Você está na página 1de 16

26/09/2022 15:19 UNINTER

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
GERENCIAL
AULA 1

Prof. Luciano Furtado C. Francisco


https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/16
26/09/2022 15:19 UNINTER

CONVERSA INICIAL

Olá, caro(a) aluno(a)! Seja


bem-vindo(a) à nossa primeira aula.

Nesse primeiro encontro, vamos


entender o assunto básico de nosso assunto: os dados e as
informações. No
entanto, você pode se perguntar agora: mas existem diferenças entre esses

conceitos, dado e informação?

Embora no dia a dia essas


palavras sejam usadas para indicar significados iguais, veremos que no

contexto
de sistemas de informações elas são diferentes e é fundamental entendermos essa

diferença. Também vamos entender que por meio delas vamos ter o conceito de
conhecimento.

Hoje é unanimidade que a


informação é o ativo mais importante nas organizações. Ela é hoje em

dia o que
o ouro e o petróleo representaram em outros tempos, a riqueza mais importante
para as
empresas.

Assim, vamos estudar qual o


papel das informações nas empresas e como elas circulam nas

organizações. De
que maneiras as informações auxiliam os gestores e colaboradores a executarem

suas atividades?

Outro conhecimento importante


nesse primeiro momento é sabermos quais são os tipos de

informações. Saber
diferenciar esses tipos é fundamental para que possamos tomar decisões.

Veremos
que existem informações quantitativas e qualitativas. E cada vez mais temos
esses dois tipos

de informação em grande quantidade, o que requer métodos de


análise cada vez mais sofisticados

para que possamos entender o que essas


informações nos indicam.

Mas se temos dados e


informações, como uma se transforma em outra? Também é um assunto

que vamos
demonstrar ao longo dessa aula. Há processos específicos para que um dado passe
a ser

uma informação e aí os sistemas de informação são imprescindíveis, tendo


papel determinante.

https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 2/16
26/09/2022 15:19 UNINTER

Por fim, vamos entender como


nossa mente trabalha com todo esse arsenal, dados, informação e

conhecimento.
Vamos entender um conceito muito interessante chamado de pirâmide do

conhecimento.

Espero que goste de nossa aula


e tenha bons estudos!

CONTEXTUALIZANDO

Pense na quantidade de
informação que você consome hoje em dia. Ao pararmos para analisar

essa
questão, veremos que estamos inundados de dados e informações a todo instante,
por meio,

principalmente, da internet e dos dispositivos móveis.

Mas não apenas consumimos


informações. Nesse momento também estamos gerando uma

série de dados que são


vistos por alguma organização: uma rede social, uma empresa de mídia ou

uma
outra organização qualquer. Por exemplo, quando acessamos o website de
uma empresa

(mesmo que não seja preenchido nenhum formulário ou nada seja


comprado ou baixado), uma loja

virtual ou uma rede social, nossa navegação está


sendo de certa forma rastreada. Pode-se verificar

que percorremos diversas


informações e consumimos conteúdos diversos.

Isso dá uma ideia do que


gostamos, o que consumimos, que assuntos mais acessamos, o que

mais nos chama a


atenção. Do ponto de vista de negócios, é algo muito valioso para muitas

empresas. Pois com essas informações, podem direcionar seus esforços de


comunicação para um

público muito mais assertivo.

Quem nunca acessou ou


pesquisou produtos na internet e depois começou a ver anúncios deste

item ou
produtos similares nos websites que acessou posteriormente? Isso até faz com
que muitas

pessoas dizem que “os produtos os perseguem na internet”.

Esse efeito é típico da era da


informação, que vivemos hoje. A informação – ou os dados em
primeira análise –
é o que mais as empresas buscam de seu mercado e de seus consumidores. Valem

mais do que quaisquer ativos.

