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Definição de risco.
Definição de retorno.
Equação 1.
Rt = Ct + Pt – Pt - 1
Pt - 1
1
Onde:
O retorno, Rt, reflete o efeito combinado do fluxo de caixa, Ct, e de variações de valor,
Pt – Pt - 1, no período t.
A equação 1 é usada para determinar a taxa de retorno em um período que pode ser
curto, como um dia, ou longo, como dez ou mais anos. Entretanto, na maioria dos casos, t é
igual a um ano e R, portanto, representa uma taxa anual de retorno.
Retornos históricos.
Inflação 3,2%
• Para o administrador indiferente a risco, o retorno exigido não varia quando o nível de
risco vai de X1 para X2. Essencialmente, não haveria nenhuma variação de retorno
exigida em razão do aumento do risco. É claro que essa atitude não faz sentido em
quase nenhuma situação empresarial.
• Para o administrador avesso a risco, o retorno exigido aumenta quando o risco se
eleva. Como esse administrador tem medo de risco, exige um retorno esperado mais
alto para compensar o risco mais elevado.
• Para o administrador propenso a risco, o retorno exigido cai se o risco aumenta.
Teoricamente, como gosta de correr riscos, esse tipo de administrador está disposto a
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abrir mão de algum retorno para assumir maiores riscos. Entretanto, esse
comportamento não tenderia a beneficiar a empresa.
Em sua maioria, os administradores são avessos a risco. Para certo aumento de risco,
exigem aumento de retorno. Geralmente, tendem a ser conservadores, e não agressivos, ao
assumir riscos em nome de suas empresas. Portanto, será feita a suposição de que o
administrador financeiro tem aversão a risco e exige retornos maiores para correr riscos mais
altos.
Avaliação de risco.
Análise de sensibilidade.
Exemplo: A CAPS, empresa fabricante de equipamentos de golfe, deseja saber qual é o melhor
de dois investimentos, A e B. Cada um deles exige um dispêndio inicial de $ 10.000 e ambos
têm uma taxa anual de retorno mais provável de 15%. A administração fez uma estimativa
pessimista e otimista dos retornos associados a cada investimento. As três estimativas de cada
ativo e suas amplitudes são fornecidas na figura 3. O ativo A parece ser menos arriscado que o
ativo B; sua amplitude de 4% (17% - 13%) é menor que a amplitude de 16% (23% - 7%) do ativo
B. Um tomador de decisões avesso a risco preferiria o ativo A ao B, porque A oferece o mesmo
retorno mais provável que o B (15%), mas com menor risco (menor amplitude).
Figura 3 – Ativos A e B.
Ativo A Ativo B
Investimento inicial $ 10.000 $ 10.000
Taxa anual de retorno
Pessimista 13% 7%
Mais provável 15% 15%
Otimista 17% 23%
Amplitude 4% 16%
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Distribuição de probabilidades.
Mensuração de risco.
Desvio-padrão.
Equação 2
n
R = ∑ Rj x Pr
j=1
Onde
Exemplo: Os valores esperados dos retornos dos ativos A e B da CAPS são apresentados na
Figura 5. A coluna 1 fornece as probabilidades, Prj, e a coluna 2 contém os valores dos retornos
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possíveis, Rj. Em cada um dos casos, n é igual a 3. O valor esperado do retorno de cada ativo é
15%.
EQUAÇÃO 3.
FÓRMULA DE CÁLCULO DE DESVIO-PADRÃO.
EQUAÇÃO 4.
n
R = ∑ Rj x Pr
j = 1.............
n
EQUAÇÃO 5.
A fórmula comumente usada para encontrar o desvio-padrão dos retornos, O, em uma
situação em que todos os resultados possíveis são conhecidos e se supõe que todas as
probabilidades são iguais, é:
Exemplo: A Figura 6 fornece os desvios-padrão dos ativos A e B da CAPS, calculados com base
nos dados anteriores. O desvio-padrão do ativo A é igual a 1,41% e do ativo B, 5,66%. O maior
risco do ativo B está claramente refletido em seu desvio-padrão mais elevado.
5
3
∑ (Rj – R)2 x Prj = 2%
j=1
Ativo B
1 7% 15% -8% 64% 0,25 16%
2 15% 15% 0 0 0,25 0
3 23% 15% 8% 64% 0,25 16%
3
∑ (Rj – R)2 x Prj = 32%
j=1
Retornos históricos e risco: Podemos agora usar o desvio-padrão como medida de risco para
avaliar os dados históricos (1926 – 2000) de retorno de investimento fornecidos na figura 2. A
figura 7 repete os retornos médios históricos e mostra os desvios-padrão a eles associados.
Pode ser percebida uma relação próxima entre os retornos dos investimentos e os desvios-
padrão: investimentos com retornos médios mais altos apresentam desvios-padrão maiores.
Como desvios-padrão maiores estão associados a riscos mais altos, os dados históricos
confirmam a existência de uma relação positiva entre risco e retorno, a qual relação reflete a
presença de aversão a risco entre os participantes do mercado, que exigem retornos mais altos
para compensar riscos maiores. Os dados históricos apresentados na figura 7 mostram
claramente que, no período de 1926 a 2000, os investidores foram recompensados com
retornos maiores nas aplicações mais arriscadas.
