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Cultura da Informação

 O papel do administrador de sistemas de informação.


 Regra da cultura da informação.
 Cultura da informação adequada à empresa.
 Cultura e comportamento informacional

O papel do administrador de sistemas de informação

Para entender o papel do Administrador de Sistemas de Informações é preciso ter em mente estes
dois conceitos: o conceito de administrador e o conceito de sistema de informações.

O conceito de administrador

O conceito de administrador opõe-se ao de operador – aquele que opera, aquele que executa
atividades. O administrador (qualquer que seja seu nível dentro da organização presidente, vice-
presidente, diretor, gerente, etc.) não opera: ele lidera e coordena pessoas conduzindo o esforço
destas para um mesmo fim. Quando falamos em administração ou em administrador, devemos ter
em conta este conceito.

O administrador lida com pessoas fazendo-as fazer. Para que as pessoas executem as suas ações
operacionais, isto é, ações imediatamente realizáveis. é necessário que tais ações tenham sido
previamente planejadas. Daqui podemos derivar duas coisas: o operador executa atividades
previamente planejadas; o administrador planeja as atividades que o operador deve realizar. Mas,
qual é, afinal, o objetivo de tais atividades, executadas pelos operadores e previamente planejadas
pelo administrador? O objetivo é assegurar a sobrevivência contínua da organização maximizando
determinados valores.

O conceito de sistema de informações

Até hoje não temos uma definição que possa ter uma aceitação universal pacífica, para o termo
sistema de informação. Uma definição é a de que se trata de um esforço organizado para prover
informações que permitam à empresa decidir e operar. Nota-se, assim, que uma corporação
basicamente tem dois grandes tipos de sistemas de informação: os que se destinam à decisão e os
que se destinam à operação. Por extensão, podemos dizer que os sistemas de informação dentro de
uma organização são estratégicos – quando se destinam ao apoio para tomada de decisões
administrativas, ou são operativos ou operacionais - quando apoiam a realização de ações
imediatamente executáveis por operadores. Dentro destes dois tipos básicos de sistemas de
informação, podemos classificar os sistemas de informação pelo processo ao qual eles
primordialmente atendem.

Todavia, vimos que o papel do Administrador é liderar e coordenar pessoas conduzindo o esforço
destas para um mesmo fim. E que fim é este, no que se refere à questão da informação? É garantir
meta de sobrevivência que requer informação ótima.

Toda empresa, em qualquer momento da sua existência, está sob a ameaça real ou potencial de
não sobreviver. A continuidade temporal de qualquer organização está sempre sendo posta à prova.
Para fazer frente a essa ameaça, a Alta Administração da empresa elabora um conjunto de medidas
que anulam ou reduzem a intensidade da ameaça. A esse conjunto de medidas, planejadas para
terem seus efeitos durante alguns anos, damos o nome de metas de sobrevivência e que, uma vez
explicitadas, constituem o Planeamento Estratégico Corporativo. Uma dessas metas de
sobrevivência usualmente é a de informação ótima. Ou seja: para que a sobrevivência da empresa
seja assegurada, é necessário um grande conjunto de causas, (medidas ou metas de sobrevivência)
e, entre estas, está a necessidade de informação ótima: informação certa, no tempo, no lugar e na
forma desejada. Isto implica decidir:

1. O que deve ser informado, ou seja, a síntese dos dados originais;


2. Por que se deve proceder à informação;
3. Quem informa ou deve ser informado;
4. Como deve ser informado, isto é: a forma do relatório;
5. Quando o usuário deve ser informado: a especificação temporal a partir da qual a
informação deve estar disponível ou entregue.

Cultura da informação
Não basta falar do papel do Administrador do Sistema de Informações. Tal administrador não é
uma pessoa isolada do meio onde atua: ele faz parte do meio, do ambiente e, portanto, ele faz parte
de um todo maior que é a organização. E toda e qualquer organização possui o que se denomina
cultura - um conjunto de crenças, de valores, de princípios geralmente comuns à maioria das
pessoas que nela trabalham.

Marchand (1997) afirma que a cultura da informação é vital para a empresa que quer mudar, isto
é, para a empresa que quer ajustar-se para superar ameaças reais ou potenciais, internas ou
externas; para a empresa que quer adequar-se aos novos mercados, aos desafios da economia.
Marchand afirma, assim, que a cultura da informação é algo importante para as organizações.