Com isso temos os conceitos de


big data (algo como muitos dados – a gigantesca quantidade de

dados gerados a cada segundo na internet e o business intelligence


(inteligência de negócios),

https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 3/16
26/09/2022 15:19 UNINTER

tecnologia de tratamento dessas quantidades imensa


de dados. São conceitos e ferramentas que

visam desvendar informações por meio


desses dados coletados.

Assim, a pergunta é: como


converter essa grande massa de dados em informações relevantes

para as
organizações? Esse é o grande desafio!

TEMA 1 – O PAPEL E A CIRCULAÇÃO DAS INFORMAÇÕES NAS


EMPRESAS

Pense em uma situação em que você


é um gestor, diretor ou ocupa qualquer cargo de comando

em uma empresa. Saiba


que nessas situações sua principal atribuição é tomar decisões. Para isso, até

mesmo instintivamente, você irá procurar obter boas informações para tomar as
decisões.

Essas decisões são tomadas com


base em informações. A informação é a matéria-prima da

decisão. Aqui podemos


fazer uma analogia com uma fábrica: quanto melhor é a qualidade da

matéria-prima, melhor qualidade terá o produto final. Com as decisões é o


mesmo, quanto melhores

informações, mais acertadas tendem a ser as decisões.

Mas as informações pura e


simples não bastam. Segundo Eleutério (2015, p. 17), “as atividades

gerenciais,
nas grandes corporações ou nas pequenas e médias empresas, envolvem a busca e o

tratamento de informações. Utilizamos informações a todo momento para alertar,


estimular, reduzir

incertezas, revelar alternativas e fundamentar nossas


tomadas de decisão”.

Observe que o autor fala em busca


e tratamento das informações, ou seja, as informações

requerem análises
prévias para que sejam apresentadas aos decisores de modo correto, a fim de que

se propicie a melhor tomada de decisão possível. Aí está um dos papeis


fundamentais dos sistemas

de informação gerencial, a coleta e o tratamento das


informações (veremos com mais detalhes nas

próximas aulas).

Outro fator sobre as


informações nas tomadas de decisão é o nível empresarial, no qual são

tomadas
as decisões. As organizações em geral têm três níveis de gerência: o
estratégico (onde está

o alto escalão da empresa), o nível tático (gerência de


departamentos e setores) e o operacional

(supervisores e trabalhadores que


executam as funções básicas). Cada um desses níveis olha e tem

informações
diferentes.

https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 4/16
26/09/2022 15:19 UNINTER

É que veremos logo a seguir.

1.1 NÍVEIS DE INFORMAÇÕES

Nos níveis operacionais, as


situações são mais previsíveis, que ocorrem diariamente e as decisões

costumam
ter efeitos imediatos. Por exemplo, o supervisor da linha de produção verifica
que um

equipamento está com níveis de falha acima da média e decide trocar este
equipamento. Perceba

que neste nível as informações em geral são quantitativas


(assunto que também veremos em nossa
disciplina), composta de números,
estatísticas, gráficos etc.

Já no nível médio (tático), as


informações não são apenas compostas de números. É comum

também que existam


informações qualitativas, que correspondem a opiniões, comentários etc.
Nesse

nível, os gerentes necessitam combinar e analisar informações numéricas e


qualitativas em conjunto.

Por exemplo, um gerente de marketing decide


qual a melhor data de lançamento para uma

campanha de lançamento de um novo


produto.

No nível estratégico, as
decisões são bem mais complexas e incertas. Isso porque geralmente as

informações são bem mais qualitativas do que quantitativas. Além disso, as


decisões envolvem a

empresa como um todo, até mesmo sua sobrevivência. Nesse


caso, as informações são elaboradas

para simular cenários, fazer estimativas,


previsões e análises mais especializadas. Com exemplo, a

diretoria da empresa
decide entrar em um novo mercado ou adquirir um concorrente.

