Aula 11

Como Estudar para MPE - 2022 (Curso

Regular)

Autor:
Alex Fadel, Guilherme Carneiro de
Rezende, Juliano de Pelegrin,
Paulo H M Sousa

09 de Março de 2022

Bons estudos -Bons Estudos

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1 – CONSIDERAÇÕES INICIAIS

1.1- APRESENTAÇÃO

Inicialmente, cumpre esclarecer que estamos disponíveis para você, estudante do

Estratégia, por meio dos seguintes canais, sempre:

Fórum de Dúvidas do Portal do Aluno;

guilhermecarneiropr e / ou professoralexfadel

@profguilhermecarneiro e / ou @professoralexfadel

Pois bem. Iniciaremos o Estudo Estratégico com a análise objetiva a respeito da

incidência de questões de Direito Institucional em provas para ingresso na carreira de
Promotor de Justiça. Não é o objetivo deste material adentrar o conteúdo de cada
disciplina, por meio de resumos. Trata-se de uma análise quantitativa e, simultaneamente,
qualitativa, a respeito do que mais foi exigido nos últimos 05 (cinco) anos, em Direito
Institucional, nos concursos públicos para Ministério Público Estadual.

1.2 - EMENTA DA MATÉRIA

Direito Institucional pode ser visto a partir da ementa-padrão abaixo. Sabemos que
toda classificação é sujeita a críticas e certamente há quem não concordará com a divisão
proposta. Essa ementa e essas divisões foram feitas a partir de uma discussão longa e
aprofundada com os professores da área durante vários meses. Não é perfeita, mas,
meramente ideal. A divisão é didática e pensada a partir de uma estrutura maior, de
análise do todo. Essa divisão e essa classificação se harmonizam em todas as Carreiras
Jurídicas, de modo a trazer uma parametrização objetiva.

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2 – ANÁLISE QUANTITATIVA

2.1 - ANÁLISE DAS FONTES

Que tipo de fonte - doutrina, jurisprudência, lei, legislação local - mais aparece
numa prova para ingresso na carreira do Ministério Público? Será que estudo a
jurisprudência com bastante afinco, ou vale mais a pena rever conceitos doutrinários?
Fontes locais são importantes? Apresentamos, agora, o gráfico de incidência das provas:

Direito Institucional - Nº de Alternativas

450

400

350

300

250

200

150

100

50

0
Lei Doutrina Jurisprudência Legislação Local

Direito Institucional - %

Legislação Local
13%
Jurisprudência
4%
Doutrina
3%

Lei
79%

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Feitas essas análises estatísticas quantitativas, é chegada a hora de fazer uma

análise qualitativa e estabelecer um parecer a respeito desta disciplina na sua carreira.
Vamos lá?

3 – ANÁLISE QUALITATIVA E PARECER

Ao prestar qualquer concurso é importante que você conheça minimamente a

instituição na qual pretende ingressar. Isso vale não só para o Ministério Público, mas
==13272f==

também para a Magistratura, a Defensoria, a Advocacia Geral da União, a Polícia Federal.

Conhecer a instituição não significa saber quantos cargos existem e dentre eles
quantos estão vagos, como eles estão distribuídos, enfim.
Conhecer a instituição, significa compreender a sua estrutura básica, como é a
organização administrativa da Instituição, as atribuições de cada um dos Órgãos internos
etc. Lembre-se que a atividade de qualquer instituição não se resume à atividade fim:
oferecer denúncias, propor ações civis públicas, instruir expedientes investigatórios etc.
Internamente existe um determinado Órgão responsável por presentar a
Instituição, um que exerce o poder correicional (estabelecendo diretrizes de atuação,
aplicando sanções aos membros etc), um que julga as promoções e remoções, um que
define questões orçamentárias, distribuição de atribuições, e assim por diante.
Cada Ministério Público, assim como cada Tribunal, Defensoria etc, tem a sua
estrutura própria, com algumas particularidades, mas as linhas gerais de organização e
funcionamento estão traçadas na Lei Federal 8.625/93.
Teríamos, portanto, uma grande divisão, que cinde os Órgãos em de Órgãos de
Administração e Órgãos de Execução.

