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Agente Administrativo
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Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante
todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica
foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou dúvida
conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente
para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-mail: professores @maxieduca.com.br
“Princípios são, pois verdades ou juízos fundamentais, que servem de alicerce ou de garantia de
certeza a um conjunto de juízos, ordenados em um sistema de conceitos relativos à dada porção da
realidade. Às vezes também se denominam princípios certas proposições, que apesar de não serem
evidentes ou resultantes de evidências, são assumidas como fundantes da validez de um sistema
particular de conhecimentos, como seus pressupostos necessários.”
Desta forma, princípios são proposições que servem de base para toda estrutura de uma ciência, no
Direito Administrativo não é diferente, temos os princípios que servem de alicerce para este ramo do
direito público. Os princípios podem ser expressos ou implícitos, vamos nos deter aos expressos, que são
os consagrados no art. 37 da Constituição da República Federativa do Brasil. Em relação aos princípios
constitucionais, Meirelles afirma que:
“Princípios são, pois verdades ou juízos fundamentais, que servem de alicerce ou de garantia de
certeza a um conjunto de juízos, ordenados em um sistema de conceitos relativos à dada porção da
realidade. Às vezes também se denominam princípios certas proposições, que apesar de não serem
evidentes ou resultantes de evidências, são assumidas como fundantes da validez de um sistema
particular de conhecimentos, como seus pressupostos necessários.”
Assim sendo, os princípios constitucionais da administração pública, como tão bem exposto, vêm
expressos no art. 37 da Constituição Federal, e como já afirmado, retoma aos princípios da legalidade,
moralidade, impessoalidade ou finalidade, publicidade, eficiência, razoabilidade. Em consonância, Di
Pietro conclui que a Constituição de 1988 inovou ao trazer expresso em seu texto alguns princípios
constitucionais. O caput do art. 37 afirma que a administração pública direta e indireta de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, os quais em seguida serão tratados com
mais ênfase.
Não obstante o exposto, se torna primeiramente necessário falar de dois princípios que regem a
Administração Pública de forma geral, são eles o princípio da supremacia do interesse público e o
princípio da indisponibilidade do interesse público. Vejamos:
Este princípio consiste na sobreposição do interesse público em face do interesse particular. Havendo
conflito entre o interesse público e o interesse particular, aquele prevalecerá.
Podemos conceituar INTERESSE PÚBLICO como o somatório dos interesses individuais desde que
represente o interesse majoritário, ou seja, a vontade da maioria da sociedade.
O interesse público PRIMÁRIO é o interesse direto do povo, é o interesse da coletividade como um
todo. Já o interesse público SECUNDÁRIO é o interesse direto do Estado como pessoa jurídica, titular de
direitos e obrigações, em suma, é vontade do Estado. Assim, a vontade do povo (interesse público
PRIMÁRIO) e a vontade do Estado (interesse público SECUNDÁRIO) não se confundem.
O interesse público SECUNDÁRIO só será legítimo se não contrariar nenhum interesse público
PRIMÁRIO. E, ao menos indiretamente, possibilite a concretização da realização de interesse público
PRIMÁRIO. Daremos um exemplo para que você compreenda perfeitamente esta distinção.
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Este princípio é um dos dois pilares do denominado regime jurídico-administrativo, fundamentando a
existência das prerrogativas e dos poderes especiais conferidos à Administração Pública para que esta
esteja apta a atingir os fins que lhe são impostos pela Constituição e pelas leis.
O ordenamento jurídico determina que o Estado-Administração atinja uma gama de objetivos e fins e
lhe confere meios, instrumentos para alcançar tais metas. Aqui se encaixa o princípio da Supremacia do
Interesse Público, fornecendo à Administração as prerrogativas e os poderes especiais para obtenção
dos fins estabelecidos na lei.
O princípio comentado não está expresso em nosso ordenamento jurídico. Nenhum artigo de lei fala,
dele, porém tal princípio encontra-se em diversos institutos do Direito Administrativo. Vejamos alguns
exemplos práticos:
- a nossa Constituição garante o direito à propriedade (art. 5º, XXII), mas com base no princípio da
Supremacia do Interesse Público, a Administração pode, por exemplo, desapropriar uma propriedade,
requisitá-la ou promover o seu tombamento, suprimindo ou restringindo o direito à propriedade.
- a Administração e o particular podem celebrar contratos administrativos, mas esses contratos
preveem uma série de cláusulas exorbitantes que possibilitam a Administração, por exemplo, modificar
ou rescindir unilateralmente tal contrato.
- o poder de polícia administrativa que confere à Administração Pública a possibilidade, por exemplo,
de determinar a proibição de venda de bebida alcoólica a partir de determinada hora da noite com o
objetivo de diminuir a violência.
Diante de inúmeros abusos, ilegalidades e arbitrariedades cometidas em nome do aludido princípio, já
existem vozes na doutrina proclamando a necessidade de se pôr fim a este, através da Teoria da
Desconstrução do Princípio da Supremacia. Na verdade, esvaziar tal princípio não resolverá o
problema da falta de probidade de nossos homens públicos. Como afirma a maioria da doutrina, o
princípio da Supremacia do Interesse Público é essencial, sendo um dos pilares da Administração,
devendo ser aplicado de forma correta e efetiva. Se há desvio na sua aplicação, o Poder Judiciário deve
ser provocado para corrigi-lo.
Sem prejuízo, voltamos a frisar que a Administração Pública deverá se pautar principalmente nos cinco
princípios estabelecidos pelo “caput” do artigo 37 da Constituição da República Federativa do Brasil de
1988. Os princípios são os seguintes: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência.
Dica de memorização: se unirmos as iniciais dos principais princípios constitucionais, chegaremos à palavra
mnemônica “L.I.M.P.E.”
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Vejamos o que prevê a Carta Magna sobre o tema:
CAPÍTULO VII
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Artigo 37- A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...)
Princípio da Legalidade
Princípio da Impessoalidade
A Administração Pública, de acordo com o princípio da moralidade administrativa, deve agir com
boa-fé, sinceridade, probidade, lealdade e ética. Tal princípio acarreta a obrigação ao administrador
público de observar não somente a lei que condiciona sua atuação, mas também, regras éticas extraídas
dos padrões de comportamento designados como moralidade administrativa (obediência à lei).
Não basta ao administrador ser apenas legal, deve também, ser honesto tendo como finalidade o bem
comum. Para Maurice Hauriou, o princípio da moralidade administrativa significa um conjunto de regras
de conduta tiradas da disciplina interior da Administração. Trata-se de probidade administrativa, que é a
forma de moralidade. Tal preceito mereceu especial atenção no texto vigente constitucional (§ 4º do artigo
37 CF), que pune o ímprobo (pessoa não correto -desonesta) com a suspensão de direitos políticos. Por
fim, devemos entender que a moralidade como também a probidade administrativa consistem
exclusivamente no dever de funcionários públicos exercerem (prestarem seus serviços) suas funções
com honestidade. Não devem aproveitar os poderes do cargo ou função para proveito pessoal ou para
favorecimento de outrem.
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Princípio da Publicidade
O princípio da publicidade tem por objetivo a divulgação de atos praticados pela Administração
Pública, obedecendo, todavia, as questões sigilosas. De acordo com as lições do eminente doutrinador
Hely Lopes Meirelles, “o princípio da publicidade dos atos e contratos administrativos, além de assegurar
seus efeitos externos, visa a propiciar seu conhecimento e controle pelos interessados e pelo povo em
geral, através dos meios constitucionais...”. (MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro.
São Paulo: Malheiros, 2005).
Complementando o princípio da publicidade, o art. 5º, XXXIII, garante a todos o direito a receber dos
órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão
prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, matéria essa regulamentada pela Lei nº
12.527/2011 (Regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5o, no inciso II do § 3o do
art. 37 e no § 2o do art. 216 da Constituição Federal; altera a Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990;
revoga a Lei no 11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositivos da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e
dá outras providências).
Os remédios constitucionais do habeas data e mandado de segurança cumprem importante papel
enquanto garantias de concretização da transparência.
Princípio da Eficiência
Por derradeiro, o último princípio a ser abarcado pelo artigo 37, da Constituição da República
Federativa do Brasil de 1988 é o da eficiência.
Se, na iniciativa privada, se busca a excelência e a efetividade, na administração outro não poderia
ser o caminho, enaltecido pela EC n. 19/98, que fixou a eficiência também para a Administração Pública.
De acordo com os ensinamentos de Hely Lopes Meirelles, o princípio da eficiência “impõe a todo
agente público realizar as atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional. É o mais moderno
princípio da função administrativa, que já não se contenta em ser desempenhada apenas com legalidade,
exigindo resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das necessidades da
comunidade e de seus membros”.1
Outrossim, DI PIETRO explicita que o princípio da eficiência possui dois aspectos: “o primeiro pode
ser considerado em relação ao modo de atuação do agente público, do qual se espera o melhor
desempenho possível de suas atribuições, para lograr os melhores resultados, e o segundo, em relação
ao modo de organizar, estruturar e disciplinar a Administração Pública, também com o mesmo objetivo
de alcançar os melhores resultados na prestação do serviço público”.2 Por sua atualidade merece especial
referência a questão do nepotismo, ou seja, a designação de cônjuge, companheiro e parentes para
cargos públicos no órgão. A lei proíbe o nepotismo direto, aquele em que o beneficiado deve estar
subordinado a seu cônjuge ou parente, limitado ao segundo grau civil, por consanguinidade (pai, mãe,
avós, irmãos, filhos e netos) ou por afinidade (sogros, pais dos sogros, cunhados, enteados e filhos dos
enteados).
O Supremo Tribunal Federal ampliou essa vedação, por meio da Súmula Vinculante nº 13, onde proíbe
o nepotismo em todas as entidades da Administração direta e indireta de todos os entes federativos,
enquanto que a Lei 8.112/90 veda apenas para a Administração direta, às autarquias e fundações da
União; estende a proibição aos parentes de terceiro grau (tios e sobrinhos), que alcançava apenas os
parentes de segundo grau; e proibiu-se também o nepotismo cruzado, aquele em que o agente público
utiliza sua influência para possibilitar a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em cargo em
comissão ou de confiança ou função gratificada não subordinada diretamente a ele.
A vedação do nepotismo representa os princípios da impessoalidade, moralidade, eficiência e
isonomia, de acordo com o decidido na Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC nº 12). A partir de
agora, temos a palavra da Suprema Corte, dizendo que o nepotismo ofende os princípios republicanos,
previstos nos arts. 5º e 37 da Constituição Federal.
Princípio da autotutela
Como o Poder Público está submetido a lei, sua atuação é voltada ao controle de legalidade e quando
esse poder é exercido pela própria Administração, esses atos são denominados de autotutela.
1
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2002.
2
PIETRO, Maria Sylvia Zanella Di. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 2002.
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A autotutela permite que o Poder Público anule ou revogue seus atos administrativos, quando forem
inconvenientes com a lei. Para tanto, não será necessária a intervenção do Poder Judiciário.
Impõe-se a Administração Pública o zelo pela regularidade de sua atuação (dever de vigilância), ainda
que para tanto não tenha sido provocada.
Essa forma de controle interno se dá em dois momentos: com a anulação de atos ilegais e contrários
ao ordenamento jurídico, e a revogação de atos em confronto com os interesses da Administração, cuja
manutenção se afigura inoportuna e inconveniente.
No entanto, essa autotutela apresenta algumas limitações objetivas e subjetivas, decorrentes do
princípio da segurança jurídica.
Princípio da Igualdade
Também conhecido como Princípio da Isonomia, considera que a Administração Pública deve se
preocupar em tratar igualmente as partes no processo administrativo, sem que haja discriminações não
permitidas.
O objetivo é tratar o administrado com urbanidade, com equidade, com congruência.
No processo administrativo, busca-se uma decisão legal e justa, pois se deve tratar igualmente os
iguais e desigualmente os desiguais, na exata medida de suas desigualdades.
Princípio da Finalidade
A Administração Pública deve satisfazer a pretensão do interesse público, caso não seja satisfeita a
vontade, leva-se à invalidade do ato praticado pelo administrador.
Por exemplo, uma passeata de interesse coletivo, autorizadas pela Administração Pública, poderá ser
dissolvida, se tornar-se violenta, a ponto de causarem problemas à coletividade (desvio da finalidade).
Princípio da Motivação
Dito princípio implica para a Administração o dever de justificar seus atos, apontando-lhes os
fundamentos de direito e de fato, assim como a correlação lógica entre os eventos e situações que deu
por existentes e a providência tomada, nos casos em que este último aclaramento seja necessário para
aferir-se a consonância da conduta administrativa com a lei que lhe serviu de arrimo.
Por ele, a autoridade administrativa deve demonstrar as razões que permitiram tomar determinada
decisão. A motivação é a exigência do Estado de Direito. Sem a explicitação dos motivos fica difícil aferir
a correção do que foi decidido. A falta de motivação no ato discricionário é o que permite a ocorrência de
desvio de poder e até mesmo de abuso, devido a impossibilidade de controle judicial, pois como dito
anteriormente, a motivação é o que permite aferir a intenção do agente.
O Estado como garantidor deve conceder segurança jurídica aos cidadãos, devido a necessidade de
demonstrar que embora seja o detentor de poder maior, deve-se dosar o controle da utilização deste
poder.
A Segurança Jurídica garante aos cidadãos os seus direitos naturais, como por exemplo, direito à
liberdade, à vida, à propriedade, entre outro.
Em sentido amplo ela refere-se ao sentido geral de garantia, proteção, estabilidade de situação ou
pessoa em vários campos. Devemos pensar que em sentido amplo está ligada à garantia real de direitos
que possuem amparo na Constituição Federal, como por exemplo os que são reconhecidos pelo artigo
5º, do citado diploma legal.
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Em sentido estrito, a segurança jurídica assume o sentido de garantia de estabilidade e de certeza dos
negócios jurídicos, admite que as pessoas saibam previamente que, uma vez envolvidas em certa
relação jurídica, está se mantém estável, mesmo se alterar a base legal sob a qual se institui.
Não permite que os envolvidos sofram alterações em razão de constante mudança legislativa. É mais
voltada ao aspecto formal, típico do Estado de Direito Liberal e característico dos sistemas jurídicos
positivados, reconhecendo o momento exato em que uma lei entra em vigor e quando pode ser revogado.
Visa não prejudicar o atendimento à população, uma vez que os serviços essenciais não podem ser
interrompidos.
Celso Ribeiro Bastos (in Curso de direito administrativo, 2. ed. – São Paulo: Saraiva, 1996, p. 165.), é
um dos doutrinadores que defende a não interrupção do serviço público essencial: "O serviço público
deve ser prestado de maneira continua, o que significa dizer que não é passível de interrupção. Isto ocorre
pela própria importância de que o serviço público se reveste, o que implica ser colocado à disposição do
usuário com qualidade e regularidade, assim como com eficiência e oportunidade"... "Essa continuidade
afigura-se em alguns casos de maneira absoluta, quer dizer, sem qualquer abrandamento, como ocorre
com serviços que atendem necessidades permanentes, como é o caso de fornecimento de água, gás,
eletricidade. Diante, pois, da recusa de um serviço público, ou do seu fornecimento, ou mesmo da
cessação indevida deste, pode o usuário utilizar-se das ações judiciais cabíveis, até as de rito mais célere,
como o mandado de segurança e a própria ação cominatória".
Questões
01. (USP - Agente Técnico de Assistência à Saúde (Psicólogo) – USP/2017). Um servidor público
utiliza sua verba de representação ou cartão corporativo em negócios não previstos à sua condição de
pessoa pública ou do exercício profissional. Com base nestas informações, os princípios de
Administração Pública atingidos são:
(A) Legalidade e publicidade.
(B) Moralidade e impessoalidade
(C) Impessoalidade e publicidade.
(D) Moralidade e legalidade
( ) Certo ( ) Errado
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04. (Prefeitura de Belo Horizonte /MG - Procurador Municipal – CESPE/2017). A respeito dos
princípios aplicáveis à administração pública, assinale a opção correta.
(A) Dado o princípio da autotutela, poderá a administração anular a qualquer tempo seus próprios atos,
ainda que eles tenham produzido efeitos benéficos a terceiros.
(B) Apesar de expressamente previsto na CF, o princípio da eficiência não é aplicado, por faltar-lhe
regulamentação legislativa.
(C) Ao princípio da publicidade corresponde, na esfera do direito subjetivo dos administrados, o direito
de petição aos órgãos da administração pública.
(D) O princípio da autoexecutoriedade impõe ao administrador o ônus de adequar o ato sancionatório
à infração cometida.
06. (TRT/8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário - CESPE/2016). A respeito dos princípios da
administração pública, assinale a opção correta.
(A) Decorre do princípio da hierarquia uma série de prerrogativas para a administração, aplicando-se
esse princípio, inclusive, às funções legislativa e judicial.
(B) Decorre do princípio da continuidade do serviço público a possibilidade de preencher, mediante
institutos como a delegação e a substituição, as funções públicas temporariamente vagas.
(C) O princípio do controle ou tutela autoriza a administração a realizar controle dos seus atos, podendo
anular os ilegais e revogar os inconvenientes ou inoportunos, independentemente de decisão do Poder
Judiciário.
(D) Dado o princípio da autotutela, a administração exerce controle sobre pessoa jurídica por ela
instituída, com o objetivo de garantir a observância de suas finalidades institucionais.
(E) Em decorrência do princípio da publicidade, a administração pública deve indicar os fundamentos
de fato e de direito de suas decisões.
07. (TRT/8ª Região (PA e AP) - Técnico Judiciário - CESPE/2016). A respeito dos princípios da
administração pública, assinale a opção correta.
(A) Em decorrência do princípio da autotutela, apenas o Poder Judiciário pode revogar atos
administrativos.
(B) O princípio da indisponibilidade do interesse público e o princípio da supremacia do interesse
público equivalem-se.
(C) Estão expressamente previstos na CF o princípio da moralidade e o da eficiência.
(D) O princípio da legalidade visa garantir a satisfação do interesse público.
(E) A exigência da transparência dos atos administrativos decorre do princípio da eficiência.
08. (TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário - CESPE/2016). Assinale a opção correta a
respeito dos princípios da administração pública.
(A) O princípio da eficiência deve ser aplicado prioritariamente, em detrimento do princípio da
legalidade, em caso de incompatibilidade na aplicação de ambos.
(B) Os institutos do impedimento e da suspeição no âmbito do direito administrativo são importantes
corolários do princípio da impessoalidade.
(C) A administração deve, em caso de incompatibilidade, dar preferência à aplicação do princípio da
supremacia do interesse público em detrimento do princípio da legalidade.
(D) A publicidade, princípio basilar da administração pública, não pode sofrer restrições.
(E) A ofensa ao princípio da moralidade pressupõe afronta também ao princípio da legalidade.
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(B) dá à administração pública o poder da execução imediata das decisões administrativas,
possibilitando a criação de obrigações para o particular.
(C) corresponde ao aspecto subjetivo do princípio da segurança jurídica.
(D) é considerado uma imposição da limitação à discricionariedade da administração pública.
(E) é um dos princípios expressamente arrolados no art. 37 da Constituição Federal de 1988.
10. (IF/AP - Contador - FUNIVERSA/2016). Os princípios que regem a Administração Pública podem
ser divididos em dois grupos: os expressos e os implícitos ou reconhecidos. A propósito desse assunto,
assinale a alternativa correta.
(A) A CF, no caput do art. 37, estabelece, de forma expressa, alguns princípios básicos. São eles:
legalidade, impessoalidade, moralidade, supremacia do interesse público, publicidade e eficiência.
(B) Os princípios da proporcionalidade, da indisponibilidade, da autotutela e da eficiência são princípios
implícitos ou reconhecidos.
(C) Prevê-se, expressamente, que a Administração Pública seja regida pelos princípios da legalidade,
moralidade, economicidade, publicidade e impessoalidade.
(D) De acordo com o princípio da legalidade, os agentes públicos têm autonomia de vontade, ou seja,
possuem liberdade para fazer o que for necessário, desde que não haja proibição legal.
(E) O princípio da moralidade administrativa impõe ao agente administrativo a observância dos
princípios éticos, da boa-fé e da lealdade, e não apenas a conformidade com a norma jurídica.
11. (UFCG - Administrador – UFCG/2016). Ao exercício da Administração Pública cabe obedecer aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Assim, pode-se dizer que:
(A) O princípio da legalidade classifica atos configuradores de improbidade na administração pública,
aos que importam em enriquecimento ilícito, aos que violam os princípios constitucionais, e aos que
causam prejuízo ao erário.
(B) O princípio da impessoalidade determina a observância do critério da divulgação oficial dos atos
administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na Constituição.
(C) O princípio da moralidade estabelece o concurso público como requisito obrigatório para
investidura em cargo ou emprego público, ressalvadas as nomeações para cargos comissionados.
(D) O princípio da publicidade exige observâncias as normas legais e regulamentares, bem como aos
atos praticados visando a fim proibido em lei ou regulamento.
(E) O princípio da eficiência exige que a atividade administrativa seja exercida com presteza e
rendimento funcional, agregando as atividades desempenhadas pela legalidade, como também
resultados positivos para o serviço público.
12. (Prefeitura de Juiz de Fora/MG - Auditor Fiscal – AOCP/2016). Sobre o Princípio da Motivação,
é lícito afirmar que ele
(A) obriga o Estado a proporcionar aos seus agentes públicos condições para que estejam sempre
motivados a atender o interesse público.
(B) garante que o Poder Público exerça o controle sobre os próprios atos, podendo anular os ilegais e
revogar os inconvenientes, sem a necessidade de buscar o Poder Judiciário
(C) obriga que o administrador público obedeça à lei e ao Direito, o que inclui os princípios
administrativos, sob pena de responder disciplinar, civil e criminalmente
(D) determina que o administrador público deve expor os fundamentos de fato e de direito que
embasaram sua decisão ou ato praticado.
(E) decorre do próprio Estado de Direito e motiva à autoridade competente a se sentir obrigada a dar
publicidade de seus atos.
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(C) O princípio da indisponibilidade do interesse público estabelece as sujeições a que se submete o
administrador público e representa a proibição da renúncia ao interesse público.
(D) Apenas deverão observar os princípios administrativos expressos na Constituição Federal a
administração pública direta da União, Estados e Municípios.
01. Resposta: D
O princípio da legalidade, um dos mais importantes princípios consagrados no ordenamento jurídico
brasileiro, consiste no fato de que o administrador somente poderá fazer o que a lei permite. É importante
demonstrar a diferenciação entre o princípio da legalidade estabelecido ao administrado e ao
administrador. Como já explicitado para o administrador, o princípio da legalidade estabelece que ele
somente poderá agir dentro dos parâmetros legais, conforme os ditames estabelecidos pela lei. Já, o
princípio da legalidade visto sob a ótica do administrado, explicita que ninguém será obrigado a fazer ou
deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude lei. Esta interpretação encontra abalizamento no artigo
5º, II, da Constituição Federal de 1988.
De acordo com o princípio da moralidade administrativa, a Administração deve agir com boa-fé,
sinceridade, probidade, lealdade e ética. Tal princípio acarreta a obrigação ao administrador público de
observar não somente a lei que condiciona sua atuação, mas também, regras éticas extraídas dos
padrões de comportamento designados como moralidade administrativa (obediência à lei).
03. Resposta: B
Informativo 782 STF
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É legítima a publicação, inclusive em sítio eletrônico mantido pela Administração Pública, dos nomes
de seus servidores e do valor dos correspondentes vencimentos e vantagens pecuniárias.
04. Resposta: C
Através do Princípio da Publicidade, os particulares tem o direito de receber dos órgãos públicos
informações, pedir certidões, o que não é conseguido com facilidade na Administração. O habeas data é
um dos remédios constitucionais para esse caso.
05. Resposta: C
Constituição Federal
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter
caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou
imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
06. Resposta: B
Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro. Direito Administrativo, 2014. pp. 71-72:
Por esse princípio entende-se que o serviço público, sendo a forma pela qual o Estado desempenha
funções essenciais ou necessárias à coletividade, não pode parar. Dele decorrem consequências
importantes:
Necessidade de institutos como a suplência, a delegação e a substituição para preencher as funções
públicas temporariamente vagas;”
07. Resposta: C
Constituição Federal
Art.37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência. (LIMPE)
08. Resposta: B
Devemos ter em mente que não há relação de hierarquia ou subordinação entre os princípios.
Para Celso Antônio Bandeira de Mello, o princípio da impessoalidade “traduz a ideia de que a
Administração tem de tratar a todos os administrados sem discriminações, benéficas ou detrimentosas.
Nem favoritismo, nem perseguições são toleráveis. Simpatias ou animosidades pessoais, políticas ou
ideológicas não podem interferir na atuação administrativa”. E completa: “o princípio em causa não é
senão o próprio princípio da igualdade ou isonomia”.
09. Resposta: C
O princípio da segurança jurídica deve ser visto com base em dois sentidos:
1. natureza objetiva: diz respeito à estabilização do ordenamento jurídico, a partir do respeito ao direito
adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada;
2. natureza subjetiva: diz respeito à proteção da confiança do cidadão frente às expectativas geradas
pela Administração Pública.
10. Resposta: E
A Administração Pública, de acordo com o princípio da moralidade administrativa, deve agir com boa-
fé, sinceridade, probidade, lealdade e ética. Tal princípio acarreta a obrigação ao administrador público
de observar não somente a lei que condiciona sua atuação, mas também, regras éticas extraídas dos
padrões de comportamento designados como moralidade administrativa (obediência à lei).
11. Resposta: E
De acordo com os ensinamentos de Hely Lopes Meirelles, o princípio da eficiência “impõe a todo
agente público realizar as atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional. É o mais moderno
princípio da função administrativa, que já não se contenta em ser desempenhada apenas com legalidade,
exigindo resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das necessidades da
comunidade e de seus membros”. (MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo:
Malheiros, 2005).
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12. Resposta: D
A motivação consiste na declaração escrita, com relação ao motivo que determinou a prática do ato.
É a demonstração, por escrito, de que os pressupostos autorizadores da prática do ato realmente estão
presentes, isto é, de que determinado fato aconteceu e de que esse fato se enquadra em uma norma
jurídica que impõe ou autoriza a edição do ato administrativo que foi praticado.
13. Resposta: C
Em decorrência deste princípio, a Administração somente pode atuar pautada em lei. A Administração
somente poderá agir quando houver lei autorizando ou determinando a sua atuação. A atuação da
Administração deve, então, atender o estabelecido em lei, único instrumento capaz de retratar o que seja
interesse público.
14. Resposta: C
Art. 5º, CF:
( )
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou
de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade,
ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
15. Resposta: D
Segundo José dos Santos Carvalho Filho, Manual de Direito Administrativo, o princípio da moralidade
impõe que o administrador público não dispense os preceitos éticos que devem estar presentes em sua
conduta. Deve não só averiguar os critérios de conveniência, oportunidade e justiça em suas ações, mas
também distinguir o que é honesto do que é desonesto.” (, 16ª Ed. pág. 20).
16. Resposta: B
Segundo Alexandre Mazza, Inerente ao Estado de Direito, o princípio da legalidade representa a
subordinação da Administração Pública à vontade popular. O exercício da função administrativa não pode
ser pautado pela vontade da Administração ou dos agentes públicos, mas deve obrigatoriamente respeitar
a vontade da lei.
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A Administração direta não possui capacidade postulatória, ou seja, não pode ingressar como autor
ou réu em relação processual. Exemplo: Servidor público estadual lotado na Secretaria da Fazenda que
pretende interpor ação judicial pugnando o recebimento de alguma vantagem pecuniária. Ele não irá
propor a demanda em face da Secretaria, mas sim em desfavor do Estado que é a pessoa política dotada
de personalidade jurídica para estar no outro polo da lide.
CENTRALIZAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO
Centralização: Quando a execução do serviço estiver sendo feita pela Administração direta do Estado
(ex.: Secretarias, Ministérios etc.). Dessa forma, o ente federativo será tanto o titular do serviço público,
como o prestador do mesmo, o próprio estado é quem centraliza a atividade.
Descentralização: Quando estiver sendo feita por terceiros que não se confundem com a
Administração direta do Estado. Esses terceiros poderão estar dentro ou fora da Administração Pública.
Se estiverem dentro da Administração Pública, poderão ser autarquias, fundações, empresas públicas e
sociedades de economia mista (Administração indireta do Estado). Se estiverem fora da Administração,
serão particulares e poderão ser concessionários, permissionários ou autorizados.
Assim, descentralizar é repassar a execução e a titularidade, ou só a execução de uma pessoa para
outra, não havendo hierarquia. Por exemplo, quando a União transferiu a titularidade dos serviços
relativos à seguridade social à autarquia INSS.
Na esfera federal, a Administração Direta ou Centralizada é composta por órgãos subordinados à
Presidência da República e aos Ministérios, como o Departamento da Polícia Federal, Secretaria do
Tesouro Nacional ou a Corregedoria-Geral da União.
CONCENTRAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO
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número menor de unidade as respectivas competências. Imagine-se, como exemplo, que a secretaria da
fazenda de um município tivesse em sua estrutura superintendências, delegacias, agências e postos de
atendimento, cada um desses órgãos incumbidos de desempenhar específicas competências da referida
secretaria. Caso a administração pública municipal decidisse, em face de restrições orçamentárias,
extinguir os postos de atendimento, atribuindo às agências as competências que aqueles exerciam, teria
ocorrido concentração administrativa.
Feitas essas considerações iniciais, passamos à análise das pessoas jurídicas que compõem a
Administração Pública Indireta:
AUTARQUIAS
As autarquias são pessoas jurídicas de direito público criadas para a prestação de serviços públicos,
contando com capital exclusivamente público, ou seja, as autarquias são regidas integralmente por regras
de direito público, podendo, tão-somente, serem prestadoras de serviços e contando com capital oriundo
da Administração Direta (ex.: INCRA, INSS, DNER, Banco Central etc.).
Características
Temos como principais características das autarquias:
- Criação por lei: é exigência que vem desde o Decreto-lei nº 6 016/43, repetindo-se no Decreto-lei nº
200/67 e constando agora do artigo 37, XIX, da Constituição;
- Personalidade jurídica pública: ela é titular de direitos e obrigações próprios, distintos daqueles
pertencentes ao ente que a instituiu: sendo pública, submete-se a regime jurídico de direito público,
quanto à criação, extinção, poderes, prerrogativas, privilégios, sujeições;
- Capacidade de autoadministração: não tem poder de criar o próprio direito, mas apenas a
capacidade de se auto administrar a respeito das matérias especificas que lhes foram destinadas pela
pessoa pública política que lhes deu vida. A outorga de patrimônio próprio é necessária, sem a qual a
capacidade de autoadministração não existiria.
Pode-se compreender que ela possui dirigentes e patrimônio próprios.
- Especialização dos fins ou atividades: coloca a autarquia entre as formas de descentralização
administrativa por serviços ou funcional, distinguindo-a da descentralização territorial; o princípio da
especialização impede de exercer atividades diversas daquelas para as quais foram instituídas; e
- Sujeição a controle ou tutela: é indispensável para que a autarquia não se desvie de seus fins
institucionais.
- Liberdade Financeira: As autarquias possuem verbas próprias (surgem como resultado dos serviços
que presta) e verbas orçamentárias (são aquelas decorrentes do orçamento). Terão liberdade para
manejar as verbas que recebem como acharem conveniente, dentro dos limites da lei que as criou.
- Liberdade Administrativa: As autarquias têm liberdade para desenvolver os seus serviços como
acharem mais conveniente (comprar material, contratar pessoal etc.), dentro dos limites da lei que as
criou.
Classificação
Para Carvalho Filho, pode-se apontar três fatores que de fato demarcam diferenças entre as
autarquias. São eles:
- o nível federativo: as autarquias podem ser federais, estaduais, distritais e municipais, conforme
instituídas pela União, Estados, Distrito Federal e pelos Municípios;
- quanto ao objeto: dentro das atividades típicas do Estado, as que estão pré-ordenadas; e
- as autarquias podem ter diferentes objetivos: as autarquias assistenciais são aquelas que visam
a dispensar auxílio a regiões menos desenvolvidas, ou à categorias sociais específicas, para o fim de
minorar as desigualdades regionais e sociais, conforme artigo 3º, inciso III, da Constituição (ex.:
SUDENE).
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- tipo de atividade: Econômicas, de crédito e industriais, de previdência e assistência, profissionais
ou corporativas;
- capacidade administrativa: geográfica ou territorial e a de serviço ou institucional;
- estrutura: fundações e corporativas; e
- âmbito de atuação: federais, estaduais e municipais.
Quanto ao tipo de atividade elas ainda podem ser distribuídas em 5 grupos de classificação:
- Econômicas: São destinadas para incentivar a produção e controle de produtos. Como é o exemplo
do Instituto do Açúcar e do Álcool;
- De crédito e industriais: Para gestão de recursos financeiros, bem como sua distribuição mediante
empréstimo. Atualmente foram substituídas por empresas públicas, como é o caso da Caixa Econômica
Federal;
- De previdência e assistência: Para atividades de seguridade social. Como é o caso do INSS e o
IPESP;
- As profissionais ou corporativas: Para fiscalizar as profissões;
- As culturais ou de ensino: Universidades federais.
Patrimônio
A questão patrimonial diz respeito à caracterização dos bens em públicos e privados. Em 1916, o
sistema jurídico administrativo sofreu várias mudanças com a criação desse tipo especial de pessoas
jurídicas - as autarquias - que, mesmo sem integrar a organização política do Estado, a ela está vinculada,
ostentando personalidade jurídica de direito público. Vários doutrinadores, com intuito de adaptarem-se
à norma do Código Civil e mais ainda de proteger os bens das pessoas federativas, qualificaram os bens
públicos como aqueles que integram o patrimônio das pessoas administrativas de direito público. Dessa
forma, pacificou-se o entendimento de que os bens das autarquias são considerados como bens públicos.
Pessoal
Com o artigo 39 da Constituição, em sua redação vigente, as pessoas federativas (União, Estados, DF
e Municípios) ficaram com a obrigação de instituir, no âmbito de sua organização, regime jurídico único
para todos os servidores da administração direta, das autarquias e das fundações públicas. Segundo
Carvalho Filho, o art. 39 da CF, foi a maneira que o legislador encontrou de manter planos de carreira
idênticos para esses setores administrativos, acabando com as antigas diferenças que, como é sabido,
por anos e anos, provocaram inconformismos e litígios entre os servidores.
Controle Judicial
As autarquias, por serem dotadas de personalidade jurídica de direito público, podem praticar atos
administrativos típicos e atos de direito privado (atípicos), sendo este último, controlados pelo judiciário,
por vias comuns adotadas na legislação processual, tal como ocorre com os atos jurídicos normais
praticados por particulares. Já os atos administrativos, possuem algumas características especiais, pois
eles são controlados pelo judiciário tanto por vias comuns, quanto pelas especiais, como é o caso do
mandado e da ação popular.
Necessário se faz destacar que os elementos do ato autárquico que resultam de valoração sobre a
conveniência e oportunidade da conduta, são excluídos de apreciação judicial, assim como os atos
administrativos em geral que trazem o regular exercício da função administrativa e são privativos dos
seus agentes administrativos.
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Responsabilidade civil
Prevê a Constituição que as pessoas jurídicas de direito público respondem pelos danos que seus
agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros.
A regra contida no referido dispositivo, consagra a teoria da responsabilidade objetiva do Estado,
aquela que independe da investigação sobre a culpa na conduta do agente.
Prerrogativas autárquicas
As autarquias possuem algumas prerrogativas de direito público, sendo elas:
- imunidade tributária: previsto no art. 150, § 2 º, da CF, veda a instituição de impostos sobre o
patrimônio, a renda e os serviços das autarquias, desde que vinculados às suas finalidades essenciais
ou às que delas decorram. Podemos, assim, dizer que a imunidade para as autarquias tem natureza
condicionada.
- impenhorabilidade de seus bens e de suas rendas: não pode ser usado o instrumento coercitivo
da penhora como garantia do credor.
- imprescritibilidade de seus bens: caracterizando-se como bens públicos, não podem ser eles
adquiridos por terceiros através de usucapião.
- prescrição quinquenal: dívidas e direitos em favor de terceiros contra autarquias prescrevem em 5
anos.
- créditos sujeitos à execução fiscal: os créditos autárquicos são inscritos como dívida ativa e podem
ser cobrados pelo processo especial das execuções fiscais.
- presunção de legitimidade de seus atos administrativos:
- principais situações processuais específicas:
As autarquias são consideradas como fazenda pública, razão pela qual, nos processos em que é parte,
tem prazo em dobro para recorrer (art. 183 do NCPC). Elas estão sujeitas ao duplo grau de jurisdição. A
defesa de autarquia em execução por quantia certa, fundada em título judicial, se formaliza em outros
apensos ao processo principal e por meio de embargos do devedor.
Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e
fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais,
cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal.
§ 1º A intimação pessoal far-se-á por carga, remessa ou meio eletrônico.
A redação do Código de Processo Civil de 1973, previa prazo em dobro para a Fazenda Pública e
o Ministério Público se manifestarem e prazo em quádruplo para recorrer.
Com o novo Código de Processo de 2015, esse prazo sofreu modificações, de forma que o Ministério
Público, à Fazenda Pública e à Defensoria Pública gozam de prazo em dobro para manifestação nos
autos, exceto nos casos em que a lei estabelecer, de maneira expressa, outro prazo específico para
esses entes.
Entretanto, esse benefício da contagem do prazo em dobro, não se aplica ao ente público, Ministério
Público ou Defensoria Pública, quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o ente
público. (art. 183, §2º, NCPC)
§ 2º Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa,
prazo próprio para o ente público.
Contratos
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Isto acontece pelo fato de que por terem qualidade de pessoas jurídicas de direito público, as entidades
autárquicas relacionam-se com os particulares com grau de supremacia, gozando de todas as
prerrogativas estatais.
É toda aquela em que a lei instituidora conferir privilégios específicos e aumentar sua autonomia
comparativamente com as autarquias comuns, sem infringir os preceitos constitucionais pertinentes a
essas entidades de personalidade pública. O que posiciona a autarquia de regime especial são as regalias
que a lei criadora lhe confere para o pleno desempenho de suas finalidades específicas. 3
Assim, são consideradas autarquias de regime especial o Banco Central do Brasil, as entidades
encarregadas, por lei, dos serviços de fiscalização de profissões. Com a política governamental de
transferir para o setor privado a execução de serviços públicos, reservando ao Estado a regulamentação,
o controle e fiscalização desses serviços, houve a necessidade de criar na administração agências
especiais destinadas a esse fim.
OBS: Havia discussão no mundo jurídico acerca do regime jurídico da OAB, se seria autarquia de
regime especial ou não. No julgamento da ADIn 3026/DF o STF decidiu que “a OAB não é uma entidade
da Administração Indireta da União. A Ordem é um serviço público independente, categoria ímpar no
elenco das personalidades jurídicas existentes no direito brasileiro”. Veja a íntegra do julgado:
3
http://www.portaleducacao.com.br/direito/artigos/27676/autarquias-de-regime-especial
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08/06/2006, Tribunal Pleno, Data de Publicação: DJ 29-09-2006 PP-00031 EMENT VOL-02249-03 PP-
00478)
Agências executivas
A qualificação de agências executivas se dá por meio de requerimento dos órgãos e das entidades
que prestam atividades exclusivas do Estado e se candidatam à qualificação. Aqui estão envolvidas a
instituição e o Ministério responsável pela sua supervisão.4
Os planos devem definir diretrizes, políticas e medidas voltadas para a racionalização de estruturas e
do quadro de servidores, a revisão dos processos de trabalho, o desenvolvimento dos recursos humanos
e o fortalecimento da identidade institucional da Agência Executiva.
A qualificação como Agência Executiva deve ser dada por meio de decreto do Presidente da República.
O plano estratégico de reestruturação deve produzir melhorias na gestão da instituição, com vistas à
melhoria dos resultados, do atendimento aos seus clientes e usuários e da utilização dos recursos
públicos.
4
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=661
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1415774 E-book gerado especialmente para MARCELO DE SOUSA
Os dirigentes máximos das Agências Executivas também poderão autorizar os afastamentos do País
de servidores civis das respectivas entidades.
O art 7º do Decreto subordina a execução orçamentária e financeira das Agências Executivas aos
termos do contrato de gestão e isenta a mesma dos limites nos seus valores para movimentação,
empenho e pagamento. Esta determinação não se coaduna, entretanto, com o pensamento reinante de
administração fiscal responsável a partir do que se encontra positivado pela Lei Complementar 101 de
2000.
Algo semelhante é o que se deu também com o art. 8º e parágrafo que delega competência para os
Ministros supervisores e dirigentes máximos das Agências para a fixação de limites específicos, aplicáveis
às Agências Executivas, para a concessão de suprimento de fundos para atender a despesas de pequeno
vulto.
As Agências Executivas poderão editar regulamento próprio de valores de diárias no País e condições
especiais para sua concessão. O que se busca é adequá-las às necessidades específicas de todos os
tipos de deslocamentos. Todos os dados relativos a número, valor, classificação funcional programática
e de natureza da despesa, correspondentes à nota de empenho ou de movimentação de créditos devem
ser publicados no Diário Oficial da União em atendimento ao princípio constitucional da publicidade.
Agências Reguladoras
As agências reguladoras foram criadas pelo Estado com a finalidade de tentar fiscalizar as atividades
das iniciativas privadas. Tratam-se de espécies do gênero autarquias, possuem as mesmas
características, exceto pelo fato de se submeterem a um regime especial. Seu escopo principal é a
regulamentação, controle e fiscalização da execução dos serviços públicos transferidos ao setor privado.
São criadas por meio de leis e tem natureza de autarquia com regime jurídico especial, ou seja, é
aquela que a lei instituidora confere privilégios específicos e maior autonomia em comparação com
autarquias comuns, sem de forma alguma infringir preceitos constitucionais.
Uma das principais características das Agências Reguladoras é a sua relativa autonomia e
independência. As agências sujeitam-se ao processo administrativo (Lei 9.784/99, na esfera federal, além
dos próprios dispositivos das leis especificas).
Caso ocorra lesão ou ameaça de lesão de direito, a empresa concessionária poderá ir ao Judiciário.
Sua função é regular a prestação de serviços públicos, organizar e fiscalizar esses serviços a serem
prestados por concessionárias ou permissionárias.
FUNDAÇÕES PÚBLICAS
Fundação é uma pessoa jurídica composta por um patrimônio personalizado, destacado pelo seu
instituidor para atingir uma finalidade específica. As fundações poderão ser tanto de direito público quanto
de direito privado.
As fundações que integram a Administração indireta, quando forem dotadas de personalidade de
direito público, serão regidas integralmente por regras de Direito Público. Quando forem dotadas de
personalidade de direito privado, serão regidas por regras de direito público e direito privado.
O patrimônio da fundação pública é destacado pela Administração direta, que é o instituidor para definir
a finalidade pública. Como exemplo de fundações, temos: IBGE (Instituto Brasileiro Geográfico
Estatístico); Universidade de Brasília; FEBEM; FUNAI; Fundação Memorial da América Latina; Fundação
Padre Anchieta (TV Cultura).
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Características:
- Liberdade financeira;
- Liberdade administrativa;
- Dirigentes próprios;
- Patrimônio próprio: Patrimônio personalizado significa dizer que sobre ele recai normas jurídicas que
o tornam sujeito de direitos e obrigações e que ele está voltado a garantir que seja atingido a finalidade
para qual foi criado.
Não existe hierarquia ou subordinação entre a fundação e a Administração direta. O que existe é um
controle de legalidade, um controle finalístico.
As fundações governamentais, sejam de personalidade de direito público, sejam de direito privado,
integram a Administração Pública. A lei cria e dá personalidade para as fundações governamentais de
direito público. As fundações governamentais de direito privado são autorizadas por lei e sua
personalidade jurídica se inicia com o registro de seus estatutos.
As fundações são dotadas dos mesmos privilégios que a Administração direta, tanto na área tributária
(ex.: imunidade prevista no art. 150 da CF/88), quanto na área processual (ex.: prazo em dobro).
As fundações respondem pelas obrigações contraídas junto a terceiros. A responsabilidade da
Administração é de caráter subsidiário, independente de sua personalidade.
As fundações governamentais têm patrimônio público. Se extinta, o patrimônio vai para a
Administração indireta, submetendo-se as fundações à ação popular e mandado de segurança. As
particulares, por possuírem patrimônio particular, não se submetem à ação popular e mandado de
segurança, sendo estas fundações fiscalizadas pelo Ministério Público.
EMPRESAS PÚBLICAS
Empresas públicas são pessoas jurídicas de Direito Privado, criadas para a prestação de serviços
públicos ou para a exploração de atividades econômicas que contam com capital exclusivamente público
e são constituídas por qualquer modalidade empresarial. Se a empresa pública é prestadora de serviços
públicos, por consequência está submetida a regime jurídico público. Se a empresa pública é exploradora
de atividade econômica, estará submetida a regime jurídico igual ao da iniciativa privada.
Alguns exemplos de empresas públicas:
- BNDS (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social): Embora receba o nome de banco,
não trabalha como tal. A única função do BNDS é financiar projetos de natureza social. É uma empresa
pública prestadora de serviços públicos.
- EBCT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos): É prestadora de serviço público (art. 21, X, da
CF/88).
- Caixa Econômica Federal: Atua no mesmo segmento das empresas privadas, concorrendo com os
outros bancos. É empresa pública exploradora de atividade econômica.
- RadioBrás: Empresa pública responsável pela “Voz do Brasil”. É prestadora de serviço público.
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portanto, atividade econômica por intermédio de uma empresa pública, não poderão ser conferidas a
ela vantagens e prerrogativas diversas das da iniciativa privada (princípio da livre concorrência).
Vale fazer uma ressalva quanto às empresas públicas prestadoras de serviço público, muitos
doutrinadores divergem se eles podem ou não falir. Trouxemos os entendimentos apontados por alguns
doutrinadores no sentido que essas empresas não se submetem ao regime falimentar. Vejamos:
Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, na obra: DIREITO ADMINISTRATIVO, 27ª edição, editora
ATLAS, 2014.
“As empresas públicas e sociedades de economia mista não estão sujeitas à falência, conforme está
expresso no artigo 2º da Lei nº 11.101 de 9-2- 2005 (Lei de Falências). Essa lei deu tratamento diferente
às empresas concessionárias e às empresas estatais (sociedades de economia mista e empresas
públicas). Estas últimas foram excluídas da abrangência da lei (art. 2º, I) . A diferença de tratamento tem
sua razão de ser: é que as empresas estatais fazem parte da Administração Pública indireta, administram
patrimônio público, total ou parcialmente, dependem de receitas orçamentárias ou têm receita própria,
conforme definido em lei, e correspondem a forma diversa de descentralização: enquanto as
concessionárias exercem serviço público delegado por meio de contrato, as empresas estatais são
criadas por lei e só podem ser extintas também por lei. Sendo criadas por lei, o Estado provê os recursos
orçamentários necessários à execução de suas atividades, além de responder subsidiariamente por suas
obrigações.
Só cabe fazer uma observação: a lei falhou ao dar tratamento igual a todas as empresas estatais, sem
distinguir as que prestam serviço público (com fundamento no artigo 1 75 da Constituição) e as que
exercem Administração Indireta atividade econômica a título de intervenção (com base no artigo 1 73 da
Constituição). Estas últimas não podem ter tratamento privilegiado em relação às empresas do setor
privado, porque o referido dispositivo constitucional, no § 1 º, II, determina que elas se sujeitem ao mesmo
regime das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações.”
“Quando se tratar de exploradoras de atividade econômica, então, a falência terá curso absolutamente
normal, como se de outra entidade mercantil qualquer se tratara. É que a Constituição, no art. 173, §1º,
II, atribui-lhes sujeição "ao regime jurídico próprio das empresas privadas inclusive quanto aos direitos e
obrigações civis, comerciais (...).”
“De plano, o dispositivo da Lei de Falências não parece mesmo consentâneo com a ratio inspiradora
do art. 173, § 1º, da Constituição Federal. De fato, se esse último mandamento equiparou sociedades de
economia mista e empresas públicas de natureza empresarial às demais empresas privadas, aludindo
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expressamente ao direito comercial, dentro do qual se situa obviamente a nova Lei de Falências, parece
incongruente admitir a falência para estas últimas e não admitir para aquelas. Seria uma discriminação
não autorizada pelo dispositivo constitucional. Na verdade, ficaram as entidades paraestatais com
evidente vantagem em relação às demais sociedades empresárias, apesar de ser idêntico o objeto de
sua atividade. Além disso, se o Estado se despiu de sua potestade para atuar no campo econômico, não
deveria ser merecedor da benesse de estarem as pessoas que criou para esse fim excluídas do processo
falimentar.”
“A nova Lei de Falências (Lei 11.101, de 9.2.2005, que `regula a recuperação judicial, extrajudicial e a
falência do empresário e da sociedade empresária’) dispõe expressamente, no art. 2º, I, que ela não se
aplica às empresas públicas e sociedades de economia mista. Não obstante, a situação continuará a
mesma. Tal dispositivo só incidirá sobre as empresas governamentais que prestem serviço público; as
que exploram atividade econômica ficam sujeitas às mesmas regras do setor privado, nos termos do art.
173, §1º, II, da CF [...].”
As sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de Direito Privado criadas para a prestação
de serviços públicos ou para a exploração de atividade econômica, contando com capital misto e
constituídas somente sob a forma empresarial de S/A. As sociedades de economia mista são:
- Pessoas jurídicas de Direito Privado.
- Exploradoras de atividade econômica ou prestadoras de serviços públicos.
- Empresas de capital misto.
- Constituídas sob forma empresarial de S/A.
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Para maior complemento de seus estudos, trouxemos as diferenças entre a empresa pública e
a sociedade de economia mista
Autarquia Fundação
Criação: ocorre por lei ordinária e específica Criação: ocorre por autorização legislativa e
lei complementar, o que permite definir a área de
atuação.
Personificação: serviço público. Personificação: patrimônio.
Pessoa Jurídica: de direito público. Pessoa Jurídica: de direito público ou
privado.
Funções: exerce função típica do Estado. Funções: exerce funções atípicas do Estado.
Natureza: administrativa Natureza: social
Questões
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(A) As entidades paraestatais, como as fundações ou entidades de apoio, e os serviços sociais
autônomos compõem a estrutura da Administração Pública e se submetem ao regime jurídico
administrativo previsto na Constituição da República.
(B) As autarquias, assim como as fundações públicas, podem assumir a personalidade de direito
privado ou público. No entanto, quando criadas com natureza privada, não se submetem ao regime
próprio das entidades públicas.
(C) As sociedades de economia mista federais são dotadas de personalidade jurídica de direito
privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, e só podem assumir a forma jurídica de
sociedades anônimas.
(D) Os servidores das empresas públicas federais são admitidos obrigatoriamente por concurso público
para ocupar cargos públicos sem estabilidade e sujeitos às normas estabelecidas na CLT.
(E) As fundações públicas de direito privado somente adquirem personalidade jurídica com a inscrição
da escritura pública de sua constituição no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, não se lhes aplicando as
demais disposições do Código Civil concernentes às fundações.
03. (PC/PE - Escrivão de Polícia – CESPE/2016). Com referência à administração pública direta e
indireta, assinale a opção correta.
(A) Os serviços sociais autônomos, por possuírem personalidade jurídica de direito público, são
mantidos por dotações orçamentárias ou por contribuições parafiscais.
(B) A fundação pública não tem capacidade de autoadministração.
(C) Como pessoa jurídica de direito público, a autarquia realiza atividades típicas da administração
pública.
(D) A sociedade de economia mista tem personalidade jurídica de direito público e destina-se à
exploração de atividade econômica.
(E) A empresa pública tem personalidade jurídica de direito privado e controle acionário majoritário da
União ou outra entidade da administração indireta.
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(E) A sociedade de economia mista poderá ser estruturada sob qualquer das formas admitidas em
direito.
07. (JUCEPAR/PR - Administrador – FAU/2016). A Administração Pública pode ser exercida por
meio de órgãos ou instituições diretas e indiretas, de várias formas e com conceitos e caracterizações
bem definidos. Neste sentido questiona-se: a que tipo de órgão ou instituição pertence a seguinte
caracterização?
“(...) o patrimônio, total ou parcialmente público, dotado de personalidade jurídica, de direito público ou
privado, e destinado por lei, ao desempenho de atividades do Estado na ordem social, com capacidade
de autoadministração e mediante controle da Administração Pública, nos limites da lei.”
(A) Autarquia.
(B) Sociedade de Economia Mista.
(C) Fundação.
(D) Agência Reguladora.
(E) Administração Direta.
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(A) Autarquia, fundação e organização social.
(B) Fundação, agência executiva e sociedade de propósitos específicos.
(C) Organização da sociedade civil de interesse público, conselho popular e consórcio público.
(D) Autarquia, sociedade de economia mista e empresa pública.
14. (EPT – Maricá -Assistente Administrativo –IESAP/2015). Sobre as autarquias não é correto
afirmar:
(A) Deve ser criada mediante lei específica.
(B) Executa atividades típicas da administração pública, que requeiram, para seu melhor
funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.
(C) É uma entidade com personalidade jurídica de direito privado, criada por lei.
(D) São entes de direito público com personalidade jurídica e patrimônios próprios.
16. (TJ/SC - Técnico Judiciário Auxiliar – FGV/2015). São pessoas jurídicas de direito privado,
integrantes da Administração Indireta do Estado, criadas por autorização legal, sob qualquer forma
jurídica adequada a sua natureza, para que o Governo exerça atividades gerais de caráter econômico ou,
em certas situações, execute a prestação de serviços públicos, as:
(A) autarquias;
(B) fundações públicas;
(C) fundações privadas;
(D) empresas públicas;
(E) agências reguladoras.
17. (Prefeitura de Rio de Janeiro – RJP- Assistente Administrativo - Prefeitura do Rio de Janeiro
– RJ/2015). De acordo com o entendimento doutrinário, as empresas públicas podem ser conceituadas
como:
(A) pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da Administração Indireta, criadas por lei sob a
forma de sociedades anônimas para desempenhar funções que, despidas de caráter econômico, sejam
próprias e típicas de estado
(B) pessoas jurídicas de direito público, integrantes da Administração Indireta, criadas por autorização
legal sob qualquer forma jurídica adequada a sua natureza, para que o governo exerça atividades gerais
de caráter econômico ou, em certas situações, execute a prestação de serviços públicos
(C) pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da Administração Indireta, criadas por autorização
legal sob qualquer forma jurídica adequada a sua natureza, para que o governo exerça atividades gerais
de caráter econômico ou, em certas situações, execute a prestação de serviços públicos
(D) pessoas jurídicas de direito público, integrantes da Administração Indireta, criadas por autorização
legal sob a forma de sociedades anônimas, cujo controle acionário pertença ao Poder Público, tendo por
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objetivo, como regra, a exploração de atividades gerais de caráter econômico e a prestação de serviços
públicos
Respostas
01. Resposta: D
De acordo com Maria Silvia de Pietro a autarquia é conceituada como "pessoa jurídica de direito
público, criada por lei, com capacidade de autoadministração, para o desempenho de serviço público
descentralizado, mediante controle administrativo exercido nos limites da lei".
02. Resposta: E
Decreto 200/1967
Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:
( )
IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins
lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não
exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio
próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e
de outras fontes.
( )
§ 3º As entidades de que trata o inciso IV deste artigo adquirem personalidade jurídica com a
inscrição da escritura pública de sua constituição no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, não se lhes
aplicando as demais disposições do Código Civil concernentes às fundações.
03. Resposta: C
Decreto 200/67
Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:
I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita
próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor
funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.
04. Resposta: C
Segundo José dos Santos Carvalho Filho, a Administração Pública Indireta é o conjunto de pessoas
administrativas que, vinculadas à respectiva Administração direta, têm o objetivo de desempenhar as
atividades administrativas de forma descentralizada. (José dos Santos Carvalho Filho).
05. Resposta: A
Lei nº 8666/1993
Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público
devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:
I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta e
entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá de
avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência, dispensada esta nos seguintes casos:( )
06. Resposta: B
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
( )
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades
mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;
Na ADIN 1.649-1 o STF firmou o seguinte entendimento: "é dispensável a autorização legislativa
para a criação de empresas subsidiárias, desde que haja previsão para esse fim na própria lei que
instituiu a empresa de economia mista matriz, tendo em vista que a lei criadora é a própria medida
autorizadora".
07. Resposta: C
Fundação pública – a entidade dotada de personalidade jurídica de direito público ou privado, sem fins
lucrativos, criada por lei (Fundação de Direito Público) ou criada em virtude de autorização legislativa
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(Fundação de Direito Privado), para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por
órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos
respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes.
08. Resposta: A
Autarquias são pessoas jurídicas de direito público interno, pertencentes à Administração Pública
Indireta, criadas por lei específica para o exercício de atividades típicas da Administração Pública.
Algumas das autarquias mais importantes do Brasil são: Instituto Nacional do Seguro Social – INSS,
Banco Central – Bacen, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis –
Ibama.
09. Resposta: B
A descentralização administrativa ocorre quando o estado desempenha algumas de suas atribuições
por meio de outras pessoas e não pela sua administração direta. Ex: as autarquias.
10. Resposta: A
Na descentralização administrativa, o Estado transfere a execução dessas atividades a particulares ou
a outras pessoas jurídicas, de direito público ou privado. Dito de outro modo, a descentralização
administrativa consiste na distribuição ou transferência de atividades ou serviços da Administração Direta
para a Administração Indireta ou para particulares, o que pressupõe a existência de pelo menos duas
pessoas, a pessoa política que transfere as atribuições e a pessoa física ou jurídica (de direito público ou
de direito privado) que recebe as atribuições.
11. Resposta: E
DL 200/67
Art. 4° A Administração Federal compreende:
I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da
Presidência da República e dos Ministérios.
12. Resposta: D
DL 200/67
Art. 4° A Administração Federal compreende:
I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da
Presidência da República e dos Ministérios.
II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de
personalidade jurídica própria:
a) Autarquias;
b) Empresas Públicas;
c) Sociedades de Economia Mista.
d) fundações públicas.
13. Resposta: D
Ocorre desconcentração administrativa quando uma pessoa política ou uma entidade da administração
indireta distribui competências no âmbito de sua própria estrutura afim de tornar mais ágil e eficiente a
prestação dos serviços. Desconcentração envolve, obrigatoriamente, uma só pessoa jurídica.
14. Resposta: C
Criação: ocorre por lei ordinária e específica
Personificação: serviço público.
Pessoa Jurídica: de direito público.
Funções: exerce função típica do Estado.
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Natureza: administrativa
15. Resposta: C
Embora possua capacidade de autoadministração e autonomia para o desenvolvimento de suas
atividades, as autarquias não possuem autonomia nas suas atividades normativas e regulamentares,
pois só podem editar normas e regulamentos nos limites definidos na lei. Nesse sentido, o STJ já
decidiu que não caberia a determinada autarquia expedir atos de caráter normativo por inexistir norma
expressa que lhe conferisse tal competência (Resp. 1.103.913/PR).
16. Resposta: D
Art. 5º, Decreto 200/1967.Para os fins desta lei, considera-se:
I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita
próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor
funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.
II - Empresa Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio
próprio e capital exclusivo da União, criado por lei para a exploração de atividade econômica que o
Governo seja levado a exercer por força de contingência ou de conveniência administrativa podendo
revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito.
III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado,
criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas
ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade da Administração Indireta.
IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins
lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não
exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio
próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e
de outras fontes.
17. Resposta: C
MAZZA (2014) — Empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, criadas por
autorização legislativa, com totalidade de capital público e regime organizacional livre. Exemplos: Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, Empresa Brasileira de Correios e
Telégrafos – ECT, Caixa Econômica Federal – CEF, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária –
Embrapa e Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária – Infraero.
A Administração Pública se sujeita a controle por parte dos Poderes Legislativo e Judiciário, além de
exercer, ela mesma, o controle sobre os próprios atos.
Embora o controle seja atribuição estatal, o administrado participa dele à medida que pode e deve
provocar o procedimento de controle, não apenas na defesa de seus interesses individuais, mas também
na proteção do interesse coletivo.
A Emenda Constitucional nº 19/98 inseriu o § 3º no artigo 37, prevendo lei que discipline as formas de
participação do usuário na administração pública direta e indireta: é o chamado controle popular. Essa
lei ainda não foi promulgada.
Atualmente, uma instituição que desempenha importante papel no controle da Administração Pública
é o Ministério Público. Além da tradicional função de denunciar autoridades públicas por crimes no
exercício de suas funções, ainda atua como autor da ação civil pública, seja para defesa de interesses
difusos e coletivos, seja para repressão à improbidade administrativa.
O controle abrange a fiscalização e a correção dos atos ilegais e, em certa medida, dos inconvenientes
ou inoportunos.
Com base nesses elementos, Maria Sylvia Zanella di Pietro conceitua “o controle da Administração
Pública como o poder de fiscalização e correção que sobre ela exercem os órgãos dos Poderes
Judiciário, Legislativo e Executivo, com o objetivo de garantir a conformidade de sua atuação com
os princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico”.
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CLASSIFICAÇÃO
1 Conforme a origem.
É interno o controle que cada um dos Poderes exerce sobre seus próprios atos e agentes. Exemplo:
os chefes que possuem controle sobre seus funcionários.
Exercido de forma integrada entre os Poderes com responsabilidade solidária dos responsáveis pelo
controle interno, assim que deixam de dar ciência ao TCU sobre alguma irregularidade que tenha ocorrido.
Art. 74, Constituição Federal Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma
integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de
governo e dos orçamentos da União;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da
aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres
da União;
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou
ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.
§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei,
denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.
É externo o controle exercido por um dos Poderes sobre o outro, como também o controle da
Administração Direta sobre a Indireta. Exemplo: quando o ato da Administração é anulado judicialmente.
A Constituição Federal prevê o controle externo a cargo do Congresso Nacional, com o auxílio do
Tribunal de Contas (art. 71) e o controle interno que cada Poder exercerá sobre seus próprios atos (arts.
70 e 74). No artigo 74 é prevista a responsabilidade solidária dos responsáveis pelo controle quando, ao
tomarem conhecimento de irregularidade, deixarem de dar ciência ao Tribunal de Contas.
Controle posterior ou corretivo: tem por finalidade a revisão de atos já praticados, para corrigi-los,
desfazê-los ou, somente, confirmá-los. Atinge atos como os de aprovação, homologação, anulação,
revogação ou convalidação. -
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3 Conforme a amplitude.
Para Hely Lopes Meirelles, é aquele “que resulta automaticamente do escalonamento vertical dos
órgãos do Executivo, em que os inferiores estão subordinados aos superiores”. O controle é hierárquico
sempre que os órgãos superiores (dentro de uma mesma estrutura hierárquica) possuírem competência
para controlar e fiscalizar os atos praticados por seus subordinados.
Por sua vez, o controle finalístico é o controle que é exercido pela Administração Direta sobre as
pessoas jurídicas integrantes da Administração Indireta. É um controle que depende de lei que o
estabeleça, determine os meios de controle, as autoridades responsáveis pela sua realização, bem como
as suas finalidades.
4.Conforme a natureza:
- Controle de legalidade: pode ser exercitado pela Administração de ofício ou mediante provocação,
o Legislativo apenas efetiva nos casos previstos na Constituição e o Judiciário de acordo com a ação
adequada. O ato que for ilegal ou ilegítimo pode ser anulado, mas nunca revogado.
CONTROLE ADMINISTRATIVO
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d) pareceres vinculantes: Trata-se de controle preventivo sobre determinados atos e contratos
administrativos realizado por órgão técnico integrante da Administração ou por órgão do Poder Executivo
(como ocorre com a Procuradoria-Geral do Estado).
e) ouvidoria: limita-se a proceder ao encaminhamento das reclamações que recebe. Ouvidoria tem-
se dedicado a receber reclamações de populares e usuários dos serviços públicos.
f) recursos administrativos hierárquicos ou de ofício: por vezes a lei condiciona a decisão ao
reexame superior, carecendo ser conhecida e eventualmente revista por agente hierarquicamente
superior àquele que decidiu. O reexame é decorrente do poder hierárquico, que consagra prerrogativas
próprias do agente superior (delegar atribuição, avocá-las, fiscalizar, rever decisões).
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presente o recurso, julgue o administrador conveniente a revogação da decisão, ou a sua anulação, ainda
que o recurso não objetive tal providência. Os recursos sempre produzem efeitos devolutivos, permitindo
o reexame da matéria decidida (devolve à Administração a possibilidade de decidir), e excepcionalmente
produzirão efeitos suspensivos, obstando a execução da decisão impugnada.
O Recurso administrativo ou hierárquico é o pedido de reexame do ato dirigido à autoridade superior
à que o proferiu. Só podem recorrer os legitimados, que, segundo o artigo 58 da Lei federal 9784/99, são:
I – os titulares de direitos e interesses que forem parte no processo; II – aqueles cujos direitos ou
interesses forem indiretamente afetados pela decisão recorrida; III – organizações e associações
representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos; IV – os cidadãos ou associações, quanto a
direitos ou interesses difusos. Pode-se, em tese, recorrer de qualquer ato ou decisão, salvo os atos de
mero expediente ou preparatórios de decisões.
O recurso hierárquico tem sempre efeito devolutivo e pode ter efeito suspensivo, se previsto em lei.
Atente-se que, se cabe recurso administrativo com efeito suspensivo e esse for interposto, é vedada a
impetração de mandado de segurança, conforme estabelece o art. 5º, I da Lei federal nº 1.533/51, que
regula o mandado de segurança, até que seja decidido.
O recurso hierárquico pode ser voluntário ou de ofício.
Na decisão do recurso, o órgão ou autoridade competente tem amplo poder de revisão, podendo
confirmar, desfazer ou modificar o ato impugnado. Entretanto, a reforma não pode impor ao recorrente
um maior gravame (reformatio in pejus).
Pedido de revisão é o recurso utilizado pelo servidor público punido pela Administração, visando ao
reexame da decisão, no caso de surgirem fatos novos suscetíveis de demonstrar a sua inocência. Pode
ser interposto pelo próprio interessado, por seu procurador ou por terceiros, conforme dispuser a lei
estatutária. É admissível até mesmo após o falecimento do interessado.
CONTROLE LEGISLATIVO
O controle legislativo, ou parlamentar, é exercido pelo Poder Legislativo (Congresso Nacional, Senado
Federal, Câmara dos Deputados, Assembleias Legislativas, Câmara Distrital e Câmara de Vereadores),
tendo em mira a administração desempenhada pelos Poderes Executivo e Judiciário.
O controle que o Poder Legislativo exerce sobre a Administração Pública limita-se às hipóteses
previstas na Constituição Federal. Alcança os órgãos do Poder Executivo, as entidades da Administração
Indireta e o próprio Poder Judiciário, quando executa função administrativa.
O exercício do controle constitui uma das funções típicas do Poder Legislativo, ao lado da função de
legislar.
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- Quanto ao objeto:
a) qualquer fato certo e determinado relacionado ao exercício da função administrativa.
As Comissões detêm poderes de investigação, mas não competência para atos judiciais. Assim,
investigam com amplitude, mas não julgam e submetem suas conclusões ao Ministério Público.
Pedido de Informações
O controle exercido por “pedido de informações” está previsto no art. 50, § 2º, da Constituição Federal,
podendo ser dirigido a ministro de Estado ou a qualquer agente público subordinado à Presidência da
República, a fim de aclarar matéria que lhe seja afeta. Tal pedido somente pode ser formulado pelas
Mesas da Câmara e do Senado, devendo ser atendido no prazo de trinta dias, sujeitando o agente, no
caso de descumprimento, a crime de responsabilidade. A norma é aplicável, por simetria, aos Estados e
Municípios.