As informações devem circular


nas empresas, caso contrários elas não têm sentido. Os gestores

usam
essencialmente as informações para sua principal atribuição: tomar decisões. Os
colaboradores

de áreas operacionais também dependem de informações para


executar suas atividades. Tendo bons

sistemas de informação e uma política


correta de tratamento dessas informações, maior será a

sinergia entre os
colaboradores. Ou seja, contribuem para que todos reconheçam os desafios,

problemas e oportunidades da empresa. Fazem com que os colaboradores sejam mais


autônomos e

tenham mais credibilidade. Para que essa posição seja alcançada, os


sistemas de informação devem

ser eficazes e transparentes. Além disso, devem


proporcionar boa e segura circulação das

informações. Tema do próximo tópico.

1.2 SEGURANÇA E CIRCULAÇÃO DAS INFORMAÇÕES

https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 5/16
26/09/2022 15:19 UNINTER

Uma organização trabalha com


muitas informações, quanto maior seu porte, mais volume de

informações terá.
Mas será que todas as informações são passíveis de serem divulgadas para todos?

Não, por dois motivos.

Primeiro porque cada colaborador


precisa das informações úteis e necessárias para suas

atividades, não de
informações desnecessárias para que ele cumpra suas tarefas. Em segundo lugar

porque existem informações estratégicas, ou seja, informações que são usadas


pelos gestores para

tomadas de decisão e que se forem de conhecimentos geral


podem vazar e causar prejuízos diversos

para a organização (lucro, imagem,


reputação etc.).

Por exemplo, imagine que a


empresa cogite a compra de um concorrente. As informações desse

processo devem
ficar restritas à alta direção e não serem disseminadas indiscriminadamente.
Caso ela

venha a público, a negociação pode sofrer um revés, caindo na mão de


concorrentes, parceiros,
fornecedores ou pessoas contrárias à negociação, o que
poderia atrapalhar a transação.

Não se trata de censura ou


algo do tipo, mas sim de preservar informações importantes, que

devem ser
divulgadas a quem interessa e no momento certo para que não prejudique as
atividades e
planejamento da organização.

Um outro exemplo: dados de


clientes não são importantes para quem trabalha na linha de
produção (chão
de fábrica), pois estes colaboradores não têm contato com os clientes.
Informações
de clientes servem para uso dos colaboradores e setores que mantêm
contato permanente com a

clientela, vendedores, gerentes comerciais, suporte


técnico etc. Mesmo dentro de um mesmo setor,
as informações devem ter níveis de
acesso. Como exemplo, em um banco, o gerente da agência pode

ter acesso ao
rendimento de um cliente, mas os caixas não precisam ter essa informação, pois
para
eles tal informação não contribui para seu trabalho.

Portanto, os sistemas de
informação devem contar com mecanismos de segurança de acesso
informacional que
reproduzam as políticas de acesso à informação da empresa. Essa política

determina como as informações devem ser recuperadas e distribuídas, dentro e


fora da organização.
É o que se chama fluxo das informações.

Segundo Lesca e Almeida


(1994), o fluxo de informações é classificado em três tipos: os fluxos

originados no meio externo, os fluxos provenientes do âmbito interno da


organização e aqueles que
a empresa produz e que são destinados ao seu mercado.
Veja a figura:

https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 6/16
26/09/2022 15:19 UNINTER

Figura 1 – Fluxo informacional

Fonte: Adaptado de Lesca e Almeida, 1994.

1.3 FLUXOS DAS INFORMAÇÕES

Segundo Teixeira e Valentim (citado


por Eleutério, 2015, p. 19), “os fluxos informacionais
perpassam do nível
estratégico ao nível operacional, refletindo e impactando nos processos que

compõe a organização, inclusive o processo decisório e, por consequência, as


estratégias de ação”.

Podemos deduzir com a


afirmação do autor que as informações são como o vento: elas
simplesmente
circulam e, caso não existam regras, irão circular livremente. O fluxo das
informações

acontece de duas maneiras: de modo formal ou informal.

