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CENTRO TECNOLÓGICO DE APRENDIZAGEM SENHORA SANTANA

CETASS

MESAQUE RODRIGUES SILVA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Alagoinhas - BA
2018
AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer, primeiramente, à Deus que me tem proporcionado


condições favoráveis ao meu desenvolvimento intelectual e me deu oportunidades
únicas nesse período de curso.
A meus pais, que me educaram e mostraram o caminho e pelo apoio financei-
ro, bem como motivação, amor, carinho e insistindo que não parasse nos estudos;
mostrando o caminho certo para a pesquisa e busca de informações na rede de
computadores. Dos valores e qualidades que me nortearam e que hoje baseio parte
da minha linha de ética nesse aprendizado por eles ensinado.
À Coordenadora Renata Gonçalves que percebeu meu potencial, acreditou e
deposita sua confiança em mim e torce pelo meu sucesso.
Aos meus colegas de classe, em que o convívio me fez mudar de opinião
amadurecer bastante melhorando a relação interpessoal e maior interesse pelo es-
tudo.
Ao professor Aldemir Santana, (docente da matéria Prevenção e Combate à
Incêndios) que com ensino de qualidade me fez interessar intensamente pelo estu-
do, sem precisar de qualquer discurso motivacional, apenas com seu conhecimento
sobre o tema em questão. Quando nos levou em visita técnica à Braskem, no polo
Petroquímico de Camaçari, depois desse dia voltei para casa com uma visão total-
mente deferente para minha carreira profissional. Gosto de dizer que mudei da agua
para o vinho, já que depois eu comecei a estudar sem ser exclusivamente para pas-
sar nas matérias; agora eu pesquiso simplesmente porque gosto, estou consciente
que não sei de nada e preciso de bastante conhecimento para seguir em minha car-
reira como profissional de segurança do trabalho. Até hoje faço isto e não pretendo
parar, na verdade os planos é me tornar um melhor leitor enquanto busco literaturas
mais técnicas.
Aos colegas de trabalho que juntos fizeram um ambiente laboral descontraído
e divertido não deixando, claro, de ser extremamente profissional.
‘‘Manter o sentido de vulnerabilidade é
uma característica essencial de uma boa
cultura de segurança de processo. O que
significa ter um elevado nível de percep-
ção dos perigos do seu processo e mate-
riais. Nunca pense ‘não pode acontecer
aqui’ ou ‘não pode acontecer comigo’.
Pode! ’’
- Process safety Beacon, Mensagens para
o pessoal de Operação.

“Não deixe um dragão vivo fora de seus


cálculos, se viver perto dele’’

- J. R. R. Tolkien, The Hobbit, chapter XII


RESUMO

Mesaque Rodrigues Silva


Relatório de Estágio supervisionado
Curso Técnico em Segurança do Trabalho
CETASS – Centro Tecnológico de Aprendizagem Sra. Santana, Alagoinhas, 2018.

O presente relatório o autor pretende passar o seu aprendizado, as análises e


relatórios, as atividades que motivaram sua contratação e qual sua visão sobre a
Segurança do Trabalho baseado no que aprendeu nestes quatro meses de prática.

Ao decorrer do trabalho o autor decide expressar sua visão crítica do que


aprendeu em sala de aula e em campo de estágio, tentando demostrar que perce-
beu e desenvolveu esse novo olhar com que aplicou ou deseja aplicar nas empresas
que vir a ser contratado, bem como orientar demais estudantes que se interessarem
por sua percepção do conceito de saúde e segurança do Trabalho e como pode ser
posto em prática.

Palavras-chave: Segurança, eSocial, legislação, normatização, visão crítica.


Lista de Apêndices

Apêndice 1 Relatorio Semanal de Estagio – Carpintaria ........................................................ 16


Apêndice 2 Relatório geral das obras na FJC ......................................................................... 22
Sumário

CAPÍTULO 1 ...................................................................................................................... 11

INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 8
1.1 A empresa ...................................................................................................... 9
1.2 O departamento ........................................................................................... 10

CAPÍTULO 2 ...................................................................................................................... 10

RELATO DE ESTÁGIO ...................................................................................................... 11

CAPÍTULO 3 ...................................................................................................................... 24

CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 24

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................. 25


Lista de Abreviaturas e Siglas

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas


CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
E-SOCIAL Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias
e Trabalhistas
FJC Fundação José Carvalho
GGI Gerência de Gestão Integrada
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
MEC Ministério da Educação
MTE Ministério do Trabalho e Emprego
NR Norma Regulamentadora
ONU Organização das Nações Unidas
SESMT Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho
SST Segurança e Saúde no Trabalho
PCMAT Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho da Industria da
Construção
PPRA Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
8

Capítulo 1

Introdução

O estágio é essencial para o aprendizado do curso, porquê grande parte das


empresas pedem experiência mínima de seis meses, para dizer que dizer que pegam
recém-formados. Sendo assim qualquer experiência é indispensável.