Convocação de Autoridades
A Constituição Federal (art. 50) permite às Casas Legislativas e às suas Comissões a convocação de
ministros de Estado para prestarem esclarecimentos sobre matéria previamente definida. Tais
esclarecimentos, ou informações, deverão ser prestados pessoalmente e o descumprimento, repetimos,
pode corresponder à prática de crime de responsabilidade.
Nos Estados e Municípios, a Constituição Estadual e as Leis Orgânicas também disciplinam,
invariavelmente, a convocação de secretários municipais e dos dirigentes de autarquias, fundações,
sociedades de economia mista, empresas públicas ou outras entidades. Não há previsão constitucional
para a convocação do chefe do Executivo.
A atual Constituição Federal coloca o Tribunal de Contas como órgão integrante do Poder Legislativo,
já que a atribuição de fiscalizar faz parte das atribuições típicas do Poder Legislativo.
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Outros afirmam que o TCU não pertence a nenhum dos Poderes e entendem que ele é um órgão
independente e autônomo, assim como o Ministério Público e que, ao auxiliar o Poder Legislativo, a ele
não se subordina.
Não obstante as várias interpretações constitucionais, o entendimento majoritário é no sentido de ser
o TCU um órgão de extração constitucional, independente e autônomo, que auxilia o Congresso Nacional
no exercício do controle externo.
Deste modo, o Tribunal de Contas auxilia o Poder Legislativo mas não o integra. Embora o nome sugira
que faça parte do Poder Judiciário, o TCU está administrativamente enquadrado no Poder Legislativo.
Essa é a posição adotada no Brasil, pois em outros países essa corte pode integrar qualquer dos outros
dois poderes. Sua situação é de órgão auxiliar do Congresso Nacional, e como tal exerce competências
de assessoria do Parlamento, bem como outras privativas.
CONTROLE JUDICIAL
O Direito brasileiro adotou o sistema de jurisdição una, pelo qual o Poder Judiciário tem o monopólio
da função jurisdicional, ou seja, do poder de apreciar, com força de coisa julgada, a lesão ou ameaça de
lesão a direitos individuais e coletivos (art. 5º, XXXV CF/88). Afastou, portanto, o sistema da dualidade
de jurisdição, em que, paralelamente ao Poder Judiciário, existem os órgãos de Contencioso
Administrativo, que exercem, como aquele, função jurisdicional sobre lides de que a Administração
Pública seja parte interessada.
O Poder Judiciário pode examinar os atos da Administração Pública, de qualquer natureza, sejam
gerais ou individuais, unilaterais ou bilaterais, vinculados ou discricionários, mas sempre sob o aspecto
da legalidade e da moralidade (art. 5º, LXXIII, e art. 37).
Quanto aos atos discricionários, sujeitam-se à apreciação judicial, desde que não invadam os aspectos
reservados à apreciação subjetiva da Administração, conhecidos sob a denominação de mérito
(oportunidade e conveniência).
Não há invasão do mérito quando o Judiciário aprecia os motivos, ou seja, os fatos que precedem a
elaboração do ato; a ausência ou falsidade do motivo caracteriza ilegalidade, suscetível de invalidação
pelo Poder Judiciário.
Os atos normativos do Poder Executivo, como Regulamentos, Resoluções, Portarias, só podem ser
invalidados pelo Judiciário por via de ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade), cujo julgamento é de
competência do STF, quando se tratar de lei ou ato normativo federal ou estadual que contrarie a
Constituição Federal; e do Tribunal de Justiça, quando se tratar de lei ou ato normativo estadual ou
municipal que contrarie a Constituição do Estado.
Nos casos concretos, poderá o Poder Judiciário apreciar a legalidade ou constitucionalidade dos atos
normativos do Poder Executivo, mas a decisão produzirá efeitos apenas entre as partes, devendo ser
observada a norma do art. 97 da Constituição Federal, que exige maioria absoluta dos membros dos
Tribunais para a declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.
Com relação aos atos políticos, é possível também a sua apreciação pelo Poder Judiciário, desde que
causem lesão a direitos individuais ou coletivos.
Quanto aos atos interna corporis (atos administrativos que produzem efeitos internos), em regra, não
são apreciados pelo Poder Judiciário, porque se limitam a estabelecer normas sobre o funcionamento
interno dos órgãos; no entanto, se exorbitarem em seu conteúdo, ferindo direitos individuais e coletivos,
poderão também ser apreciados pelo Poder Judiciário.
1. Juízo privativo. Na esfera federal, é a Justiça Federal; excetuam-se apenas as causas referentes
à falência e as de acidente de trabalho (justiça comum) e as relativas à Justiça Eleitoral e Justiça do
Trabalho. Esse juízo privativo beneficia a União, entidade autárquica ou empresa pública, excluídas as
fundações de direito privado e as sociedades de economia mista.
2. Prazos dilatados. Pelo CPC/2015, a Fazenda Pública e o Ministério Público têm prazo em prazo
em dobro para manifestar-se nos autos. A Lei nº 9.469/97 estendeu igual benefício às autarquias e
fundações públicas.
OBS: o Ministério Público possui previsão no artigo 180, CPC e a Fazenda Pública no artigo 183.
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3. Duplo grau de jurisdição. O art. 496 do CPC/2015 determina que está sujeita ao duplo grau de
jurisdição, não produzindo efeitos senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença proferida contra
a União, o Estado, o DF, o Municípios e as respectivas autarquias e fundações de direito público, bem
como a que julgar improcedente, no todo ou em parte, os embargos à execução de dívida ativa da
Fazenda Pública.
4. Processo especial de execução. O art. 100 da Constituição prevê processo especial de execução
contra a Fazenda Federal, Estadual e Municipal, e que abrange todas as entidades de direito público.
Esse processo não se aplica aos débitos de natureza alimentícia e aos pagamentos de obrigações
definidas em lei como de pequeno valor.
Conforme o dispositivo constitucional, o Presidente do Tribunal que proferir a decisão exequenda
expede ofício precatório à entidade devedora, que fará consignar no seu orçamento verba necessária ao
pagamento dos débitos constantes dos precatórios judiciais apresentados até 1º de julho, fazendo-se o
pagamento até o final do exercício seguinte, com atualização monetária.
O Tribunal de Contas da União é composto por nove ministros que possuem as mesmas garantias,
prerrogativas, vencimentos e impedimentos dos ministros do STJ.
Os Tribunais de Contas dos Estados são formados conforme previsto nas Constituições Estaduais,
respeitando sempre a Constituição Federal. É integrado por sete conselheiros, sendo quatro escolhidos
pela Assembleia Legislativa e três pelo Governador do Estado (súmula 653 do STF).
Quanto à criação de Tribunais, Conselhos e órgãos de contas municipais, a Constituição Federal veda
a sua criação, no entanto, os municípios que possuíam estas instituições antes da Constituição de 1988
poderão mantê-las. Já para os municípios posteriores a ela terão o controle externo da Câmara Municipal
realizado com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados e Ministério Público. Veja-se o dispositivo
constitucional:
Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle
externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.
§ 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos
Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver.
Competências5
Súmula 347, STF. O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a
constitucionalidade das leis e dos atos do poder público.
5
Texto baseado em artigo publicado em: http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=11198. Aceso: 30.06.15.
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6
Natureza jurídica dos Tribunais de Contas
Embora não pertençam a nenhum dos três Poderes, os Tribunais de Contas tiveram aspectos do seu
regime jurídico constitucionalmente aproximados a órgãos do Poder Judiciário. É o que se pode constatar
da leitura dos dispositivos abaixo transcritos:
“Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por nove Ministros, tem sede no Distrito Federal,
quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional, exercendo, no que couber, as
atribuições previstas no art. 96” (competência dos tribunais judiciários).
“Art. 73, § 3º Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, prerrogativas,
impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça, aplicando-se lhes,
quanto à aposentadoria e pensão, as normas constantes do art. 40”
O art. 113, § 2º, da Lei n. 8.666/93 confere aos Tribunais de Contas e demais órgãos integrantes do
sistema de controle interno competência para solicitar cópia de edital de licitação já publicado com o
objetivo de realizar seu exame, podendo também determinar a adoção de medidas corretivas de
cumprimento obrigatório para todos os órgãos e entidades da Administração Pública, desde que a
solicitação seja motivada e casuística.
Questões
01. (TRE/PE - Técnico Judiciário – Área Administrativa – CESPE/2017). Assinale a opção correta
a respeito do controle da administração pública.
(A) As ações judiciais que tenham por objeto atos administrativos praticados por órgãos do Poder
Judiciário constituem exemplos de controle externo.
(B) Dada a presunção de legitimidade dos atos administrativos, não se pode falar em controle
preventivo desses atos.
(C) Por força do princípio da eficiência, não cabe falar em controle concomitante de um ato
administrativo, sob risco de entraves desnecessários à consecução do interesse público.
(D) O recurso administrativo ilustra o chamado controle provocado, que se opõe ao controle de ofício,
por ser deflagrado por terceiro
(E) O controle de legalidade é prerrogativa do controle judicial.
02. (TCE/PR - Conhecimentos Básicos – CESPE/2016). A respeito do controle judicial dos atos
administrativos, assinale a opção correta.
(A) Em razão da presunção de legitimidade e autoexecutoriedade do ato administrativo, o controle
judicial deste se dá, em regra, posteriormente à sua edição, podendo, todavia, ocorrer de forma prévia, a
fim de evitar ameaça de lesão a direito.
(B) No ordenamento jurídico pátrio, inexiste hipótese em que o acesso ao Poder Judiciário somente
seja admitido após o esgotamento da instância administrativa.
(C) A ação de improbidade administrativa é meio de controle judicial de condutas de improbidade
praticadas no âmbito da administração pública, para as quais são previstas penalidades de cassação dos
direitos políticos, perda da função pública e ressarcimento ao erário, entre outras.
(D) Em razão do sistema do contencioso administrativo, adotado no Brasil, determinadas causas,
quando julgadas em última instância na esfera administrativa, não podem ser reapreciadas pelo Poder
Judiciário.
6
Mazza, Alexandre, Manual de Direito Administrativo, editora; Saraiva, 4ª edição, 2014.
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(E) Com base no princípio da inafastabilidade da jurisdição, o Poder Judiciário pode reapreciar o mérito
dos atos administrativos relativamente aos critérios de oportunidade e conveniência utilizados pelo
administrador público.
04. (IF/AP - Auxiliar em Administração – FUNIVERSA/2016). Acerca dos tipos e das formas de
controle da Administração Pública, é correto afirmar que o controle
(A) administrativo não pode ser exercido pelos Poderes Legislativo e Judiciário.
(B) exercido pelas comissões parlamentares de inquérito (CPI) é um exemplo de controle judicial.
(C) administrativo, o controle legislativo e o controle judicial são formas de controle da Administração
Pública.
(D) popular ou social não é uma forma de controle aceita no regime jurídico brasileiro.
(E) administrativo é exercido exclusivamente pelo Poder Executivo.
07. (TJ/RS - Juiz de Direito Substituto – FAURGS/2016). Acerca do controle externo e interno da
Administração Pública, assinale a alternativa correta.
(A) O controle externo dos Municípios onde não houver Tribunal de Contas ou Conselhos ou Tribunais
de Contas dos Municípios será exercido pelo respectivo Tribunal de Contas do Estado de cujas decisões
cabe recurso à Câmara Municipal.
(B) As agências reguladoras integram o sistema de controle externo da administração pública direta e
indireta como auxiliares do Tribunal de Contas.
(C) A Constituição Estadual, em função da autonomia dos Estados-membros, fixará o número de
Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado.
(D) O Tribunal de Contas, como auxiliar do controle externo, a cargo do Poder Legislativo e dele
integrante, será organizado segundo o modelo constitucional das corporações legislativas respectivas.
(E) Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle
interno, com a finalidade de, entre outras, apoiar o controle externo no exercício da sua missão
institucional.
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(B) contábil e financeiro.
(C) financeiro e patrimonial.
(D) orçamentário e permanente.
(E) direto e indireto.
11. (TRT - 4ª REGIÃO/RS - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal – FCC/2015).
Nas hipóteses de controle jurisdicional de constitucionalidade existentes no sistema brasileiro, as
decisões possuem eficácia,
(A) subjetiva erga omnes e temporal ex tunc, em se tratando de controle concentrado, atingindo todos
os atos praticados desde a vigência da norma declarada inconstitucional, salvo limitação de tais efeitos
declarada pelo Supremo Tribunal Federal, nos termos da lei.
(B) subjetiva erga omnes e temporal ex tunc, em se tratando de controle difuso, atingindo todos os
atos anteriores à decisão, salvo limitação declarada pelo Supremo Tribunal Federal, nos termos da lei.
(C) subjetiva erga omnes e temporal ex nunc, em se tratando de controle concentrado, salvo a
possibilidade da atribuição de efeitos retroativos pelo Supremo Tribunal Federal, nos termos da lei.
(D) subjetiva intra partes e temporal ex nunc em se tratando de controle difuso, somente podendo
aplicar-se a atos anteriores à decisão se houver a suspensão da execução da lei pelo Senado Federal.
(E) subjetiva limitada aos legitimados para a propositura da ação e temporal ex tunc, em se tratando
de controle concentrado, alcançando todos os atos praticados desde a vigência da norma declarada
inconstitucional, salvo a limitação de tais efeitos pelo Supremo Tribunal Federal, nos termos da lei.
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13. (TJ/CE - Técnico Judiciário - Área Administrativa - CESPE/2014) Acerca do controle da
administração pública, assinale a opção correta.
(A) Controle legislativo é a prerrogativa atribuída ao Poder Legislativo de fiscalizar atos da
administração pública sob os critérios jurídicos, políticos e financeiros.
(B) O controle judicial incide sobre a atividade administrativa do Estado, seja qual for o Poder em que
esteja sendo desempenhada, de modo a alcançar os atos administrativos do Executivo, do Legislativo e
do próprio Judiciário.
(C) O controle da administração pública contempla os instrumentos jurídicos de fiscalização da atuação
dos agentes e órgãos públicos, não podendo haver controle sobre pessoas administrativas que compõem
a administração indireta, uma vez que aquelas são entes independentes.
(D) Um importante instrumento de controle administrativo é o direito de petição, que consiste na
obrigatoriedade que têm os indivíduos de formular pretensões aos órgãos públicos quando verificarem
uma irregularidade, sob pena de multa.
(E) Coisa julgada administrativa é a situação jurídica pela qual determinada decisão firmada pela
administração não mais pode ser modificada na via administrativa e judicial.
14. (TC/DF – Analista - CESPE/2014) No que se refere ao controle da administração pública, julgue
o item que se segue.
O controle judicial dos atos da administração ocorre depois que eles são produzidos e ingressam no
mundo jurídico, não existindo margem, no ordenamento jurídico brasileiro, para que tal controle se dê a
priori.
( ) correto ( ) errado
15. (TJ/MT – Juiz - FMPRS/2014) Com relação ao controle da Administração Pública, assinale a opção
correta.
(A) No exercício do controle externo, é possível tanto a revogação quanto a invalidação dos atos
administrativos.
(B) No exercício de suas funções, a Administração Pública sujeita-se a controle por parte do Poder
Legislativo e Poder Judiciário, além de exercer, ela mesma, o controle sobre os próprios atos.
(C) O controle exercido pelo Poder Legislativo está restrito às hipóteses previstas na Constituição
Federal e somente pode ocorrer no âmbito da Administração Pública Direta, Autarquias e Fundações
Públicas.
(D) O controle exercido pelo Poder Judiciário deverá ser precedido do esgotamento das vias
administrativas.
(E) O controle exercido pelo Poder Judiciário tanto pode revogar quanto invalidar os atos
administrativos; quanto aos efeitos, no primeiro caso, não retroage; no segundo, retroage.
16. (TEM – Contador - CESPE/2014) Acerca das licitações e do controle da administração pública,
julgue os itens subsequentes.
Na hipótese de um servidor, que foi demitido pelo ministro do MTE, impetrar mandado de segurança
em desfavor dessa autoridade, estará sendo realizado, por meio do julgamento do mencionado remédio
constitucional, o controle judicial da administração pública.
( ) correto ( ) errado
17. (Polícia Federal - Nível Superior - CESPE/2014) Julgue o item a seguir, no que concerne aos
atos administrativos e ao controle da administração pública.
Suponha que uma autoridade administrativa delegue determinada competência a um subordinado e
que, no exercício dessa delegação, este pratique ato ilegal que fira direito líquido e CORRETA. Nessa
situação, eventual mandado de segurança deve ser impetrado em face da autoridade delegante.
( ) correto ( ) errado
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(C) O controle específico só pode ser exercido por meio do manejo das ações ordinárias cíveis, ações
penais, interditos possessórios, a nunciação de obra nova e a consignação em pagamento, dentre outros.
(D) É meio específico de controle da administração pública, o uso das ações cíveis em geral, utilizadas
na defesa dos direitos que regem a atividade privada.
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
Respostas
01. Resposta: D
Recurso é instrumento de defesa, meio hábil de impugnação ou possibilitador de reexame de decisão
da Administração. Os recursos administrativos podem ser: a) provocados ou voluntários; b) hierárquicos
ou de ofício. Quanto aos efeitos: a) suspensivos; b) meramente devolutivos.
Assim, recurso provocado é o interposto pelo interessado, pelo particular, devendo ser dirigido à
autoridade competente para rever a decisão, contendo a exposição dos fatos e fundamentos jurídicos da
irresignação.
02. Resposta: A
O controle exercido pelo Poder Judiciário será sempre um controle de legalidade ou legitimidade do
ato administrativo. Conceitua Di Pietro (2011), pois para a autora: “(...) pela autotutela o controle se exerce
sobre os próprios atos, com a possibilidade de anular os ilegais e revogar os inconvenientes ou
inoportunos, independentemente de recurso ao Poder Judiciário” (idem, p. 70). Como se nota, a autora
não procura excluir o Poder Judiciário de qualquer apreciação sobre os atos administrativos.
03. Resposta: D
O Poder Judiciário exerce controle sobre atos do Executivo, sendo que o controle será sempre de
legalidade ou legitimidade, e não de mérito. Assim, o resultado do controle jurisdicional deverá ser,
sempre, a anulação do ato controlado. Jamais sua revogação ou convalidação, sob pena de invasão do
mérito administrativo e, por conseguinte, violação do princípio da separação de poderes (art. 2º, CF/88).
04. Resposta: C
Com base nesses elementos, Maria Sylvia Zanella di Pietro conceitua “o controle da Administração
Pública como o poder de fiscalização e correção que sobre ela exercem os órgãos dos Poderes Judiciário,
Legislativo e Executivo, com o objetivo de garantir a conformidade de sua atuação com os princípios que
lhe são impostos pelo ordenamento jurídico”.
05. Resposta: D
O controle administrativo é reconhecido pela Súmula STF nº 473 e é decorrente do poder de autotutela.
Por meio do poder de autotutela, as entidades e órgãos da Administração Pública controlam e corrigem
a conveniência, a oportunidade e a legalidade dos seus próprios atos.
06. Resposta: D
Controle Interno: É exercido dentro de um mesmo Poder, seja o exercido por meio de órgãos
especializados, até entre órgãos da mesma entidade, quando se manifesta relação de hierarquia. Seja
entre entidades diferentes, como ocorre com o controle que a Administração direta exerce sobre a
administração indireta de um mesmo poder.
07. Resposta: E
Constituição Federal
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Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de
controle interno com a finalidade de:
( )
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
08. Resposta: A
Os controles administrativos são denominados genericamente de controles internos. Fazem parte da
estrutura administrativa de cada poder, tendo por função acompanhar a execução dos seus atos,
indicando, em caráter opinativo, preventivo ou corretivo, ações a serem desempenhadas com vistas ao
atendimento da legislação. Já em relação ao poder executivo, os poderes que o controlam são os
controles legislativos e de contas, denominados controles externos, ou seja, são órgãos independentes
da administração, não participando, portanto, dos atos por ela praticados, pois cabe a eles exercer a
fiscalização. Esse conjunto de controles horizontais, internos e externos, é formalmente institucionalizado
por uma rede de órgãos autônomos.
09. Resposta: D
Decreto 200/67.
Art. 25. A supervisão ministerial tem por principal objetivo, na área de competência do Ministro de
Estado:
(...)
VIII - Fiscalizar a aplicação e utilização de dinheiros, valores e bens públicos.
10. Resposta: C
Em REGRA, no Brasil, o controle concentrado é abstrato e o controle concreto é difuso MAS existe
uma exceção: A ADINI, que, apesar de ser concentrada no caso em que algum dos 5 princípios
constitucionais sensíveis é ferido, caso esse em que, com representação do Procurador Geral da
República, o STF julga de forma concentrada um caso concreto.
11. Resposta: A
Decisão de mérito em ADI → Controle Concentrado ou Abstrato :
Efeitos:
1) Efeito retroativo (Ex-tunc)
2) Eficácia erga omnes
3) Efeito vinculante (Adm. Púb. E Poder Judiciário).
4) Efeito repristinatório
3) Efeitos
Restringir os efeitos da declaração (efeito Ex-Nunc)
Eficácia somente após o transito em julgado
Eficácia somente em outro momento a ser fixado.
12. Resposta: B
Art. 49, Constituição Federal. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites
de delegação legislativa;
X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo,
incluídos os da administração indireta;".
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CORRETA - O controle judicial recai sobre a atividade administrativa do Estado, independente do
Poder em que esteja sendo desempenhada, podendo alcançar os atos administrativos do Legislativo,
Executivo, do Legislativo e Judiciário.
15. Resposta: B
A Administração Pública sujeita-se a controle por parte do Poder Legislativo e Poder Judiciário,
podendo exercer o controle sobre os próprios atos, no exercício de suas funções
18. Resposta: A
A) CORRETA - Os meios específicos de controle da administração pública são o Mandado de
Segurança, a Ação Popular, o Habeas Corpus, o Habeas Data, o Mandado de Injunção e a Ação Civil
Pública.
Contrato administrativo;
Os contratos administrativos são aqueles celebrado pela Administração Pública, com base em normas
de direito público, com o propósito de satisfazer as necessidades de interesse público, previsto na Lei
8.666/93 (Licitações e Contratos). Os contratos administrativos serão formais, consensuais, comutativos
e, em regra, intuitu personae (em razão da pessoa). As normas gerais sobre contrato de trabalho são de
competência da União, podendo os Estados, Distrito Federal e Municípios legislarem supletivamente.
Alguns doutrinadores entendem que não há contrato, pois se a Administração impõe o regime jurídico
administrativo, cabe ao particular segui-lo; também há mitigação de vontade, deixando de lado a
igualdade entre as partes. Para outros, o contrato administrativo existe, apenas possui características
próprias de direito público. Esta última posição prevalece na doutrina brasileira, que tende a classificar o
contrato administrativo como contrato de adesão, pois as cláusulas são impostas unilateralmente pela
Administração - em alguns casos, pode ocorrer predominância de direito privado.
Para Celso Antônio Bandeira de Mello, mesmo reconhecendo que a doutrina majoritária aceita a
designação “contrato administrativo”, assim o define “são relações convencionais que por força de lei, de
cláusulas contratuais ou do objeto da relação jurídica situem a Administração em posição peculiar em prol
da satisfação do bem comum”.
a) Presença do Poder Público: o Poder Público tem que estar presente no contrato.
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b) Contrato formal: tem várias formalidades previstas pela lei;
c) Contrato consensual: é aquele que se aperfeiçoa na manifestação de vontade. O que vem depois
é a execução do contrato (exemplo: contrato de compra e venda). O contrato consensual já existe desde
o momento da manifestação de vontade. O contrato administrativo se aperfeiçoa no momento da
manifestação de vontade. Isso é diferente do contrato real, que só se aperfeiçoa a partir do momento em
que há a entrega do bem (exemplo: contrato de empréstimo).
f) Contrato de Adesão: uma das partes tem o monopólio da situação, ou seja, define as regras. À
outra parte só resta a opção de aderir ou não.
O licitante, quando vem para a licitação, já sabe que o contrato é anexo do edital. Ele não poderá
discutir as cláusulas contratuais. Deverá aceitá-las na forma em que foram elaboradas. O monopólio da
situação está nas mãos da Administração. Não há debate de cláusula contratual.
g) Contrato bilateral: trata-se de acordo de vontades que prevê obrigações e direitos de ambas as
partes.
Princípios
Para estudarmos sobre os princípios, vamos nos valer do entendimento apontado por Hely Lopes
Meirelles, que divide os princípios dos contratos em 2 ordens, quais sejam: os princípios expressos e os
reconhecidos.
Os princípios expressos estão elencados no artigo 37 da Constituição Federal, que são as diretrizes
fundamentais da administração, sendo válida sua conduta se for condizente com os princípios
estabelecidos, quais sejam: legalidade, impessoalidade, moralidade, eficiência e publicidade.
Os princípios reconhecidos, por sua vez, não possuem previsão em lei, mas tem a função de orientar
as diretrizes da administração pública, com pacífico reconhecimento da doutrina e da jurisprudência. São
eles: autonomia da vontade, supremacia da ordem pública, força obrigatória e a boa-fé contratual.
A limitação encontrada na vontade contratual limita-se a uma norma de ordem pública, onde encontra-
se imposições econômicas a essa vontade.
Princípio da supremacia da ordem pública: primeiramente devemos saber o que significa interesse
público.
Por interesse entende-se que corresponde a uma porção de coletividade, que destina-se ao interesse
de um grupo social como um todo. É esse interesse que leva ao princípio do interesse público.
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Podemos utilizar este princípio tanto no momento da elaboração da lei quanto à sua execução em
concreto pela administração pública. Desta forma, permite-se que exista o bem estar social para atender
o interesse da coletividade.
Princípio da força obrigatória: entende-se que o contrato é lei entre as partes, fazendo com que seja
válido e eficaz para ser cumprido por ambas as partes, que é o caso do pacta sunt servant.
É a base do direito contratual, devendo o ordenamento conferir à parte instrumentos judiciários que
obrigue o contratante a cumprir o contrato ou a indenizar as partes. Imagine se não existisse a
obrigatoriedade desse cumprimento, como ficariam as relações ajustadas...
Pela intangibilidade do contrato, ninguém pode alterar unilateralmente o contrato, nem sequer o juiz.
Isso ocorre em virtude de terem as partes contratadas de livre e espontânea vontade e, submetido a sua
vontade à restrição do cumprimento contratual.
Princípio da boa-fé contratual: para se chegar a perfeição do contrato, é preciso que exista boa- fé
das partes contratantes, antes, depois e durante o contrato, verificando se essa boa fé está sendo
descumprida.
Para tanto, deve-se observar as circunstâncias que foi celebrado o contrato, como o nível de
escolaridade entre os contratantes, o momento histórico e econômico.
Este princípio não está expresso na Constituição, por isso, compete ao juiz analisar o comportamento
dos contratantes.
( )
Art. 54. Os contratos administrativos de que trata esta Lei regulam-se pelas suas cláusulas e pelos
preceitos de direito público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da teoria geral dos contratos
e as disposições de direito privado.
§ 1º Os contratos devem estabelecer com clareza e precisão as condições para sua execução,
expressas em cláusulas que definam os direitos, obrigações e responsabilidades das partes, em
conformidade com os termos da licitação e da proposta a que se vinculam.
§ 2º Os contratos decorrentes de dispensa ou de inexigibilidade de licitação devem atender aos termos
do ato que os autorizou e da respectiva proposta.
Formalização
Para que um contrato seja válido e eficaz ele não pode ser feito de qualquer maneira, deverá respeitar
algumas peculiaridades que, formalmente, devem seguir em seu corpo de texto. Seguem abaixo as
formalidades para que seja firmado um contrato:
b) Forma Escrita: o contrato administrativo deve ser formalizado por escrito (regra). O artigo 60,
parágrafo único da Lei 8666 estabelece que é nulo e de nenhum efeito o contrato verbal, salvo o de pronta
entrega, pronto pagamento ou até R$4.000,00 (exceção).
c) Publicação: o contrato administrativo deve ser publicado (artigo 61, parágrafo único, 8666). Não se
publica a íntegra do contrato, mas apenas um resumo do mesmo (extrato do contrato), documento este
que contém as principais informações do contrato.
Por previsão expressa da lei, a publicação é condição de eficácia do contrato. O contrato não publicado
é válido, mas não tem eficácia.
O prazo para publicação é de 20 (vinte) dias, contados da assinatura do contrato. Além disso, a
publicação não pode ultrapassar o 5.º (quinto) dia útil do mês seguinte à sua assinatura. Assim, para os
contratos assinados no início do mês, valerá o prazo de 20 dias; para os assinados no final do mês, valerá
o prazo do 5.º dia útil do mês seguinte.
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A publicação é um dever da Administração. É esta quem deve providenciar a publicação do contrato
administrativo.
A Administração deve designar servidor para acompanhar e fiscalizar o contrato, em data anterior ao
início de sua vigência. Pode, ainda, contratar terceiros para assessorá-lo nos casos em que,
tecnicamente, isso se fizer necessário.
O fiscal do contrato deve registrar todas as ocorrências verificadas, inclusive o que for determinado
para a correção das falhas observadas. Se as medidas extrapolarem suas competências devem ser
comunicadas aos seus superiores em tempo hábil para a adoção dos procedimentos adequados.
Regime de execução
O regime de execução disciplina a forma de apuração do valor a ser pago à empresa contratada pela
prestação do serviço, gerando modalidades de empreitada, diretamente influenciadas pelo critério para
apuração do valor da remuneração devida da contratante à contratada. Quando na modalidade de
empreitada por preço global, o contrato definirá o valor devido ao particular tendo em vista a prestação
de todo o serviço; quando na modalidade de empreitada por preço unitário o valor será fixado pelas
unidades executadas.
Na categoria de contrato de obras e serviços, a Lei de Licitações admite a empreitada por preço global,
a empreitada por preço unitário, a tarefa e a empreitada integral, conforme determina o artigo abaixo
transcrito:
Art. 10 - Lei 8666/1993
As obras e serviços poderão ser executados nas seguintes formas:
I – execução direta;
II – execução indireta, nos seguintes regimes:
a) empreitada por preço global;
b) empreitada por preço unitário;
c) Vetado
d) tarefa;
e) empreitada integral.
Empreitada por preço global: é aquela em que se ajusta a execução da obra ou serviço por preço
certo e total. Ou seja, a empresa contratada receberá o valor certo e total para execução de toda a obra.
Será responsável pelos quantitativos e o valor total só será alterado se houver modificações de projetos
ou das condições pré-estabelecidas para execução da obra, sendo as medições feitas por etapas dos
serviços concluídos. O pagamento, no entanto, poderá ser efetuado parceladamente, nas datas
prefixadas, na conclusão da obra ou de cada etapa, conforme ajustado entre as partes. É comum nos
contratos de empreitada por preço global a exigência da especificação de preços unitários, tendo em vista
a obrigação da empresa contratada de aceitar acréscimos ou supressões nos quantitativos dentro dos
limites legais (Art. 65, § 1.º).
Art. 65 – [...]
§ 1° - O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou
supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor
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inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite
de 50% (cinquenta por cento) para os seus acréscimos.
Empreitada por preço unitário: é aquela em que se contrata a execução por preço certo de unidades
determinadas. Ou seja, o preço global é utilizado somente para avaliar o valor total da obra, para
quantidades pré-determinadas pelo Edital para cada serviço, que não poderão ser alteradas para essa
avaliação, servindo para determinar o vencedor do certame com o menor preço. As quantidades medidas
serão as efetivamente executadas e o valor total da obra não é certo. Nesta modalidade o preço é ajustado
por unidades, que tanto podem ser metros quadrados de muro levantado, como metros cúbicos de
concreto fundido. O pagamento é devido após cada medição. A empreitada por preço unitário é muito
utilizada em reformas, quando não se pode prever as quantidades certas e exatas que serão objeto do
contrato.
Tarefa: é o regime de execução próprio para pequenas obras ou para partes de uma obra maior.
Refere-se, predominantemente, à mão de obra. A tarefa pode ser ajustada por preço certo, global ou
unitário, com pagamento efetuado periodicamente, após a verificação ou a medição pelo fiscal do órgão
contratante. Em geral, o tarefeiro só concorre com a mão de obra e os instrumentos de trabalho, mas
nada impede que forneça também pequenos materiais.
Inexecução do contrato
É o descumprimento de suas cláusulas, total ou parcial. Culposa ou não. Pode ocorrer por ação ou
omissão, culposa ou sem culpa, de qualquer das partes, caracterizando o retardamento ou o
descumprimento integral do ajustado. Quaisquer dessas situações podem ensejar responsabilidades para
o inadimplente e até mesmo propiciar a rescisão do contrato.
Ocorre também a inexecução quando o contratado descumpre obrigações contratuais ou realiza ato
que, de acordo com regimes jurídicos, não poderia fazê-lo; quando não há mais interesse público ou
conveniência a mantença do contrato.
A inexecução ou inadimplência culposa é a que resulta de ação ou omissão da parte, decorrente de
negligência, imprudência ou imperícia no atendimento às cláusulas contratuais. Tanto pode se referir aos
prazos contratuais (mora), como ao modo de realização do objeto de ajuste, como a sua própria
consecução. É previsto para esse caso multas e até a rescisão do contrato, com a cobrança de perdas e
danos, a suspensão provisória e a declaração de idoneidade para contratar com a administração.
Quando a rescisão se dá por culpa do contratado, a Administração Pública terá direito:
- Assunção imediata do objeto do contrato; tratando-se de serviço essencial;
- Ocupação das instalações, material, equipamentos e, inclusive, funcionários, para dar continuidade
ao contrato em razão do princípio da continuidade do serviço público essencial;
- A administração poderá executar a garantia prestada;
- Retenção dos créditos decorrentes do contrato até os limites dos danos.
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Sendo assim, o descumprimento do pactuado pelo contratado leva à imposição de sanções,
penalidades e à apuração da responsabilidade civil. Vale dizer, o descumprimento total ou parcial pode
ensejar a apuração de responsabilidade civil, criminal e administrativa do contratado, propiciando, ainda,
a rescisão do contrato. Já a inexecução sem culpa é a que decorre de atos ou fatos estranhos à conduta
da parte, retardando ou impedindo totalmente a execução do contrato. Nesses casos, seria provinda de
força maior, caso fortuito, etc.
Força maior e caso fortuito são eventos que, por sua imprevisibilidade e inevitabilidade, criam para o
contrato impossibilidade intransponível de normal execução do contrato. No caso de força maior, temos
uma greve que paralise os transportes ou a fabricação de um produto de que dependa a execução do
contrato. No caso fortuito, é o evento da natureza - como, por exemplo, um tufão, inundação.
Contudo, chamamos a atenção do leitor para alguns casos de dúvidas sobre a definição desses dois
institutos que podem se dar em sentido oposto, de acordo com o entendimento de cada doutrinador.
“São fatos imprevisíveis aqueles eventos que constituem o que a doutrina tem denominado de força maior e
de caso fortuito. Não distinguiremos estas categorias, visto que há grande divergência doutrinária na
caracterização de cada um dos eventos. Alguns autores entendem que a força maior é o acontecimento
originário da vontade do homem, como é o caso da greve, por exemplo, sendo o caso fortuito o evento
produzido pela natureza, como os terremotos, as tempestades, os raios e os trovões”.
Entretanto, outros autores, como Maria Sylvia di Pietro, Lucia Valle Figueiredo e Celso Antônio Bandeira de
Mello, entendem que a conceituação é inversa, entrando em choque com o “Iuris Corpus Civilis”.
Nossa posição adotada foi de acordo com o respeitável Álvaro Villaça Azevedo, que diz que caso fortuito é o
acontecimento decorrido da natureza sem que haja interferência da vontade humana em sentido oposto a
força maior é a própria atuação humana manifestada em fato de terceiro.
Em que devemos nos atentar para os concursos será sobre as consequências e efeitos destes dois institutos.
Sílvio Venosa simplifica ao dizer que não há interesse público na distinção dos conceitos, até porque o
Código Civil Brasileiro não fez essa distinção conforme a redação abaixo transcrita:
Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se
expressamente não se houver por eles responsabilizado.
Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos efeitos não era
possível evitar ou impedir.
No mesmo sentido, o STJ também não se preocupou em distinguir caso fortuito de força maior, e sim em
presenciar a existência de ambos no processo, de acordo com a particularidade de cada caso. O que ambos
apresentam como característica comum é a imprevisibilidade.
Teoria do Fato do Príncipe: Trata-se de todo acontecimento externo ao controle de natureza geral,
que abrange a coletividade. No caso de alteração unilateral das cláusulas expressas em um contrato, a
responsabilidade deriva do próprio contrato.
Portanto, na Inexecução pelo fato do príncipe há uma determinação estatal, geral, imprevista e
imprevisível que onera substancialmente a execução do contrato administrativo, obrigando o poder
público contratante a compensar integralmente os prejuízos suportados pela outra parte, a fim de
possibilitar o prosseguimento da execução do ajuste. A característica marcante do fato do príncipe é a
generalidade e a coercitividade da medida prejudicial ao contrato, além da sua surpresa e
imprevisibilidade, com agravo efetivo para o contratado. Na teoria do fato do príncipe a administração não
pode causar dano ou prejuízo aos administradores, e muito menos aos seus contratados. A medida não
objetiva fazer cessar a execução do contrato e só incide indiretamente sobre o ajustado pelas partes.
Exemplos: criação de benefício tarifário sem previsão, aumento do tributo realizado pela parte
contratante.
Caso a majoração do tributo seja realizada por outra esfera administrativa, será aplicada a Teoria da
Imprevisão.
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Há expressa alusão à teoria do fato do príncipe no que consta no art. 65, II, d, da Lei nº 8 .666/93,
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos
seguintes casos:
(...)
II - por acordo das partes:
d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os encargos do contratado
e a retribuição da administração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando
a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos
imprevisíveis, ou previsíveis porém de consequências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da
execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando
álea econômica extraordinária e extracontratual.
Teoria da imprevisão: por ela as partes possuem autorização, possibilidade para a revisão do
contrato através do reconhecimento de eventos novos imprevistos no contrato e que sejam imprevisíveis.
Com este entendimento aplicamos a cláusula “rebus sic standibus”, mas só é possível a utilização desta
quando sobrevierem fatos imprevistos e imprevisíveis - ou se previsíveis incalculáveis nas suas
consequências desequilibrando assim o contrato celebrado, podendo haver o reajuste contratual de preço
- desde que isto seja mencionado no contrato inicial (não confundindo com a revisão do contrato e de
seus preços).
A presente teoria somente interessa aos contratos de execução continuada ou de trato sucessivo, ou
seja, de médio ou longo prazo, uma vez que se mostraria inútil nos de consumação instantânea.
Como já citado, a inexecução pode ser parcial ou total; na inexecução parcial uma das partes, ou a
administração pública, por exemplo, não observa um prazo estabelecido em uma cláusula; na inexecução
total, o contratado não executa o objeto do contrato. Qualquer uma dessas situações pode ensejar
responsabilidade para o inadimplente, ocasionando sanções contratuais e legais proporcionais à falta
cometida por ele; estas sanções variam desde multas à revisão ou à rescisão do contrato.
A inexecução do contrato pode resultar de um ato ou omissão do contratado, agindo a parte com
negligência, imprudência e imperícia, ou seja, uma inadimplência contratual com culpa do agente
contratado. Como podem ter ocorrido causas justificadoras, isto é, sem que o contratante desse causa
ao descumprimento das cláusulas contratuais – agindo, assim, sem culpa - ele pode se libertar de
qualquer responsabilidade assumida, pois o comportamento é alheio à vontade da parte.
Segue a explicação de algumas causas de inexecução do contrato, como a teoria da imprevisão, força
maior, caso fortuito e o fato do príncipe.
A primeira é a teoria da imprevisão na qual as partes possuem autorização, possibilidade para a revisão
do contrato através do reconhecimento de eventos novos imprevistos no contrato – e que sejam
imprevisíveis. Com este entendimento aplicamos a clausula “rebus sic standibus”, mas só é possível a
utilização desta cláusula quando sobrevierem fatos imprevistos e imprevisíveis - ou se previsíveis
incalculáveis nas suas consequências, desequilibrando o contrato celebrado, podendo haver o reajuste
contratual de preço - desde que isto seja mencionado no contrato inicial (não confundindo com a revisão
do contrato e de seus preços).
Na Inexecução do contrato por força maior (evento humano imprevisível e inevitável, como a greve e
a grave perturbação da ordem): qualificada pelo caráter impeditivo absoluto para o cumprimento das
obrigações contratadas; há de se observar que a força maior pode advir a qualquer momento em uma
relação jurídica, seja por greve de trabalhadores, manifestações que impeçam a execução do contrato
objetivando o cumprimento. No entanto, para que a parte prejudicada por este motivo não seja
responsabilizada pelo descumprimento do contrato, ela deve provar a sua desvinculação do ocorrido que
impossibilitou o cumprimento do feito.
Na inexecução por caso fortuito, em que um evento da natureza imprevisível e inevitável - como o
tufão, a inundação e o terremoto - a agravante do evento, que constitui o caso fortuito, é a impossibilidade
total criada pelo fato da natureza que exime o contratado de cumprir suas obrigações caracterizadas pela
sua imprevisibilidade, aliada à inevitabilidade de seus efeitos. Um fato interessante é que se o contratante
já em mora quando sobrevier o evento não se exime da responsabilidade para com a outra parte, salvo
se provar que o dano ocorreria mesmo que estivesse com suas obrigações em dia.
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Inexecução pelo fato do príncipe: há uma determinação estatal, geral, imprevista e imprevisível que
onera substancialmente a execução do contrato administrativo, obrigando o poder público contratante a
compensar integralmente os prejuízos suportados pela outra parte, a fim de possibilitar o prosseguimento
da execução do ajuste. A característica marcante do fato do príncipe é a generalidade e a coercitividade
da medida prejudicial ao contrato, além da sua surpresa e imprevisibilidade, com agravo efetivo para o
contratado. Na teoria do fato do príncipe a administração não pode causar dano ou prejuízo aos
administradores, e muito menos aos seus contratados. A medida não objetiva fazer cessar a execução
do contrato e só incide indiretamente sobre o ajustado pelas partes.
Cláusulas exorbitantes
As cláusulas exorbitantes - também conhecidas como cláusulas privilégios - fazem parte dos
requisitos essenciais para qualificação do contrato administrativo; buscam garantir a regular satisfação
do interesse público presente no contrato administrativo. São cláusulas que asseguram certas
desigualdades entre as partes.
O art. 58 da Lei 8.666/93, que trata dessas cláusulas, dispõe nos seguintes termos:
Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à Administração,
em relação a eles, a prerrogativa de:
I – modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público,
respeitados os direitos do contratado;
II – rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do art. 79 desta Lei;
III – fiscalizar-lhes a execução;
IV – aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste;
V – nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e
serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração
administrativa de faltas contratuais pelo contrato, bem como na hipótese de rescisão do contrato
administrativo.
Equilíbrio econômico-financeiro
Qualquer circunstância especial capaz de alterar a margem de lucro do contratado autoriza uma
modificação na remuneração a ele devida. Esse dever de manutenção de equilíbrio na relação custo-
-remuneração também constitui cláusula exorbitante típica do contrato administrativo.
O reajustamento de preços e tarifas contratualmente fixadas visa preservar o contrato dos efeitos
inflacionários e reajuste de preços decorrente de fato superveniente. Com isso, o reajustamento de
preços, ou simplesmente, reajuste de preços, é a atualização do valor inicialmente pactuado em
decorrência de alterações mercadológicas que repercutam no contrato – como, por exemplo, o custo
execução e remuneração. Portanto, pode-se traduzir por reajuste de preços a atualização do valor do
contrato, relacionado à elevação do custo de consecução de seu objeto, diante do curso normal da
economia. “É uma forma de corrigir os efeitos ruinosos da inflação”.
O reajuste de preços está previsto na Lei de Licitações no inciso I, art. 40, o qual disciplina que se deve
retratar a variação efetiva do custo de produção, desde a data da apresentação da proposta até a data
do adimplemento de cada parcela. Tal reajuste se dará com base em índices previamente fixados no
contrato e somente poderá ocorrer após transcorridos 12 (doze) meses, a contar da data de apresentação
da proposta ou do orçamento a que essa se referir.
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Vê-se, portanto, que o reajuste de preços é uma faculdade concedida à Administração para evitar o
rompimento do equilíbrio econômico-financeiro do pacto inicial. Porém, cumpre salientar que o reajuste é
instituto diverso da revisão. Isso porque aquele é cláusula do contrato, previamente estabelecida, que
dispõe sobre a necessidade de alteração dos preços decorrido o período de 12 meses. Isto é, para ocorrer
o reajuste de preços faz-se necessária a previsão no instrumento contratual. De maneira diversa ocorre
com a revisão, que poderá ser manifestada independente de cláusula prevista, mas na hipótese de
sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis, porém de efeitos incalculáveis, conforme prevê a alínea
“d”, inc. II, do art. 65 da Lei nº 8.666/93.
Desse modo, se o contrato não contemplar previsão de reajuste e se não tiver ocorrido nenhuma das
hipóteses apontadas no art. 65, II, "d", ou no § 5.º do mesmo dispositivo, qual seja, a superveniência ou
majoração de tributos ou encargos legais, de comprovada repercussão nos preços, a revisão também
não será possível e, portanto, os preços permanecerão imodificáveis.
Alteração
A Administração Pública tem o dever de zelar pela eficiência dos serviços públicos e, muitas vezes,
celebrado um contrato de acordo com determinados padrões, posteriormente se observa que estes não
mais servem ao interesse público, quer no plano dos próprios interesses, quer no plano das técnicas
empregadas. Essa ALTERAÇÃO não pode sofrer resistência do particular contratado, desde que o Poder
Público observe uma cláusula correlata, qual seja, o Equilíbrio Econômico-financeiro do contrato.
Assim, a Administração Pública deve, em defesa do interesse público e desde que assegurada a ampla
defesa, no processo administrativo, promover a alteração do contrato, ainda que discordante o contratado.
Por óbvio, a possibilidade de alteração do que fora pactuado sempre se sujeita à existência de justa
causa, presente na modificação da necessidade coletiva, ou do interesse público. Ao particular restará,
se caso, eventual indenização pelos danos que vier a suportar.
A lei autoriza que a Administração realize modificação unilateral no objeto do contrato para melhor
adequação às finalidades de interesse público. A alteração pode consistir na modificação do projeto ou
em acréscimo e diminuição na quantidade do objeto. Desse modo, as alterações unilaterais podem ser
modificações qualitativas ou quantitativas.
- Qualitativas: Alterações qualitativas são autorizadas quando houver modificação do projeto ou das
especificações para melhor adequação técnica aos seus objetivos (art. 65, I, a, da Lei n. 8.666/93), desde
que não haja descaracterização do objeto descrito no edital licitatório. Ou seja, quando ocorrer
modificação do projeto ou das especificações para melhor adequação técnica;
- Quantitativas: Já as alterações quantitativas são possíveis quando necessária a modificação do
valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição na quantidade do seu objeto, nos limites
permitidos em lei (art. 65, I, b, da Lei n. 8.666/93).
A modificação quantitativa deve observar os limites de até 25% para obras, serviços ou compras, e até
50% no caso de reforma em edifício ou equipamento (art. 65, § 1.º, da Lei n. 8.666/93).
Admite-se diminuição do objeto, além desses limites, se houver consenso entre as partes. Mas os
acréscimos acima dos limites apresentados estão proibidos em qualquer hipótese (art. 65, § 2.º, II, da Lei
n. 8.666/93).
A alteração unilateral do contrato exige mudança na remuneração do contratado, ensejando direito ao
reequilíbrio econômico-financeiro.
Constituem cláusulas exorbitantes porque podem ser impostas à revelia da concordância do
contratado.
Rescisão
A rescisão pode ocorrer por mútuo consentimento, por inadimplência da Administração ou do
contratado; por razões de interesse público ou por acontecimento que de pleno direito leve a sua extinção.
– O artigo 78 da Lei 8.666/93 traz os motivos para rescisão do contrato:
1. Rescisão amigável ou por mútuo consentimento (art. 79, II da Lei 8.666/93): É aquela que se
dá por mútuo consentimento das partes. Deve ser realizada com as mesmas formalidades exigidas à
celebração do contrato
2. Rescisão de pleno direito: É aquela que se dá por fato que propicia o imediato rompimento do
vínculo, independentemente de qualquer formalidade. Exemplo: Morte do contratado; falência.
O artigo 79 da Lei 8666/93 não prevê a rescisão de pleno direito, pois a considera dentro da rescisão
administrativa.
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3. Rescisão judicial (art. 79, III da Lei 8.666/93): É aquela que se dá por decisão do Poder Judiciário
em face da inadimplência da Administração. O contratado poderá cumular o pedido de rescisão mais
perdas e danos.
O fato da Administração (ato de Autoridade Pública diretamente relacionado com o contrato que
retarda ou inibe definitivamente a sua execução) pode levar à rescisão judicial.
4. Rescisão administrativa (art. 79, I da Lei 8.666/93): É aquela que se dá por ato administrativo
unilateral da Administração em face da inadimplência do contratado ou de razões de interesse público. –
Exige-se contraditório, ampla defesa e motivação nas duas espécies de rescisão administrativa.
a) Por interesse público: A rescisão decorre do fato de não ser mais conveniente e oportuno aos
interesses públicos a manutenção do contrato. - A Administração tem que indenizar o contratado pelos
danos que ele sofreu e os lucros cessantes.
b) Por inadimplência do contratado: A rescisão decorre da inadimplência do contratado, que pode
ser por culpa (em sentido amplo) ou sem culpa.
- Por inadimplência culposa do contratado: Cabe perdas e danos, e ainda sanções administrativas (art.
87 da Lei 8666/93).
- Por inadimplência sem culpa do contratado: A Administração se limitar a rescindir, não havendo assim
perdas e danos e nem sanção.
Quando a rescisão ocorrer com base nos incisos XII a XVII do artigo anterior, sem que haja culpa do
contratado, será este ressarcido dos prejuízos regularmente comprovados que houver sofrido, tendo
ainda direito à devolução do pagamento; pagamentos devidos pela execução do contrato até a data da
rescisão, pagamento do custo da desmobilização (art. 79, § 2.º da Lei 8666/93).
Situações que podem gerar inadimplência sem culpa: Força maior (situação criada pelo homem que
impede ou dificulta a execução do contrato); Caso fortuito (eventos da natureza que impedem ou
dificultam a execução do contrato); Fato do príncipe (ato de autoridade pública geral que impede ou
dificulta a execução do contrato. Exemplo: Aumento da taxa de importação de determinado produto).
Rescisão unilateral
Um contrato de obra pública que, consideradas determinadas circunstâncias, onere demasiadamente
o erário - razão pela qual eventual rescisão unilateral deva buscar fundamento em razões de interesse
público.
Extinção do contrato administrativo decorrente de ato unilateral da Administração Pública, por motivo
de inadimplência do usuário ou de interesse público na cessação do contrato.
Em qualquer caso, o ato deve ser motivado. Além disso, deve ser comunicado previamente ao
contratado, para que ele exerça seu direito ao contraditório e à ampla defesa. A rescisão unilateral pode
ser feita nos casos previstos no art. 78 da lei, que, no magistério de Maria Sylvia Zanella di Pietro, podem
ser agrupados em três categorias.
A primeira categoria inclui as situações nas quais a rescisão é atribuível a uma conduta do
contratado:
I - o não cumprimento de cláusulas contratuais, especificações, projetos ou prazos;
II - o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especificações, projetos e prazos;
III - a lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a comprovar a impossibilidade da
conclusão da obra, do serviço ou do fornecimento, nos prazos estipulados;
IV - o atraso injustificado no início da obra, serviço ou fornecimento;
V - a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem justa causa e prévia comunicação à
Administração;
VI - a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a associação do contratado com outrem, a cessão
ou transferência, total ou parcial, bem como a fusão, cisão ou incorporação, não admitidas no edital e no
contrato;
VII - o desatendimento das determinações regulares da autoridade designada para acompanhar e
fiscalizar a sua execução, assim como as de seus superiores;
VIII - o cometimento reiterado de faltas na sua execução, anotadas na forma do § 1.º do art. 67 desta
Lei;
(...)
XVIII – descumprimento do disposto no inciso V do art. 277, sem prejuízo das sanções penais cabíveis.
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X - a dissolução da sociedade ou o falecimento do contratado;
XI - a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura da empresa, que prejudique a
execução do contrato;
XII - razões de interesse público, de alta relevância e amplo conhecimento, justificadas e determinadas
pela máxima autoridade da esfera administrativa a que está subordinado o contratante e exaradas no
processo administrativo a que se refere o contrato;
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Não se pode olvidar, ainda, que o contratado, em decorrência da rescisão unilateral da avença, fará
jus, nos termos do art. 79, § 2.º, da Lei 8.666/93, à indenização dos prejuízos que vier a sofrer. Está a
Administração obrigada a indenizá-lo integralmente pelas perdas e danos acarretados. Deverá ser
determinado o montante de gastos e despesas praticados pela outra parte e estimar-se os lucros que
apuraria na execução. O valor deverá ser ressarcido ao particular. Não custa transcrever o dispositivo,
em seu teor literal:
“§ 2.º - Quando a rescisão ocorrer com base nos incisos XII a XVII do artigo anterior, sem que haja
culpa do contratado, será este ressarcido dos prejuízos regularmente comprovados que houver sofrido,
tendo ainda direito a:
I – devolução da garantia;
II – pagamentos devidos pela execução do contrato até a data da rescisão;
III – pagamento do custo de desmobilização.”
Assim, a rescisão por inconveniência da contratação provoca, de modo inevitável, um prejuízo para a
Administração Pública. As despesas já efetivadas anteriormente e a indenização devida ao particular
acarretarão uma perda para o patrimônio público. Por isso, recomenda a doutrina mais abalizada que
somente seja promovida a rescisão quando a continuidade da execução do contrato acarretar lesões
ainda maiores.
Além disso, a realização de nova licitação imporá à Administração, inexoravelmente, uma série de
ônus financeiros e administrativos, que devem, pois, ser cuidadosamente ponderados.
A teor do próprio comando normativo invocado, as razões ensejadoras da rescisão prematura do
contrato devem ser de alta relevância e precisam estar rigorosamente demonstradas e justificadas no
processo administrativo, o que evidencia a preocupação do legislador com a incolumidade do interesse
público envolvido.
Ao exigir que as razões sejam de alta relevância, pretende a lei afastar alegações de somenos
importância ou que traduzam um simples capricho do administrador. Impõe-se, pois, que se trate de
questão de sobrelevada importância.
A Administração, portanto, deve ter absoluta segurança de que a rescisão atende ao interesse público
e possibilitará a execução das obras em condições bem mais vantajosas para o erário.
A rescisão deve ser precedida de todos os levantamentos necessários e que comprovem, dentro dos
limites do conhecimento dominado, a efetiva necessidade de extinção do contrato.
Desta feita, caso a Administração, ao confrontar, de um lado, todos os custos que advirão do
procedimento que pretende realizar, e de outro, o panorama financeiro do contrato vigente, constate que
a manutenção deste significará considerável prejuízo para o erário público, a rescisão pretendida terá
respaldo legal e merecerá prosperar.
Termo Aditivo
Interpretação
Hely Lopes Meirelles ensina que na tarefa de “interpretação do contrato administrativo é preciso ter
sempre em vista que as normas que o regem são as do Direito Público, suplementadas pelas do Direito
Privado (Lei nº 8.666, de 1993, art. 54), e não o contrário, como, lamentavelmente, ainda se pratica entre
nós”.
Ressalta-se, da assertiva acima, que o atendimento ao interesse público é finalidade de toda
contratação firmada pelo Poder Público, portanto, na interpretação deste, não poderá afastar-se da
premissa precípua de tal ajuste. Assim sendo, nesses contratos não há como interpretar suas cláusulas
voltadas a atender interesses individuais do contratado, este é o princípio fundamental voltado à
interpretação dos contratos avençados com a Administração.
No entanto, restam outras peculiaridades imprescindíveis à interpretação desses contratos, como o
direito da Administração em alterar cláusulas regulamentares, a fim de atender ao interesse público e à
necessidade de manutenção do equilíbrio econômico-financeiro pactuado inicialmente entre as partes.
Ainda, o direito à reciprocidade e equivalência dos direitos e obrigações, com o devido comprometimento
da Administração em compensar a supremacia do interesse público com vantagens econômicas em prol
do contratado.
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Por fim, quanto à interpretação dos contratos administrativos, vale mencionar que os termos do edital
e/ou convite que o vincularem, bem como seus anexos - mesmo não transcritos - farão parte do
instrumento de contrato, não podendo afastá-los ou contrariar suas disposições.
Prevista na Lei de Licitações, inc. IV do art. 58, a aplicação de sanções pela inexecução total ou parcial
do contrato é também uma prerrogativa do Poder Público. Diferente do que ocorre nos contratos privados,
diante de hipótese de inexecução do contrato, é permitido nos contratos administrativos que uma das
partes – o Poder Público – imponha sanção à outra parte, independente de intervenção judiciária.
Tal prerrogativa deriva da possibilidade de a Administração controlar os contratos firmados por ela.
Isso porque, diante de falta por parte do particular, cabe à Administração penalizá-lo de alguma forma.
Assim, se o contratado, por exemplo, atrasar a consecução do objeto, de forma injustificada, estará
sujeito à aplicação de multa pela Administração, nos moldes previstos no contrato e/ou instrumento
convocatório que antecedeu.
Tais penalidades estão previstas no art. 87 da Lei de Licitações. São elas: a advertência, a multa, a
suspensão temporária em contratar com a Administração e a declaração de idoneidade para licitar ou
contratar com o Poder Público.
A aplicação de penalidades contratuais constitui cláusula exorbitante porque as referidas sanções são
aplicadas pela própria Administração.
As referidas penas somente podem ser aplicadas após a instauração de processo administrativo, com
garantia de contraditório e ampla defesa.
Importante destacar que, contra penas de advertência, multa e suspensão, cabe recurso no prazo de
cinco dias úteis. Contra declaração de inidoneidade, cabe pedido de reconsideração no prazo de dez
dias.
Cláusulas Essenciais
Segundo dispõe o art. 55, caput, da Lei n. 8.666/93, são cláusulas necessárias em todo contrato as
que estabeleçam:
- o objeto e seus elementos característicos;
- o regime de execução ou a forma de fornecimento;
- o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicidade do reajustamento de
preços, os critérios de atualização monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo
pagamento;
- os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de observação e de
recebimento definitivo, conforme o caso;
- o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional programática e da
categoria econômica;
- as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas;
- os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores das multas;
- os casos de rescisão;
- o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de rescisão administrativa prevista no art.
77 desta Lei;
- as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para conversão, quando for o caso;
- a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou deixou de exigir, ao convite e à
proposta do licitante vencedor;
- a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos casos omissos;
- a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em compatibilidade com
as obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação.
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do preço, no tempo e no modo ajustados e na entrega do local da obra ou do serviço ao contratado na
época e nas condições que permitam a regular execução do contrato.
O particular tem a principal obrigação de prestação do objeto do contrato. Além disso, deve cumprir as
seguintes obrigações, mesmo que não estejam no contrato:
a) observância das normas técnicas adequadas;
b) emprego do material apropriado;
c) sujeição aos acréscimos e supressões legais;
d) execução pessoal do objeto do contrato – a lei permite a subcontratação, mas nos termos e limites
definidos pela Administração no edital, que pode, inclusive, proibi-la. Se não houver menção à
subcontratação, entende-se que foi, implicitamente, proibida;
e) atendimento aos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais decorrentes do
contrato;
f) manutenção no local da obra ou serviço de preposto em condições de tratar com a Administração e
dela receber a orientação cabível.
Recebimento do objeto
O contrato administrativo é finalizado com a entrega e o recebimento do objeto (art. 73 a 76), que pode
ser:
a) provisório: efetuado em caráter experimental, durante período determinado, para verificação da
qualidade do objeto entregue. É a oportunidade para rejeitar o objeto do contrato. Pode ser dispensado
nos casos de gêneros perecíveis e alimentação preparada, serviços profissionais e obras ou serviços de
até R$80.000,00. Caso a Administração verifique a incompatibilidade do objeto oferecido com o contrato,
deve rejeitá-lo;
b) definitivo: feito em caráter permanente. Trata-se da regra, pois o recebimento provisório deve estar
expressamente previsto na lei ou no contrato. Depois desse ato, a Administração somente pode
responsabilizar o contratado por vícios ocultos no objeto, ou seja, não perceptíveis no momento da
entrega definitiva. O recebimento definitivo do objeto do contrato marca o início da contagem do prazo
para o pagamento do contratado, que é de 30 dias (art. 40, XIV, a).
Todos os testes e ensaios exigidos para a comprovação da boa execução do contrato correm por conta
do contratado, salvo disposição normativa, editalícia ou contratual em sentido contrário.
Duração
Todo contrato administrativo deve ter um prazo determinado e extingue-se normalmente ao final desse
prazo. A regra é que os contratos têm sua duração limitada em 12 meses, ou seja, um exercício financeiro.
Porém, a lei prevê as seguintes exceções, em que é possível a adoção de prazo mais dilatados:
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a) contratos relativos a projetos incluídos no plano plurianual – o prazo será aquele previsto na lei que
aprovou o plano, atendendo ao limite de quatro anos;
b) serviços de execução contínua – limite de 60 meses, podendo ser estendido por mais 12 meses;
c) aluguel e utilização de materiais de informática – limite de 48 meses.
As concessões de serviços públicos não estão vinculadas aos créditos orçamentários anuais, pois
exigem prazos mais dilatados para que o contratado recupere seu investimento. Requer-se apenas que
o contrato seja firmado por tempo determinado.
Os prazos contratuais podem ser prorrogados nas seguintes situações:
a) alteração do projeto ou especificações, pela Administração;
b) superveniência de fato excepcional ou imprevisível, estranho à vontade das partes, que altere
fundamentalmente as condições de execução do contrato;
c) interrupção da execução do contrato ou diminuição do ritmo de trabalho por ordem e no interesse
da Administração;
d) aumento das quantidades inicialmente previstas no contrato, nos limites permitidos na Lei;
e) impedimento de execução do contrato por fato ou ato de terceiro reconhecido pela Administração
em documento contemporâneo à sua ocorrência;
f) omissão ou atraso de providências a cargo da Administração, inclusive quanto aos pagamentos
previstos de que resulte, diretamente, impedimento ou retardamento na execução do contrato, sem
prejuízo das sanções legais aplicáveis aos responsáveis.
Extinção
Extinção do contrato é o fim do vínculo obrigacional entre contratante e contratado. Pode ser
decorrente de:
a) conclusão do objeto: nesse caso, o ato administrativo que extingue o contrato é, como visto, o
recebimento definitivo;
b) término do prazo: é a regra nos contratos por tempo determinado. É possível a prorrogação antes
do fim do prazo previsto no contrato;
c) anulação;
d) rescisão: forma excepcional de extinção do contrato, pois implica cessação antecipada do vínculo.
Pode ser unilateral, bilateral (amigável ou consensual) e judicial. A rescisão amigável, que não precisa
ser homologada pelo juiz, é possível nos seguintes casos, previstos no art. 78:
XIII - a supressão, por parte da Administração, de obras, serviços ou compras, acarretando
modificação do valor inicial do contrato além do limite permitido no § 1.º do art. 65 desta Lei;
XIV - a suspensão de sua execução, por ordem escrita da Administração, por prazo superior a 120
(cento e vinte) dias, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra,
ou ainda por repetidas suspensões que totalizem o mesmo prazo, independentemente do pagamento
obrigatório de indenizações pelas sucessivas e contratualmente imprevistas desmobilizações e
mobilizações e outras previstas, assegurado ao contratado, nesses casos, o direito de optar pela
suspensão do cumprimento das obrigações assumidas até que seja normalizada a situação;
XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela Administração decorrentes
de obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de
calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado o direito
de optar pela suspensão do cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a situação;
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XVI - a não liberação, por parte da Administração, de área, local ou objeto para execução de obra,
serviço ou fornecimento, nos prazos contratuais, bem como das fontes de materiais naturais especificadas
no projeto.
Prorrogação e renovação
Prorrogação do Contrato é o fato que permite a continuidade do que foi pactuado além do prazo
estabelecido, e por esse motivo pressupõe a permanência do mesmo objeto contratado inicialmente.
Observe-se, todavia, que apenas nas hipóteses legais poderá o contrato ser prorrogado, porque a
prorrogação não pode ser a regra, mas sim a exceção.
“Se fosse livre a prorrogabilidade dos contratos, os princípios da igualdade e da moralidade estariam
irremediavelmente atingidos” (CARVALHO FILHO)
A possibilidade de prorrogação do contrato e do prazo para a execução está prevista no art. 57 da Lei
nº. 8.666/93.
Os contratos de prestação de serviço de forma contínua podem ter sua duração prorrogada por
sucessivos períodos iguais, com o mesmo contratado e o mesmo objeto, se houver cláusula prevendo
essa possibilidade, com o objetivo de obter preços e condições mais vantajosas para a Administração, no
limite máximo de sessenta meses, admitindo-se a prorrogação por mais doze meses, em caráter
excepcional. Somente se permite a prorrogação pelo mesmo prazo inicial do contrato original. Exemplo:
12 + 12 + 12 + 12.
Não é exigida licitação para a prorrogação do contrato. Nos demais casos, o prazo da execução do
contrato pode ser prorrogado de acordo com a previsão da lei, ou seja, desde que ocorram os motivos
que ela elenca: alteração do projeto e suas especificações pela Administração; superveniência de fato
excepcional ou imprevisível que altere as condições de execução; interrupção da execução ou diminuição
do ritmo de trabalho por ordem e interesse da Administração; aumento de quantidades; impedimento da
execução por fato ou ato de terceiro reconhecido pela Administração; omissão ou atraso de providências
pela Administração.
A renovação em todo ou em parte do contrato é vedada e necessita de licitação, dando oportunidade
à concorrência.
A recontratação somente é permitida nas hipóteses de dispensa ou inexigibilidade de licitação.
Revisão do contrato
Os contratos administrativos podem ser alterados por decisão unilateral da Administração ou por
acordo entre as partes.
Tendo em vista que as hipóteses de alteração são taxativas, qualquer alteração fora dessas hipóteses
será nula. Estas alterações devem vir acompanhadas das razões e fundamentos que lhe deram origem
(art. 65 da Lei 8666/93).
O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou supressões
que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% do valor inicial atualizado do contrato e, no caso
particular de reforma de prédios ou de equipamentos, até o limite de 50% para os seus acréscimos (art.
65, § 1.º da Lei 8666/93).
A elevação das quantidades além desses limites representa fraude à licitação, não sendo admitida
nem mesmo com a concordância do contratado. Entretanto, as supressões resultantes de acordo
celebrado podem ser estabelecidas (art. 65, § 2.º da Lei 8666/93).
O regime jurídico dos contratos administrativos instituídos por esta lei confere à Administração, em
relação a eles, a prerrogativa de: I – modificá-los unilateralmente, para melhor adequação às finalidades
de interesse público, respeitados os direitos do contratado (art. 58, I da Lei 8666/93).
Em havendo alteração unilateral do contrato que aumente os encargos do contratado, a Administração
deverá restabelecer, por aditamento, o equilíbrio econômico-financeiro inicial (art. 65, § 6.º da Lei
8666/93). Teoria da Imprevisão também está presente nas alterações unilaterais.
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Hipóteses de alteração por acordo das partes (rol taxativo):
- Quando conveniente a substituição da garantia da execução (art. 65, II, “a” da Lei 8.666/93).
