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Olá futuro(a) servidor público da Receita Federal!

VOCÊ já estudou muito para determinado concurso e, depois de um tempo, percebeu


que não aprendeu NADA dos assuntos estudados?

Após o estudo, você até imaginava que iria bem nas questões, mas, ao resolvê-las,
percebeu que não fixou bem o conteúdo. Isso, sem dúvidas, pode custar a sua aprovação.

Provavelmente isso ocorreu, pois, o seu estudo foi sem método e sem direcionamento
para a banca.

Você pode estar se perguntando: como posso estudar com um método direcionado
para a banca FGV para ser aprovado no concurso da Receita Federal?

Depois de analisar todas as provas anteriores da Receita Federal, nossa equipe de


especialistas identificou que alguns assuntos são sempre cobrados. Isso quer dizer que, para
ser aprovado nessa prova, você precisa focar nos pontos que a banca FGV mais gosta de
cobrar.

Pensando nisso, criamos o Caderno Mapeado Extreme para Auditor Fiscal e Analista
da Receita Federal (PÓS-EDITAL)!

O Caderno Mapeado Extreme é um super resumo esquematizado (Direto ao ponto),


em PDF, elaborado com foco total na banca examinadora e no concurso.

Esse material é para você que é iniciante e quer realmente lutar por uma das 699 vagas
disponibilizadas nesse certame!

No material completo de Auditor Fiscal da Receita Federal você terá acesso as


seguintes disciplinas:

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DIA 1 Direito tributário, Legislação tributária e Legislação Aduaneira

DIA 2 Direito Administrativo e Direito Previdenciário

DIA 3 Língua Inglesa, Contabilidade geral e pública

DIA 4 Auditoria, Economia e Finanças Públicas e Administração Geral

DIA 5 Língua Portuguesa, Raciocínio-Lógico e Estatística

DIA 6 Direito Constitucional e Administração Pública

DIA 7 Comércio Internacional e Fluência em dados

No material completo de Analista da Receita Federal você terá acesso as seguintes


disciplinas:

DIA 1 Direito tributário, Legislação tributária e Legislação Aduaneira

DIA 2 Direito Administrativo e Direito Previdenciário

DIA 3 Língua Inglesa, Contabilidade geral

DIA 4 Administração Geral e Administração Pública

DIA 5 Língua Portuguesa, Raciocínio-Lógico e Estatística

DIA 6 Direito Constitucional

DIA 7 Fluência em dados

E mais: como forma de demonstrar a qualidade de nosso material, apresentaremos a seguir


a amostra do: Caderno Mapeado Extreme para Receita Federal – PÓS EDITAL 2023:

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REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO

1) Nota introdutória

O Direito Administrativo é dividido em dois grupos: o Direito Público, o qual tem a finalidade de
regular os interesses da coletividade e o Direito Privado que tem por objetivo regulamentar os
interesses entre os particulares.

O regime jurídico administrativo é o conjunto de regras relativas a Administração Pública objetivando


equilibrar os interesses coletivos e a liberdades individuais.

Nesse viés é possível afirmar que o administrador público somente poderá realizar o que está
descrito na lei, enquanto que o administrador privado pode realizar tudo o que a lei não proíba.

A Administração Pública é composta de entes políticos e entes administrativos, que, por sua vez, são
compostos por órgãos públicos.

Além disso, a competência conferida à administração é irrenunciável.

As prerrogativas da administração são típicas do direito público, fato que não existe no direito
privado, no qual predomina a igualdade entre as partes.

De acordo com Marçal Justen Filho, “o regime jurídico de direito público consiste no conjunto de
normas jurídicas que disciplinam o desempenho de atividades e de organizações de interesse
coletivo, vinculadas direta ou indiretamente à realização dos direitos fundamentais, caracterizado
pela ausência de disponibilidade e pela vinculação à satisfação de determinados fins.”

2) Supraprincípios do Direito Administrativo

Os Supraprincípios, também chamados de Superprincípios, derivam dos demais princípios e normas


do Direito Administrativo.

Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, são dois os supraprincípios: a) supremacia do interesse
público sobre o privado; b) indisponibilidade do interesse público.

a) Supremacia do interesse público sobre o privado

O princípio da supremacia do interesse público coloca a Administração Pública em uma posição de


superioridade, ou seja, acima dos interesses de particulares.

Isso significa que os interesses da coletividade são mais importantes do que os interesses individuais,
razão pela qual a Administração Pública, como defensora dos interesses públicos, recebe da lei
poderes especiais não extensivos aos particulares.

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O princípio da supremacia pode ser encontrado expressamente na Lei 9.784/1999 e na


Constituição Federal de forma implícita.

Além do mais é possível afirmar que tal princípio trata da possibilidade de constituir obrigações para
terceiros mediante atos unilaterais, sendo tais atos imperativos como quaisquer atos do Estado.

O interesse público é indisponível.

Exemplos: a) desapropriação; b) requisição de bens; c) possibilidade de convocação de particulares;


d) prerrogativas processuais; e) cláusulas exorbitantes nos contratos.

b) Indisponibilidade do interesse público

De acordo com o princípio da indisponibilidade do interesse público, a Administração Pública deverá


realizar as condutas levando em consideração os interesses coletivos, entretanto, não poderá dispor
dos bens que administra, pois o verdadeiro titular desses bens é o povo.

Em resumo, é possível dizer que os agentes públicos não são donos do interesse por eles defendido
e, por essa razão, não se admite que renunciem aos poderes legalmente conferidos ou que
transacionem em juízo.

Mazza nos traz dois exemplos de mitigação desse princípio: 1) possibilidade de a Fazenda transigir
nos JEFs; 2) utilização dos mecanismos privados para resolução de disputas nos contratos de
concessão e nas PPPs.

DOS PRINCÍPIOS

1) Princípios Implícitos

1.1) Princípio da segurança jurídica

Trata-se da estabilidade das relações jurídicas, evitando mudanças abruptas, sobressaltos e surpresas
decorrentes de ações governamentais.

Em tese, havendo conflito entre os princípios da legalidade x segurança, prevalece o princípio da


segurança jurídica.

Ex.: proibição de aplicação retroativa de novas interpretações da lei e das normas administrativas.

1.2) Princípio da confiança legítima

Conforme explica Humberto Ávila, o princípio da proteção da confiança legítima integra uma
aplicação subjetivada da segurança jurídica, que é, “representante da eficácia reflexiva do princípio
da segurança jurídica, e igualmente serve de proteção do cidadão em face do Estado”.

Ou seja, é basicamente a crença do administrado de que os atos administrativos serão mantidos e


respeitados pela Administração, tendo em vista a presunção de que esses atos são sempre lícitos;

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Faz-se necessário, portanto, a manutenção dos atos administrativos, ainda que estes sejam
qualificados como antijurídicos, quando verificada a expectativa legítima.

1.3) Teoria do fato consumado

De acordo com Teoria do fato consumado as relações jurídicas consolidas pelo decorrer do tempo,
“amparadas por decisão judicial, não devem ser desconstituídas, em razão do princípio da segurança
jurídica e da estabilidade das relações sociais” (STJ REsp 709.934/RJ).

Os atos das partes podem influenciar a aplicação da teoria, tais como: ausência de dolo e sem
contestação de ninguém, vigorando por anos com aparência de legalidade;

Não se aplica essa teoria nos seguintes casos:

Remoção ilegal de servidor (STJ);

Em tema de Direito Ambiental (súmula 613 do STJ);

Nas tutelas provisórias contra a Fazenda Pública.

Quando o assunto for concurso público e tutela provisória para nomeação, é necessário defender
que não poderá haver o instituto da posse precária (quando alguém assume cargo mediante tutela
provisória), porque depende de prévia aprovação.

Conforme o STJ a teoria do fato consumado estabelece que “as situações jurídicas consolidadas pelo
decurso do tempo, amparadas por decisão judicial, não devem ser desconstituídas, em razão do
princípio da segurança jurídica e da estabilidade das relações sociais” (STJ, REsp n.º 709.934/RJ, Rel.
Min. HUMBERTO MARTINS, J. 21/06/2007).

1.4) Princípio da continuidade dos serviços públicos

O princípio da continuidade dos serviços públicos significa que o fornecimento de serviço prestado
ao cidadão não pode ser interrompido, pois são serviços relevantes.

Tome nota!

Entretanto, existem algumas exceções à esse princípio, como: (I) situações emergenciais; (II) caso
fortuito e força maior; (III) interrupção por aviso prévio, quando justificada por razões de ordem
técnica; (IV) inadimplência do usuário.

As exceções à continuidade do serviço público estão presentes em situações emergenciais, como,


por exemplo, quedas de energia elétrica em razão de tempestade, ou situações de caso fortuito e
força maior.

Outra exceção ao princípio é a interrupção por aviso prévio, quando justificada por razões de ordem
técnica, em função de manutenções para segurança ou mesmo melhor funcionamento do sistema.

Cumpre frisar que o aviso prévio também é necessário quando há inadimplência do usuário, o que
se dá para priorizar a coletividade, que não pode ser prejudicada.

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A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça já estabeleceu que nem sempre os serviços
prestados ao usuário inadimplente poderão ser interrompidos. É dizer: o corte no fornecimento de
energia elétrica em razão de débito irrisório é ilegítimo. Do mesmo modo, o corte pressupõe o
inadimplemento da conta relativa ao mês do consumo, sendo inviável a suspensão do abastecimento
por débitos antigos.

1.5) Princípio da autotutela

É o direito que a Administração tem de anular e revogar seus atos, poderá anular os atos ilegais e
revogar os inoportunos ou inconvenientes.

A anulação ocorre quando o ato é iLegal = anuLação;

A revogação ocorre quando o ato não é mais de interesse da Administração, pois passou a ser
inoportuno ou inconveniente (ou seja, não tem a ver com a legalidade).

Anula Ato ilegal


Administração
Pública
Revoga Ato inoportuno

1.6) Princípio da proporcionalidade

O princípio da proporcionalidade tem a finalidade de manter o equilíbrio entre os direitos individuais


e os anseios da sociedade. Pode-se dizer que é a adequação entre meios e fins, vedada a imposição
de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao
atendimento do interesse público. Ou seja, é o princípio que está relacionado com a vedação de
excessos os quais devem ser evitados pela Administração Pública.