No primeiro caso, as
informações devem circular conforme regras e políticas da empresa que
tratam
exatamente de como as informações devem ser disseminadas. Por exemplo, a
divulgação de

um relatório de projeto, do gestor do projeto à sua equipe segue


regras previstas no termo de
abertura do projeto, que deve seguir as políticas
de comunicação da empresa.

Já os fluxos informais não têm


regras e canais formais. São iniciados espontaneamente e podem
ser divulgados
por vários meios, tecnológicos ou não. Essas informações podem ter diversas

interpretações e mais liberdade em sua expressão. Eles não são necessariamente


ruins, pois em
muitos casos são ágeis e disseminam o conhecimento dentro da
empresa. Por exemplo, quando os

colaboradores criam um grupo de mensagens por


aplicativos, para trocar informações de como se
utiliza um software na empresa.

TEMA 2 – DADOS, INFORMAÇÕES E CONHECIMENTO

https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 7/16
26/09/2022 15:19 UNINTER

É comum que as pessoas


utilizem os termos dados e informações no mesmo sentido. No dia a

dia, essa sobreposição de conceitos não tem muito impacto. Mas, para nosso
estudo será
fundamental sabermos as diferenças entre esses termos – além do
significado de conhecimento. Isso

porque nos sistemas de informação há diferenças


grandes entre esses termos. Vamos ver!

2.1 DADOS

Uma frase muito comum nos dias


de hoje é dizer que “estamos sobrecarregados de
informações”. Embora a frase
não seja totalmente errada, o mais correto é afirmar que estamos

sobrecarregados de dados.

Dados são
números, letras, imagens, sons, gráficos ou qualquer outro sinal, sem um
contexto.

Por exemplo, seu eu digo uma data: 01 de março de 2020, isso


significa nada ou pouca coisa para
quem a lê ou a escuta. Portanto, é apenas um
dado. Ao vermos uma tela de computador com dados

de uma pessoa, um relatório


pela primeira vez, estamos vendo apenas dados. São estruturados e
medidos,
contudo, não têm significado em si. O significado é que dá ao dado o status de

informação.

2.2 INFORMAÇÃO

A informação é um dado – ou
conjunto de dados – dotado de significado. Portanto, são dados
compreensíveis.
De modo que os dados, para se tornarem informações, devem ter uma certa

estrutura e um contexto.

Usando o exemplo do tópico


anterior, quando alguém vê os dados de um relatório ou gráfico,
consegue
assimilar, perceber e os analisar, aí sim essa pessoa tem informações. Ao
interpretar o dado,

este terá uma finalidade e uma importância, sendo neste


momento uma informação.

Logo, a informação tem nos


dados a sua matéria-prima. Também podemos afirmar que a

informação é o
resultado do processamento dos dados.

Uma outra característica que


podemos usar para diferenciar dados de informações é o volume
destes elementos.

Normalmente os dados existem


em muito maior quantidade do que informações. Hoje em dia
mais ainda, pois
existem muitos métodos de captura de dados (automáticos, semiautomáticos,
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 8/16
26/09/2022 15:19 UNINTER

manuais), o armazenamento dos dados é fácil e em larga escala, pois os


dispositivos eletrônicos de
armazenamento de dados ficaram muito baratos e
populares. Isso é ratificado por Davenport (1998,

p. 1), “os dados são sinais


dos eventos e das atividades humanas de todos os dias, com pouco valor
agregado; entretanto, eles merecem receber o crédito de fácil manipulação e
armazenamento em

computador”.

2.3 CONHECIMENTO

O conhecimento é algo que vai


além da informação. É uma compreensão da realidade de uma
certa informação.
Conhecimentos são concretizados no saber, nas experiências, nas ideias. Ou
seja,

leva em conta o aspecto pessoal do indivíduo. Aspectos que a informação


apenas não seria capaz de
fazer.

Assim, podemos dizer que o


processamento dos dados, mais a bagagem individual de

tratamento das
informações é o conhecimento. Com ele, as pessoas podem agir e prever os efeitos
de suas ações mais claramente.