- Quando necessária a modificação do regime de execução da obra ou serviço bem como do modo de
fornecimento, em face de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais originários (art.
65, II, “b” da Lei 8.666/93).
- Quando necessária modificação da forma de pagamento, por imposição de circunstâncias
supervenientes, mantido o valor inicial atualizado, vedada a antecipação do pagamento, com relação ao
cronograma financeiro fixado, sem a correspondente contraprestação de fornecimento de bens ou
execução de obra ou serviço (art. 65, II, “c” da Lei 8.666/93). Exemplo: Resolvem mudar a data de
pagamento, pois “cai” no feriado.
Para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os encargos do contratado e
a retribuição da Administração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a
manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, em uma hipótese de sobrevirem fatos
imprevisíveis, ou previsíveis, porém de consequências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da
execução do ajustado, ou ainda em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando
álea econômica extraordinária e extracontratual (art. 65, II, “d” da Lei 8.666/93).
A Teoria da Imprevisão autoriza a modificação das cláusulas inicialmente pactuadas em vista de fatos
supervenientes e imprevisíveis capazes de impedir ou dificultar o cumprimento do ajuste nos termos
inicialmente fixados. Tem por objetivo a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato.
– Esta teoria só se aplica diante da álea extraordinária (riscos, prejuízos anormais ocorridos na execução
do contrato). Exemplo: Força maior, Caso fortuito, Fato do príncipe e Fato da Administração.
Os atos administrativos poderão ser revogados por questões de conveniência e oportunidade, a partir
do momento em que estes se tornarem inconvenientes e inoportunos para a Administração.
Controle do contrato
O contrato administrativo pode ser acompanhado pela Administração Pública ou qualquer outro
interessado. Para Hely Lopes Meireles:
“O poder público há de ter a correspondente prerrogativa de controlar os seus contratos e de adequá-
los às exigências do momento, supervisionando, acompanhando e fiscalizando a sua execução ou nela
intervindo”.
A suspensão do contrato administrativo possui previsão no artigo 78, XIV, da Lei 8.666/1993, que traz
a seguinte redação:
A Administração Pública não pode exigir a suspensão do contrato superior ao limite de 120 dias, exceto
em casos específicos, que são: de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra,
ou ainda por repetidas suspensões que totalizem o mesmo prazo, independentemente do pagamento
obrigatório de indenizações pelas sucessivas e contratualmente imprevistas desmobilizações e
mobilizações e outras previstas, assegurado ao contratado, nesses casos, o direito de optar pela
suspensão do cumprimento das obrigações assumidas até que seja normalizada a situação.
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Espécies de Contratos Administrativos
As principais espécies de contratos administrativos são: contrato de obra pública, contrato de serviço,
contrato de fornecimento, contrato de concessão, contrato de gerenciamento, contrato de gestão.
A doutrina classifica os contratos, ainda, como sendo de colaboração e de atribuição, conforme o
interesse predominante.
Contrato de Concessão
A concessão pode ser de obra pública, de serviço público e de uso de bem público.
A natureza jurídica dos contratos de concessão acolhe grande divergência doutrinária. Há quem
sustente representar um ato unilateral do Poder Público, dois atos unilaterais (do Poder Público e do
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particular) e há quem entenda ser contrato regido pelo direito privado, pelo direito público ou por ambos
(misto). Mas concessões possuem a natureza de contratos administrativos, regidos pelo direito público.
O regime de contratação rotulado de “parceria público-privada” está regulado pela Lei n. 11.079/2004,
sendo aplicável às concessões de serviços ou de obras públicas.
Contrato de Gerenciamento
Trata-se do contrato pelo qual o Poder Público transfere ao contratado a condução de um
empreendimento, conservando, porém, a capacidade decisória. É atividade de mediação, representativa
de serviço técnico profissional especializado, comum nas grandes obras (como nas hidroelétricas,
rodovias, etc.). Será o particular o controlador, condutor, gerenciador da obra, atuando como mediador.
O contrato de gerenciamento não se confunde com a figura da “Administração contratada”, objeto de
veto presidencial. Naquela espécie de contrato, a Administração remunera o custo e a comissão devida
pelos serviços do contratado, que tem amplas atribuições: contrata pessoas, adquire bens e
equipamentos, executa os serviços. A falta de previsão do custo final e a ausência de controle pela
Administração não recomendam a adoção dessa espécie. No contrato de gerenciamento, a Administração
não é despojada de poder de decisão (os que deverão ser contratados, os custos, a imposição de
penalidades), apenas contará com os serviços do contratado (assessoria, consultoria, fiscalização), como
dito, em autêntico trabalho de mediação com executores do empreendimento.
Contrato de Gestão
Contrato administrativo pelo qual o Poder Público (contratante) instrumentaliza parceria com o
contratado (entidade privada ou da Administração Pública indireta), constituindo autêntico acordo
operacional, mediante o qual o contratante passa a ser destinatário de benefícios previstos em lei.
Tratando-se de contrato de gestão firmado com entidade privada, o Poder Público fixará metas a serem
atingidas pela contratada, ante a concessão de benefícios.
Cuidando-se de contrato firmado com entidade da Administração indireta, por ele há sujeição às metas
fixadas e liberação do controle exercido pela entidade estatal que as instituiu. A Constituição Federal
expressamente prevê essa modalidade contratual (art. 37, § 8.º) como meio de ampliação da autonomia
gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da Administração direta e indireta.
As organizações sociais se vinculam contratualmente à Administração por essa modalidade contratual
(Lei n. 9.637/98).
Questões
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(A) em geral devem conter cláusula específica com seu prazo de duração, que pode ser de no máximo
vinte e quatro meses, permitida uma única prorrogação por período de até mais vinte e quatro meses;
(B) referentes a projetos, cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano
Plurianual, podem ser prorrogados se houver interesse da Administração e independentemente de que
isso tenha sido previsto no ato convocatório;
(C) cujos serviços são executados de forma contínua podem ter a sua duração prorrogada por iguais
e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a
Administração, limitada a sessenta meses;
(D) relativos ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática podem estender-
se pelo prazo de até doze meses após o final do termo inicial de vigência do contrato, desde que mantido
o mesmo valor unitário previsto no contrato inicial;
(E) consistentes em serviços de engenharia não admitem, em qualquer hipótese, prorrogação dos
prazos de início de etapas de execução, de conclusão e de entrega da obra, devendo o contratado
responder por perdas e danos caso não cumpra os prazos contratuais.
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(C) Nenhuma supressão de contrato administrativo pode ultrapassar 25% do valor inicial atualizado do
contrato, ainda que haja o consenso entre as partes.
(D) A aplicação das sanções administrativas, em contrato administrativo, tendo em vista o princípio da
ampla defesa, somente poderá se dar após a viabilização da defesa no prazo de 15 (quinze) dias.
(E) O recebimento definitivo da obra pelo Poder Público afasta a responsabilidade civil do contratado
pela solidez e segurança da mesma.
11. (MPE/MS - Promotor de Justiça Substituto – MPE/MS 2015) Em relação aos contratos
administrativos é incorreto afirmar:
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(A) Em situação de normalidade, se a Administração não pagar a parcela vencida em determinado
mês, após trinta dias da data, está o contratado autorizado a paralisar o serviço objeto do contrato,
alegando em seu favor a exceção de contrato não cumprido.
(B) O instituto previsto na legislação sobre contrato administrativo, referente à formalização da variação
do valor contratual, decorrente de reajuste de preços previstos no contrato, que não caracteriza sua
alteração, denomina-se “apostila”.
(C) De acordo com a legislação pertinente, há situações em que os contratos administrativos podem
ser rescindidos unilateralmente, mesmo que o contratado esteja cumprido fielmente as suas obrigações.
(D) Na hipótese de inexecução de contrato administrativo, a suspensão provisória ou temporária do
direito de participar de licitação e impedimento de contratar é aplicada se o contratado prejudicar a
execução do contrato dolosamente.
(E) Em caso de se verificar atraso nos pagamentos devidos pela Administração, somente se este
superar o prazo de noventa dias, em situação de normalidade, poderá o contratado optar pela suspensão
da execução do contrato ou pela sua rescisão.
12. (TJ/SP- Juiz Substituto – VUNESP/2015) Sobre os Contratos Administrativos, é correto afirmar:
(A) na licitação na modalidade de pregão, regulada pela Lei nº 10.520/02, apenas após o encerramento
da etapa competitiva o pregoeiro verificará a documentação do licitante vencedor, quando então deverá
verificar sua habilitação jurídica, fiscal, técnica, econômica e a validade de sua garantia de proposta.
(B) a contratação integrada compreende a elaboração e o desenvolvimento dos projetos básico e
executivo, a execução de obras e serviços de engenharia, a montagem, a realização de testes, a pré-
-operação e todas as demais operações necessárias e suficientes para a entrega final do objeto.
(C) ressalvada a hipótese de contratação integrada nos demais regimes de execução é proibida a
participação do autor do projeto básico como consultor ou técnico, nas funções de fiscalização, supervisão
ou gerenciamento, na licitação de obra ou serviço ou na sua execução.
(D) a Ata de Registro de preços constitui modalidade de licitação para contratações cujo orçamento
estimado não alcance o valor que obriga a adoção da modalidade concorrência.
14. (Prefeitura de Rio de Janeiro – RJ - Agente de Administração – FJG) Aplicam-se aos contratos
administrativos:
(A) os preceitos fundamentais relativos aos direitos sociais.
(B) as regras estipuladas pelas autarquias em seus atos.
(C) os princípios da teoria geral dos contratos privados.
(D) as normas oriundas dos manuais de boas práticas.
Respostas
01. Resposta: C
Lei nº 8.666/1993
Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos
orçamentários, exceto quanto aos relativos:
( )
II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração
prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais
vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses;
02. Resposta: D
Lei nº 8.666/1993
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Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à Administração,
em relação a eles, a prerrogativa de:
( )
§ 2º Na hipótese do inciso I deste artigo, as cláusulas econômico-financeiras do contrato deverão ser
revistas para que se mantenha o equilíbrio contratual.
03. Resposta: D
Lei nº 8.666/1993
Art. 79. A rescisão do contrato poderá ser:
§ 1º A rescisão administrativa ou amigável deverá ser precedida de autorização escrita e fundamentada
da autoridade competente.
04. Resposta: A
Lei nº 8.666/1993
Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à Administração,
em relação a eles, a prerrogativa de:
( )
§ 1º As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos não poderão ser
alteradas sem prévia concordância do contratado.
05. Resposta: A
Lei nº 8.666/1993
Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos
orçamentários, exceto quanto aos relativos:
( )
§ 2º Toda prorrogação de prazo deverá ser justificada por escrito e previamente autorizada pela
autoridade competente para celebrar o contrato.
06. Resposta: A
Art. 54, Lei nº 8.666/93 - “Os contratos administrativos de que trata esta Lei regulam-se pelas suas
cláusulas e pelos preceitos de direito público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da teoria
geral dos contratos e as disposições de direito privado”.
07. Resposta: B
Concessão de uso de bem público - é o contrato administrativo pelo qual o Poder Público outorga ao
particular, mediante prévia licitação, a utilização privativa de um bem público, por prazo determinado, de
forma remunerada ou não, no interesse predominantemente público.
08. Resposta: A
Art. 7.º, Lei 9637/98 - Na elaboração do contrato de gestão devem ser observados os princípios da
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e, também, os seguintes preceitos:
I - especificação do programa de trabalho proposto pela organização social, a estipulação das metas
a serem atingidas e os respectivos prazos de execução, bem como previsão expressa dos critérios
objetivos de avaliação de desempenho a serem utilizados, mediante indicadores de qualidade e
produtividade;
II - a estipulação dos limites e critérios para despesa com remuneração e vantagens de qualquer
natureza a serem percebidas pelos dirigentes e empregados das organizações sociais, no exercício de
suas funções.
Parágrafo único. Os Ministros de Estado ou autoridades supervisoras da área de atuação da entidade
devem definir as demais cláusulas dos contratos de gestão de que sejam signatários.
09. Resposta: C
A caducidade é o instituto em que se resolve o contrato por meio de uma declaração do poder
concedente - que deve ser precedido de um processo administrativo, no qual é assegurado o direito de
ampla defesa. A declaração caducidade não depende de indenização prévia, sendo que essa, calculada
no próprio decurso do processo, constitui-se como a aquela prevista na forma do art. 36 da lei 8987/95
deduzidos os valores das multas e dos danos causados pela concessionária.
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10.Resposta: C
Art. 65, Lei 8.666/93 Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas
justificativas, nos seguintes casos:
(...)
II - por acordo das partes:
d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os encargos do contratado
e a retribuição da administração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando
a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos
imprevisíveis, ou previsíveis porém de consequências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da
execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando
álea econômica extraordinária e extracontratual.
11. Resposta: A
Art. 78, lei 8.666/93 Constituem motivo para rescisão do contrato:
(...)
XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela Administração decorrentes
de obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de
calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado o direito
de optar pela suspensão do cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a situação.
12. Resposta: B
Art. 9.º, Lei 12462/2011 - Nas licitações de obras e serviços de engenharia, no âmbito do RDC, poderá
ser utilizada a contratação integrada, desde que técnica e economicamente justificada e cujo objeto
envolva, pelo menos, uma das seguintes condições:
(...)
§ 1.º A contratação integrada compreende a elaboração e o desenvolvimento dos projetos básico e
executivo, a execução de obras e serviços de engenharia, a montagem, a realização de testes, a pré-
-operação e todas as demais operações necessárias e suficientes para a entrega final do objeto.
13. Resposta: B
Art. 61, Lei 8.666/93 - Todo contrato deve mencionar os nomes das partes e os de seus representantes,
a finalidade, o ato que autorizou a sua lavratura, o número do processo da licitação, da dispensa ou da
inexigibilidade, a sujeição dos contratantes às normas desta Lei e às cláusulas contratuais.
14. Resposta: C
Art. 54, Lei nº 8.666/93 - “Os contratos administrativos de que trata esta Lei regulam-se pelas suas
cláusulas e pelos preceitos de direito público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da teoria
geral dos contratos e as disposições de direito privado”.
Serviços públicos;
Serviços públicos são aqueles serviços prestados pela Administração, ou por quem lhe faça às vezes,
mediante regras previamente estipuladas por ela para a preservação do interesse público.
A titularidade da prestação de um serviço público sempre será da Administração Pública, somente
podendo ser transferido a um particular a prestação do serviço público. As regras serão sempre fixadas
unilateralmente pela Administração, independentemente de quem esteja executando o serviço público.
Qualquer contrato administrativo aos olhos do particular é contrato de adesão.
Para distinguir quais serviços são públicos e quais não, deve-se utilizar as regras de competência
dispostas na Constituição Federal. Quando não houver definição constitucional a respeito, deve-se
observar as regras que incidem sobre aqueles serviços, bem como o regime jurídico ao qual a atividade
se submete. Sendo regras de direito público, será serviço público; sendo regras de direito privado, será
serviço privado.
O fato de o Ente Federado ser o titular dos serviços não significa que deva obrigatoriamente prestá-
los por si. Assim, tanto poderá prestá-los por si mesmo, como poderá promover-lhes a prestação,
conferindo à entidades estranhas ao seu aparelho administrativo, titulação para que os prestem, segundo
os termos e condições fixadas, e, ainda, enquanto o interesse público aconselhar tal solução. Dessa
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forma, esses serviços podem ser delegados a outras entidades públicas ou privadas, na forma de
concessão, permissão ou autorização.
Assim, em sentido amplo, pode-se dizer que serviço público é a atividade ou organização abrangendo
todas as funções do Estado; já em sentido estrito, são as atividades exercidas pela administração pública.
CARACTERES JURÍDICOS: os serviços públicos possuem quatro caracteres jurídicos, quais sejam:
PRINCÍPIOS
b. Princípio da mutabilidade: Fica estabelecido que a execução do serviço público pode ser alterada,
desde que para atender o interesse público. Assim, nem os servidores, nem os usuários de serviços
públicos, nem os contratados pela administração pública, têm direito adquirido à manutenção de
determinado regime jurídico.
c. Princípio da igualdade dos usuários: Esse princípio estipula que não haverá distinção entre as
pessoas interessadas em contratar com a administração pública. Dessa forma, se tais pessoas possuírem
condições legais de contratação, não poderão ser diferenciadas.
d. Princípio da adequação: na própria Lei 8.897/95, resta claro que o serviço adequado é aquele que
preenche as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança...Dessa forma, se nota que
à Administração Pública e aos seus delegado é necessário que se respeite o que a legislação exige.
f. modicidade das tarifas: significa que o valor exigido do usuário a título de remuneração pelo uso
do serviço deve ser o menor possível, reduzindo-se ao estritamente necessário para remunerar o
prestador com acréscimo de pequena margem de lucro. Daí o nome “modicidade”, que vem de “módico”,
isto é, algo barato, acessível.
Como o princípio é aplicável também na hipótese de serviço remunerado por meio de taxa, o mais
apropriado seria denominá-lo princípio da modicidade da remuneração.7
7
Mazza, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. Saraiva, 4ª edição, 2014.
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REGULAMENTAÇÃO E CONTROLE
Caso o serviço não esteja sendo prestado de forma correta, o Poder Público poderá intervir e retirar a
prestação do terceiro que se responsabilizou pelo serviço. Deverá, ainda exigir eficiência para o
cumprimento do contrato.
Como a Administração goza de poder discricionário, poderão ter as cláusulas contratuais modificadas
ou a delegação do serviço público revogada, atendendo ao interesse público.
O caráter do serviço público não é a produção de lucros, mas sim servir ao público donde nasce o
direito indeclinável da Administração de regulamentar, fiscalizar, intervir, se não estiver realizando a sua
obrigação.
As características do serviço público envolvem alguns elementos, tais quais: elemento subjetivo,
elemento formal e elemento material.
Elemento Subjetivo – o serviço público compete ao Estado que poderá delegar determinados serviços
públicos, através de lei e regime de concessão ou permissão por meio de licitação. O Estado é
responsável pela escolha dos serviços que em determinada ocasião serão conhecidos como serviços
públicos. Exemplo: energia elétrica; navegação aérea e infraestrutura portuária; transporte ferroviário e
marítimo entre portos brasileiros e fronteiras nacionais; transporte rodoviário interestadual e internacional
de passageiros; portos fluviais e lacustres; serviços oficiais de estatística, geografia e geologia
Elemento Material – o serviço público deve corresponder a uma atividade de interesse público.
Elemento Formal – a partir do momento em que os particulares prestam serviço com o Poder Público,
estamos diante do regime jurídico híbrido, podendo prevalecer o Direito Público ou o Direito Privado,
dependendo do que dispuser a lei. Para ambos os casos, a responsabilidade é objetiva. (os danos
causados pelos seus agentes serão indenizados pelo Estado)
Quanto à titularidade:
Assim, em sentido amplo, pode-se dizer que serviço público é a atividade ou organização abrangendo
todas as funções do Estado; já em sentido estrito, são as atividades exercidas pela administração pública.
Portanto, a execução de serviços públicos poderá ser realizada pela administração direta, indireta ou
por particulares. Oportuno lembrar que a administração direta é composta por órgãos, que não têm
personalidade jurídica, que não podem estar, em regra, em juízo para propor ou sofrer medidas judiciais.
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Exemplos: Ministérios, Secretarias de Estado, administrações regionais, subprefeituras.8
A administração indireta é composta por pessoas, surgindo como exemplos: autarquias, fundações,
empresas públicas, sociedades de economia mista. Por outro lado, o serviço público também pode ser
executado por particulares, por meio de concessão, permissão, autorização. Importante dizer ainda que
todas estas figuras que integram a administração indireta têm de comum entre si os seguintes itens:
a) Serviços delegáveis e indelegáveis: Serviços delegáveis são aqueles que por sua natureza, ou
pelo fato de assim dispor o ordenamento jurídico, comportam ser executados pelo estado ou por
particulares colaboradores.
Ex: serviço de abastecimento de água e energia elétrica
Serviços indelegáveis são aqueles que só podem ser prestados pelo Estado diretamente, por seus
órgãos ou agentes.
Ex: serviço de segurança nacional.
c) Serviços coletivos (uti universi) e singulares (uti singuli): Coletivo. São serviços gerais,
prestados pela Administração à sociedade como um todo, sem destinatário determinado e são mantidos
pelo pagamento de impostos.
Ex: serviço de iluminação pública e segurança pública
Serviços singulares são os individuais onde os usuários são determinados e são remunerados pelo
pagamento de taxa ou tarifa.
Ex: serviço de telefonia domiciliar
d) Serviços sociais e econômicos: Serviços sociais são os que o Estado executa para atender aos
reclamos sociais básicos e representam; ou uma atividade propiciadora de comodidade relevante; ou
serviços assistenciais e protetivos.
Ex: serviços de educação e saúde.
Serviços econômicos são aqueles que, por sua possibilidade de lucro, representam atividades de
caráter industrial ou comercial.
Ex: serviço de telefonia e fornecimento de gás canalizado.
8
https://sites.google.com/site/zeitoneglobal/parte-especial-1/1-01-servico-publico
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Os serviços públicos podem ser prestados de forma abstrata, difusa, à toda coletividade, sem
particularização ou individualização da prestação (educação, a saúde pública, a iluminação pública, a
segurança pública, a limpeza pública, coleta de lixo, calçamento e outros), que são remunerados por via
necessariamente tributária.
Em contrapartida, existem serviços cuja prestação é especifica, mensurável, individual, ou seja, se
apresenta de forma concreta ao usuário, o que gerará um direito subjetivo de prestação. A fruição destes
serviços não será homogênea para todos os usuários, que poderão utilizá-los em intensidades diversas,
de acordo com a necessidade de cada um. São serviços como energia elétrica, telefonia, gás, água
encanada e transporte coletivo. Eles são específicos, que significa dizer que são prestados de uma forma
autônoma, destacada e são também divisíveis, em que o uso efetivo ou potencial pode ser aferido
individualmente. Estes serviços serão remunerados por Taxas de serviços (que diferem das taxas de
polícia) ou por tarifas (também chamadas de preços), já que este tipo de serviço público pode ser objeto
de delegação.
- Taxa: Taxa é o tributo cobrado de alguém que se utiliza, ou possui à sua disposição, serviço público
especial e divisível, de caráter administrativo ou jurisdicional. Serviço divisível é aquele que pode ser
mensurado, medido, ter sua quantidade aferida por algum instrumento, ser prestado de forma
individualizada ao usuário. Está capitulado no art. 79, III do CTN. Entendem-se divisíveis, os serviços
quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos usuários.
- Tarifa: Também conhecida como preço público, é o valor cobrado pela prestação de serviços públicos
por empresas públicas, sociedades de economia mista, empresas concessionárias e permissionárias de
serviços públicos (art. 2° e 3° do Código de Defesa do Consumidor). Aqui, o Estado também presta serviço
público, mas por meio dos órgãos da administração indireta, ao contrário do tributo taxa, cobrado pelos
órgãos da Administração Direta, que podem, inclusive, celebrar contratos administrativos para a
prestação de serviços taxados. Tarifa é um instituto típico de direito privado, existente em uma relação de
consumo, em que há a autonomia da vontade, a liberdade de contratar e de discutir cláusulas e condições
de contrato, ou seja, do pacta sunt servanda.
- Imposto: quando se trata de serviços públicos uti universi, não há que se falar em remuneração, mas
em prestação custeada pelas receitas oriundas de impostos. Ex: serviço de limpeza e conservação de
logradouros públicos.
Usuário do serviço público: o usuário do serviço público não é necessariamente o destinatário final.
Podem ser usuários tanto o indivíduo que recebe energia ou serviço de telecomunicações em sua
residência, como uma pessoa jurídica que utiliza a energia elétrica ou a telecomunicação como insumo
em sua atividade comercial.
Os usuários dos serviços públicos têm direito ao recebimento do serviço e indenização no caso de ser
mal prestado ou interrompida a prestação, provocando prejuízos ao particular.
Os usuários dos serviços públicos devem obedecer aos requisitos de ordem administrativa,
apresentando dados que a administração requisitar, tais como os de ordem técnica que são condições
necessárias para Administração prestar o serviço e os de ordem pecuniária, no que diz respeito à
remuneração do serviço. Vamos fazer a leitura do artigo 7º da Lei 8.987/95. Essa lei dispõe sobre o regime
de concessão e permissão da prestação de serviços públicos previsto no art. 175 da Constituição Federal:
Dentro deste contexto, observados os aspectos comuns a todas elas, passaremos agora a estabelecer
uma definição de cada uma procurando ressaltar seus aspectos característicos, permitindo a visualização
das diferenças entre elas.
Art. 7º. Sem prejuízo do disposto na Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990, são direitos e obrigações
dos usuários:
I - receber serviço adequado;
II - receber do poder concedente e da concessionária informações para a defesa de interesses
individuais ou coletivos;
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III - obter e utilizar o serviço, com liberdade de escolha entre vários prestadores de serviços, quando
for o caso, observadas as normas do poder concedente.
IV - levar ao conhecimento do poder público e da concessionária as irregularidades de que tenham
conhecimento, referentes ao serviço prestado;
V - comunicar às autoridades competentes os atos ilícitos praticados pela concessionária na prestação
do serviço;
VI - contribuir para a permanência das boas condições dos bens públicos através dos quais lhes são
prestados os serviços.
1. Prestação Direta: É a prestação do serviço pela Administração Pública Direta, que pode se realizar
de duas maneiras:
a) pessoalmente pelo Estado: quando for realizada por órgãos públicos da administração direta.
b) com auxílio de particulares: quando for realizada licitação, celebrando contrato de prestação de
serviços. Apesar de feita por particulares, age sempre em nome do Estado, motivo pelo qual a reparação
de eventual dano é de responsabilidade do Estado.
2. Prestação Indireta por outorga: nesse caso a prestação de serviços públicos pode ser realizada
por pessoa jurídica especializada criada pelo Estado, se houver lei específica. Este tipo de prestação é
feita pela Administração Pública Indireta, ou seja, pelas autarquias, fundações públicas, associações
públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista. A responsabilidade pela reparação de
danos decorrentes da prestação de serviços, neste caso, é objetiva e do próprio prestador do serviço,
mas o Estado (Administração Direta) tem responsabilidade subsidiária, caso a Administração Indireta não
consiga suprir a reparação do dano. Outrossim, a remuneração paga pelo usuário tem natureza de taxa.
3. Prestação Indireta por delegação: é realizada por concessionários e permissionários, após regular
licitação. Se a delegação tiver previsão em lei específica, é chamada de concessão de serviço público e
se depender de autorização legislativa, é chamada de permissão de serviço público.
A prestação indireta por delegação só pode ocorrer nos chamados serviços públicos uti singuli e a
responsabilidade por danos causados é objetiva e direta das concessionárias e permissionárias, podendo
o Estado responder apenas subsidiariamente.
Outrossim, a natureza da remuneração para pelo usuário é de tarifa ou preço público.
Vale lembrar, que o poder de FISCALIZAÇÃO da prestação de serviços públicos é sempre do Poder
Concedente.
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou
permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Parágrafo único. A lei disporá sobre:
I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial
de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da
concessão ou permissão;
II - os direitos dos usuários;
III - política tarifária;
IV - a obrigação de manter serviço adequado.
Note-se que o dispositivo não faz referência à autorização de serviço público, talvez porque os
chamados serviços públicos autorizados não sejam prestados a terceiros, mas aos próprios particulares
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beneficiários da autorização; são chamados serviços públicos, porque atribuídos à titularidade exclusiva
do Estado, que pode, discricionariamente, atribuir a sua execução ao particular que queira prestá-lo, não
para atender à coletividade, mas às suas próprias necessidades.
Concessão de serviço público: É a delegação da prestação do serviço público feita pelo poder
concedente, mediante licitação na modalidade concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas
que demonstrem capacidade de desempenho por sua conta e risco, com prazo determinado. Essa
capacidade de desempenho é averiguada na fase de habilitação da licitação. Qualquer prejuízo causado
a terceiros, no caso de concessão, será de responsabilidade do concessionário – que responde de forma
objetiva (art. 37, § 6.º, da CF) tendo em vista a atividade estatal desenvolvida, respondendo a
Administração Direta subsidiariamente. É admitida a subconcessão, nos termos previstos no contrato de
concessão, desde que expressamente autorizada pelo poder concedente. A subconcessão corresponde
à transferência de parcela do serviço público concedido a outra empresa ou consórcio de empresas. É o
contrato firmado por interesse da concessionária para a execução parcial do objeto do serviço concedido.
Permissão de Serviço Público: É a delegação a título precário, mediante licitação feita pelo poder
concedente à pessoa física ou jurídica que demonstrem capacidade de desempenho por sua conta e
risco.
A Lei n. 8.987/95 é contraditória quando se refere à natureza jurídica da permissão: menciona que é
“precária”, mas que será precedida de “licitação”, o que pressupõe um contrato e um contrato não pode
ser precário.
Em razão disso, diverge a doutrina.
Para Hely Lopes Meirelles, Maria Sylvia Zanella di Pietro e Celso Antonio Bandeira de Mello,
concessão é uma espécie de contrato administrativo destinado a transferir a execução de um serviço
público para terceiros; permissão é ato administrativo unilateral e precário.
Nada obstante, a Constituição Federal iguala os institutos quando a eles se refere (art. 223, §§ 4.º e
5.º):
Art. 223. Compete ao Poder Executivo outorgar e renovar concessão, permissão e autorização para o
serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens, observado o princípio da complementaridade dos
sistemas privado, público e estatal.
[...]
§ 4º O cancelamento da concessão ou permissão, antes de vencido o prazo, depende de decisão
judicial.
§ 5º O prazo da concessão ou permissão será de dez anos para as emissoras de rádio e de quinze
para as de televisão.
Autorização: É um ato administrativo unilateral, discricionário e precário, pelo qual o Poder Público
transfere por delegação a execução de um serviço público para terceiros. O ato é precário porque não
tem prazo certo e determinado, possibilitando o seu desfazimento a qualquer momento.
O que diferencia, basicamente, a autorização da permissão é o grau de precariedade. A autorização
de serviço público tem precariedade acentuada e não está disciplinada na Lei n. 8.987/95. É aplicada
para execução de serviço público emergencial ou transitório (Exemplo: serviço de táxi; serviços de
despachantes; serviço de guarda particular em estabelecimentos; serviços de pavimentação de ruas pela
própria população etc.).
Relativamente à permissão de serviço público, as suas características assim se resumem:
1. é contrato de adesão, precário e revogável unilateralmente pelo poder concedente (em
conformidade com o art. 1 75, parágrafo único, inciso I, da Constituição, e do art. 40 da Lei nº 8987/95),
embora tradicionalmente seja tratada pela doutrina como ato unilateral, discricionário e precário, gratuito
ou oneroso, intuitu personae.
2. depende sempre d e licitação, conforme artigo 1 75 da Constituição;
3. seu objeto é a execução d e serviço público, continuando a titularidade do serviço com o Poder
Público;
4. o serviço é executado e m nome d o permissionário, por sua conta e risco;
5. o permissionário sujeita-se à s condições estabelecidas pela Administração e a sua fiscalização;
6. como ato precário, pode ser alterado ou revogado a qualquer momento pela Administração, por
motivo de interesse público;
7. não obstante seja de sua natureza a outorga sem prazo, tem a doutrina admitido a possibilidade de
fixação de prazo, hipótese em que a revogação antes do termo estabelecido dará ao permissionário direito
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à indenização; é a modalidade que Hely Lopes Meirelles denomina de permissão condicionada e
Cretella Júnior de permissão qualificada.
Questões
03. (ANS - Ativ. Tec. de Suporte – Direito – FUNCAB/2015). Marque a opção correta, a respeito do
serviço público.
(A) Sobre as concessões de serviços público e de obras públicas e as permissões de serviços públicos
reger-se-ão, exclusivamente, nos termos da lei que trata das licitações e contratos administrativos.
(B) Sobre a concessão de serviço público precedida da execução de obra pública, a construção, total
ou parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse público,
delegada pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência e tomada de preço,
à pessoa física e jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para a sua realização,
por sua conta e risco, de forma que o investimento da concessionária seja remunerado e amortizado
mediante a exploração do serviço ou da obra por prazo determinado.
(C) Sobre a concessão de serviço público, a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente,
mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa física ou jurídica, ou consórcio de empresas
que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado.
(D) Sobre o poder concedente, são eles a União, o Estado, o Distrito Federal, o Município ou o território,
em cuja competência se encontre o serviço público, precedido ou não da execução de obra pública e
licitação, objeto de concessão ou permissão.
(E) Sobre a permissão de serviço público, a sua delegação, a título precário, mediante licitação, da
prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre
capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.
04. (CRC/RO – Contador – FUNCAB/2015) Serviços públicos classificados como “uti universí' ou
gerais:
(A) são prestados a usuários determinados.
(B) são custeados pela receita de impostos.
(C) podem ser dados em concessão.
(D) são prestados por entes privados.
(E) podem ser remunerados por taxas.
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05. (MPE/SP – Analista de Promotoria – Vunesp/2015) A respeito da encampação nos contratos de
concessão de serviço público, é correto afirmar que:
(A é medida facultativa da concessionária.
(B) deve ser precedida de lei autorizativa específica e de pagamento da indenização.
(C) não é permitida por lei.
(D) é medida impositiva do poder concedente após o término da concessão.
(E) ocorre durante a concessão, por motivo de interesse público, sem direito à indenização.
06. (TJ/SP - Juiz Substituto – VUNESP/2015). Sobre os serviços públicos, assinale a alternativa
correta.
(A) As tarifas de remuneração da prestação de serviços públicos concedidos deverão ser fixadas pelo
preço da proposta vencedora da licitação nos termos de sua proposta e sua cobrança poderá ser
condicionada à existência de serviço alternativo e gratuito para o usuário.
(B) A prestação de serviço público diretamente pelo poder público é imune à aplicação do regime de
proteção contido no Código de Defesa do Consumidor por caracterizar relação de prestação ao usuário
e não relação de consumo.
(C) Os serviços públicos previstos na Constituição que sejam passíveis de concessão aos particulares
só poderão ser remunerados por meio de tarifas.
(D) A prestação do serviço público não pode ser interrompida por inadimplemento do usuário no
pagamento das tarifas, pois sendo um serviço essencial, o corte fere o princípio da dignidade da pessoa
humana.
07. (TJ/BA - Técnico Judiciário - Área Administrativa – FGV/2015). Em tema de serviços públicos,
a doutrina de Direito Administrativo ensina que se aplica especificamente o princípio da:
(A) autotutela, o qual indica que a Administração Pública ou o concessionário (no caso de delegação),
ao prestar os serviços públicos, gozam de liberdade de gestão, podendo aumentar unilateralmente as
tarifas para manter a lucratividade da atividade;
(B) modicidade, segundo o qual os serviços públicos devem ser remunerados a preços módicos,
devendo o Poder Público calcular o valor das tarifas com vistas à eficiência e lucros máximos;
(C) supremacia do interesse público, segundo o qual as atividades administrativas e os serviços
públicos são prestados pelo Estado para benefício do particular individualmente considerado em
detrimento da coletividade;
(D) continuidade, o qual indica que os serviços públicos não devem sofrer interrupção, ou seja, sua
prestação deve ser contínua para evitar que a paralisação provoque colapso nas múltiplas atividades
particulares;
(E) indisponibilidade, o qual indica que a Administração Pública ou o concessionário (no caso de
delegação), ao prestar os serviços públicos, tem a livre disposição dos bens e interesses públicos.
08. (TER/SE -Técnico Judiciário - Área Administrativa – FCC/2015). A cortesia constitui um dos
princípios que regem os serviços públicos. Exemplo de sua aplicação é
(A) modicidade das tarifas, de modo a não onerar os usuários dos serviços públicos.
(B) isenção de tarifas para administrados que assim necessitem.
(C) tratamento educado, prestativo e respeitoso aos usuários dos serviços públicos.
(D) eficiência na prestação dos serviços públicos.
(E) trazer ao conhecimento público e geral dos administrados a forma como o serviço foi prestado, os
gastos e a disponibilidade de atendimento.
09. (TRT - 23ª REGIÃO (MT) -Juiz do Trabalho Substituto – FCC/2015). O conceito de serviço
público sofreu sucessivas atualizações em seu conteúdo ao longo do tempo, sendo essa expressão citada
em inúmeros artigos na Constituição Federal, tal como no artigo 175, que assim dispõe “incumbe ao
Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através
de licitação, a prestação de serviços públicos”. Não obstante os variados conceitos e entendimentos
doutrinários,
(A) o critério subjetivo não define serviço público, mas é imprescindível que o Poder Público remanesça
prestando diretamente alguma parcela de determinada atividade assim definida, característica que não
se mostra presente naquele conceito no caso de delegação da totalidade da prestação para a iniciativa
privada.
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(B) o critério material é insuficiente para definir serviço público, pois se limita a identificar os
destinatários finais da atividade para analisar se há fruição coletiva, condição para enquadramento
naquele conceito.
(C) o conceito de serviço público sofreu alteração em seu conteúdo para que passasse a ser
identificado não pela legislação, mas também pelo critério formal, tendo em vista que somente podem ser
prestados pelo regime jurídico de direito público, vedada inferência do direito comum.
(D) o conteúdo de serviço público é contemporaneamente definido pela presença do viés social, na
medida em que o serviço de interesse econômico geral afastou-se daquele conceito quando se tornou
possível delegá-lo à iniciativa privada.
(E) remanescem abrangidas pelo conceito de serviço público as atividades previstas em lei que tenham
interesse econômico, podendo se tornar atrativas para o mercado privado, tal como nas concessões e
permissões previstas no dispositivo supra indicado, critério subjetivo que não altera o conteúdo da
definição.
10. (PC/TO - Agente de Polícia – Aroeira/2014). Contrato por meio do qual a Administração Pública
delega a execução material de serviços públicos a pessoas jurídicas ou consórcio de empresas, mediante
prévia licitação na modalidade concorrência, por prazo determinado, normalmente pelo tempo necessário
para amortização dos investimentos. Essa definição se ajusta à figura da:
(A) concessão
(B) permissão.
(C) privatização
(D) autorização.
12. (TCE/AP - Analista de Controle Externo - Meio Ambiente – FCC/2012). Os serviços públicos
(A) devem ser sempre prestados pelo poder público, em face de seu caráter essencial.
(B) podem ter sua titularidade transferida a entidade privada, quando de natureza econômica, mediante
concessão.
(C) podem ser prestados por particular, apenas a título precário, mediante permissão.
(D) não são passíveis de cobrança de tarifa, exceto quando submetidos, por lei, ao regime de
concessão.
(E) constituem obrigação do poder público, que pode prestá-los diretamente ou mediante concessão
ou permissão, sempre através de licitação.
Respostas
01. Resposta: C
Permissão: é ato precário, discricionário, intuito personae (pessoal) e exige a realização de
procedimento licitatório. Grande parte dos doutrinadores o considera como unilateral, embora haja a
celebração de um contrato de adesão entre a Administração e o licitante vencedor;
02. Resposta: C
Os serviços públicos uti singuli, ou serviços individuais, são prestados de modo a criar benefícios
individuais a cada usuário, podendo ser concedidos e custeados pela cobrança de taxas.
03. Resposta: E
Lei nº 8987/1995
Art. 2o Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se:
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( )IV - permissão de serviço público: a delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação
de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade
para seu desempenho, por sua conta e risco.
04. Resposta: B
Os serviços gerais são prestados para a sociedade como um todo, portanto não há destinatário
específico. Justamente por isso são custeados pelos impostos.
05. Resposta: B
A alternativa correta está de acordo com o art. 37 da Lei nº 8.987/95.
06. Resposta: A
Art. 9º, Lei 8987/1995. A tarifa do serviço público concedido será fixada pelo preço da proposta
vencedora da licitação e preservada pelas regras de revisão previstas nesta Lei, no edital e no contrato.
07. Resposta: D
O princípio da continuidade compreende que os serviços públicos não podem sofrer interrupção para
que sua paralisação não cause colapso nas atividades realizadas pelos particulares.
08. Resposta: C
O princípio da cortesia constitui direito do usuário e dever do fornecedor de proporcionar um tratamento
educado, prestativo e respeitoso ao usuário.
09. Resposta: E
Remanescem abrangidas pelo conceito de serviço público as atividades previstas em lei que tenham
interesse econômico, podendo se tornar atrativas para o mercado privado, tal como nas concessões e
permissões previstas no dispositivo supra indicado, critério subjetivo que não altera o conteúdo da
definição. Em caso de interesse coletivo o Estado pode prestar serviços natureza privada, concorrendo
em igualdade os particulares. (art. 175, CF).
10. Resposta: A
Art. 2º, Lei 8987/95: Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se:
( )
II - concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante
licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre
capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado.
11. Resposta: A
A autorização apresenta três modalidades:
a) autorização de uso – em que um particular é autorizado a utilizar bem público de forma especial,
como na autorização de uso de uma rua para realização de uma quermesse.
b) autorização de atos privados controlados – em que o particular não pode exercer certas atividades
sem autorização do poder público, são atividades exercidas por particulares mas consideradas de
interesse público.
12. Resposta: E
Art. 175, CF Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou
permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
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Bens públicos;
Bens Públicos são todos aqueles que integram o patrimônio da Administração Pública direta e indireta.
Todos os demais são considerados particulares.
Segundo HELY LOPES MEIRELLES, bens públicos, “em sentido amplo, são todas as coisas,
corpóreas ou incorpóreas, imóveis, móveis e semoventes, créditos, direitos e ações, que pertençam, a
qualquer título, às entidades estatais, autárquicas, fundacionais e empresas governamentais.”. Portanto,
segundo este conceito, a categoria de bem público abrange inclusive o patrimônio das entidades estatais
dotadas de personalidade jurídica de direito privado. Seguindo esta linha, domínio público é o conjunto
de bens públicos, não importando se o bem pertence realmente ao Estado, pois, bens particulares que
estejam ligados à realização de serviços públicos também são considerados bens públicos.
O regime de terras públicas passou por intensas modificações, durante o transcorrer da história.
Inicialmente, as terras pertenciam à Coroa Portuguesa, eis que se tratava de aquisição originária, o que
refletiu no direito de conquista.
As concessões de data, por sua vez, “era a doação que as Municipalidades faziam de terrenos das
cidades e vilas para a edificação particular”. Estas concessões eram outorgadas a título gratuito. A
transferência de terras públicas aos particulares poderia se dar por intermédio de compra e venda,
doação, permuta e legitimação de posses.
A Lei Imperial Nº 601, de 18.09.1850, que dispõe sobre as terras devolutas do Império, foi responsável
por traçar os aspectos conceituais de terras devolutas, ordenando que sua alienação se desse por venda,
e não mais gratuitamente, exceto específicas áreas localizadas em zonas limítrofes com outros países,
numa faixa de dez léguas, as quais poderiam ser outorgadas gratuitamente. O aludido diploma foi
responsável, ainda, por versar sobre a revalidação das concessões de sesmarias e outras do Governo
geral e provincial; sobre a legitimação das posses, estabeleceu o comisso; e, instituiu o processo de
discriminação das terras públicas das particulares.
“Não é, portanto, desarrazoada a regra segundo a qual toda terra, sem título de propriedade particular,
se insere no domínio público”10
A concessão desse regime jurídico decorre dos interesses que o Poder Público representa quando
atua.
a) Alienabilidade Condicionada – os bens de uso comum e os bens de uso especial não podem ser
alienados, apenas os bens dominicais são passíveis de alienação desde que preenchido algumas
condições especiais.
b) Imprescritibilidade – significa que os bens públicos são insuscetíveis de aquisição por usucapião
(arts. 183, § 3º e 191, parágrafo único, CF).
c) Impenhorabilidade – é protegida a propriedade dos bens públicos, não permitindo que sobre eles
recaia penhora.
d) Imunidade de Impostos – vedação a instituição de impostos sobre o patrimônio público (art. 150, IV
CF).
9
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 24 ed, rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, 2011, p. 1.106.
10
CARVALHO FILHO, 2011, p. 1.106.
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e) Não-oneração - É a impossibilidade que os bens públicos sejam gravados com direito real de
garantia em favor de terceiros. Desta forma, sabe-se que os bens públicos não podem ser objeto de
Hipoteca.
Alienabilidade condicionada
Para sabermos quais as condições para se alienar um bem devemos entender que os bens de uso
comum do povo e os bens de uso especial não são alienáveis enquanto conservarem esta qualificação,
podendo apenas serem alienáveis, após a desafetação, onde passam para a categoria de bens públicos
dominiais.
Classificação
Várias são as classificações trazidas pela doutrina, entretanto as mais de maior relevância e
vultuosidade diz respeito à titularidade e destinação do bem.
b. Quanto à sua destinação: sem dúvidas, esse tipo de classificação é a que mais é cobrada em
concursos públicos.
Quanto à classificação dos bens públicos, a primeira classificação aconteceu no Código Civil de 1916.
No Código Civil de 2002, manteve-se a mesma classificação, que são os bens de uso comum do povo,
os de uso especial, os dominicais, com a diferença que nesse novo instituo inclui-se entre os bens
públicos os pertencentes às pessoas jurídicas de direito público
O art. 99 do Código Civil utilizou o critério da destinação ou afetação do bem para classifica-los:
- Bens de uso comum: São aqueles destinados ao uso indistinto de toda a comunidade, bens que
não devem ser submetidos à fruição privada de ninguém. Exemplo: Mar, rio, rua, praça, estradas,
parques.
O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou oneroso, conforme for estabelecido por meio da
lei da pessoa jurídica a qual o bem pertencer (art. 103 CC). Ex: Zona azul nas ruas e zoológico. O uso
desses bens públicos é oneroso.
- Bens de uso especial: São aqueles destinados a uma finalidade específica. Exemplo: Bibliotecas,
teatros, escolas, fóruns, quartel, museu, repartições públicas em geral.
Eis que se vislumbra os bens de uso especial indireto, quando isso acontece, o ente público não usa
os bens diretamente, porém os conserva para garantir proteção a determinado bem jurídico, que seja de
interesse coletivo. Ex: terras ocupadas pelos índios.
- Bens dominicais: Não estão destinados nem a uma finalidade comum e nem a uma especial.
“Constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal ou real,
de cada uma dessas entidades” (art. 99, III do CC). Os bens dominicais representam o patrimônio
disponível do Estado, pois não estão destinados a nenhuma finalidade, e em razão disso o Estado figura
como proprietário desses bens. Exemplo: Terras devolutas.
Esses bens apenas possuem a qualidade de bem público por pertencerem a determinada pessoa
jurídica de direito público.
Estes bens podem ser alienados, se forem respeitadas as peculiaridades encontradas no artigo 17 da
Lei 8.666/1993
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Afetação e Desafetação
Esses dois institutos acontecem pelo fato do bem público desafetado passar a ter destinação pública
específica, que ocorre por afetação, assim como um bem que tem destinação pública específica que pode
deixar de ostentar a qualidade de bem afetado, por meio de desafetação.
Nada impede que o bem que foi afetado, seja desafetado posteriormente, desde que não haja mais
interesse público em utilizar o bem. Ocorrendo a desafetação, o bem fica passível de alienação, já que
retirou-se a sua destinação pública, deixando de ser comum ou especial, passando a ser dominical.
O simples desuso do bem, não autoriza a desafetação, dependendo de lei específica ou manifestação
do Poder Público, mediante ato administrativo expresso. Haverá a possibilidade de desafetação de bens
de uso especial por fatores da natureza, como é o caso do incêndio em escola pública.
CARACTERÍSTICAS
Inalienabilidade
Regra geral: Os bens públicos não podem ser alienados (vendidos, permutados ou doados).
Exceção: Os bens públicos podem ser alienados se atenderem aos seguintes requisitos:
- Caracterização do interesse público.
- Realização de pesquisa prévia de preços. Se vender abaixo do preço causando atos lesivos ao
patrimônio público cabe ação popular.
- Desafetação dos bens de uso comum e de uso especial: Os bens de uso comum e de uso especial
são inalienáveis enquanto estiverem afetados. - “Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso
especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar” (art.
100 do CC).
- Os bens dominicais não precisam de desafetação para que sejam alienados. - “Os bens públicos
dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei” (art. 101 do CC).
- Necessidade de autorização legislativa em se tratando de bens imóveis (art. 17 da lei 8666/93). Para
bens móveis não há essa necessidade.
- Abertura de licitação na modalidade de concorrência ou leilão: O legislador trouxe no artigo 17
algumas hipóteses de dispensa de licitação, sendo estas: Dispensa de licitação para imóveis: Dação
em pagamento (art. 17, I, “a” da Lei 8666/93); Doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou
entidade da Administração Pública, de qualquer esfera de Governo (art. 17, I, “b” da Lei 8666/93);
Permuta, por outro imóvel que atende os requisitos constantes do inciso X do art. 24 desta lei (art. 17, I,
“c” da Lei 8666/93), Investidura (art. 17, I, “d” da Lei 8666/93); Venda a outro órgão ou entidade da
Administração Pública, de qualquer esfera de governo (art. 17, I, “e” da Lei 8666/93); Alienação,
concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis construídos e destinados
ou efetivamente utilizados no âmbito de programas habitacionais de interesse social, por órgãos ou
entidades da Administração Pública especificamente criados para esse fim (art. 17, I, “f” da Lei 8666/93).
Dispensa de licitação para móveis: Doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse
social, após a avaliação de sua oportunidade e conveniência socioeconômica, relativamente à escolha
de outra forma de alienação (art. 17, II, “a” da Lei 8666/93); Permuta, permitida exclusivamente entre
órgãos ou entidades da Administração Pública (art. 17, II, “b” da Lei 8666/93); Venda de ações, que
poderão ser negociadas na bolsa, observada a legislação específica (art. 17, II, “c” da Lei 8666/93); Venda
de títulos, na forma da legislação pertinente (art. 17, II, “d” da Lei 8666/93); Venda de bens produzidos ou
comercializados por órgãos ou entidades da Administração Pública, em virtude de suas finalidades (art.
17, II, “e” da Lei 8666/93); Venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou entidades da
Administração Pública, sem utilização previsível por quem deles dispõe (art. 17, II, “f” da Lei 8666/93).
Imprescritibilidade
É a característica dos bens públicos que impedem que sejam adquiridos por usucapião. Os imóveis
públicos, urbanos ou rurais, não podem ser adquiridos por usucapião.
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“Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião” (art. 183 e 191, parágrafo único da CF).
“Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião” (art. 101 do CC).
“Desde a vigência do Código Civil (CC/16), os bens dominicais, como os demais bens públicos, não
podem ser adquiridos por usucapião” (súmula 340 do STF).
Impenhorabilidade
É a característica dos bens públicos que impedem que sejam eles oferecidos em garantia para
cumprimento das obrigações contraídas pela Administração junto a terceiros.
Os bens públicos não podem ser penhorados, pois a execução contra a Fazenda Pública se faz de
forma diferente. “À exceção dos créditos de natureza alimentícia, os pagamentos devidos pela Fazenda
Federal, Estadual, ou Municipal, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem
cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação
de casos ou pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim” (art.
100 da CF).
Regra geral: A execução contra a Fazenda se faz através da expedição de precatórios (títulos emitidos
a partir de sentença com trânsito em julgado que o torna legitimo credor da Administração Pública). Só
serão incluídos no orçamento os precatórios apresentados até 01/07, pois é nesta data que começa a
discussão do orçamento para o ano seguinte (art. 100, §1º da CF).
Ordem cronológica de apresentação dos precatórios: Os precatórios devem ser liquidados na ordem
cronológica de sua apresentação e não podem conter nome de pessoas e nem dados concretos (princípio
da impessoalidade).
O pagamento fora da ordem cronológica de sua apresentação pode gerar, por parte do credor
prejudicado, um pedido de sequestro de quantia necessária a satisfação do seu débito, além da
possibilidade intervenção federal ou estadual – “As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão
consignados diretamente ao Poder Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão
exequenda determinar o pagamento segundo as possibilidades do depósito, e autorizar, a requerimento
do credor, e exclusivamente para o caso de preterimento de seu direito de precedência, o sequestro da
quantia necessária à satisfação do débito” (art. 100, §2º da CF).
“O Presidente do Tribunal competente, que por ato comissivo ou omissivo, retardar ou tentar frustrar a
liquidação regular de precatório incorrerá em crime de responsabilidade” (art. 100, §6º da CF).
Não-onerabilidade
Os bens públicos não podem ser objeto de direito real de garantia, ou seja, um determinado bem não
se sujeita à instituição de penhor, anticrese ou hipoteca para garantir débitos do ente estatal.
Dessa forma, o ente público jamais pode oferecer um bem público como garantia real dos débitos por
eles contraídos, até mesmo porque essa garantia não poderia ser executada, havendo inadimplemento
da obrigação estatal.
Administração
A administração dos bens públicos é feita pelo Estado, que tem o chamado domínio público, que é o
poder de senhorio que o Estado exerce sobre os bens públicos, bem como a capacidade de regulação
estatal sobre os bens do patrimônio privado.11
Para Hely Lopes Meirelles, em seu livro, Direito Administrativo Brasileiro, o domínio público é composto
por diversos subdomínios:
- domínio terrestre;
- domínio hídrico;
- domínio mineral;
- domínio florestal;
- domínio da fauna;
- domínio espacial;
- domínio do patrimônio histórico;
- domínio do patrimônio genético;
- domínio ambiental.
A expressão domínio público se refere ao poder que tem o Estado de regulamentar os seus próprios
bens e os particulares de interesse público. Pode-se dizer que, por meio do domínio público o Estado
pode interferir em todos os bens que representem interesse para a coletividade.
11
MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. Ed. Saraiva. 4ª edição. 2014
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A interferência estatal pode se dar por meio de proteção, como no exemplo das florestas ou de
imposições de limitações.
AQUISIÇÃO E ALIENAÇÃO
A aquisição de bens públicos pode se dar por meio de contratos, fenômenos da natureza ou por meio
de lei, de modo que essas aquisições podem ocorrer de forma originária ou derivada.
A aquisição originária ocorre independentemente da vontade do transmitente. O bem vai se incorporar
ao patrimônio público sem nenhuma espécie de restrição ou ônus. Exemplo: usucapião, desapropriação.
a. Aquisição por Contrato – os contratos de aquisição celebrados pelo Poder Público não têm
natureza de contratos administrativos, são celebrados sob o regime de direito privado, respeitando-se as
limitações e princípios de Direito Administrativo.
Contrato, em regra, é um acordo de vontade mas, como o objeto desse contrato é um bem público
deve-se seguir as disposições
b. Aquisição legal ou por fenômenos da natureza: em alguns casos, a aquisição de bens pelo Poder
Público depende de previsão em lei ou na constituição.
São exemplos:
- desapropriação;
- usucapião;
- acessão natural;
- testamento e herança jacente;
- reversão dos bens;
- pena de perdimento de bens;
- perda de bens.
Requisitos da Alienação:
a) Bens imóveis:
- autorização legislativa;
- interesse público devidamente justificado;
- avaliação prévia; e
- licitação sobre a modalidade de concorrência, dispensada nos casos de: dação em pagamento,
doação, permuta, investidura, venda a outro órgão ou entidade da Administração Pública, alienação
gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens
imóveis residenciais construídos, destinados ou efetivamente utilizados no âmbito de programas
habitacionais ou de regularização fundiária, procedimentos de legitimação de posse.
c) Bens Móveis:
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- interesse público devidamente justificado;
- avaliação prévia;
- licitação.
As regras sobre o uso do bem público são de competência daquele que detém a sua propriedade, isto
é da União, dos Estados, Municípios e Distrito Federal.
“É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios zelar pela guarda
da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público” (art. 23, I da
CF).
“Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e
instalações, conforme dispuser a lei” (art. 144, §8º da CF). Ex: Para se fazer uma passeata não é
necessário autorização, mas deve-se avisar o Poder Público para preservação dos bens dos quais tenha
titularidade.
O uso normal diz respeito a conformidade com a destinação principal do bem. Ex: rua aberta para
circulação de carros e pessoas
O uso anormal é aquele que atende as finalidades diversas ou acessórias, entrando em contradição
com aquela destinação. Ex: rua utilizada para comportar os brinquedos de criança na época do Natal.
As utilizações anormais devem ser consentidas quando forem compatíveis com o fim principal a que o
bem está afetado, desde que não impeça ou prejudique o uso anormal do bem.
O uso dos bens públicos pode ser feito pela própria pessoa que detém a propriedade ou por
particulares, quando for transferido o uso do bem público. Tal transferência se dá através de autorização,
concessão e permissão de uso.
Ex: Empreiteira que está construindo uma obra pede para usar uma área pública em que irá instalar
provisoriamente o seu canteiro de obra; Fechamento de ruas por um final de semana; Fechamento de
ruas do Município para transportar determinada carga. Difere-se da permissão de uso de bem público,
pois nesta o uso é permanente (Ex: Banca de Jornal) e na autorização o prazo máximo estabelecido na
Lei Orgânica do Município é de 90 dias (Ex: Circo, Feira do livro).
Ela pode ser simples, ou seja, sem prazo ou qualificada, quer dizer, com prazo. Os casos em que se
tem a autorização qualificada está na Lei nº 9.433/1997, que institui a Política Nacional de Recursos
Hídricos, sendo que a outorga não pode exceder a 35 anos.
Com a fixação do prazo, tira-se o caráter de precariedade que é conferido a autorização, vinculando a
Administração à obediência do prazo, e criando para o particular, direito subjetivo ao exercício da
utilização até o termo final previamente estabelecido, caso motivos de interesse público obrigarem à
revogação extemporânea, ficando o poder público na contingência de ter que pagar indenização ao
particular.
- Permissão de uso: É o ato administrativo unilateral, discricionário, precário e negocial (com ou sem
condições, gratuito ou oneroso, por tempo certo ou determinado), através do qual transfere-se o uso do
bem público para particulares por um período maior que o previsto para a autorização. Ex: Instalação de
barracas em feiras livres; instalação de Bancas de jornal; Box em mercados públicos; Colocação de
mesas e cadeiras em calçadas.
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- Concessão de uso: é o contrato administrativo pelo qual o Poder Público atribui a utilização
exclusiva de um bem de seu domínio a um particular, para que o explore por sua conta e risco, segundo
a sua específica destinação. O que caracteriza a concessão de uso das demais é o caráter contratual e
estável da utilização do bem público, para que o particular concessionário o explore consoante a sua
destinação legal e nas condições convencionadas com a Administração concedente. A concessão de uso
gera direitos ao concessionário, inclusive à indenização pelos investimentos realizados e não
amortizados.
1) Concessão comum de uso ou Concessão administrativa de uso: É o contrato por meio do qual
delega-se o uso de um bem público ao concessionário por prazo determinado. Por ser direito pessoal não
pode ser transferida, “inter vivos” (entre pessoas vivas) ou “causa mortis” (relações que produzem efeitos
somente após a morte), a terceiros. Ex: Área para parque de diversão; Área para restaurantes em
Aeroportos; Instalação de lanchonetes em zoológico.
2) Concessão de direito real de uso ou de domínio pleno: É o contrato por meio do qual delega-se
se o uso em imóvel não edificado para fins de edificação; urbanização; industrialização; cultivo da terra.
(Decreto-lei 271/67). Delega-se o direito real de uso do bem.
3) Cessão de uso: É o contrato administrativo através do qual transfere-se o uso de bem público de
um órgão da Administração para outro na mesma esfera de governo ou em outra.
4) Aforamento: É o instituto que permite à Administração atribuir ao particular o domínio útil de um
imóvel público mediante pagamento de valor certo, invariável e anual, que recebe o nome de foro ou
pensão. Por meio do aforamento, também chamado enfiteuse, transfere-se a posse plena e o uso e gozo
da coisa, podendo o enfiteuta alienar e transmitir hereditariamente o bem.
Não se confunde com a concessão de direito real de uso, que exige finalidade específica. É um instituto
civil (art. 678 a 694 do Código Civil e art. 99 a 124 do Decreto-lei 9760/46) que permite ao proprietário (no
caso a Administração Pública) atribuir a outrem (no caso o particular) o domínio útil de imóvel de sua
propriedade, mediante o pagamento de uma importância certa, invariável e anual, chamada foro ou
pensão. Trata-se de um direito real sobre coisa alheia, em que se confere ao titular do direito - foreiro ou
enfiteuta - a plena posse, uso e gozo da coisa, sem fins específicos, com poderes, inclusive, de aliená-la
e transmiti-la hereditariamente, desde que pague anualmente ao senhorio direto (proprietário) chamada
de foro ou pensão anual.
Quanto à proteção do patrimônio histórico, cultural e artístico nacional não há como não falar sobre o
Iphan.
O patrimônio histórico e artístico nacional foi criado em 1937 pela Lei 378, através do governo Getúlio
Vargas. Posteriormente foi promulgado o Decreto 25/1937, que organiza a “proteção do patrimônio
histórico e artístico nacional”.
O patrimônio histórico e artístico nacional é o conjunto dos bens móveis e imóveis existente no país,
cuja conservação seja de interesse público, por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil,
quer por seu excepcional valor arqueológico ou enográfico, bibliográfico ou artístico.
Ainda abarcado pelo Decreto 25/1937, devemos destacar o tombamento dos bens que compõem o
patrimônio histórico e artístico nacional. Esse instituto legal estabelece que o tombamento de ofício dos
bens pertencem à União, Estados e Municípios, por meio do diretor do Serviço do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional.
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Os bens tombados não poderão, em nenhuma oportunidade ser destruídos, demolidos ou mutilados.
Para que esses bens sejam pintados, reparados é necessário uma prévia autorização especial, sob pena
de multa de 50% do dano causado. Devemos ainda ter em mente que na vizinhança da coisa tombada
não é possível que se construa de modo a inviabilizar o bem tombado.
No que tange se refere à proteção do patrimônio mundial, cultural e natural, devemos mencionar o
Decreto Legislativo nº 74, de 30/06/1977, que aprovou o texto da Convenção à Proteção do Patrimônio
Mundial, Cultural e Natural. Um dos primeiros pontos a ser destacado na referida convenção é a
apresentação das definições de Patrimônio Cultural e Natural. O patrimônio cultural seria formado por: 1)
os monumentos: obras arquitetônicas, de escultura ou de pintura monumentais, elementos ou estruturas
de natureza arqueológica, inscrições, cavernas e grupos de elementos, que tenham um valor universal
excepcional do ponto de vista da história, da arte ou da ciência; 2) os conjuntos: grupos de construções
isoladas ou reunidas que, em virtude de sua arquitetura, unidade ou integração na paisagem, tenham um
valor universal excepcional do ponto de vista da história, da arte ou da ciência; 3) os lugares notáveis:
obras do homem ou obras conjugadas do homem e da natureza, bem como as zonas, inclusive lugares
arqueológicos, que tenham valor universal excepcional do ponto de vista histórico, estético, etnológico ou
antropológico. 12
Já o patrimônio natural seria formado por: 1) os monumentos naturais constituídos por formações
físicas e biológicas ou por grupos de tais formações, que tenham valor universal excepcional do ponto de
vista estético ou científico; 2) as formações geológicas e fisiográficas e as áreas nitidamente de limitadas
que constituam o habitat de espécies animais e vegetais ameaçados, e que tenham valor universal
excepcional do ponto de vista da ciência ou da conservação; 3) os lugares notáveis naturais ou as zonas
naturais nitidamente delimitadas, que tenham valor universal excepcional do ponto de vista da ciência, da
conservação ou da beleza natural.
Modalidades de bens
Os de uso comum do povo são aqueles que podem ser utilizados por todos, sem distinção ou
necessidade de consentimento por parte da Administração.
São exemplos: ruas, praças, lagos.
Os bens de uso especial compreendem todas as coisas, corpóreas ou incorpóreas, móveis ou imóveis,
que são utilizados pela Administração para realização de suas atividades para que se chegue a um fim a
ser atingido.
Ao se dizer que o bem de uso especial está afetado à realização de um serviço, deve-se pensar em
serviço no sentido amplo, de modo que atinja toda coletividade de interesse geral exercida sob autoridade
12
https://jus.com.br/artigos/21215/analise-dos-atuais-mecanismos-de-protecao-do-patrimonio-historico-cultural-artistico-turistico-e-paisagistico-nacional
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ou fiscalização do poder público, nem sempre se destinando ao uso direto da Administração, podendo ter
por objeto o uso por particular, como acontece com cemitérios, aeroportos.
Exemplos: imóveis onde estão instaladas as repartições públicas, os bens que são usados pelas
bibliotecas, museus, as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados.
Trata-se de bem de uso comum do povo, uma vez que pode ser utilizada por todas as pessoas.
Contudo, vale frisar um aspecto importante a respeito desse tema.
Caso grandes veículos tenham que transitar em via pública, como por exemplo em algumas cidades
quando se pretende homenagear um jogador que ganhou uma importante partida é necessária a
comunicação e autorização do poder público, tendo em vista que a função essencial da via pública não
seria esta necessariamente.
Outros exemplos podem ser citados, como a instalação de bancas de revista em passeio público e
“carrinhos de cachorro quente”.
Conforme o artigo 2º da lei 121.815/2013, o porto organizado trata-se de bem público construído e
aparelhado para atender a necessidades de navegação, de movimentação de passageiros ou de
movimentação e armazenagem de mercadorias, e cujo tráfego e operações portuárias estejam sob
jurisdição de autoridade portuária;
A Lei nº 121.815/2013 dispõe sobre a exploração direta e indireta pela União de portos e instalações
portuárias e sobre as atividades desempenhadas pelos operadores portuários.
Os terrenos da marinha pertencem aos bens da União e são medidos a partir da linha do preamar
médio de 1831 a 33 metros para o continente ou para o interior das ilhas costeiras com sede de município.
São também considerados terrenos de marinha as margens de rios e lagoas que sofrem a influência das
marés.
Os terrenos de marinha são determinados por meio de estudos técnicos com base em plantas, mapas,
documentos históricos, dados de ondas e marés.
A partir da determinação da linha do preamar médio dá-se início a delimitação dos terrenos da marinha.
A linha do preamar médio é definida pela média das marés máximas, sendo que o ano de 1831 é uma
forma de garantia jurídica, tendo em vista que se trata de um fenômeno de mudanças que ocorrem na
costa marítima em virtude do movimento da orla. A causa desses movimentos são os processos erosivos
ou aterros.
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VI - o mar territorial;
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;
VIII - os potenciais de energia hidráulica;
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.
Questões
03. (TJ/RS - Juiz de Direito Substituto – FAURGS/2016). Sobre os bens públicos, assinale a
alternativa correta.
(A) Os bens públicos são apenas aqueles que pertencem aos entes da administração direta.
(B) Os bens públicos de uso especial podem ser alienados, desde que sejam observadas as exigências
de lei.
(C) Os bens públicos de uso comum e os bens dominicais são inalienáveis enquanto conservarem a
sua qualificação, na forma que a lei determinar.
(D) As terras devolutas podem ser livremente e em qualquer hipótese usucapidas.
(E) O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido
legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
04. (CASAN - Advogado - INSTITUTO AOCP/2016). Sobre os bens públicos, assinale a alternativa
correta.
(A) É bem público de uso especial: o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto
de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
(B) A administração pública adquire patrimônio somente pela desapropriação, requisição de coisas
móveis consumíveis, aquisição por força de lei ou de processo judicial de execução, investidura.
(C) São bens públicos de uso comum do povo: rios, mares, estradas, ruas e praças. São bens públicos
dominicais: edifícios ou terrenos destinados ao serviço ou estabelecimento da administração federal,
estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias.
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(D) O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido
legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
(E) Os bens públicos são inalienáveis, sem qualquer exceção.
06. (UFPB - Administrador – IDECAN/2016). Quanto às noções de bens públicos, os bens dominicais
do Estado são também designados de bens
(A) patrimoniais ou dominiais.