Por mais curto que seja não é possível que não se aprenda pelos menos a apli-
cação de alguns aspectos normativos, a interpretação de normas regulamentadoras ou
como deve ser a atuação do técnico de segurança; visto muitos saem da sala com a
humilde visão de conhecer, indicar, entregar EPIs, fazer relatórios das não conformida-
des da instituição e mandar e-mail solicitando melhoria. O estagiário precisa descobrir
que essa área é muito mais além do que isso.

Em confronto com essa visão limitadas de alguns recém-formados já é realidade


a exigências do eSocial (Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previ-
denciárias e Trabalhistas) em que os empregadores passarão a comunicar ao Governo,
de forma unificada, as informações relativas aos trabalhadores, como vínculos, contri-
buições previdenciárias, folha de pagamento, comunicações de acidente de trabalho,
aviso prévio, escriturações fiscais e informações sobre o FGTS. Teoricamente o aperto
nas empresas cresceria bastante a ponto de as empresas buscarem dar maior priorida-
de à área de SST, que exigiria maior capacitação dos profissionais técnicos de segu-
rança e, reitero uma visão ampla e global do sistema de segurança ideal que deseja ser
implantado, mantido ou melhorado.
Introdução 9

Isso depende exclusivamente de estudos baseados em leituras técnicas, seja ela


qual for (porem que seja relacionada à área em questão) para desenvolver uma visão
de diversos ângulos (ou multidisciplinar), ou seja, considerar diversos tipos de opiniões.
Secundário a isso tem-se por objetivo ter muitas respostas para uma situação somado à
uma visão crítica terá melhores resultados, completando os principais objetivos da Se-
gurança do Trabalho, sabendo que não é o melhor ou mais importante departamento,
mas sim, um sistema essencial para o crescimento da organização.

Na visão do autor, os principais objetivos da Segurança do Trabalho são auxiliar


a empresa no cumprimento da legislação trabalhista (isso abrange todos os aspectos,
desde CLT à Leis Complementares), assegurar que não haja interrompimento da Pro-
dução prevenindo eventos adversos e reduzindo gastos desnecessários na empresa.

O estagiário ou profissional de Saúde e Segurança do Trabalho (SST) precisa ter


em mente que os valores que nos forem disponibilizados tratam-se de investimento não
de gasto. Se tiverem essa visão desde a formação, perceberá que deverá atuar con-
vencendo o empregador que os gastos serão eliminados e o investimento trará retorno
à médio e longo prazo.

1.1 A empresa

Sobre a empresa onde se desenvolveu o estágio em Segurança do Trabalho de-


cido inserir os dados disponíveis no site da própria empresa, como segue:

Em 1975, José Carvalho achou que era chegado o momento de tornar realidade
o grande sonho de sua vida, retribuindo o benefício social que ele obtivera ao receber
bolsas de estudo que lhe permitiram cursar ensino da melhor qualidade, do primário à
universidade. Cria e institui, então, a Fundação José Carvalho (FJC), entidade sem fins
lucrativos e com prazo de duração indeterminado, tendo por objetivos primordiais pro-
porcionar educação de qualidade e prestar assistência técnico-pedagógica e social a
crianças e jovens carentes.
10 Introdução

Para garantir a sobrevivência e a saúde financeira da FJC, em 1975, José Carva-


lho doou à Fundação 94% das ações ordinárias que detinha da FERBASA. Contrarian-
do a regra geral (as empresas doam às fundações parte do seu lucro anual), ele trans-
formou a FJC em acionista majoritária da FERBASA, abrindo mão de grande parte dos
seus bens.