1.7) Princípio da oficialidade

A oficialidade é um princípio que torna o impulso oficial muito mais amplo no processo
administrativo do que no judicial. Trata-se do poder-dever de instaurar, fazer andar e rever de ofício
a decisão. É assegurado ao administrador o impulsionamento do processo para que sejam
esclarecidas e resolvidas as questões pendentes. Tal princípio está previsto no inciso XII, do art. 2º,
da Lei n. 9.784/99.

1.8) Princípio da especialidade

O princípio da especialidade entende que as entidades não poderão alterar ou modificar as


finalidades para a qual foram constituídas. Esse princípio reflete a ideia de descentralização da
administração, onde são criadas entidades (por meio de lei) para o desempenho de finalidades
específicas.

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2) Princípios expressos

Os princípios da Administração Pública expressos no artigo 37 da Constituição Federal são:


legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

Legalidade

Impessoalidade

Princípios expressos da Adm


Pública Moralidade

Publicidade
Mnemônico: L-I-M-P-E

Eficiência

2.1) Princípio da legalidade

O princípio da legalidade dispõe que a administração tem o poder-dever de fazer somente o que
estiver previsto em lei. Diferentemente do que ocorre na órbita privada, onde o indivíduo pode fazer
tudo o que a lei não vede.

A lei baliza toda a atuação da administração pública. Ninguém pode fazer ou deixar de fazer alguma
coisa senão em virtude de lei.

O princípio da legalidade pode ser analisado sob dois sentidos:

a) aos particulares: ninguém é obrigado a fazer algo, senão em virtude de lei.

É dizer: o particular pode fazer tudo que não for proibido pela lei (trata-se do princípio da autonomia
da vontade)

b) à Administração Pública: a Administração Pública apenas pode agir quando houver previsão
legal (princípio da legalidade estrita)

2.2) Princípio da impessoalidade

Este princípio determina que o Estado deverá agir de maneira imparcial, ou seja, é o dever de realizar
o interesse público sem a promoção do servidor público ou autoridade que realizou o ato.

O princípio da impessoalidade possui cinco sentidos ou subprincípios como alguns doutrinadores


entendem, vejamos:

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I) Princípio da finalidade (= interesse público): o ato administrativo deve seguir o fim público e a
finalidade discriminada em lei.

II) Princípio da igualdade (= isonomia): atender todos os administrados sem discriminação


indevida.

III) Vedação à promoção pessoal

IV) Impedimento e suspeição: visa evitar que as pessoas atuem com parcialidade

V) Validado dos atos dos agentes de fato: entende-se como agente de fato aquele cuja investidura
no cargo ou seu exercício esteja maculada por algum vício, como, por ex., agente que não possui
formação universitária exigida em cargo público, etc.

2.3) Princípio da moralidade

O princípio da moralidade administrativa é aplicado nas relações entre a Administração e seus


administrados e também às atividades exercidas internamente. A moralidade administrativa é um
conceito jurídico indeterminado.

A Súmula Vinculante 13 do Supremo Tribunal Federal (nepotismo) é um exemplo da moralidade


administrativa.

Súmula Vinculante 13: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta,


colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da
mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de
cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta
e indireta em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.

Consiste no respeito da Administração a padrões éticos, de boa-fé, decoro, lealdade, honestidade e


probidade.

O princípio da moralidade administrativa tem estreita ligação com a probidade administrativa.

Exemplo: Organizações Sociais que, apesar de não precisarem fazer concurso público para
contratar pessoal, devem adotar um processo de seleção imparcial e moral.

2.4) Princípio da publicidade

O princípio da publicidade diz respeito a divulgação dos atos praticados pela Administração Pública,
pois o poder público tem o dever de agir com transparência para que a população tenha ciência de
todos os atos praticados.

Além disso, dá início à produção de efeitos do contrato administrativo, salvo previsão de alguma
condição suspensiva, permitindo a todos os administrados o conhecimento do negócio celebrado.

A publicação resumida do contrato é condição indispensável para a eficácia e deve ser feita em até
5 dias úteis.

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“A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter
caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos
ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos”.

Além do mais, existe a possibilidade de mitigação desse princípio diante de situações excepcionais
e justificadas: quando o sigilo for imprescindível à segurança do estado e da sociedade ou para
intimidade dos envolvidos (art. 5º, X, da CF).

Princípio intimamente ligado à perspectiva de transparência, dever da administração


pública e direito da sociedade.

2.5) Princípio da eficiência

Segundo fundamenta Hely Lopes Meirelles, o princípio da eficiência é caraterizado como, “o que se
impõe a todo o agente público de realizar suas atribuições com presteza, perfeição e rendimento
profissional. É o mais moderno princípio da função administrativa, que já não se contenta em ser
desempenhada apenas com legalidade, exigindo resultados positivos para o serviço público e
satisfatório atendimento das necessidades da comunidade e de seus membros”, e além disso diz que
“o dever da eficiência corresponde ao dever da boa administração”

O princípio da eficiência possui dois sentidos:

a) Modo de atuação do agente público

b) Organização e funcionamento da administração pública (Administração Gerencial)

Tome nota

O princípio da eficiência é o mais recente dos princípios constitucionais da Administração Pública


brasileira, tendo sido adotado a partir da promulgação, da Emenda Constitucional nº 19, de 1998
– Reforma Administrativa.

Quando se fala em eficiência na administração pública, significa que o gestor público deve gerir a
coisa pública com efetividade, economicidade, transparência e moralidade visando cumprir as metas
estabelecidas.

Segundo Alexandre de Moraes, o princípio da eficiência é o que impõe à administração pública direta
e indireta e a seus agentes a persecução do bem comum, por meio do exercício de suas
competências de forma imparcial, neutra, transparente, participativa, eficaz, sem burocracia e sempre
em busca da qualidade, primando pela adoção dos critérios legais e morais necessários para melhor
utilização possível dos recursos públicos, de maneira a evitarem-se desperdícios e garantir-se maior
rentabilidade social.

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DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

INTRODUÇÃO

Alunos, neste tópico, iremos trabalhar o título I da Constituição Federal de 1988 que estabelece os
fundamentos, objetivos e princípios fundamentais da república brasileira como elementos
norteadores da organização política do país. Esses elementos estão previstos nos primeiros artigos
da Constituição, destacando-se a importância que a Carta Magna confere à defesa da dignidade
humana e dos direitos fundamentais.

1) PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

1.1) Fundamentos da república

Os fundamentos da República Federativa do Brasil são estabelecidos no artigo 1º da Constituição


Federal. São eles: a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do
trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo político [decore este macete: SOCIDIVAPLU].

a) A soberania refere-se à capacidade do Estado de exercer sua autoridade e independência


sobre seu território, sem interferências externas.
b) Já a cidadania é um direito fundamental que confere aos indivíduos a possibilidade de
participar ativamente da vida política e social do país.
c) A dignidade da pessoa humana é um valor fundamental que deve ser respeitado em todas
as esferas da vida em sociedade, desde as relações interpessoais até a atuação do Estado.
Conforme o STF, a dignidade da pessoa humana é princípio supremo, “significativo vetor
interpretativo, verdadeiro valor-fonte que conforma e inspira todo o ordenamento
constitucional vigente em nosso País e que traduz, de modo expressivo, um dos fundamentos
em que se assenta, entre nós, a ordem republicana e democrática consagrada pelo sistema
de direito constitucional positivo”.1
d) Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa buscam garantir o desenvolvimento
econômico e social do país, com a valorização do trabalho humano e o estímulo à livre
concorrência.
e) O pluralismo político, por sua vez, é um princípio que defende a liberdade de expressão e
a pluralidade de ideias e visões de mundo.

1
STF, HC 85.237, Rel. Min. Celso de Mello, j. 17.03.05, DJ de 29.04.05.

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Dignidade da
pessoa
humana Valores sociais
do trabalho e
Cidadania
da livre
iniciativa

Pluralismo
Soberania SOCIDIVAPLU
político

1.2) Objetivos da república

A Constituição Federal de 1988 estabelece, em seu artigo 3º, os objetivos fundamentais da República
Federativa do Brasil. Esses objetivos refletem a ideologia política e social adotada pela
Constituição e orientam as ações do Estado na busca de uma sociedade mais justa, livre e solidária.
Neste tópico, será abordado especificamente o tema dos objetivos da República, destacando sua
importância do tema para as suas provas.

Os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil são [CONGA ERRA REDU PRO]:

a) Construir uma sociedade livre, justa e solidária;


b) Garantir o desenvolvimento nacional;
c) Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
d) Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer
outras formas de discriminação.

A construção de uma sociedade livre, justa e solidária exige que o Estado brasileiro promova o
desenvolvimento nacional. Isso significa que o país deve buscar o crescimento econômico, sem, no
entanto, desconsiderar a importância do desenvolvimento social e da preservação do meio
ambiente. Além disso, é fundamental garantir que os benefícios desse desenvolvimento sejam
distribuídos de forma justa entre todos os cidadãos, de modo a reduzir as desigualdades sociais e
regionais.

A garantia do desenvolvimento nacional implica na necessidade de se buscar a autonomia política,


econômica e tecnológica do país, evitando a dependência externa e promovendo a cooperação entre
as nações. Para tanto, é importante a promoção do comércio justo e do intercâmbio cultural, bem
como a participação ativa em organismos internacionais.

A erradicação da pobreza e da marginalização é um dos objetivos mais relevantes, visto que,


apesar de ser a sétima economia mundial, o Brasil ainda enfrenta graves problemas sociais, como a
desigualdade de renda e o alto índice de violência.

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A redução das desigualdades sociais e regionais, por sua vez, objetiva corrigir as disparidades
existentes entre as diversas regiões do país e promover uma distribuição mais equitativa das
riquezas.

Já a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer
outras formas de discriminação, reflete a preocupação da Constituição com a proteção dos direitos
fundamentais e a promoção da igualdade. Isso significa que o Estado deve agir para garantir o acesso
de todos os cidadãos a serviços essenciais, como saúde, educação, segurança e moradia, sem
qualquer forma de discriminação.

Portanto, é importante ressaltar que os objetivos da República devem ser interpretados e aplicados
em conjunto com os demais princípios e normas da Constituição, garantindo a sua efetividade e
coerência com o sistema jurídico como um todo.