Órgãos da/e Administração (Gráfico 1) Órgãos de Execução (Gráfico 2)

Art. 5º São órgãos da Administração Art. 7º São órgãos de execução do

Superior do Ministério Público: Ministério Público:
I - a Procuradoria-Geral de Justiça; I - o Procurador-Geral de Justiça;
II - o Colégio de Procuradores de Justiça; II - o Conselho Superior do Ministério

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III - o Conselho Superior do Ministério Público;

Público; III - os Procuradores de Justiça;
IV - a Corregedoria-Geral do Ministério IV - os Promotores de Justiça.
Público.

Art. 6º São também órgãos de

Administração do Ministério Público:
I - as Procuradorias de Justiça;
II - as Promotorias de Justiça.

Gráfico 1

Gráfico 2

A lei também traz as funções de cada um desses Órgãos, estipula os deveres,

vedações, direitos dos membros e estrutura da carreira.

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Não basta conhecer os princípios constitucionais que regem a Instituição, a

exemplo da unidade, indivisibilidade e independência funcional.
Ao conhecer a estrutura do Ministério Público, verá que se assemelha muito com a
dos Tribunais, Defensorias e Procuradorias, que contém em sua estrutura Órgãos de
administração e de execução.
O Conselho Nacional do Ministério Público, no exercício do controle de atuação
administrativa, e até mesmo com a finalidade de padronizar rotinas nos MP´s Brasil afora,
estabeleceu importantes normativas, que fazem parte do dia-a-dia do Promotor de
Justiça, seja para que se documente todas as informações que passam pela Promotora,
seja para controle das atividades desempenhadas.
Apenas a título de exemplo, ao receber um expediente o Promotor deve cadastrá-
lo antes de adotar as providências cabíveis, a fim de documentar a iniciativa adotada.
A forma de cadastramento há que ser feita de acordo com as Resoluções nº 13 e
nº 23 do CNMP, que disciplinam os procedimentos extrajudiciais de atribuição do
Ministério Público (Inquérito Civil, Procedimento Preparatório, Procedimento
Administrativo e Notícia de Fato). E percebam que a correta identificação da natureza do
expediente a instaurar produz reflexos significativos na prática. Sabe-se que o
arquivamento de inquérito civil, por exemplo, passa pelo crivo do Conselho Superior do
Ministério Público.
No âmbito criminal, consoante jurisprudência consolidada dos Tribunais brasileiros,
o Ministério Público detém atribuições para promover investigação criminal. E o faz por
meio de um expediente denominado procedimento investigatório criminal (PIC).
Durante muito tempo, o PIC, como é chamado, padeceu de uma regulamentação
uniforme dentro dos Ministérios Públicos. Atualmente, ele é regulamentado
nacionalmente pela Resolução nº 181/2017, alterada pela Resolução nº 183/2018, do
CNMP.
Essa normativa não constitui um manual sobre como investigar, mas sim as rotinas
administrativas a serem adotadas no curso das investigações.
Por fim, sabe-se que o Ministério Público exerce o controle externo da atividade
policial. A Resolução nº 20, do Conselho Nacional do Ministério Público é que estabelece
as diretrizes sobre como deve ser exercido essa importante função.

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Há várias outras normas, que vem indicadas nos editais, e cujo estudo, ou ao
menos conhecimento geral, revela-se necessário.
O examinador quer saber se o candidato está minimamente afinado com essas
regras do Conselho, até porque após a aprovação em concurso, elas serão sua
ferramenta de trabalho!
A sugestão é que você as leia mais às vésperas para estar com a matéria bem
fresca na cabeça durante a prova.
Leia, nesta oportunidade, CF/88, no que tange ao MINISTÉRIO PÚBLICO
(artigos127 ao 129, principalmente), Leis Orgânicas nacional e estadual (do Estado para o
qual você ira fazer a prova, obviamente) e Resoluções/Recomendações do CNMP (sobre
Procedimento Investigatório criminal, sobre Inquéritos Civis, sobre intervenção do
MINISTÉRIO PÚBLICO na área cível etc.).

Estamos à disposição! Bons estudos!

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