A Entidade mantém, diretamente, 6 unidades escolares e oferece orientação


técnico-pedagógica, mediante convênios, a 2 estabelecimentos de ensino localizados
um na Bahia e outro, em Pernambuco. Além disso, investiu, com a VITAE, em 2 Cen-
tros de Educação Complementar, em Pojuca (BA) e em Feira de Santana (BA); e, com
recursos próprios, na revitalização de 2 escolas agrotécnicas, em Feira de Santana
(BA) e em Amargosa (BA). Desde sua criação, a Fundação José Carvalho já educou e
formou milhares de jovens, recrutados, na infância ou na adolescência, entre famílias
carentes. Atualmente, 6.888 crianças são beneficiadas e educadas dentro de padrões
de alta qualidade, reconhecidos por instituições e autoridades especializadas.

Hoje, a Fundação pode se orgulhar de cumprir integralmente os nobres objetivos


que nortearam a sua criação.

1.2 O departamento

O departamento em que foi realizado as atividades é chamado pela Fundação


José carvalho-FJC de GGI (Gerencia de Gestão Integrada). Nele são envolvidos o
SESMT, Engenharia Civil e Assistente Administrativo. O SESMT tem o engenheiro de
segurança, médico do trabalho, técnica de enfermagem e auxiliar técnica. Dois enge-
nheiros civis efetivos e um temporário que são os responsáveis da Fundação pelas
obras que estão em andamento e as que virão em breve. Além de um assistente admi-
nistrativo que é responsável pela burocracia de alguns serviços atendidos pelo GGI.
11

Capítulo 2

Relato de Estágio

O eSocial foi o principal motivo da FJC na contratação de estagiário em seguran-


ça do trabalho, a necessidade era de enviar dados da avaliação qualitativa do Programa
de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA ao governo dando apoio ao engenheiro de
segurança e a auxiliar técnica de segurança que estavam realizando o envio, mas, de-
vido à demanda de atividades e o prazo de eSocial fez-se necessário contratar para
facilitar as atividades, bem como o acompanhamento em outras atividades para com-
plementar o aprendizado.

Após a contratação houve integração com os outros departamentos (financeiro,


Recursos Humanos, Setor Pessoal, etc.), com nosso gerente de GGI e por último com o
sistema que utilizamos, o RM da TOTVS. A auxiliar técnica de segurança do trabalho
mostrou como usá-los e a mandar os dados ao Governo, bem como usar o Protheus,
sistema usado para solicitar materiais e ferramentas ao armazém e solicitação de com-
pras.

Não teve muita complexidade o primeiro contato com um sistema gerenciador de


uma empresa, considerando que o novo traz certa resistência, a adaptação foi pouco
difícil e já estava enviando os dados ao governo em pouco tempo. O autor fez cumprir o
que tinha posto em seu currículo (boa adaptação ao ambiente), uma característica que
grande ajudou em seus primeiros passos no mercado de trabalho. Tanto foi assim que,
só foi descobrir que a adaptação foi fácil quando estava realizando uma reflexão geral
do aprendizado.
12 Relato de Estágio

Durante praticamente todo estágio foi essa atividade de alimentar o sistema com
essas informações, mas, foi visto outras atividades também relacionadas à atividade de
segurança do trabalho as quais serão mostradas em seguida.

Por exemplo, o Dialogo Semanal de Segurança – DS, na FJC não temos esta
reunião com os colaboradores diariamente e popularmente conhecido: Diálogo Diário
de segurança – DDS; o dia padrão dessa atividade de segurança é nas terças-feiras,
alternando entre os temas de saúde (ministrado pela técnica de enfermagem) e segu-
rança (engenheiro, auxiliar técnica e os estagiários).

Quando encarregado de ministrar um Diálogo de Segurança busquei temas dife-


rentes que trouxesse informações importantes e de qualidade para os trabalhadores.
Foram ao todo 3 DSs com temas diferentes, os quais foram: Postura correta no uso do
carrinho de mão; Consequencias do ruído ao organismo; Introdução a teoria do fogo e
Falhas humanas no evento adverso (acidente de trabalho). Além de mais outro em que
eu e o colega Jean aplicamos juntos.

De diferente também teve o acompanhamento ao supervisor quando tinha que ir


ao Parque Rolf, estabelecimento próximo à Fundação José Carvalho e na Fábrica de
laticínios Tina Carvalho em Entre Rios. Isso quando a disponibilidade de horário do es-
tágio permitia.

Treinamentos de segurança apenas um foi aplicado, Percepção de Ris-


cos/Perigos, e uma palestra sobre primeiros socorros aplicado pela técnica de enferma-
gem no teatro aos alunos do Colégio Técnico em que nós só fizemos assistir. Mas foi
proveitoso.