Mas o que é a cultura da informação? É o conjunto de valores, atitudes e comportamentos que


influenciam na forma como as pessoas, dentro da organização, avaliam, aprendem, recolhem,
organizam, processam, comunicam e utilizam a informação. É a forma, portanto, como as pessoas
lidam ou encaram a informação; a importância que atribuem a ela, mas adverte-se: a cultura da
informação não é apenas uma parte da cultura organizacional - é um conjunto muito específico
dessa cultura organizacional.

Porém, a falta de uma cultura da informação adequada, a falta de uma visão comum da importância
da informação para a empresa, dificulta a forma como as pessoas analisam, recolhem, organizam,
processam, comunicam e utilizam a informação. E dificuldades com a informação significa não
saber utilizar adequadamente a informação, significa ter dúvidas quanto à forma de obter
resultados por meio da informação.

Regra da cultura da informação

Primeira regra da cultura da informação

Quando se fala em cultura organizacional deve estar implícito o que faz parte de tal cultura e o que
não faz parte, ou seja: deve estar bem claro quais são os elementos de uma cultura organizacional.
Para responder a esta questão há inúmeros autores. A titulo de exemplo, Sashkin e Kiser,
preocuparam-se com as questões inerentes à cultura das organizações com foco no cliente.

De acordo com Sashkin, as informações devem ser usadas para aperfeiçoar processos, e não para
julgar nem controlar as pessoas. Este é o primeiro elemento crucial de uma cultura organizacional.

A informação é para aperfeiçoar processos, não para controlar pessoas. Esta é a primeira regra de
uma cultura organizacional com foco nos clientes (internos e externos); é a primeira regra de uma
cultura da informação. Além desta primeira regra, a cultura organizacional torna-se mais forte se
a organização dispuser de pessoas que possuam os seguintes conhecimentos ou habilidades:

 Conhecimento sobre as fontes de informações existentes (formais ou informais);


 Capacidade para utilizar tais fontes, sabendo interagir com pessoas ou sistemas de
informações;
 Preparo para avaliar a qualidade das informações, quanto à sua confiabilidade, precisão,
atualidade, etc;
 Habilidade para saber identificar os problemas e as informações que são necessárias para
resolvê-lo;
 Capacidade para identificar e a cessar as informações necessárias para encontrar soluções
para os problemas;
 Habilidade para aplicar as informações obtidas na solução de problemas; e
 Habilidade para articular, organizar e comunicar informações às demais pessoas da
empresa de modo apropriado.

Cultura adequada a empresa

A cultura da organização adequada à empresa é definida por meio de dois critérios importantes:

1. O grau de incerteza da informação sobre o mercado;

2. O grau de complexidade da informação sobre produtos e processos.

Desta forma para se estabelecer a cultura da informação mais adequada a uma organização é
preciso responder a estas duas questões:

 Qual é o grau de incerteza da informação sobre o mercado dos nossos produtos ou


serviços? É alto? É baixo?
 Qual é o grau de complexidade da informação sobre os nossos produtos e nossos
processos? É alto? É baixo?
Dependendo das respostas é possível encontrar a cultura da informação mais adequada à
organização, de forma a garantir a sobrevivência dela. Cultura mais adequada, neste caso, significa
que a forma como as pessoas analisam, recolhem, organizam, processam, comunicam e utilizam a
informação é a mais apropriada à estratégia global da empresa, é a mais apropriada às metas da
empresa.

Dependendo das respostas dadas se encontra uma das culturas típicas:

 Cultura da informação para controlar, para monitorar erros e problemas - adequada para
empresas com baixa incerteza da informação sobre o mercado e baixa complexidade de
produtos e processos. Por exemplo: uma fábrica de calçados.
 Cultura da informação para adaptar, para corrigir erros e problemas - com baixa incerteza
da informação sobre o mercado e alta complexidade de produtos e processos.
 Cultura da informação para antecipar, isto é, para evitar erros e problemas - adequada a
empresas com alta incerteza da informação sobre o mercado e baixa complexidade da
informação sobre seus produtos e processos. A cultura da informação, em síntese, é o modo
como as pessoas usam a informação, e tal cultura reflete a importância que os
administradores atribuem à informação.
Todavia, a cultura da informação, em síntese, é o modo como as pessoas usam a informação, e tal
cultura reflete a importância que os administradores atribuem à informação.

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