(B) de uso especial ou patrimoniais.
(C) de uso comum ou de uso especial.
(D) dominiais ou de uso comum do povo.
08. (CRAISA de Santo André/SP - Advogado – CAIP-IMES/2016). A utilização de bens públicos por
particulares não se opera por:
(A) Autorização de uso e permissão de uso.
(B) Concessão de uso.
(C) Desapropriação.
(D) Concessão de direito real de uso.
09. (TJ/DFT - Juiz – CESPE/2016). Acerca dos bens públicos, assinale a opção correta.
(A) Os bens privados do Estado, que não se submetem ao regime jurídico de direito público, são
aqueles adquiridos de particulares por meio de contrato de direito privado.
(B) Bens dominicais são aqueles que podem ser utilizados por todos os indivíduos nas mesmas
condições, por determinação de lei ou pela própria natureza do bem.
(C) Os bens de uso especial do Estado são as coisas, móveis ou imóveis, corpóreas ou não, que a
administração utiliza para a realização de suas atividades e finalidades.
(D) Os bens de uso comum não integram o patrimônio do Estado, constituindo coisas que não
pertencem ao ente público ou a qualquer particular, não sendo passíveis, portanto, de aquisição por
pessoa física ou jurídica.
(E) Os bens dominicais são aqueles pertencentes ao Estado e afetados a uma finalidade específica
da administração pública.
10. (SEFAZ/PI - Auditor Fiscal da Fazenda Estadual – FCC/2015). Os bens públicos classificados
como dominicais
(A) são os materialmente utilizados pela Administração pública para a consecução de seus fins e
realização de suas atividades.
(B) podem ser usados por todos do povo, em face de sua natureza ou por determinação legal.
(C) são inalienáveis, enquanto não desafetados da função pública que lhes foi normativamente
conferida.
(D) são aqueles integrantes do domínio público do Estado e, portanto, inalienáveis.
(E) integram o domínio privado do Estado, ou seja, seu patrimônio disponível.
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Respostas
01. Resposta: D
Constituição Federal
Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados,
por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família,
adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
02. Resposta: D
Código Civil
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
03. Resposta: E
Código Civil
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido
legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
04. Resposta: D
Código Civil
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido
legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
05. Resposta: E
Art. 99. São bens públicos:
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da
administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto
de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
06. Resposta: A
Código Civil:
Art. 99. São bens públicos:
( )
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto
de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
07. Resposta: B
Código Civil:
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
08. Resposta: C
A desapropriação somente poderá ocorrer se houver necessidade pública (hipótese em que há de
risco iminente), utilidade pública (a desapropriação deverá ser conveniente e oportuna ao atendimento do
interesse público) e interesse social (objetivo de reduzir as desigualdades sociais).
09. Resposta: C
Código Civil:
Art. 99. São bens públicos:
( )
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da
administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias.
10. Resposta: E
São os bens de reserva do Estado, se não forem uma das outras 2 classificações, então será dominical,
razão pela qual é permitida a sua venda (alienabilidade), e contém, ainda, a garantia da
impenhorabilidade.
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Serviços e rotinas de protocolo, expedição e arquivo
Antes de qualquer coisa, apresentaremos os conceitos de gestão documental e protocolo, que serão
de grande importância para uma melhor compreensão do tema proposto.
É de conhecimento comum o grande avanço que a humanidade teve nos últimos anos. Dentre tais
avanços, incluem-se as áreas que vão desde a política até a tecnológica. Tais avanços contribuíram para
o aumento da produção de documentos. Cabe ressaltar que tal aumento teve sua importância para a área
da arquivística, no sentido de ter despertado nas pessoas a importância dos arquivos. Entretanto, seja
por descaso ou mesmo por falta de conhecimento, a acumulação de massas documentais desnecessárias
foi um problema que foi surgindo. Essas massas acabam por inviabilizar que os arquivos cumpram suas
funções fundamentais. Para tentar sanar esse e outros problemas, que é recomendável o uso de um
sistema de protocolo.
Durante a sua tramitação, os arquivos correntes podem exercer funções de protocolo (recebimento,
registro, distribuição, movimentação e expedição de documentos), daí a denominação comum de alguns
órgãos como Protocolo e Arquivo. E é neste ponto que os problemas têm seu início.
Geralmente, as pessoas que lidam com o recebimento de documentos não sabem, ou mesmo não
foram orientadas sobre como proceder para o documento cumpra a sua função na instituição. Para que
este problema inicial seja resolvido, a implantação de um sistema de base de dados, de preferência
simples e descentralizado, permitindo que, tão logo cheguem às instituições, os documentos fossem
registrados, pelas devidas pessoas, no seu próprio setor de trabalho seria uma ótima alternativa. Tal ação
diminuiria o montante de documentos que chegam as instituições, cumprem suas funções, mas sequer
tiveram sua tramitação ou destinação registrada.
13
BRASIL. ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO. Coordenação-Geral de Documentação e Informação. Manual de Procedimentos de Protocolo, Expedição e Arquivo.
Brasília: AGU, 2010. 157 p. , il.
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respeito a classificação definida pela legislação é importante visando o perfeito cumprimento das funções
do protocolo de forma responsável, legal e eficaz.
O setor de protocolo14
Várias instituições possuem um setor que é destinado a recepção das correspondências e demais
documentos. No Brasil, em toda organização pública é possível encontrar um setor responsável pelo
registro e distribuição das correspondências produzidas e recebidas, e pela protocolização dos processos
e sua tramitação. Na área administrativa, esse setor é conhecido como protocolo ou Protocolo e
Arquivo, ou Protocolo e Expedição.
A atividade de protocolo é típica da fase corrente, pois é nessa idade em que os documentos tramitam
bastante.
Assim, pode-se dizer que o protocolo executa sinteticamente as seguintes ações: recebimento da
correspondência (malotes, balcões, entre outros), separação da correspondência oficial da particular,
colocação do carimbo ou etiqueta de protocolo (contendo dados como data, hora de recebimento),
elaboração de resumo do assunto, e encaminhamento ao indivíduo ou órgão destinatário. O protocolo
visa também o controle dos documentos que ainda tramitam no órgão, assegurando a sua imediata
localização, e também é responsável pelas correspondências a outras instituições.
14
TIAGO, J. REIS, L. Arquivologia facilitada: teoria e mais de 500 questões comentadas. Rio de janeiro: Elsevier, 2013.
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Documentos Sigilosos e Ostensivos
Quanto a natureza dos assuntos, os documentos podem ser classificados como ostensivos e sigilosos.
Os documentos classificados como ostensivos são os documentos cuja divulgação não prejudica a
administração. Os documentos classificados como sigilosos são aqueles que devem ser de conhecimento
restrito, necessitando de medidas especiais de salvaguarda para a sua custódia e divulgação.
Recebimento:
Principais atividades: recebe o documento; separa os documentos (oficial do particular, ostensivo do
sigiloso); encaminha os documentos de natureza sigilosa e particular aos determinados destinatários;
interpreta e classifica os documentos ostensivos; encaminha os documentos ao setor de registro e
movimentação.
Para que isto ocorra, devem ser distribuídos e classificados da forma correta, ou seja, chegar ao seu
destinatário. Para isto, recomenda-se:
-Separar as correspondências de caráter ostensivo das de caráter sigiloso, encaminhado as de caráter
sigiloso aos seus respectivos destinatários;
-Tomar conhecimento das correspondências de caráter ostensivos por meio da leitura, requisitando a
existência de antecedentes, se existirem;
-Classificar o documento de acordo com o método da instituição; carimbando-o em seguida;
-Elaborar um resumo e encaminhar os documentos ao protocolo.
-Preparar a ficha de protocolo, em duas vias, anexando a segunda via da ficha ao documento;
-Rearquivar as fichas de procedência e assunto, agora com os dados das fichas de protocolo;
-Arquivar as fichas de protocolo.
É nesta etapa que a expedição de documentos torna-se importante, pois por meio dela, fica mais
fácil fazer uma avaliação do documento, podendo-se assim decidir de uma forma mais confiável, o destino
do documento.
A expedição trata-se da saída da correspondência e demais documentos de uma instituição, a qual
envolve procedimentos inerentes às rotinas da expedição de documentos
É válido ressaltar que as rotinas acima descritas não valem como regras, visto que cada instituição
possui suas tipologias documentais, seus métodos de classificação, enfim, surgem situações diversas.
Servem apenas como exemplos para a elaboração de rotinas em cada instituição.
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Após a discussão das vantagens de implantação de um sistema de protocolo, cabe avaliar as
desvantagens do uso deste sistema, se feito de forma errônea.
Em um primeiro momento, deve-se pensar num sistema simples de inserção de dados, que venha a
atender as necessidades da empresa. Contudo, é essencial que as pessoas que trabalham diretamente
com o recebimento e registro de documentos, recebam um treinamento adequado, para que possam
executar essa tarefa da forma correta, visto que, se feita da forma errada, todo o trâmite do documento
pode ser comprometido. Deve-se esquecer a ideia de que basta inserir dados e números num sistema,
que todos os problemas serão resolvidos.
A própria conscientização dos funcionários, no sentido de que, se organizados e devidamente
registrados, as tarefas que necessitam do uso de documentos se tornarão mais fáceis para todos que
venham a executá-las, proporcionado assim um melhor rendimento de todo o pessoal. Portanto, fica claro
que o protocolo pode ser uma saída para os problemas mais comuns de tramitação documental, desde
que utilizado da forma correta. Do contrário, a implantação deste sistema pode ocasionar outros
problemas, talvez de cunho ainda maior.
Diante do quadro exposto, fica mais fácil entender porque as grandes instituições optam por um
sistema de protocolo. Independentemente do tamanho da instituição, a ideia da implantação de um
sistema de protocolo é válida, desde que algumas ações sejam tomadas no sentido de colaborar para
que este sistema atenda às necessidades para que foi criado. Esperamos que tenha ficado claro que de
nada adianta apenas idealizar e implantar um sistema de protocolo se não houver uma colaboração
instituição / funcionários.
É um procedimento relativamente simples, se comparado as facilidades que pode trazer. Fica ainda a
ideia que não se deve parar os estudos sobre tal assunto, visto que os suportes estão sempre em
transformação, necessitando assim de melhores condições na manutenção destes.
Questões
01. (TRE/SP – Técnico Judiciário – Área Administrativa – FCC/2015) Receber, registrar e distribuir
documentos, cuidando de sua tramitação, são atividades rotineiras do setor de
(A) embalagens.
(B) compras.
(C) transporte.
(D) reprografia.
(E) protocolo.
02. (IF/BA – Arquivista – FUNRIO) O conjunto de operações visando ao controle dos documentos
que ainda tramitam no órgão, de modo a assegurar sua imediata localização e recuperação, são
atividades de
(A) arquivo intermediário.
(B) arquivo permanente.
(C) arquivo setorial.
(D) arquivo especial.
(E) protocolo.
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(B) registro.
(C) expedição.
(D) distribuição.
(E) classificação.
07. (TRE-AL - Técnico Judiciário - Área Administrativa – FCC) Aos serviços de protocolo cabe,
entre outras atividades,
(A) acondicionar documentos de valor histórico.
(B) cuidar da tramitação dos documentos.
(C) armazenar documentos em fase intermediária.
(D) estabelecer regras de acesso aos documentos.
(E) aprovar tabelas de temporalidade de documentos.
Respostas
01. Resposta: E.
O protocolo é o setor responsável por um conjunto de operações, sendo estes: recebimento, registro,
distribuição e movimentação dos documentos em curso.
02. Resposta: E.
Idem ao 01. O protocolo é o setor responsável por um conjunto de operações, sendo estes:
recebimento, registro, distribuição e movimentação dos documentos em curso.
03. Resposta: D.
Idem ao 01. O protocolo é o setor responsável por um conjunto de operações, sendo estes:
recebimento, registro, distribuição e movimentação dos documentos em curso.
04. Resposta: A.
Atividades de Controle:
• recebimento;
• classificação;
• registro;
• autuação;
• distribuição;
• movimentação (trâmite, fluxo);
• expedição.
05. Resposta: B.
Metadados são informações. Logo, a identificação dessas informações para uma posterior
recuperação é denominada registro.
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06. Resposta: E.
Distribuição: é a ação e o efeito de dividir algo entre destinatários, dar a algo o destino conveniente.
Enviar documento ao seu destinatário, localizado nas unidades internas da instituição.
07. Resposta: B
Várias instituições possuem um setor que é destinado a recepção das correspondências e demais
documentos. No Brasil, em toda organização pública é possível encontrar um setor responsável pelo
registro e distribuição das correspondências produzidas e recebidas, e pela protocolização dos processos
e sua tramitação. Na área administrativa, esse setor é conhecido como protocolo ou Protocolo e
Arquivo, ou Protocolo e Expedição.
Documento é toda informação registrada em um suporte material, suscetível de ser utilizada para
consulta, estudo, prova e pesquisa, pois comprovam fatos, fenômenos, formas de vida e pensamentos
do homem numa determinada época ou lugar.
Todo documento é uma fonte de informação como, por exemplo: o livro, a revista, o jornal, o
manuscrito, a fotografia, o selo, a medalha, o filme, o disco, a fita magnética etc.
Segundo Ramos15, “os documentos são informações registradas em qualquer suporte (papiro,
pergaminho, papel, disquete, cd, dvd, etc.) e podem ser de gênero textual, iconográfica, audiovisual,
cartográfico, etc., sendo produzidos em decorrência de uma atividade com a finalidade de cumprir uma
função”. O papel de um arquivo é guardar a documentação e fornecer as informações, que estão contidas
em seu acervo, aos interessados de maneira rápida e segura.
Documentos de arquivo: são documentos que contêm uma informação seja qual for a data, forma e
suporte material, produzidos ou recebidos por qualquer serviço ou organismo público ou privado, no
exercício de sua atividade. Em resumo, um documento é constituído por um suporte ou peça e por um
conteúdo (a informação nele registrada). (ROUSSEAU; COUTURE, 1994, p.137).
A finalidade dos documentos é servir de prova, segundo Rousseau e Couture (1994, p.157) na idade
média documentos eram conservados unicamente por causa do seu valor. Na idade moderna, continua
a ser esta a razão que justifica a conservação de muitos documentos, para se provar ou pôr em evidência
um direito ou uma obrigação.
Documentos de arquivo são todos os que produzidos e/ou recebidos por uma pessoa física ou
jurídica, pública ou privada, no exercício de suas atividades, constituem elementos de prova ou de
informação. Formam um conjunto orgânico, refletindo as atividades a que se vinculam, expressando os
atos de seus produtores no exercício de suas funções. Assim, a razão de sua origem ou a função pela
qual são produzidos é que determina a sua condição de documento de arquivo e não a natureza do
suporte ou formato.
Documentos públicos são todos os documentos de qualquer suporte ou formato, produzidos e/ou
recebidos por um órgão governamental na condução de suas atividades. São também documentos
públicos aqueles produzidos e/ou recebidos por instituições de caráter público e por entidades privadas
responsáveis pela execução de serviços públicos.
15
RAMOS, J. T. M. Diagnóstico da massa documental arquivística produzida e acumulada pela biblioteca universitária da universidade federal de minas gerais.
Universidade Federal de Minas Gerais. Escola de Ciências da Informação. Belo Horizonte, 2011.
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CLASSIFICAÇÃO DE ARQUIVOS
Com base na obra da professora Marilena Leite Paes16, podemos classificá-los de acordo com:
– as entidades mantenedoras;
– os estágios de sua evolução;
– a extensão de sua atuação;
– a natureza dos documentos
Entidades mantenedoras
a) Setoriais - quando existem arquivos espalhados nos mais diversos setores da organização.
b) Gerais ou centrais - quando todos os documentos gerados estão reunidos em um único arquivo.
a) Arquivos especiais – custodiam documentos de formas físicas distintas, que merecem tratamento
especial no seu armazenamento, acondicionamento, registro, controle, conservação, entre outros
procedimentos técnicos.
Exemplos: slides (diapositivos), filmes, fotografias, discos, mapas, cd-rom etc.;
b) Especializados – custodiam documentos procedentes da experiência do homem em um campo
específico, não importando a forma física apresentada por eles. Tais arquivos são conhecidos,
indevidamente, como “arquivos técnicos”.
Exemplos: de engenharia, contábeis, de imprensa, médicos ou hospitalares, etc.
Sobre o Gênero
O gênero dos documentos está ligado à maneira de representá-los, de acordo com os seus diversos
suportes. São eles:
- Cartográficos – Aqueles que representam, de forma reduzida, uma área maior. Apresentam-se em
formatos e dimensões variáveis, contendo representações geográficas, arquitetônicas ou de engenharia
(mapas, plantas, perfis, layouts etc.). Essa denominação para tais tipos de documentos deve-se à
Cartografia, ciência que se dedica, inclusive, ao estudo de áreas e confecção de mapas.
- Iconográficos – São os que têm suas informações em forma de imagem estática. Recebem essa
denominação porque apresentam ícones, figuras e imagens que não estejam em movimento. Como
exemplos podem-se citar as fotografias (que mais especificamente podem ser chamadas de documentos
16
SANTOS, J.T; REIS, L. Arquivologia Facilitada. Teoria e mais de 500 questões comentadas. 2ª edição – Campus Concursos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
Recurso eletrônico.
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fotográficos), negativos, diapositivos, slides, desenhos e demais gravuras, em modo estático. O arquivo
fotográfico de um Jornal, a título de ilustração, é considerado um arquivo iconográfico.
- Sonoros – documentos com registros fonográficos, ou seja, aqueles cuja informação esteja em forma
de som. Um arquivo de fitas K7, de discos de vinil, de CDs musicais, por exemplo, são arquivos sonoros.
- Informático – São documentos que necessitam do computador para que sejam lidos. Essa leitura se
dá através de um software, que tem a capacidade de decifrar as informações em linguagem de máquina
(bits e bytes) contidas num hardware e traduzi-las para a linguagem humana. Esse hardware (ou suporte)
que comporta as informações pode ser um HD (disco rígido), um CD-ROM, um CD-R, um CD-RW etc.
Eles são também denominados documentos digitais, uma vez que são constituídos por dígitos binários
(Zeros e Uns – 0 e 1). Ex.: um arquivo do processador de texto MSWord, da planilha MSExcel, um arquivo
de áudio do formato MP3 etc.). Na literatura arquivística, alguns autores também os denominam
“documentos eletrônicos”.
- Audiovisuais – são documentos que têm suas informações em forma de som e imagem em
movimento. Observe que a junção da ideia de documentos sonoros com a de documentos filmográficos
resulta na classificação dos documentos audiovisuais. Nesse sentido, pode-se exemplificar esse tipo
documental citando os arquivos de emissoras de televisão, a título de ilustração, os quais são constituídos
por fitas de vídeo VHS, DVDs etc., decorrentes da acumulação de registros próprios de sua produção
televisiva.
Atenção!!!
Estas categorias classificatórias podem ocorrer simultaneamente em alguns casos quando, em
um determinado documento, existirem características peculiares tanto a um gênero quanto a
outro.
Sobre a Espécie17
A espécie dos documentos está ligada ao seu aspecto formal. Existem vários atos que dão origem às
espécies, além da maneira de se registrar as informações nos documentos (como estão dispostas). De
acordo com Heloísa Bellotto, são eles:
- Atos normativos – ditam regras e normas expedidas por autoridades administrativas (de
cumprimento obrigatório). Exemplos: leis, decretos, medidas provisórias, regulamentos, portarias.
- Atos enunciativos – emitem uma opinião, esclarecendo sobre certo assunto. São aqueles de
caráter opinativo, que esclarecem os assuntos, visando fundamentar uma solução. Exemplos: pareceres,
votos, relatórios.
- Atos comprobatórios – São documentos que comprovam assentamentos, decisões etc. Como o
próprio nome sugere, são direcionados a certificar ou atestar determinadas situações. Temos como
exemplo: traslados, certidões, atestados, cópias autênticas ou idênticas.
- Atos de ajuste – representam acordos firmados (entre duas ou mais partes). São representados
pelos documentos pactuais, sendo acordos em que a Administração Pública Federal, Estadual ou
17
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Municipal é parte. Exemplos desta espécie de documentos: tratados, convênios, contratos, termos
aditivos
- Atos de correspondência – Objetivam a execução dos atos normativos em sentido amplo. Temos
como exemplos: avisos, cartas, ofícios, memorando, mensagem, edital, intimação, notificação, telegrama,
telex, telefax, alvará e circular.
ESPÉCIE TIPO
Contrato Contrato de Aluguel
Relatório Relatório de Viagem
Termo Termo de Posse
- Ostensivos ou Ordinários – Qualquer pessoa pode consultar o documento (a sua divulgação não
prejudica a instituição).
- Sigilosos – Tais documentos são limitados a um número restrito de pessoas. Por essa razão, devem
ser adotadas medidas especiais de salvaguarda (segurança, proteção) na sua custódia e disseminação.
Quanto ao grau de sigilo, os documentos públicos podem ser: Ultrassecreto, secreto e reservado
(não existe mais o grau confidencial).
Ultrassecreto - Esta classificação é dada aos assuntos que requeiram excepcional grau de segurança
e cujo teor ou características só devam ser do conhecimento de pessoas intimamente ligadas ao seu
estudo ou manuseio. São assuntos normalmente classificados como ultrassecretos aqueles da política
governamental de alto nível e segredos de Estado, tais como: negociações para alianças políticas e
militares, planos de guerra, descobertas e experimentos científicos de valor excepcional, informações
sobre política estrangeira de alto nível.
Secreto - Consideram-se secretos os assuntos que requeiram alto grau de segurança e cujo teor ou
características podem ser do conhecimento de pessoas que, sem estarem intimamente ligadas ao seu
estudo ou manuseio, sejam autorizadas a deles tomar conhecimento, funcionalmente. São documentos
considerados secretos os referentes a planos, programas e medidas governamentais, os assuntos
extraídos de matéria ultrassecreta que, sem comprometer o excepcional grau de sigilo da matéria original,
necessitam de maior difusão, tais como: planos ou detalhes de operações militares, planos ou detalhes
de operações econômicas ou financeiras, aperfeiçoamento em técnicas ou materiais já existentes, dados
18
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de elevado interesse sob aspectos físicos, políticos, econômicos, psicossociais e militares de países
estrangeiros e meios de processos pelos quais foram obtidos, materiais criptográficos importantes que
não tenham recebido classificação inferior (PAES, 2005, p. 30).
Reservado - Esta classificação diz respeito aos assuntos que não devem ser do conhecimento do
público em geral. Recebem essa classificação, entre outros, partes de planos, programas e projetos e
suas respectivas ordens de execução; cartas, fotografias aéreas e negativos que indiquem instalações
importantes (PAES, 2005, p. 30).
Observação importante19:
De acordo com o Decreto Federal nº 7.724, de 16 de maio de 2012 (que regulamenta a Lei Federal nº
12.527, de 18 de novembro de 2011 – inerente à Lei de Acesso à Informação Pública), diz o artigo 47,
inciso IV: Compete à Comissão Mista de Reavaliação de Informações “prorrogar por uma única vez, e
por período determinado não superior a vinte e cinco anos, o prazo de sigilo de informação classificada
no grau ultrassecreto, enquanto seu acesso ou divulgação puder ocasionar ameaça externa à soberania
nacional, à integridade do território nacional ou grave risco às relações internacionais do País, limitado
ao máximo de cinquenta anos o prazo total da classificação.”
Portanto, somente no maior grau de sigilo – o “ultrassecreto” –, pode ocorrer a prorrogação (uma vez,
por igual período). Nos demais graus de sigilo (secreto e reservado) não existe a possibilidade de
prorrogação do prazo de restrição do documento.
Questões
03. (UFF - Auxiliar em Administração – COSEAC/2015) Quanto ao gênero, como ensina Paes no
livro “Arquivo: teoria e prática”, os documentos em suporte fílmico resultantes da microrreprodução de
imagens, mediante utilização de técnicas específicas, são classificados como:
(A) cartográficos.
(B) sonoros.
(C) micrográficos.
(D) iconográficos.
(E) textuais.
04. (UFF - Auxiliar Administrativo – COSEAC) No que se refere à classificação dos documentos,
segundo Marilena Leite Paes, os documentos podem ser:
(A) iconográficos: documentos em formatos e dimensões variáveis, contendo representações
geográficas, arquitetônicas ou de engenharia.
(B) sonoros: documentos manuscritos, datilografados ou impressos.
19
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(C) micrográficos: documentos em suporte fílmico resultantes da microrreprodução de imagens,
mediante utilização de técnicas específicas.
(D) cartográficos: documentos com dimensões e rotações variáveis, contendo registro fonográficos.
(E) filmográficos: documentos em suportes sintéticos, em papel emulsionado ou não, contendo
imagens estáticas.
05. (MPU – UnB/Cespe) Quanto às tipologias documentais e aos suportes físicos, julgue o próximo
item.
Os documentos do gênero iconográfico têm suporte sintético, em papel emulsionado ou não, e contêm
imagens estáticas, tais como ampliações fotográficas, slides, diapositivos e gravuras.
07. (FCC/TRE/SP – Técnico Judiciário) De acordo com o gênero, os documentos de arquivo podem
ser identificados como:
(A) técnicos, administrativos, culturais e históricos;
(B) masculinos, femininos e neutros;
(C) pessoais, institucionais, públicos e privados;
(D) textuais, iconográficos, sonoros e audiovisuais;
(E) correntes, centrais, intermediários e permanentes
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(E) tipo, espécie, formato, suporte e gênero.
11. (Ministério da Saúde – UnB/Cespe) Para a arquivística, os vocábulos forma e formato possuem
significados bem distintos. Denomina-se formato a configuração física do material sobre o qual as
informações são registradas, de acordo com a natureza e o modo como foi confeccionado; por exemplo:
cartaz, caderno, livro, mapa, rolo de filme, entre outros. Já a forma refere-se ao estágio de preparação e
de transmissão de documentos; por exemplo: original, cópia, minuta, rascunho.
12. (TRE/PI – FCC) Papel, caderno, relatório e relatório de viagem são, respectivamente, exemplos
de:
(A) gênero, suporte, tipo e espécie.
(B) suporte, formato, espécie e tipo.
(C) espécie, forma, formato e suporte.
(D) tipo, espécie, suporte e técnica de registro.
(E) formato, técnica de registro, gênero e forma.
Respostas
01. Resposta: B.
a) catálogo seletivo - errada. Catálogo que toma por unidade documentos previamente selecionado,
pertencente a um ou mais fundos ou arquivos, segundo um critério temático.
b) quadro de arranjo - certa. Esquema estabelecido para o arranjo dos documentos de um arquivo
a partir do estudo das estruturas, funções ou atividades da entidade produtora e da análise do acervo.
Expressão adotada em arquivos permanentes.
c) plano de destinação - errada. É o conjunto de instrumentos que permite que, em decorrência da
avaliação, se encaminhe os documentos à guarda temporária ou permanente, à eliminação e/ou à
reprodução. Esquema no qual se fixa a destinação dos documentos.
d) tabela de temporalidade - errada. Instrumento de destinação aprovado por autoridade competente,
que determina prazos e condições de guarda tendo em vista a transferência, recolhimento, descarte ou
eliminação de documentos.
e) inventário - errada. Instrumento de pesquisa que descreve, sumária ou analiticamente, as unidades
de arquivamento de um fundo ou parte dele, cuja apresentação obedece a uma ordenação lógica que
poderá refletir ou não a disposição física dos documentos.
03. Resposta: C
Documentos micrográficos são documentos em suporte fílmico resultante da microrreprodução de
imagens, mediante utilização de técnicas específicas. Ex.: rolo, microficha, jaqueta e cartão-janela.
04. Resposta: C
A mesma explicação dada na questão 6 que inclusive é da mesma banca a respeito do mesmo
concurso com a única mudança do ano da realização. Perceba que muitas vezes as bancas costumam
repetir os assuntos e a mesma lógica de estruturação de suas questões.
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05. Resposta: CERTO.
Gênero iconográfico (ícone, imagem). As características referentes aos documentos do gênero
iconográfico estão corretas. Os documentos inseridos neste contexto possuem imagens fixas, paradas,
estáticas, como uma fotografia, uma gravura, entre outros.
06. Resposta: D.
Esta questão versa sobre o estudo da tipologia documental. Observe que, como estudamos, o tipo
documental se constitui a partir da espécie documental. Portanto, “boletim” e “certidão” são exemplos de
espécie documental, sendo que “boletim de ocorrência” e “certidão de nascimento” são considerados
tipos documentais, objeto da letra d, visto que há a junção da função geradora do documento à espécie
documental. Assim, a letra d está correta. Nunca é demais lembrarmos que cópia, original, minuta,
rascunho e esboço são exemplos da alternativa a, que se refere à forma dos documentos arquivísticos,
diferentemente do formato – objeto da letra c –, que possui como exemplos: livro, caderno, códice e
microficha.
07. Resposta: D.
O gênero refere-se ao modo pelo qual os dados e informações estão registrados no suporte
documental. Quanto ao gênero, os documentos podem ser textuais, iconográficos, sonoros, filmográficos,
audiovisuais, cartográficos, micrográficos e informáticos. Nesse sentido, a letra d é a alternativa que
representa a resposta correta.
08. Resposta: D
Com o surgimento da informática a documentação não perdeu a sua importância no processo de
tomada de decisão, pois, pois o papel de um arquivo de guardar a documentação e fornecer as
informações, que estão contidas em seu acervo, aos interessados de maneira rápida e segura não é
substituído com o advento da informática.
09. Resposta: C
Os documentos secretos são os que requerem rigorosas medidas de segurança e cujo teor ou
característica possam ser do conhecimento de servidores que, embora sem ligação íntima com seu
estudo e manuseio, sejam autorizados a deles tomarem conhecimento em razão de sua responsabilidade
funcional.
10. Resposta: D.
A questão apresenta uma relação de exemplos e pergunta ao candidato qual é a alternativa que
corresponde corretamente a esses itens, em termos respectivos. De acordo com a classificação dos
arquivos, sabemos que relatório é exemplo de espécie, relatório de viagem é exemplo de tipo documental,
rascunho é forma, filme é suporte e livro, por fim, é exemplo de formato. Portanto a alternativa correta é
a contida na letra d.
12. Resposta: B
Suporte é o carregador físico do documento (papel). Formato é a configuração física de um suporte
(caderno). Espécie tem ligação com o “aspecto formal” de um documento. O tipo é a configuração que
assume a espécie documental de acordo com a atividade que a gerou.
Portanto, quando se especifica a espécie, é o tipo. Relatório é espécie e relatório de viagem é o tipo.
A letra B é a correta.
13. Resposta: C
Gênero é a designação dos documentos em relação aos seus diversos suportes.
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Dentro do gênero de documentos escritos, a correspondência merece tratamento especial por se
constituir numa parte considerável dos acervos arquivísticos, uma vez que as ações administrativas são,
em geral, desencadeadas por seu intermédio (Paes, 2005, p. 31).
A classificação e a caracterização da correspondência são dois fatores da maior importância no
desenvolvimento das tarefas de registro e protocolo.
O que é correspondência?
Considera-se correspondência toda e qualquer forma de comunicação escrita, produzida e destinada
a pessoas jurídicas ou físicas, e vice-versa, bem como aquela que se processa entre órgãos e servidores
de uma instituição (Paes, 2005, p. 31).
Por possuírem normas fixas de elaboração, as correspondências empresarial e oficial não apresentam
grandes dificuldades para quem precisa redigi-las.
Existem mesmo alguns modelos impressos prontos para serem preenchidos. É claro, então, que trata-
se de redações formais, que seguem normas predeterminadas. Alguns aspectos, contudo, podem ser
modificados e as organizações podem inovar, segundo suas necessidades, ou mesmo características
particulares.
Os documentos redigidos serão a imagem de sua organização. Assim, a correspondência bem
elaborada, além de utilizar linguagem concisa e direta, deverá seguir a estética moderna, mais agradável
e facilitadora da leitura.
Apresentamos, a seguir, alguns exemplos, na visão de Paes (2005, p. 32), que servirão de subsídios
na identificação da correspondência oficial. Os nomes e endereços são fictícios.
Ao Departamento de Exportação
Companhia de Flores Tropicais
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1415774 E-book gerado especialmente para MARCELO DE SOUSA
Dr. João Galvão Rua Violeta, 213
23500-000 – Rio de Janeiro – RJ
c) Envelope dirigido a servidor de uma instituição, contendo, em segundo plano, o cargo que exerce,
mesmo que o nome do servidor não corresponda ao atual ou real titular do cargo.
d) Envelope dirigido aos titulares dos cargos, mesmo quando, em segundo plano, conste um nome
que não seja o do real ou atual ocupante do cargo:
É importante observar que a correspondência oficial, mesmo quando enquadrada em qualquer dos
itens descritos, não deverá ser aberta quando o envelope contiver as indicações de “confidencial”,
“reservado”, “particular” ou equivalente.
Quando a correspondência é recebida, a maioria das pessoas junta o envelope à carta e assim coloca-
a no arquivo. Saiba que esta é uma forma errada, pois o grampo irá enferrujar e agredir o papel da carta
que ficará amarelado. O correto é transcrever “a lápis” no verso da correspondência todas as informações
julgadas importantes, e eliminar o envelope.
Questões
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1415774 E-book gerado especialmente para MARCELO DE SOUSA
desencadeadas a partir dela. A correspondência, de acordo com sua procedência e destino, pode ser
classificada em
(A) pessoal e particular.
(B) externa e interna.
(C) confidencial e secreta.
(D) fechada e aberta.
(E) oficial e especial.
Respostas
01. Resposta: A
O Ofício é um tipo de correspondência externa.
02. Resposta: A
Trata-se da correspondência.
03. Resposta: B
A correspondência pode ser classificada em externa e interna.
Correspondência oficial
Correspondência é o diálogo escrito entre transmissor e receptor, que pode ocorrer entre duas ou mais
pessoas ou entidades. A correspondência é um tipo de redação, que tem a finalidade de levar algum tipo
de conhecimento ao receptor e constituir um testemunho do acontecimento.
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1415774 E-book gerado especialmente para MARCELO DE SOUSA
quanto o envio de uma comunicação via e-mail, são seguros e formalizam da forma adequada uma
determinada situação ou circunstância. Tais canais de comunicação são extremamente importantes, pois
são documentos formais e validam com exatidão e segurança. Abaixo serão explanados sobre os tipos
de correspondência utilizados no meio administrativo pelas organizações.
Particular – É a que ocorre entre indivíduos (amigos, familiares, pessoas do convívio social), e
pode apresentar diversos graus de formalidade, desde o caráter íntimo até um certo grau de
formalismo. Por isso ela pode ser familiar ou íntima e cerimoniosa. Os objetivos desse tipo de
correspondência podem variar: pedir ou expor notícias, solicitar favores, agradecer ou declarar
sentimentos, dentre outros. A linguagem é informal e espontânea e pode apresentar diversos graus de
formalidade, desde o caráter íntimo até certo grau.
Empresarial – É a trocada entre empresas ou entre estas e pessoas físicas ou jurídicas. Refere-se
geralmente a transações comerciais, industriais e financeiras (assuntos sobre investimentos bancários,
empréstimos, cobrança de duplicatas, divulgação de produtos etc.). A linguagem é objetiva
Oficial – se entre órgãos do serviço público civil ou militar. Independentemente do tipo de
correspondência que mantenha você não pode deixar de estar atento a seu texto, verificando a clareza,
a concisão, a coerência, a adequação da linguagem e a correção gramatical, observando, enfim, se ele
traduz seu pensamento, a mensagem que você quer transmitir.
Por possuírem normas fixas de elaboração, as correspondências empresarial e oficial não apresentam
grandes dificuldades para quem precisa redigi-las.
Existem mesmo alguns modelos impressos prontos para serem preenchidos. É claro, então, que trata-
se de redações formais, que seguem normas predeterminadas. Alguns aspectos, contudo, podem ser
modificados e as organizações podem inovar, segundo suas necessidades, ou mesmo características
particulares.
Os documentos redigidos serão a imagem de sua organização. Assim, a correspondência bem
elaborada, além de utilizar linguagem concisa e direta, deverá seguir a estética moderna, mais agradável
e facilitadora da leitura.
Carta Comercial
Muitas são as situações em que precisamos escrever uma carta a um cliente, instituição, empresa,
órgão público. Porém, os propósitos ou objetivos de estabelecer essa comunicação são diferentes em
cada uma das ocasiões. As cartas, além de diversos destinos, também têm função variada, como a de
informar, solicitar ou persuadir. Podem ser cartas de solicitação de emprego, oferta de algum produto de
sua empresa, reclamação quanto à má prestação de algum serviço, cobrança de algum débito, enfim,
essas outras situações que fazem parte do cotidiano empresarial.
Ter sempre em mente que uma carta comercial deve ser breve. Assim, rodeios, inversões mesmo
bem feitas, que tanto efeito causa num texto poético, devem ser abolidos.
Antes de escrever, organize seu pensamento, traçando um plano: o que vai comunicar; o a quem; o
como deve transmitir; o que informações são relevantes.
Não podemos ignorar a formalidade que esse tipo de correspondência requer, mas devemos evitar a
rigidez exagerada, os clichês, a redundância e termos até arcaicos que ainda são utilizados.
Dicas de linguagem moderna na correspondência:
Não há necessidade de preâmbulos, vá direto ao assunto. Veja alguns chavões que podem ser
evitados:
Vimos através desta;
Vimos por meio desta;
Tem a presente a finalidade de;
Aproveitamos o ensejo, a oportunidade;
Temos em nosso poder, ou temos em mãos sua carta.
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Não precisa avisar que vai encerrar. Evite chavões típicos de fecho de cartas, tais como: o Limitados
ao exposto, encerramos; o Sendo o que nos resta a oferecer para o momento; o Sem mais, ou sem mais
nada para o momento.
Cabeçalho ou timbre – referência da empresa; logotipo, símbolo ou emblema. Em geral, já vêm
impressos no papel da carta.
Número de controle - facilita ao destinatário responder sua carta e mencionar a referência. É também
uma maneira de garantir o controle da correspondência. A colocação à direita é um destaque que facilita
a leitura. Na ilustração, temos DV/86/96, isto é, Divisão de Vendas, documento de número 86, do ano de
1996.
Data -dia que deve ser indicado sem o zero na frente; o nome do mês com letra inicial minúscula; na
indicação do ano, não se coloca o ponto ou espaço separando o milhar.
Quando o papel é timbrado, pode-se suprimir o local antes da data, uma vez que o endereçamento
completo aparece no pé de página.
Destinatário – foram feitas as seguintes atualizações: Não se deve colocar À/Às ou Ilmos. Senhores
antes do nome da empresa ou pessoa a quem a carta se destina. Não é necessário escrever endereço,
caixa postal e CEP no papel carta, basta que esses dados apareçam no envelope.
Referência – é o conteúdo da carta sintetizado, facilitando o registro para quem recebe. Não há
necessidade de escrever Ref. ou REFERÊNCIA, pois a posição da frase na carta já indica esse elemento.
Invocação ou vocativo – o emprego de palavras como prezado, estimado, caro, amigo deve ser de
acordo com o tipo de carta. Pode se tratar de uma carta puramente comercial ou pode envolver também
relações de amizade.
Corpo da carta ou conteúdo – deve estar disposto, geralmente, no centro do papel, em cerca de
três parágrafos:
A informação inicial;
O desenvolvimento do tema;
A conclusão.
O assunto deve ser tratado em linguagem clara, objetiva e concisa. Deve-se evitar perda de tempo na
introdução do assunto, como palavras e expressões desnecessárias.
21
Professor Eduardo da Rocha – FAATESP – Faculdades de Tecnologia Álvares de Azevedo.
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-Rearquivar as fichas de procedência e assunto, agora com os dados das fichas de protocolo;
-Arquivar as fichas de protocolo.
É válido ressaltar que as rotinas acima descritas não valem como regras, visto que cada instituição
possui suas tipologias documentais, seus métodos de classificação, enfim, surgem situações diversas.
Servem apenas como exemplos para a elaboração de rotinas em cada instituição.
Portanto, Redação Oficial é a maneira pela qual o poder público redige atos normativos e
comunicações. Desse modo, a finalidade principal da Redação Oficial é comunicar com impessoalidade
e clareza para que a mensagem ali transmitida seja compreendida por todos os cidadãos. Em resumo, a
Redação Oficial deve ser: clara, concisa, impessoal, formal e padronizada. Pode-se dizer que redação
oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos e comunicações.
A redação oficial deve caracterizar-se pela impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza,
concisão, formalidade e uniformidade. Fundamentalmente esses atributos decorrem da Constituição, que
dispõe, no artigo 37: "A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (...)". Sendo a publicidade e a impessoalidade
princípios fundamentais de toda administração pública, claro está que devem igualmente nortear a
elaboração dos atos e comunicações oficiais.
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1415774 E-book gerado especialmente para MARCELO DE SOUSA
Não se concebe que um ato normativo de qualquer natureza seja redigido de forma obscura, que
dificulte ou impossibilite sua compreensão. A transparência do sentido dos atos normativos, bem como
sua inteligibilidade, são requisitos do próprio Estado de Direito: é inaceitável que um texto legal não seja
entendido pelos cidadãos. A publicidade implica, pois, necessariamente, clareza e concisão.
A Impessoalidade
A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer pela escrita. Para que haja comunicação, são
necessários:
a) alguém que comunique,
b) algo a ser comunicado, e
c) alguém que receba essa comunicação.
No caso da redação oficial, quem comunica é sempre o Serviço Público (este ou aquele Ministério,
Secretaria, Departamento, Divisão, Serviço, Seção); o que se comunica é sempre algum assunto relativo
às atribuições do órgão que comunica; o destinatário dessa comunicação ou é o público, o conjunto dos
cidadãos, ou outro órgão público, do Executivo ou dos outros Poderes da União.
Percebe-se, assim, que o tratamento impessoal que deve ser dado aos assuntos que constam das
comunicações oficiais decorre:
a) da ausência de impressões individuais de quem comunica: embora se trate, por exemplo, de um
expediente assinado por Chefe de determinada Seção, é sempre em nome do Serviço Público que é feita
a comunicação. Obtém-se, assim, uma desejável padronização, que permite que comunicações
elaboradas em diferentes setores da Administração guardem entre si certa uniformidade;
b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação, com duas possibilidades: ela pode ser dirigida
a um cidadão, sempre concebido como público, ou a outro órgão público. Nos dois casos, temos um
destinatário concebido de forma homogênea e impessoal;
c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado: se o universo temático das comunicações oficiais
se restringe a questões que dizem respeito ao interesse público, é natural que não cabe qualquer tom
particular ou pessoal.
Desta forma, não há lugar na redação oficial para impressões pessoais, como as que, por exemplo,
constam de uma carta a um amigo, ou de um artigo assinado de jornal, ou mesmo de um texto literário.
A redação oficial deve ser isenta da interferência da individualidade que a elabora.
A concisão, a clareza, a objetividade e a formalidade de que nos valemos para elaborar os expedientes
oficiais contribuem, ainda, para que seja alcançada a necessária impessoalidade.
A necessidade de empregar determinado nível de linguagem nos atos e expedientes oficiais decorre,
de um lado, do próprio caráter público desses atos e comunicações; de outro, de sua finalidade. Os atos
oficiais, aqui entendidos como atos de caráter normativo, ou estabelecem regras para a conduta dos
cidadãos, ou regulam o funcionamento dos órgãos públicos, o que só é alcançado se em sua elaboração
for empregada a linguagem adequada. O mesmo se dá com os expedientes oficiais, cuja finalidade
precípua é a de informar com clareza e objetividade.
As comunicações que partem dos órgãos públicos federais devem ser compreendidas por todo e
qualquer cidadão brasileiro. Para atingir esse objetivo, há que evitar o uso de uma linguagem restrita a
determinados grupos. Não há dúvida que um texto marcado por expressões de circulação restrita, como
a gíria, os regionalismos vocabulares ou o jargão técnico, tem sua compreensão dificultada.
Ressalte-se que há necessariamente uma distância entre a língua falada e a escrita. Aquela é
extremamente dinâmica, reflete de forma imediata qualquer alteração de costumes, e pode
eventualmente contar com outros elementos que auxiliem a sua compreensão, como os gestos, a
entoação, etc., para mencionar apenas alguns dos fatores responsáveis por essa distância. Já a língua
escrita incorpora mais lentamente as transformações, tem maior vocação para a permanência, e vale-se
apenas de si mesma para comunicar.
A língua escrita, como a falada, compreende diferentes níveis, de acordo com o uso que dela se faça.
Por exemplo, em uma carta a um amigo, podemos nos valer de determinado padrão de linguagem que
incorpore expressões extremamente pessoais ou coloquiais; em um parecer jurídico, não se há de
estranhar a presença do vocabulário técnico correspondente. Nos dois casos, há um padrão de linguagem
que atende ao uso que se faz da língua, a finalidade com que a empregamos.
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O mesmo ocorre com os textos oficiais: por seu caráter impessoal, por sua finalidade de informar com
o máximo de clareza e concisão, eles requerem o uso do padrão culto da língua.
Há consenso de que o padrão culto é aquele em que
a) se observam as regras da gramática formal, e
b) se emprega um vocabulário comum ao conjunto dos usuários do idioma.
É importante ressaltar que a obrigatoriedade do uso do padrão culto na redação oficial decorre do fato
de que ele está acima das diferenças lexicais, morfológicas ou sintáticas regionais, dos modismos
vocabulares, das idiossincrasias linguísticas, permitindo, por essa razão, que se atinja a pretendida
compreensão por todos os cidadãos.
Lembre-se que o padrão culto nada tem contra a simplicidade de expressão, desde que não seja
confundida com pobreza de expressão. De nenhuma forma o uso do padrão culto implica emprego de
linguagem rebuscada, nem dos contorcionismos sintáticos e figuras de linguagem próprios da língua
literária.
Pode-se concluir, então, que não existe propriamente um "padrão oficial de linguagem"; o que há é o
uso do padrão culto nos atos e comunicações oficiais. É claro que haverá preferência pelo uso de
determinadas expressões, ou será obedecida certa tradição no emprego das formas sintáticas, mas isso
não implica, necessariamente, que se consagre a utilização de uma forma de linguagem burocrática. O
jargão burocrático, como todo jargão, deve ser evitado, pois terá sempre sua compreensão limitada.
A linguagem técnica deve ser empregada apenas em situações que a exijam, sendo de evitar o seu
uso indiscriminado. Certos rebuscamentos acadêmicos, e mesmo o vocabulário próprio a determinada
área, são de difícil entendimento por quem não esteja com eles familiarizado. Deve-se ter o cuidado,
portanto, de explicitá-los em comunicações encaminhadas a outros órgãos da administração e em
expedientes dirigidos aos cidadãos.
Formalidade e Padronização
As comunicações oficiais devem ser sempre formais, isto é, obedecem a certas regras de forma: além
das já mencionadas exigências de impessoalidade e uso do padrão culto de linguagem, é imperativo,
ainda, certa formalidade de tratamento. Não se trata somente da eterna dúvida quanto ao correto emprego
deste ou daquele pronome de tratamento para uma autoridade de certo nível (v. a esse respeito 2.1.3.
Emprego dos Pronomes de Tratamento); mais do que isso, a formalidade diz respeito à polidez, à
civilidade no próprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a comunicação.
A formalidade de tratamento vincula-se, também, à necessária uniformidade das comunicações. Ora,
se a administração federal é una, é natural que as comunicações que expede sigam um mesmo padrão.
O estabelecimento desse padrão, uma das metas deste Manual, exige que se atente para todas as
características da redação oficial e que se cuide, ainda, da apresentação dos textos.
A clareza datilográfica, o uso de papéis uniformes para o texto definitivo e a correta diagramação do
texto são indispensáveis para a padronização, que acaba por evitar excessos linguísticos que nada
acrescentam ao texto.
Concisão e Clareza
A concisão é antes uma qualidade do que uma característica do texto oficial. Conciso é o texto que
consegue transmitir um máximo de informações com um mínimo de palavras. Para que se redija com
essa qualidade, é fundamental que se tenha, além de conhecimento do assunto sobre o qual se escreve,
o necessário tempo para revisar o texto depois de pronto. É nessa releitura que muitas vezes se percebem
eventuais redundâncias ou repetições desnecessárias de ideias.
O esforço de sermos concisos atende basicamente ao princípio de economia linguística, à mencionada
fórmula de empregar o mínimo de palavras para informar o máximo. Não se deve de forma alguma
entendê-la como economia de pensamento, isto é, não se devem eliminar passagens substanciais do
texto no afã de reduzi-lo em tamanho. Trata-se exclusivamente de cortar palavras inúteis, redundâncias,
passagens que nada acrescentem ao que já foi dito.
Procure perceber certa hierarquia de ideias que existe em todo texto de alguma complexidade: ideias
fundamentais e ideias secundárias. Estas últimas podem esclarecer o sentido daquelas, detalhá-las,
exemplificá-las; mas existem também ideias secundárias que não acrescentam informação alguma ao
texto, nem têm maior relação com as fundamentais, podendo, por isso, ser dispensadas.
A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto oficial, conforme já sublinhado na introdução deste
capítulo. Pode-se definir como claro aquele texto que possibilita imediata compreensão pelo leitor. No
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entanto a clareza não é algo que se atinja por si só: ela depende estritamente das demais características
da redação oficial.
É pela correta observação dessas características que se redige com clareza. Contribuirá, ainda, a
indispensável releitura de todo texto redigido. A ocorrência, em textos oficiais, de trechos obscuros e de
erros gramaticais provém principalmente da falta da releitura que torna possível sua correção.
Na revisão de um expediente, deve-se avaliar, ainda, se ele será de fácil compreensão por seu
destinatário. O que nos parece óbvio pode ser desconhecido por terceiros. O domínio que adquirimos
sobre certos assuntos em decorrência de nossa experiência profissional muitas vezes faz com que os
tomemos como de conhecimento geral, o que nem sempre é verdade. Explicite, desenvolva, esclareça,
precise os termos técnicos, o significado das siglas e abreviações e os conceitos específicos que não
possam ser dispensados.
A revisão atenta exige, necessariamente, tempo. A pressa com que são elaboradas certas
comunicações quase sempre compromete sua clareza. Não se deve proceder à redação de um texto que
não seja seguida por sua revisão.
A redação das comunicações oficiais deve, antes de tudo, seguir os preceitos explicitados no Capítulo
I, Aspectos Gerais da Redação Oficial. Além disso, há características específicas de cada tipo de
expediente, que serão tratadas em detalhe neste capítulo. Antes de passarmos à sua análise, vejamos
outros aspectos comuns a quase todas as modalidades de comunicação oficial: o emprego dos pronomes
de tratamento, a forma dos fechos e a identificação do signatário.
Resumo:
Impessoalidade
Evite marcas de impressões pessoais do tipo “na minha opinião” ou “e aí, como é que vai?”
Concisão
Seja conciso. Redija um texto capaz de transmitir um máximo de informações com um mínimo de
palavras. Para isso, tenha domínio do assunto.
Pronomes de tratamento
Use corretamente os pronomes de tratamento. Ao escrever uma comunicação a um Ministro do
Tribunal Superior, por exemplo, use Vossa Excelência ao longo do texto.
Expressões artificiais
Não confunda respeito e impessoalidade com o uso de expressões artificiais que estão em desuso
como “Venho por meio desta”, “Tenho a honra de" ou "Cumpre-me informar que". Tais expressões devem
dar lugar à forma direta, à objetividade.
Fechos
Os fechos dos textos oficiais devem saudar o destinatário, além de fechar o texto. O documento deve
levar assinatura e identificação do signatário. Há dois fechos diferentes para todas as modalidades do
texto oficial:
Respeitosamente, (para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República);
Atenciosamente (para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior)
Circular
Quando, em sua empresa, você deseja dirigir-se a muitas pessoas ao mesmo tempo, para transmitir
avisos, ordens ou instruções, deve optar por comunicar-se através de uma circular.
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Na verdade, a circular pode seguir o modelo de uma carta, ofício ou manifesto, o que a caracteriza é
conter um assunto de interesse geral. Muitas vezes, a circular é utilizada internamente nas empresas,
com a finalidade de facilitar a comunicação entre diversas seções e departamentos. Muitas empresas,
hoje em dia, têm preferido não destacar a ementa (assunto). Assim, veja bem o modelo adotado na sua
empresa. A linguagem utilizada em uma circular deve ser simples e direta para não dar margem a outras
interpretações. Todos devem entender claramente o que está escrito.
LOJA DA MARIA
Prezado Senhor:
Confirmamos ter recebido uma reivindicação de depósito no valor três mil reais
referente ao mês de fevereiro. Informamo-lhe que o referido valor foi depositado no dia 1º de
março, na agência 0003, conta corrente 3225, Banco dos empresários. Por favor, pedimos que
o Sr. verifique o extrato e nos comunique o pagamento. Pedimos escusas por não termos feito
o depósito anteriormente, mas não tínhamos ainda a nova conta bancária.
Nada mais havendo, reafirmamos os nossos protestos de elevada estima e
consideração.
Atenciosamente,
Amélia Sousa
Gerente comercial
22
http://brasilescola.uol.com.br/redacao/carta-comercial.htm
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Modelo de Circular:
(TIMBRE)
O expediente do dia 6 de setembro estará suspenso por ser um dia imprensado entre o fim de
semana e o feriado pelas comemorações do dia da Independência do Brasil.
Diretor Admnistrativo
Bilhete
É um meio rápido e simples de transmitir uma mensagem. Normalmente é dirigido a uma pessoa
próxima, com quem se tem intimidade, e por isso mesmo costuma ser escrito em linguagem informal.
O bilhete não requer um tipo específico de papel, muito menos segue um padrão formal. É sempre
aconselhável, entretanto, uma boa apresentação. Portanto da mesma forma que os demais canais de
comunicações, também exige uma boa redação, contida de objetividade e clareza.
Por seu caráter descontraído, o bilhete não requer um tipo específico de papel, muito menos segue
um padrão formal.
Mesmo sendo breve e informal, o bilhete apresenta uma forma de organização que deve ser seguida
para atender ao seu maior objetivo: comunicar de forma rápida e precisa.
Camila,
Obrigada.
Tânia
12/9/11
Memorando
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(TIMBRE)
Em: 23/07/11
Declaração
A declaração pode ser manuscrita em papel almaço simples (tamanho ofício) ou digitada/datilografada.
Quanto ao aspecto formal, divide-se nas seguintes partes:
Timbre – impresso como cabeçalho, contendo o nome do órgão ou empresa. Atualmente a maioria
das empresas possui um impresso com logotipo. Nas declarações particulares usa-se papel sem timbre.
Título – deve-se colocá-lo no centro da folha, em caixa alta.
Texto – deve-se iniciá-lo a cerca de quatro linhas do título. Dele deve constar:
- Identificação do emissor. Se houver vários emissores, é aconselhável escrever, para facilitar: os
abaixo assinados.
- O verbo atestar/declarar deve aparecer no presente do indicativo, terceira pessoa do singular ou do
plural.
- Finalidade do documento – em geral costuma-se usar o termo “para os devidos fins” , mas também
pode-se especificar: “ para fins de trabalho” , “para fins escolares” ,etc.
- Nome e dados de identificação do interessado. Esse nome pode vir em caixa alta, para facilitar a
visualização.
- Citação do fato a ser atestado.
Local e data – deve-se escrevê-los a cerca de três linhas do texto.
Assinatura – assina-se a cerca de três linhas abaixo do local e data.
(TIMBRE)
DECLARAÇÃO
Ofício
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Ofício é a correspondência de caráter oficial, equivalente à carta. É dirigido por um funcionário a outro,
da mesma ou de outra categoria, bem como por uma repartição a uma pessoa ou instituição particular,
ou, ainda, por instituição particular ou pessoa a uma repartição pública. Por tratar-se, sobretudo, de
comunicação de caráter público, o ofício requer certo grau de formalidade. Atualmente, contudo, conforme
orientação da própria Presidência da República, foram introduzidas algumas inovações ao modelo
tradicional.
Aviso e ofício
Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial praticamente idêntica. A única diferença entre
eles é que o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de Estado, Secretário-Geral da Presidência
da República, Consultor-Geral da República, Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Chefe do
Gabinete Militar da Presidência da República e pelos Secretários da Presidência da República, para
autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o ofício é expedido para e pelas demais autoridades.
Ambos têm como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração Pública
entre si e, no caso do ofício, também com particulares. Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem
integralmente o modelo do “padrão ofício”, com acréscimo do destinatário. Pode-se observar mínima
diferença de estrutura, sobretudo nos parágrafos do desenvolvimento, entre expedientes que apenas
encaminhem documentos e outros que informem ou tratem substantivamente de determinado assunto.
Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo do padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que
invoca o destinatário, seguido de vírgula. Exemplos: Excelentíssimo Senhor Presidente da República
Senhora Ministra Senhor Chefe de Gabinete Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício as
seguintes informações do remetente: - nome do órgão ou setor; - endereço postal; - telefone e endereço
de correio eletrônico.
Modelo de Ofício
[Ministério]
[Secretaria/Departamento/Setor/Entidade]
[Endereço para correspondência].
5 cm [Endereço – continuação]
[Telefone e endereço de Correio Eletrônico]
Ofício n° 524/1991/SG-PR
Senhor Deputado,
2,5 cm
1. ----------- Em complemento às observações transmitidas pelo telegrama n°
154, de 24 de abril último,
informo Vossa Excelência de que as medidas mencionadas em sua carta n°
6708, dirigida ao Senhor
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3 cm Presidente da República, estão amparadas pelo
---------procedimento administrativo de demarcação de terras indígenas instituído pelo
Decreto n° 22, de 4 de fevereiro de 1991 (cópia anexa).
Atenciosamente.
[Nome]
[cargo]
Requerimento
Se algum dia você precisar se dirigir a uma autoridade para fazer um pedido para o qual necessite ter
amparo na lei, deve fazê-lo através de um requerimento.
Telegrama
Eis algumas informações que podem ser úteis caso você queira enviar um telegrama:
Empregue um número reduzido de palavras, atentando para a clareza, a fim de que a mensagem não
seja prejudicada. O custo do telegrama é proporcional ao número de palavras usadas, a contar da
indicação do receptor (destinatário). Apenas as informações relativas ao remetente não são cobradas.
Cada palavra com até dez letras equivale a uma taxa e as palavras com mais de dez letras equivalem
a duas taxas, portanto substitua as palavras com mais de dez letras por palavras sinônimas menores,
com menos letras, para evitar dupla taxação.
Não divida as palavras ao final da linha, nem use hífen em palavras compostas ou expressões com
pronomes.
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Fonte: Professor Eduardo da Rocha – FAATESP – Faculdades de Tecnologia Álvares de Azevedo.
Alvará
Alvará é o documento firmado por autoridade competente, certificando, autorizando ou aprovando atos
ou direitos.
Modelo de Alvará
Ata
A ata é um documento em que deve constar um resumo por escrito, detalhando os fatos e as soluções
a que chegaram as pessoas convocadas a participar de uma assembleia, sessão ou reunião. A expressão
correta para a redação de uma ata é lavrar uma ata. Uma das funções principais da ata é historiar, traçar
um painel cronológico da vida de uma empresa, associação, instituição. Serve como documento para
consulta posterior, tendo em alguns casos caráter obrigatório. Por tratar-se de um documento, a ata deve
seguir algumas normas específicas.
Procuração
Através da procuração uma pessoa (física ou jurídica) autoriza alguém a agir e realizar negócios em
seu nome. Há dois tipos de procuração:
Pública – aquela que é lavrada por tabelião em Livro de Notas. O translado (cópia autêntica do que
consta no livro) fica em poder do procurador. É usada em casos de compra e venda de imóveis, em
assuntos de maior peso.
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Particular – aquela que é datilografada ou manuscrita, sem registro no Livro de Notas. Digamos que
você não possa fazer sua matrícula na escola. Então, você poderá passar uma procuração particular para
alguém de sua confiança que resolverá esse, e apenas esse, assunto para você.23
Certidão
Declaração feita por escrito, objetivando comprovar ato ou assentamento constante de processo, livro
ou documento que se encontre em repartições públicas. Podem ser de inteiro teor - transcrição integral,
também chamada traslado - ou resumidas, desde que exprimam fielmente o conteúdo do original.
Observação: Certidões autenticadas têm o mesmo valor probatório do original e seu fornecimento,
gratuito por parte da repartição pública, é obrigação constitucional (Const. Fed. 1988, art. 5º, XXXIV, b).
Modelo de Certidão
Confere
JOSÉ DA SILVA
Agente Administrativo
Visto
ANTÔNIO DE SOUSA
Diretor do Departamento de Cadastro
Comunicado
O comunicado é um tipo de aviso ou recado oficial, que é utilizado com o objetivo de passar uma
determinada informação. Uma empresa, um colégio, órgãos da administração pública, entre outros
23
Professor Eduardo da Rocha – FAATESP – Faculdades de Tecnologia Álvares de Azevedo.
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costumam promover eventos, reuniões, etc., com divulgação nos meios de comunicação. Essa divulgação
é feita através do comunicado.
O comunicado apresenta duas formas de circulação que podem ser interna ou externa, de acordo com
o objetivo.
A comunicação interna circula dentro da própria instituição e apresenta um formato semelhante ao
formato do memorando.
Já a comunicação externa é divulgada para outras instituições e apresenta um formato semelhante ao
formato do edital.
Modelo de Comunicado
COMUNICADO
Fulano de tal
Prefeito Municipal
Decreto
Destinado ao público em geral, o decreto tem a finalidade de regulamentar leis e dispor sobre
organização administrativa, matérias tributária, orçamentária, financeira e de recursos humanos. Não é
função do decreto apresentar conteúdo ou destinação definidos de modo exaustivo; para isso é
necessária publicação de outros atos mais específicos.
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Decretos são atos administrativos da competência exclusiva do Chefe do Executivo, destinados a
prover situações gerais ou individuais, abstratamente previstas, de modo expresso ou implícito, na lei. 24.
Esta é a definição clássica, a qual, no entanto, é inaplicável aos decretos autônomos, tratados adiante.
Tal como as leis, os decretos compõem-se de dois elementos: a ordem legislativa (preâmbulo e fecho)
e a matéria legislada (texto ou corpo da lei).
Assinale-se que somente são numerados os decretos que contêm regras jurídicas de caráter geral e
abstrato.
Os decretos que contenham regras de caráter singular não são numerados, mas contêm ementa,
exceto os relativos a nomeação ou a designação para cargo público, os quais não serão numerados nem
conterão ementa.
Todos os decretos serão referendados pelo Ministro competente.
Modelo de Decreto:
DECRETO N° 4.298, DE 11 DE JULHO DE 2002.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VI, alínea
“a”, da Constituição,
DECRETA:
Art. 1º Transição governamental é o processo que objetiva propiciar condições para que o candidato
eleito para o cargo de Presidente da República possa receber de seu antecessor todos os dados e
informações necessários à implementação do programa do novo governo, desde a data de sua posse.
Parágrafo único. Caberá ao Chefe da Casa Civil da Presidência da República a coordenação dos
trabalhos vinculados à transição governamental.
Art. 2º O processo de transição governamental tem início seis meses antes da data da posse do
novo Presidente da República e com ela se encerra.
Art. 3º O candidato eleito para o cargo de Presidente da República poderá indicar equipe de
transição, a qual terá acesso às informações relativas às contas públicas, aos programas e aos projetos
do Governo Federal.
Parágrafo único. A indicação a que se refere este artigo será feita por meio de ofício ao Presidente
da República.
Art. 4º Os pedidos de acesso às informações de que trata o art. 3o, qualquer que seja a sua natureza,
deverão ser formulados por escrito e encaminhados ao Secretário-Executivo da Casa Civil da
Presidência da República, a quem competirá requisitar dos órgãos e entidades da Administração
Pública Federal os dados solicitados pela equipe de transição, observadas as condições estabelecidas
no Decreto no 4.199, de 16 de abril de 2002.
Art. 5º Os Secretários-Executivos dos Ministérios deverão encaminhar ao Secretário-Executivo da
Casa Civil da Presidência da República as informações de que trata o art. 4o, as quais serão
consolidadas pela coordenação do processo de transição.
Art. 6º Sem prejuízo do disposto nos arts. 1o a 5o, o Secretário-Executivo da Casa Civil solicitará
aos Secretários-Executivos dos Ministérios informações circunstanciadas sobre:
I - programas realizados e em execução relativos ao período do mandato do Presidente da
República;
II - assuntos que demandarão ação ou decisão da administração nos cem primeiros dias do novo
governo;
III - projetos que aguardam implementação ou que tenham sido interrompidos; e
IV - glossário de projetos, termos técnicos e siglas utilizadas pela Administração Pública Federal.
24
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo. 16. ed. São Paulo, 1988. p. 155.
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Art. 7º O Chefe da Casa Civil expedirá normas complementares para execução do disposto no art.
5o.
Art. 8º As reuniões de servidores com integrantes da equipe de transição devem ser objeto de
agendamento e registro sumário em atas que indiquem os participantes, os assuntos tratados, as
informações solicitadas e o cronograma de atendimento das demandas apresentadas.
Art. 9º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
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Despacho
Estrutura
Quando for Quando o despacho
proferido no corpo for em folha a parte
do documento
1. Texto com a 1. Documento de
resolução e/ou referência:
encaminhamento; identificação do
2. Data em que foi documento a que o
proferido o Despacho se refere;
despacho;e, 2. Texto com a
3.Assinatura com resolução e/ou
carimbo do emitente. encaminhamento;
3. Data em que foi
proferido o
despacho;e,
4.Assinatura com
carimbo do emitente.
Ordem De Serviço
Observações
1. Utiliza-se a sigla OS.
2. A OS deverá ser emitida em 02 (duas) vias, com a seguinte destinação: 1ª via - autoridade emitente;
2ª via - Setor de Preparo do Boletim de Serviço.
3. A matéria deverá ser encaminhada em disquete, através de Guia de Remessa de Documentos e
Processos (GRDP), contendo apenas o ato a ser publicado.
4. Só terá vigência a partir de sua publicação no BS.
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Exemplo:
Edital
Documento com a finalidade de anunciar ou tornar público, via imprensa ou afixação em lugares
públicos, fato que deve ser conhecido pelo público em geral.
Os editais recebem designação própria segundo seu objetivo (licitação, concorrência, concurso para
provimento de cargos, citação, intimação, notificação etc.). A finalidade dos editais sempre será anunciar
ou tornar público fato que deve ser conhecido.
A Lei Federal 8.666/93 e o Decreto Estadual 40.399/95 apresentam regras de publicação de editais de
concorrência, tomada de preços, concurso e leilão.
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- Para que não se possa alegar ignorância de sua mensagem, o edital é afixado em local público ou
divulgado pela imprensa oficial (Diário oficial), ou por jornal de expressiva circulação.
- Todo edital deve ser assinado, com exceção de divulgação em imprensa, ou mídia.
- A paragrafação pode seguir o estilo americano (sem entradas de parágrafo), ou estilo tradicional. No
caso de estilo americano, todo o texto, a data e a assinatura devem ser alinhados à margem esquerda.
No estilo tradicional, devem ser centralizados.
a) TIMBRE: impresso no alto do papel. Todo edital deve conter o timbre do órgão que o expede.
EDITAL Nº 435/02
EDITAL Nº 435/02-DIFIN
Portaria
RESOLVE:
PEDRO PARENTE”
Requerimento
Se algum dia você precisar se dirigir a uma autoridade para fazer um pedido para o qual necessite Ter
amparo na lei, deve fazê-lo através de um requerimento.
Útil para solicitar autoridade pública algo que, ao menos supostamente, tenha amparo legal.