Também uma ação interessante do supervisor foi a de pedir que que fosse en-
tregue semanalmente um relatório geral do aprendizado; contendo o que foi visto de
erro, acertos, visão crítica sobre a situação e do que foi aprendido.

Destaque para 2 relatórios feitos pelo autor, que chamou bastante atenção do
supervisor, e que foi resultado de muitas idas ao local e constante estudo das normas
aplicáveis, para que o diagnóstico tivesse embasamento legal para surtir efeito e gerar
soluções cabíveis, estão em apêndice apresentados a seguir.
Relato de Estágio 13

2.1 Apêndice I - Relatório realizado na carpintaria

Relatório-Carpintaria

A carpintaria tem suas medidas seguranças ditas na NR 18, mas não dis-
põe sobre todas as condições de risco presentes no ambiente. Cabendo assim a obser-
vância de outras Normas Regulamentadoras.

A NR 12 em seu Item 12.6 trata dos Arranjos Físicos, considerando que: 12.6.
Nos locais de instalação de máquinas e equipamentos, as áreas de circulação de-
vem ser devidamente demarcadas e em conformidade com as normas técnicas
oficiais.

Carpintaria da Fundação José Carvalho

12.6.2. As áreas de circulação devem ser mantidas desobstruídas.

12..7 Os materiais em utilização no processo produtivo devem ser alocados


em áreas especificas de armazenamento, devidamente demarcadas com faixas na
14 Relato de Estágio

cor indicada pelas normas técnicas oficiais ou sinalizadas quando se tratar de


áreas externas.

12.8. Os espaços ao redor das máquinas e equipamentos devem ser ade-


quados ao seu tipo e ao tipo de operação, de forma a prevenir a ocorrência de
acidentes e doenças relacionados ao trabalho.

12.9. Os pisos dos locais de trabalho onde se instalam máquinas e equipa-


mentos e das áreas de circulação devem:

a) ser mantidos limpos e livres de objetos, ferramentas e quaisquer materi-


ais que ofereçam riscos de acidentes;

b) ter características de modo a prevenir riscos provenientes de graxas,


óleos e outras substâncias e materiais que os tornem escorregadios; e

c) ser nivelados e resistentes às cargas a que estão sujeitos.

Notadamente o setor apresenta diversas não-conformidades com a NR 12, dei-


xando as condições de riscos sem controle e uma condição ideal de o ‘‘acidente espe-
rando para acontecer”.

A medida principal de controle é avaliação qualitativa no PPRA e elaborar um


plano de ação com as medidas de controle.

Porém temos que destacar também as conformidades dos arranjos físicos com a
NR 12, são eles:

12.8. Os espaços ao redor das máquinas e equipamentos devem ser ade-


quados ao seu tipo e ao tipo de operação, de forma a prevenir a ocorrência de
acidentes e doenças relacionados ao trabalho.

12.8.1. A distância mínima entre máquinas, em conformidade com suas ca-


racterísticas e aplicações, deve garantir a segurança dos trabalhadores durante
sua operação, manutenção, ajuste, limpeza e inspeção, e permitir a movimenta-
ção dos segmentos corporais, em face da natureza da tarefa.

12.13. As máquinas, as áreas de circulação, os postos de trabalho e quais-


quer outros locais em que possa haver trabalhadores devem ficar posicionados
Relato de Estágio 15

de modo que não ocorra transporte e movimentação aérea de materiais sobre os


trabalhadores.

A CARPINTARIA SEGUNDO A NR 18

Não-conformidades:

18.7.1. As operações em máquinas e equipamentos necessários à realiza-


ção da atividade de carpintaria somente podem ser realizadas por trabalhador
qualificado nos termos desta NR.

Conforme Check-List realizado, o operador da serra circular não possui treina-


mento de segurança nem é qualificado conforme NR 12, possuindo apenas “experiência
na área”. Não que o operador não saiba manusear a máquina, mas o operador qualifi-
cado conhece de ponta a ponta o equipamento, seus riscos, quando não é permitido o
seu uso; ele, mais do que ninguém, é quem precisa fazer as inspeções na máquina e
exigir as melhorias e exigir as proteções coletivas e individuais.