TEMA 3 – INFORMAÇÕES QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS

As informações são
classificadas em dois grupos: informações quantitativas e informações

qualitativas.
Vamos conhecer as diferenças entre esses tipos.

3.1 INFORMAÇÕES QUANTITATIVAS

A principal característica das


informações quantitativas é que elas são expressas e medidas em

números.

Por exemplo, quando dizemos


que “o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil em 2019 foi de
apenas 1,1%, menor
do que em 2018” ou que “a central de atendimento da empresa recebe cerca de

200
chamadas por dia”, estamos nos referindo a informações quantitativas.

Em geral as informações
quantitativas são usadas nas empresas para comparar metas, resultado
ou para
especificar recursos.

3.2 INFORMAÇÕES QUALITATIVAS


https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 9/16
26/09/2022 15:19 UNINTER

Por sua vez as informações


qualitativas não são expressas em números ou podem ser medidas

diretamente. Normalmente,
essas informações estão em formato textual, representando opiniões,
fatos
descritivos, pareceres etc.

Por exemplo, quando um cliente


faz um comentário sobre a empresa na rede social, esta é uma

informação
qualitativa. Por exemplo, o cliente pode publicar uma reclamação na rede social
sobre um
produto da empresa: “o produto é desconfortável, não gostei de usá-lo”.
O quanto seria

“desconfortável”? Veja que é uma informação que não se


pode medir.

As informações qualitativas,
por sinal, têm sido bem mais usadas pelas empresas, justamente por
conta das
redes sociais. É comum que os consumidores publiquem comentários sobre as
marcas e

produtos na rede, de forma qualitativa (boa ou ruim). Com o resultado


dessas publicações, as
organizações têm ideias de novos produtos, melhorias em
produtos existentes ou até mesmo

descontinuar produtos.

TEMA 4 – CONVERTENDO DADOS EM INFORMAÇÕES

Vimos que os dados são


coletados em grande quantidade e seu formato não é adequado para
utilização
direta pelas pessoas e empresas.

Para resolver esse problema,


os dados devem passar por uma reformatação, de maneira que

seus
utilizadores os interpretem mais facilmente e consigam ser convertidos em
informações úteis.
Essa reformatação ocorre por meio de três fases: filtragem,
processamento e apresentação. Trabalho

que é representado na ilustração a


seguir:

Figura 2 – Conversão de dados em informações

https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 10/16
26/09/2022 15:19 UNINTER

Fonte: Eleutério (2015, p. 37).

E como se transformam dados em


informações? Em sistemas de informações isso é feito de
maneiras bem
particulares. Essas ações são implícitas e quase não percebemos que estamos
fazendo

isso com os dados. Davenport e Pruzak (1998) caracterizam as operações


conforme o quadro a
seguir:

Quadro 1 – Ações de processamento de dados

Contextualização Sabemos qual a finalidade dos dados


coletados.

Categorização Conhecemos os componentes essenciais dos


dados.

Cálculo Os dados podem ser analisados matemática ou


estatisticamente.

Correção Os erros são eliminados dos dados.

Condensação Os dados podem ser resumidos para uma forma


mais concisa.

Fonte: Davenport;
Pruzak 1998

Para explicar o quadro


anterior, imagine uma planilha de vendas. A primeira ação é

contextualizar
dados de uma equipe. Depois verificamos os produtos, categorizando os que
atingiram as metas de vendas e os que não atingiram; calculamos os que irão
atingir em um

determinado prazo; tratamos um eventual erro na planilha; e


condensamos para um resumo da

informação, como vendas por semana em vez de


dias.

https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 11/16
26/09/2022 15:19 UNINTER

4.1 FILTRAGEM

É a primeira etapa da
conversão de dados em informações. Filtramos os dados que interessam

para a
análise. Por exemplo, suponha que tenhamos uma planilha de resultados de vendas
de

produtos no Brasil inteiro, mas queiramos analisar somente os resultados da


região Sul. Vamos, assim,

ignorar os dados das demais quatro regiões nacionais.


