
É correto apenas o que se afirma em
ALTERNATIVAS DE RESPOSTA
a) III.
b) IV.
c) I e II.
d) I e IV.
e) II e III.
Ou
II.
III.
IV.
V.
COMANDO
É correto apenas o que se afirma em
ALTERNATIVAS DE RESPOSTA
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NÚCLEO DE APOIO PEDAGÓGICO
a) I e III.
b) I e IV.
c) II e III.
d) II e V.
e) IV e V.
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NÚCLEO DE APOIO PEDAGÓGICO
Ou
É correto apenas o que se
afirma em
a) II.
b) III.
c) I e II.
d) I e IV.
e) III e IV.
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