18.7.2. A serra circular deve atender às disposições a seguir:

c) o disco deve ser mantido afiado e travado, devendo ser substituído


quando apresentar trincas, dentes quebrados ou empenamentos;

e) ser provida de coifa protetora do disco e cutelo divisor, com identifica-


ção do fabricante e ainda coletor de serragem.

Conforme imagem a seguir:


16 Relato de Estágio

Dentes da serra quebrados, sem coifa protetora e cutelo divisor

Ausência de coletor de serragem

18.7.4. As lâmpadas de iluminação da carpintaria devem estar protegidas


contra impactos provenientes da projeção de partículas.
Relato de Estágio 17

Lâmpada sem proteção contra impactos

JULGAMENTO PROFISSIONAL

A carpintaria apresenta diversas não-conformidades com as normas regulamen-


tadoras, nem foi posto no relatório os aspectos ergonômicos, riscos adicionais; manu-
tenção, inspeção, preparação, ajuste, reparo e limpeza; sinalização de segurança em
máquinas e procedimentos de trabalho da NR 12 e as exigências da NR 26, que diz
que:

26.1.1. Devem ser adotadas cores para segurança em estabelecimentos ou


locais de trabalho, a fim de indicar e advertir acerca dos riscos existentes.

26.1.3. A utilização de cores não dispensa o emprego de outras formas de


prevenção de acidentes.

26.1.4. O uso de cores deve ser o mais reduzido possível, a fim de não oca-
sionar distração, confusão e fadiga ao trabalhador.

Então, é uma excelente oportunidade de melhoria sendo que as condições


de riscos devem ser eliminadas, postas proteções coletivas e depois as individuais.

O primeiro passo já foi dado, o de ‘arrumar a casa’, notadamente não é mais ba-
gunçado e tudo está no seu devido lugar.

Agora poderemos sinalizar o local e qualificar os trabalhadores. O local fi-


cará visivelmente mais organizado ainda e com funcionários qualificados ficara mais
fácil identificar os riscos, os perigos e as melhorias; aumentará a qualidade de vida no
18 Relato de Estágio

trabalho, do serviço, ele vai produzir mais e com qualidade; será reduzido custos des-
necessários e perda de tempo.

Posteriormente virá a parte mais difícil e custosa. Substituir aqueles ma-


quinários, sem nenhuma condição segura de trabalho, proteção coletiva quase que ine-
xistente; antigos, não questionando a funcionalidade dela mais sim as medidas de se-
gurança que visam manter a integridade física dos trabalhadores.

Implantar a NR 12, caso necessário, como projeto, procedimento ou cultu-


ra de segurança a fim de padronizar a segurança em maquinas e equipamentos. Não
há grande dificuldade nisso, como não temos número grande de máquinas não tem ta-
manha complexidade.

Usando como exemplo um método da Schmersal Brasil de implantar a NR


12, temos os seguintes passos:

>Apoio da alta direção: Lógico, precisamos estar resguardados, apesar de o


nosso trabalho seja o de auxiliar a empresa no cumprimento da legislação de Seguran-
ça no trabalho, não conseguiremos fazer isso sem o apoio da gerencia por causa da
aprovação do projeto.

>Equipe multidisciplinar: pode ser dispensado aqui, Fundação José Carvalho-


FJC, mas se houver sua importância se dá no acompanhamento do cronograma, e au-
xilio dos trabalhadores que operam a máquina.

>Projeto: A organização das etapas é fundamental para o sucesso do mesmo.


Podemos definir esse projeto em 5 fases: iniciação, planejamento, implantação, controle
e entrega. Essa organização dará à empresa um cronograma desde a identificação das
necessidades, objetivos, viabilidade, escopo, competências e recursos operacionais e
financeiros necessários, até como será a elaboração, a execução e a entrega do proje-
to.

É um modelo simples que pode, ou não, ser seguido, o importante é que a


empresa esteja nos conformes com relação às normas e os funcionários voltem para
suas casas do jeito que vieram, mantidos sua saúde e integridade física. Além de con-
Relato de Estágio 19

dizer com uma excelente gestão de Segurança e saúde do trabalhador, e a satisfação


dos profissionais de SST.

2.2 Apêndice II – relatório geral das obras na FJC

Relatório semanal de estágio –


Auditoria em Obras na Fundação José Carvalho

NOVO REFEITÓRIO, OBRA DE HUGO


Arranjos Físicos e aspectos ergonômicos: Tem um local meio desorganizado por
não ter sinalização, mas os materiais estão em local separado, adequado e arrumado.

