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Risco e Retorno

Palestra 3
Docente: Neide Tomas
Risco e Retorno
1. Fundamentos de Risco e Retorno
Para maximizar o preço da acção, o administrador precisa saber avaliar duas
determinantes fundamentais: risco e retorno, cada definição financeira
apresenta determinadas características de risco e retorno e a combinação
dessas características afecta o preço da acção. O risco pode ser encarrado em
relação a um activo individual ou a uma carteira (uma colecção ou grupo de
activos).

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Risco e Retorno
 Se todos soubessem com antecedência qual seria o preço futuro de uma acção, o
investimento seria uma tarefa simples.
 Infelizmente, é dificil, se não impossivel, fazer tais predições com qualquer grau de
certeza.
 Em consequência, os investidores muitas vezes usam o passado para fazer predições
futuras.
 Risco e Retorno são variáveis básicas da tomada de decisão de investimentos.
Genericamente o risco é uma medida de volatilidade ou incerteza dos retornos, e
retorno é a expectativa de receitas de qualquer investimento.
 O retorno é medido como o total de ganhos ou prejuizo dos proprietários decorrentes
de um investimento durante um determinado periodo de tempo.

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1.1 Definição de Risco
 Risco é a probabilidade de perda financeira ou mais formalmente, a
variabilidade dos retornos associados a um dado activo.
 Uma obrigação do governo de 2.000,00 a 10,00 de juros após 30 dias não
representa qualquer risco, porque não há variabilidade associada ao retorno.
 Uma obrigação do governo de 2.000,00 de 0,00 a 20,00 de juros após 30
dias, é de alto risco devido à elevada variabilidade de seu retorno.
 Quanto mais próximo da certeza estiver o retorno de um activo, menor sua
variabilidade e, em consequência, menor seu risco.

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O risco está associado ao grau de incerteza sobre o investimento no


futuro. Quanto maior o grau de incerteza, maior o risco e maior o
retorno esperado e vice-versa. Todo investidor deve escolher suas
aplicações entre o menor risco possível e o maior retorno possível.
Esta possibilidade de escolhas está representada no gráfico abaixo.

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O início da reta vermelha representa ativos que costumam ser chamados


de “Livres de Risco”. Este tipo de ativo para uma taxa conhecida como
taxa livre de risco é geralmente representado por títulos do governo, pois
estes apresentam baixo risco de inadimplência.
Conforme caminhamos para a direita na reta vermelha, o grau de
incerteza perante o retorno esperado aumenta, pois estaríamos investindo
em ativos de maior risco como fundos de investimento, títulos privados,
dólar, ações, derivativos, etc.

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1.1.1 Fontes Tradicionais de Risco


 Risco de Mercado – decorre das condições da economia, que podem fazer os
juros, o câmbio, o preço das acções, etc, variar, influenciando o investimento
de forma positiva ou negativa. Além disso, a capacidade de pagamento do
emissor do título (ou o lucro desse emissor) também pode variar por conta
das condições da economia, prejudicando investimento realizado.
 Risco de Crédito – quando se investe, esta-se emprestando dinheiro a alguém
ou aplicando uma quantia em risco de que o tomador dos recursos não honre
a obrigação, ou nao pague os juros combinados, ou que o empreendimento
não renda o esperado.

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 Risco Legal esta relacionado com eventuais problemas legais que poderão
causar problemas no cumprimento das condições pactuadas. O título ou
contrato pode ter defeitos juridicos que impeçam ou dificultem o exercicio
dos direitos nele estabelecidos, permitindo ao devedor ou tomador não honrar
as obrigações assumidas. Por isso é muito importante somente aplicar em
investimentos regulamentados, nos quais o risco legal diminui bastante.
 Risco Operacional esta relacionada com as falhas ocorridas nas operações e
negócios do tomador do investimento durante o periódo em que os recursos
aplicados ainda não foram devolvidos. Estas poderão ser provenientes de
problemas nas actividades ou equipamentos de uma companhia, falhas
humanas no controle de custos e gestâo de quantias aplicadas, má gestão dos
recursos do emissor, etc.
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Factores de Risco
 Inflação
 Volatilidade (desvio padrão)
 Baixa produtividade de uma empresa
 Quebra da empresa
 Crises econômicas
 Mudanças no câmbio

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1.2  Definição de Retorno

É o ganho ou prejuizo total que se tem com um investimento ao longo de um


determinado período de tempo. É calculado distribuindo-se as distribuições em dinheiro
durante o período, mais as variações dos preços, pelo valor do investimento no início do
período.