1.3) Princípios da república nas relações internacionais

O artigo 4º da Constituição estabelece os princípios pelos quais a República Federativa do Brasil


deve se guiar em suas relações internacionais. Tais princípios possuem caráter fundamental e são de
extrema importância para a construção de uma ordem internacional baseada na cooperação e na
preservação da paz. Conforme é possível verificar:

a) Independência nacional: visa garantir a autonomia do país em suas relações com outros
Estados e organismos internacionais.
b) Prevalência dos direitos humanos: coloca a proteção desses direitos acima de qualquer
interesse nacional ou internacional.
c) Autodeterminação dos povos: reconhece o direito de cada povo de escolher livremente seu
próprio destino, sem interferência externa.
d) Não-intervenção: proíbe qualquer tipo de intervenção em assuntos internos de outros
Estados.
e) Igualdade entre os Estados: todos os Estados têm os mesmos direitos e deveres no âmbito
internacional.
f) Defesa da paz: a prevenção de conflitos e a manutenção da estabilidade internacional.
g) Solução pacífica dos conflitos: conflitos devem ser resolvidos por meios pacíficos, como
negociação, mediação ou arbitragem.
h) Repúdio ao terrorismo e ao racismo: rejeita toda e qualquer forma de discriminação e
violência
i) Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade: construção de uma ordem
internacional justa e solidária
j) Concessão de asilo político: garante a proteção a pessoas perseguidas por suas opiniões
políticas ou por sua luta por direitos humanos.

O importante deste tópico é decorar os princípios. Os conceitos são lógicos e não são muito
cobrados em provas.

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2) Independência dos poderes

Tema de muita relevância!

Alunos, lembrem-se que a Constituição Federal de 1988 é considerada uma das mais importantes
conquistas políticas da história brasileira, principalmente por estabelecer a democracia no país. Entre
suas diversas disposições, está o princípio da separação dos poderes, que garante a
independência entre o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

O princípio da separação dos poderes foi formulado pelo filósofo francês Montesquieu, no século
XVIII, e consiste na divisão das funções estatais em três poderes independentes, com o objetivo de
garantir a liberdade e a autonomia dos cidadãos. O Legislativo é responsável por criar leis, o
Executivo por executar as políticas públicas e o Judiciário por julgar os conflitos e aplicar as normas
constitucionais e legais.

No Brasil, a independência dos poderes está prevista no artigo 2º da Constituição Federal de 1988,
que determina que são poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o
Executivo e o Judiciário. Cada um desses poderes possui suas próprias funções e prerrogativas, não
podendo interferir nas competências dos demais.

O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que é composto pela Câmara dos
Deputados e pelo Senado Federal. Ele é responsável por criar as leis e fiscalizar as ações do Poder
Executivo. Já o Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, que é o chefe de Estado e
de Governo, e é responsável por implementar as políticas públicas e administrar o país. O Poder
Judiciário, por sua vez, é composto pelo Supremo Tribunal Federal, pelos Tribunais Superiores e
pelos Tribunais de Justiça estaduais e federais, sendo responsável por julgar os conflitos e garantir a
aplicação da lei.

A independência dos poderes é um princípio fundamental para a garantia dos direitos e das
liberdades individuais, assim como para a manutenção da democracia. A Constituição Federal de
1988, ao estabelecer esse princípio, reforça a importância de cada um dos poderes em suas funções
específicas, sem permitir interferências indevidas ou arbitrárias. Dessa forma, o Estado pode atuar de
maneira justa, equilibrada e transparente, garantindo a proteção dos direitos dos cidadãos e a
realização do bem comum.

CRFB/88, Art. 1º - Fundamentos da República Federativa do Brasil: (SO CI DI VA PLU)

SO – Soberania
CI – Cidadania
DI – Dignidade da pessoa humana
VA – Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa
PLU – Pluralismo político

Art. 3º - Constituem objetivos fundamentais: (CON GA ERRA REDU PRO)


CON - Construir uma sociedade livre, justa e solidária;

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GA - Garantir o desenvolvimento nacional;
ERRA - Erradicar a pobreza e a marginalização e REDUzir as desigualdades sociais e regionais;
PRO - Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.

Art. 4º - Princípios regentes das relações internacionais da República Federativa do Brasil: (IN
PANICO SO DECORE)
IN - Independência nacional
P - Prevalência dos direitos humanos
A - Autodeterminação dos povos
N - Não-intervenção
I - Igualdade entre os Estados
CO - Cooperação entre os povos
SO - Solução pacífica dos conflitos
DE - Defesa da paz
CO - Concessão de asilo político
RE - Repúdio ao terrorismo e ao racismo

DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

INTRODUÇÃO

Neste tópico, nós iremos trabalhar direitos e garantias fundamentais (título II): direitos e deveres
individuais e coletivo (capítulo I), nacionalidade (capítulo III) e direitos políticos (capítulo IV). É um
assunto essencial e exigido em qualquer concurso. Não importa se você só faz concurso policial, de
tribunais, de controle, precisa conhecer esse assunto com profundidade.

O foco deste material não é abordar minúcias dos dispositivos constitucionais, mas apresentar a
teoria de um jeito simples e objetivo. A recomendação é que você leia este material em conjunto
com os dispositivos da Constituição da República Federativa de 1988. Vamos trabalhar? Preste
atenção!

1) DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Alunos, os direitos e garantias fundamentais são divididos em cinco grupos (não abrange apenas
o art. 5º, como muitos afirmam): direitos e deveres individuais, direitos sociais, direitos de
nacionalidade, direitos políticos e partidos políticos. Todavia, iremos abordar apenas os
mencionados na introdução.

1.1) Gerações de direitos fundamentais

Hodiernamente, o entendimento da doutrina majoritária é no sentido de que os direitos


fundamentais estão dispostos em toda a Constituição e não apenas no art. 5º da CRFB/88. Dessa
forma, esses direitos são divididos pelos juristas (Norberto Bobbio, Ingo Sarlet e Paulo Bonavides)
em gerações ou dimensões.

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1.1.1) Direitos fundamentais da 1.ª geração

Conforme o ensinamento de Pedro Lenza, “marcam a passagem de um Estado autoritário para um


Estado de Direito e, nesse contexto, o respeito às liberdades individuais, em uma verdadeira
perspectiva de absenteísmo estatal”.

Nessa linha, essa geração engloba os direitos civis e políticos que sugiram no final do século XVIII
e ao longo do século XIX a partir das revoluções liberais. Esses direitos têm como objetivo proteger
a liberdade individual contra a interferência do Estado, garantindo, por exemplo, a liberdade de
expressão, a liberdade de reunião, a liberdade de associação, a liberdade de pensamento, a
igualdade perante a lei, o direito de propriedade, o direito à segurança, o direito ao devido
processo legal e o direito ao voto. Eles são considerados direitos negativos, pois exigem que o
Estado se abstenha de intervir na esfera individual.

1.1.2) Direitos fundamentais da 2.ª geração

A segunda geração de direitos fundamentais, também conhecida como direitos sociais,


econômicos e culturais, surgiu no século XX, em resposta aos problemas sociais e econômicos
decorrentes da Revolução Industrial e da Segunda Guerra Mundial. Esses direitos visam garantir as
condições materiais necessárias para que as pessoas possam desfrutar de uma vida digna e plena,
com acesso à educação, saúde, trabalho, moradia, alimentação, cultura, lazer e meio ambiente
saudável.

Ao contrário dos direitos de primeira geração, que se concentram na proteção da liberdade


individual, os direitos de segunda geração demandam a ação positiva do Estado, na medida em
que este deve assegurar o acesso aos bens e serviços essenciais para a realização de uma vida digna.

Alguns exemplos de direitos de segunda geração incluem o direito à educação, saúde, trabalho,
moradia, previdência social, cultura e meio ambiente saudável.

1.1.3) Direitos fundamentais da 3.ª geração

A terceira geração de direitos fundamentais, também conhecida como direitos de solidariedade ou


de fraternidade, surgiu no final do século XX, como resposta a problemas globais que ultrapassam
as fronteiras dos Estados nacionais, como a proteção do meio ambiente, a paz e o desenvolvimento
sustentável. Esses direitos se referem ao reconhecimento de valores universais, tais como a
solidariedade, a cooperação e a preservação do meio ambiente, e têm como objetivo garantir
um mundo mais justo e solidário.

Dentre os direitos de terceira geração, destacam-se o direito à paz, o direito ao desenvolvimento, o


direito à autodeterminação dos povos, o direito ao patrimônio comum da humanidade, o direito à
comunicação e o direito à proteção do meio ambiente.

São considerados direitos difusos, pois transcendem as fronteiras dos Estados nacionais e exigem
a cooperação e a solidariedade entre os povos e Estados, para a sua efetivação.

Conforme ensina Bonavides à luz de Karel Vasak estes são alguns dos direitos de terceira geração:

a) Direito ao desenvolvimento;

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b) Direito à paz (Bonavides classifica como de 5ª geração);
c) Direito ao meio ambiente;
d) Direito de propriedade;
e) Direito de comunicação.

1.1.4) Direitos fundamentais da 4.ª geração

A quarta geração de direitos fundamentais trabalha com um conceito ainda em desenvolvimento e


não há um consenso claro sobre o seu conteúdo. Algumas correntes doutrinárias defendem que
essa geração de direitos se refere aos direitos decorrentes do avanço tecnológico, como o direito
à privacidade digital, o direito ao acesso à internet, o direito à proteção de dados pessoais, o
direito à inteligência artificial justa, o direito à robótica ética, entre outros.

Outras correntes, porém, questionam a necessidade de uma quarta geração de direitos


fundamentais, argumentando que os direitos já reconhecidos nas três primeiras gerações são
suficientes para garantir a proteção dos indivíduos em um mundo em constante transformação.

Em resumo, a quarta geração de direitos fundamentais é um conceito em desenvolvimento, que se


refere aos direitos decorrentes do avanço tecnológico, mas ainda não há um consenso claro sobre
o seu conteúdo.

1.1.5) Direitos fundamentais da 5.ª geração

Por fim, da mesma forma que a quarta geração, a quinta também é um conceito ainda em
discussão, proposto por algumas correntes doutrinárias, e tem como objetivo garantir os direitos
que emergem da necessidade de proteção do patrimônio genético humano, do direito à
identidade cultural, do direito à paz e do direito à democratização das comunicações.