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- A paragrafação pode seguir o estilo americano (sem entradas de parágrafo), ou estilo tradicional. No
caso de estilo americano, todo o texto, o fecho e a data devem ser alinhados à margem esquerda. No
estilo tradicional, o fecho e a data devem ser alinhados à direita.
- Por conter muitas informações, é de bom tom que o texto não ultrapasse 6 ou 10 linhas, incluindo a
identificação, exposição e justificativa.
- Caso seja necessário anexar algum documento, o(s) anexo(s) deve(m) ser mencionado(s) no texto.
- Para um bom requerimento, basta esquematizá-lo, segundo os passos:
(Destinatário/invocação)
Requerente
Identificação
O que requer
Justificativa
(Amparo legal, se
houver)
(Localidade e data)
(Assinatura)
c) FECHO: cerca de 3 linhas abaixo do texto. Pode ocupar uma ou duas linhas. Não é obrigatório.
d) Data: cerca de 2 linhas do fecho (se houver), ou do texto. Deve ser completa. Rio de Janeiro, 12 de
abril de 2002.
e) ASSINATURA: cerca de 2 linhas da data. Não se coloca nome, pois os dados já constam no texto,
nem há necessidade de linha.
Redação Oficial é a maneira pela qual o poder público redige atos normativos e comunicações. Desse
modo, a finalidade principal da Redação Oficial é comunicar com impessoalidade e clareza para que a
mensagem ali transmitida seja compreendida por todos os cidadãos. Em resumo, a Redação Oficial deve
ser: clara, concisa, impessoal, formal e padronizada. Pode-se dizer que redação oficial é a maneira pela
qual o Poder Público redige atos normativos e comunicações.
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A redação oficial25 deve caracterizar-se pela impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem,
clareza, concisão, formalidade e uniformidade. Fundamentalmente esses atributos decorrem da
Constituição, que dispõe, no artigo 37: "A administração pública direta, indireta ou fundacional, de
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (...)". Sendo a publicidade
e a impessoalidade princípios fundamentais de toda administração pública, claro está que devem
igualmente nortear a elaboração dos atos e comunicações oficiais.
Não se concebe que um ato normativo de qualquer natureza seja redigido de forma obscura, que
dificulte ou impossibilite sua compreensão. A transparência do sentido dos atos normativos, bem como
sua inteligibilidade, são requisitos do próprio Estado de Direito: é inaceitável que um texto legal não seja
entendido pelos cidadãos. Publicidade implica em clareza e concisão.
A correspondência oficial provém de instituições do serviço público, tanto civis como militares, ou a
elas se dirige. Abrange atos dos poderes legislativo, executivo e judiciário, requerimento dos cidadãos,
avisos à população, etc.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htm
Questões
01. (Faceli - Técnico Administrativo – FUNCAB/2015) O memorando e o ofício são documentos que,
em sentido amplo, objetivam a execução de atos normativos e, se caracterizam, quanto à espécie, em
atos:
(A) de correspondência.
(B) comprobatórios.
(C) enunciativos.
(D) de assentamento.
(E) de ajuste.
04. (ITAIPU BINACIONAL - Secretariado Executivo - NC-UFPR /2015) Em relação aos tipos de
correspondência, assinale a alternativa correta.
25
Manual de Redação Oficial da Presidência da República: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htm
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(A) Memorando é um documento que autoriza alguém a agir e realizar negócios em seu nome.
(B) Ofício é um documento que tem a função de solicitar ou persuadir, podendo utilizar-se na solicitação
de emprego ou oferta de algum produto.
(C) Requerimento é um bilhete comercial rápido e objetivo, sem a necessidade de saudações e
finalizações.
(D) Ata é um documento em que deve constar um resumo por escrito dos fatos relatados e das
soluções a que chegaram as pessoas que participaram de uma reunião.
(E) Procuração é um documento que se dirige a várias pessoas ao mesmo tempo e tem como
finalidade a comunicação entre as diferentes seções da empresa.
05. (IF-RJ – Arquivista – BIO-RIO/2015) Pode-se afirmar com relação às correspondências sigilosas
que chegam à instituição que:
(A) são registradas e distribuídas diretamente ao destinatário.
(B) são abertas, registradas e distribuídas em seguida ao destinatário.
(C) são abertas e encaminhadas ao arquivo para classificação e registro.
(D) não são registradas, mas distribuídas diretamente ao destinatário.
(E) não são registradas nem distribuídas diretamente ao destinatário.
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O Documento acima é um:
(A) Modelo de Representação.
(B) Modelo de Abaixo-assinado.
(C) Modelo de Requerimento.
(D) Modelo de Reclamação escrita para juizados especiais.
08. (Colégio Pedro II - Assistente em Administração - IDECAN) Uma determinada prefeitura, para
comunicar os aprovados em seu concurso público, deverá utilizar o instrumento denominado
(A) edital.
(B) despacho.
(C) informação.
(D) mensagem.
(E) memorando.
Respostas
01. Resposta: A.
Atos de correspondência: Estes atos podem ser de correspondência individual ou pública. Objetivam
a execução dos atos normativos, em sentido amplo. Exemplos: aviso, ofício, carta, memorando,
mensagem, edital, intimação, exposição de motivos, notificação, telegrama, telex, telefax, alvará, circular.
02. Resposta: C.
O Signatário é identificado como aquele que expede o documento, ou seja, aquele que assina o
documento.
03. Resposta: A.
Ostensivos ou Ordinários – Qualquer pessoa pode consultar o documento (a sua divulgação não
prejudica a instituição).
Sigilosos – Tais documentos são limitados a um número restrito de pessoas. Por essa razão, devem
ser adotadas medidas especiais de salvaguarda (segurança, proteção) na sua custódia e disseminação.
Analisando as informações acima podemos concluir que somente a última afirmativa,
Correspondência oficial pode ter caráter ostensivo ou sigiloso, está correta.
04. Resposta: D.
A ata é um documento em que deve constar um resumo por escrito, detalhando os fatos e as soluções
a que chegaram as pessoas convocadas a participar de uma assembleia, sessão ou reunião.
05. Resposta: D.
Tais documentos (particulares e sigilosos) deverão ser encaminhados diretamente aos respectivos
destinatários, sem a necessidade de serem classificados, pois têm acesso restrito.
Apenas os destinatários poderão abrir estes documentos.
06. Resposta: D.
Ofício: detalhado e externo
Mensagem: é o instrumento de comunicação oficial ente os chefes dos poderes públicos (ex: chefe
do poder executivo que se comunica com o poder legislativo)
Memorando: entre setores de um mesmo órgão, interno e conciso (econômico)
Requerimento: fazer uma solicitação, requerer algo que se julga ser de direito.
07. Resposta: C.
Documento que pede deferimento é requerimento, pois requer uma resposta. (Deferido ou indeferido).
08. Resposta: A.
São objeto de editais concorrências administrativas para aquisição, alienação ou recuperação de
material, aberturas de concursos para provimento de cargos públicos, intimações, notificações,
convocações e demais avisos que, por sua natureza, devam ter ampla divulgação, conforme a legislação
vigente.
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Gestão de material e controle de estoques e almoxarifado
Administração de Materiais26
Toda produção depende de três fatores: natureza, trabalho e capital. A natureza fornece os insumos
necessários à produção, como matérias-primas, energia, terra etc.
O capital fornece o dinheiro necessário para adquirir os insumos e pagar o pessoal, permitindo
comprar, adquirir e utilizar os demais fatores de produção. O trabalho é constituído pela mão de obra, que
processa e transforma os insumos e matérias-primas em produtos acabados ou serviços prestados.
A empresa (pública ou privada) é um sistema, que transforma a natureza, o capital e o trabalho em um
resultado maior que a soma desses fatores aplicados individualmente. A coordenação harmoniosa dos
fatores de produção objetiva a obtenção de resultados. A inabilidade de coordenar os fatores de produção
gera os prejuízos.
As empresas afetam e são afetadas pelo ambiente externo, onde encontram-se os recursos naturais,
a economia, a política, a sociedade etc. Do ambiente externo obtém-se os recursos naturais, que são
processados, transformados e devolvidos, na forma de serviços e produtos acabados, e resíduos.
A eficiência significa a utilização adequada dos recursos, e a eficácia significa o alcance dos objetivos
propostos.
Perceba que em uma organização, podemos identificar vários tipos de recursos: humanos,
tecnológicos, materiais e financeiros. Nosso foco aqui são para os recursos materiais.
Recurso material está relacionado aos meios físicos que são utilizados pela instituição na produção
de seu produto final, podendo ser um produto material ou serviços. Não são bens permanentes.
Recuso Patrimonial, são os meios físicos destinados à manutenção das atividades de uma
organização. São bens permanentes. Além disso, nem sempre é possível armazená-los em estoques.
Na contabilidade, os recursos patrimoniais referem-se ao conceito de bens de uso, ou ativo imobilizado
de uma organização (imóveis, terrenos, imóveis e utensílios, veículos, máquinas e equipamentos,
computadores e terminais, instalações, etc.).
De tal modo, a Administração de Recursos Materiais pode ser definida como sendo um conjunto de
atividades desenvolvidas dentro de uma empresa, de forma centralizada ou não, destinadas a
suprir as diversas unidades, com os materiais necessários ao desempenho normal das
respectivas atribuições.
Uma outra definição traz que é o conjunto de atividades conduzidas em uma organização, visando
a maximizar a utilização dos recursos da empresa.
Em outras palavras, evitar o desperdício, que pode se manifestar das mais diversas maneiras: excesso
de estoque, aquisição de materiais desnecessários ou de baixa qualidade, etc.
26
FENILI, R. Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais para concursos. 3 Ed. Editora Método, 2014.
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recursos do processo produtivo, indo além de um simples controle de estoques, envolvendo um vasto
campo de relações que são interdependentes e que precisam ser bem geridos para evitar desperdícios.
A meta principal de uma empresa é maximizar o lucro sobre o capital investido. Espera-se então, que
o dinheiro que está investido em estoque seja necessário para a produção e o bom atendimento das
vendas. Contudo, a manutenção de estoques requer investimentos e gastos elevados; evitar a formação
de estoques ou tê-los em número reduzidos de itens e em quantidade mínimas, sem que em
contrapartida, aumente o risco de não ser satisfeita a demanda dos usuários é o conflito que a
administração de materiais visa solucionar.
A gerência de materiais é um conceito vital que pode resultar na redução de custos e no
aperfeiçoamento do desempenho de uma organização de produção, quando é adequadamente entendida
e executada. É um conceito que deve estar contido na filosofia da empresa e em sua organização.
Os materiais em geral representam a maior parcela de custo de produtos acabados, mostrando que
são responsáveis por aproximadamente 52% do custo do produto numa média empresa e, em alguns
casos, podem chegar a 85%. O investimento em estoque de materiais é tipicamente de 1/3 do ativo de
uma empresa.
Administrar materiais é fazer um exercício de provedor, analista, pesquisador e programador. É, acima
de tudo, colocar a empresa como um organismo viável a todos que dela participam.
O objetivo, portanto, é otimizar o investimento em estoques, aumentando o uso eficiente dos meios
internos da empresa, minimizando as necessidades de capital investido. A grande questão é poder
determinar qual a quantidade ideal de material em estoque, onde tanto os custos, como os riscos de não
poder satisfazer a demanda serão os menores possíveis.
- Compra;
- Transporte;
- Armazenagem e conservação;
- Manipulação e;
- Controle de estoques.
Compras
A função de Compras envolve fornecedores, contratos, tomada de preços, pedido de compra (prazos,
condições de pagamento etc.), transporte e controle no recebimento da mercadoria. Caso haja
importações, os compradores deverão ter conhecimento das leis e guias de importação, bem como dos
processos envolvendo órgão do governo federal mediador das importações.
O sistema de compras baseia-se em uma ação que envolve atividades de pesquisa para a melhor
adequação dos objetivos organizacionais. Podemos ressaltar as seguintes ações de Suprimentos e de
Apoio.
Ações de suprimento: Solicitação de compras; Coleta de preços; Análise dos preços; Pedido de
Compras; Acompanhamento do pedido.
Solicitação de Compras.
É o documento que contém as informações sobre o que comprar. Pode ser originado por vários
setores, dependendo do tipo de material
Apesar da variedade de compras que uma empresa realiza, há alguns objetivos básicos da atividade
de compras, que são válidos para todos os materiais e serviços comprados. Materiais e serviços devem
apresentar a qualidade certa; ser entregue no momento certo e na quantidade correta; ser capaz
de alteração em termos de especificação, tempo de entrega ou quantidade (flexibilidade); e ter
preço correto.
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As mercadorias de uma empresa podem ser classificadas em três tipos, de acordo com a rotatividade
de seus estoques:
- Mercadorias de alto giro;
- Mercadorias de médio giro;
- Mercadorias de baixo giro.
As mercadorias de alto giro são aquelas destinadas a provocar tráfego no salão de vendas. Esse tipo
de mercadoria quase sempre dá pouco lucro, mas exerce um efeito de atração da clientela. Num bar, por
exemplo, são aquelas que ficam bem à vista do freguês: cigarro, fósforo, chicletes, balinhas etc.
As mercadorias de médio e baixo giro são aquelas que apresentam uma rotação de estoque mais
lenta. Permitem taxas de marcação mais elevadas para compensar a demora de suas saídas.
1) Coleta de Preços: no documento de registro da pesquisa de preços que, pode ser uma planilha do
Excel ou outro tipo de programa específico, devem ser registrados os dados recebidos dos fornecedores,
identificação, tipo de material a ser fornecido, preços, pagamentos, etc.
Os gestores de compras fazem uma ligação vital entre a empresa e seus fornecedores. Para serem
eficazes, precisam compreender tanto as necessidades de todos os processos da empresa, como as
capacitações dos fornecedores que podem fornecer produtos e serviços para a organização.
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A compra interfere diretamente nas vendas. A qualidade, quantidade, preço e prazo dos produtos
fabricados numa indústria dependem muito das condições em que foram adquiridos os insumos e as
matérias-primas. No comércio, as compras de mercadorias realizadas em melhores condições
proporcionam venda mais rápida e, possivelmente, com maior margem de lucro.
A gestão de compras é tida como um fator estratégico nos negócios. Comprar significa procurar,
adquirir e receber mercadorias e insumos necessários à manutenção, funcionamento e expansão da
empresa.
Não é tão fácil definir quais os fornecedores que apresentam todas as condições necessárias:
- se o preço de aquisição é justo e oferece condições de marcar um preço de venda que permita
concorrer no mercado e, ao mesmo tempo, obter uma boa margem de lucro;
- se a qualidade dos produtos oferecidos tem a perfeição do acabamento exigida pelo consumidor; se
a quantidade oferecida é suficiente para as necessidades de produção e vendas de um determinado
período;
- se os prazos de entrega satisfazem as programações de vendas da empresa;
- se os prazos de pagamento cobrem os prazos médios de vendas e não comprometem o capital de
giro próprio.
Toda empresa deve possuir um bom cadastro, onde são registradas as informações necessárias sobre
os fornecedores (endereço, número do CNPJ, número da inscrição, objetivos sociais, pessoas para
contato, linhas de produtos ou mercadorias, prazo médio de entrega, condições de pagamento, política
de descontos etc.).
Cadastro de Fornecedores
Critérios de cadastramento
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Os fatores de decisão para inclusão de fornecedores fundamentam-se:
- na estabilidade econômico-financeira;
- na idoneidade comercial;
- na capacidade produtiva;
- na capacidade técnica;
- na tradição no mercado.
Os critérios para cadastramento envolvem duas fases distintas: a. fase inicial – análise
preliminar; b. fase final – análise complementar.
a) Fase inicial – análise preliminar - Consiste na análise sumária e rápida dos documentos
preliminares apresentados pelo interessado no cadastramento. Para tanto, os interessados devem
apresentar:
Aprovação de cadastro
Depois de coletar os dados dos fornecedores a empresa deve efetuar a análise do conceito técnico do
fornecedor:
- Deficiente – não deverá obter registro;
- Regular – poderá vir a ser registrada;
- Bom e excelente – deverão ser cadastradas.
Seleção de fornecedores
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Avaliação de fornecedores
a) Desempenho comercial
São os seguintes aspectos:
- Coleta de preços: número de respostas às consultas e obediência as condições gerais de
fornecimento.
- Cumprimento das condições contratuais: condições de pagamento, reajustes de preços, preços
propostos e ética comercial.
c) Qualidade do produto
O fornecedor é avaliado por meio da quantidade de devoluções efetuadas.
Modalidades de Compras
De Emergência – É aquela que se realiza às pressas. Acontece quando a empresa não faz
planejamento das compras.
Antecipada – É realizada, a fim de atender às reais necessidades da loja para determinado período.
Exige rigorosa previsão das vendas.
Reposição – É aquela para adquirir mercadorias com comportamento estável das vendas. Exemplo:
produtos de higiene, limpeza e outros que registram comportamento de vendas equilibrado.
Compras Públicas
“Art. 37, inciso XXI: ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e
alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de
condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas
as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de
qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.”
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Este procedimento visa garantir duplo objetivo:
- Proporcionar às entidades governamentais possibilidade de realizarem o negócio mais vantajoso;
- garantir a transparência do processo licitatório e assegurar igualdade de condições aos concorrentes.
A Lei 8.666/93 é uma lei federal brasileira, criada em 21 de junho de 1993. Esta lei estabelece normas
gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade,
compras, alienações e locações no âmbito dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e os
Municípios.
Transportes27
A função de Transportes envolve do fornecedor até o espaço físico de estocagem pode ser feita interna
ou por terceiros. Caso seja interna, envolve o processo de gerenciamento e distribuição das cargas. Se
externa, envolve a contratação de transportadoras (rodoviárias, ferroviárias, aéreas ou marítimas).
- Distribuição: está relacionada à expedição do material, que envolve a acumulação do que foi
recebido da parte de estocagem, a embalagem que deve ser adequada e assim a entrega ao seu destino
final. Nessa atividade normalmente precisa-se de nota fiscal de saída para que haja controle do estoque.
Com a Revolução Industrial, a invenção da máquina a vapor e a substituição da madeira pelo aço
possibilitaram a construção de embarcações cada vez maiores, o que ocasionou o barateamento dos
custos do transporte sobre as águas o que revolucionou as primeiras empresas e deu início as redes de
distribuição física.
O transporte como o deslocamento de pessoas e pesos de um local para outro. Nos primórdios da
humanidade todos os pesos eram transportados pelo próprio homem, de acordo com a sua limitada
capacidade física. O homem passou a transportar mercadorias também via aérea, sempre que a
imperiosidade de rapidez no transporte privilegiava a relação custo x benefício em especial no caso de
produtos de alto valor agregado.
Atualmente, o estudo do transporte de cargas tomou o cunho sistêmico de especialização científica,
buscando-se entender e analisar todas as variáveis envolvidas para melhor atender às complexas
necessidades decorrentes das transações comerciais locais, regionais e internacionais.
SUCESSIVO - Quando, para alcançar seu destino final, a unidade de carga necessita ser transportada
por um ou mais veículos da mesma modalidade de transporte, abrangidos por um ou mais contratos de
transporte.
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que terão seu cargo a condução da unidade de carga do ponto de expedição até o destino final. Qualquer
atraso pode significar a perda do transporte nos demais modais, gerando “frete morto”, ou seja, pagar por
ter reservado o espaço, mesmo sem realizar o transporte. A imputação de responsabilidades por perdas
ou avarias é muito complexa e as indenizações por lucros cessantes, flutuação de preços, etc., são
praticamente impossíveis.
Os principais modais de transportes mais utilizados para se efetuar um transporte podem ser:
As principais variáveis de decisão quanto à seleção dos modais de transporte são a disponibilidade e
frequência do transporte, a confiabilidade do tempo de trânsito, o valor do frete, o índice de faltas e/ou
avarias (taxa de sinistralidade) e o nível de serviços prestados.
O tempo de trânsito afeta o prazo de ressuprimento, abrangendo o tempo despendido pelo embarcador
na consolidação e manuseios, o tempo de viagem propriamente dito, os tempos necessários aos
transbordos e o tempo necessário à liberação da carga por ocasião do recebimento. Qualquer atraso
imprevisto pode paralisar uma linha de produção caso o estoque de reserva seja muito baixo.
A possibilidade de avarias aumenta na mesma proporção da quantidade de manuseios e transbordos.
Às vezes, a fragilidade da mercadoria justifica a utilização de um modal cujo frete seja sensivelmente de
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maior custo. A sofisticação dos serviços pode sinalizar, por exemplo, para um sistema de posicionamento
geográfico instantâneo via satélite ao longo do percurso.
Sendo assim, confiabilidade no âmbito de transporte diz respeito à capacidade de o modal receber
uma carga para transportar e a de entregá-la no destino com a garantia de que essa situação ocorrerá o
maior número de vezes possível. Assim, a confiabilidade pode ser medida pela razão entre o número de
transportes realizados e o sucesso pelo número de transportes solicitados.
Armazenagem e Conservação
Tipos de armazenagem
Técnicas de armazenagem28
Custos de armazenagem
São diretamente proporcionais ao estoque médio e ao tempo de permanência em estoques. A medida
que aumenta a quantidade de material em estoque, aumenta os custos de armazenagem que podem ser
agrupados em diversas modalidades:
- Custos de capital: juros, depreciação ( o capital investido em estoque deixa de render juros)
- Custos com pessoal: salários encargos sociais (mais pessoas para cuidar do estoque)
- Custos com edificações: aluguel, imposto, luz (maior área para guardar e conservar os estoques)
-Custos de manutenção - deterioração, obsolescência, equipamento (maiores as chances de perdas
e inutilização, bem como mais custos de mão-de-obra e equipamentos). Este custo gira aproximadamente
em 25% do valor médio de seus produtos. Também estão envolvidos os custos fixos (que independem
da quantidade), como por exemplo, o aluguel de um galpão.
28
CORRÊA, E.; VIEIRA, V. Armazenagem de Materiais, 2012. Disponível em: <http://armazenagemdemateriais2.blogspot.com.br/>. Acesso em: 12 mai. 2015.
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d. ordem, arrumação e limpeza, de forma constante; e. segurança patrimonial, contra furtos, incêndio
etc.
Arranjo físico
Dentro do quadro geral de uma empresa, um papel importante está reservado ao arranjo físico (layout).
Fazer o arranjo físico de uma área qualquer é planejar e integrar os caminhos dos componentes de um
produto ou serviço, a fim de obter o relacionamento mais eficiente e econômico entre o pessoal,
equipamentos e materiais que se movimentam.
Dito de uma forma simples, definir o arranjo físico é decidir onde colocar todas as instalações,
máquinas, equipamentos e pessoal da produção.
O arranjo físico procura uma combinação ótima das instalações industriais e de tudo que concorre para
a produção, dentro de um espaço disponível. Visa harmonizar e integrar equipamento, mão de obra,
material, áreas de movimentação, estocagem, administração, mão de obra indireta, enfim todos os itens
que possibilitam uma atividade industrial.
Ao se elaborar, portanto, o arranjo físico deve-se procurar a disposição que melhor conjugue os
equipamentos com os homens e com as fases do processo ou serviços, de forma a permitir o máximo
rendimento dos fatores de produção, através da menor distância e no menor tempo possível.
Para se conseguir os seus objetivos, o arranjo físico se utiliza dos seguintes princípios gerais, que
devem ser obedecidos por todos os estudos.
Integração: Os diversos elementos (fatores diretos e indiretos ligados a produção) devem estar
integrados, pois a falha em qualquer um deles resultará numa ineficiência global. Todos os pequenos
pormenores da empresa devem ser estudados, colocados em posições determinadas e dimensionados
de forma adequada; como por exemplo, a posição dos bebedouros, saídas do pessoal, etc.
Mínima Distância: O transporte nada acrescenta ao produto ou serviço. Deve-se procurar uma
maneira de reduzir ao mínimo as distâncias entre as operações para evitar esforços inúteis, confusões e
custos.
Obediência ao fluxo das operações: As disposições das áreas e locais de trabalho devem obedecer
as exigências das operações de maneira que homens, materiais e equipamentos se movem em fluxo
contínuo, organizado e de acordo com a sequência lógica do processo de manufatura ou serviço. Devem
ser evitados cruzamentos e retornos que causam interferência e congestionamentos. Eliminar obstáculos
a fim de garantir melhores fluxos de materiais e sequência de trabalho dentro da empresa, reduzindo
materiais sem processo mantendo-os contínuo movimento.
Flexibilidade: Este é um princípio que, notadamente na atual condição de avanço tecnológico, deve
ser atentamente considerado pelo projetista de layout. São frequentes e rápidas as necessidades de
mudança do projeto do produto, mudanças de métodos e sistemas de trabalho. A falta de atenção a essas
alterações pode levar uma empresa ao obsoletismo. No projeto do layout deve-se considerar que as
condições vão mudar e que o mesmo deve ser fácil de mudar e de se adaptar as novas condições.
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Tipos de Arranjo Físico
Depois que o tipo de processo foi selecionado, o tipo básico de arranjo físico deve ser definido. O tipo
de arranjo físico é a forma geral do arranjo de recursos produtivos da operação e é em grande parte
determinado pelo tipo de produto, tipo de processo de produção e volume de produção. Existem quatro
tipos básicos de arranjo físico dos quais a maioria dos arranjos se derivam:
- arranjo posicional ou por posição fixa Quem sofre o processamento fica estacionado, enquanto
que equipamento, maquinário, instalações e pessoas movem-se em torno deste produto em processo.
Isso é, os produtos ficam parados enquanto os funcionários se movem ao redor deles.
Ex.: construção de avião; Construção de uma rodovia; Cirurgia de coração aberto Estaleiro;
Manutenção de computador de grande porte; Fábrica de aviões, navios e construção civil.
- arranjo funcional ou por processo Processos similares ou com necessidades similares são
localizados juntos. Os produtos percorrem o roteiro de acordo com suas necessidades. Apresenta alto
grau de complexidade.
Ex.: estampagem de camisetas; oficinas de usinagem, bibliotecas, supermercados.
- arranjo linear ou por produto Cada produto, elemento de informação ou cliente segue um roteiro
pré-definido o qual a sequência dos processos foram arranjados fisicamente.
Ex.: montagem de automóveis.
- arranjo de grupo ou celular O arranjo físico do tipo celular procura unir as vantagens do arranjo
físico por processo, com as vantagens do arranjo físico por produto. A célula de manufatura consiste em
arranjar em um só local, conhecido como célula, máquinas diferentes que possam fabricar o produto
inteiro. O material se desloca dentro da célula buscando os processos necessários, porém o
deslocamento ocorre em linha. Dessa forma, máquinas são agrupadas em células e estas são formadas
para produzir uma família de peças, que exijam as mesmas máquinas e têm configurações similares.
Alguns gerentes de produção que se referem ao arranjo celular como “mini linhas de produção”.
Arranjos físicos do tipo celular podem ser encontrados em vários tipos de organizações, não se
restringindo apenas à área industrial. Os exemplos a seguir se referem a diversas aplicações do arranjo
celular:
Ex.: Lanchonete de supermercado, Shopping de lojas de fábrica, Feiras e exposições etc...
Vantagens:
• mudanças de máquinas são simplificadas;
• período de treinamento é menor;
• custos de manuseio de materiais reduzidos;
• menor tempo de despacho de peças;
• menor quantidade de estoque intermediário;
• maior facilidade de automatização da produção.
Ex.: maternidade em um hospital
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Movimentação de equipamentos e
mão-de-obra
Flexibilidade de mix
Baixa utilização de recursos
Boa reação no caso de paradas para
Funcional Estoques elevados
manutenção
Fluxo complexo
Supervisão facilitada
Reconfiguração de equipamentos
Flexibilidade de mix
(custos)
Celular Lead-time baixo
Pode requerer capacidade adicional
Trabalho em grupo
Pode reduzir utilização dos recursos
Baixa flexibilidade de mix
Baixo custo unitário
Por Trabalho repetitivo
Especialização de equipamento
Produto Susceptível a paradas para
Fluxo continuado
manutenção
O estoque é composto por materiais ou produtos que ficam fisicamente disponíveis pela empresa, até
o momento de ingressarem no processo produtivo ou seguirem para a comercialização direta ao
consumidor final. Os estoques podem ser de matérias-primas e outros insumos, produtos em processos
(produtos semiacabados), produtos acabados disponíveis para a comercialização e todos os demais
materiais e insumos que a empresa utiliza e que necessitam estar armazenados nas suas dependências.
Um dos itens mais importantes do Ativo de uma empresa comercial é o estoque. Essa importância
advém não só de sua alta participação percentual no total do Ativo, mas também do fato de ser a partir
dele que se determina o custo das mercadorias ou produtos vendidos.
Segundo Oliveira, o estoque representa o custo das mercadorias possuídas por uma empresa numa
data especifica. Ou seja, é uma conta que registra os bens adquiridos para serem revendidos ou
transformados.
O tipo de estoque que uma empresa possui, depende do seu objetivo social: se for uma empresa que
comercializa produtos, ela compra e vende os mesmos produtos e seu estoque é constituído de
mercadorias. Assim sendo, a venda de estoques gera receita de vendas, custo de mercadorias ou
produtos vendidos e estoque final.
Assim, o estoque existe justamente devido às falhas que existem em nosso processo. O que leva à
primeira percepção: para reduzir os estoques, é preciso criar sistemas e mecanismos de minimização de
falhas. Esta foi a primeira lição desenhada pelo modelo japonês de produção e todos os processos que
envolvem a gestão pela qualidade total.
Com base nessa justificativa para a existência de estoques é possível desdobrar uma série de
estratégias para a sua melhor utilização. A melhoria das formas de previsão de demanda, por exemplo,
é uma maneira de racionalizar os estoques de produtos acabados e permitir um fluxo mais contínuo de
material com melhor atendimento ao cliente. Assim, os modelos de previsão de demanda, sejam
subjetivos ou objetivos irão determinar um papel crucial para a gestão dos estoques e da demanda.
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As ferramentas de melhoria da produção como qualidade total, seis sigma, teoria das restrições, etc.
terminam sempre resultando em níveis mais adequados de fornecimento com a mínima utilização de
recursos.
O nível de serviço logístico refere-se à qualidade com que o fluxo de bens e serviços é gerenciado,
ao tempo necessário para se entregar um pedido ao cliente, em outras palavras o somatório das
atividades relacionadas com a transação do produto divididas em elementos pré-transação, transação e
pós-transação29.
Diversos fatores tornam importante o nível de serviço oferecido por uma empresa. A logística
concentra uma série de constatações que podem ratificar tal importância, como:
• o nível de serviço influencia a escolha do cliente;
• o nível de serviço é importante elemento de satisfação do cliente;
• as vendas tendem a aumentar se o serviço for melhorado além daquele já oferecido por fornecedores
concorrentes;
• níveis baixos e ruins de serviço geram diminuição nas vendas;
• compradores são sensíveis aos níveis de serviço que recebem de seus fornecedores;
• melhores níveis de serviço podem significar menores custos de estoque;
• níveis de serviço adequados, combinados para o cliente, de maneira balanceada com preço,
qualidade são armas importantes para a competitividade da empresa; entre outros.
O baixo Nível de Serviço resulta em prejuízo para a organização. Por isso, é importante encontrar
um equilíbrio saudável, entre custo e um bom nível de serviço. A organização deve procurar uma
boa relação entre custo x nível de serviço, para isso deve-se considerar as necessidades de serviço dos
clientes, que devem ser satisfeitas dentro de limites negociáveis de custo, ou seja, no melhor custo
benefício do serviço x lucro gerado, e quando o nível de serviço já se encontrar em patamares elevados,
suas melhorias são mais caras e devem ser analisadas, quanto a serem ou não implementadas.
Questões
01. (TRT - 8ª Região (PA e AP) – Analista Judiciário – Área Administrativa – CESPE) Com relação
à gestão de materiais, assinale a opção correta.
(A) Um objetivo da função compras é a obtenção de um fluxo contínuo de suprimentos para
atendimento das necessidades da empresa.
(B) Em processo de fornecimento por pressão adotado por órgão do governo federal, entrega-se o
material ao usuário conforme requisição ou pedido de material.
(C) No governo federal, o recebimento implica obrigatoriamente aceitação.
(D) Lote econômico de compra consiste em carga constituída de embalagens de transporte arranjadas
ou acondicionadas de modo a facilitar seu manuseio, transporte e armazenagem por meios mecânicos,
como uma unidade.
(E) Os itens A da classificação ABC de determinado estoque são os que apresentam maior valor
financeiro unitário.
02. (TSE - Analista Judiciário - Área Administrativa – CESPE) A coordenação das atividades de
aquisição, guarda, movimentação e distribuição de materiais é responsabilidade da administração de
materiais. Com relação a esse assunto, assinale a opção correta.
(A) A ocorrência de custos de armazenagem depende da existência de materiais em estoque e do
tempo de permanência desses materiais no estoque.
(B) Se determinado material tem consumo mensal de 30 unidades, tempo de reposição e estoque
mínimo de um mês e inexistem pedidos pendentes de atendimento desse material, então seu ponto de
pedido é igual a 90 unidades.
(C) Ruptura de estoque é o termo que caracteriza nível de estoque igual a zero e impossibilidade de
atendimento a uma necessidade de consumo.
(D) Para uma adequada gestão de materiais essenciais ao funcionamento de suas operações, as
organizações devem maximizar os investimentos em estoque desses materiais.
29
BALLOU, R. H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: Logística Empresarial. Editora Bookman Companhia Ed, 2006.
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03. (TCE/ES - Analista Administrativo - Administração – CESPE) Assinale a opção correta a
respeito da gestão de estoques.
(A) A rotatividade ou antigiro é calculada pela relação entre o consumo anual e o estoque médio do
produto.
(B) As técnicas de previsão de consumo são qualificadas em três classes: projeção, explicação e
predileção.
(C) Tempo de reposição refere-se àquele decorrido entre a fabricação do produto pelo fornecedor, sua
separação, emissão do respectivo faturamento e sua preparação para o transporte.
(D) Os inventários gerais devem ser efetuados exclusivamente ao final do exercício.
(E) No sistema de estocagem fixa, devem ser utilizadas duas fichas mestras de controle: uma com o
saldo total do item, e outra, com o controle de saldo por local de estoque.
04. (SEGER-ES - Analista Executivo - Administração – CESPE) Primeiro que entra, primeiro que
sai (PEPS) e último que entra, primeiro que sai (UEPS) são métodos de valoração que se destinam a
(A) codificação de estoques.
(B) avaliação dos estoques.
(C) compras.
(D) controle de estoques.
(E) classificação de estoques.
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09. (Petrobras - Técnico de Administração e Controle Júnior – CESGRANRIO) Uma empresa que
transporte uma mercadoria por vias urbanas não exclusivas e depois por via de cabotagem está utilizando,
respectivamente, os seguintes modais:
(A) rodoviário e metroviário
(B) rodoviário e ferroviário
(C) rodoviário e marítimo
(D) metroviário e ferroviário
(E) metroviário e marítimo
10. (DNIT - Técnico Administrativo – ESAF) São considerados tipos básicos de arranjo físico, exceto:
(A) Arranjo por posição fixa.
(B) Arranjo por posição móvel.
(C) Arranjo por processo.
(D) Arranjo por produto.
(E) Arranjo celular.
12. (Petrobras - Técnico de Operação Júnior – CESGRANRIO/2015) Existe um tipo de arranjo físico
que é caracterizado por ter equipamentos organizados de acordo com as funções que executam, sendo
posicionados em locais delimitados de acordo com a similaridade de seus processos e pela possibilidade
de produzir simultaneamente um grande nú- mero de produtos em diferentes lotes.
O tipo descrito é o arranjo
(A) misto
(B) celular
(C) funcional
(D) posicional
(E) por produto
14. (DNIT - Analista em Infraestrutura de Transportes – ESAF) Com relação a modais de transporte
no Brasil, assinale a opção que apresenta uma assertiva incorreta.
(A) O principal modo de transporte no Brasil é o rodoviário, respondendo por mais da metade do volume
de movimentação nacional de cargas e por quase metade do transporte interestadual de passageiros.
(B) O modal ferroviário tem como característica marcante a elevada capacidade de carga. Além de
comportar grandes volumes, o modal se destaca pela eficiência energética e pelo menor impacto
ambiental causado, quando comparado aos transportes rodoviário e aquaviário.
(C) O desequilíbrio na participação do modo hidroviário na matriz de transportes é nítido no Brasil.
Além de impactos significativos na redução da emissão de gases poluentes e na redução do custo de
frete, uma maior participação do transporte hidroviário na matriz do Brasil contribuiria para a redução do
fluxo de caminhões nas rodovias, o que diminuiria os acidentes de trânsito e possibilitaria menores gastos
com a manutenção dos corredores rodoviários.
(D) A rede de rodovias federais pavimentadas reflete, em especial, os avanços conseguidos
principalmente na década de 1970, quando o país direcionou seus investimentos para o modal rodoviário.
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No entanto, esses investimentos diminuíram gradativamente até seu ponto mais baixo, em meados dos
anos 1990, tendo comprometido a qualidade da malha frente à necessidade do setor e da expansão da
economia nacional.
(E) O transporte aquaviário de passageiros é uma das principais formas de locomoção na Região Norte
do país. Essa região possui vasta malha hidrográfica interligando diversos municípios de difícil acesso
rodoviário. O transporte fluvial é, assim, relevante para as comunidades locais e assume forte papel
socioeconômico.
Respostas
01. Resposta: A
Objetivos básicos de uma seção de compras:
a) Obter um fluxo contínuo de suprimentos a fim de atender aos programas de produção;
b) Coordenar esse fluxo de maneira que seja aplicado um mínimo de investimento que afete a
operacionalidade da empresa;
c) Comprar materiais e insumos aos menores preços, obedecendo a padrões de quantidade e
qualidade definidos;
d) Procurar sempre dentro de uma negociação justa e honesta as melhores condições para a empresa,
principalmente em condições de pagamento.
02. Resposta: C
a) ERRADA
Existem custos de armazenagem que independem da existência de estoque. Ex: conta de Luz, aluguel
do local, salário de funcionários, imposto (IPTU)
b) ERRADA
O ponto de pedido se calcula com a fórmula PP= Estoque Mínimo + (Consumo x tempo de reposição).
Como o consumo é de 30 unidades por mês, o estoque mínimo para 1 mês é de 30 unidades. 30+ (30x1)
= 30+ 30= 60
c) CORRETO Item auto explicativo. Ruptura de estoque = Estoque Zero
d) ERRADA
Os investimentos em estoque devem ser sempre o MÍNIMO possível. As organizações devem
MINIMIZAR os investimentos em estoque.
03. Resposta: B
As técnicas de previsão do consumo podem ser classificadas em três grupos:
a) Projeção: são aquelas que admitem que o futuro será repetição do passado ou as vendas evoluirão
no tempo futuro da mesma forma do que no passado; segundo a mesma lei observada no passado, este
grupo de técnicas é de natureza essencialmente quantitativa.
b) Explicação: procuram-se explicar as vendas do passado mediante leis que relacionem as mesmas
com outras variáveis cuja evolução é conhecida ou previsível. São basicamente aplicações de técnicas
de regressão e correlação.
c) Predileção: funcionários experientes e conhecedores de fatores influentes nas vendas e no mercado
estabelecem a evolução das vendas futuras.
04. Resposta: B
Avaliar um estoque significa estimar quanto capital encontra-se imobilizado em estoque. Essa
avaliação é feita a partir dos preços dos itens de material que temos em estoque. Há três métodos de
avaliação de estoque mais comumente empregados nas organizações, são eles:
CUSTO MÉDIO OU MÉDIA PONDERADA MÓVEL: adota-se um preço médio entre todas as entradas
e saídas.
PEPS OU FIFO: na saída do estoque, consideram-se os itens mais "antigos". O que resta no estoque
são os itens com os preços de mercado mais atualizados.
UEPS OU LIFO: na saída do estoque, consideram-se os itens mais "recentes". O que resta no estoque
são os itens com os preços de mercado mais desatualizados.
05. Resposta: C
Uma empresa pode adquirir os mesmos tipos de mercadorias em datas diferentes, pagando por elas
preços variados. Assim, para determinar o custo dessas mercadorias estocadas e das mercadorias que
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foram vendidas, precisamos adotar algum critério. Os critérios mais conhecidos para avaliação de estoque
são: Preço Específico, PEPS, UEPS e Preço Médio Ponderado.
Na avaliação do estoque (quanto a empresa tem financeiramente no estoque), não é necessário levar
em consideração o preço de venda, e sim somente quanto é que custaram as mercadorias vendidas
Tipos de avaliação do estoque:
a) Preço Específico - Quando é possível fazer a determinação do preço específico de cada unidade
em estoque, pode-se dar baixa em cada venda, por esse valor; com isto, no estoque final, seu valor será
a soma de todos os custos específicos de cada unidade ainda existente. Tal tipo de apropriação de custo,
entretanto, somente é possível em alguns casos, onde a quantidade, ou o valor, ou a própria característica
da mercadoria o permite (comércio de carros usados, imóveis). Na maioria das vezes não é possível ou
economicamente conveniente a identificação do custo específico de cada unidade, principalmente no
caso onde existe uma movimenta grande no estoque.
b) PEPS – Com base nesse critério, a empresa baixa do seu estoque custo da mercadoria vendida da
seguinte maneira: a primeira mercadoria que entra é a primeira que sai. Assim, à medida que ocorrerem
as vendas, a empresa vai dando baixa no estoque a partir das primeiras compras, o que equivaleria ao
raciocínio de que vendemos primeiro as primeiras unidades compradas. Em Inglês é conhecido com
FIFO.
c) UEPS – a Última mercadoria a entrar é a primeira a sair, este método não é aceito pela Receita
federal, pois apresenta um resultado operacional menor, prejudicando a arrecadação, também é
conhecido como FIFO.
d) Média ponderada móvel ou Custo Médio – Chama-se Ponderada Móvel, pois o valor médio decada
unidade em estoque altera-se pela compra de outras unidades por um preço diferente. Assim, ele será
calculado dividindo-se o custo total do estoque pelas unidades existentes. É aceito pela Receita federal
em casos específicos de fabricação nas indústrias, normalmente para uma linha de produção que não
ultrapasse o exercício social.
PEPS, também conhecido como FIFO (First in, first out).
UEPS, também conhecido como LIFO (Last in, first out).
Forma para lembrar:
PEPS = FIFO (Dois P, dois F)
UEPS = LIFO (Um P, um F)
Atenção, pois, nas provas podem aparecer das duas formas.
06. Resposta: D
A multimodalidade e a intermodalidade são operações que se realizam pela utilização de mais de um
modal de transporte. Isto quer dizer transportar uma mercadoria do seu ponto de origem até a entrega no
destino final por modalidades diferentes. A intermodalidade caracteriza-se pela emissão individual de
documento de transporte para cada modal, bem como pela divisão de responsabilidade entre os
transportadores. Na multimodalidade, ao contrário, existe a emissão de apenas um documento de
transporte, cobrindo o trajeto total da carga, do seu ponto de origem até o ponto de destino.
07. Resposta: A
Confiabilidade no âmbito de transporte diz respeito à capacidade de o modal receber uma carga para
transportar e a de entregá-la no destino com a garantia de que essa situação ocorrerá o maior número de
vezes possível. Assim, a confiabilidade pode ser medida pela razão entre o número de transportes
realizados e o sucesso pelo número de transportes solicitados.
08. Resposta: C
A intermodalidade caracteriza-se pela emissão individual de documento de transporte para cada
modal, bem como pela divisão de responsabilidade entre os transportadores. Na multimodalidade, ao
contrário, existe a emissão de apenas um documento de transporte, cobrindo o trajeto total da carga, do
seu ponto de origem até o ponto de destino. Este documento é emitido pelo OTM, que também toma para
si a responsabilidade total pela carga sob sua custodia, pois, ele é a pessoa jurídica contratada para a
realização desse tipo de transporte por meios próprios ou por intermédio de terceiros da sua origem até
seu destino final.
09. Resposta: C
CABOTAGEM = Transporte Marítimo (Navegação entre portos marítimos de um mesmo país). A
cabotagem se contrapõe à navegação de longo curso, ou seja, aquela realizada entre portos de diferentes
nações.
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RODOVIÁRIO = transporte pelas rodovias, em caminhões, carretas, etc.
10. Resposta: B
Por Produto ou Linear: os recursos são dispostos em torno dos materiais/produtos. Ex.: fordista;
bandejão. Por Processo ou Funcional: a planta é segmentada por especialidade. Cada departamento
representa um conjunto de processos especializados. Ex: hospitais. Por Posição Fixa ou Estacionário:
empregado para produtos pesados e de grande porte. Ex.: navios; aviões. Celular: cada unidade
produtiva é uma célula com todos os recursos necessários ao processamento. Os materiais
transformados são movimentados para esta parte específica.
11. Resposta: E
ARRANJO FÍSICO POSICIONAL - Quem sofre o processamento fica estacionário, enquanto
equipamento, maquinário, instalações e pessoas movem-se em torno dele. Exemplos: construção de uma
rodovia; de um estaleiro, Fábrica de aviões, navios e construção civil.
12. Resposta: C
Layout por processo ou funcional = Este layout é marcado pela configuração situar processos similares
próximos uns aos outros. Assim, as máquinas e pessoas serão dispostas por especialidades, e o material
se desloca ao longo de sessões, até sua finalização. Sua principal vantagem é a flexibilidade, sendo
recomendado nas situações em que o produto sofre modificações recorrentes, e o volume de produção
é relativamente baixo. É um tipo de layout recomendado para produção em lote (o processo produtivo
começa e termina uma quantidade determinada de unidades do produto, para então começar a próxima).
Por outro lado, é natural que haja um intervalo entre a produção de um lote e outro, o que provoca
ociosidade e pode tornar o ritmo de produção irregular. A própria questão já responde, quando diz
"funções que executam", logo é a letra C - Funcional (que vêm de função).
13. Resposta: E
Riscos de Acidentes Os riscos de acidentes ocorrem em função das condições físicas (do ambiente
físico e do processo de trabalho) e tecnológicas, impróprias, capazes de provocar lesões à integridade
física do trabalhador. Ex: Arranjo físico inadequado.
14. Resposta: B
O gabarito é a letra B, sendo que o erro da afirmativa B é a seguinte: “Embora o modal ferroviário tenha
a característica marcante de ter uma elevada capacidade de carga, o erro está em comparar e afirmar
que no modal ferroviário a eficiência energética é maior e impacto ambiental é menor do que o causado
pelos transportes rodoviário e aquaviário”. Na verdade o que invalida essa alternativa, deixando-a
incorreta, é a comparação com o aquaviário. Isto quer dizer que se fosse apenas comparando com o
rodoviário, o entendimento estaria correto, porém, ao comparar com o aquaviário, a afirmativa torna-se
errada.
Veja que, de acordo com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários, a eficiência energética é
maior no transporte aquaviávio, depois vem o transporte ferroviário, sendo que o rodoviário fica em último
lugar em eficiência energética.
Do mesmo modo, vale dizer que, quanto à emissão de poluentes, o transporte rodoviário é o que mais
emite dióxido de carbono (CO2) e óxidos de nitrogênio (NOx), sendo o mais poluente, em seguida vem o
transporte ferroviário e como o menos poluente, vem em último lugar o aquaviário.
Dessa forma, podemos concluir que essa alternativa fica incorreta, pois apesar da capacidade de carga
elevada e mesmo que tal modal de transporte seja muito eficiente energeticamente e tenha um baixo
impacto ambiental, quando comparado com o modal aquaviário, o ferroviário perde em termos de
eficiência enérgica e impacto causado no ambiente.
ESTOQUES
O estoque representa uma armazenagem de mercadorias com previsão de uso futuro. Tem, como
objetivo, atender a demanda, assegurando a disponibilidade de produtos. Sua formação é onerosa, uma
vez que representa de 25% a 40% dos custos totais.
Com o propósito de se evitar o descontrole financeiro, é necessário que haja uma sincronização
perfeita entre a demanda e a oferta de mercadorias. Como isso é impossível, deve-se formar um estoque
essencialmente para atender a demanda, minimizando seus custos de formação.
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Classificação dos estoques
Estoque em Trânsito
São os estoques que estão em trânsito entre o ponto de estocagem ou de produção. Quanto maior a
distância e menor a velocidade de deslocamento, maior será a quantidade de estoque em trânsito.
Exemplo: produtos acabados sendo expedidos de uma fábrica para um centro de distribuição.
Estoques em Consignação
Estoque de produtos com um cliente externo que ainda é propriedade do fornecedor. O pagamento
por estes produtos só é feito quando eles são utilizados pelo cliente.
Finalidades
Outra finalidade dos estoques é possibilitar descontos no transporte de grandes lotes equivalentes
à capacidade dos veículos, gerando, assim, fretes menores.
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2. Determinar quando se deve reabastecer o estoque. Prioridade;
3. Determinar a quantidade de estoque que será necessário para um período pré-determinado;
4. Acionar o departamento de compras para executar a aquisição de estoque;
5. Receber, armazenar e atender os materiais estocados de acordo com as necessidades;
6. Controlar o estoque em termos de quantidade e valor e fornecer informações sobre sua posição;
7. Manter inventários periódicos para avaliação das quantidades e estados dos materiais estocados;
8. Identificar e retirar do estoque os itens danificados.
9. Existem determinados aspectos que devem ser especificados, antes de se montar um sistema de
controle de estoque.
Um deles refere-se aos diferentes tipos de estoques existentes em uma fábrica. Os principais tipos
encontrados em uma empresa industrial são: matéria-prima, produto em processo, produto acabado e
peças de manutenção.
Controle de estoques
• Estoques de demanda irregular: são estoques cuja venda de seus produtos não pode ser prevista
na íntegra. Ex: automóveis a gasolina x automóveis a álcool;
• Estoques de demanda em declínio: ocorre no caso de produtos que estão sendo retirados do
mercado em razão do declínio da demanda. Ex: Fitas VHS x DVDs;
• Estoques de demanda derivada: ocorrem no caso de itens que são usados na linha de produção
de alguns produtos acabados. Ex: Pneus de automóveis em razão das vendas do produto acabado, que
é o automóvel.
Custos do Estoque
• Custo de colocação do pedido: custo da operação de compra
• Descontos de preços para quantidades: pequenas compras podem ser mais caras
• Custo pela falta de estoque: suprimento de emergência sempre é muito caro
• Custo de capital de giro: contrair empréstimo para fazer estoque
• Custo de armazenagem: custo da operação de armazenagem
• Custo de obsolescência: estocagem por longos períodos corre este perigo
Sendo assim, todo e qualquer armazenamento de material gera determinados custos, que são: juros;
depreciação; aluguel; equipamentos de movimentação, deterioração; obsolescência; seguros; salários;
conservação.
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• Puxar Estoques (pull): Apenas o estoque necessário para se atender a demanda daquele produto
precisa ser mantido. As quantidades mantidas tendem a ser menores do que no método push.
A ausência de padronização nos materiais adquiridos pelo Serviço Público, por exemplo, ocasiona um
aumento considerável de itens com a mesma finalidade. Produtos, cujos fins e metodologia de ação estão
ultrapassados, são adquiridos muitas vezes a preços absurdos, para satisfazer necessidades pouco
significativas. Esse procedimento "incha" o Almoxarifado ocasionando um desgaste desnecessário de
pessoal e de maquinário.
Quando se fala de uma política inteligente de estoques, não estamos apontando apenas para as
formas de estocagem, mas na maneira de compra que gera esse estoque. Estocar produtos
ultrapassados implica em aumento de gastos e dispêndio de recursos que poderiam ser utilizados de
outra forma.
Comprar demais para não perder a verba, comprar sem realizar uma avaliação criteriosa do consumo,
e sem levar em conta as normas mínimas de segurança, fazem do Almoxarifado um lugar cheio de
produtos, mas vazio de utilidade.
Uma Política Inteligente de Estoque é aquela que respeita os limites físicos do Almoxarifado e o
dinheiro do contribuinte, atendendo a todas as necessidades, sem desperdício.
Quando uma determinada unidade requisita um material é porque necessita dele naquele momento.
Não atender a um pedido pode ocasionar a paralisação de um determinado setor ou trabalho. É muito
desagradável quando, por ausência de um estoque mínimo de segurança, não se pode cumprir a função
básica de qualquer Almoxarifado: suprir.
Para evitar que isso ocorra, basta que se tenha um ESTOQUE MÍNIMO de itens como garantia mínima
de fornecimento. Estoque mínimo, ou estoque de segurança, tem a função de assegurar que não
ocorra falta de um determinado item, cobrindo eventuais atrasos derivados dos processos de compra.
Serve como um pulmão contra a variabilidade na demanda e nos prazos de recomposição.
Baseando-se nos consumos anteriores é possível se estabelecer uma projeção estimada de cada item,
ou grupo de itens, por período. Lançando mão desses dados pode-se estimar os níveis de consumo e a
partir dessa estimativa determinar o valor do estoque de segurança.
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Há uma considerável quantidade de maneiras e fórmulas para o cálculo do estoque mínimo.
Ressaltaremos a mais simples, mas capaz de fornecer àquele que cuida do controle das quantidades,
condições de calcular matematicamente seus estoques de segurança.
FÓRMULA SIMPLES
E.Mn = C x K
Observe também os seguintes conceitos como método de análise de renovação dos estoques
(Níveis de Estoque):
a) Consumo Médio Mensal (c) - média aritmética do consumo nos últimos 12 meses;
b) Tempo de Aquisição (T)- período decorrido entre a emissão do pedido de compra e o recebimento
do material no Almoxarifado (relativo, sempre, à unidade mês);
c) Intervalo de Aquisição (I)- período compreendido entre duas aquisições normais e sucessivas;
e) Estoque Máximo (EM) - a maior quantidade de material admissível em estoque, suficiente para o
consumo em certo período, devendo-se considerar a área de armazenagem, disponibilidade financeira,
imobilização de recursos, intervalo e tempo de aquisição, perecimento, obsoletismo etc. Obtém-se
somando ao Estoque Mínimo o produto do Consumo Médio Mensal pelo intervalo de Aquisição;
f) Ponto de Pedido (Pp) - Nível de Estoque que, ao ser atingido, determina imediata emissão de um
pedido de compra, visando a recompletar o Estoque Máximo. Obtém-se somando ao Estoque Mínimo o
produto do Consumo Médio Mensal pelo Tempo de Aquisição;
g) Quantidade a Ressuprir (Q) - número de unidades adquirir para recompor o Estoque Máximo.
Obtém-se multiplicando o Consumo Médio Mensal pelo Intervalo de Aquisição.
A movimentação dos materiais deve sempre ser realizada com máxima cautela e segurança, a fim de
evitar perdas de materiais e, ainda, acidentes de trabalho. Para que o manuseio seja efetuado de forma
segura, alguns pontos devem ser destacados e observados, obrigatoriamente, por todos os responsáveis:
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• Os materiais paletizados com maior peso deverão ser alocados no chão, apenas sobre o pallet. Ou
seja, não deverá ser alocado nos primeiros ou segundos níveis das estruturas porta-pallets;
• Não é permitido o acondicionamento de caixas, materiais ou embalagens diretamente no solo, visto
que a umidade danifica toda a proteção e pode, inclusive, danificar o bem;
• Materiais de mesma natureza deverão ser alocados próximos nas prateleiras para facilitar a
localização e o inventário;
• Não é permitido estocar materiais, mesmo que provisoriamente, nos corredores, áreas livres ou áreas
demarcadas para outros fins. As áreas de circulação deverão sempre permanecer livres.
• O empilhamento dos materiais não deve incorrer em riscos para os trabalhadores, além de preservar
as características dos materiais, levando em consideração a pressão ocasionada no empilhamento;
• Materiais inflamáveis deverão ficar armazenados isoladamente dos demais;
• Os extintores de incêndio deverão sempre estar livres para alcance, não podendo ser obstruído por
materiais, mesmo que temporariamente;
• Materiais inservíveis ou em desuso deverão ser separados para desfazimento.
• Produtos mais antigos ou com prazos de vencimento menores deverão ser entregues primeiro.
- Método PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai), do inglês, FIFO (first-in, first-out), ou seja,
os primeiros artigos a entrarem no estoque, serão aqueles que sairão em primeiro lugar, deste modo o
custo da matéria-prima deve ser considerado pelo valor de compra desses primeiros artigos.
O estoque apresenta uma relação forte com o custo de reposição, pois esse estoque representa os
preços pagos recentemente. Adotar este método, faz com que haja oscilação dos preços sobre os
resultados, pois as saídas são confrontadas com os custos mais antigos, sendo esta uma das principais
razões pelas quais alguns se mostram contrários a este método.
As vantagens desse método consistem no controle preciso dos materiais, pois são ordenados em uma
base contínua de acordo com sua entrada, o que é importante, quando se trata de produtos sujeitos a
mudança de qualidade, decomposição, deterioração etc.; o resultado obtido revela o custo real dos artigos
específicos utilizados nas saídas; os artigos utilizados são retirados do estoque e a baixa dos mesmos é
dada de uma maneira sistemática e lógica.
- Método UEPS (último a entrar, primeiro a sair), do inglês LIFO (last-in first-out) é um método de
avaliar estoque bastante discutido. O custo do estoque é obtido como se as unidades mais recentes
adicionadas ao estoque (últimas a entrar) fossem as primeiras unidades vendidas (saídas).
Pressupõe-se, deste modo, que o estoque final consiste nas unidades mais antigas e é avaliado ao
custo das mesmas. Segue-se que, de acordo com o método UEPS, o custo dos artigos vendidos (saídas)
tende a refletir no custo dos artigos comprados mais recentemente (comprados ou produzidos). Também
permite reduzir os lucros líquidos expostos.
As vantagens de utilização deste método consistem na apuração correta de seus custos correntes; o
estoque é avaliado em termos do nível de preço da época em que o UEPS foi introduzido; é uma forma
de se custear os artigos consumidos de uma maneira realista e sistemática; em períodos de alta de
preços, os preços maiores das compras mais recentes, são ajustados mais rapidamente às produções,
reduzindo o lucro. No entanto, não é aceito pela legislação brasileira.
- Custo Médio é o método utilizado nas empresas brasileiras para atendimento à legislação fiscal.
Empresas multinacionais com operações no Brasil frequentemente têm de avaliar o estoque segundo o
método da matriz, e também segundo o custo médio para atendimento à legislação brasileira.
Esse método permite que as empresas realizem um controle permanente de seus estoques, e que a
cada aquisição, o seu preço médio dos produtos seja atualizado, pelo método do custo médio ponderado.
Geralmente as empresas que não possuem uma boa política de estocagem e vivem um dilema: quanto
a empresa deve estocar para que seus interesses e os dos seus clientes sejam atendidos de forma
satisfatória? A esse respeito, o Planejamento é um dos principais instrumentos para o estabelecimento
de uma política de estocagem eficiente. Pois, o departamento de vendas deseja um estoque elevado para
atender melhor o cliente e a área de produção prefere também trabalhar com uma maior margem de
segurança de estoque.
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Em contrapartida, o departamento financeiro quer estoques reduzidos para diminuir o capital investido
e melhorar seu fluxo de caixa. Segundo Erasmo30, planejar esta atividade é fundamental, porque de um
bom planejamento virão, por exemplo, uma menor necessidade de capital de giro e uma margem de lucro
maior”. Por esse motivo, os empresários devem estar atentos aos objetivos da empresa para definir as
quantidades corretas de cada mercadoria que deve estar no estoque em um determinado período de
tempo, para que a empresa não sofra nenhum prejuízo.
E, já que o alto custo do dinheiro não permite imobilizar grandes quantias em estoque e que manter
uma empresa com uma boa variedade de produtos exige uma imobilização elevada de capital de giro, ele
deve saber exatamente o equilíbrio entre a quantidade de compras suficiente para um determinado
período de vendas e a variedade de artigos para que os clientes tenham opção de escolha.
Para que isso aconteça, é importante que o empresário levante periodicamente a média mensal de
compras para compará-las com as vendas e, com isso, saber se o investimento em mercadorias está
tendo o retorno desejado.
O ato de comprar deve ser sempre precedido de um bom planejamento. De acordo com Stickney31: "A
compra de mercadorias envolve a colocação do pedido, o recebimento e a inspeção das mercadorias
encomendadas e o registro da compra. Rigorosamente, o comprador de uma mercadoria somente deveria
registrar a compra quando a propriedade legal da mercadoria adquirida passasse do vendedor para o
comprador.
Caracterizar quando isso acontece envolve tecnicalidades legais associadas ao contrato entre as duas
partes". E para que isso aconteça, é de grande importância a elaboração de uma previsão de compras.
Nas empresas comerciais, essa previsão é complicada, pois o número de mercadorias comercializadas
é muito grande. Como observa Stickney32, “as empresas preferem vender tanto quanto possível, com um
número mínimo de capital ‘empatado’ em estoque”. Por isso, a previsão deve ser elaborada pelos
diversos setores funcionais da empresa, observando-se as características e peculiaridades do mercado
fornecedor e do comportamento das vendas.
É aconselhável que sejam feitas previsões individuais para cada setor ou departamento e reuni-las
posteriormente em uma só, facilitando o planejamento das compras. Depois de preparada a previsão de
compras, esta deve ser ajustada ás condições financeiras da empresa. Isso deve ser feito em reunião
com os encarregados de compras, os encarregados de vendas e os encarregados pelo controle financeiro
para que se encontre um equilíbrio entre os setores.
A empresa que não faz a previsão de compras encontra dificuldades para manter seus estoques de
forma equilibrada. Acabam comprando mercadorias de acordo com as necessidades surgidas correndo
o risco de não ter produtos em épocas que o volume de vendas cresce.
Perdendo dessa forma, oportunidade de aumentar suas vendas, perdendo clientes e,
consequentemente, diminuído o lucro da empresa. E não tendo a previsão correta de compras, ele pode
comprar um volume inadequado de mercadorias aumentando o custo de manutenção dos estoques. Para
Stickney33: "Manter estoques – ou como também se diz, carregar estoques - gera custos".
Isso ocorre, porque quanto maior a quantidade de mercadorias estocadas, maior será o espaço físico
necessário para guardá-las, maior o número de funcionários necessários e maiores os gastos para
controle do estoque.
Além disso, o mesmo autor destaca que pelo menos uma pequena quantidade de mercadorias precisa
ser mantida em estoque para satisfazer às necessidades dos clientes à medida que elas apareçam.
Previsão de consumo
30
Operações com estoques. Disponível em: <http://pessoal.sercomtel.com.br/carneiro/contII>. Acesso em: 12 mai. 2015.
31
STICKNEY; Weil. Contabilidade Financeira: Uma introdução aos Conceitos Métodos e Usos; ed. São Paulo: Atlas, 2001
32
Idem
33
Ibidem
. 150
1415774 E-book gerado especialmente para MARCELO DE SOUSA
Logo, existem métodos de previsão de estoques:
Método do último período: Esse método consiste apenas em repetir o consumo do último período.
Se, por exemplo, o consumo em um mês qualquer for de 50, você repete o mesmo valor no estoque para
o próximo mês.
Método da média móvel: Deve-se determinar um período para se efetuar a previsão de consumo do
próximo período, o período deve levar em consideração a sazonalidade do produto. Exemplo: Uma loja
de brinquedos tem suas vendas aumentadas no dia das crianças e no natal.
Exemplo:
2014
- fevereiro – Consumo de 160
- março – Consumo de 165
- abril – Consumo de 170
- maio – Consumo de 165
- junho – Consumo de 160
- julho – Consumo de 170
- agosto – Consumo de 165
- setembro – Consumo de 170
- outubro – Consumo de 200
- novembro – Consumo de 170
- dezembro – Consumo de 170
Calcule a previsão para janeiro de 2015, utilizando todo o período apresentado. Deve-se somar os
valores dos 11 períodos apresentados e posteriormente dividir por 11:
Como não se pode ter metade de um produto, devemos arredondar para 170. De acordo com esse
método da média móvel, a previsão de consumo médio para janeiro de 2015, é de 170.
Método da média móvel ponderada: São estabelecidas porcentagens colocando as maiores nos
períodos mais próximos do que será previsto. Considere os dados da Tabela 1. Prever o mês de Janeiro
do Ano 2 utilizando a média móvel trimestral com fator de ajustamento 0,5 para Dezembro, 0,3 para
Novembro e 0,2 para Outubro.
Ano 1
Jan/A
Mês Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
no 2
Consu 9 10 8 9 9 7 11 8 9 9 9
mo 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00
0, 0, 0,
Fator
2 3 5
De acordo com esse método da média móvel ponderada, a previsão de consumo médio para janeiro
do Ano 2 é de 900.
Diante dos fatos apresentados, fica claro que a utilização correta do estoque de mercadorias é fator
determinante para a lucratividade das empresas comerciais. A escolha de um bom critério para atribuição
dos custos das mercadorias é um dos passos importantes para uma política de estoque eficiente. Pois,
. 151
1415774 E-book gerado especialmente para MARCELO DE SOUSA
mesmo que todos os critérios tenham como base o mesmo custo de aquisição, tornando suas situações
reais idênticas, os resultados obtidos são diferentes influenciando na lucratividade e na carga tributária
da empresa.
Outro fator na determinação da lucratividade da empresa é o bom planejamento da previsão de
compras. Sendo o planejamento bem feito, fica fácil fazer as compras, já que toda empresa organizada
tem seus fornecedores tradicionais cadastrados. O encarregado de compras deve acompanhar
permanentemente os pedidos, principalmente, aqueles que não foram atendidos, pois se os prazos de
entrega não forem cumpridos pelos fornecedores, a previsão de compras pode ser prejudicada e,
consequentemente, a produção e as vendas da empresa também. Mais um fato notado, é que estocar
mercadorias por muito tempo é um fator de diminuição da lucratividade das empresas. Os produtos devem
ser estocados o menor tempo possível, visto que reduz custo de manutenção e indica que o investimento
feito pela empresa na compra das mercadorias retornou rapidamente.
Enfim, conclui-se que o estoque garante os objetivos principais das empresas comerciais e quando o
planejamento é adequado, através de uma política de estoques eficiente, a empresa não fica à mercê da
sorte, podendo controlar seus gastos e aumentar sua lucratividade.
Lote Econômico de Compras refere-se à quantidade ideal de material a ser adquirida em cada
operação de reposição de estoque, onde o custo total de aquisição, bem como os respectivos custos de
estocagem são mínimos para o período considerado. Este conceito aplica-se tanto na relação de
abastecimento pela manufatura para a área de estoque, recebendo a denominação de lote econômico de
produção, quanto à relação de reposição de estoque por compras no mercado, passando a ser designado
como lote econômico de compras.
Os Sistemas de Controle de Estoque permitem que o poder público controle seu estoque com maior
eficiência e agilidade, o controle pode ser feito por programas de computador institucionais ou não
institucionais. Os sistemas de controle de estoque fazem controle das entradas e saídas dos produtos
permitindo a identificação das unidades que tiveram suas entradas e saídas e a identificação dos produtos
e permitem a emissão de vários relatórios para conferência do estoque.
Giro de Estoque
É um indicador que demonstra o desempenho do estoque, apontando de forma padronizada a
qualidade do mesmo no que se refere a utilização dos recursos estocados, independente do seu tamanho
e/ou complexidade.
Assim, a rotatividade ou giro de estoque é um indicador que releva a velocidade em que o inventário
foi renovado em um determinado período ou qual é o tempo médio de permanência de um produto antes
da venda. O cálculo desse giro pode ser feito a partir custos ou itens, considerando o volume total de
vendas e a média de estoque. Se o resultado for menor do que 1, significa que, ao final do período,
sobraram produtos não vendidos no estoque. Se for maior do que 1, quer dizer que todos os itens foram
renovados pelo menos uma vez no período avaliado.