Em alguns locais são bem escuros, mas onde os funcionários trabalham tem ilu-
minação natural por meio de abertura na lateral do prédio.

NOVA PORTARIA, MARCOS


Por está em fase de marcação dos pontos, não há muito o que verificar, exceto,
que temos Trabalho à Céu Aberto, alguns funcionários sem óculos escuros porque não
tinham ou não estavam usando.

NOVO COLÉGIO TÉCNICO, ARTE FAC


Atividades de levantamento de cargas com uso de guindaste.
- Quanto de peso um guindaste suporta?

Não identificado. O mestre de obras não soube responder.

- Qual o peso dos pré-moldados?

Não identificado. O mestre de obras não soube responder.


20 Relato de Estágio

Entendo que não tem como trabalhar com movimentação de cargas sem isolar o
‘raio’ do guindaste, pode-se considerar o peso da carga e o peso dos pré-moldados,
sendo esse último bem mais leve que a carga máxima permitida. Essa é a medida de
controle para que os trabalhadores façam o direcionamento da carga no local correto e
adequado sem a ocorrências de eventos indesejados, já que o desvio não foi eliminado.

OBS:

‘‘Alguns funcionários da Art Fac foram fazer um serviço com martelete na área da
Cill, similar a uma furadeira, não deu para perceber se estavam usando o protetor auri-
cular do tipo plug, mas não estavam usando abafador do tipo concha. ’’

ANALISE DE RISCOS NA OBRA DA CILL


Organizado, matérias locados em local adequado e bem arrumado, logo não po-
de ser considerado ‘arranjos físicos inadequados’.

Alguns funcionários que trabalhavam nos andaimes colocaram o cinto de segu-


rança em nossa frente. Os demais estavam conectados ou a estrutura ou a linha de
vida (2° pavimento).

Foi dado os ’parabéns’ ao mestre de obras, como forma simbólica de reconheci-


mento. A técnica de segurança não estava no local.

VERIFICAÇÃO E ANALISE NO ALMOXARIFADO


- Há condições inseguras ou se nada foi identificado ou classificado?

Não foi identificado como condição insegura, não há acesso obstruído e não tem
extintor obstruído. Porém, alguns extintores estão com o ponteiro do monômetro fora do
verde.
21

Capítulo 3

Conclusão

Muitas boas conclusões podem ser tomadas pós estágio. Principalmente algu-
mas dificuldades que são inerentes a todas as funções, por ser a primeira experiência
profissional e ter que e adaptar às características da empresa e como funcionam os
processos na prática, mais os particulares à segurança do trabalho.

Durante esse período de estágio, realizei analises de riscos e relatórios supervi-


sionados; ministrei dois DSs (Diálogos de Segurança) e aprendi sobre o eSocial, envi-
ando dados do PPRA mas especificamente as avaliações qualitativas do prédio princi-
pal e todos os estabelecimentos da Fundação.

E com os colegas de trabalho as características principais que todo profissional


precisa desenvolver:

1. Comunicação interpessoal eficaz, sincera, imparcial e com empatia;


2. Ampla visão, isto é, ver as coisas com no mínimo 2 ângulos diferentes, isto significa
que não é o dono da verdade e que as pessoas têm diferentes opiniões para uma si-
tuação só, conhece-las facilita a tomada de decisão;
3. Falar bem em público. É fundamental, essencial, importante ter esta característica
como ponto estratégico, pois será utilizado na implantação da cultura ou política de
segurança. O objetivo basicamente será envolver todos os funcionários, dos diver-
sos níveis hierárquicos, fazer com que entendam, de forma simples e divertida, a
importância estratégica que a segurança e saúde do trabalho possui na corporação;
4. Paciência, pois não se muda algo para melhor em pouquíssimo tempo, entender que
toda mudança causa resistência ao ser humano já pode ser considerado um bom
começo;
5. Capacidade de gerenciar, adaptar o tempo, visitas à área, considerar as atividades
que podem surgir a qualquer momento, qualidade fundamental para o técnico de
segurança;
6. Outras que julgar necessário, que seja um diferencial.
22 Referências Bibliográficas

Referências Bibliográficas

Missão, visão e valores da Fundação José Carvalho. Disponível em:


<http://www.fjc.org.br/institucional.php#visao>
Conheça o eSocial. Disponível em: <http://portal.esocial.gov.br/institucional/conheca-o>

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