Bonavides entende que o direito à paz deva ser tratado em dimensão autônoma, chegando a afirmar
que a paz é axioma da democracia participativa, ou, ainda, supremo direito da humanidade. Karel
Vasak, por sua vez, entende como direito de terceira dimensão.

Portanto, ainda que não exista um consenso doutrinário, podemos afirmar que essa geração tem
como objetivo reconhecer os direitos emergentes das mudanças sociais, culturais e tecnológicas da
atualidade.

Conceitos esquematizados
1ª geração Liberdades individuais.
2ª geração Direitos sociais.
3ª geração Solidariedade e fraternidade.
4ª geração Avanço tecnológico.
5ª geração Engenharia genética
Direito à paz (Bonavides)

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DIREITO TRIBUTÁRIO

1) Nota Introdutória

O Direito Tributário é uma ramificação do direito público. Conforme explica Luciano Amaro: “(...) o
direito tributário é a disciplina jurídica dos tributos. Com isso se abrange todo o conteúdo de
princípios e normas reguladores da criação, fiscalização e arrecadação das prestações de natureza
tributária.”

Outra característica do Direito Tributário que é importante saber é que ele é um ramo autônomo do
Direito. É um ramo que possui princípios específicos próprios.

CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS

1) Conceito de Tributo

O conceito de tributo está previsto no CTN em seu artigo 3º:

Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada.

2) Natureza Jurídica de Tributo

A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação,
sendo irrelevantes para qualificá-la: a denominação e demais características formais adotadas pela
lei; a destinação legal do produto da sua arrecadação.

Impostos

Taxas

Espécies Contribuição de
tributárias melhoria

Empréstimos
compulsórios

Contribuições
especiais

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a) Impostos

Os impostos são tributos vinculados, pois eles se relacionam com a riqueza do contribuinte. O
pagamento não decorre de uma contraprestação do Estado.

b) Taxas

As taxas podem ser instituídas por todos os entes federados (União, Estados, Distrito Federal e
Municípios).

Dessa maneira, ela é um tributo de competência comum. O fato gerador das taxas está relacionado
a uma prestação estatal específica ao contribuinte.

c) Contribuições de melhoria

A contribuição de melhoria trata-se de tributo vinculado a uma atividade estatal (realização de uma
obra pública).

O fato gerador é valorização que essa melhoria traz para a obra e não a obra em si. No CTN estão
previstos os limites totais e individuais da contribuição de melhoria.

d) Empréstimos compulsórios

O STF reconhece os empréstimos compulsórios como tributos. São de competência exclusiva da


União, e só podem ser instituídos por meio de lei complementar.

e) Contribuições especiais

Podemos resumir da seguinte maneira:

Contribuições sociais: são de competência da União. Excepcionalmente, todos os demais entes


podem instituir contribuição previdenciária a ser cobrada de seus servidores.

Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE): Competência somente da União

Contribuições de interesse das categorias profissionais: Competência somente da União

Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública (COSIP): Competência somente


do Distrito Federal e Municípios.

3) Classificação dos Tributos

a) Quanto ao fato gerador

Tributos vinculados: o fato gerador decorre da realização atividade estatal ao contribuinte. Ex.:
taxa

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Tributos não vinculados: o fato gerador não depende de atividade estatal prestada ao
contribuinte. Ex.: impostos.

b) Quanto ao destino da arrecadação

Arrecadação vinculada: vinculam a determinado órgão, fundo ou despesa. Ex.: empréstimos


compulsórios

Arrecadação não vinculada: não se vinculam a determinado órgão, fundo ou despesa. Ex.:
impostos.

c) Quanto à atividade de cobrança

Todo tributo tem a sua cobrança como atividade vinculada, pois isso consta do próprio conceito de
tributo.

d) Quanto a finalidade

Fiscal: finalidade arrecadatória. Ex.: imposto de renda

Extrafiscal: finalidade interventiva Ex.: imposto de importação e imposto de exportação

Parafiscal: se dá quando a lei que os criou nomeia outra pessoa jurídica para ser sujeito ativo

e) Quanto à transferência do encargo a terceiros

Tributos diretos: a pessoa que recolhe o tributo é a que acaba sofrendo o ônus. Ex.: imposto de
renda

Tributos indiretos: o ônus do tributo é transferido a terceiros. Ex.: ICMS, IPI

f) Quanto à variação das alíquotas:

Tributo fixo: cobra-se dos contribuintes um valor fixo.

Tributo proporcional: a alíquota do tributo é fixa, mas com a variação da base de cálculo.

Tributo regressivo: a alíquota do tributo reduz conforme se aumenta a base de cálculo, e vice-
versa;

Tributo progressivo: a alíquota do tributo aumenta conforme se aumenta a base de cálculo, e


vice-versa;

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COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA

1) Nota Introdutória

A competência tributária decorre do princípio da legalidade, o qual prevê que a instituição dos
tributos deve sempre ser feita por meio de lei formal. Dessa maneira, a competência tributária
pressupõe a competência legislativa para instituir o tributo.

O CTN em seu artigo 6º prevê que a atribuição constitucional de competência tributária compreende
a competência legislativa plena.

Art. 6º A atribuição constitucional de competência tributária compreende a competência


legislativa plena, ressalvadas as limitações contidas na Constituição Federal, nas Constituições
dos Estados e nas Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios, e observado o disposto
nesta Lei.

Parágrafo único. Os tributos cuja receita seja distribuída, no todo ou em parte, a outras
pessoas jurídicas de direito público pertencerá à competência legislativa daquela a que
tenham sido atribuídos.

Diante do mencionado, é possível perceber que a Constituição Federal não cria tributos, ela apenas
define a competência tributária dos entes, para que eles instituam os tributos.

A Constituição Federal, também determina que é necessário haver a competência para legislar sobre
o direito tributário.

Importante

É necessário entender que competência tributária e competência para legislar sobre direito tributário
são institutos distintos. Uma maneira mais clara de entender é a seguinte: é competência da União
legislar sobre direito tributário, entretanto, não quer dizer que ela é o ente competente para instituir
o IPTU ou o ISS, já que se trata de imposto de competência municipal e distrital. Neste momento,
trataremos sobre o exercício da competência tributária.

Competência Instituição
tributária dos tributos
Competência
Legislativa
Competência para Regras sobre o
legislar sobre Direito exercício da
Tributário competência tributária

A competência para legislar sobre direito tributário está prevista no art. 24, I, da Constituição Federal
e seus parágrafos:

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Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:

I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; [...]

§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer


normas gerais.

§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência
suplementar dos Estados.

§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência


legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.

§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual,
no que lhe for contrário.

De acordo com o artigo citado acima entende-se que, mesmo a competência para legislar sobre
direito tributário sendo concorrente da União, Estados e DF, cabe a União a definição das normas
gerais.

Os Estados são responsáveis por suplementar as normas gerais definidas pela União, além disso,
podem exercer competência legislativa plena, quando não existir a lei federal sobre normas gerais.

2) Características da Competência Tributária

A competência tributária possui algumas características, vejamos: indelegável, imprescritível,


inalterável, irrenunciável e facultativa.

a) Indelegável

De acordo com o CTN:

Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou


fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria
tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do
artigo 18 da Constituição (referência a outra CF).

Conforme o artigo 7º a competência é indelegável, mas as atribuições administrativas decorrentes


do exercício da competência tributária são delegáveis a outra pessoa jurídica de direito público.

Além disso, é importante salientar que as atribuições citadas no artigo 7º do CTN denominam-se de
capacidade tributária ativa. A delegação da capacidade tributária ativa compreende as garantias e
os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir.

b) Imprescritível

A capacidade tributária pode ser exercida a qualquer tempo pelo ente que a detém, por este motivo
ela é imprescritível.

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

A Legislação Tributária pode ser entendida como um conjunto de normas e disposições legais
(ordinárias e extraordinárias), a qual, tem o objetivo de instituir e definir tributos, regular as relações
jurídicas que decorrem da sua cobrança.

Além disso, compreende as Normas Constitucionais e Complementares das arrecadações.

IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS

1) Conceitos básicos sobre IPI

O Imposto sobre produtos industrializados tem caráter extrafiscal e seu objetivo principal é intervir
na economia.

Cada produto tem sua alíquota, para saber o valor das alíquotas foi criada uma tabela chamada de
Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados – TIPI.

O IPI é um imposto de competência da União, além disso, é um imposto indireto, pois quem efetua
o recolhimento do IPI não é a mesma pessoa que arca com o ônus financeiro da incidência tributária.

2) Imunidades sobre o IPI

De acordo com o RIPI:

Art. 18. São imunes da incidência do imposto:

I - os livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão (Constituição Federal, art.
150, inciso VI, alínea “d”);

II - os produtos industrializados destinados ao exterior (Constituição Federal, art. 153, § 3º,


inciso III);

III - o ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial
(Constituição Federal, art. 153, § 5º); e

IV - a energia elétrica, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País (Constituição


Federal, art. 155, § 3º).

Além disso, são imunes também os produtos destinados ao exterior.

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2.1) Imunidades do IPI na Exportação

O art. 18, § 2º, do RIPI, estabelece que a destinação do produto ao exterior será comprovada com a
sua saída do território nacional.

Entretanto, o artigo 19 do RIPI traz situações em que é possível que se considere efetivada a
exportação sem que o produto tenha saído do território brasileiro. Vejamos:

I - empresa sediada no exterior, para ser utilizado exclusivamente nas atividades de pesquisa
ou lavra de jazidas de petróleo e de gás natural, ainda que a utilização se faça por terceiro
sediado no País;

II - empresa sediada no exterior, para ser totalmente incorporado a produto final exportado
para o Brasil; e

III - órgão ou entidade de governo estrangeiro ou organismo internacional de que o Brasil


seja membro, para ser entregue, no País, à ordem do comprador.