Os sistemas informatizados e bancos de dados
fazem essa etapa com bastante
eficiência, já que têm mecanismos de filtragem.

4.2 PROCESSAMENTO

Uma vez filtrados, os dados


vão à fase de processamento. Nessa etapa, os dados são

relacionados entre si,


manuseados e interpretados, a fim de se tornarem informações.

Por exemplo, um relatório


financeiro que agrupe receitas e despesas e ao final calcule a margem

de lucro,
dentro de um período. Os softwares financeiros fazem operações
aritméticas (somas,
multiplicações, subtrações e divisões) e estatísticas
(médias, frequências, percentuais etc.). Em seguida

totaliza e sumariza esses


dados de uma forma que possibilite sua interpretação.

Poderíamos dizer que ao final


da etapa de processamento já temos informações. Pois eles estão

inter-relacionados
e passíveis de análise. Todavia, para os usuários devem ser apresentados de
forma

adequada, o que é feito na próxima etapa, a apresentação.

4.3 APRESENTAÇÃO

A terceira etapa do
processamento de dados em informações é a apresentação. De nada adianta

coletar
e processar dados de maneira muito eficiente, se essas informações não forem
apresentadas

de modo adequado a quem se destina.

A principal função, portanto,


da apresentação é tornar as informações em formato útil e

compreensível para as
pessoas. Nesse ponto, a boa comunicação é fundamental. As informações
apresentadas devem ser encaminhadas às pessoas certas, além de serem
informações relevantes para

essas pessoas.

Para garantir essa boa


comunicação, há dois processos: a sumarização e o roteamento.
Vamos

entender ambos.

https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 12/16
26/09/2022 15:19 UNINTER

A sumarização visa garantir


que apenas as informações importantes sejam levadas aos
destinatários. Por
exemplo, um relatório de vendas para a diretoria deve ter a informação de que
“as

vendas aumentaram 10% este mês em relação ao mês passado”, sem precisar
entrar em grandes

detalhes sobre esse aumento – embora essa informação deva


estar disponível se alguém a solicitar. A

sumarização reduz o volume de


informações, evitando confusão e desentendimentos.

O roteamento é o fato das


informações chegarem até as pessoas certas, aquelas que
efetivamente irão
utilizar as informações para suas decisões. Por exemplo, informações sobre

processos logísticos são relevantes para os gestores da área. Funcionários do


RH, por exemplo, não

têm interesse nessas informações, pois não as usarão para


nada.

Os softwares de sistemas de informação possuem


muitos recursos para o roteamento. Eles, em

geral, possuem funcionalidades de


grupos de usuários ligados às respectivas informações, garantindo
ou negando
acesso aos colaboradores, dependendo de sua área.

TEMA 5 – PIRÂMIDE DO CONHECIMENTO

Bem, agora que já


compreendemos o conceito de dado e informação e como converter dados

em
informações, vamos mais além, conheceremos dois outros níveis: o conhecimento e
a inteligência.

O conhecimento – sobre o qual


já abordamos um pouco – pode ser entendido como um kit

completo de
dados, informações e relações entre eles que possibilitam às pessoas tomar
decisões,

realizar operações e criar novas informações. É a informação dentro


de um contexto. Também é um
valor adicionado à informação por meio das pessoas
que podem compreender o real valor da

informação. Também entram aqui a


experiência das pessoas, seus valores, contexto no qual ela está e

até mesmo os
insights (a intuição). O conhecimento nasce e se aplica na mente dessas
pessoas.

Eleutério (citado por Rowley,


2015) ilustra a pirâmide do conhecimento como uma estrutura em

quatro
camadas, veja a figura:

Figura 3 – Pirâmide do Conhecimento

https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 13/16
26/09/2022 15:19 UNINTER

Fonte: Eleutério (citado por Rowley, 2015, p. 40).