É um dos principais instrumentos para medir a avaliar a gestão de inventário, e pode ser avaliado em
diferentes periodicidades, embora a análise anual seja mais frequente. Você pode usar esse recurso
conforme a necessidade de sua empresa e do volume de bens guardados. Por ser aplicável a qualquer
escala e tipo de produtos, esse indicador se mostra útil como padrão de mercado, na busca de equilíbrio
com o ritmo de vendas.
Aplicação: Indicador para apuração de qualidade do estoque e mix de produtos que compõe o mesmo.
É um indicador que demonstra o desempenho do estoque, apontando de forma padronizada a
qualidade do mesmo no que se refere a utilização dos recursos estocados, independente do seu tamanho
e/ou complexidade.
Calculando giro do estoque com base nas quantidades em estoque e quantidades vendidas
Divida o número de produtos vendidos pela média de estoque
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Número de produtos vendidos / média de estoque
Ex: você vendeu 50 televisões durante o mês, e a média do estoque de televisões nesse período foi
de 50:
50 ÷ 50 = 1
O giro do estoque foi “1″. O que quer dizer que seus produtos giraram uma vez – todos eles foram
vendidos e precisaram ser repostos.
Ex: As vendas totais do mês foram de R$ 50.000,00 e o valor médio do estoque nesse período foi de
R$ 25.000,00:
50.000 ÷ 25.000 = 2
O giro do estoque foi de “2″. O que quer dizer que o estoque foi renovado duas vezes nesse período.
Para saber de quanto em quanto tempo seu estoque foi renovado você pode calcular o tempo médio
do giro do estoque, fazendo a seguinte conta:
Exemplo: Se você quer saber o tempo médio de renovação do seu estoque em um ano em que o giro
do estoque foi de 15:
365 ÷ 15 = 24,3
Seu estoque foi renovado 15 vezes no ano e essa renovação aconteceu cerca de a cada 24 dias.
Questões
02. (CRQ 4ª Região-SP - Administrador – Quadrix) O controle de estoques pode ser realizado a
partir de diversos tipos de critérios. Adotando-se o critério da "natureza de sua demanda", poderá ser
utilizado como exemplo o creme dental. Nesse exemplo, ele servirá como estoque do produto que requer
ressuprimento continuo, pois e consumido durante todas as fases do ano. O tipo de estoque a que se
refere o trecho esta corretamente descrito em:
(A) estoque de demanda irregular
(B) estoque de demanda sazonal
(C) estoque de demanda permanente.
(D) estoque de demanda em declínio
(E) estoque de demanda variada
03. (TJ-SC - Analista Administrativo - TJ-SC) Os estoques constituem parcela considerável dos
ativos das empresas. São classificados, principalmente, para efeitos contábeis em cinco grandes
categorias. Assinale a afirmativa correta de acordo com a classificação usual dos estoques:
(A) Estoques de matérias-primas, estoques de produtos pintados, estoque de produtos acabados,
estoques de produtos comprados e estoques em consignação.
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(B) Estoques de matérias-primas, estoques de produtos em elaboração (processo), estoque de
produtos pintados, estoques de produtos exportados e estoques em consignação.
(C) Estoques de matérias-primas, estoques de produtos em elaboração (processo), estoque de
produtos acabados, estoques de produtos em trânsito e estoques em consignação.
(D) Estoques de matérias-primas, estoques de produtos despachados, estoque de produtos acabados,
estoques de produtos pintados e estoques em consignação.
(E) Estoques de matérias-primas, estoques de produtos comprados, estoque de produtos pintados,
estoques de produtos em trânsito e estoques em consignação.
06. (CONAB - Gestão do Agronegócio – IADES) Entre os diferentes tipos de estoque, distingue-se
o de segurança, que é utilizado como estoque
(A) de parte dos produtos deteriorados ou ultrapassados.
(B) de trânsito entre elos do canal de suprimento.
(C) necessário para suprir a demanda média durante o tempo transcorrido entre sucessivos
reabastecimentos.
(D) mantido para fins de especulação.
(E) pulmão contra a variabilidade na demanda e nos prazos de recomposição.
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09. (TRT - 12ª Região (SC) - Analista Judiciário – FCC) A respeito do gerenciamento de estoques,
(A) faz parte do sistema de administração patrimonial, pois trata da aquisição e manutenção de
instalações e equipamentos.
(B) os estoques devem se apresentar divididos em três grandes categorias contábeis: estoques de
matérias-primas; estoques de produtos acabados; estoques de equipamentos.
(C) os estoques não representam custos para as empresas, uma vez que são contabilizados como
ativo, visto que, compõem o patrimônio da organização.
(D) um dos principais indicadores de produtividade no controle dos estoques é a chamada previsão de
demanda.
(E) pode ser entendido como uma série de ações que permitem verificar a boa utilização dos recursos
materiais, sua boa localização no tocante à utilização, seu bom manuseio e bom controle.
10. (TSE - Analista Judiciário - Área Administrativa – CESPE) A coordenação das atividades de
aquisição, guarda, movimentação e distribuição de materiais é responsabilidade da administração de
materiais. Com relação a esse assunto, assinale a opção correta.
(A) A ocorrência de custos de armazenagem depende da existência de materiais em estoque e do
tempo de permanência desses materiais no estoque.
(B) Se determinado material tem consumo mensal de 30 unidades, tempo de reposição e estoque
mínimo de um mês e inexistem pedidos pendentes de atendimento desse material, então seu ponto de
pedido é igual a 90 unidades.
(C) Ruptura de estoque é o termo que caracteriza nível de estoque igual a zero e impossibilidade de
atendimento a uma necessidade de consumo.
(D) Para uma adequada gestão de materiais essenciais ao funcionamento de suas operações, as
organizações devem maximizar os investimentos em estoque desses materiais.
12. (SEGER-ES - Analista Executivo - Administração – CESPE) Primeiro que entra, primeiro que
sai (PEPS) e último que entra, primeiro que sai (UEPS) são métodos de valoração que se destinam a
(A) codificação de estoques.
(B) avaliação dos estoques.
(C) compras.
(D) controle de estoques.
(E) classificação de estoques.
Respostas
01. Resposta: C
Todo e qualquer armazenamento de material gera determinados custos, que são: juros; depreciação;
aluguel; equipamentos de movimentação, deterioração; obsolescência; seguros; salários; conservação.
Todos eles podem ser agrupados nas seguintes modalidades:
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-custos de capital (juros, depreciação);
-custos com pessoal (salários, encargos sociais);
-custos com edificação (aluguéis, impostos, luz, conservação);
-custos de manutenção (deterioração, obsolescência, equipamento).
02. Resposta: C
Demanda Permanente: são produtos com extensos ciclos de vida, que aparentam demanda perpétua.
São estoques daqueles produtos que requerem ressuprimento contínuo, pois seus produtos são
consumidos durante todas as fases do ano. Ex: creme dental.
03. Resposta: C
Como visto anteriormente:
Estoques de Matérias-Primas (MPs)
Os estoques de MPs constituem os insumos e materiais básicos que ingressam no processo produtivo
da empresa. São itens iniciais para a produção.
Estoques de Produtos em Elaboração ou Processamento
Os estoques de materiais em processamento - também denominados materiais em vias - são
constituídos de materiais que estão sendo processados ao longo das diversas seções que compõem o
processo produtivo da empresa. Não estão nem no almoxarifado - por não serem mais MPs iniciais - nem
no depósito - por ainda não serem produtos acabados.
Estoques de Produtos Acabados
Referem-se aos produtos já prontos e acabados, cujo processamento foi completado inteiramente.
Constituem o estágio final do processo produtivo e já passaram por todas as fases.
Estoque em Trânsito
São os estoques que estão em trânsito entre o ponto de estocagem ou de produção. Quanto maior a
distância e menor a velocidade de deslocamento, maior será a quantidade de estoque em trânsito.
Exemplo: produtos acabados sendo expedidos de uma fábrica para um centro de distribuição.
Estoques em Consignação
Estoque de produtos com um cliente externo que ainda é propriedade do fornecedor. O pagamento
por estes produtos só é feito quando eles são utilizados pelo cliente.
04. Resposta: C
O estoque mínimo é a quantidade mínima a ser estabelecida ao atendimento normal da organização.
Ela se destina a cobrir os atrasos de reposição por parte do fornecedor, e tem a finalidade de garantir que
o produto não irá faltar. As principais causas de faltas de estoque, normalmente são: picos de consumo
e atrasos na entrega por parte do fornecedor.
Portanto é preciso estar atento a estes fatos para ter um bom controle de estoque e fazer com que sua
empresa mantenha o fluxo de vendas normalmente.
05. Resposta: D
Trata-se do conceito de estoque. Não confunda com estoque mínimo (seria o termo que poderia causar
alguma dúvida aos candidatos), pois a questão afirma "que permite suprir regularmente os usuários". O
estoque mínimo não é feito para suprir regularmente a empresa e sim em caso de atraso no fornecimento
ou qualquer outra variante. O Estoque Mínimo - também conhecido como Estoque de Segurança, é a
quantidade mínima que deve existir no estoque. Ela se destina a cobrir os atrasos de reposição por parte
do fornecedor, e tem a finalidade de garantir que o produto não irá faltar.
06. Resposta: E
Estoque mínimo, ou estoque de segurança, tem a função de assegurar que não ocorra falta de um
determinado item, cobrindo eventuais atrasos derivados dos processos de compra. Serve como um
pulmão contra a variabilidade na demanda e nos prazos de recomposição.
07. Resposta: A
Os estoques de MPs constituem os insumos e materiais básicos que ingressam no processo produtivo
da empresa. São os itens iniciais para a produção dos produtos/serviços da empresa. Isto significa que a
produção é totalmente dependente das entradas de MPs para ter a sua sequência e continuidade
garantidas. Geralmente as MPs são compradas dos fornecedores externos pelo de compras e, quando
recebidas, são estocadas no almoxarifado da empresa. Fonte: Administração de Materiais: Uma
abordagem introdutória — CHIAVENATO, 2009, PÁG. 70.
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08. Resposta: A
Estoque segurança (ES) - para evitar possível esgotamento do estoque e proteger a empresa em
casos de excepcional demanda (incertezas relacionadas à demanda ao tempo de espera) ou atraso no
fornecimento. No fundo, o ER é uma quantidade morta em estoque e que somente é consumida em caso
de extrema necessidade.
09. Resposta: E
a) INCORRETA. Não faz parte do sistema de administração patrimonial, pois a função predominante
na Gestão de Estoques no setor público é de alimentar a produção, no sentido de prover os materiais
para a prestação dos serviços, e na Gestão de Patrimônio é o de zelar pelo bem patrimonial das
instituições.
b) INCORRETA. Estoques são todos os bens e materiais mantidos por uma organização para suprir
demandas futuras. Podem ser encontrados na forma de (tipos de estoques): matéria-prima, produto em
processo (em elaboração/produção) e produto acabado, além de materiais e embalagens e produtos
necessários para manutenção, reparo e suprimentos de operações, não necessariamente utilizados no
processo de fabricação.
c) INCORRETA. Os estoques representam boa parte dos ativos da empresa, em alguns casos
podendo representar aproximadamente 46% dos ativos totais. Então pode-se considerar que “os
estoques são recursos ociosos que possuem valor econômico, os quais representam um investimento
destinado a incrementar as atividades de produção e servir aos clientes” (VIANA, 2000, p.144).
d) INCORRETA. Existem vários indicadores de produtividade na análise e controle dos estoques,
sendo os mais usuais: diferenças entre o inventário físico e o contábil, acurácia dos controles, nível de
serviço, giro dos estoques e cobertura dos estoques.
10. Resposta: C
a) ERRADA
Existem custos de armazenagem que independem da existência de estoque. Ex: conta de Luz, aluguel
do local, salário de funcionários, imposto (IPTU)
b) ERRADA
O ponto de pedido se calcula com a fórmula PP= Estoque Mínimo + (Consumo x tempo de reposição).
Como o consumo é de 30 unidades por mês, o estoque mínimo para 1 mês é de 30 unidades. 30+ (30x1)
= 30+ 30= 60
c) CORRETO Item auto explicativo. Ruptura de estoque = Estoque Zero
d) ERRADA
Os investimentos em estoque devem ser sempre o MÍNIMO possível. As organizações devem
MINIMIZAR os investimentos em estoque.
11. Resposta: B
As técnicas de previsão do consumo podem ser classificadas em três grupos:
a} Projeção: são aquelas que admitem que o futuro será repetição do passado ou as vendas evoluirão
no tempo futuro da mesma forma do que no passado; segundo a mesma lei observada no passado, este
grupo de técnicas é de natureza essencialmente quantitativa.
b) Explicação: procuram-se explicar as vendas do passado mediante leis que relacionem as mesmas
com outras variáveis cuja evolução é conhecida ou previsível. São basicamente aplicações de técnicas
de regressão e correlação.
c) Predileção: funcionários experientes e conhecedores de fatores influentes nas vendas e no mercado
estabelecem a evolução das vendas futuras.
12. Resposta: B
Avaliar um estoque significa estimar quanto capital encontra-se imobilizado em estoque. Essa
avaliação é feita a partir dos preços dos itens de material que temos em estoque. Há três métodos de
avaliação de estoque mais comumente empregados nas organizações, são eles:
CUSTO MÉDIO OU MÉDIA PONDERADA MÓVEL: adota-se um preço médio entre todas as entradas
e saídas.
PEPS OU FIFO: na saída do estoque, consideram-se os itens mais "antigos". O que resta no estoque
são os itens com os preços de mercado mais atualizados.
UEPS OU LIFO: na saída do estoque, consideram-se os itens mais "recentes". O que resta no estoque
são os itens com os preços de mercado mais desatualizados.
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13. Resposta: C
Uma empresa pode adquirir os mesmos tipos de mercadorias em datas diferentes, pagando por elas
preços variados. Assim, para determinar o custo dessas mercadorias estocadas e das mercadorias que
foram vendidas, precisamos adotar algum critério. Os critérios mais conhecidos para avaliação de estoque
são: Preço Específico, PEPS, UEPS e Preço Médio Ponderado.
Na avaliação do estoque (quanto a empresa tem financeiramente no estoque), não é necessário levar
em consideração o preço de venda, e sim somente quanto é que custaram as mercadorias vendidas
Tipos de avaliação do estoque:
a) Preço Específico - Quando é possível fazer a determinação do preço específico de cada unidade
em estoque, pode-se dar baixa em cada venda, por esse valor; com isto, no estoque final, seu valor será
a soma de todos os custos específicos de cada unidade ainda existente. Tal tipo de apropriação de custo,
entretanto, somente é possível em alguns casos, onde a quantidade, ou o valor, ou a própria característica
da mercadoria o permite (comércio de carros usados, imóveis). Na maioria das vezes não é possível ou
economicamente conveniente a identificação do custo específico de cada unidade, principalmente no
caso onde existe uma movimenta grande no estoque.
b) PEPS – Com base nesse critério, a empresa baixa do seu estoque custo da mercadoria vendida da
seguinte maneira: a primeira mercadoria que entra é a primeira que sai. Assim, à medida que ocorrerem
as vendas, a empresa vai dando baixa no estoque a partir das primeiras compras, o que equivaleria ao
raciocínio de que vendemos primeiro as primeiras unidades compradas. Em Inglês é conhecido com
FIFO.
c) UEPS – a Última mercadoria a entrar é a primeira a sair, este método não é aceito pela Receita
federal, pois apresenta um resultado operacional menor, prejudicando a arrecadação, também é
conhecido como FIFO.
d) Média ponderada móvel ou Custo Médio – Chama-se Ponderada Móvel, pois o valor médio decada
unidade em estoque altera-se pela compra de outras unidades por um preço diferente. Assim, ele será
calculado dividindo-se o custo total do estoque pelas unidades existentes. É aceito pela Receita federal
em casos específicos de fabricação nas indústrias, normalmente para uma linha de produção que não
ultrapasse o exercício social.
PEPS, também conhecido como FIFO (First in, first out).
UEPS, também conhecido como LIFO (Last in, first out).
Forma para lembrar:
PEPS = FIFO (Dois P, dois F)
UEPS = LIFO (Um P, um F)
Atenção, pois, nas provas podem aparecer das duas formas.
Operações de almoxarifado
Conceituação
“O Almoxarifado pode ser conceituado como sendo o local destinado à guarda e conservação de
materiais, em recinto coberto ou não, adequado à sua natureza, tendo a função de destinar espaços onde
permanecerá cada item aguardando a necessidade do seu uso, ficando sua localização, equipamentos e
disposição interna acondicionados à política geral de estoques da empresa. O responsável pelo
Almoxarifado, denominado também como Almoxarife, deve possuir alto grau de honestidade, lealdade,
confiança e disciplina.”
O Almoxarifado e o depósito ocupam os dois extremos do processo produtivo, onde o primeiro é
responsável pelos insumos/matérias-primas e o segundo por receber os produtos acabados.
- Assegurar que o material esteja armazenado em local seguro e na quantidade ideal de suprimento;
- Impedir que haja divergências de inventário e perdas de qualquer natureza;
- Preservar a qualidade e as quantidades exatas;
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- Possuir instalações adequadas, recursos de movimentação e distribuição suficientes para um
atendimento rápido e eficiente.
- Da redução das distâncias internas percorridas pela carga e do consequente aumento do número
das viagens de ida e volta;
- Do aumento do tamanho médio das unidades armazenadas;
- Da melhor utilização de sua capacidade volumétrica.
Princípios e Valores
Para que todos os esforços da equipe seja traduzida a uma gestão eficiente e eficaz dos bens da
instituição, alguns valores e princípios devem nortear as ações, necessariamente dos envolvidos do setor,
e desejavelmente por todos os utilizadores de recursos públicos.
São eles:
• Compromisso com as normas institucionais;
• Desburocratização das atividades;
• Manutenção das relações intersetoriais;
• Compromisso com a ética profissional;
• Zelo e evitação de desperdícios.
• Otimização física dos materiais em estoque ou em uso, através da simplificação de variedades,
reutilização, recuperação e movimentação daqueles considerados ociosos ou recuperáveis, bem como a
alienação dos antieconômicos e irrecuperáveis
O controle deve fazer parte do conjunto de atribuições de cada setor funcional envolvido, sendo:
recebimento, armazenagem e distribuição. O controle deve fornecer a qualquer momento as
quantidades que se encontram à disposição em processo de recebimento, as devoluções ao fornecedor
e as compras recebidas e aceitas.
As atividades de recebimento abrangem desde a recepção do material na entrega pelo fornecedor até
a entrada nos estoques. A função de recebimento de materiais compõe um sistema global integrado com
as áreas de contabilidade, compras e transportes e é caracterizada como uma interface entre o
atendimento do pedido pelo fornecedor e os estoques físico e contábil. O recebimento compreende quatro
fases:
- Entrada de materiais;
- Conferência quantitativa;
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- Conferência qualitativa;
- Regularização.
Entrada de Materiais34
A recepção dos veículos transportadores representa o início do processo de recebimento que tem
como objetivos:
As compras não autorizadas ou em desacordo com a programação de entrega devem ser recusadas,
transcrevendo-se os motivos no verso da Nota Fiscal. Outro documento que serve para as operações de
análise de avarias e conferência de volumes é o "Conhecimento de Transporte Rodoviário de Carga", que
é emitido quando do recebimento da mercadoria a ser transportada.
As divergências e irregularidades insanáveis constatadas em relação às condições de contrato devem
motivar a recusa do recebimento, anotando-se no verso da Nota Fiscal as circunstâncias que motivaram
a recusa, bem como nos documentos do transportador. O exame para constatação das avarias é feito
através da análise da disposição das cargas, da observação das embalagens, quanto a evidências de
quebras, umidade, dentre outros danos.
Os materiais que passaram por essa primeira etapa devem ser encaminhados ao Almoxarifado. Para
efeito de descarga do material no Almoxarifado, a recepção é voltada para a conferência de volumes,
confrontando-se a Nota Fiscal com os respectivos registros e controles de compra.
Conferência Quantitativa
É a atividade que verifica se a quantidade declarada pelo fornecedor na Nota Fiscal corresponde
efetivamente à recebida.
Conferência Qualitativa
Esta atividade tem por objetivo garantir a adequação do material ao fim que se destina. A análise de
qualidade efetuada pela inspeção técnica visa garantir o recebimento adequado do material. São
utilizados no processo de inspeção: a especificação de compra do material e alternativas aprovadas;
desenhos e catálogos técnicos; dentre outros.
A depender da quantidade, a inspeção pode ser total ou por amostragem, utilizando-se de conceitos
estatísticos. A análise visual tem por finalidade verificar o acabamento do material, possíveis defeitos,
danos à pintura, etc. A análise dimensional tem por objetivo verificar as dimensões dos materiais, tais
como largura, comprimento, altura, espessura, diâmetro. Os ensaios específicos para materiais
mecânicos e elétricos comprovam a qualidade, a resistência mecânica, o balanceamento e o desempenho
de materiais ou equipamentos.
Regularização
34
SOUZA JÚNIOR, S. L. Noções básicas de Almoxarifado, Estoques, Transporte de Materiais. 2009.
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Os procedimentos de regularização, visando à confrontação dos dados, objetivando recontagem e
aceite ou não de quantidades remetidas em excesso pelo fornecedor, envolvem os seguintes
documentos:
- Nota Fiscal;
- Conhecimento de transporte rodoviário de carga;
- Documento de contagem efetuada;
- Relatório técnico da inspeção;
- Especificação de compra;
- Catálogos técnicos;
- Desenhos.
O material em excesso ou com defeito será devolvido ao fornecedor, dentro de um prazo de 10 dias a
contar da data do recebimento, acompanhado da Nota Fiscal de Devolução, emitida pela empresa
compradora.
Armazenagem35
A armazenagem dos materiais no Almoxarifado obedece a cuidados especiais, que devem ser
definidos no sistema de instalação e no layout adotado, proporcionando condições físicas que preservem
a qualidade dos materiais, objetivando a ocupação plena do edifício e a ordenação da arrumação.
Compreende as fases da armazenagem dos materiais:
Distribuição
A distribuição dos materiais estocados deve ser realizada mediante programação ou necessidade dos
demais departamentos da instituição, normalmente, se faz por meio de requisição específica.
Os materiais devem ser distribuídos aos interessados mediante programação de pleno conhecimento
entre as partes envolvidas.
-DOCUMENTOS UTILIZADOS
Os seguintes documentos são utilizados no Almoxarifado para atendimento das diversas rotinas de
trabalho:
-Ficha de controle de estoque (para empresas ainda não informatizadas): documento destinado
a controlar manualmente o estoque, por meio da anotação das quantidades de entradas e saídas, visando
o seu ressuprimento;
-Ficha de Localização (também para empresas ainda não informatizadas): documento utilizado
para indicar as localizações, através de códigos, onde o material está guardado;
-Comunicação de Irregularidades: documento utilizado para esclarecer ao fornecedor os motivos da
devolução, quanto os aspectos qualitativo e quantitativo;
-Relatório técnico de inspeção: documento utilizado para definir, sob o aspecto qualitativo, o aceite
ou a recusa do material comprado do fornecedor;
-Requisição de material: documento utilizado para a retirada de materiais do almoxarifado;
-Devolução de material: documento utilizado para devolver ao estoque do almoxarifado as
quantidades de material porventura requisitadas além do necessário;
CONSERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO
É obrigação do almoxarife a quem tenha sido confiado material para a guarda ou uso, zelar pela sua
boa conservação e diligenciar no sentido da recuperação do que se avariar.
35
SOUZA JÚNIOR, S. L. Noções básicas de Almoxarifado, Estoques, Transporte de Materiais. 2009.
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Com o objetivo de minimizar os custos com a reposição de bens móveis do acervo, deve-se planejar
e operacionalizar a manutenção e recuperação para todos os equipamentos e materiais permanentes em
uso no órgão ou entidade, objetivando o melhor desempenho possível e uma maior longevidade desses.
A manutenção periódica deve obedecer às exigências dos manuais técnicos de cada equipamento ou
material permanente, de forma mais racional e econômica possível.
A recuperação somente será considerada viável se a despesa envolvida com o bem móvel orçar no
máximo a 50% (cinquenta por cento) do seu valor estimado no mercado; se considerado antieconômico
ou irrecuperável,
O LAYOUT
Almoxarifado é um local de grande circulação de pessoas e dos mais variados tipos de produtos,
assim, ao programar o LAYOUT de um Almoxarifado não se esqueça:
a) A carga e a descarga de materiais devem ser sempre feitas de forma segura e ágil, por isso é
necessário que os veículos transportadores (empilhadeiras, guindastes, carregadores etc.) e os
responsáveis pelo armazenamento estejam sempre disponíveis.
b) As entradas e as saídas dos materiais não devem possuir bloqueios e devem ser suficientemente
compatíveis com a dimensão dos produtos em circulação.
c) A altura do Almoxarifado deve ser compatível com o tipo de produto a ser estocado, assim como as
portas de entrada e saída.
d) Os pavimentos devem ser projetados de maneira a suportar empilhamentos e/ou o peso dos
materiais estocados.
e) A largura, o comprimento, a altura, o volume etc. dos materiais que serão transportados em veículos
são importantes fatores que deverão compor o planejamento do LAYOUT do Almoxarifado.
f) Estruturar o trânsito interno dos veículos dentro do Almoxarifado, levando-se em conta suas
dimensões, tamanho dos produtos e circulação interna.
Um dos maiores problemas de quem cuida de um Almoxarifado é como melhor aproveitar seu espaço
para manter a organização e os níveis de segurança. Uma correta distribuição do espaço dentro do
Almoxarifado consiste em verificar e determinar:
• as quantidades dos materiais A, B, C, D etc.;
• o espaço (em metros quadrados), que os materiais irão ocupar no Almoxarifado;
• a metragem dos suportes, prateleiras, estrados etc., onde os materiais serão armazenados;
• a área de entrada e recebimento dos materiais;
• a área de expedição dos materiais;
• os corredores internos;
• a área ocupada pelos sistemas de manutenção interna;
• a área necessária para os serviços de controle de materiais;
• área para possível expansão.
Em relação ao espaço total disponível do Almoxarifado, é possível se determinar o espaço necessário
para cada grupo de materiais, através do cálculo da área ocupada para cada um dos itens acima. Por
exemplo: se um Almoxarifado possuir 500 metros quadrados, os espaços deverão ser subdivididos de tal
forma que dentro dessa área caibam pelo menos os itens acima relacionados.
Segurança no Almoxarifado
A movimentação de materiais tem sido uma das causas mais frequentes e sérias dos acidentes, razão
pela qual é muito importante a segurança nesse tipo de trabalho. Por isso, devem ser observadas as
seguintes regras:
• Manter limpo e em bom estado o piso dos locais onde se manipulam e transportam os materiais.
• Usar os equipamentos necessários para proteção pessoal, como luvas, ao manusear material
cortante, óculos, luvas, botas e avental para o transporte de ácidos, sapatos com bicos de aço no manejo
de materiais pesados.
• Não manipular materiais se as mãos ou materiais estiverem sujos de óleo ou substâncias
escorregadias.
• Não levantar sozinho materiais de peso excessivo, ou além de sua capacidade. Não podendo utilizar
meios mecânicos, pedir ajuda aos companheiros de trabalho.
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• Evitar brincadeiras e competições para verificar quem consegue levantar maior peso.
• Não carregar material em demasia, isso dificulta os passos e a visão.
• Manter em boas condições todos os equipamentos destinados à movimentação dos materiais, tais
como: empilhadeiras, elevadores, esteiras etc.
• Não carregar em demasia os carretos e empilhadeira evitando que o material possa cair.
• Não andar em velocidade excessiva dentro do Almoxarifado com os veículos destinados à
movimentação de cargas.
• Não passar ou permanecer sob cargas que estão sendo movimentadas por guindastes ou pontes
rolantes.
Esse item trata da NB nº76, da ABNT, cujo objetivo primordial é determinar as cores que deverão ser
usadas nos Almoxarifados, a fim de identificar máquinas e equipamentos de segurança, delimitar áreas,
advertir contra perigos iminentes ou eventuais.
Sua adoção no Almoxarifado possibilita ao pessoal que nele trabalha identificar, facilmente, os perigos
naturais por intermédio das cores, quando já familiarizado com a simbologia adotada. Isto não dispensa,
em absoluto, o emprego de outras formas de prevenção de acidentes, tais como cartazes, painéis, dentro
do Almoxarifado. O uso das cores deve ser estudado de modo a manter o equilíbrio visual necessário. O
corpo das máquinas e outros equipamentos não deveram possuir as cores empregadas no sistema de
segurança. Isso causaria fadiga, confusão e distração.
Quanto ao significado das cores indicadas para uso nos Almoxarifados e Armazéns, observe a tabela
a seguir:
Vermelho: é a cor usada para distinguir e indicar equipamentos e aparelhos de proteção e combate a
incêndios, significando perigo. Por exemplo: caixas de alarme de incêndio, sirenes de alarme, caixas com
cobertores para abafar chamas, extintores e sua localização, localização de mangueiras, baldes de areia
ou água, saídas de emergência.
Alaranjado: é a cor que indica alerta, deve ser usado nas faces internas de caixas protetoras de
dispositivos elétricos, partes móveis e perigosas das máquinas e equipamentos de empilhamento, carga
e descarga de materiais, com a finalidade de alertar o operador na execução do seu trabalho.
Amarelo: é empregada para chamar a atenção, deve ser usada em corrimões, parapeitos, pisos de
escadas que apresentem perigo; bordas desguarnecidas de abertura no solo; faixas no piso de entrada
de elevadores e plataformas de carregamento; parede de fundo de corredores sem saída; cabines,
caçambas, guindastes, empilhadeiras, pontes rolantes, esteiras, vagonetas, reboques etc.; comando e
equipamentos suspensos que oferecem perigo.
Verde: é a cor que caracteriza a segurança no trabalho e é empregada para identificar os seguintes
materiais: caixa de equipamentos de socorros de urgência; caixas contendo máscaras contra gás; macas;
quadros para exposição de cartazes; boletins de avisos de segurança.
Azul: é a cor empregada para indicar cuidado, fica limitada a avisos contra uso e movimentação de
equipamentos que devem permanecer fora de serviço. Devem possuir sinais de advertência: elevadores;
caixas de controles elétricos; estufas; válvulas; andaimes; escadas. Púrpura: é a cor usada para indicar
os perigos provenientes das radiações eletromagnéticas penetrantes e partículas nucleares.
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Branco: é a cor que indica limpeza, é empregada para assinalar: localização de coletores de resíduos;
localização de bebedouros; áreas destinadas à armazenagem.
Preto: é a cor usada para identificar os coletores de resíduos ou detritos. Poderá ser utilizada em
substituição ao branco ou combinado com este, quando as condições do local assim o aconselharem ou
permitirem.
Para complementar as normas de cores dentro do Almoxarifado, é importante que sejam afixados
cartazes de segurança, com a finalidade de combinar os esforços de todo o pessoal na tarefa de evitar
acidentes.
Os cartazes devem ser colocados em pontos estratégicos onde os trabalhadores parem normalmente,
nunca naqueles usados comumente para os avisos normais. Os corredores devem ser evitados.
Os cartazes não devem ser exibidos por mais de 30 dias consecutivos no mesmo local, sendo
conveniente usá-los em rodízio. Quando se colocar um cartaz novo, deve-se reunir os empregados do
Almoxarifado e desenvolver uma pequena preleção, explicando seu significado.
Termos usados:
Questões
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(D) possibilitar recursos de movimentação e distribuição suficientes a um atendimento rápido e
eficiente.
(E) transformar matéria-prima, energia e informação em bens e/ou produto.
03. (TRE-GO – Técnico Judiciário – Área administrativa – CESPE/2015) Com relação a controle de
estoques, de recebimento e armazenagem de materiais, julgue o item subsequente.
O procedimento sequencial correto de um almoxarifado consiste em: armazenagem, distribuição e
recebimento.
( ) Certo ( ) Errado
07. (TRE-GO - Técnico Judiciário - Área Administrativa – CESPE/2015) Com relação a controle de
estoques, de recebimento e armazenagem de materiais, julgue o item subsequente.
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Respostas
01. Resposta C.
O almoxarifado tem como objetivo:
- Assegurar que o material esteja armazenado em local seguro e na quantidade ideal de suprimento;
- Impedir que haja divergências de inventário e perdas de qualquer natureza;
- Preservar a qualidade e as quantidades exatas;
- Possuir instalações adequadas, recursos de movimentação e distribuição suficientes para um
atendimento rápido e eficiente.
02. Resposta: E.
O almoxarifado deverá: assegurar que o material adequado esteja, na quantidade e no local certo,
quando necessário; impedir que haja divergências de inventário e perdas de qualquer natureza; preservar
a qualidade e as quantidades exatas; possuir instalações adequadas e recursos de movimentação e
distribuição suficientes a um atendimento rápido e eficiente;
04. Resposta: A
Almoxarifado é o local destinado à guarda e conservação de materiais, assim como a descrição
realizada no enunciado da questão.
05. Resposta: C
O almoxarifado é o responsável pela guarda física dos materiais em estoque. É o local onde ficam
armazenados os produtos, para atender a produção e os materiais entregues pelos fornecedores. Sendo
assim, o almoxarifado tem como funções: Receber, conferir, armazenar e registrar os materiais em
estoque.
06. Resposta: D
Obter o menor preço de compra para os materiais não é função do setor de almoxarifado, e sim do
setor de compras que cuida da aquisição de materiais. Os demais itens tratam de atividades do
almoxarifado.
08. Resposta: E
O Almoxarifado pode ser conceituado como sendo o local destinado à guarda e conservação de
materiais, em recinto coberto ou não, adequado à sua natureza, tendo a função de destinar espaços onde
permanecerá cada item aguardando a necessidade do seu uso, ficando sua localização, equipamentos e
disposição interna acondicionados à política geral de estoques da empresa.
Referências
CHIAVENATO. I. Administração de Materiais: uma abordagem introdutória. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
SOUZA JÚNIOR, S. L. Noções básicas de Almoxarifado, Estoques, Transporte de Materiais. 2009.
UTFPR. Manual do Almoxarifado. Medianeira, 2012.
36
Valentini, Renato. Arquivologia para concursos / Renato Valentini. – [4. ed.]. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
Reis, Leonardo. Arquivologia facilitada [recurso eletrônico] / Leonardo Reis e João Santos. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2013.
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Um documento é qualquer meio que comprove a existência de um fato, a exatidão ou a verdade de
uma afirmação. É uma unidade de registro de informação independente do suporte utilizado.
Juridicamente, os documentos podem ser considerados como atos, cartas ou escritos que carregam um
valor probatório. Os documentos preservados pelo arquivo podem ser classificados por diferentes tipos
em vários suportes.
O documento arquivístico pode ser produzido ou recebido durante uma atividade realizada por uma
pessoa ou por uma organização, deve possuir conteúdo, contexto e estrutura de modo que sirva como
prova da atividade. É uma informação registrada, independente da forma ou do suporte.
Assim, todo documento é uma fonte de informação como, por exemplo: o livro, a revista, o jornal, o
manuscrito, a fotografia, o selo, a medalha, o filme, o disco, a fita magnética etc.
Dessa forma, observa-se que os documentos de arquivos são gerados, recebidos e acumulados,
devido às funções naturais de uma entidade coletiva ou corporativa, pessoa ou família, podendo estar
registrados em diversos suportes informacionais.
Segundo a definição de Marilena Paes (2005), sobre o arquivo, tem-se que significa: “a acumulação
ordenada dos documentos, em sua maioria textuais, criados por uma instituição ou pessoa, no curso de
sua atividade, e preservados para a consecução dos seus objetivos, visando à utilidade que poderão
oferecer no futuro”.
Para Prado (1999, p. 14), arquivo é: a reunião de documentos conservados, visando à oportunidade
que poderão oferecer futuramente. Para ser funcional um arquivo deve ser planejado, instalado,
organizado e mantido de acordo com as necessidades inerentes aos setores.
Os arquivos são mantidos por entidades públicas federais, estaduais e municipais, assim como
institucionais comerciais.
Para Martins37 o arquivo também pode ser definido como “a entidade ou órgão administrativo
responsável pela custódia, pelo tratamento documental e pela utilização dos arquivos sob sua jurisdição”.
De acordo com Schellenberg (2006, p. 41), “as características essenciais dos arquivos relacionam-se,
pois, com as razões pelas quais os documentos vieram a existir”.
- Glossário Arquivístico
ARQUIVO: Conjunto de documentos produzidos e acumulados por uma entidade coletiva, pública ou
privada, pessoa ou família, no desempenho de suas atividades, independentemente da natureza do
suporte.
ARQUIVO CENTRAL: Arquivo responsável pela normalização dos procedimentos técnicos aplicados
aos arquivos de uma administração, podendo ou não assumir a centralização do armazenamento.
Também chamado arquivo geral. Em alguns países, a expressão designa o arquivo nacional.
FUNDO – Conjunto de documentos de uma mesma proveniência. Termo que equivale a arquivo.
37
Martins, N.R. Noções básicas para organização de arquivos ativos e semiativados. Rio de Janiero: 1998. Disponível em:
http://biblioteca.planejamento.gov.br/biblioteca-tematica-1/textos/biblioteconomia-e-arquivologia.
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Quanto ao conceito de fundos, concebido como o conjunto de documentos provenientes de um órgão,
deve-se atentar para duas classificações constantes da Teoria Arquivística: fechado ou aberto:
-1. Fundo Fechado: quando o órgão gerador da documentação não mais produz ou acumula
documentos em virtude geralmente da cessação de suas atividades. Por exemplo, uma instituição
governamental que deixou de funcionar e foi extinta. Ou uma pessoa física que faleceu.
- 2. Fundo Aberto: quando o organismo produtor e acumulador da documentação ainda se encontra
em atividade, continuando a gerar documentos arquivísticos. Por exemplo, o arquivo da Rede Globo de
Televisão é considerado um fundo aberto.
Fonte: Dicionário de Terminologia Arquivística – 2005.
De acordo com Paes, “a principal finalidade dos arquivos é servir à administração, constituindo-se,
com o decorrer do tempo, em base do conhecimento da história”. Além disso, deve-se considerar que a
função básica do arquivo é tornar disponíveis as informações contidas do acervo documental sob sua
guarda.
Suas principais funções:
• Guarda
• Conservação
• Disponibilização
Logo, deve facilitar o acesso aos documentos pelos consulentes. Pode se perceber que o setor de
arquivo auxilia a empresa nos seus processos de tomada de decisão, além de ser importante também
para provar fatos organizacionais. Seu papel não para por aí, pois objetiva também salvaguardar a
documentação histórica relevante para a constituição da memória institucional.
ARQUIVOLOGIA E ARQUIVISTA
A arquivologia busca gerenciar informações que possam ser registradas em documentos de arquivos.
É muito comum utilizar-se de principais, técnicas, normas e outros procedimentos no processo de
identificação, organização, desenvolvimento, processamentos, análise, coleta, utilização, publicação,
fornecimento, circulação, recuperação e armazenamento das informações.
Algumas atribuições do profissional arquivista são: gerenciar as informações, realizar atividades de
conservação, preservação, gestão documental, disseminação da informação que se encontra nos
documentos, atuar em prol da preservação do patrimônio documental de uma pessoa física ou pessoa
jurídica.
Sendo assim, pode atuar tanto em instituições públicas como privadas, cuidando de arquivos públicos
ou privados, centros de documentação, instituições culturais entre outras. Outras atividades realizadas
pelo profissional arquivista é a elaboração de instrumentos de pesquisa e recuperação da informação.
O gerenciamento da informação, o desenvolvimento das teorias, e as práticas de gestão foram
extremamente importantes, intensamente revolucionárias e fundamentais para o desenvolvimento da
arquivologia. Esse gerenciamento da informação conta ainda com desenvolvimento de projetos,
planejamentos, estudos e técnicas de organização sistemática e implantação de instituições e sistemas
arquivísticas. Embora existam muitas técnicas, ferramentas, estudos que buscam a conservação de
arquivos, um grande desafio encontrado nesta área é que muitas empresas/organizações não tem
uma preocupação específica pelos seus arquivos.
Quando ocorre esse desinteresse consequentemente o profissional também é desconhecido pela
organização e as atividades que esse profissional qualificado realizaria em prol do gerenciamento das
informações passam a ser exercidas por profissionais de outras áreas não capacitados a atuar como
arquivista. Uma consequência do posicionamento de algumas organizações é justamente a qualidade e
resultado dos serviços.
PRINCÍPIOS ARQUIVÍSTICOS
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1415774 E-book gerado especialmente para MARCELO DE SOUSA
Princípio da Proveniência
Fixa a identidade do documento, relativamente a seu produtor. Por este princípio, os arquivos devem
ser organizados em obediência à competência e às atividades da instituição ou pessoa legitimamente
responsável pela produção, acumulação ou guarda dos documentos. Arquivos originários de uma
instituição ou de uma pessoa devem manter a respectiva individualidade, dentro de seu contexto orgânico
de produção, não devendo ser mesclados a outros de origem distinta.
Princípio da Organicidade
As relações administrativas orgânicas se refletem nos conjuntos documentais. A organicidade é a
qualidade segundo a qual os arquivos espelham a estrutura, funções e atividades da entidade
produtora/acumuladora em suas relações internas e externas.
Princípio da Unicidade
Não obstante, forma, gênero, tipo ou suporte, os documentos de arquivo conservam seu caráter único,
em função do contexto em que foram produzidos.
Princípio da Cumulatividade
O arquivo é uma formação progressiva, natural e orgânica.
Além dos princípios arquivísticos mencionados, as bancas organizadoras tem explorado esse assunto,
dessa forma, aqui vai mais alguns princípios38:
- Princípio da pertinência (ou temático) – os documentos deveriam ser reclassificados por assunto,
sem levar em consideração a proveniência e a classificação original.
O nível de importância dos arquivos está relacionado com a maneira como são geridos. Para que os
arquivos alcancem um nível de importância ainda maior, é necessário que sejam geridos da forma correta,
a fim de evitar o acúmulo de massas documentais desnecessárias, de agilizarem ações dentro de uma
instituição, enfim, que cumpram a sua função, seja desde o valor probatório até o cultural.
Sendo assim, ter seus documentos arquivados corretamente e devidamente organizados é uma
iniciativa que precisa ser cultivada sempre, e os motivos vão desde agilidade na hora de encontrar o que
procura, até a praticidade de dividir o espaço com outras pessoas e trazer eficiência ao trabalho.
É extremamente importante que os documentos de arquivos estejam sempre organizados por datas,
colocados em pastas separadas e devidamente identificados com etiquetas ou marcações nas caixa-
arquivos, de modo que sua localização seja rápida caso necessária.
38
ARQUIVO NACIONAL, Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística, 2005.
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1415774 E-book gerado especialmente para MARCELO DE SOUSA
As embalagens destinadas à proteção dos documentos e a facilitar o seu manuseio, são chamadas de
acondicionamento.
Por exemplo: alguns documentos deixaram de ser consultados com frequência, tendo sido, por essa
razão, transferidos ao arquivo intermediário, a fim de aguardarem a sua destinação final. Neste arquivo,
tais documentos foram empacotados e colocados nas estantes de aço.
• Qual foi a forma de acondicionamento usada? - Os pacotes, que servem para proteger o documento.
• Qual o local de armazenamento dos documentos empacotados? - Eles foram guardados nas estantes
de aço.
3. Arquivo de Terceira idade ou Permanente: “constituído de documentos que perderam todo valor
de natureza administrativa e que se conservam em razão de seu valor histórico ou documental e que
constituem os meios de conhecer o passado e a sua evolução. Estes são os arquivos históricos
propriamente ditos, pois é nessa fase que os documentos são arquivados de forma definitiva”.
Baseados nas primeiras definições podemos dizer que existem vários tipos de Arquivos, tudo depende
dos objetivos e competências das entidades que os produzem. Os Arquivos podem ser classificados:
Segundo as entidades criador-mantenedoras:
- Públicos (federal, estadual, municipal)
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- Privados - Institucionais (empresas, escolas, igrejas, sociedades, clubes, associações). - Pessoais
(fotos de família, cartas, originais de trabalhos, etc.).
Temos também os Arquivos que guardam e organizam documentos cujas informações são registradas
em suportes diferentes do papel: discos, filmes, fitas e são chamados de Especiais. Estes podem fazer
parte de um Arquivo mais completo.
Existem aqueles que guardam documentos gerados por atividades muito especializadas como os
Arquivos Médicos, de Imprensa, de Engenharia, Literários e que muitas vezes precisam ser organizados
com técnicas e com materiais específicos. São conhecidos como Arquivos Especializados.
TIPOS DE PASTAS
Os tipos de pastas existentes são: pastas suspensas (frontais ou laterais), pastas intercaladoras,
pastas A/Z ou outras.
Pastas Suspensas
Indicada para o arquivamento de documentos em tamanhos: oficio ou A4. Os documentos são
arquivados na posição vertical dentro da pasta, e a pasta é colocada em estantes. Possuem etiquetas
laterais para identificação da documentação ou da pasta. É muito utilizado em arquivo corrente.
Pastas Intercaladoras
Essas pastas não utilizam varões nem visores, e destina-se à guarda de pequenos volumes de papéis.
No dia-a-dia dos escritórios, no entanto, vários documentos são constituídos por grande quantidade
de papéis, e as peças que os constituem necessitam ser mantidas na ordem em que foram produzidas
ou acumuladas, para não perderem o sentido, como nos casos dos dossiês, por exemplo.
Pasta AZ
Ideal para o arquivamento de documentos em tamanhos oficio ou A4. Os documentos são arquivados
na posição vertical. Possibilita a colocação de guias indicando nome ou nº do documento ou pasta. É
muito utilizado em arquivo corrente.
Pasta Sanfonada
Confeccionada em diversos tamanhos. Possuem divisórias e guias para indicar o assunto. É ideal para
o arquivamento de documentos utilizados em atividades externas, pois há maior mobilidade do usuário
para o arquivamento de documentos em tamanho oficio ou A4.
Pasta Americana
Confeccionada em diversos tamanhos. Pasta estilo caso policial que possui aba para identificações. É
ideal para o arquivamento de documentos utilizados em atividades externas, pois há maior mobilidade do
usuário para o arquivamento de documentos em tamanho oficio ou A4.
Fichário
O fichário se classifica como arquivo permanente. O fichário é um móvel de aço próprio para fichas,
que pode ter uma, duas, três ou quatro gavetas ou estar conjugado com gavetas para fichas e
documentos.
No fichário horizontal, as fichas são guardadas em posição horizontal, uma sobre as outras – modelo
KARDEX. As fichas são fixados por meio de bastões metálicos presos às gavetas. Dessa disposição das
hastes resulta que a primeira ficha presa, a partir do fundo, ficará inteiramente visível, deixando que da
imediatamente inferior apareça uma faixa correspondente à dimensão da barra, e assim sucessivamente,
lembrando o aspecto de uma esteira. As faixas que aparecem funcionam como verdadeiras projeções,
nas quais são feitas anotações.
O fichário vertical é aquele em que as fichas são guardadas em posição vertical, uma atrás das outras,
geralmente separadas por guias. É o modelo mais usado por ser mais econômico. As gavetas ou bandejas
podem comportar um grande número de fichas.
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- Constitui fonte de pesquisa para todos os ramos administrativos;
- auxilia o administrador a tomada de decisões.
Conceito dado pelo Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística, revela que métodos de
arquivamento é = Sequência de operações que determina a disposição dos documentos de um arquivo
ou coleção, uns em relação aos outros, e a identificação de cada unidade.
DIVISÃO
- CLASSES
Os métodos de arquivamento são divididos em duas grandes classes:
• básicos
• padronizados
- BÁSICOS
Podemos dividir os métodos básicos em:
• alfabético (principal elemento a ser considerado num documento: nome)
• geográfico (principal elemento: local ou procedência)
• numérico (principal elemento: número)
• ideográfico (principal elemento: assunto)
Observações:
1ª) Os métodos numéricos podem ser: simples/cronológico/dígito-terminal
2ª) Os métodos ideográficos podem ser:
• alfabético (enciclopédico/dicionário)
• numérico (duplex/decimal /unitermo ou indexação coordenada)
-PADRONIZADOS
Variadex
É o método alfabético, acrescentando cores (excelente auxiliar mnemônico) às letras.
Trabalha-se com 5 cores diferentes. As cores são atribuídas em função da 2ª letra do nome de entrada
no arquivo. As guias são coloridas e as notações alfabéticas.
Cores convencionadas:
A – D e abreviações – ouro ou laranja
E – H e abreviações – rosa ou amarelo
I – N e abreviações – verde
O – Q e abreviações – azul
R – Z e abreviações – palha ou violeta
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As cores são cambiáveis, de acordo com as nossas conveniências
Obs.: Não precisa memorizar a tabela acima. Numa prova, aparece um nome específico, e aí basta
ao candidato usar as regras de alfabetação, e atribuir a cor em função da segunda letra do nome de
entrada no arquivo, como mostra o exemplo da cliente Carolina Souto Neto. A tabela vem inserida na
prova.
-Automático - Usa-se para arquivar nomes, evitando acumular pastas de sobrenomes iguais. Combina
letras, números e cores
-Soundex - Usa-se para arquivar nomes, reunindo-os pela semelhança da pronúncia, apesar de a
grafia ser diferente.
ATENÇÃO: Os métodos padronizados raramente caem em prova, sobretudo para cargos de nível
médio. Caem mais para cargos de nível superior ou para concursos envolvendo a área Arquivística,
ligados aos profissionais da área. Mesmo assim, o mínimo que o concursando deve saber é identificá-los
(VASM-R, estão lembrados). Vale ressaltar, ainda, o fato de os métodos automático e soundex não serem
utilizados nos arquivos brasileiros, e os métodos mnemônico e rôneo estarem obsoletos.
SISTEMAS
- Sistema direto
O próprio nome sugere: busca direta ao local de guarda do documento, sem o auxílio de índice ou
quaisquer outros instrumentos de pesquisa.
Exemplos: métodos alfabético e geográfico.
- Sistema indireto
Para recuperar o documento é necessário recorrer a um índice alfabético remissivo ou a um
determinado código.
Exemplo: métodos numéricos.
Método alfabético
É o sistema mais simples, fácil, lógico e prático, porque obedecendo à ordem alfabética pode-se logo
imaginar que não apresentará grandes dificuldades nem para a execução do trabalho de arquivamento,
nem para a procura do documento desejado, pois a consulta é direta.
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arquivo. Para o bom êxito deste método, devemos organizar dois índices em fichas; numas fichas serão
arquivadas alfabeticamente, para que se saiba que numero recebeu o correspondente ou assunto
desejado, e no outro são arquivadas numericamente, de acordo com o número que recebeu o cliente ou
o assunto, ao entrar para o arquivo. Este último índice pode ser considerado tombo (registro) de pastas
ocupadas e, graças a ele, sabemos qual é o último número preenchido e assim destinaremos o número
seguinte a qualquer novo cliente que seja registrado.
Como se pode deduzir pelo seu nome, é um método que procurou reunir as vantagens dos métodos
alfabéticos simples e numérico simples, tendo alcançado seu objetivo, pois desta combinação resultou
um método que apresenta ao mesmo tempo a simplicidade de um e a exatidão e rapidez, no
arquivamento, do outro. É conhecido também pelo nome de numeralfa e alfanumérico.
Método geográfico
Este método é muito aconselhável quando desejamos ordenar a documentação de acordo com a
divisão geográfica, isto é, de acordo com os países, estados, cidades, municípios etc. Nos departamentos
de vendas, por exemplo, é de especial utilidade para agrupar os correspondentes de acordo com as
praças onde operam ou residem.
Método decimal
Este método foi inspirado no Sistema Decimal de Melvil Dewey. Dewey organizou um sistema de
classificação para bibliotecas, muito interessante, o qual conseguiu um grande sucesso; fora publicado
em 1876.
Dividiu ele os conhecimentos humanos em dez classes, as quais, por sua vez, se subdividiram em
outras dez, e assim por diante, sendo infinita essa possibilidade de subdivisão, graças à sua base decimal.
Método simplificado
Este a rigor não deveria ser considerado propriamente um método, pois, na realidade, nada mais é do
que a utilização de vários métodos ao mesmo tempo, com a finalidade de reunir num só móvel as
vantagens de todos eles.
PRESERVAÇÃO
Os documentos arquivísticos têm que se manter acessíveis e utilizáveis por todo o tempo que se fizer
necessário, garantindo-se sua longevidade, funcionalidade e acesso contínuo. Deverão ser asseguradas
as características dos documentos – tais como autenticidade e acessibilidade - pela adoção de estratégias
institucionais e técnicas proativas de criação e de preservação, que garantam a sua perenidade. Essas
estratégias são estabelecidas por uma política de preservação.
Tradicionalmente a preservação de documentos arquivísticos se concentra na obtenção da
estabilidade do suporte da informação. Nos documentos convencionais, o conteúdo e o suporte estão
intrinsecamente ligados, dessa forma a manutenção do suporte garante a preservação do documento. De
forma distinta, nos documentos digitais, o foco da preservação é a manutenção do acesso, que pode
implicar na mudança de suporte e formatos, bem como na atualização do ambiente tecnológico. A
fragilidade do suporte digital e a obsolescência tecnológica de hardware, software e formato exigem essas
intervenções periódicas.
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As estratégias de preservação para os documentos arquivísticos devem ser selecionadas com base
na sua capacidade de manter as características dos documentos e na avaliação custo-benefício. Podem
incluir monitoramento e controle ambiental, restrições de acesso, cuidados no seu manuseio direto e
obtenção de suportes e materiais mais duráveis (papel, tinta, disco óptico, fita magnética, etc). No caso
específico dos documentos digitais, essas estratégias incluem a prevenção da obsolescência tecnológica
e de danos físicos ao suporte, por meio de procedimentos de migração como rejuvenescimento
(refreshing) e conversão.
Outras técnicas utilizadas na preservação de documentos digitais são: emulação, encapsulamento e
preservação da tecnologia. A adoção de formatos digitais abertos se configura adicionalmente como
medida de preservação recomendável e necessária.
Questões
02. (GDF – Analista de Atividades Culturais – Arquivologia – IADES) Com relação ao campo teórico
da arquivologia, assinale a alternativa correta.
(A) A arquivologia estuda as funções dos serviços ou instituições de arquivo e os princípios e as
técnicas a serem observados no tratamento e na disponibilidade dos acervos arquivísticos.
(B) As três idades documentais podem ser denominadas de corrente, semiativa e informativa.
(C) O ramo da arquivologia que estuda acervos de documentos ancestrais é adjetivado de
arqueológico.
(D) A arquivística é a técnica e a arquivologia, a ciência, segundo a visão difundida pelo Arquivo
Nacional.
(E) O triplo objeto da arquivologia é o fundo arquivístico, o arquivista e a instituição arquivística.
04. (Fundação Universidade de Brasília - UnB – Cespe) O protocolo, como um dos componentes
da gestão de documentos, é responsável pelas atividades de registro, de controle da tramitação, de
distribuição, expedição e abertura de processos.
Certo ( ) Errado ( )
05. (TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Arquivologia – FCC) Os métodos diretos de
arquivamento
(A) baseiam-se em sistemas numéricos.
(B) dispensam o uso de instrumentos de localização.
(C) supõem a indexação coordenada.
(D) só podem ser utilizados em empresas privadas.
(E) dependem de recursos informatizados.
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(D) sequência de operações que determina a disposição dos documentos de um arquivo ou coleção,
uns em relação aos outros e a identificação de cada unidade.
Respostas
01. Resposta: A
Método alfabético: É o sistema mais simples, fácil, lógico e prático, porque obedecendo à ordem
alfabética pode-se logo imaginar que não apresentará grandes dificuldades nem para a execução do
trabalho de arquivamento, nem para a procura do documento desejado, pois a consulta é direta.
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profissional também é desconhecido pela organização e as atividades que esse profissional qualificado
realizaria em prol do gerenciamento das informações passam a ser exercidas por profissionais de outras
áreas não capacitados a atuar como arquivista. Uma consequência do posicionamento de algumas
organizações é justamente a qualidade e resultado dos serviços.
05. Resposta: B
Sistema direto é aquele em que a busca é feita diretamente sem a necessidade de se consultar um
índice. É uma característica dos métodos que organizam documentos por nome (alfabético, geográfico,
dicionário e enciclopédico). Sistema indireto é aquele em que, para se localizar o documento, é preciso
antes consultar um índice ou um código.
06. Resposta: D
Conceito dado pelo Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística = Sequência de operações que
determina a disposição dos documentos de um arquivo(1) ou coleção, uns em relação aos outros, e a
identificação de cada unidade.
07. Resposta: E
Métodos de Arquivamento:
-alfabético: quando o elemento principal para a recuperação da informação for o nome;
-geográfico: quando o elemento principal para a recuperação da informação for o local (cidade, estado
e país);
- numérico simples: quando o elemento principal para a recuperação da informação for o número do
documento;
-numérico-cronológico: quando ao número do documento vier associado a data;
-ideográfico: quando o elemento principal para a recuperação da informação for o assunto. A
ordenação dos assuntos deverá seguir a modalidade alfabética (dicionária ou enciclopédica) ou numérica
(decimal ou duplex).
08. Resposta: E
O Método alfabético é quando o elemento principal para a recuperação da informação for o nome,
como visto anteriormente.
09. Resposta: C
Não confunda:
Os métodos básicos e padronizados fazem parte de dois grandes sistemas:
• direto
• indireto
Os métodos de arquivamento são divididos em duas grandes classes:
• básicos
• padronizados.
10. Resposta: E
É o método alfabético, acrescentando cores às letras. Trabalha-se com 5 cores diferentes. As cores
são atribuídas em função da 2ª letra do nome de entrada no arquivo. As guias são coloridas e as notações
alfabéticas.
ARQUIVAMENTO
Uma vez classificado e tramitado, o documento deverá ser arquivado, obedecendo às seguintes
operações:
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a) INSPEÇÃO: consiste no exame do(s) documento(s) para verificar se o(s) mesmo(s) se destina(m)
realmente ao arquivamento, se possui(em) anexo(s) e se a classificação atribuída será mantida ou
alterada.
Exemplo:
– organizar internamente cada pasta, separando os documentos referentes a cada pessoa, órgão,
firma ou lugar, sempre que a quantidade de documentos justificar e desde que relativos a um mesmo
assunto.
Exemplo:
Dossiês: Será criado um dossiê para cada tipo de exame e título de concurso, ordenados
alfabeticamente.
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– emprestar aos usuários;
– prestar informações;
– efetuar uma juntada.
Nesta fase é importante o controle de retirada, efetuado por meio do recibo de empréstimo (ver item
2.3), no qual são registradas informações sobre processos, dossiês ou outros documentos retirados, além
do setor, nome, assinatura do servidor responsável pela solicitação e, posteriormente, a data da
devolução do documento. O recibo de empréstimo tem como finalidade controlar o prazo para devolução
do documento e servir como indicador de sua frequência de uso, fator determinante para o
estabelecimento dos prazos para sua transferência e recolhimento.
Por meio desse controle é possível informar com precisão e segurança a localização do(s)
documento(s) retirado(s).
O recibo de empréstimo é preenchido em duas vias, sendo:
– 1ª via: tal como guia-fora substitui o documento na pasta de onde foi retirado, devendo ser eliminada
quando da devolução do documento;
– 2ª via: arquivada em fichário à parte, em ordem cronológica, para controle e cobrança, quando
vencido o prazo de devolução.
Questões
01. (TCE/ES - Analista Administrativo - Arquivologia – CESPE) Assinale a opção que apresenta a
ordem cronológica correta das operações realizadas na organização dos documentos de arquivo.
(A) classificação, arquivamento e ordenação
(B) ordenação, classificação e arquivamento
(C) classificação, ordenação e arquivamento
(D) arquivamento, ordenação e classificação
(E) ordenação, arquivamento e classificação
03. (DPE/TO - Assistente de Defensoria Pública – UFT) A ordenação corresponde à disposição dos
documentos em pastas e destas dentro de arquivos. A escolha da forma de ordenação depende muito da
natureza dos documentos. São métodos básicos de ordenação, EXCETO:
(A) Ordenação alfabética
(B) Ordenação cronológica
(C) Ordenação aleatória
(D) Ordenação geográfica
05. (UFPA - Técnico em Arquivo – UFPA/2017) A classificação é uma das atividades do processo de
gestão de documentos arquivísticos, o qual inclui procedimentos e rotinas específicas que possibilitam
maior eficiência e agilidade no gerenciamento e controle das informações. Com base nesta definição,
analise a questão
Uma vez classificado e tramitado, o documento deverá ser arquivado, obedecendo às seguintes
operações:
(A) Inspeção, higienização e arquivamento.
(B) Higienização, ordenação e arquivamento.
(C) Indexação, inspeção e arquivamento.
(D) Organização, ordenação e arquivamento.
(E) Inspeção, ordenação e arquivamento.
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Respostas
01. Resposta: C
A classificação é a ação intelectual de elaboração de esquemas para o agrupamento de documentos;
a ordenação é a forma de disposição dos documentos dentro desses esquemas; e o arquivamento é a
ação física de armazenar e acondicionar os documentos conforme as atividades anteriores.
02. Resposta: A
Ordenação quanto à sua classificação intelectual. Ou seja, ordenando, organizando os arquivos sob o
mesmo tema, mesmo assunto, mesma data, mesmo nome, logo mesmo atributo. Quando se fala em
reunir fisicamente, pense em ordenação.
03. Resposta: C
Podem ser ordenados os documentos por meio dos seguintes métodos:
- Alfabético
- Geográfico;
- Cronológico;
- Ideográfico (por assuntos).
05. Resposta: E
Uma vez classificado e tramitado, o documento deverá ser arquivado, obedecendo às seguintes
operações: Inspeção, ordenação e arquivamento.
Atender significa:
- Acolher com atenção, ouvir atentamente;
- Tomar em consideração, deferir;
- Atentar, ter a atenção despertada para; Receber.
Por isso, atendimento é acolher, receber, ouvir o cliente, de forma com que seus desejos sejam
resolvidos. Atendimento é dispor de todos os recursos que se fizerem necessários, para atender
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ao desejo e necessidade do cliente. Esse cliente pode ser interno, ou, externo, e caracteriza-se por
ser o público-alvo em questão.
Os clientes internos são aqueles de dentro da organização. Ou seja, são os colegas de trabalho, os
executivos. São as pessoas que atuam internamente na empresa.
Já os clientes externos, são os clientes que adquirem produtos ou serviços da empresa.
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A Comunicação Interna compreende os procedimentos comunicacionais que ocorrem na
Organização. Segundo Scroferneker. “Visa proporcionar meios de promover maior integração dentro da
organização mediante o diálogo, a troca de informações, experiências e a participação de todos os níveis”.
Da mesma forma que um bom atendimento pode cativar, conquistar, reter um cliente; um mal
atendimento pode facilmente trazer prejuízos e colocar uma empresa em uma situação difícil. A
satisfação do cliente deve ser uma das grandes prioridades de uma empresa que busca
competitividade e permanência no mercado.
As empresas devem estabelecer princípios, normas e a maneira adequada de transmitir essas
informações aos colaboradores, por isso é importante ter constante treinamento.
É comum visitarmos empresas e compararmos o atendimento. Quando o atendimento é eficiente,
rápido, objetivo, e o nível de comunicação adequado, podemos perceber que a empresa adota estratégias
e há uma preocupação em qualificar as pessoas de modo a obterem conhecimentos, habilidades, atitudes
específicas de acordo com o ramo de atividade e os produtos que serão comercializados pela empresa.
O treinamento pode ensinar, corrigir, melhorar, adequar o comportamento das pessoas em relação as
mudanças ou mesmo exigências de um mercado extremamente disputado e concorrido.
É preciso responder ao cliente com entusiasmo e uma saudação positiva. Ainda que o cliente
possa perder a paciência, como profissional eu preciso manter minha conduta e postura condizente com
ao esperado pela empresa. Se por ventura o cliente estiver insatisfeito com algo e demonstrar isso em
suas palavras, tenha calma, e lembre-se de que o cliente teve esse comportamento para com a empresa
não como algo pessoal contra você. Tenha sempre bom senso e compreensão.
1. A recepção
2. Ouvir as necessidades do cliente
3. Fazer perguntas de esclarecimento
4. Orientar o cliente
5. Demonstrar interesse e empatia
6. Dar uma solução ao atendimento
7. Fazer o fechamento
8. Resolver pendências quando houver.
Não podemos prever que o cliente entenda toda a linguagem que utilizamos em uma empresa.
Coloque-se no lugar do cliente e assim busque utilizar termos claros e explicar de acordo com a
maturidade detalhes importantes no processo de compreensão.
Nunca discuta com um cliente, a discussão não tem o objetivo discutir possibilidades, caminhos,
decisões e oferecer soluções, mas sim de criar uma disputa ou provar que alguém está certo e o outro
errado, obter razão.
1. Foco no Cliente
As empresas privadas buscam reduzir os custos dos produtos, aumentar os lucros, mas não podem
perder de vista a qualidade e satisfação dos clientes.
Um serviço ou produto deve ser exatamente como o usuário espera, deseja ou necessita que ele seja.
3. Manutenção da qualidade
A atuação com base nesses princípios deve ser orientada por algumas ações que imprimem
qualidade ao atendimento, tais como:
-Identificar as necessidades dos usuários;
-Cuidar da comunicação (verbal e escrita);
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-Evitar informações conflitantes;
-Atenuar a burocracia;
-Cumprir prazos e horários;
-Desenvolver produtos e/ou serviços de qualidade;
-Divulgar os diferenciais da organização;
-Imprimir qualidade à relação atendente/usuário;
-Fazer uso da empatia;
-Analisar as reclamações;
-Acatar as boas sugestões.
Essas ações estão relacionadas a indicadores que podem ser percebidos e avaliados de forma positiva
pelos usuários, entre eles: competência, presteza, cortesia, paciência, respeito.
Por outro lado, arrogância, desonestidade, impaciência, desrespeito, imposição de normas ou exibição
de poder tornam o atendente intolerável, na percepção dos usuários.
Atender o cliente significa identificar as suas necessidades e solucioná-las, ao passo que atender ao
telefone significa não deixá-lo tocar por muito tempo, receber a ligação e transferi-la ao setor
correspondente. Observe que a diferença é bastante grande. Eu diria mais: profissional de qualquer área
ou formação tem capacidade de atender ao telefone, visto que é um procedimento técnico, enquanto que
para atender o cliente é necessário capacidades humanas e analíticas, é necessário entender o
comportamento das pessoas, ou seja, entender de gente, além de ter visão sistêmica do negócio e dos
seus processos. Os profissionais mais bem preparados para esse fim são os que frequentam os bancos
escolares, especialmente os que se dedicam à formação secretarial.
Como o telefone é altamente utilizado nas organizações, o secretário envolve-se bastante com o
atendimento de clientes que contatam com a empresa por meio desse aparelho. Muitas são as ligações
recebidas e outras tantas ligações são realizadas. Muitos secretários chegam a ter pânico do telefone
porque ele não para de tocar e porque ele atrapalha a realização de outras atividades, que erroneamente
são consideradas mais importantes.
Será que existe algo mais importante do que o cliente que se encontra do outro lado da linha,
aguardando pelo atendimento? É claro que não existe. Ocorre que nem sempre se tem a consciência de
que é o cliente que será atendido e não o telefone. Não se tem a consciência que cada ligação recebida
significa uma oportunidade de negociar, de vender, de divulgar a empresa, de manter laços amistosos
com o cliente.
É comum os atendentes chegarem no final do expediente com o sentimento que nada ou pouco de
importante realizaram, apesar de terem resolvido uma série de problemas, fornecido inúmeras
informações, participado de várias negociações e vendas, tudo isso a partir das demandas recebidas de
clientes por meio do telefone. A expressão: “eu não fiz nada hoje apenas atendi o telefone” é corriqueira
e não corresponde à realidade, até mesmo desvaloriza a profissão secretarial. Qual empresa irá manter
em seu quadro de pessoal funcionários que nada fazem?