- taxa de retorno efectiva, esperada ou exigida durante o periodo t


- fluxo de caixa recebido a partir do investimento no ativo durante o período de t-1 a t.
- Preço (valor) do activo no tempo t-1
- Preço (valor) do activo no tempo t-1

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1.3 Preferências em relação ao risco


 Indiferente ao risco atitude em relação ao risco no sentido de não se
exigir qualquer variação de retorno para compensar um aumento no
risco.
 Avesso ao risco atitude em relação ao risco no sentido de que se requer
um retorno mais alto para compensar um aumento no risco.
 Propenso ao risco atitude em relação ao risco de quem aceitaria
retorno menor por conta de um aumento de risco.

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2. Risco de um activo individual
A mensuração do risco de um único activo pode ser feita através de
análise de cenários e distribuição de probabilidade.
2.1 Análise de Cenários
Avaliação de risco que utiliza vários eventos possiveis para se ter uma
noção da variabilidade dentre os retornos. Um método comum que
envolve a consideração de resultados pessimistas, mais prováveis e
optimistas e os retornos a eles associados para um determinado activo.
O risco do activo pode ser medido pela amplitude dos retornos.

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 Amplitude uma medida do risco de um activo, encontrada subtraindo-


se o pior resultado (pessimista) do melhor resultado (optimista).
 Quanto maior for a amplitude, maior será a variabilidade e
consequentemente o risco.

2.2 Distribuições de Probabilidades


As distribuições de probabilidade fornecem uma visão mais quantitativa
do risco de um activo.
 Probabilidade é a chance de um dado evento acontecer.

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 Distribuição de probabilidades é um modelo que relaciona


probabilidades com os resultados a elas associados.
O tipo mais comum da distribuição de probabilidade é o gráfico de
barras.
 Gráfico de barras é o tipo mais simples de distribuição probabilística,
mostra somente um número limitado de eventos e as probabilidades
associadas a cada um.
Se conhecessemos todos os resultados possíveis e todas as probabilidades
a eles associadas, poderiamos desenvolver uma distribuição de
probabilidade contínua.

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 Distribuição de probabilidade contínua é uma distribuição de


probabilidade que apresenta todos os eventos possíveis e as
probabilidades associadas a cada um.

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o retorno.
Exemplo.

A julgar pelos desvio-padrão a empresa deveria escolher o activo C, que tem desvio-padrão menor do que o activo D
(9% versus 10%). Mais a administração estaria cometendo um erro ao escolher o activo C, porque a dispersão, o risco,
do activo é menor para D(0,50) do que para C(0,75).
Usar o coeficiente de variação para comparar o risco de activo é eficaz porque também leva em conta o retorno
esperado.

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Como diminuir o risco?


É possível diminuir o risco de seus investimentos através da
diversificação. Diversificar significa combinar em uma mesma carteira
de investimentos activos com características diferentes, pois activos
com características distintas tendem a obter retornos distintos e a
seguir diferentes tendências. O objetivo da diversificação é conseguir
os melhores retornos potenciais para um determinado nível de risco.

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O efeito da diversificação ocorre conforme adicionamos ativos com


características distintas a uma carteira de investimentos, reduzindo-se a
chance de que uma eventual perda em um dos ativos ou um fato
gerador de perdas ocasione perdas na totalidade de sua carteira. Vale
destacar que a diversificação é eficaz até mesmo dentro de um mesmo
mercado, como a bolsa de valores, bastando para isso que se escolha
empresas de diferentes setores e que sejam afetadas por diferentes
fatores econômicos, internacionais, entre outros.

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4. Risco e Retorno de um carteira


 Uma carteira é qualquer conjunto ou combinação de activos financeiros
 Se supusermos que todos os investidores são racionais e, portanto, tem aversão ao
risco, um investidor sempre optara por investir em carteiras, e não em activos
individuais.
 Os investidores aplicarão em carteiras porque com isso, estarão diversificando parte
do risco inerente a situação em que se coloca todo o dinheiro em um único activo
 Se um investidor aplicar em um único activo, sofrera todas as consequências de um
mau desempenho.

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 Isso não ocorrera com um investidor que aplicar em uma carteira diversificada
de activos
 Carteira de uma empresa é formada pelo seu activo total
 Carteira de um investidor é formada por uma variedade de títulos

4.1 Carteira eficiente


 Maximiza o retorno para certo nível de risco
 Minimiza o risco para determinado nível de retorno

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Obrigada pela atenção
Dispensada

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Referências Bibliográficas

• Weston, F. and Brighan, E. Fundamentos da Administracao


Financeira.10ª Ed. São Paulo, 2004

• Gitman, L, Principios da Administração Financeira,São Paulo, Harba,


12ª edição, 2010

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