Além disso, são alcançados pela imunidade o produto exportado sem saída do território nacional,
para ser:

I - totalmente incorporado a bem que se encontre no País, de propriedade do comprador


estrangeiro, inclusive em regime de admissão temporária sob a responsabilidade de terceiro;

II - entregue a órgão da administração direta, autárquica ou fundacional da União, dos


Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, em cumprimento de contrato decorrente de
licitação internacional;

III - entregue, em consignação, a empresa nacional autorizada a operar o regime de Loja


Franca;

IV – entregue no País:

a) a subsidiária ou coligada, para distribuição sob a forma de brinde a fornecedores e


clientes;

b) a terceiro, em substituição de produto anteriormente exportado e que tenha se mostrado,


após o despacho aduaneiro de importação, defeituoso ou imprestável para o fim a que se
destinava;

c) a missão diplomática, repartição consular de caráter permanente ou organismo


internacional de que a República Federativa do Brasil seja membro, ou a seu integrante,
estrangeiro;

d) para ser incorporado a plataforma destinada à pesquisa e à lavra de jazidas de petróleo


e gás natural em construção ou conversão contratada por empresa sediada no exterior, ou
a seus módulos;

e) para ser incorporado a produto do setor aeronáutico industrializado no território


nacional, na hipótese de industrialização por encomenda de empresa estrangeira do bem
a ser incorporado;

f) em regime de admissão temporária, por conta do comprador estrangeiro, sob a


esponsabilidade de terceiro, no caso de aeronaves; ou

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g) a órgão do Ministério da Defesa, para ser incorporado a produto de interesse da defesa
nacional em construção ou fabricação no território nacional, em decorrência de acordo
internacional irmado pela República Federativa do Brasil.

2.2) Imunidades subjetivas

O constituinte imunizou as seguintes pessoas:

A União, os Estados o Distrito Federal e os Municípios, sendo esta extensiva às autarquias e às


fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público – chamada de imunidade recíproca;

Os templos de qualquer culto – chamada de imunidade religiosa;

Os partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das
instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos;

3) Industrialização

De acordo com o art. 46 do CTN, “considera-se industrializado o produto que tenha sido submetido
a qualquer operação que lhe modifique a natureza ou a finalidade, ou o aperfeiçoe para o consumo”.

Além disso, para que haja a caracterização da operação como industrialização não importa como o
produto é feito, mas o que foi feito, ou seja, não importa qual processo foi utilizado na produção ou
a localização e condições do local e dos equipamentos utilizados na produção.

São exemplos de operações de industrialização:

Transformação: quando surgem produtos novos por meio de mistura de matérias-primas, por
exemplo.

Beneficiamento: quando a indústria modifica, aperfeiçoa ou altera o funcionamento ou utilização


do produto.

Montagem: união de peças ou partes que fazem surgir um novo produto.

Acondicionamento ou recondicionamento: alteração da apresentação do produto, mudança


de embalagem, por exemplo.

Renovação ou recondicionamento:

3.1) Exclusões do conceito de Industrialização

Não é considerado industrialização:

o preparo de produtos alimentares, não acondicionados em embalagem de apresentação:

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a) na residência do preparador ou em restaurantes, bares, sorveterias, confeitarias, padarias,
quitandas e semelhantes, desde que os produtos se destinem a venda direta a consumidor; ou

b) em cozinhas industriais, quando destinados a venda direta a pessoas jurídicas e a outras entidades,
para consumo de seus funcionários, empregados ou dirigentes;

o preparo de refrigerantes, à base de extrato concentrado, por meio de máquinas, automáticas


ou não,

em restaurantes, bares e estabelecimentos similares, para venda direta a consumidor;

a confecção ou preparo de produto de artesanato;

a confecção de vestuário, por encomenda direta do consumidor ou usuário, em oficina ou na


residência do confeccionador;

a manipulação em farmácia, para venda direta a consumidor, de medicamentos oficinais e


magistrais, mediante receita médica;

a moagem de café torrado, realizada por estabelecimento comercial varejista como atividade
acessória;

a moagem de café torrado, realizada por estabelecimento comercial varejista como atividade

acessória;

a montagem de óculos, mediante receita médica;

o acondicionamento de produtos classificados nos Capítulos 16 a 22 da TIPI, adquiridos de


terceiros, em embalagens confeccionadas sob a forma de cestas de natal e semelhantes;

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LEGISLAÇÃO ADUANEIRA

A Legislação Aduaneira pode ser compreendida como as normas que regulam os procedimentos de
controle e fiscalização das mercadorias e veículos que entram e saem do Território Aduaneiro.

REGIMES ADUANEIROS

1) Nota Introdutória

De maneira geral quando uma mercadoria é importada ou exportada deverá haver a incidência
tributária. Entretanto, existem algumas situações especiais (razões políticas, econômicas, logísticas)
onde poderão haver exceções.

Dessa maneira, quando há a entrada de mercadoria no país é possível submetê-la a três tipos de
regimes aduaneiros, são eles: regime comum, regimes aduaneiros especiais ou regimes aduaneiros
aplicados em áreas especiais.

Regime Aduaneiro
Comum

Regimes Regimes Aduaneiros


Aduaneiros Especiais

Regimes Aduaneiros
Aplicados em áreas
especiais

2) Aspectos Comuns aos Regimes Aduaneiros Especiais

De acordo com o Decreto nº 6.759/2009 (Regulamento Aduaneiro), nos artigos 307 e 308 há
definição de como funciona a suspensão de tributos em razão da aplicação de regimes aduaneiros
especiais:

Art. 307. O prazo de suspensão do pagamento das obrigações fiscais pela aplicação dos
regimes aduaneiros especiais, na importação, será de até um ano, prorrogável, a juízo da
autoridade aduaneira, por período não superior, no total, a cinco anos.

§ 1º A título excepcional, em casos devidamente justificados, o prazo de que trata este artigo
poderá ser prorrogado por período superior a cinco anos, observada a regulamentação
editada pelo Ministério da Fazenda.

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§ 2º Quando o regime aduaneiro especial for aplicado a mercadoria vinculada a contrato de
prestação de serviço por prazo certo, de relevante interesse nacional, o prazo de que trata
este artigo será o previsto no contrato, prorrogável na mesma medida deste.

§ 3º Nas hipóteses de que trata o § 2º, o prazo contratual prevalece sobre aqueles referidos
no caput, no § 1º, e em dispositivos específicos deste Título.

Art. 308. Ressalvado o disposto no Capítulo VII, as obrigações fiscais suspensas pela aplicação
dos regimes aduaneiros especiais serão constituídas em termo de responsabilidade firmado
pelo beneficiário do regime, conforme disposto nos arts. 758 e 760.

Cada regime aduaneiro tem suas próprias regras quanto ao prazo de concessão. Entretanto, a regra
geral é que as obrigações fiscais poderão ficar suspensas por até 1 (um) ano. E caberá à autoridade
aduaneira, de forma discricionária decidir se é cabível prorrogação, que não poderá ultrapassar 5
(cinco) anos.

Tome nota

De acordo com a Portaria MF nº 320/2006 o prazo de suspensão do pagamento das obrigações


fiscais pela aplicação dos regimes aduaneiros especiais, na importação, poderá ser prorrogado por
período superior a cinco anos, em caráter excepcional e desde que devidamente justificado quando
se tratar de: i) protótipos ou unidades pré-séries, adaptados em decorrência de ensaios e testes para
o desenvolvimento de outros produtos, conforme exigido no programa de certificação, e que não
farão parte dos produtos seriados; e ii) motivo alheio à vontade do beneficiário do regime, que venha
a impedir o adimplemento do compromisso assumido, dentro do prazo estabelecido.

De maneira majoritária, entende-se que o fato gerador ocorre no momento que o bem é admitido
em um regime especial, vejamos o que diz o artigo 311 do Regulamento Aduaneiro:
Art. 311. No caso de descumprimento dos regimes aduaneiros especiais de que trata este
Título, o beneficiário ficará sujeito ao pagamento dos tributos incidentes, com acréscimo de
juros de mora e de multa, de mora ou de ofício, calculados da data do registro da declaração
de admissão no regime ou do registro de exportação, sem prejuízo da aplicação de
penalidades específicas.

2.1) Termo de responsabilidade

As obrigações fiscais suspensas ficam constituídas em um Termo de Responsabilidade. De acordo


com o art. 760 do R.A, “o Termo de Responsabilidade é título representativo de direito líquido e
certo da Fazenda Nacional em relação às obrigações fiscais nele constituídas”.

Dessa maneira, o Termo de Responsabilidade possui presunção de certeza e liquidez.

Além disso, é importante ressaltar que o Termo de Responsabilidade somente não será exigido em
dois regimes aduaneiros especiais: o entreposto aduaneiro e o RECOF.

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Quando houver o descumprimento dos regimes aduaneiros especiais, o beneficiário ficará sujeito
ao pagamento dos tributos incidentes, acrescidos de juros e multa.

É importante lembrar que os juros e a multa não ficam consubstanciados no Termo de


Responsabilidade, eles são exigidos mediante auto de infração lavrado por Auditor Fiscal da Receita
Federal do Brasil.

Além disso, o crédito tributário apurado em procedimento posterior à formalização do Termo de


Responsabilidade, em decorrência de ajuste no cálculo do tributo devido, será constituído por meio
de auto de infração.

Portanto, a RFB poderá autorizar a transferência de mercadoria admitida em um regime aduaneiro


especial ou aplicado em área especial para outro.

3) Trânsito Aduaneiro

3.1) Conceito e modalidades de trânsito aduaneiro

A definição de trânsito aduaneiro está prevista no art. 315 do R/A, o qual, “determina que o regime
aduaneiro especial é o que permite o transporte de mercadoria, sob controle aduaneiro, de um
ponto a outro do território nacional, com suspensão do pagamento de tributos”.

Para facilitar o entendimento é necessário saber algumas nomenclaturas específicas. De acordo com
o Decreto nº 6.759, considera-se:

local de origem, aquele que, sob controle aduaneiro, constitua o ponto inicial do itinerário de
trânsito;

local de destino, aquele que, sob controle aduaneiro, constitua o ponto final do itinerário de
trânsito;

unidade de origem, aquela que tenha jurisdição sobre o local de origem e na qual se processe
o despacho para trânsito aduaneiro; e

unidade de destino, aquela que tenha jurisdição sobre o local de destino e na qual se processe
a conclusão do trânsito aduaneiro.