O cliente sempre espera um tratamento individualizado, considerando que cada situação de
atendimento é única, e deve levar em conta as pessoas envolvidas e suas necessidades, além do
contexto da situação. Como as pessoas são diferentes, agem de maneira diferenciada, a condução do
atendimento também necessita ser personalizada, apropriada para cada perfil de cliente e situação.
Assim, o cliente poderá se apresentar: bem-humorado, tímido, apressado, paciente, inseguro, nervoso,
entre outras características. O mais importante é que o secretário identifique no início da interação como
o cliente se encontra para que possa dirigir de maneira assertiva o atendimento.
A chave para o sucesso da bom atendimento depende muito da boa comunicação, isto é, de
como é realizada a transmissão e recepção de informação.
Mas será que tudo à nossa volta é Comunicação? Quando saímos de casa para trabalhar nos
deparamos com a sinalização do trânsito, as propagandas de lojas, cartazes informativos, placas nas
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ruas, o som do rádio, se formos analisar minunciosamente podemos concluir que todos os elementos ao
nosso redor se configuram no de ato de comunicar.
Porém, vamos analisar mais de perto e buscar entender por completo esse processo.
Exemplo: um menino perdido na floresta. De repente ele vê o céu escurecer, relâmpagos, trovões, e
conclui que vai cair um toró na sua cabeça. Essa mudança meteorológica a que ele assiste é uma situação
de comunicação? Se for, quem seria o emissor? A natureza? Não! A natureza não tem um propósito, para
a racionalidade do homem, de ter o propósito de passar uma informação. Agora suponhamos que o
menino chega diante de um vale e vê fumaça de uma chaminé ao longe, concluindo que está salvo:
também não se trata de comunicação, pelo mesmo motivo.
Pessoas cozinhando o almoço na sua casa não podem ser consideradas emissores e alguma
mensagem endereçada ao garoto perdido. Suponhamos agora que o menino faça uma fogueira para
sinalizar sua presença.
Isso é comunicação? Neste caso temos o emissor e a mensagem, mas falta ainda o receptor. Depende,
pois, de que a fumaça seja vista e interpretada como pedido de socorro, porque se um helicóptero da
polícia sobrevoar o local e seus ocupantes acharem que se trata apenas de mais um foco de incêndio,
não se efetivou a comunicação.
O exemplo anterior é o contrário de placas que limitam a velocidade, por exemplo, que indicam curvas
à direita ou à esquerda e alertam para a proximidade de um posto de pedágio – exemplos claros de
comunicação visual.
É difícil saber se o comportamento humano é intencional ou não, mesmo que, segundo a psicanálise,
existem as intenções inconscientes. Por isso é preciso classificar tudo o que o homem faz em sociedade.
Até mesmo o silêncio, é comunicação. Pode significar concordância, indiferença, desprezo, etc.
Quanto à comunicação, tanto interna quanto externa das organizações, é uma ferramenta de extrema
importância para qualquer organização e determinante no que se refere ao sucesso, independente do
porte e da área de atuação. É uma ferramenta estratégica, pois muitos erros podem ser atribuídos às
falhas de comunicação. Portanto, um sistema de comunicação eficaz é fundamental para as organizações
que buscam o crescimento e cultura organizacional.
A comunicação é um processo bastante complexo, ainda mais quando é explorada sob a perspectiva
organizacional, pois o número de variáveis interferentes multiplica-se e algumas ganham uma maior
relevância como a cultura da organização e a relação entre o emissor e o receptor ou entre o emissor e
os diversos receptores.
Na era da informação, a rapidez e o valor das informações faz com que as organizações se vejam no
imperativo de reestruturarem sua comunicação (seja ela interna ou social) adotando um padrão moderno
aproximando suas ações e o discurso empresarial, em busca de um patrimônio de caráter simbólico
constituído pela imagem, reputação, credibilidade, legitimidade e aceitação.
Diante dessa conjuntura que envolve a comunicação organizacional emergem os problemas de
comunicação. Os problemas de comunicação surgem por uma situação de fala distorcida onde os
participantes do ato comunicativo encontram-se em posições desiguais de poder e conhecimento de
informações, onde no âmbito prático encontrar-se-á a complacência a ideias errôneas e falsas opiniões.
O principal problema da comunicação organizacional a sobrecarga de input de informação, podendo
este estar relacionado a má seleção de informações por parte do indivíduo ou a uma cultura
organizacional valorizadora de grande quantidade de informações.
Ainda sobre os problemas de comunicação, Freud baseado na teoria psicanalítica, demonstra que,
através de mecanismos inconscientes (como condensação e deslocamento), os desejos do indivíduo são
transmitidos no ato comunicativo através dos lapsos, tiradas espirituosas, chistes, piadas, esquecimentos
e trocas (de nome, horário, etc.).
Para que o atendimento ocorra de maneira efetiva, são necessárias as ocorrências das seguintes
dimensões:
Comunicabilidade:
É a qualidade do ato comunicativo otimizado, no qual a mensagem é transmitida de maneira integral,
correta, rápida e economicamente. A transmissão integral supõe que não há ruídos supressivos,
deformantes ou concorrentes. A transmissão correta implica em identidade entre a mensagem mentada
pelo emissor e pelo receptor.
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Apresentação
O responsável pelo primeiro atendimento representa a primeira impressão da empresa, que o cliente
irá formar, como a imagem da empresa como um todo.
E por isso, a apresentação inicial de quem faz o atendimento deve transmitir confiabilidade, segurança,
técnica e ter uma apresentação ímpar.
É fundamental que a roupa esteja limpa e adequada ao ambiente de trabalho. Se a empresa adotar
uniforme, é indispensável que o use sempre, e que o apresente sempre de forma impecável. Unhas e
cabelos limpos e hálito agradável também compreendem os elementos que constituem a imagem que o
cliente irá fazer da empresa, através do atendente.
O cliente, ou, futuro, questiona e visualiza sempre. Por isso, a expressão corporal e a disposição na
apresentação se tornam fatores que irão compreender no julgamento do cliente.
A satisfação do atendimento começa a ser formado na apresentação.
Assim, a saudação inicial deve ser firme, profissional, clara e de forma que transmita compromisso,
interesse e prontidão.
O tom de voz deve ser sempre agradável, em bom tom. O que prejudica muitos relacionamentos das
empresas com os clientes, é a forma de tratamento na apresentação. É fundamental que no ato da
apresentação, o atendente mostre ao cliente que ele é Bem-Vindo e que sua presença na empresa é
importante.
Há várias regras a serem seguidas para a apresentação inicial para um Bom Atendimento. O que dizer
antes? O nome, nome da empresa, Bom Dia, Boa Tarde, Boa Noite? Pois não? Posso ajudá-lo?
A sequência não importa. O que deve ser pensado na hora, é que essas frases realmente devem ser
ditas de forma positiva e que tenham significado.
Os clientes não aguentam mais atendimentos com apresentações mecânicas.
O que eles querem sentir na apresentação é receptividade.
Por isso, Saudar com Bom Dia, Boa Tarde, ou, Boa Noite, é ótimo! Mas, diga isso, desejando mesmo
que o cliente tenha. Dizer o nome da empresa se o atendimento for através do telefone também faz parte.
Porém, faça de forma clara e devagar. Não dê margem, ou fale de forma que ele tenha que perguntar
de onde é logo após o atendente ter falado. Dizer o nome, também é importante. Mas, isso pode ser dito
de uma forma melhor como, perguntar o nome do cliente primeiro, e depois o atendente diz o seu.
Exemplo: Qual seu nome, por favor? Maria, eu sou a Madalena, hoje posso ajuda-la em quê?
O cliente com certeza já irá se sentir com prestígio, e também, irá perceber que essa empresa trabalha
pautada na qualidade do atendimento.
Segundo a Sabedoria Popular, leva-se de 5 a 10 segundos para formarmos a primeira impressão de
algo.
Por isso, o atendente deve trabalhar nesses segundos iniciais como fatores essenciais para o
atendimento. Fazendo com que o cliente tenha uma boa imagem da empresa.
O profissionalismo na apresentação se tornou fator chave para o atendimento. Excesso de intimidade
na apresentação é repudiável. O cliente não está procurando amigos de infância. E sim, soluções aos
seus problemas.
Assim, os nomes que caracterizam intimidade devem ser abolidos do atendimento. Tampouco, os
nomes e adjetivos no diminutivo.
Outro fator que decepciona e enfurece os clientes, é a demora no atendimento. Principalmente quando
ele observa que o atendente está conversando assuntos particulares, ou, fazendo ações que são
particulares e não condizem com seu trabalho.
A instantaneidade na apresentação do atendimento configura seriedade e transmite confiança ao
cliente.
Portanto, o atendente deve tratar a apresentação no atendimento como ponto inicial, de sucesso, para
um bom relacionamento com o cliente.
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É importante ter atenção à tudo o que o cliente faz e diz, para que o atendimento seja personalizado e
os interesses e necessidades dele sejam trabalhados e atendidos.
É indispensável que se use do formalismo e da cortesia. O excesso de intimidade pode constranger
o cliente. Ser educado é cortês é fundamental. Porém, o excesso de amabilidade, se torna tão
inconveniente quanto a falta de educação.
O atendimento é mais importante que preço, produto ou serviço para o cliente. Por isso, a atenção à
ele deve ser única e exclusiva.
Por isso, é necessário que o cliente sinta-se importante e sinta que está sendo proporcionado à ele
um ambiente agradável e favorável para que seus desejos e necessidades sejam atendidos. O atendente
deve estar voltado completamente para a interação com o cliente, estando sempre atento para perceber
constantemente as suas necessidades. Por isso, o mais importante é demonstrar interesse em relação
às necessidades dos clientes e atendê-las prontamente e da melhor forma possível.
Gentileza é o ponto inicial para a construção do relacionamento com o cliente. A educação deve
permear em todo processo de atendimento. Desde à apresentação até a despedida.
Saudar o cliente, utilizar de obrigado, por favor, desculpas por imprevistos, são fundamentais em todo
processo.
Caracteriza-se também, como cortesia no atendimento, o tom de voz e forma com que se dirige ao
cliente.
O tom de voz deve ser agradável. Mas, precisa ser audível. Ou seja, que dê para compreender. Mas,
é importante lembrar, que apenas o cliente deve escutar. E não todo mundo que se encontra no
estabelecimento.
Com idosos, a atenção deve ser redobrada. Pois, algumas palavras e tratamentos podem ser
ofensivos à eles. Portanto, deve-se utilizar sempre como formas de tratamento: Senhor e Senhora.
Assim, ao realizar um atendimento, seja pessoalmente ou por telefone, quem o faz está oferecendo a
sua imagem (vendendo sua imagem) e da empresa na qual está representando. As ações representam
o que a empresa pretende.
Por isso, é importante salientar que não se deve distrair durante o atendimento. Deve-se concentrar
em tudo o que o cliente está dizendo.
Também, não se deve ficar pensando na resposta na hora em que o interlocutor estiver falando.
Concentre-se em ouvir.
Outro fator importante e que deve ser levado em conta no atendimento é não interromper o interlocutor.
Pois, quando duas pessoas falam ao mesmo tempo, nenhuma ouve corretamente o que a outra está
dizendo. E assim, não há a comunicação.
O atendente também não deve se sentir como se estivesse sendo atacado. Pois alguns clientes dão
um tom mais agressivo à sua fala. Porém, isso deve ser combatido através da atitude do atendente, que
deve responder de forma calma, tranquila e sensata, e sem elevar o tom da voz. E também, sem se
alterar.
Tomar nota das informações pode trazer mais tranquilidade ao atendimento. Ainda mais se ele
estiver sendo feito pelo telefone. Essa técnica, auxilia na compreensão e afasta a duplicidade de
questionamentos que já foram feitos, ou de informações que já foram passadas.
Fazer perguntas ao sentir necessidade de algum esclarecimento, é importante. O atendente não deve-
se inibir. Já foi dito que fazer uma pergunta mais de uma vez deve ser evitado. E também que informações
que já foram passadas pelo clientes não devem ser questionadas. Porém, se houver necessidade, o
atendente deve fazê-la. Mas, deve pedir desculpas por refazê-la, e dizer que foi um lapso.
Confirmar o que foi dito, solicitar feedback, passa uma mensagem de profissionalismo, atenção e
interesse ao cliente. Demonstra que o atendente e a empresa estão preocupados com sua situação e em
fazer um atendimento de qualidade.
Portanto, estabelecer empatia e falar claramente e pausadamente, sem ser monótono, evitando
ainda o uso de gírias; falar com voz clara e expressiva (boa dicção) são atitudes que tornam o atendimento
ao cliente com qualidade.
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Para isso, é importante que o ambiente de trabalho esteja organizado, para que tudo o que precisa ser
encontrado facilmente.
Também, estar bem informado sobre os produtos e serviços da organização, tornam o atendimento
mais ágil.
Em um mundo no qual tempo está relacionado à dinheiro, o cliente não se sente bem em lugares no
qual ele tenha que perder muito tempo para solucionar algum problema.
Instantaneidade é a palavra de ordem. Por mais que o processo de atendimento demore, o que o
cliente precisa detectar, é que está sendo feito na velocidade máxima permitida.
Tudo isso também, tendo em vista que a demora pode afetar no processo de outros clientes que estão
à espera.
Porém, é importante atender completamente um cliente para depois começar atender o próximo.
Se ágil não está ligado a fazer apenas um pouco. E sim, fazer na totalidade de maneira otimizada.
O comportamento eficiente cumpre o prometido, com foco no problema.
Ser eficiente é realizar tarefas, resolvendo os problemas inerentes a ela. Ser eficiente é atingir a meta
estabelecida.
Por isso, o atendimento eficiente é aquele no qual não perde tempo com perfumarias. E sim, agiliza o
processo para que o desejado pelo cliente seja cumprido em menor tempo.
Eficiência está ligada a rendimento. Por isso, atendimento eficiente é aquele que rende o suficiente
para ser útil.
O atendente precisa compreender que o cliente está ali para ser atendido. Por isso, não deve perder
tempo com assuntos ou ações que desviem do pretendido.
Há alguns pontos que levam à um atendimento eficiente, como:
Todos fazem parte do atendimento. Saber o que todos da empresa fazem, evita que o cliente tenha
que repetir mais de uma vez o que deseja, e que fique esperando mais tempo que o necessário.
Cativar o cliente, sem se prolongar muito, mostra eficiência e profissionalismo.
Respeitar o tempo e espaço das pessoas é fundamental ao cliente. Se ele precisa de um tempo a
mais para elaborar e processar o que está sendo feito, dê esse tempo à ele, auxiliando-o com informações
e questões que o auxilie no processo de compreensão.
Ser positivo e otimista e ao mesmo tempo ágil, fará com que o cliente tenha a mesma conduta.
Saber identificar os gestos e as reações das pessoas, de forma a não se tornar desagradável ou
inconveniente, facilita no atendimento.
Ter capacidade de ouvir o que falam, procurando interpretar o que dizem e o que deixaram de dizer,
exercitando o "ouvir com a inteligência e não só com o ouvido".
Interpretar cada cliente, procurando identificar a real importância de cada "fala" e os valores do que
foi dito.
Saber falar a linguagem de cada cliente procurando identificar o que é especial, importante e ou
essencial em cada solicitação, procurando ajuda-lo a conseguir o que deseja, otimiza o processo.
O atendente deve saber que fazer um atendimento eficiente é ser breve sem tornar-se
desagradável.
Ter ética em todos os níveis de atendimento faz com que o cliente não tenha dúvida sobre a
organização. E assim, não desperdice tempo fazendo questionamentos sobre a conduta da empresa.
O atendente deve saber que sempre há uma solução para tudo e para todos, buscando sempre os
entendimentos e os acordos em todas as situações, por mais difíceis que elas se apresentem.
O atendente deve saber utilizar a comunicação e as informações.
O todo é composto de partes, e para os clientes "as ações sempre falaram mais alto que as palavras".
Em todos os níveis de atendimento será inevitável deparar-se com clientes ofensivos e agressivos.
Para tanto, o atendente deve ter tolerância para acalmar o cliente e mostrar que ele está ali para auxiliá-
lo e resolver o problema.
Não deixar dúvidas ao cliente de que a receptividade na empresa é a palavra de ordem, acalma e
tranquiliza. Por isso, a tolerância é importante para que não se perca a linha e comprometa a imagem da
empresa e a qualidade no atendimento.
Não demonstrar ao cliente que o atendente é só mais um na empresa, e que o que o cliente procura
não tem ligação com sua competência, evita conflitos.
Por mais que não seja o responsável pela situação, o atendente deve demonstrar interesse, presteza
e tolerância.
Por mais que o cliente insista em construir uma situação de discussão, o atendente deve-se manter
firme, tolerante e profissional.
Portanto, a presteza, eficiência e a tolerância, formam uma tríplice que sustentam os atendimentos
pautados na qualidade, tendo em vista que a agilidade e profissionalismo permeiam os relacionamentos.
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Discrição
Atitudes discretas preservam a harmonia do ambiente e da relação com o interlocutor. No trabalho, a
pessoa deve ter acima de tudo discrição em seus atos, pois certas brincadeiras ou comentários podem
ofender as pessoas que estão sendo atendidas e gerar situações constrangedoras. Nestes casos,
a melhor maneira de contornar a situação é pedir desculpas e cuidar para que não ocorram novamente.
Todas as atitudes que incomodam as pessoas são consideradas falta de respeito e por isso deve haver
uma série de cuidados, como por exemplo: não bater o telefone, falar alto, importunar seu colega
com conversas e perguntas o tempo todo, entre outros.
Ser elegante em um ambiente de trabalho e não expor o visitante/usuário, sendo bem educado, não
significa bajular o atendido e sim ser cortês, simpático e sociável. Isto certamente facilitará a comunicação
e tornará o convívio mais agradável e saudável.
Conduta, Objetividade
A postura do atendente deve ser proativa, passando confiança e credibilidade. Sendo ao mesmo
tempo profissional e possuindo simpatia. Ser comprometido e ter bom senso, atendendo de forma gentil
e educada. Sorrindo e tendo iniciativa, utilizando um tom de voz que apenas o cliente escute, e não
todos que estão no local e ouvindo atentamente, são condutas essenciais para o atendente.
O sigilo é importante, e por isso, o tom de voz no atendimento é essencial. O atendimento deve ser
exclusivo e impessoal. Ou seja, o assunto que está sendo tratado no momento, deve ser dirigido apenas
ao cliente. As demais pessoas que estão no local não podem e nem devem escutar o que está sendo
tratado no momento. Principalmente se for assunto pessoal.
Essa conduta de impessoalidade e personalização transformam o atendimento, e dão um tom formal
à situação.
A objetividade está ligada à eficiência e presteza. E por isso, tem como foco, como já vimos, eliminar
desperdiçadores de tempo, que são aquelas atitudes que destoam do foco.
Ser objetivo, é pensar fundamentalmente apenas no que o cliente precisa e para que ele está ali.
Solucionar o seu problema e atender às suas necessidades devem ser tratados como assuntos
urgentes e emergentes. Ou seja, têm pressa e necessita de uma solução rapidamente.
Afirmamos que o atendimento com qualidade deve ser pautado na brevidade. Porém, isso não exclui
outros fatores tão importantes quanto, como: clareza, presteza, atenção, interesse e comunicabilidade.
Pois o atendimento com qualidade deve construído em cima de uma série de fatores que configuram um
atendimento com qualidade. E não apenas/somente um elemento.
Vale dizer que, com o foco no atendimento presencial, temos ainda princípios fundamentais para
imprimir qualidade ao atendimento presencial:
1. Princípio da competência - O usuário espera que cada pessoa que o atenda detenha informações
detalhadas sobre o funcionamento da organização e do setor que ele procurou. O visitante tem a
expectativa de encontrar pessoas capacitadas a fornecer informações detalhadas sobre o assunto do seu
interesse: - Identifique as necessidades do visitante/usuário; - Ouça atentamente a descrição do serviço
solicitado.
2. Princípio da legitimidade - O usuário deve ser atendido com ética, respeito, imparcialidade, sem
discriminações, com justiça e colaboração.
O visitante/usuário tem o direito de ser recepcionado de forma ética e respeitosa, sem que haja
diferença de tratamento em razão da condição cultural, social e física do visitante/usuário: -
Preferencialmente, trate-o pelo nome; - Não escreva ou faça qualquer outra atividade enquanto estiver
falando com ele; - esteja atento à condição física do usuário (ofereça ajuda aos idosos e às pessoas com
necessidades especiais).
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visitante deve ser orientado e ajudado de forma a ter as suas necessidades atendidas: - Preste atenção
à comunicação não verbal; - Não deixe nenhuma indagação sem resposta; - Demonstre que sabe lidar
com situações não previstas.
Estratégias verbais
• Reconheça, o mais breve possível, a presença das pessoas;
• Se houver demora no atendimento, peça desculpas; • Se possível, trate o usuário pelo nome;
• Demonstre que quer identificar e entender as necessidades do usuário;
• Escute atentamente, analise bem a informação, apresente questões;
Estratégias ambientais
• Mantenha o ambiente de trabalho organizado e limpo;
• Assegure acomodações adequadas para o usuário;
• Evite deixar pilhas de papel, processos e documentos desorganizados sobre a mesa;
• Solicite, se for possível, uma decoração de bom gosto.
Questões
01. (MTE - Agente Administrativo – CESPE) Acerca da qualidade no atendimento ao público, julgue
os itens a seguir.
A qualidade do atendimento ao público fundamenta-se na prestação da informação correta, na cortesia
do atendimento, na brevidade da resposta e na adequação do ambiente para a realização do atendimento.
( ) Certo ( ) Errado
04. (AL/SP - Agente Legislativo de Serviços Técnicos e Administrativos – FCC) Um dos fatores
de qualidade no atendimento ao público é a empatia. Empatia é
(A) a capacidade de transmitir sinceridade, competência e confiança ao público.
(B) a capacidade de cumprir, de modo confiável e exato, o que foi prometido ao público.
(C) o grau de cuidado e atenção individual que o atendente demonstra para com o público, colocando-
se em seu lugar para um melhor entendimento do problema.
(D) a intimidade que o atendente manifesta ao ajudar prontamente o cidadão.
(E) a habilidade em definir regras consensuais para o efetivo atendimento.
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05. (Prefeitura de Serrita – Auxiliar de Biblioteca – CONSULPLAM/2015) Em relação à qualidade
no atendimento ao público, é CORRETO afirmar que:
(A) A apresentação não é importante na qualidade do atendimento.
(B) A cortesia é ineficiente no atendimento ao público.
(C) Ser objetivo tem por fundamento atender as necessidades do cidadão.
(D) O servidor não deve dar atenção as reclamações do cidadão.
06. (TRE/MA – Analista Judiciário – IESES/2015) A excelência nos serviços públicos requer a adoção
de programas de qualidade total. Os princípios de um programa de qualidade no setor público envolvem:
(A) Adoção de práticas de melhoria contínua; Estrutura organizacional funcional; Centralização das
decisões
(B) Educação e capacitação dos servidores públicos; Processo contínuo de comunicação e
sensibilização; Centralização das decisões de qualidade nos gestores.
(C) A sociedade como prioridade; Envolvimento e comprometimento dos níveis tático e operacional.
(D) O cidadão como prioridade; Adoção de práticas de melhoria contínua dos processos e atividades;
Envolvimento e comprometimento da alta administração.
07. (TJ/AL - Técnico Judiciário – CESPE) Em sua atuação profissional, o servidor público deve:
(A) prestar informações sigilosas à sociedade, visto que toda pessoa tem direito à verdade.
(B) colaborar com seus colegas apenas quando solicitado.
(C) realizar suas atividades com afinco e resolutividade.
(D) realizar suas atividades com rapidez, mesmo que ocorram algumas imperfeições ou erros.
(E) abster-se de exercer sua função em situações de insegurança profissional.
08. (TJ/AL - Técnico Judiciário – CESPE) O comportamento profissional do servidor público deve
ser orientador por princípios e valores orientados a
(A) ganhar sempre para o crescimento e engrandecimento da nação.
(B) resolver os problemas imediatos e depois pensar nos futuros.
(C) aproveitar as oportunidades, mesmo com incidência de risco de improbidade.
(D) agir se comportar e demonstrar atitudes relacionadas à tradição dos serviços públicos.
(E) realizar suas atribuições em um ritmo confortável para si e buscar ter qualidade de vida sempre.
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(A) Deve-se ter presteza em resolver os problemas dos clientes, ainda que a informação de resolução
não seja repassada a eles.
(B) É importante repassar para o cliente uma explicação sobre um problema ocorrido, ainda que a
argumentação seja pouco esclarecedora.
(C) Quando o problema não puder ser resolvido de imediato, é preferível não comunicar ao cliente.
(D) Se um produto adquirido puder apresentar problemas futuros, é uma boa conduta alertar os
clientes sobre isso e a respeito das maneiras de evitar que os problemas aconteçam.
(E) O comprometimento da equipe, necessário para uma boa prestação de serviços, não é impactado
pela instituição de recompensas ao serviço.
13. (FINEP - Analista – CESGRANRIO) Uma das preocupações da maior parte das organizações
empresariais é a agilidade no atendimento ao cliente. Isso tem feito com que as empresas de gestão mais
moderna deem maior autonomia aos empregados que fazem o atendimento direto ao cliente.
Em termos de níveis hierárquicos organizacionais essa autonomia representa
(A) uma barreira para o cliente, ampliando o distanciamento entre o nível institucional e o nível
operacional.
(B) um fluxo de informações maior entre os níveis organizacionais, já que quem toma a decisão precisa
conhecer as diretrizes e os objetivos da organização.
(C) uma ampliação da quantidade de níveis hierárquicos da organização, já que a autonomia requer
maior controle e supervisão.
(D) a perda de delineamento estratégico da organização, pelo nível institucional, já que o poder de
decisão está com o nível operacional, que atende aos clientes, diretamente.
(E) a minimização da importância do nível tático, já que este se ocupa da produção de bens e serviços
ofertados pela empresa ao mercado.
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(D) a quantidade de informações que o atendente detém e a presteza e a urbanidade apresentadas
por ele definem a qualidade do atendimento.
(E) a atenção dispensada no atendimento deve variar de acordo com o aspecto socioeconômico do
público atendido.
Para o cliente, o atendente é a personificação da empresa e, assim, atendimento ruim pode ser
interpretado como falha da empresa.
( ) Certo ( ) Errado
Respostas
02. Resposta: B
a) Imagina você fazendo sua reclamação ou solicitação e o atendente digitando ou falando no telefone?
c) É péssimo quando se vai comprar algo e o vendedor não conhece quase nada do produto ou não
sabe que o serviço tem certas opções que o cliente pode escolher.
d) Deve-se observar o comportamento do cliente para melhor atendê-lo, assim ele pode verificar
necessidades implícitas nesse comportamento.
03. Resposta: D
O treinamento é sim uma das estratégias para a melhoria contínua do nível de satisfação do público.
Esta é a única assertiva incorreta.
04. Resposta: C
EMPATIA Colocar-se no lugar do outro, mediante sentimentos e situações vivenciadas. “Sentir com o
outro é envolver-se”. A empatia leva ao envolvimento, ao altruísmo e a piedade. Ver as coisas da
perspectiva dos outros quebra estereótipos tendenciosos e assim leva a tolerância e a aceitação das
diferenças. A empatia é um ato de compreensão tão seguro quanto à apreensão do sentido das palavras
contidas numa página impressa. A empatia é o primeiro inibidor da crueldade humana: reprimir a
inclinação natural de sentir com o outro nos faz tratar o outro como um objeto. O ser humano é capaz de
encobrir intencionalmente a empatia, é capaz de fechar os olhos e os ouvidos aos apelos dos outros.
Suprimir essa inclinação natural de sentir com outro desencadeia a crueldade. Empatia implica certo grau
de compartilhamento emocional - um pré-requisito para realmente compreender o mundo interior do outro.
05. Resposta: C.
São algumas atitudes em um bom atendimento pessoal:
- primar pelo asseio e pela apresentação pessoal - a imagem do atendente é a imagem da organização;
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- organizar o local de trabalho;
- evitar desviar o olhar ou mostrar interesse por qualquer outra coisa que não o cliente;
- falar de forma natural, clara e pausada;
- sorrir espontaneamente.
06. Resposta: D.
A implementação do Programa da Qualidade e Participação na Administração Pública deve observar
os seguintes princípios:
- Satisfação do Cliente
- Envolvimento de Todos os Servidores
- Gestão Participativa
- Gerência de Processos
- Valorização do Servidor Público
- Constância de Propósitos
- Melhoria Contínua
- Não aceitação de erros
07. Resposta: C.
O comportamento profissional esperado do servidor é que ele haja com afinco, ou seja, dedicação, e
resolutividade, isto é, buscando resolver todos os problemas que se apresentarem nos limites de sua
competência. Não cabe ao servidor violar o sigilo profissional, deixar de se atentar aos momentos em que
pode colaborar no trabalho (independente de solicitações), cometer erros e imperfeições ou deixar de
exercer suas funções fora dos casos aceitos em lei.
08. Resposta: D.
Não cabe ao servidor esquecer-se de si e pensar somente na nação, mas o inverso também não é
aceito. Aquele que desempenha função pública deve ter consciência de suas responsabilidades e servir
de espelho para a sociedade como um todo.
09. Resposta: C.
Os funcionários são os maiores responsáveis de um atendimento ao público com qualidade.
10. Resposta: D
A partir da literatura, nota-se que boas condições do ambiente em que são atendidos os clientes,
atendentes bem preparados e comprometidos com suas tarefas, bons produtos ou serviços são exemplos
de requisitos que podem contribuir para assegurar a qualidade do atendimento ao público. Esta afirmação
é a única que faz sentido com o que foi estudado. O ambiente físico e o psicológico, presentes no local
onde é realizado o atendimento ao público, são relevantes (e não irrelevantes, como indica a assertiva C)
em relação à qualidade desse atendimento, pois interferem na percepção da qualidade do atendimento
prestado aos seus clientes.
11. Resposta: D.
Dentre as alternativas apresentadas a que visa atender a qualidade do atendimento ao público é se
um produto adquirido puder apresentar problemas futuros alertar os clientes sobre isso e a respeito das
maneiras de evitar que os problemas aconteçam.
12. Resposta: C.
Para o adequado atendimento ao público, em geral, é fundamental não se tratar ninguém com
intimidade. Todos devem ter o mesmo tratamento, ressalvado os casos de prioridade de atendimento.
13. Resposta: B
Isso representa um fluxo de informações maior entre os níveis organizacionais, já que quem toma a
decisão precisa conhecer as diretrizes e os objetivos da organização. A autonomia dada aos empregados
é relevante, pois são eles que possuem o contato direto com o cliente e a comunicação com os demais
níveis organizacionais também será mais necessária, a fim de transmitir tais impressões.
14. Resposta: A.
A questão aborda uma situação muito comum do atendimento bancário nos dias de muito movimento,
onde muitas vezes o atendimento torne-se menos “prestativos” do que nos dias de pouco movimento.
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Nessa situação a importante lembrar que a fidelização de clientes prega que mais importante do que se
ter um cliente, é o relacionamento que se cria com ele. E isso, é alcançado através do bom atendimento.
Ao procurarem o atendimento bancário os clientes possuem expectativas. Quando um cliente é bem
atendido, dá-se início a criação de um relacionamento, os clientes que têm suas expectativas superadas
acabam se tornando fiéis e isso leva a retenção dos clientes.
15. Resposta: D
É importante deter informações e ter presteza, além de urbanidade. Urbanidade é o conjunto de
formalidades e procedimentos que demonstram boas maneiras e respeito entre os cidadãos; afabilidade,
civilidade, cortesia.
16. Resposta: B
O perfil adequado do atendente, o bom estado de saúde e a competência profissional tornam o serviço
de atendimento mais eficiente e contribuem para aumentar a satisfação dos usuários. Estes aspectos
contribuem para que haja maior qualidade no atendimento ao público.
A imagem institucional
A falta de credibilidade causada pela má imagem causa sérios problemas para organizações e
profissionais, pois prejudica o seu próprio desempenho. Entretanto, nenhuma instituição perde tanto em
consequência da má imagem quanto as empresas.
Isto, obviamente porque com a falta de credibilidade a empresa perde competitividade, capacidade de
produzir e oferecer mais. Isto sem falar que clientes, consumidores, usuários, acionistas e empregados
também perdem em virtude desta má reputação.
As perdas financeiras e de imagem empresariais não acontecem apenas durante as crises.
Infelizmente não há estatísticas de quanto as empresas perdem no dia-a-dia devido a falhas na
comunicação e a posicionamentos errados no mercado.
De nada adianta fazer um planejamento estratégico para a empresa e produtos, se esta esquece de
cuidar de sua imagem e comunicação perante a funcionários e sociedade. E geralmente estas perdas
são muito maiores que as registradas durante as crises.
Com uma sociedade cada vez mais exigente, as pressões – vindas de todos os lados - sobre a imagem
das empresas só tendem a aumentar. E a realidade é que poucas delas estão preparadas para enfrentar
esta situação. Faltam processos, profissionais qualificados e, o pior de tudo, falta consciência da
importância do tema.
É um engano se pensar que a imagem de uma organização somente é sentida pelo cliente na
embalagem ou logomarca dos produtos e/ou serviços oferecidos. Pode-se dizer que o início desta
concepção surge muito antes, sendo ela, notada por todos os stakeholders (agentes interessados e
envolvidos direta e indiretamente com a organização).
Lembre-se, a imagem criada de uma empresa é equiparada a de um cidadão comum, geralmente a
primeira impressão é a que fica. Uma vez causada má impressão, o caminho para a inversão do
pensamento torna-se muito difícil, senão, impossível.
- IMAGEM CORPORATIVA - é, o "conjunto das percepções em relação a uma empresa, tanto junto a
seus consumidores como a outros grupos de pessoas e ao mercado como um todo. Essas percepções
são a visão externa em relação a diversos aspectos da empresa". Ou seja, a imagem corporativa pode
ser percebida de várias formas de acordo com a subjetividade de cada público em particular. Imagem
corporativa é como a empresa é vista, percebida pelos públicos de interesse.
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- IDENTIDADE CORPORATIVA - diferentemente da imagem ou da reputação, representa o conjunto
de produtos, significados, valores, marcas, princípios etc de uma organização e que contribui para
distingui-la do mercado, inclusive dos seus concorrentes. A identidade incorpora a sua missão e visão,
sua forma de gestão, o seu capital intelectual, e também a sua identidade visual. Identidade corporativa
é quem de fato ela é: crenças, valores, cultura.
Portanto, cinco pontos podem ser destacados na busca pela manutenção e melhoria da imagem
empresarial:
1. Foco no objetivo do negócio, ou seja, no cliente final.
2. Que imagem a empresa quer transmitir para cada grupo de stakeholders?
3. Pense como eles. Coloque-se no lugar dos stakeholders e pense em quais seriam suas expectativas
e o que esperaria da empresa em questão.
4. Observe-os. Que atributos a organização deve transmitir para atender às necessidades de cada
grupo de stakeholders? Que fatores ajudam ou dificultam para se conseguir apoio e participação? Os
mesmos estão satisfeitos com a atuação da empresa?
5. Pergunte a eles. Comunicação em qualquer situação é sempre uma boa forma, não só de buscar
por críticas construtivas, mas também, para fazer florescer o clima de ser ouvido e respeitado. Grande
ferramenta para identificar anomalias, soluções e oportunidades.
Apesar de vários casos da má utilização da comunicação, grande parte das empresas são sérias,
responsáveis e preocupadas com a ética nos negócios. Em cima disto, pode-se desenvolver a chamada
“imagem competitiva” para aumentar suas defesas frente a crises. Mas é preciso ser verdadeiro em
relação à esta imagem: “parecer ser” sem realmente “ser” é muito perigoso. A imagem que não
corresponde à essência é um grande risco.
Estes três desafios devem ser levados muito a sério pelos comunicadores, pois aumentam a
sua produtividade e diminuem suas frustrações. Outros detalhes fundamentais em relação à
comunicação:
1) ela é muito mais complexa do que parece;
2) exige inteligência, reflexão, estudos de caso, disciplina, bom-senso, velocidade, entre outros. É
ciência e técnica;
3) em comunicação raramente há uma segunda chance, por isso deve-se alcançar o objetivo traçado
logo na primeira tentativa;
4) grande parte dos empresários e executivos não conhece esses três postulados. E muitos outros.
Não podemos deixar de falar na importância da “comunicação integrada”.
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Durante muitos anos a comunicação empresarial clássica se segmentou em três conjuntos de
esforços:
1) Comunicação de Marketing: para cuidar da marca, dos produtos e serviços. Voltada para clientes e
consumidores;
2) Comunicação Institucional: refere-se à empresa e é voltada para formadores de opinião e à opinião
da sociedade em geral;
3) Comunicação Interna: voltada para funcionários e seus familiares.
Esse tipo de trabalho é ainda muito encontrado no mercado e faz com que a empresa tenha processos
internos diferentes para cada segmento acima citado. Na maioria das vezes, os departamentos estão
isolados e possuem estratégias individuais e diferentes.
Para o melhor desempenho de comunicação de uma organização, é fundamental que esta aplique o
“Processo Único de Comunicação Empresarial (PUC)”. Este integra todas as funções e departamentos
voltados à comunicação: marketing, vendas, recursos humanos, relações públicas, advogados,
ombudsman, serviço de atendimento ao cliente, telemarketing, agências de publicidade, entre outros, e
faz com que todos trabalhem sob o mesmo processo de comunicação.
Nada impede que as funções tenham suas estratégias próprias, mas, no momento da comunicação
empresarial, as ações devem ser coordenadas.
Questões
01. (STF - Analista Judiciário - Comunicação Social – CESPE) Acerca da imagem institucional,
julgue os itens que se seguem.
Respostas
APRESENTAÇÃO PESSOAL
Primeiramente, para tratar da boa apresentação pessoal, é importante seguir a etiqueta nas mais
diversas situações, visando manter boas relações no ambiente de trabalho e cuidando da imagem pessoal
como um todo.
A etiqueta consiste num conjunto de regras no relacionamento entre pessoas, no ambiente profissional,
social ou familiar. As pessoas aprendem a comportar-se em diversas situações, na forma de vestir e na
apresentação pessoal. Alguns "descuidos” podem levar à situações constrangedoras, as vezes não
éticas, por desconhecimento de regras básicas, comprometendo a imagem pessoal, profissional e da
Organização.
Isso quer dizer que deve-se preocupar em como a sua imagem está sendo transmitida desde o que
aponta o comportamento do profissional, como a sua postura no ambiente de trabalho e a sua aparência
em termos de vestimentas e acessórios.
Além da aparência que o profissional deve cuidar, também é importante zelar pelo comportamento a
ser adotado, o qual deve ser íntegro, ético e cordial.
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Muitas dessas regras não são impositivas, porém, os conceitos comportamentais visam contribuir para
a qualidade na prestação do serviço ao público.
PONTUALIDADE
-Uma regra básica que, apesar de indispensável, é uma das mais desrespeitadas;
- Não se pode atrasar, salvo se ocorrer uma situação absolutamente imprevisível;
- Uma das atitudes mais desagradáveis no ambiente de trabalho, são os atrasos;
- Programa sua agenda com uma folga de 10 a 15 minutos, entre uma atividade e outra para
compensar os imprevistos;
- Chegue na hora marcada e, caso não consiga evitar o atraso, ligue avisando e se desculpando.
REUNIÕES
- Se você que convocou a reunião, chegue antes dos convidados. É muito deselegante atrasar-se e
deixá-los esperando. A não ser que haja um motivo realmente sério ou um imprevisto, o atraso é
injustificável;
- Assuma o compromisso com o horário marcado;
- Cada participante deve esperar a sua vez para falar. Não faça interpelação no meio de uma conversa.
Aguarde o momento em que possa falar sem interromper, se não conseguir peça licença, faça um sinal
e espere a sua vez.
OBS: Sirva água para todos os participantes da reunião.
AO CUMPRIMENTAR
- Na saudação, jamais cumprimentar alguém com a mão mole ou tocando somente as pontas dos
dedos. O aperto de mão deve ser firme, sem ser agressivo ou exagerado, com três sacudidas
compassadas. A intenção não é estraçalhar os dedos da outra pessoa. Sorria e olhe nos olhos da pessoa
enquanto a cumprimenta;
- O “tapinha nas costas” e “os beijinhos” devem ser evitados, a menos que haja grande intimidade entre
essas pessoas e que a ocasião permita esse tipo de carinho;
- Se a pessoa apresentada não esticar a mão para receber o cumprimento (por descortesia), retire a
mão, mas continue a apresentação.
- Para apresentar alguém a um grupo, aproveite o momento em que estiverem reunidos, lembrando
que estão dispensados os apertos de mão;
- Ao se apresentar a alguém, não se intitule doutor, professor ou mestre, todos saberão no momento
oportuno. Você deve apenas dizer o seu nome e, se for o caso, a função que representa (gerente,
supervisor, coordenador, etc);
- O homem, se estiver sentado deve se levantar. Se não se levantar pode parecer que está
desinteressado ou alheio;
- A mulher, se estiver sentada só deve levantar-se se a pessoa apresentada for a anfitriã ou uma
senhora de idade, e pode cumprimentar apertando as mãos.
TELEFONE
- Procure atender no máximo até o terceiro toque (se possível, no segundo);
- Ao atender ao telefone, diga: O nome da organização, seu nome e bom dia ou boa tarde ou boa noite.
Em seguida pergunte "em que posso ajudar?”;
- Evite perguntar "quem fala?". Só faça esta pergunta se não conseguir identificar quem está falando;
- Em hipótese alguma atenda o telefone com as expressões: “meu amor”, “querida”, “meu bem”,
“amado”, “amiga”, “linda”, etc.;
- Tenha sempre papel e caneta e anote os recados; pergunte se a pessoa pode falar naquele momento;
- Use o telefone de forma objetiva e racional, não fique conversando assuntos corriqueiros ao telefone;
- O recordista em gafes é o celular. Seu uso indiscriminado demonstra a mais elementar falta de
educação;
- A escolha do toque do seu celular é essencial. Evite os toques escandalosos demais no ambiente de
trabalho que tira a concentração de todos;
- Desligue o celular ou deixe na opção “Silencioso”, quando estiver no ambiente de trabalho ou em
sala de aula, cursos, seminários, palestras, reuniões, encontros, eventos, e também em cinemas, teatros
e restaurantes;
- Sendo uma emergência, peça licença, saia do recinto, fale baixo e não demore;
- Não mastigue ao telefone. Mesmo o som de uma simples bala, chiclete ou pastilha é percebido pelo
interlocutor e pode ser interpretado como pouco caso;
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- Não tussa, não espirre, nem assoe o nariz ao telefone. Quando necessário, afaste-se do aparelho
por alguns instantes, desculpe-se e coloque-o cuidadosamente sobre a mesa, evitando fazer barulho;
- Quando o interlocutor estender demais a conversa, não percebendo que está na hora de desligar,
uma saída educada é interromper a conversa dizendo que alguém está chamando e precisa desligar;
- Não deixe o telefone fora do gancho.
INTERNET
- Acesse somente os sites que tenham relação com os serviços prestados e/ou informações
solicitadas;
- Não repasse e-mails duvidosos, correntes, piadas, boatos e responda rapidamente todos os e-mails;
- Use a internet para aprimoramento pessoal e profissional. Não acesse sites alheios às suas
atividades, em seu ambiente de trabalho;
-Não navegue enquanto estiver prestando atendimento, salvo se a informação solicitada for encontrada
na internet.
E-MAIL
- Preste atenção na gramática, ortografia e na pontuação. As palavras devem ser digitadas
corretamente, e o “internetês” deve ser abolido nas informações comerciais e institucionais, observe a
correção ortográfica e gramatical;
- Não use expressões de intimidade, do tipo “querida”, “gato”, “amados”, ou coisas do gênero em
mensagens profissionais, mesmo que você seja íntimo do destinatário da mensagem;
- A despedida deve ser de preferência: “atenciosamente”, “saudações”, nunca com “beijos”;
- Por mais breve e simples que seja o e-mail, é importante que tenha saudação e assinatura no início
e no fim da mensagem;
- Faça o uso de arquivos anexados, deixando o e-mail menos extenso. Seja claro e objetivo. Produza
textos de leitura fácil e separe os parágrafos com linhas em branco. Use no máximo 70 toques por linha;
- Nunca envie e-mails com temas e imagens eróticas, engraçadinhas ou algo do gênero no ambiente
profissional;
- Comunique o assunto, poupando que o destinatário abra mensagens com conteúdo impróprio em
seu ambiente de trabalho, causando constrangimentos.
ELEVADOR
- Quando você for subir ou descer no elevador aperte o respectivo botão somente uma vez! Ficar,
batendo nos botões não fará com que o elevador chegue mais rápido ou mude o seu trajeto;
- Respeite a carga indicada no elevador. O uso inadequado certamente vai danificar o equipamento,
prejudicando a todos os usuários;
- Se você não tem restrições ou limitações, use a escada quando puder, é bom para a saúde;
- Os homens devem segurar a porta para a mulher. Da mesma forma, os idosos têm a preferência;
- A pessoa que entrar deve cumprimentar aqueles que já estão no elevador.
ESTACIONAMENTO/TRÂNSITO
- Não estacione em local que não seja permitido;
- Quando estacionar, ocupe somente uma vaga;
- Respeite o limite de velocidade;
- Não jogue papéis, latinhas ou quaisquer lixos pela janela, seja no estacionamento ou na rua;
- Os pedestres tem a preferência para atravessar;
- Seja educado e dê passagem ao outro veículo quando necessário;
- Respeite as vagas privativas.
RELACIONAMENTO PESSOAL/PROFISSIONAL
- Cumprimente as pessoas. Nada mais antipático do que o profissional que ignora os subordinados e
só cumprimenta os superiores;
- Uma recomendação muito importante: “Bom dia", “Por favor”, “Com licença”, “Obrigado” (homem) e
“Obrigada” (mulher), palavras importantes para o relacionamento diário com os colegas de trabalho e
demais pessoas que estejam a sua volta;
- Se alguém lhe pedir um pequeno favor, uma ajuda no trabalho, e você puder atender, faça;
- A boa convivência depende da reciprocidade entre as pessoas, principalmente a empatia e a boa
vontade, com seus colegas;
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- Procure falar a verdade. Mesmo as chamadas "mentiras brancas" podem complicar sua imagem
profissional;
- Se por exemplo, você precisar faltar em razão de algum motivo pessoal, conte a verdade ao seu
Gerente e não invente doenças ou lutos. Uma pequena mentira pode causar grandes problemas;
- O Gerente deve ter convicções em suas decisões e ao disponibilizar um colaborador, deve especificar
os motivos, que inclusive poderão propiciar o desenvolvimento dessa pessoa em outra gerência;
- Se você precisar criticar ou repreender alguém, sobretudo se for um subordinado, evite fazê-lo na
frente dos outros. Chame a pessoa na sua sala ou a algum lugar privado e converse objetivamente sobre
a falha;
- Não misture críticas profissionais com pessoais;
- Não agrida ou insulte o interlocutor com palavras grosseiras ou rudes;
- Siga a regra universal: elogios públicos, críticas privadas;
- Uma imagem pode levar muito tempo para ser construída, mas pode ser destruída em um minuto;
BOM COMPORTAMENTO
- É necessário saber a hora de dizer “SIM” e “NÃO”, com delicadeza, principalmente quando a situação
pode gerar ações não éticas ou ainda ilegais, dentro da organização;
- Cordialidade, sim. Intimidade, não;
- Nas relações profissionais não é permitido chamar as pessoas de “meu bem”, “amor”, “lindinha”, e
todas as variações do gênero;
- Não fale pegando nas pessoas. Mantenha uma distância razoável, não gesticule demais;
- Não dê gargalhadas ou fale alto em seu trabalho! Você vai atrapalhar o seu colega ao lado ou da
Unidade vizinha.
CONFRATERNIZAÇÃO
- Não se deixe levar pelo clima de confraternização. Evite fazer declarações de amor, ter ataques de
sinceridade ou dizer ao chefe que não gosta de como ele conduz o trabalho em equipe;
- Lembre-se: Você vive em sociedade, portanto, seja contido em relação à bebida em público, pois a
imagem e os seus atos estão sempre associados à empresa na qual trabalha. Qualquer atitude
inadequada, mesmo fora de seu ambiente de trabalho, reflete como um espelho, na sua vida profissional;
- Não leve acompanhantes, a não ser que tenha sido combinado antes.
BEBIDA E POSTURA
Para os eventos profissionais valem também as regras de boas maneiras anteriormente citadas e mais
algumas recomendações:
- Mantenha a postura. Beba pouco e tome dois goles de água antes de cada copo de álcool. Você
beberá menos e sentirá menos os efeitos do álcool;
- Em coquetéis e reuniões, evite a bebida e em último caso, seja bem moderado e controlado;
- Poucas coisas podem ser tão destrutivas para a imagem do profissional quanto o hábito de misturar
bebida e trabalho.
NAMORO
- Se for inevitável e você estiver namorando um colega, discrição é o principal mandamento;
- É preciso evitar as demonstrações de afeto e manter o relacionamento estritamente no campo
profissional enquanto vocês estiverem dentro da Organização;
- Respeite o seu horário de trabalho, não namore pelos corredores ou ao telefone, email e similares;
- O namoro é para o final do expediente e em outros locais.
CIGARRO
- O cigarro faz mal ao “Fumante” e às pessoas que estão por perto (Fumantes Passivos);
- Mesmo que você esteja em um local onde possa fumar, não jogue as cinzas ou “bituca” de cigarro
nas plantas ou no chão/pátio;
- Fumar em horário de trabalho, atrapalha o seu crescimento e desempenho profissional;
- Durante o horário de trabalho, procure segurar a vontade de fumar e deixar para mais tarde. Não
deixe o vício te dominar e prejudicar a sua imagem na organização;
APRESENTAÇÃO PESSOAL
-Em determinadas organizações o uso do crachá é obrigatório, e deve ficar sempre visível. É proibido
usar em bolsos de blusa ou camisa;
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-A roupa de trabalho transmite conceitos e códigos de valores da organização;
-A escolha da roupa é diferente para o final de semana ou lazer, situações em que a moda pode ser
uma opção;
-A escolha da roupa deve ser por se sentir confortável, e estar com a roupa adequada à ocasião.
-Opte por roupas que priorizem versatilidade, e não só a beleza;
Liberdade significa responsabilidade mesmo na forma de vestir. Use sempre o bom senso;
-Caso o trabalho lide com o público, a imagem deve comunicar eficiência e gentileza;
-A maneira como uma pessoa se veste pode ser uma pista para saber se ela respeita o ambiente, é
desleixada, tem disciplina, é social ou introvertida, dinâmica, moderna ou clássica;
-Profissionalmente, sempre é melhor chamar a atenção pela elegância porque a ousadia ou
irreverência, são incompatíveis com o ambiente de trabalho;
-Escolha peças práticas, econômicas e versáteis, que não interfiram no estilo individual e tipo de
trabalho;
-Adote tendências com critério, sem carregar na sobriedade e nem escorregar nos exageros.
MULHER:
- Maquiagem deve ser discreta e funcional;
- Para uma ocasião formal, tailleurs, terninhos e vestidos (desde que não sejam de alcinha) são os
trajes mais adequados.
HOMEM:
- Não usar meias claras e brancas com trajes escuros. A meia é uma extensão da calça e
prolongamento do sapato;
- Não usar bermudas ou calça caindo, camisa desabotoada, e/ou para fora da calça;
- Não usar perfumes mais fortes, para o trabalho. Prefira colônias suaves;
- Em regiões de clima quente, se a ocasião e/ou evento de trabalho não exige formalidade, é ideal o
uso de camisas sociais de mangas curtas ou compridas, que combinem com as calças;
- Evite usar sandálias franciscanas.
- Prefira roupas tradicionais, pesquise tecidos que melhor se adaptam à sua região e estilo pessoal;
- Evite gravatas de bichinhos, de crochê ou frouxa no colarinho;
- A barba deve ser feita todos os dias ou aparadas regularmente;
- Cabelo cortado e bem cuidado, não exagere no perfume, use colônia fresca ou lavanda;
- Cuidado com a combinação calçado e calça;
- Não use camisas identificando times.
Questões
01. (DPE-PR - Técnico - Administração - PUC-PR) A etiqueta profissional consiste num conjunto de
regras cerimoniosas de trato entre as pessoas, definidas a partir do bom senso. Como uma espécie de
espécie de convivência harmoniosa em grupo. Compreender e respeitar esses códigos sinaliza disciplina
e respeito. A apresentação pessoal pode ser compreendida a partir dos seguintes elementos: aparência,
comportamento, postura profissional e ambiente de trabalho.
Considerando esse tema, assinale a alternativa que corresponde a ações de apresentação pessoal
adequada:
(A) Usar cores escuras, pois elas transmitem confiança; ler enquanto outros conversam; agradecer
aos elogios.
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(B) Ser pontual; atender ao celular em reuniões quando a ligação partir do superior; não pedir licença
se chegar atrasado em reuniões.
(C) Conhecer os usos e costumes de cada local que frequentar e prestar atenção aos detalhes; não
vestir jeans; rir dos erros alheios para descontrair.
(D) Evitar qualquer tipo de excesso ao se vestir; estar atento e ser cordial com todos; manter a mesa
arrumada.
(E) Se o atraso for inevitável, avisar imediatamente justificando o motivo; não agradecer aos elogios;
manter na mesa de trabalho apenas objetos e papéis de uso corrente.
01. Resposta: D
Deve-se ser pontual; Conhecer os usos e costumes de cada local que frequentar e prestar atenção
aos detalhes; Evitar qualquer tipo de excesso ao se vestir; estar atento e ser cordial com todos; manter a
mesa arrumada; Se o atraso for inevitável, avisar imediatamente justificando o motivo.
02. Resposta: B
Observe os significados das demais assertivas:
A) Significado de Discrição - Qualidade de quem é discreto, de quem não tem a intenção de chamar a
atenção.
C) Significado de Conduta: Comportamento. Modo de agir para com a sociedade em geral.
D) Cortesia: civilidade, educação no trato com outrem;
E) Comunicabilidade: qualidade de comunicável; facilidade ou disposição de se comunicar.
Sigilo Profissional
A ética é composta por valores reais e presentes na sociedade, a partir do momento em que, por mais
que às vezes tais valores apareçam deturpados no contexto social, não é possível falar em convivência
humana se esses forem desconsiderados. Entre tais valores, destacam-se os preceitos da Moral e o valor
do justo (componente ético do Direito).
Se, por um lado, podemos constatar que as bruscas transformações sofridas pela sociedade através
dos tempos provocaram uma variação no conceito de ética, por outro, não é possível negar que as
questões que envolvem o agir ético sempre estiveram presentes no pensamento filosófico e social. Aliás,
um marco da ética é a sua imutabilidade: a mesma ética de séculos atrás está vigente hoje, por exemplo,
respeitar ao próximo nunca será considerado uma atitude antiética. Outra característica da ética é a sua
validade universal, no sentido de delimitar a diretriz do agir humano para todos os que vivem no mundo.
Não há uma ética conforme cada época, cultura ou civilização: a ética é uma só, válida para todos
eternamente, de forma imutável e definitiva.
Quanto à etimologia da palavra ética: No grego existem duas vogais para pronunciar e grafar a vogal
e, uma breve, chamada epsílon, e uma longa, denominada eta. Éthos, escrita com a vogal longa, significa
costume; porém, se escrita com a vogal breve, éthos, significa caráter, índole natural, temperamento,
conjunto das disposições físicas e psíquicas de uma pessoa.39
A ética passa por certa evolução natural através da história, mas uma breve observação do ideário de
alguns pensadores do passado permite perceber que ela é composta por valores comuns desde sempre
consagrados.
Entre os elementos que compõem a Ética, destacam-se a Moral e o Direito. Assim, a Moral não é a
Ética, mas apenas parte dela. Neste sentido, Moral vem do grego Mos ou Morus, referindo-se
exclusivamente ao regramento que determina a ação do indivíduo.
Assim, Moral e Ética não são sinônimos, não apenas pela Moral ser apenas uma parte da Ética;
mas principalmente porque enquanto a Moral é entendida como a prática, como a realização efetiva e
39
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 13. ed. São Paulo: Ática, 2005.
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cotidiana dos valores; a Ética é entendida como uma “filosofia moral”, ou seja, como a reflexão sobre a
moral. Moral é ação, Ética é reflexão.
A ética está presente em todas as esferas da vida de um indivíduo e da sociedade que ele compõe e
é fundamental para a manutenção da paz social que todos os cidadãos (ou ao menos a grande parte
deles) obedeçam aos ditames éticos consolidados. A obediência à ética não deve se dar somente no
âmbito da vida particular, mas também na atuação profissional, principalmente se tal atuação se der no
âmbito estatal.
Sigilo Profissional
Segredo ou Sigilo Profissional trata-se de manter em segredo toda a informação que seja valiosa para
a empresa e seus colaboradores, cuja responsabilidade recaia sobre o profissional responsável pelas
informações.40
No que diz respeito ao sigilo profissional trata de uma informação a ser protegida, impõe uma relação
entre privacidade e publicidade, cujo dever profissional se estabelece desde a se ater ao estritamente
necessário ao cumprimento de seu trabalho, a não informar sobre assuntos ou o que envolve o trabalho
e é de caráter sigiloso.
Não são todas as profissões que devem a obrigação do sigilo e isso já seria revelador da disposição
social que é atribuída a algumas profissões de terem o dever e o direito de mantê-lo.
Ora é consenso que o profissional conheça todos os elementos necessários para o bom cumprimento
de seu trabalho, desde as condições institucionais até as informações obtidas na sua relação com o
usuário.
O sigilo profissional não é absoluto, em muitos casos, esse elemento abre a possibilidade do
profissional avaliar, subjetivamente, se deve manter ou divulgar o fato sigiloso, devendo prevalecer o
disposto no Código de Ética Profissional da área de atuação em que o profissional trabalha. Atentando
para o conteúdo ético-político dos princípios que o regem.
A análise do sigilo profissional a partir da ética mostra que se está diante de algo complexo, que não
se limita a um preceito legal. Quer dizer, o seu entendimento remete as questões: Para quem? Com qual
necessidade? Para quê? E em que condições? Essas questões não podem ser pensadas abstratamente,
mas sim a partir das situações concretas nas quais estão inseridas, pois interrogam a multiplicidade de
demandas que lhe são colocadas na comunicação de uma informação.
O sigilo profissional — a guarda de informações obtidas em razão do exercício profissional, de tudo
aquilo que lhe foi confiado como sigilo, ou o que veio a ser conhecido devido seu estatuto profissional —
está previsto.
Em muitos dispositivos legais (a Constituição Federal brasileira, o Código Penal, o Código Civil, o
Código de Processo Penal, a Lei das Contravenções Penais e o Código de Processo Civil).
Constitucionalmente, ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algo, senão em virtude da lei,
e que são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas. Esse entendimento
norteia os dispositivos legais que se referem ao sigilo profissional, em particular o sigilo médico.
A referência a esses dispositivos legais nos é útil nessa reflexão para chamar a atenção que o direito
à confidencialidade é tanto um direito da pessoa, como também uma responsabilidade profissional. Em
outros termos, a existência do sigilo profissional interessa a toda sociedade, pois é condição indispensável
para o trabalho do profissional, na medida em que essas ações encarnam um interesse da sociedade,
definido historicamente.41
Levando em consideração que o setor público possui um Código de Ético já configurado, o presente
tópico abordará dos conceitos e práticas da Ética dentro do âmbito do setor público. Vale ressaltar que
no setor privado cabe a cada empresa configurar seu próprio Código de Ética ou também chamado de
Código de Conduta Ética, que geralmente é elaborado em conjuntura com os colaboradores, de forma
que possa abranger o conhecimento e prática de todos. Muitas vezes as empresas privadas tomam o
Código de Ética contido em lei para desenvolverem o seu próprio.
Antes de adentrar nos princípios e fundamentos regidos pelas leis sobre a Ética é importante definir
sobre o Estado, sobre os cidadãos, e consequentemente dos valores éticos considerados por ambos.
O Estado é a forma social mais abrangente, a sociedade de fins gerais que permite o desenvolvimento,
em seu seio, das individualidades e das demais sociedades, chamadas de fins particulares. O Estado,
como pessoa, é uma ficção, é um arranjo formulado pelos homens para organizar a sociedade de
40
PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online: Mais de 1000 cursos online com certificado Disponível em:
http://www.portaleducacao.com.br/administracao/artigos/54264/etica-profissional-sigilo-das-informacoes#ixzz3eARxL4ME. Acesso em junho/2015.
41
SAMPAIO, S.S; RODRIGUES, F.W. Ética e Sigilo Profissional. Serv. Soc. Soc., São Paulo, n. 117, p. 84-93, jan./mar. 2014
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disciplinar o poder visando que todos possam se realizar em plenitude, atingindo suas finalidades
particulares.
O Estado tem um valor ético, de modo que sua atuação deve se guiar pela moral idônea. Mas não é
propriamente o Estado que é aético, porque ele é composto por homens. Assim, falta ética ou não aos
homens que o compõem. Ou seja, o bom comportamento profissional do funcionário público é uma
questão ligada à ética no serviço público, pois se os homens que compõem a estrutura do Estado tomam
uma atitude correta perante os ditames éticos há uma ampliação e uma consolidação do valor ético do
Estado.
Alguns cidadãos recebem poderes e funções específicas dentro da administração pública, passando
a desempenhar um papel de fundamental interesse para o Estado. Quando estiver nesta condição, mais
ainda, será exigido o respeito à ética. Afinal, o Estado é responsável pela manutenção da sociedade, que
espera dele uma conduta ilibada e transparente.
Quando uma pessoa é nomeada como servidor público, passa a ser uma extensão daquilo que o
Estado representa na sociedade, devendo, por isso, respeitar ao máximo todos os consagrados preceitos
éticos.
Todas as profissões reclamam um agir ético dos que a exercem, o qual geralmente se encontra
consubstanciado em Códigos de Ética diversos atribuídos a cada categoria profissional. No caso das
profissões na esfera pública, esta exigência se amplia.
Não se trata do simples respeito à moral social: a obrigação ética no setor público vai além e encontra-
se disciplinada em detalhes na legislação, tanto na esfera constitucional (notadamente no artigo 37)
quanto na ordinária (em que se destacam o Decreto n° 1.171/94 - Código de Ética - a Lei n° 8.429/92 -
Lei de Improbidade Administrativa - e a Lei n° 8.112/90 - regime jurídico dos servidores públicos civis na
esfera federal).
Em geral, as diretivas a respeito do comportamento profissional ético podem ser bem resumidas em
alguns princípios basilares.
Segundo Nalini42, o princípio fundamental seria o de agir de acordo com a ciência, se mantendo sempre
atualizado, e de acordo com a consciência, sabendo de seu dever ético; tomando-se como princípios
específicos:
Vale destacar que, se a Ética, num sentido amplo, é composta por ao menos dois elementos - a Moral
e o Direito (justo); no caso da disciplina da Ética no Setor Público a expressão é adotada num sentido
estrito - ética corresponde ao valor do justo, previsto no Direito vigente, o qual é estabelecido com um
42
NALINI, José Renato. Ética geral e profissional. 8. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011.
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olhar atento às prescrições da Moral para a vida social. Em outras palavras, quando se fala em ética no
âmbito do Estado não se deve pensar apenas na Moral, mas sim em efetivas normas jurídicas que a
regulamentam, o que permite a aplicação de sanções. Veja o organograma:
Logo, as regras éticas do setor público são mais do que regulamentos morais, são normas jurídicas e,
como tais, passíveis de coação. A desobediência ao princípio da moralidade caracteriza ato de
improbidade administrativa, sujeitando o servidor às penas previstas em lei. Da mesma forma, o seu
comportamento em relação ao Código de Ética pode gerar benefícios, como promoções, e prejuízos,
como censura e outras penas administrativas. A disciplina constitucional é expressa no sentido de
prescrever a moralidade como um dos princípios fundadores da atuação da administração pública direta
e indireta, bem como outros princípios correlatos. Assim, o Estado brasileiro deve se conduzir moralmente
por vontade expressa do constituinte, sendo que à imoralidade administrativa aplicam-se sanções.
Considerados os princípios administrativos basilares do art. 37 da CF, destaca-se a existência de um
diploma específico que estabelece a ação ética esperada dos servidores públicos, qual seja o Decreto n°
1.171/94.
Vale lembrar que o Código de Ética foi expedido pelo Presidente da República, considerada a
atribuição da Constituição Federal para dispor sobre a organização e o funcionamento da administração
pública federal, conforme art. 84, IV e VI da Constituição Federal: "IV - sancionar, promulgar e fazer
publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução; [...] VI - dispor,
mediante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar
aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos
públicos, quando vagos". Exatamente por causa desta atribuição que o Código de Ética em estudo adota
a forma de decreto e não de lei, já que as leis são elaboradas pelo Poder Legislativo (Congresso
Nacional).
O Decreto n° 1.171/94 é um exemplo do chamado poder regulamentar inerente ao Executivo, que se
perfaz em decretos regulamentares. Embora sejam factíveis decretos autônomos43, não é o caso do
decreto em estudo, o qual encontra conexão com diplomas como as Leis n° 8.112/90 (regime jurídico dos
servidores públicos federais) e Lei n° 8.429/92 (lei de improbidade administrativa), além da Constituição
Federal.
Disto extrai-se que a adoção da forma de decreto não significa, de forma alguma, que suas diretrizes
não sejam obrigatórias: o servidor público federal que desobedecê-las estará sujeito à apuração de sua
conduta perante a respectiva Comissão de Ética, que enviará informações ao processo administrativo
disciplinar, podendo gerar até mesmo a perda do cargo, ou aplicará a pena de censura nos casos menos
graves.
Hoje, os profissionais requisitados pelos recrutadores devem ter inúmeras qualidades para obter
sucesso na carreira profissional. Porém, apesar dos diversos conhecimentos que as pessoas possuem,
existe algo que é um pré-requisito para alcançar qualquer posição: a ética. Este termo deve ser conhecido
e praticado dentro e fora das empresas.
Muitos estudiosos, como Platão, Aristóteles e Sócrates, aprofundaram suas pesquisas sobre este
assunto. Apesar das divergências das linhas teóricas e de como o comportamento é regido, existe um
significado para ética que é imutável: ela corresponde aos valores morais que guiam o
comportamento de um indivíduo.
Ser ético está relacionado a seguir os padrões da sociedade e as regras e políticas das organizações.
43
LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
44
MARQUES, José Roberto. Como ter atitudes éticas no ambiente de trabalho. Disponível em: http://economia.terra.com.br/blog-carreiras/blog/2014/05/29/como-ter-
atitudes-eticas-no-ambiente-de-trabalho/. Acesso em: Março/2016.
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O código de ética apresenta a seguinte orientação:
- Julgue-se igual ao seu colega, independentemente de seu nível cultural ou profissional;
- Forneça ajuda aos colegas;
- Saiba receber orientações de trabalhos de colegas ou superiores;
- Troque ideias com superiores sempre que houver necessidade;
- Mantenha sempre o local de trabalho em ordem e em condições de uso;
- Quando não souber fazer, não faça, peça ajuda;
- Informe aos colegas os riscos de acidentes no trabalho;
- Dê ideias para solucionar problemas no ambiente de trabalho, não se preocupe se serão aceitas, ou
não;
- Transmita princípios morais no ambiente de trabalho;
- Ajude, opine, mas com discrição. Respeite as confidências dos colegas;
Seja responsável e cumpra suas obrigações;
- Faça críticas e concorde somente com críticas construtivas;
- Opine sempre educadamente, sem medo de repressão;
- Seja honesto com a empresa, com os colegas, com os superiores, consigo mesmo;
- Mude de opinião quando perceber que está errado;
- Seja pontual nos horários de trabalho e compromissos;
- Respeite a opinião dos colegas;
- Faça sempre o trabalho certo;
Atualize-se na profissão, constantemente.