Observando a pirâmide, vemos a


relação entre os conceitos estudados nesta aula. Na base está o
dado,
os registros não interpretados, capturados em larga escala. No nível seguinte,
as informações,

em menor quantidade, por meio da filtragem dos dados e com mais


valor adicionado. No próximo

nível, o conhecimento, uma maneira superior de


compreensão. E no nível mais alto da pirâmide, a

inteligência ou sabedoria, que


significa o “como” e “quando usarmos o conhecimento.

TROCANDO IDEIAS

Muito se fala nos dias atuais


a respeito da “avalanche de informações que existe na internet”.
Será
que não seria uma avalanche de dados, em vez de informações?

E será que essa quantidade


astronômica de dados é um fator bom ou ruim para a nossa

sociedade, para a
nossa vida? Como você vê esse cenário?

Discuta com seus colegas a


respeito da imensa quantidade de dados que temos ao nosso dispor,

na internet.
Dê exemplos pessoais de como eles interferem na sua vida, no seu trabalho e
opine

sobre isso. Mencione também o que você acha das tecnologias da informação
que permitem que
estejamos recebendo informações a praticamente todo instante.
Queremos te escutar!

NA PRÁTICA

Você provavelmente conhece os


sistemas de lombadas eletrônicas presentes nas rodovias e ruas

das maiores
cidades. Esse sistema coleta dados de como os motoristas se comportam em relação
aos

https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 14/16
26/09/2022 15:19 UNINTER

limites de velocidade, aplicando multas àqueles condutores que passam pelo


equipamento em

velocidade acima do permitido para o trecho.

Pensando na forma como o


equipamento trabalha e tendo por base os conhecimentos

adquiridos em nossa
aula, responda:

1) 
Quais
os dados principais coletados pelas lombadas eletrônicas?

2)  Que
informações esses dados podem indicar aos gestores dos órgãos de trânsito?

3)  Que
tipo de conhecimento e inteligência esses gestores podem adquirir com as

informações das lombadas eletrônicas, que podem ser úteis à nossa sociedade e
ao nosso
trânsito?

FINALIZANDO

Em nossa primeira aula


entendemos o papel e a circulação dos dados e informações nas

organizações.
Vimos que a informação circula de duas formas principais: pelos fluxos formais
ou

informais.

Em seguida, estudamos as
diferenças entre dados, informação e conhecimento. Esse

entendimento é
necessário para compreendermos como funcionam os sistemas de informação.
Dados
são registros brutos, sem significado, enquanto a informação é a interpretação
e análise destes

dados. O conhecimento é a união das capacidades mentais


humanas à interpretação das

informações.

Também conhecemos os dois


tipos de informações: as quantitativas, expressas em números e as

qualitativas,
descritas em formas textuais e nem sempre estruturadas. Ambas as informações
são
importantes no contexto organizacional e devem ser analisadas.

Na sequência aprendemos como é


o processo de conversão de dados em informações, por meio
dos processos de
coleta, processamento e apresentação. Esta última também tem os processos de

sumarização e roteamento.

Finalmente vimos o conceito de


“Pirâmide do Conhecimento”, que ilustra os níveis do

conhecimento, com os dados


na base, as informações logo acima, o conhecimento acima desta e a

https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 15/16
26/09/2022 15:19 UNINTER

inteligência
(ou sabedoria) como o ápice do conhecimento. Bons estudos e até a próxima aula!

REFERÊNCIAS

DAVENPORT, T. H. Big
data no trabalho: derrubando mitos e descobrindo oportunidades. Rio de

Janeiro: Elsevier, 2014.

DAVENPORT, T. H.;
PRUSAK, L. Conhecimento empresarial: como as organizações gerenciam o

seu capital intelectual. 5. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1998.

LESCA, H.; ALMEIDA, F.


C. Administração estratégica da informação. São Paulo: Revista de

Administração, 1994.

https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 16/16

Você também pode gostar