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SEGURIDADE SOCIAL

1) CONCEITO

Do ponto de vista doutrinário, a seguridade social é um sistema de proteção social instituído pelos
Estados (soberanos), que tem como finalidade assegurar aos indivíduos o enfrentamento de
determinadas eventualidades (morte, velhice, invalidez, doença, desemprego, prisão, maternidade,
etc.), com o objetivo de garantir o mínimo existencial e, por reflexo, a dignidade humana.

À luz do entendimento normativo, seguridade social é um “Conjunto integrado de ações de


iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde,
a previdência e à assistência social”, conforme o Art. 194, da Constituição Federal de 1988 (CF/88).

Diante o exposto, verifica-se que a previdência é apenas um dos subsistemas da seguridade social,
pois existem a saúde e a assistência. Esse sistema abrangente e complexo da seguridade passou por
diversas transformações no tempo.

É um fenômeno que decorre do capitalismo, em que há o nascimento da classe trabalhadora e,


por consequência, a necessidade de protegê-la diante das contingências sociais que essas pessoas
são afetadas.

Macete

Conte até 3 e terá o conceito de seguridade social:

A seguridade social é UM conjunto integrado de ações de


iniciativa de DUAS partes (poder público e toda sociedade)
que tem como objetivo garantir TRÊS direitos (saúde,
assistência e previdência social).

2) EVOLUÇÃO HISTÓRICA

A evolução histórica dos sistemas de proteção social se divide em 3 (três) fases:

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2.1) Fase 1 - Assistência social

Preliminarmente, nos tempos da escravidão, por exemplo, não existia preocupação em relação à
pessoa do escravo, que não era, inclusive, considerado pessoa, e sim coisa, logo não havia qualquer
proteção social.

Com isso, até a edição da “Lei dos Pobres” (Poor Relief Act, 1601, na Inglaterra) a proteção às pessoas
necessitadas era desempenhada num contexto familiar ou comunitário (Assistência Privada). Esta
responsabilidade de suprir todas as necessidades cabia ao pai de família, por exemplo, ou ao senhor
feudal na época da servidão e feudalismo.

Com o implemento da “Lei dos Pobres” iniciou-se a fase da assistência pública, garantida a partir de
contribuições de caráter obrigatório para fins sociais. A igreja que se responsabilizava pelo programa
de assistência social, sendo direcionado às crianças, velhos, inválidos e desempregados.

2.2) Fase 2 - Seguro social

A partir da Revolução Industrial e com o surgimento da classe dos trabalhadores, bem como a
introdução do capitalismo, foi visto as pessoas saindo do campo e indo para cidade (êxodo rural). O
resultado disto foi que elas precisaram enfrentar eventualidades sociais, como o risco de acidentes
e doenças, em virtude do desempenho de atividade remunerada em jornadas excessivas, sem
qualquer tipo de proteção, impossibilitando-as de trabalhar e se subsistirem em determinadas
ocasiões.

Com isso, ficou claro a necessidade da intervenção do Estado para garantir a proteção social e evitar
nova revolução, visto a comoção social de insatisfação que se instaurara por parte da classe
trabalhadora da época. Assim, surgiu a segunda fase, que é chamada de seguro social. É uma fase
de proteção mais restrita, destinada a essas pessoas que estavam trabalhando.

Então, foi criado o primeiro sistema de seguro social (origem da Previdência Social) em 1883 pelo
Chanceler alemão Otto Von BISMARCK e compreendia seguro-doença, seguro de acidentes do
trabalho, seguro de invalidez e proteção à velhice, tais benefícios eram financiados por contribuições
dos empregados e empregadores.

2.3) Fase 3 - Seguridade social

Em 1941 o economista inglês William Henry BEVERIDGE instituiu um plano de proteção social de
caráter universal (“do berço ao túmulo”) que tinha a ideia de proteger o ser humano durante toda a
sua vida, logo não atendia apenas aqueles que estavam trabalhando, e sim todas as pessoas,
mantendo o custeio pelo Estado, trabalhador e empregador.

Conclusão

Nota-se, pela evolução histórica, que a proteção se iniciou com uma característica mais restrita
(específica) e passou por uma assistência pública com intervenção da Igreja; chegou a um seguro

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social estatizado (porém restrito); e por fim se tornou um sistema mais amplo, que hoje é a
seguridade social.

3) EVOLUÇÃO LEGISLATIVA NO BRASIL

A seguir a evolução legislativa no Brasil acerca da seguridade social:

1543 - Criação da primeira Santa Casa (Assistência Social):

Atuação forte da igreja desde a colonização dos indígenas que residiam no país;

Fase de assistencialismo.

1824 - Os socorros públicos foram previstos na Constituição:

Auxílio aos indivíduos vulneráveis que necessitavam de assistencialismo de saúde pública;

São considerados os embriões das Santas Casas de Misericórdia.

1835 - Criação do MONGERAL (previdência privada):

Marco do surgimento da previdência complementar brasileira;

1891 - A Constituição prevê a aposentadoria por invalidez decorrente de acidente em serviço


do servidor:

Não era chamada de benefício previdenciário, pois NÃO havia contribuição por parte do servidor;

Regime próprio de previdência: uma proteção social destinada ao servidor, de caráter gracioso.

1919 - 1ª Lei de Acidentes do Trabalho (seguros privados):

Transição da primeira fase de assistência social para o seguro social com a Revolução Industrial;

De 1919 a 1967: era de caráter privado, a empresa contratava uma seguradora que garantia a
proteção à família em caso de acidentes ou morte do empregado;

A partir de 1967 os benefícios se materializaram no âmbito da previdência social.

1923 - Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo 4.682):

Marco da mudança da primeira para segunda fase do sistema evolutivo de proteção social;

Surgimento da Previdência Social no Brasil (Seguro Social), deixando a fase do assistencialismo;

Criação das Caixas de Aposentadorias e Pensões – CAPs nas ferrovias (organizadas por empresas);

Inicialmente de natureza privada e específica (contribuição das empresas e trabalhadores);

1926 - Lei n° 5.109 estende as CAPs aos portuários e marítimos;

1928: Lei n° 5.485 estende as CAPs aos trabalhadores dos serviços telegráficos e radiotelegráficos.

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1933 - Governo Getúlio Vargas:

Início da estatização do sistema previdenciário;

Foram criados os Institutos de Aposentadorias e Pensões – IAPs (não mais por empresa, mas sim
por categoria profissional*) – (ex.: Marítimos, bancários, industriários, etc.);

Objetivo: proteger toda uma categoria profissional, e não apenas trabalhadores de uma certa
empresa. Nota-se uma ampliação da proteção.

1934 - Constituição prevê a tríplice forma de custeio: governo, empresa e trabalhador;

1937 - Constituição usa a expressão “Seguro Social”;

1942 - Criação da Legião Brasileira de Assistência Social (LBA);

1960 - Lei 3.807 (Lei Orgânica da Previdência Social – LOPS): unifica a legislação dos IAPs;

1963 - Lei 4.214: criação do Fundo de Assistência e Previdência do Trabalhador Rural (1ª iniciativa
de previdência da categoria);

1966 - IAPs são unificados se tornando o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS):

Decreto de número 72;

O INSS na ocasião ainda não havia sido criado.

1969 - Criação do Plano Básico de Previdência Social Rural;

1973 - Criação do Programa de Assistência do Trabalhador Rural – o Pró Rural;

1974 - Criação do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS);

1977 - Lei 6.439 cria o Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social (SINPAS):

Verifica-se que são dois subsistemas tratados conjuntamente: políticas previdenciárias e políticas
de assistência social. Hoje, elas possuem gestão diferenciada;

Integração dos sistemas INPS, INAMPS, LBA, FUNABEM, DATPREV e IAPAS.

1988 - CF/88 institui a Seguridade Social:

Art. 194 da CF/88;

1990 - Decreto 99.350: criou o INSS, a partir da fusão do Instituto de Administração Financeira da
Previdência e Assistência Social (IAPAS) com o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS);

2005 - Criação da Secretaria da Previdência Social: tinha atribuição de Arrecadar, Lançar,


Normatizar e Fiscalizar as receitas da previdência social;

2007 - A secretaria da Receita Federal por meio da lei 11,457 ficou encarregada de arrecadar,
fiscalizar e cobrar as contribuições previdenciárias.

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ESQUEMATIZANDO O CONTEÚDO

1543 - Criação da primeira 1835 - Criação do


1824 - A Constituição inseriu
Santa Casa (Assistência MONGERAL (previdência
os socorros públicos
Social) privada)

1891- A Constituição prevê a


1919 - 1ª Lei de Acidentes
aposentadoria por invalidez 1923 - Criação da Lei Eloy
do Trabalho (seguros
decorrente de acidente em Chaves
privados)
serviço do servidor

1933 - Governo Getúlio 1934 - Constituição prevê a


Vargas: Início da estatização tríplice forma de custeio 1937 - Constituição usa a
do sistema previdenciário; (governo, empresa e expressão “Seguro Social"
Criação dos IAPs trabalhador)

1966 - IAPs são unificados


1960 - Lei 3.807 (LOPS): formando o Instituto
1942 - é criado a LBA
unifica a legislação dos IAPs Nacional de Previdência
Social – INPS

1974 - Criação do Instituto 1977 - Lei 6.439: cria o


Nacional de Assistência Sistema Nacional de 1988 - CF/88 institui a
Médica da Previdência Social Previdência e Assistência Seguridade
(INAMPS); Social – SINPAS

2007 - A secretaria da
Receita Federal por meio da
1990 - Decreto 99.350: criou
lei 11.457 ficou encarregada 2005 - Criação da Secretaria
o INSS, mediante a fusão do
de arrecadar, fiscalizar e da Previdência Social
IAPAS, com INPS
cobrar as contribuições
previdenciárias

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CONHECIMENTO E USO DAS FORMAS CONTEMPORÂNEAS DA LINGUAGEM INGLESA

1) Introdução

Iniciamos os estudos na matéria de língua inglesa para o concurso da Receita Federal. Este tema é
cobrado com bastante frequência:
1 – Conhecimento e uso das formas contemporâneas da linguagem inglesa.

A matéria de inglês para o concurso é mais voltada a interpretação dos textos, portanto, seguiremos
a linha de cobrada pela banca FGV e apresentaremos a gramática como ferramenta de auxílio nas
técnicas de interpretação de texto!