6
Coeficiente de variação.
Equação 6.
CV = Ok
K
Quanto maior o coeficiente de variação, maior o risco.
A utilidade real do coeficiente de variação vem da comparação dos riscos de ativos que
possuem retornos esperados diferentes.
Exemplo: Uma empresa deseja selecionar o menos arriscado de dois ativos alternativos, X e Y.
O retorno esperado, o desvio-padrão e o coeficiente de variação dos retornos de cada um dos
ativos são:
Julgando somente com base no desvio-padrão, a empresa preferiria o ativo X, que tem desvio-
padrão (9%) menor do que o ativo Y (10%). Entretanto, a administração também estaria
cometendo um grave erro ao escolher o ativo X em detrimento de Y porque a dispersão (o
risco) do ativo, refletida no coeficiente de variação, é menor para Y (0,50) do que para X (0,75).
Obviamente, o uso do coeficiente de variação é mais eficaz para comparar os riscos de ativos
porque também considera a magnitude relativa, ou seja, o retorno esperado dos ativos.
O retorno de uma carteira é uma média ponderada dos retornos dos ativos individuais
que a compõem. Podemos usar a equação 7 para obter o retorno de uma carteira, Kp:
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Equação 7.
n
Rp = (W1 x K1) = (W2 x K2) + ....+ (Wn x Kn) = ∑ Wj x Kj
j=1
Onde:
Retorno previsto
Ativo X Ativo Y Cálculo do retorno da carteira Retorno esperado da carteira, Kp
Ano (1) (2) (3) (4)
2004 8% 16% (0,50 x 8%) + (0,50 x 16%) = 12%
2005 10% 14% (0,50 x 10%) + (0,50 x 14%) = 12%
2006 12% 12% (0,50 x 12%) + (0,50 x 12%) = 12%
2007 14% 10% (0,50 x 14%) + (0,50 x 10%) = 12%
2008 16% 8% (0,50 x 16%) + (0,50 x 8%) = 12%
8
B. Valor esperado dos retornos da carteira, 2004 – 2008b
Ok =
(12% − 12%) + (12% − 12%) + (12% − 12%) + (12% − 12%) + (12% − 12%)
5–1
=√0% + 0% + 0% + 0% + 0%
4
%
= = 0%
Correlação.
Diversificação.
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A criação de uma carteira que combine dois ativos com retornos
correlacionados perfeita e positivamente resulta em risco geral que, no mínimo, é igual
ao risco do ativo menos arriscado e, no máximo, igual ao do ativo mais arriscado.
Entretanto, uma carteira que combine dois ativos com retornos positivamente, mas
não perfeitamente correlacionados, pode reduzir o risco total a um nível inferior ao de
qualquer um dos componentes, e em certas situações esse nível de risco pode ser
nulo. Por exemplo, suponha que você seja dono de uma empresa que fabrique
máquinas operadoras. Esse é um negócio bastante cíclico: as vendas são elevadas
quando a economia está crescendo e reduzidas quando está em recessão. Se você
adquirisse outra empresa produtora de máquinas operadoras, com vendas
positivamente correlacionadas com as de sua empresa, as vendas combinadas ainda
seriam cíclicas e o risco permaneceria o mesmo. Outra alternativa seria adquirir uma
fábrica de máquinas de costura. Nesse caso, as vendas são anticíclicas. Costumam ser
reduzidas quando a economia está em expansão e elevadas quando está em recessão
(quando os consumidores tendem então a fazer as próprias roupas). A combinação
com a fábrica de máquinas de costura, com vendas negativamente correlacionadas,
deveria reduzir o risco.
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Ativo Retorno esperado, R Risco (desvio-padrão), O
R 6% 3%
S 8% 8%
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Figura 1 Fontes populares de risco para administradores financeiros e acionistas
Fontes de risco Descrição
Riscos específicos da empresa
A possibilidade de que a empresa não seja capaz de cobrir seus custos de operação. Seu nível é determinado pela
Risco operacional
estabilidade das receitas da empresa (fixos) e pela estrutura de seus custos operacionais (variáveis).
A possibilidade de que a empresa não seja capaz de saldar suas obrigações financeiras. Seu nível é determinado pela
Risco financeiro
previsibilidade dos fluxos de caixa operacionais da empresa e suas obrigações financeiras com encargos fixos.
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1º EXERCÍCIO da Relação Retorno e Risco.
Análise de carteira: Um empresário veio até você e pediu-lhe sua opinião quanto à escolha de uma carteira de
ativos e forneceu-lhe os dados a seguir:
Retorno esperado.
Ano Ativo A Ativo B Ativo C
2010 12% 16% 12%
2011 14% 14% 14%
2012 16% 12% 16%
Não foram fornecidas probabilidades. Você pode criar duas carteiras – uma composta
dos ativos A e B e outra dos ativos A e C - , investindo iguais proporções (50%) em cada
um dos ativos componentes.
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