2) Conhecimento e uso das formas contemporâneas da linguagem inglesa

A língua inglesa é predominante no planeta Terra, sendo falada em quase todos os continentes e é
tido como “língua universal” pelo fato de ser escolhida para comunicação quando falantes nativos
de outros idiomas precisam se comunicar.

Atualmente, estamos cercados de conteúdos produzidos na linguagem inglesa, tais como: filmes,
séries, músicas, esportes, redes sociais, cursos entre outros.

Desta forma, tornou-se necessário a compreensão mínima do idioma e, assim, cobrado nos
concursos públicos, para expandir o processo de globalização no serviço público brasileiro.

COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS VARIADOS: DOMÍNIO DO VOCABULÁRIO E


DA ESTRUTURA DA LÍNGUA, IDEIAS PRINCIPAIS E SECUNDÁRIAS, EXPLÍCITAS E IMPLÍCITAS,
RELAÇÕES INTRATEXTUAIS E INTERTEXTUAIS

1) Introdução

Nesse momento, iremos estudar o tópico 2 do edital da Receita Federal:

2 – Compreensão e interpretação de textos variados: domínio do vocabulário e da estrutura


da língua, ideias principais e secundárias, explícitas e implícitas, relações intratextuais e
intertextuais.

Obrigado por depositar sua confiança em nosso material! Tenha em mente que a sua disciplina e
esforço são imprescindíveis para a sua aprovação! Bons estudos e desejamos sucesso na sua
aprovação.

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2) Compreensão e interpretação de textos variados

2.1) Estratégias para interpretação de textos

A prova da FGV não é conhecida por cobrar os temas de língua inglesa de forma gramatical, ou seja,
o candidato é avaliado através de questões interpretativas, com narrativas e textos curtos e médios
que compreendem entre 3 a 4 questões.

Por tanto, é neste primeiro bloco iremos disponibilizar algumas dicas importantes que irão te auxiliar
durante a prova.

a) Leia o título e subtítulo do texto

Não inverta processos! Muitas vezes o título e o subtítulo do texto a ser tratado na questão já traz
informações importantes para compreender integralmente o que será questionado.

b) Leia as perguntas e as alternativas antes de iniciar a leitura do texto

Muito importante destacar que você não precisa ter o domínio 100% de inglês para fazer a prova,
basta identificar na pergunta o que foi requerido pela banca.

Não confunda esta dica como um substituto da leitura do texto! Mas, a leitura realizada após a
identificação da pergunta facilita na busca de palavras-chaves para saber a ideia geral que o texto
transmite.

c) Identifique o tipo de texto

É relevante conhecer qual o tipo verbal e não verbal do texto que o examinador pede naquela
imagem, ou seja, identifique se o texto está em formato de artigo, poema, anúncio, divulgação,
música.

d) Observe atentamente a imagem, quando houver

Outro importante é observar a imagem com atenção (caso tiver). Quando o examinador coloca uma
figura não verbal ele quer que você entenda o que está acontecendo naquela imagem. Não invente
e não interprete além da figura.

e) A resposta pode não estar explícita no texto

Apesar que a maioria das vezes há o excerto do texto na questão, algumas vezes o examinador vai
requerer a interpretação do assunto, portanto, tome cuidado em interpretar além e sempre fique
pronto para marcar a assertiva mais correta da questão.

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f) Identifique as partes do texto

Geralmente, a maioria dos textos é estruturada com introdução, desenvolvimento e conclusão.

Tema central ou ideia central: costuma expressar na introdução, por isso, procure no título ou
no primeiro parágrafo.

Argumentação: geralmente encontra-se no meio do texto, desta forma, procure a argumentação


entre os parágrafos intermediários.

Opinião/ ponto de vista do autor: costuma ser a conclusão do texto, diante disso, procure no
último parágrafo.

Leia o título e subtítulo do texto

Leia as perguntas e as alternativas antes de


iniciar a leitura do texto

Identifique o tipo de texto

Estratégias
Observe atentamente a imagem, quando
houver

A resposta pode não estar explícita no


texto

Identifique as partes do texto

2.2) Identificação do estilo de questão

As questões apresentadas na prova podem demandar maior tempo para a leitura do texto, portanto
é imprescindível identificar quais as questões que poderão ser resolvidas sem a necessidade da
leitura integral.

Para identificar as questões que necessitem a leitura do texto, se atente aos seguintes enunciados:

In general – em geral

According to the texto/author – de acordo com o texto/autor

Mark the only true statement concerning the ideas presented in paragraphs 4 to 7 – marque a
única declaração verdadeira sobre as ideias apresentadas nos parágrafos 4 a 7

The main purpose of the text/author – o principal propósito do texto/autor

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NOÇÕES GERAIS – NBC TA200

1) Introdução

Iniciamos os estudos na matéria de Auditoria para o concurso da Receita Federal. Este tema é a base
do estudo de auditoria, bastante recorrente nos concursos que cobram essa matéria:

1 – Noções gerais: objetivos gerais da auditoria / auditor independente, definições


importantes, o que não é objetivo da autoria, princípios fundamentais da ética profissional e
auditoria interna x externa.

A proposta deste material é trazer os temas cobrados recorrentemente nos concursos que cobram
a matéria de auditoria! Agradecemos a preferência pelo nosso material e bons estudos!

2) Objetivos gerais da Auditoria Independente

Primeiramente, precisamos entender o conceito de auditoria. Auditoria é um processo sistemático


e independente documentado em que é feito um exame objetivo de uma situação ou condição e,
ao mesmo tempo, por meio desse exame se compara e se avalia em que medida essa situação atende
ou está de acordo com determinados critérios, com determinado referencial. Uma vez que é feita
esta comparação, o auditor obtém as evidências necessárias para fundamentar a sua opinião e
comunica os resultados para um grupo determinado de usuários.

Neste contexto, auditoria independente tem como objeto as demonstrações contábeis daquela
entidade que reporta.

O objetivo geral da auditoria independente é aumentar o grau de confiança dos usuários nas
demonstrações contábeis.

3) Objetivos gerais do Auditor Independente

Em relação ao auditor independente, o objetivo geral é segurança razoável de que as


demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção relevante, independentemente se
essas distorções são causadas por fraude ou por erro.

4) Definições importantes

Distorção é a diferença entre uma informação da qual ela está apresentada nas demonstrações
contábeis e tal qual ela deveria estar apresentada quando consideramos a estrutura de relatório
aplicável.

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Fraude x erro fraude é um ato intencional, ou seja, realizado por um ser humano enquanto que
o erro não é intencional.

Segurança razoável é um nível elevado, mas nunca absoluto, de segurança. As conclusões que
o auditor chega nunca podem ser totalmente livres de algum risco, subjetividade. Essa segurança é
obtida quando a autoria consegue evidencias apropriadas suficientes para reduzir o risco ao nível
aceitavelmente baixo.

Limitações inerentes é um nível elevado de subjetividade da própria natureza dos


procedimentos aplicados pelo auditor e também das restrições que a auditoria tem em relação ao
tempo da execução e ao custo de sua aplicação.

Ceticismo é a postura que inclui uma mente alerta e questionadora a possíveis distorções
(duvidar naturalmente das coisas). Deve ser aplicado ao longo de toda auditoria.

Julgamento profissional é a aplicação de todo o conhecimento, treinamento, experiência prévia


que irá utilizar no processo de tomada de decisão. Assim como o ceticismo, o julgamento profissional
deverá ser aplicado ao longo de toda auditoria.

5) O que não é objetivo da auditoria / auditor

Elaborar e apresentar as demonstrações contábeis: responsabilidade do próprio corpo da


entidade que irá ser auditada (corpo diretivo – conselho de administração).

Estabelecer os controles internos: as rotinas, métodos e procedimentos deverão ser aplicados


pela própria entidade para obter a segurança de cumprir com os próprios objetivos.

Prevenção e detecção de fraude e erro: quem possui a responsabilidade primária principal pela
prevenção e detecção de fraudes e erros dentro da entidade também é o corpo diretivo (governança,
administração).

6) Princípios fundamentais de éticas profissionais

Tome nota!

Mnemônico: C3 O I

Confidencialidade / sigilo

Comportamento / conduta profissional

Competência / zelo profissional

Objetividade

Integridade

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7) Auditoria Interna e Auditoria Externa

As auditorias interna e externa possuem algumas características bem marcantes que não podem ser
confundidas. Como é sabido, a auditoria externa é realizada por uma empresa independente
(tema estudado neste material e relevante para o concurso) enquanto que a auditoria interna é
realizada dentro da própria entidade.

7.1) Auditoria interna

É exercida nas pessoas jurídicas de direito público, interno ou externo, e de direito privado.

A auditoria interna compreende os exames, análises, avaliações, levantamentos e comprovações,


estruturados para a avaliação de integridade, adequação, eficácia, eficiência e economicidade dos
processos, dos sistemas de informações e de controles internos, e de gerenciamento de riscos, com
vistas a assistir à administração da entidade no cumprimento de seus objetivos.

A atividade da auditoria interna está estruturada em procedimento, com enfoque técnico, objetivo,
sistemático e disciplinado, e tem por finalidade agregar valor ao resultado da organização,
apresentando subsídios para o aperfeiçoamento dos processos, de gestão e dos controles internos,
recomendado soluções para as não-conformidades apontadas nos relatórios.

A auditoria interna será realizada por funcionários do mais alto nível hierárquico da própria
empresa. Todavia, não está ligada à controladoria ou a presidência.

8) Processo de auditoria

A auditoria é composta pelo: i) planejamento, ii) execução do trabalho de auditoria, iii)


comunicação dos resultados (relatório) e iv) monitoramento das ações corretivas (follow-up).

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CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DAS ORGANIZAÇÕES FORMAIS MODERNAS: TIPOS DE


ESTRUTURA ORGANIZACIONAL, NATUREZA, FINALIDADES E CRITÉRIOS DE
DEPARTAMENTALIZAÇÃO.

1) Estrutura Organizacional

Inicialmente, necessário salientar que este material foi produzido com a finalidade de facilitar seu
caminho até a aprovação. Assim, faltando pouco tempo até a prova e sendo, portanto, impossível o
esgotamento da matéria, trabalharemos aqueles pontos que, de acordo com análise criteriosa da
banca e do seu concurso, possuem grande chance de cobrança. Vamos lá?!

Conforme dispõe Chiavenato, a estrutura organizacional constitui uma cadeia de comando, ou seja,
uma linha de autoridade que interliga as posições da organização e define quem se subordina a
quem. A cadeia de comando - também denominada cadeia escalar - baseia-se no princípio da
unidade de comando, que significa que cada empregado deve se reportar a um só superior.

Portanto, a estrutura organizacional é a forma como a organização se articula para desenvolver suas
atividades. Assim, a estrutura organizacional é um sistema de organização ou hierarquia de uma
empresa. É pela estrutura organizacional que se pode definir o trabalho a ser exercido por cada um
dentro de determinada empresa.

Fique Atento:

Cuidado para não confundir a estrutura organizacional com organograma. O organograma nada
mais é que o desenho da estrutura organizacional de determinada organização.

Tenha sempre em mente que a estrutura organizacional não é estática. São vários os fatores que
podem causar interferências. E estas interferências podem ser externas: a exemplo do ambiente em
que está inserida a organização e também podem ser internas: a exemplo das tecnologias ao alcance
da organização, estrutura de pessoal disponível e estratégias adotadas.

Esclarece ainda Chiavenato que não há duas organizações iguais, assim como não existem duas
pessoas idênticas. Cada organização tem seus objetivos, seu ramo de atividade, seus dirigentes e seu
pessoal, seus problemas internos e externos, seu mercado, sua situação financeira, sua tecnologia,
seus recursos básicos, sua ideologia e política de negócios etc.

2) Níveis de Organização

Conforme visto, cada organização possuis características próprias. Para Chiavenato, a organização
poderá ser estruturada em três níveis diferentes, quais sejam:

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É a organização que abrange a
empresa como uma totalidade. É o
chamado desenho organizacional,
Organização no
que pode assumir três tipos: a
Nível Global
organização linear, a organização
funcional e a organização do tipo
linha-staff.

É a organização que abrange cada


Organização no departamento da empresa. É o
Níveis de
nível chamado desenho departamental
Organização
departamental. ou simplesmente
departamentalização.

É a organização que focaliza cada


tarefa, atividade ou operação
Organização no
especificamente. É o chamado
nível das tarefas e
desenho dos cargos ou tarefas. É
operações.
feita por meio da descrição e
análise dos cargos.

3) Tipos de Estrutura Organizacional

Tradicionalmente as organizações foram divididas em três tipos básicos de estrutura: organização


linear, organização funcional e organização linha-staff. Vejamos cada uma delas a seguir, sendo este
um tema com grande chance de cobrança em sua prova.

3.1) Organização Linear

É o tipo mais antigo de organização e também o mais simples. Funda-se na organização dos antigos
exércitos e na organização eclesiástica do medievo.

A organização linear possui um formato piramidal, com a definição de linhas diretas e únicas de
autoridade e reponsabilidade entre superior e subordinado.

Trata-se de tipo de estrutura organizacional típica de pequenas empresas ou organizações em seu


início.

Características da Organização Linear:

De acordo com Chiavenato, a organização linear apresenta as seguintes características:

3.1.a) Autoridade linear ou única.

A principal característica da organização linear é a autoridade única e absoluta do superior sobre


seus subordinados, decorrente do princípio da unidade de comando, típica das organizações
militares. A autoridade linear é baseada no nível hierárquico e se restringe aos subordinados. Cada
subordinado reporta-se única e exclusivamente ao seu superior, recebe ordens exclusivamente dele
e reporta-se exclusivamente a ele. A autoridade linear é uma autoridade de comando.

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3.1.b) Linhas formais de comunicação.

As comunicações entre os órgãos ou cargos na organização são feitas unicamente através das linhas
existentes no organograma. Todo órgão ou cargo (com exceção daqueles situados no topo e no
rodapé do organograma) possui dois terminais de comunicação: um orientado para cima e que o
liga exclusivamente ao órgão ou cargo superior (representando sua responsabilidade) e outro
orientado para baixo e que o liga exclusivamente aos órgãos ou cargos diretamente subordinados
(representando sua autoridade). Cada gerente centraliza as comunicações em linha ascendente dos
subordinados. As comunicações são, portanto, lineares e formais, isto é, limitadas exclusivamente às
relações formais descritas no organograma.

3.1.c) Centralização das decisões.

Como a linha de comunicação liga cada órgão ou cargo ao seu superior e sucessivamente até a
cúpula da organização, a autoridade linear que comanda toda a organização centraliza-se no topo
do organograma e os canais de responsabilidade são conduzidos por meio dos níveis hierárquicos
de forma convergente até ali. A organização linear desloca e converge toda a autoridade para a
cúpula da organização: existe uma autoridade máxima que centraliza todas as decisões e o controle
da organização.

3.1.d) Aspecto piramidal.

Em decorrência da centralização da autoridade no topo da organização e da autoridade linear de


cada superior em relação aos subordinados, a organização linear apresenta um formato piramidal.
À medida que se sobe na escala hierárquica, diminui o número de cargos ou órgãos. O resultado é
que, à medida que aumenta o nível hierárquico, mais aumenta a generalização e a centralização
(visão global da organização), e à medida que diminui o nível hierárquico, mais aumenta a
especialização e a delimitação das responsabilidades (visão específica do cargo ou função).

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TIPOLOGIA TEXTUAL

1) TIPOS TEXTUAIS

Os tipos textuais são o conjunto de estruturas que constituem textos de diferentes gêneros textuais,
em outras palavras, é o modo como um texto se apresenta.

Eles se dividem em cinco: narrativo, descritivo, expositivo (informativo), argumentativo


(dissertativo) e injuntivo.

1.1) Narrativo

O texto narrativo retrata uma sucessão de fatos, e é composto pelos seguintes elementos:
personagens, tempo, espaço e enredo (sucessão de acontecimentos).

É o relato de uma história vivida por personagens ao longo do tempo e do espaço, trazendo consigo
sempre uma progressão temporal.

No texto narrativo, contém, ainda, trechos descritivos.

1.2) Descritivo

O texto descritivo faz menção as características ou qualidades de alguém ou de alguma coisa.


Características são atributos específicos ao ser, enquanto qualidades determinam a essência ou a
natureza de um ser ou coisa a serem descritos.

A tipologia textual na forma de descrição pode se referir, por exemplo, a uma pessoa, um ambiente,
um processo, ou uma cena, de forma simultânea.

1.3) Expositivo (informativo)

O texto expositivo apresenta um assunto sem apresentar uma opinião ou uma tese.

Esta tipologia textual se pauta numa linguagem objetiva, isto é, uma linguagem direcionada ao
objeto apresentado, e não ao sujeito em questão.

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1.4) Argumentativo (dissertativo)

No texto argumentativo o assunto é apresentado sob a perspectiva do autor, trazendo trechos


expositivos ou informativos para compor uma análise.

Neste tipo texto identifica-se os seguintes elementos: uma introdução (tese), argumentos
(desenvolvimento) e uma conclusão, a fim de consolidar os argumentos.

Diferentemente dos textos descritivos e expositivos onde há predominantemente fatos, o texto


argumentativo contém uma opinião a partir dos fatos apresentados.

1.5) Injuntivo

O texto injuntivo (ou conhecido como instrucional), que se propõe a orientar, prescrever e instruir.

Frequentemente há verbos no imperativo.

Utilizado também para apontar acontecimentos e comportamentos.

ESQUEMATIZANDO O CONTEÚDO

TIPO OBJETIVO CARACTERÍSTICAS

Narrativo Retratar uma sucessão de Apresenta uma progressão temporal


fatos

Descritivo Retratar uma realidade Apresenta fatos e ações


estática simultaneamente

Expositivo Informar Linguagem objetiva, sem opinião do


(informativo) autor

Argumentativo Desenvolver um tema a partir Apresenta fatos e argumentos a fim de


(dissertativo) da perspectiva do autor fundamentar uma tese

Injuntivo Orientar, prescrever e instruir Linguagem imperativa

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2) GÊNEROS TEXTUAIS

Os gêneros textuais são as classificações utilizadas para definir os textos de acordo com as
características comuns em relação à linguagem e ao conteúdo.

São identificados com base no objetivo, função e no contexto do texto.

Há diversos gêneros textuais, os quais estabelecem uma interação entre os interlocutores (emissor e
receptor) de determinado enunciado. Abaixo os principais exemplos:

2.1) Crônica

É um texto curto na forma de prosa que retrata acontecimentos cotidianos.

A linguagem utilizada é subjetiva (uso de primeira pessoa e juízo de valor).

Geralmente produzido para meios de comunicação (jornais, revistas, etc.).

2.2) Conto

É um texto de narrativa curta, que contém enredo, personagens, tempo e espaço.

2.3) Artigo de opinião

Texto que retrata de temas da atualidade e é veiculado geralmente nos meios de comunicação
(televisão, rádio, jornais ou revistas).

2.4) Editorial

Dispõe sobre a opinião de um jornal ou revista em relação a um relevante assunto.

2.5) Notícia

Texto que informa sobre fatos e acontecimentos da atualidade.

2.6) Reportagem

Retrata fenômenos sociais ou políticos e acontecimentos gerados no espaço público e que são de
interesse de todos.

Apresenta reiteradamente polifonia (participação de outras pessoas em entrevistas, além do autor).

As opiniões, quando apresentadas, geralmente não são do autor, mas sim dos entrevistados.

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ESQUEMATIZANDO O CONTEÚDO

A seguir o tipo textual correspondente a cada gênero textual apresentado:

Narrativo Descritivo Expositivo Argumentativo Injuntivo

Conto,
Manual de
crônica e Cardápio Texto didático Carta aberta
instrução
romance

Relato Tese, editorial


Notícia Palestra Propaganda
descritivo e crônica

Artigo de
Biografia /
Reportagem Reportagem opinião/ Receita
Autobiografia
científico

Futuro(a) servidor público da Receita Federal: saiba que, em análise estatística de nossa
equipe de professores, verificamos que a banca FGV tem seus temas “queridinhos”. Por isso, um
material focado na banca e no concurso da Receita Federal ajudará e muitoooo você conquistar a
sua tão sonhada aprovação.

Não perca essa oportunidade e garanta já o seu material.

Faça sua parte nos estudos e estude de forma estratégica para esse certame, pois isso fará com
que você seja aprovado.

Lembre-se: só depende de você.

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