Portanto, siga esses procedimentos para que você continue com atitudes e comportamentos éticos
diante da empresa e da sociedade. A ética revela seu caráter, sendo assim, seja ético e isso poderá te
proporcionar inúmeras conquistas profissionais.
Questões
01. (SURG – Motorista – CONSULPAM) A ética profissional é o conjunto de práticas que determinam
a adequação no exercício de qualquer profissão. É através dela que se dão as relações interpessoais no
trabalho, visando, especialmente, o respeito e o bem-estar no ambiente profissional. Assinale a alternativa
que NÃO apresenta uma característica de um profissional ético.
(A) Honestidade.
(B) Sigilo.
(C) Imprudência.
(D) Imparcialidade.
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04. (Prefeitura de Serrita/PE – Auxiliar de Biblioteca Escolar – CONSULPAM/2015) Marque V para
Verdadeiro e F para falso em relação a atribuições da ética profissional.
05. (TJ/DF – Técnico Judiciário – Área Administrativa – CESPE) A respeito de ética no serviço
público, julgue o próximo item:
Os atos típicos de improbidade administrativa restringem-se ao descumprimento do princípio do sigilo
e da confidencialidade de informações.
(A) Certo (B) Errado.
06. (Caixa – Técnico Bancário – CESPE) Com relação a ética, ética empresarial e ética profissional,
julgue o item a seguir:
O alvo da reflexão ética é a conduta humana, avaliada a partir de valores construídos em sociedade.
(A) Certo (B) Errado.
07. (INPI – Todos os cargos – CESPE) A respeito da Lei n. 8.112/1990, que dispõe sobre o regime
jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais, julgue
o item subsequentes:
É dever do servidor público atender, com presteza, ao público em geral, prestando as informações
requeridas, mesmo aquelas protegidas por sigilo.
(A) Certo (B) Errado.
09. (TJ/DFT – Todos os cargos – CESPE) Julgue o item subsequente, relativo à ética no serviço
público.
A qualidade dos serviços públicos depende fortemente da moralidade administrativa e do
profissionalismo de servidores públicos.
(....) Certo (....) Errado
10. (Colégio Pedro II – Auxiliar de Biblioteca – Acesso Público/2015) Rodrigo tem em mente que
o elemento ético no exercício do cargo público é fundamental para o bom andamento do serviço. Seu
atos, comportamentos e atitudes deverão ser sempre direcionados para a preservação da honra e
tradição dos serviços públicos. Diante dos fatos assinale a alternativa errada:
. 206
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(A) Não é vedado ao servidor público usar informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu
serviço, em benefício próprio.
(B) Rodrigo tem o dever de tratar cuidadosamente os usuários dos serviços públicos.
(C) É dever do servidor público o cumprimento de ordens superiores, desde que a ordem não seja
manifestamente ilegal.
(D) É vedado ao Rodrigo o uso do cargo para obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem.
(E) A assiduidade e frequência do servidor público em seu ambiente de trabalho, além de ser um dever,
reflete positivamente em todo o sistema.
11. (MPOG – Atividade Técnica – FUNCAB/2015) A ética pode ser definida como:
(A) um conjunto de valores genéticos que são passados de geração em geração.
(B) um princípio fundamental para que o ser humano possa viver em família.
(C) a parte da filosofia que estuda a moral, isto é, responsável pela investigação dos princípios que
motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano em sociedade.
(D) um comportamento profissional a ser observado apenas no ambiente de trabalho.
(E) a boa vontade no comportamento do servidor público em quaisquer situações e em qualquer tempo
de seu cotidiano.
12. (MPE/SC – Motorista – FEPESE) Assinale a alternativa correta em relação à ética no serviço
público.
(A) Em razão do interesse público indireto, os atos administrativos não precisam ser publicados.
(B) O conceito de moralidade da Administração Pública é restrito aos procedimentos internos
praticados pelos servidores.
(C) O servidor poderá omitir ou falsear a verdade, quando necessário aos interesses da Administração
Pública.
(D) O desempenho da função pública não demanda profissionalismo, uma vez que tal princípio é
inerente à iniciativa privada que busca lucros e resultados
(E) A moralidade administrativa se integra ao Direito como elemento indissociável dos atos praticados
pela administração pública, e, como consequência, atua como fator de legalidade.
16. (Câmara Municipal de Sorocaba – Telefonista – VUNESP) A habilidade com o manuseio dos
equipamentos telefônicos especializados pode permitir que a telefonista ouça qualquer ligação sem
querer e sem que alguém perceba. Assim sendo, é imprescindível que ela tenha, como princípio, atitudes
essencialmente
(A) neutras.
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(B) cordiais.
(C) dissimuladas.
(D) éticas.
(E) displicentes.
Respostas
01. Resposta: C.
Imprudência é um comportamento de precipitação, de falta de cuidados.
É um dos casos relacionados à culpa, e não ao dolo.45
A imprudência consiste na violação da regras de condutas ensinadas pela experiência. É o atuar sem
precaução, precipitado, imponderado. Há sempre um comportamento positivo. É a chamada culpa in
faciendo. Uma característica fundamental da imprudência é que nela a culpa se desenvolve
paralelamente à ação. Deste modo, enquanto o agente pratica a conduta comissiva, vai ocorrendo
simultaneamente a imprudência.46
Pelo Código Penal Brasileiro, a imprudência é um dos três casos (os demais sendo imperícia e
negligência) que caracterizam o crime culposo, diferente do crime doloso, em que o agente quis o
resultado ou assumiu o risco de produzi-lo.
02. Resposta: C.
Art. 5º, CF/88 - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XIV - é assegurado a todos o acesso à
informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional.
03. Resposta: B.
Lei 8.112/1990:
Art. 116. São deveres do servidor:
VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição;
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos:
IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo.
04. Resposta: C.
I. D1171/94. Regras Deontológicas:
VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do Estado e
da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos termos
da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando
sua omissão comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar.
II. D1171/94. Regras Deontológicas:
45
Johann Matthias Winkop e Philipp Franz von Bellmont, Disputatio juridica de dolo, culpa et casu fortuito (1705), Caput Secundum. De Culpa, p.15.
46
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal - Legislação Penal Especial, volume 4.
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VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária
aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer
ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão ou da mentira, que sempre
aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação.
III. D1171/94. Dos Principais Deveres do Servidor Público:
XIV - São deveres fundamentais do servidor público:
g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a capacidade e as limitações
individuais de todos os usuários do serviço público, sem qualquer espécie de preconceito ou distinção de
raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e posição social, abstendo-se, dessa forma,
de causar-lhes dano moral.
05. Resposta: B.
Lei 8.429/92:
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração
pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e
lealdade às instituições, e notadamente:
I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de
competência;
II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;
III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva permanecer
em segredo;
IV - negar publicidade aos atos oficiais;
V - frustrar a licitude de concurso público;
VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;
VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva divulgação oficial,
teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço.
06. Resposta: A.
A ética, como parte da filosofia, é um tipo de saber que justifica conceitualmente as ações do homem,
considerado ser livre e racional, capaz de dar para si mesmo um conjunto de normas e valores a serem
respeitados.
A ética norteia, orienta, mas não garante os melhores resultados por meio dos princípios que
sustentam uma justa ou correta atuação. A ética depende justamente do contexto moral.
Dentro daquilo que é moral a um grupo existe uma ética a ser respeitada. Num outro grupo cujos
valores são diferentes do primeiro aquela ética pode não se aplicar. Ética é mais uma questão filosófica
onde se espelham ou normatizam o comportamento(moral).
07. Resposta: B.
Lei 8.112/90:
Título IV - Do Regime Disciplinar - Capítulo I:
Dos Deveres:
Art. 116. São deveres do servidor:
I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;
II - ser leal às instituições a que servir;
III - observar as normas legais e regulamentares;
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;
V - atender com presteza:
a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de
interesse pessoal;
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública.
08. Resposta: A.
A) MAZZA (2014) —
Conteúdo jurídico da moralidade administrativa
O Texto Constitucional de 1988, em pelo menos três oportunidades, impõe aos agentes públicos o
dever de observância da moralidade administrativa.
Primeiro no art. 5º, LXXIII, autorizando a propositura de ação popular contra ato lesivo à moralidade
administrativa: “qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo
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ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má--fé, isento de custas
judiciais e do ônus da sucumbência”.
Além disso, o art. 37, caput, elenca a moralidade como princípio fundamental aplicável à Administração
Pública: “a administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência”.
E ainda o art. 85, V, que define como crime de responsabilidade do Presidente da República os atos
que atentarem contra a “probidade na administração”.
Com isso, pode--se constatar que a moralidade administrativa constitui requisito de validade do ato
administrativo.
É importante ressaltar que, quando a Constituição de 1988 definiu a moralidade como padrão de
comportamento a ser observado pelos agentes públicos, não houve juridicização de todas as regras
morais vigentes na sociedade. Fosse assim, bastaria a legalidade. Cumprindo a lei automaticamente, a
moralidade seria atendida.
A moralidade administrativa difere da moral comum. O princípio jurídico da moralidade administrativa
não impõe o dever de atendimento à moral comum vigente na sociedade, mas exige respeito a padrões
éticos, de boa--fé, decoro, lealdade, honestidade e probidade incorporados pela prática diária ao conceito
de boa administração. Certas formas de ação e modos de tratar com a coisa pública, ainda que não
impostos diretamente pela lei, passam a fazer parte dos comportamentos socialmente esperados de um
bom administrador público, incorporando--se gradativamente ao conjunto de condutas que o Direito torna
exigíveis.
10. Resposta: A.
DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994
Seção III
Das Vedações ao Servidor Público
XV - E vedado ao servidor público;
m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço, em benefício
próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros.
11. Resposta: C.
A ética é a parte da filosofia que estuda a moral, (filosofia moral ou de costumes), reflete sobre os
valores em sociedade na busca da moralidade e consciência para alcançar esses valores morais, porém
a ética inicialmente não estabelece regras.
A ética, portanto, é um termo grego “ETHIKÓS” que significa “modo de ser”, que em aspectos
filosóficos traduz-se o estudo dos juízos na conduta do ser, que é passível do bem e o mal, presente
neste único ser ou em grupo e/ ou sociedade. Está presente em todas as ordens vigentes no mundo, na
escola, na política, no esporte, nas empresas e é de vital importância nas profissões, principalmente nos
dias atuais.
Fonte: http://www.acervosaber.com.br/trabalhos/chs1/etica_2.php.
47
Autor: Rafael Pereira, Juiz Federal - TRF da 2ª Região.
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12. Resposta: E.
e) A moralidade administrativa se integra ao Direito como elemento indissociável dos atos praticados
pela administração pública, e, como consequência, atua como fator de legalidade.
14. Resposta: D.
Ética profissional é o conjunto de normas éticas que formam a consciência do profissional e
representam imperativos de sua conduta.
Ética é uma palavra de origem grega (éthos), que significa “propriedade do caráter”.
Ser ético é agir dentro dos padrões convencionais, é proceder bem, é não prejudicar o próximo. Ser
ético é cumprir os valores estabelecidos pela sociedade em que se vive.
O indivíduo que tem ética profissional cumpre com todas as atividades de sua profissão, seguindo os
princípios determinados pela sociedade e pelo seu grupo de trabalho.
Cada profissão tem o seu próprio código de ética, que pode variar ligeiramente, graças a diferentes
áreas de atuação.
No entanto, há elementos da ética profissional que são universais e por isso aplicáveis a qualquer
atividade profissional, como a honestidade, responsabilidade, competência e etc.
15. Resposta: B.
Atitudes que devem ser cultivadas pelo funcionário em um ambiente de trabalho: humildade,
honestidade, privacidade e respeito. De toda forma, não cabe um comportamento intolerante, isolado e
indiferente à equipe de trabalho.
16. Resposta: D.
Hoje, os profissionais requisitados pelos recrutadores devem ter inúmeras qualidades para obter
sucesso na carreira profissional. Porém, apesar dos diversos conhecimentos que as pessoas possuem,
existe algo que é um pré-requisito para alcançar qualquer posição: a ética.
17. Resposta: B.
Ética profissional é o conjunto de normas éticas que formam a consciência do profissional e
representam imperativos de sua conduta.
Ética é uma palavra de origem grega (éthos), que significa “propriedade do caráter”.
Ser ético é agir dentro dos padrões convencionais, é proceder bem, é não prejudicar o próximo. Ser
ético é cumprir os valores estabelecidos pela sociedade em que se vive.
O indivíduo que tem ética profissional cumpre com todas as atividades de sua profissão, seguindo os
princípios determinados pela sociedade e pelo seu grupo de trabalho.
Cada profissão tem o seu próprio código de ética, que pode variar ligeiramente, graças a diferentes
áreas de atuação.
No entanto, há elementos da ética profissional que são universais e por isso aplicáveis a qualquer
atividade profissional, como a honestidade, responsabilidade, competência e etc.48
18. Resposta: C.
A ética profissional é um conjunto de valores e normas de comportamento e de relacionamento
adotados no ambiente de trabalho, no exercício de qualquer atividade.
Postura profissional
48
Disponível em: http://www.significados.com.br/etica-profissional/.
49
ALEXANDRE TARRAFA. Imagem Pessoal vs Postura Profissional. COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL 28/10/2010.
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Dia após dia, surgem novas tecnologias e formas de se executar melhor uma tarefa e, com elas,
relações de trabalho que exigem uma nova postura profissional, a de desenvolver as “habilidades”
necessárias para enfrentar os desafios propostos. Na verdade, algumas dessas habilidades só ganharam
destaque recentemente, enquanto outras apenas mudaram de foco, atualizando-se.
1) Espera-se que todo profissional tenha uma apresentação básica, mas o novo profissional deve
demonstrar também esforço e interesse incansáveis para aprender.
2) É necessário ter um ânimo permanente, disposição para o trabalho e para correr atrás do que se
quer.
3) O profissional de hoje deve demonstrar disponibilidade e boa administração do seu tempo e das
suas tarefas.
4) Muitas organizações começam a mostrar interesse em investir na capacitação de seus funcionários,
mas, para isso, é preciso uma sólida relação de confiança mútua.
5) A ética é fundamental no trabalho. Sem seriedade, nenhuma relação profissional pode dar certo.
De forma a deixar transparecer uma boa imagem pessoal e, consequentemente, uma correta
postura profissional, apresenta-se 10 regras elementares que contribuem para isto:
1. Sorria sempre que é apresentado ou que lhe apresentam alguém - Quando revê um conhecido
acrescente sempre que possível uma frase cordial: “que surpresa agradável”; O sorriso é sempre um
facilitador nas relações humanas!
2. Cumprimente todas as pessoas com quem se cruza na empresa - “bom dia” ou “como tem
passado?”, são exemplos. Ofereça ajuda sempre que for oportuno;
3. Em ambiente profissional utilize, preferencialmente, o aperto de mão em vez do beijo na face;
4. Lembre-se que em trabalho o comportamento tende a ser formal e não informal;
5. Levante-se quando apresenta ou é apresentado e sempre que algum superior entra na sua sala.
Em caso de esquecimento do nome do interlocutor não entre em pânico e caso seja incontornável,
lamente o fato de forma elegante e prossiga o diálogo;
6. Não use o celular durante reuniões ou almoços de trabalho.
7. Só em caso de extrema urgência se deve levantar de uma mesa de refeição antes da sobremesa;
8. Evite as bebidas alcoólicas durante festas e eventos do trabalho;
9. Agradeça sempre cada reunião ou refeição de negócios;
10. Vista-se adequadamente para cada atividade da sua agenda de trabalho.
“Hoje em dia, cada vez mais as empresas procuram “verdadeiros” profissionais para trabalharem nelas.
Com isso, é evidente que não há mais espaço no mercado de trabalho para profissionais medíocres,
desqualificados e despreparados para a função a ser exercida, mas sim para profissionais habilidosos,
com pré-disposição para o trabalho em equipe, com visão ampliada, conhecimento de mercado, iniciativa,
espírito empreendedor, persistente, otimista, responsável, criativo, disciplinado e outras habilidades e
qualificações.
É importante procurar estar preparado para o mercado de trabalho, a qualquer momento da vida,
independentemente do fato de estar ou não empregado. A história do mercado de trabalho atual tem
mostrado que independentemente do cargo exercido, deve-se estar sempre preparado para mudanças
que poderão surgir e mudarão todo o rumo da carreira. As empresas não são eternas e nem os seus
empregos.
Não se engane, não existem mais quaisquer garantias de emprego por parte das empresas, trazendo
aos profissionais empregados um ônus constante para manter o seu emprego. Se para aqueles que estão
empregados manter a sua empregabilidade não é uma tarefa fácil, para aqueles que estão ingressando
no mercado de trabalho atual, as dificuldades são ainda maiores.
Portanto, a seguir vou discorrer sobre algumas das características dos bons profissionais:
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Preparado para mudanças
As empresas buscam por profissionais adaptáveis porque tudo no mundo moderno muda. As
tecnologias, as relações de emprego, o mercado, os valores e o modo encontrar soluções para os
problemas mudaram, enfim tudo mudou significativamente nos últimos anos e continuarão mudando.
Portanto temos de acompanhar o ritmo das coisas. Muitos profissionais pensam que podem fazer as
mesmas coisas e do mesmo modo durante toda a vida e depois reclamam porque não são bem sucedidos.
Competência
Competência é uma palavra de senso comum, utilizada para designar uma pessoa capaz de realizar
alguma coisa. O antônimo disso, ou seja, incompetência, implica não só na negação dessa capacidade
como também na depreciação do indivíduo diante do circuito do seu trabalho ou do convívio social.
Para ser contratado em uma empresa ou para a sua manutenção de emprego não basta ter diplomas
e mais diplomas se não existir competência. Por exemplo, um profissional que se formou em direito, até
mesmo na melhor universidade, mas que não sabe preparar uma peça processual não terá valor
competitivo quer como profissional empregado, quer como prestador de serviços.
A competência é o fator chave que atrelada à diplomação lhe dará subsídios profissionais para ser
bem sucedido. Por isso podemos afirmar categoricamente que a competência não é composta pelo
diploma por si só, apesar de que ele contribui para a composição da competência.
Espírito empreendedor
Os dias do funcionário que se comporta apenas como funcionário podem estar contados. A visão
tradicionalista de empregador e empregado, chefe e subordinado está caminhando para o desuso.
As empresas com visão moderna estão encarando seus funcionários como colaboradores ou parceiros
e implementando a visão empreendedora. Isso significa que os empresários perceberam que dar aos
funcionários a possibilidade de ganhar mais do que simplesmente o salário mensal fixo, tem sido um bom
negócio, pois faz com que o profissional dê maiores contribuições à organização, garantindo assim o
comprometimento da equipe na busca de resultados positivos.
Equilíbrio emocional
Dito de modo simples, é o preparo psicológico para superar adequadamente as adversidades que
surgirão na empresa e fora dela.
Vamos chamar o conjunto de problemas que todos nós possuímos de saco de problemas. As
empresas querem que deixemos o nosso saco de problemas em casa. Por outro lado, os nossos
familiares querem que deixemos nosso saco de problemas no trabalho. Diante disso, a pergunta que
surge é: onde colocar nosso saco de problemas? Realmente é uma boa pergunta. E é justamente por
isso que para tornar-se um profissional de sucesso é necessário que tenhamos equilíbrio emocional, pois
não importa quais problemas tenhamos de caráter pessoal, nossos colegas de trabalho, subordinados,
diretores e gerentes, enfim, as pessoas como um todo não tem culpa deles e não podemos descarregar
esses problemas neles.
Quando falamos em equilíbrio, emocional, é importante avaliar também as situações adversas pelas
quais todos os profissionais passam. É justamente aí que surge o momento da verdade que o profissional
mostrará se tem o equilíbrio emocional.
Marketing Pessoal
O marketing pessoal pode ser definido como o conjunto de fatores e atitudes que transmitem uma
imagem da pessoa. Os fatores a que me refiro incluem vestimenta como um todo, os modos pessoais, o
modo de falar e a postura do profissional diante dos demais.
Referindo-se à vestimenta, cabe salientar que o profissional deve vestir-se adequadamente ao
ambiente em que está inserido. Se a sua empresa adota um padrão formal, obviamente a sua vestimenta
deve estar em conformidade com ela e o mesmo se refere a uma entrevista de emprego. Da mesma
forma, seria um contrassenso usar terno e gravata para trabalhar em uma linha de produção. Portanto, a
regra básica é vestir-se em conformidade com o que pede o seu ambiente de trabalho.
Então, Marketing Pessoal é divulgar a imagem do “produto” que é você, cuidar de você como uma
marca para ser atrativo aos olhos do mercado de trabalho.
Vou destacar alguns dos defeitos que além de prejudicar a ambientalização dentro da empresa,
caracterizam tais pessoas como maus profissionais:
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Aquele que fala demais:
Já viu aqueles profissionais que são os primeiros a propagar as notícias ou as “fofocas” dentro da
empresa? Costumo chamar tais profissionais de locutores da “rádio peão”. Recebem uma informação,
sequer sabem se são confiáveis, mas passam adiante e o que é pior, incluindo informações que sequer
existiam inicialmente, alterando totalmente a informação recebida. Cuidado para não ser um destes.
Questões
50
Disponível em: <http://www.vocevencedor.com.br/artigos/recursos-humanos/principais-atitudes-e-comportamentos-dos-bons-profissionais>. Acesso em: 06 out.
2014.
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(A) A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser
acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum.
(B) Não é vedado ao servidor público ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com
erro ou infração a este Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão.
(C) Apenas e exclusivamente nos órgãos da Administração Pública Federal Direita é que deverá ser
criada uma Comissão de Ética, encarregada de orientar e aconselhar sobre a ética profissional do
servidor, no tratamento com as pessoas e com o patrimônio público, competindo-lhe conhecer
concretamente de imputação ou de procedimento susceptível de censura.
(D) É vedado ao servidor público comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou
fato contrário ao interesse público, devendo primeiro o servidor público efetuar diligências, a fim de
arrecadar provas sobre o ato ou fato que sobre seu entendimento é contrário ao interesse público.
02. (TJ/DFT – Todos os cargos – CESPE) Julgue o item subsequente, relativo à ética no serviço
público.
A qualidade dos serviços públicos depende fortemente da moralidade administrativa e do
profissionalismo de servidores públicos.
(....) Certo (....) Errado
03. (Colégio Pedro II – Auxiliar de Biblioteca – Acesso Público/2015) Rodrigo tem em mente que
o elemento ético no exercício do cargo público é fundamental para o bom andamento do serviço. Seu
atos, comportamentos e atitudes deverão ser sempre direcionados para a preservação da honra e
tradição dos serviços públicos. Diante dos fatos assinale a alternativa errada:
(A) Não é vedado ao servidor público usar informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu
serviço, em benefício próprio.
(B) Rodrigo tem o dever de tratar cuidadosamente os usuários dos serviços públicos.
(C) É dever do servidor público o cumprimento de ordens superiores, desde que a ordem não seja
manifestamente ilegal.
(D) É vedado ao Rodrigo o uso do cargo para obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem.
(E) A assiduidade e frequência do servidor público em seu ambiente de trabalho, além de ser um dever,
reflete positivamente em todo o sistema.
04. (MPOG – Atividade Técnica – FUNCAB/2015) A ética pode ser definida como:
(A) um conjunto de valores genéticos que são passados de geração em geração.
(B) um princípio fundamental para que o ser humano possa viver em família.
(C) a parte da filosofia que estuda a moral, isto é, responsável pela investigação dos princípios que
motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano em sociedade.
(D) um comportamento profissional a ser observado apenas no ambiente de trabalho.
(E) a boa vontade no comportamento do servidor público em quaisquer situações e em qualquer tempo
de seu cotidiano.
Respostas
01. A. / 02. Certo. / 03. A. / 04. C.
Formas de tratamento
O uso de pronomes e locuções pronominais de tratamento tem larga tradição na língua portuguesa.
De acordo com Said Ali, após serem incorporados ao português os pronomes latinos tu e vos, "como
tratamento direto da pessoa ou pessoas a quem se dirigia a palavra", passou-se a empregar, como
expediente linguístico de distinção e de respeito, a segunda pessoa do plural no tratamento de pessoas
de hierarquia superior. Prossegue o autor:
"Outro modo de tratamento indireto consistiu em fingir que se dirigia a palavra a um atributo ou
qualidade eminente da pessoa de categoria superior, e não a ela própria. Assim aproximavam-se os
vassalos de seu rei com o tratamento de vossa mercê, vossa senhoria (...); assim usou-se o tratamento
ducal de vossa excelência e adotaram-se na hierarquia eclesiástica vossa reverência, vossa paternidade,
vossa eminência, vossa santidade."
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A partir do final do século XVI, esse modo de tratamento indireto já estava em voga também para os
ocupantes de certos cargos públicos. Vossa mercê evoluiu para vosmecê, e depois para o coloquial você.
E o pronome vós, com o tempo, caiu em desuso. É dessa tradição que provém o atual emprego de
pronomes de tratamento indireto como forma de dirigirmo-nos às autoridades civis, militares e
eclesiásticas.
Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa indireta) apresentam certas peculiaridades quanto
à concordância verbal, nominal e pronominal. Embora se refiram à segunda pessoa gramatical (à pessoa
com quem se fala, ou a quem se dirige a comunicação), levam a concordância para a terceira pessoa. É
que o verbo concorda com o substantivo que integra a locução como seu núcleo sintático:
"Vossa Senhoria nomeará o substituto"; "Vossa Excelência conhece o assunto".
Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos a pronomes de tratamento são sempre os da
terceira pessoa: "Vossa Senhoria nomeará seu substituto" (e não "Vossa ... vosso...").
Já quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, o gênero gramatical deve coincidir com o sexo
da pessoa a que se refere, e não com o substantivo que compõe a locução. Assim, se nosso interlocutor
for homem, o correto é "Vossa Excelência está atarefado", "Vossa Senhoria deve estar satisfeito"; se for
mulher, "Vossa Excelência está atarefada", "Vossa Senhoria deve estar satisfeita".
Como visto, o emprego dos pronomes de tratamento obedece a secular tradição. São de uso
consagrado:
Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:
a) do Poder Executivo;
Presidente da República;
Vice-Presidente da República;
Ministros de Estado;
Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal;
Oficiais-Generais das Forças Armadas;
Embaixadores;
Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza especial;
Secretários de Estado dos Governos Estaduais;
Prefeitos Municipais.
b) do Poder Legislativo:
Deputados Federais e Senadores;
Ministro do Tribunal de Contas da União;
Deputados Estaduais e Distritais;
Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais;
Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais.
c) do Poder Judiciário:
Ministros dos Tribunais Superiores;
Membros de Tribunais;
Juízes;
Auditores da Justiça Militar.
As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, seguido do cargo respectivo:
Senhor Senador,
Senhor Juiz,
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Senhor Ministro,
Senhor Governador,
Em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento digníssimo (DD), às autoridades arroladas
na lista anterior. A dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo público, sendo
desnecessária sua repetida evocação.
Como se depreende do exemplo acima fica dispensado o emprego do superlativo ilustríssimo para as
autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para particulares. É suficiente o uso do
pronome de tratamento Senhor.
Acrescente-se que doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. Evite usá-lo
indiscriminadamente. Como regra geral, empregue-o apenas em comunicações dirigidas a pessoas que
tenham tal grau por terem concluído curso universitário de doutorado. É costume designar por doutor os
bacharéis, especialmente os bacharéis em Direito e em Medicina. Nos demais casos, o tratamento Senhor
confere a desejada formalidade às comunicações.
A forma por extenso demonstra maior respeito, maior deferência, sendo de rigor em correspondência
dirigida ao Presidente da República. Fique claro, no entanto, que qualquer forma de tratamento pode ser
escrita por extenso, independentemente do cargo ocupado pelo destinatário.
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Pronomes de Tratamento mais usados nas Redações Oficiais:
1. Autoridades de estado
Civis
Judiciárias
Pronome de tratamento Abreviatura Usado para
a
Vossa Excelência V. Ex. Desembargador da Justiça, curador,
promotor
Meritíssimo Juiz M. Juiz ou V.Ex.ª Juízes de Direito
Ou Vossa Excelência
Militares
Pronome de tratamento Abreviatura Usado para
Vossa Excelência V. Ex.a Oficiais generais (até coronéis)
Vossa Senhoria V. S.a Outras patentes militares
2. AUTORIDADES ECLESIÁSTICAS
Pronome de tratamento Abreviatura Usado para
Vossa Santidade V. S. Papa
Vossa Eminência V. Em.ª Revm.ª Cardeais, arcebispos e bispos
Reverendíssima
Vossa V. Revmª Abades, superiores de conventos,
Reverendíssima outras autoridades eclesiásticas e
sacerdotes em geral
3. AUTORIDADES MONÁRQUICAS
Pronome de tratamento Abreviatura Usado para
Vossa Majestade V. M. Reis e Imperadores
Vossa Alteza V. A. Príncipes
4. OUTROS TÍTULOS
Pronome de tratamento Abreviatura Usado para
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Vossa Senhoria V. S.ª Dom
Doutor Dr. Doutor
Comendador Com. Comendador
Professor Prof. Professor
Fontes: http://www.pucrs.br/manual
Pronome de Tratamento
- Abade, prior, superior, visitador de ordem religiosa – Paternidade – Revmo. Dom (Padre)
- Abadessa – Caridade – Revma. Madre
- Almirante – Excelência – Exmo. Sr. Almirante
- Arcebispo – Excelência e Reverendíssima – Exmo. e Revmo. Dom
- Arquiduque – Alteza – A Sua Alteza Arquiduque
- Bispo – Excelência e Reverendíssima – Exmo. E Revmo. Dom
- Brigadeiro – Excelência – Exmo. Sr. Brigadeiro
- Cardeal – Eminência e Reverendíssima – Emmo. E Revmo. Cardeal Dom
- Cônego – Reverendíssima – Revmo. Sr. Côn.
- Cônsul – Senhoria (Vossa Senhoria) – Ilmo. Sr. Cônsul
- Coronel – Senhoria – Ilmo. Sr. Cel.
- Deputado – Excelência – Exmo. Sr. Deputado
- Desembargador – Excelência – Exmo. Sr. Desembargador
- Duque – Alteza (Sereníssimo Senhor) – A Sua Alteza Duque
- Embaixador – Excelência – Exmo. Sr. General
- Frade – Reverendíssima – Revmo. Sr. Fr.
- Freira – Reverendíssima – Revma. Ir.
- General – Excelência – Exmo. Sr. General
- Governador de Estado – Excelência – Exmo. Sr. Governador
- Imperador – Majestade (Senhor) – A Sua Majestade Imperador
- Irmã (Madre, Sóror) – Reverendíssima – Rema. Ir. (Madre, Sóror)
- Juiz – Excelência (Meritíssimo Juiz) – Exmo. Sr. Dr.
- Major – Senhoria – Ilmo. Sr. Major
- Marechal – Excelência – Emo. Sr. Marechal
- Ministro – Excelência – Exmo. Sr. Ministro
- Monsenhor – Reverendíssima – Revmo. Sr. Mons.
- Padre – Reverendíssima – Revmo. Sr. Padre
- Papa – Santidade (Santíssimo Padre), Beatitude – A Sua Santidade Papa (Ao Beatíssimo Padre)
- Patriarca – Excelência, Reverendíssima e Beatitude – Exmo. E Revmo. Dom (Ao Beatíssimo Padre)
- Prefeito – Excelência – Exmo. Sr. Prefeito
- Presidente de Estado – Excelência – Exmo. Sr. Presidente
- Príncipe, Princesa – Alteza (Sereníssimo Senhor, Sereníssima Senhor) – A Sua Alteza Príncipe (ou
Princesa)
- Rei, Rainha – Majestade (Senhor, Senhora) – A Sua Majestade Rei (ou Rainha)
- Reitor (de Universidade) – Magnificência (Magnífico Reitor) – Exmo. Sr. Reitor
- Reitor (de Seminário) – Reverendíssimo – Revmo. Sr. Pe.
- Secretário de Estado – Excelência – Exmo. Sr. Secretário
- Senador – Excelência – Exmo. Sr. Senador
- Tenente Coronel – Senhoria – Ilmo. Sr. Ten. Cel.
- Vereador – Excelência – Ilmo. Sr. Vereador
- Demais autoridades, oficiais e particulares, chefes de seção, presidentes de bancos, órgãos
de segundo escalão do governo – Senhoria – Ilmo. Sr.
Na Correspondência Pública, costuma-se usar V.Sª para pessoa de categoria igual ou inferior, e V.
Exª para pessoa de categoria superior.
Consultor geral, Chefe de estado, chefe de gabinetes Legislativo, Demais autoridades recebem como
pronome de tratamento Vossa Senhoria. Como vocativo – quando se dirige a autoridade (forma adequada
ao Cargo): Usa-se “Senhor”.
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Todos os tratamentos podem aparecer na forma oblíqua, após dirigir-se a uma autoridade. Podemos,
sem temor de erro, dizer: “Formulamos-lhe”, “pedimos-lhe”, vemos na sua pessoa”, em vez de formulamos
a V. Sª., ou a V.Exª., etc.
A Carta é o elemento postal mais importante, constituída por algumas folhas de papel fechadas em
um envelope, que é selado e enviado ao destinatário da mensagem através do serviço dos correios.
Atualmente a carta vem sendo substituída pelo e-mail que é a forma de correio eletrônico mais
difundida no mundo, mas ainda há pessoas que pelo simples prazer de trocar correspondências físicas
preferem utilizar o método da Carta.
Encontramo-nos hoje, inseridos em uma sociedade extremamente dinâmica, na qual o fator “tempo”
desempenha sua palavra de ordem. Para que possamos acompanhar esta evolução, precisamos nos
adequar constantemente, principalmente com o manuseio referente aos recursos tecnológicos.
Sua finalidade restringe-se à comunicação entre as pessoas, uma vez que esta se dá de forma rápida
e eficiente, permitindo que haja a troca de mensagens feitas em meio eletrônico, interagindo as relações
pessoais e profissionais. Essa comunicação, que antes só era possível por meio de cartas e telegramas,
atualmente possibilita a troca de informações a qualquer instante, independente da distância a que se
inserem os interlocutores envolvidos.
Quanto à estrutura, assemelha-se à carta no que se refere ao vocativo, texto, despedida e
assinatura. A data não é fator relevante, pois o próprio programa já se incube de detalhar o dia e a hora
em que a mensagem foi enviada.
No que se refere à linguagem, esta varia de acordo com o grau de intimidade estabelecido entre os
interlocutores e com a finalidade a que se destina a comunicação. Obviamente que, ao se tratar de
assuntos profissionais, o vocabulário tende a apresentar certo formalismo.
A palavra e-mail constitui a redução de eletronic mail, cuja significância é correio eletrônico, sua
estrutura pauta-se pela seguinte forma: nome@provedor.com.br
O nome representa o usuário; @ é o símbolo que passa ao computador a mensagem de que o
conjunto de informações é de um endereço de e-mail; o provedor é a empresa que viabiliza o
acesso à Internet de forma gratuita ou mediante o pagamento de uma taxa. O termo “com” tem o
sentido de comercial e “br” de Brasil.
Questões
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O vocativo Prezado colega é adequado para compor um memorando, modalidade de comunicação
entre unidades administrativas de um mesmo órgão, mas não um ofício, que se destina à comunicação
externa.
( ) Certo ( ) Errado
1. Vossa Alteza
2. Vossa Eminência
3. Vossa Magnificência
4. Vossa Excelência
5. Vossa Senhoria
( ) funcionário graduado
( ) reitor de universidade
( ) ministro
( ) príncipe
( ) cardeal
Respostas
01. Resposta: A.
Reitor (de Universidade) – Magnificência (Magnífico Reitor) – Exmo. Sr. Reitor.
02. Resposta: A.
Prefeito – Excelência – Exmo. Sr. Prefeito
05. Resposta: D.
Coluna 1 Pronomes de Tratamento
1. Vossa Alteza
2. Vossa Eminência
3. Vossa Magnificência
4. Vossa Excelência
5. Vossa Senhoria
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( 1 ) príncipe
( 2) cardeal
Relacionamento interpessoal
Relacionamento Interpessoal
Para ter um relacionamento intrapessoal saudável, um indivíduo deve exercitar áreas como a
autoafirmação, automotivação, autodomínio e autoconhecimento.
Portanto, para Fela Moscovici (1998), competência interpessoal é a habilidade de lidar eficazmente
com relações interpessoais, de lidar com outras pessoas de forma adequada às necessidades de cada
um e às exigências da situação.
O homem é um ser social e interage em diversos grupos, mas nem todo indivíduo consegue relacionar-
se com as diferenças sociais e acaba, conscientemente ou não, ocasionando problemas nas relações
com ele mesmo ou com a empresa, família e sociedade em geral.
Segundo Nair Motta, “A natureza humana em si é comum a todas as pessoas, mas individualizada em
cada pessoa, porque cada um de nós tem estímulos e sentimentos diferentes, objetivos e experiências
de vida que variam com o grau de cultura do contexto histórico-social em que vivemos”.
51
Relacionamento Interpessoal. Disponível em: http://www.significados.com.br/relacionamento-interpessoal/. Acesso em 8 de abril de 2015.
IESDE BRASIL.Relações interpessoais e qualidade de vida no trabalho, 2016.
BRONDANI , J. P. Relacionamento interpessoal e o trabalho em equipe: uma análise sobre a influência na qualidade de vida no trabalho. Porto Alegre, 2010.
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"O processo de interação humana é complexo e ocorre permanentemente entre pessoas, sob forma
de comportamentos manifestos e não manifestos, verbais e não verbais, pensamentos, sentimentos,
reações mentais e/ou físico-corporais." (Fela, 2002)
No momento em que o indivíduo faz parte de um determinado grupo social, começa aprender, assimilar
os seus valores, códigos e regras básicas de relacionamento que poderão entrar em conflito com os seus
valores já aprendidos, no primeiro grupo em que desenvolveu seu processo de socialização, dificultando
a interação, a comunicação e a expressão de emoção. Contudo, se estiver disposto a trabalhar a
competência interpessoal, possivelmente, não terá problemas no relacionamento.
Quem escolher desenvolver a competência interpessoal precisará estar disposto e disponível a entrar
no processo de crescimento pessoal com a ajuda de um profissional: autopercepção;
autoconscientização; autoaceitação; autoconhecimento; flexibilidade perceptiva e comportamental;
criatividade para soluções mais originais; feedback e a dimensão afetiva.
Por conseguinte, o profissional que conseguir aliar a competência interpessoal com a técnica
demonstrará estar mais preparado e fará a diferença para ingressar em um ambiente de trabalho com
valores, atitudes e conteúdos intelectuais e emocionais que contribuirão na relação com a empresa, sua
carreira, família e sociedade.
O processo de interação humana encontra-se presente nas organizações, e a forma como se dão
essas interações influencia os resultados de toda a empresa. Conviver com o outro não é uma tarefa fácil,
e conviver com o outro no trabalho sem entender o comportamento de cada um é praticamente
impossível.
No contexto das organizações, o relacionamento interpessoal é de extrema importância. Um
relacionamento interpessoal positivo contribui para um bom ambiente dentro da empresa, o que pode
resultar em um aumento da produtividade e melhoria dos resultados, em geral.
No trabalho, esse relacionamento saudável entre duas ou mais pessoas é alcançado quando as
pessoas conhecem a si mesmas, quando são capazes de se colocar no lugar dos outros (demonstram
empatia), quando expressam as suas opiniões de forma clara e direta sem ofender o outro (assertividade),
são cordiais e têm um sentido de ética. Isto, pode-se entender que um bom relacionamento interpessoal
deriva de relações que respeitam a ética em primeiro lugar.
As relações interpessoais propagadas no ambiente de trabalho sofrem influências da estrutura
organizacional e são reguladas para alcançar eficiência e resultados. O ser humano procura
incessantemente a felicidade, a realização de sonhos e a convivência pacífica e harmoniosa com o outro
tanto dentro quanto fora da organização. As relações de amizade e respeito fortalecem o convívio entre
as pessoas.
Se considerarmos essa interação de pessoas num ambiente organizacional, temos que levar em
consideração que as pessoas não funcionam como máquinas e que muitas vezes o comportamento é
diferente do que se espera. Isso porque, quando estamos em interação com outras pessoas, o
funcionamento de ser de cada um é afetado, alterando o que se poderia chamar de “previsto ou
esperado”.
Segundo Moscovici (1994), nas empresas, a interação humana ocorre em dois níveis concomitantes
e interdependentes:
- O nível da tarefa é o que podemos observar, que é a execução das atividades individuais e em
grupos.
- Já o nível socioemocional refere-se às sensações, aos sentimentos que são gerados pela
convivência.
Se esses sentimentos são positivos, o nível da tarefa é facilitado, gerando uma produtividade
satisfatória. Se, ao contrário, o clima emocional não é satisfatório, a tarefa passa a sofrer os efeitos, que
muitas vezes se manifestam com interações de desagrado, antipatia, aversão etc. A interação
socioemocional pode favorecer o resultado do trabalho e as relações interpessoais. Se os processos são
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construtivos, a colaboração e o afeto predominam, o que possibilita a coesão do grupo. Caso contrário, o
grupo passa a ter conflitos internos.
O que se observa é que para trabalhar bem, e em grupo, as pessoas precisam possuir não apenas
competências técnicas para realizar suas funções, mas também competências emocionais.
Vemos que a realização eu-eu é fundamental na interação com os outros; a forma como eu me vejo,
minhas motivações, ideologia, influem em cada interação interpessoal. A harmonia consigo mesmo, a
autoaceitação e valorização, o bem-estar físico e mental, proporcionam um equilíbrio na relação com o
outro. Muitas vezes, as dificuldades que surgem na relação eu-outro são causadas pelo não equilíbrio da
relação eu-eu. Portanto, é fundamental o equilíbrio eu-eu, para que se possa estar bem com os outros.
Numa organização, a presença de um líder habilidoso é muito importante nesse processo. Ele poderá
conduzir sua equipe para o sucesso e, se possui habilidades para lidar com as emoções e com a
qualidade de vida, fará a diferença de forma positiva no seu grupo de trabalho. A qualidade de vida no
trabalho não decorre apenas de bons salários e planos de benefícios, mas do tratamento humano que
valorize a gentileza, a possibilidade de expressar os pontos de vista divergentes, do respeito, do
relacionamento sincero. No trabalho, os indivíduos apresentam sua maneira pessoal de lidar com seus
sentimentos e emoções, e essa maneira própria entra em contato com outros indivíduos, que também
possuem sua maneira própria. Essas emoções entram em contato diariamente, criando uma atmosfera
diferente em cada setor, cada departamento, visto que cada local tem suas características próprias de
conduzir seu trabalho, de discutir os problemas, e de como seus líderes lidam com as pessoas. O que
facilita ou dificulta essas relações são o autoconhecimento e o conhecimento do outro, que fazem com
que se amplie a compreensão de como as pessoas atuam no trabalho.
O indivíduo é dotado de sentimentos e emoções, necessita amar e ser amado, compreender e ser
compreendido, aceitar e ser aceito pelo outro. Aprendendo a lidar com as diferenças e sentindo que essa
segurança afetiva pode levar a um equilíbrio emocional e, consequentemente, a um ambiente de trabalho
saudável e produtivo. As relações interpessoais estão cada vez mais sendo valorizadas no cenário
tecnológico das organizações. O capital humano faz a diferença, as pessoas é que são a vantagem
competitiva das empresas, e o bem-estar no ambiente de trabalho resulta em produtividade e resultados.
Sucesso (2002, p.27) relata que “O autoconhecimento e o conhecimento do outro são
componentes essenciais na compreensão de como a pessoa atua no trabalho, dificultando ou
facilitando as relações”.
A autora aponta que as dificuldades encontradas são a falta de objetivos pessoais e dificuldade em
priorizar e ouvir.
O envolvimento de todos na empresa desde o gestor que saiba ouvir seus funcionários, que forneça
feedback para seus subordinados. O funcionário que deve procurar seu autoconhecimento, priorizar seus
objetivos e também saber ouvir o outro são ações que contribuem para que o ambiente de trabalho seja
saudável.
As emoções, inerentes ao indivíduo, inevitavelmente se fazem presentes nas relações de trabalho
tanto positivas quanto negativas.
De acordo com Sucesso (2002, p.95), “três emoções primárias atuam sobre o comportamento: o
medo, a ira e o afeto, que se apresentam de forma direta ou através de disfarces ou máscaras”.
O medo é um entrave dentro das organizações, porque as pessoas não demonstram essa emoção, o
que fazem é disfarçar, em consequência disso tornam-se desmotivadas, descrente de suas capacidades
de inovar e criar. O medo aparece sob várias situações, como por exemplo, demissões por atritos com
gestores ou por enxugamento de quadro, pressão, punição, levam a climas desagradáveis dentro das
organizações, influenciando o comprometimento, a motivação e a confiança.
A raiva também está presente sob diversas formas, como por exemplo, a inveja do outro, de suas
capacidades, competência, disputa por cargos, causando até humilhação e autopiedade. A ironia é uma
forma de raiva dissimulada, que agride, fere e magoa, assim como a hostilidade que começa com irritação,
falta de cortesia e queixas e que aos poucos vai crescendo chegando a transformar-se em ódio.
Gerenciar pessoas é um grande desafio, mesmo nos tempos atuais de grandes avanços tecnológicos,
conforme SUCESSO (2002, p.114).
Essas emoções causam sofrimento e precisam ser trabalhadas para que as relações interpessoais
tornem-se saudáveis melhorando a qualidade de vida no trabalho. Requer parceria, cooperação, polidez
e respeito – virtudes derivadas do amor, (SUCESSO, 2002, p.153). Os líderes têm um grande papel na
mudança e manutenção das relações interpessoais, através de incentivos e medidas que tornem o clima
positivo, que levem a satisfação do trabalho mantendo um diálogo aberto e franco prevenindo conflitos.
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O profissional de Recursos Humanos deve investir em ações que fortaleçam o relacionamento
interpessoal entre os profissionais, e em parceria com as para enfrentar o mercado competitivo.
É um trabalho de aprendizado que requer determinação e confiança. Mas dentro desta perspectiva é
possível construir relações interpessoais saudáveis a partir do autoconhecimento, de como ver o outro,
suas qualidades, empatia. Mudar o comportamento e alterar hábitos arraigados exige disciplina,
persistência e determinação e dependem somente do próprio indivíduo, do valor que atribui à vida, da
autoestima e autoimagem, do engajamento profissional, político e social.
O afeto nas relações de trabalho é a emoção capaz de construir dias melhores nas organizações que
requerem coragem, leveza, consistência, rapidez, exatidão e multiplicidade.
a) Falta de objetivos pessoais: trata-se de pessoas que possuem dificuldades em traçar rumos para
o seu futuro. Desanimam diante de obstáculos, e não se mostram criativas para buscar soluções, sentem-
se frustradas e, por isso, mudam continuamente seu rumo. Nos processos de mudanças, são levadas
pelos outros, aguardando sempre as instruções. Muitas vezes, trabalham em profissão que não gostam,
mas não apresentam atitudes para novos redirecionamentos. “Uma professora de escola de primeiro grau
participou de um programa de integração de equipes e se mostrou indignada com os baixos salários da
sua categoria. Tendo participado de outro projeto, 10 anos depois, voltou a queixar-se da mesma situação.
Estimulada a refletir sobre isso, percebeu as consequências paralisadoras da sua postura acomodada e
da falta de estabelecimento de objetivos pessoais. Compreendeu o tempo perdido, esperando que sua
profissão fosse valorizada. Constatou que poderia ter feito “dois cursos superiores” nesse período,
passando a atuar como professora (que é sua vocação), mas vinculada a uma universidade ou a outra
instituição”.
b) Dificuldade em priorizar: muitas pessoas se queixam da “falta de tempo”, para realizar suas
tarefas. O que muitas vezes se percebe é a grande dificuldade em estabelecer prioridades. Muitas vezes,
acumulam-se tarefas, sem avaliar as reais possibilidades de executá-las, ou a dificuldade para dizer “não”,
propõem-se a fazer coisas que não é possível cumprir. Para realização das tarefas, saber administrar o
tempo é fundamental.
Para ilustrar esse fato, segue o exemplo: “Convivemos com uma executiva que representa um modelo
desse perfil. Sua vida pessoal demandava um esforço excessivo: tinha quatro filhos e os levava
pessoalmente à escola. Tinha frequentemente dificuldades em manter uma empregada doméstica, devido
ao trabalho adicional. Além do emprego que lhe absorvia oito horas diárias, praticava tênis, fazia yoga,
curso de atualização em língua inglesa. Estava constantemente atrasada para todos os compromissos.
Sempre que lhe sugeriam repensar suas prioridades e abrir mão de algumas atividades, afirmava que
tudo isso era essencial e não havia como desistir de qualquer uma delas. Sua qualidade de vida era baixa,
especialmente pela permanente tensão resultante dos atrasos. Estimulada a refazer seu plano de vida e
traçar prioridades, descobriu que sua busca de prazer em atividades alternativas tornou-se uma obsessão
e, um lugar de lazer, acabava gerando tensão e estresse. Decidiu tornar essas atividades eventuais, sem
o compromisso de ‘cursos com dia e hora marcados’, concentrando-se na sua atividade profissional e
estabelecendo novos papéis e responsabilidades para os filhos, que vinham se tornando acomodados e
sem iniciativa”.
Vemos aqui claramente, nesse exemplo, o quanto pessoas têm dificuldades para priorizar o que
realmente é importante, acabam com muitas atividades, de que normalmente não conseguem dar conta.
c) Dificuldade em ouvir: a maioria dos conflitos acontece em virtude da dificuldade que temos em
ouvir e compreender o outro. Temos o hábito de julgar o outro a partir dos nossos valores, esquecendo-
se de respeitar as diferenças individuais. A nossa dificuldade em ouvir o outro aumenta, principalmente
se temos pontos de vista diferentes. Muitos gerentes avaliam sua equipe a partir dos seus próprios
paradigmas, da sua maneira de ver o que é certo e errado, não acenando com a possibilidade de
considerar o pensamento do outro, sem querer ouvir o que as pessoas pensam. É fundamental que um
gestor queira saber o ponto de vista de sua equipe, perguntar antes de julgar, permitir que sejam dadas
sugestões, criar espaços para que diferentes percepções possam vir à tona, solicitar sempre que possível
a participação de todos.
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A maioria dos exemplos de grandes corporações aponta para resolução de inúmeros problemas, o
saber ouvir, dar espaço para que as pessoas que contribuem com seu trabalho possam trazer soluções
para o dia a dia.
Saber ouvir
Saber ouvir é considerado uma das maiores habilidades humanas, isso implica dar àquele que fala
sua atenção, somada à capacidade de compreensão.
Muitas razões estão envolvidas no ato de ouvir, são elas: desejo de obter informação; curiosidade em
receber uma resposta; interesse em participar da história de outro ser humano; necessidade de
estabelecer novos relacionamentos; respeito e desejo de valorização da pessoa do outro. (MACKAY,
2002, p. 10)
Para ouvir efetivamente, não basta apenas estar atento, mas perceber também a voz de quem fala, a
escolha das palavras, o tom e ritmo, a linguagem corporal, enfim, é muito mais do que ficar passivamente
deixando o som entrar pelos ouvidos.
É uma das melhores formas de mostrar respeito pelo outro. Existem algumas maneiras de demonstrar
à pessoa que fala que se está efetivamente ouvindo.
Fazer perguntas pode demonstrar o quanto você está atento e encorajar aquele que fala. Alguns sinais
como sorriso, olhares de surpresa e admiração, etc., podem constituir uma forma eficiente de assegurar
que você está ouvindo.
Frases como “compreendo...”, “e depois...”, “é interessante...”, são uma maneira de dizer que você
está interessado, querendo que ele prossiga seu discurso.
Outra forma é dar sinais de que está compreendendo e interpretando as emoções existentes no
diálogo. Frases como “você acha que...”, “o que pensa quanto a ...”, demonstram que se está sendo
empático e disposto a considerar o ponto de vista do outro. O que é importante observar é que ouvir não
é uma atitude passiva, e que pode ser ativo demonstrando respeito pelo outro.
Questões
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(B) Coragem: atitude em favor da autonomia dos demais, da delegação de responsabilidades, da
expressão de valores e da assunção de adversidades.
(C) Comunicação: compreensão entre os indivíduos a respeito de tudo aquilo que as partes farão e
esperarão das demais.
(D) Convicção: envolvimento no desejo do compartilhamento de informações.
(E) Compaixão: consciência do que é realmente significativo na manutenção de acordos e na coerência
entre o discurso e a prática.
06. (Prefeitura de Paulista/PE - Auxiliar de Serviços Gerais UPENET/IAUPE) “Ter ética profissional
é o indivíduo cumprir todas as atividades de sua profissão, seguindo os princípios determinados pela
sociedade e pelo seu grupo de trabalho”.
Acerca da ética e do relacionamento interpessoal, é CORRETO afirmar que
(A) ter um bom relacionamento interpessoal independe da ética.
(B) ser ético não exige um bom relacionamento interpessoal.
(C) o bom relacionamento interpessoal é derivado da ética.
(D) a ética está dissociada das relações interpessoais.
(E) ser ético não exige mudanças de paradigmas.
07. (Prefeitura de São José do Rio Preto/SP - Agente Administrativo – VUNESP/2015) Para que
o clima organizacional seja harmonioso e as pessoas tenham um bom relacionamento interpessoal, é
necessário que cada um
(A) aja de acordo com suas próprias experiências profissionais, deixando de levar em conta as
diferenças entre os membros da equipe.
(B) realize seu trabalho de forma a cumprir o cronograma individual estabelecido a cada componente
por todas as chefias da organização.
(C) deixe de agir de forma individualizada e egoísta, promovendo relações amigáveis, construtivas e
duradouras.
(D) deixe claro suas opiniões em primeiro lugar e, na sequência, a opinião dos demais membros do
grupo de trabalho.
(E) conduza seu trabalho de forma responsável, sem, no entanto, ouvir ou participar aos demais suas
ideias e opiniões.
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08. (ISGH - Recepcionista - INSTITUTO PRÓ-MUNICÍPIO/2015) Analise as duas afirmativas abaixo
e responda:
I. Refere-se à relação com o próximo através de comportamentos e atitudes que interferem no convívio.
Julgada indispensável no contexto organizacional. Trata-se de um processo de interação, não sendo um
processo solitário. Habilidade necessária de se relacionar com as pessoas, entender e interagir diante de
humores e temperamentos dos outros;
II. A ocorrência dessa relação se dá através de um quantitativo mínimo de pessoas;
11. (TRE-AL - Técnico Judiciário - Área Administrativa – CESPE) Toda pessoa com história de
relacionamentos bem-sucedidos possui talento interpessoal e tende a ser mais flexível no contexto social.
( ) Certo ( ) Errado
Respostas
01. Resposta: E
A única assertiva incorreta é a letra e, pois, entre outras coisas, a comunicação expressa sentimentos
de satisfação e insatisfação seja com questões relacionadas ao trabalho ou não.
02. Resposta: B
Ressaltaremos o termo que deixa a assertiva incorreta por ser muito extrema, sendo que a relação
interpessoal não pode ser restrita como feito nas assertivas erradas:
a) é a relação da empresa, exclusivamente, com seu público interno. (Externo também)
b) se realiza através do contato, mediado ou não, entre duas ou mais pessoas que podem ter seus
papéis de receptor e emissor exercidos de modo recíproco =CORRETA
c) é um recurso de grande importância, mas não atinge o status de recurso estratégico de gestão,
pois pouco tem a ver com a coesão do funcionamento da organização.
d) se realiza somente quando uma área, divisão ou unidade relaciona-se com outra para a transmissão
de dados ou troca de informações.
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e) se utiliza apenas de canais informais de comunicação.
03. Resposta: B
Elementos Componentes da Confiança Interpessoal
Contratual: Compreensão entre os indivíduos sobre tudo aquilo que as partes farão e esperarão das
demais.
Comunicação: Envolvimento do desejo do compartilhamento da informação
Competência: Respeito às habilidades e aos conhecimentos dos demais
Convicção: Consciência do que é realmente significativo na manutenção de acordos e na coerência
entre o discurso e a prática
Coragem: Atitude em favor da autonomia dos demais, da delegação de responsabilidades, da
expressão de valores e da assunção de adversidades
Compaixão: Abertura e honestidade nos diálogos, bem como compreensão de consequências
pessoais advindas de decisões administrativas
Responsabilidade com o grupo: Cooperação recíproca e implementação de espírito de solidariedade.
04. Resposta: E
A afirmativa “e” coloca corretamente a relação existente entre o estudo dos relacionamentos
interpessoais e o estudo da comunicação eficaz, uma vez que, para se fazer uso das ferramentas
disponibilizadas por esse estudo, é necessário conhecer o outro.
05. Resposta: E
De acordo com Fela Moscovici (1998), competência interpessoal é a habilidade de lidar eficazmente
com relações interpessoais, de lidar com outras pessoas de forma adequada às necessidades de cada
um e às exigências da situação.
06. Resposta: C
O bom relacionamento interpessoal é derivado da ética, como foi visto anteriormente. A partir do
momento em que se segue um comportamento ético está se formando uma base para o desenvolvimento
de um bom relacionamento interpessoal. Pode-se entender que um bom relacionamento interpessoal
deriva de relações que respeitam a ética em primeiro lugar.
07. Resposta: C
Deixe de agir de forma individualizada e egoísta, promovendo relações amigáveis, construtivas e
duradouras.
08. Resposta: C
Relacionamento interpessoal é um conceito do âmbito da sociologia e psicologia que significa uma
relação entre duas ou mais pessoas (pelo menos duas pessoas). Este tipo de relacionamento é marcado
pelo contexto onde ele está inserido, podendo ser um contexto familiar, escolar, de trabalho ou de
comunidade. O relacionamento interpessoal implica uma relação social, ou seja, um conjunto de normas
comportamentais que orientam as interações entre membros de uma sociedade. O conceito de relação
social, da área da sociologia, foi estudado e desenvolvido por Max Weber.
09. Resposta: A
A eficácia de um empregado no seu comportamento interpessoal no ambiente de trabalho consiste em
colaborar com todos, de forma construtiva e amigável, além de ter capacidade de reconhecer a
contribuição individual e coletiva do grupo nos resultados alcançados.
10. Resposta: A
No trabalho, esse relacionamento saudável entre duas ou mais pessoas é alcançado quando as
pessoas conhecem a si mesmas, quando são capazes de se colocar no lugar dos outros (demonstram
empatia), quando expressam as suas opiniões de forma clara e direta sem ofender o outro (assertividade),
são cordiais e têm um sentido de ética.
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interpessoal. A pegadinha da questão é o "toda pessoa". Em relações humanas não existem regras
absolutas (desconfie de regras absolutas como “toda”, “sempre”, “nunca”).
Código de Ética
Os servidores públicos são profissionais que possuem um vínculo de trabalho profissional com órgãos
e entidades do governo.
Dentro do setor público, todas as atividades do governo afetam a vida de um país. Por isso, é
necessário que os servidores apliquem os valores éticos para que os cidadãos possam acreditar na
eficiência dos serviços públicos.
Existem normas de conduta que norteiam o comportamento do servidor, dentre elas estão os códigos
de ética municipais e o Código de Ética da Administração do Poder Executivo Federal. Assim, é missão
deles serem leais aos princípios éticos e as leis acima das vantagens financeiras do cargo e ou qualquer
outro interesse particular.
Esses interesses podem ser os desvios de verbas públicas, políticos que se beneficiam de programas
e situações para ganhar votos, produção de leis que vão contra os princípios da sociedade, corrupção,
etc.
As próprias leis possuem sanções e mecanismos que penalizam servidores públicos que agem em
desacordo com suas atividades, um exemplo é a Lei de Improbidade Administrativa.
Os códigos de ética tanto o federal, quanto os municipais, são um conjunto de normas que dizem
respeito a conduta dos servidores dentro de seu serviço, além de penalidades a serem aplicadas pelo
não cumprimento dessas normas. Ambos possuem uma Comissão de Ética responsável por julgar os
casos referentes à ética no serviço público.
Os códigos informam os princípios e deveres dos servidores públicos como decoro, zelo, dignidade,
eficácia e honra, além de outras qualidades do servidor, suas obrigações que visam o bem estar da
população, bem como as proibições e punições derivadas do serviço irregular de suas funções, que
relembram os princípios fundamentais da administração pública.
Código de Ética dos Servidores Públicos Civil do Poder Executivo Federal foi aprovado pelo decreto
n° 1.171 de 22 de junho de 1994, destinado aos servidores públicos federais.
A Comissão de Ética Pública é um colegiado, criado em 1999 e vinculado à Presidência da República,
responsável por supervisionar e revisar as normas referentes a ética na Administração Pública do Poder
Executivo Federal.
Vamos conhecer um pouco desse dispositivo legal que trata-se de um documento de pequena
extensão, mas de grande importância, sendo uma leitura obrigatória para todos os concursos públicos:
De acordo com Perla Muller52, a modernidade tem experimentado, cada vez mais, uma perda de
padrões éticos. Diante da complexidade da vida nos dias atuais, tornou-se extremamente difícil ao homem
médio a distinção entre o bem e o mal, o honesto e o desonesto, a virtude e o vício. Tal situação tem
exigido uma crescente ampliação do Direito ao campo antes reservado à moral e à ética. O que antes era
resolvido pela consciência do homem, hoje passa a ser regido pelo formalismo do Direito. É neste
contexto que se destacam os “códigos de ética”, que se caracterizam por princípios e regras que visam
justamente definir condutas a serem seguidas por um determinado grupo de profissionais.
52
MULLER, Perla. Noções de Ética no Serviço Público. Salvador: Editora Jus Podivm, 2014, p. 37.
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A necessidade de se definir os caminhos éticos a serem seguidos pelos profissionais de cada ramo
específico fez multiplicar, nos últimos anos, os chamados “códigos de ética” relativos às mais diversas
profissões (código de ética da advocacia, código de ética da medicina, etc.).
Não poderia ser diferente em relação à profissão dos servidores públicos, sobretudo quando se leva
em consideração que a Administração Pública deve se pautar pelo princípio da moralidade, sendo exigido
de seus agentes, aos quais se incumbe a materialização da vontade do Estado por meio de atos e
procedimentos administrativos – um comportamento regido pela ética.53
Considerados os princípios administrativos basilares do art. 37 da CF, destaca-se a existência de um
diploma específico que estabelece a ação ética esperada dos servidores públicos, qual seja o Decreto n°
1.171/94.
Outrossim, os “códigos de ética” são mais que um mero conjunto de leis a serem observadas por seus
destinatários, no caso os servidores públicos, sob pena da sanção estatal. Os códigos de ética são, na
realidade um conjunto de normas a serem observadas, não por medo da violência do Estado por sua
inobservância (sanção), mas por senso e consciência moral livre, autônoma e íntima, por convicção
interna, de que os serviços públicos devem orientar-se à consecução do bem comum e prestígio à
solidariedade social como meios de sobrevivência e harmonia da sociedade para o que se exige o estrito
respeito ao elemento ético que deve compor todo o agir humano.54
No que se refere aos Servidores Públicos Civis do Poder Executivo Federal, que interessa ao nosso
estudo, o Governo Federal, por meio do Decreto nº 1.171/94, instituiu o Código de ética Profissional do
Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. Na “Exposição de Motivos” do ato normativo, destaca-
se que o objetivo pretendido é “instalar, na Administração Pública, a consciência ética na conduta do
servidor público, com o restaurar da sua dignidade e da sua honorabilidade, criando assim incentivos à
prática da solidariedade social”, bem como, expressamente, informar ao cidadão usuário dos serviços
públicos “a adesão do Estado ao entendimento doutrinário de que sua conduta conforme à Ética consolida
efetivamente o Poder, criando em torno da autoridade a colaboração espontânea da cidadania, em
decorrência da consequente obtenção de serviços públicos mais satisfatórios”.55
Vale lembrar que o Código de Ética foi expedido pelo Presidente da República, considerada a
atribuição da Constituição Federal para dispor sobre a organização e o funcionamento da administração
pública federal, conforme art. 84, IV e VI da Constituição Federal: "IV - sancionar, promulgar e fazer
publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução; [...] VI - dispor,
mediante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar
aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos
públicos, quando vagos". Exatamente por causa desta atribuição que o Código de Ética em estudo adota
a forma de decreto e não de lei, já que as leis são elaboradas pelo Poder Legislativo (Congresso
Nacional).
O Decreto n° 1.171/94 é um exemplo do chamado poder regulamentar inerente ao Executivo, que se
perfaz em decretos regulamentares. Embora sejam factíveis decretos autônomos56, não é o caso do
decreto em estudo, o qual encontra conexão com diplomas como as Leis n° 8.112/90 (regime jurídico dos
servidores públicos federais) e Lei n° 8.429/92 (lei de improbidade administrativa), além da Constituição
Federal.
Disso extrai-se que a adoção da forma de decreto não significa, de forma alguma, que suas diretrizes
não sejam obrigatórias: o servidor público federal que desobedecê-las estará sujeito à apuração de sua
conduta perante a respectiva Comissão de Ética, que enviará informações ao processo administrativo
disciplinar, podendo gerar até mesmo a perda do cargo, ou aplicará a pena de censura nos casos menos
graves.
O Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal divide-se da
seguinte maneira:
Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal – Decreto Nº 1.171/94
Capítulo I Capítulo II
Seção I – Das regras deontológicas;
Seção II – Dos principais deveres do servidor público; Das comissões de ética.
Seção III – Das vedações ao servidor público.
53
BORTOLETO, Leandro; e MÜLLER, Perla. Noções de Ética no Serviço Público. Salvador: Editora Jus Podivm, 2014, p.37.
54
MULLER, Perla. Noções de Ética no Serviço Público. Salvador: Editora Jus Podivm, 2014, p. 38.
55
MULLER, Perla. Noções de Ética no Serviço Público. Salvador: Editora Jus Podivm, 2014, p. 38.
56
LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
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1415774 E-book gerado especialmente para MARCELO DE SOUSA
O Código de Ética dos Servidores Públicos foi aprovado pelo Decreto Federal 1.171/94 para os
servidores públicos do Poder Executivo Federal com o objetivo de impor as regras que norteiam os
princípios, deveres e proibições, os fundamentos e as regras morais que devem ser seguidas pelos
servidores públicos do Poder Executivo Federal.
As regras deontológicas, previstas no Capítulo I, Seção I, são os valores morais que devem reger
determinado grupo social, no caso, os servidores públicos do Poder Executivo Federal.
Os servidores públicos devem ter consciência de que seus atos são regidos por princípios éticos e
morais, devendo ponderar a legalidade e a finalidade dos atos administrativos, para preservar a
moralidade de todos os atos administrativos que praticar.
Outrossim, o Capítulo I, Seção II, trata dos deveres do servidor público, que devem ser seguidos, para
preservação, também, da moralidade e legalidade dos atos administrativos.
Já o Capítulo I, Seção III, trata das proibições feitas ao servidor público em questão, como por exemplo,
não prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que deles dependam.
Por fim, o Capítulo II, trata das comissões de ética que devem ter em todos os órgãos e entidades da
Administração Pública Federal direta, indireta autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade
que exerça atribuições delegadas pelo poder público.
DECRETO Nº 1.171/1994
Aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal.
Art. 1° Fica aprovado o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo
Federal, que com este baixa.
Como afirma Perla Muller57, de acordo com o artigo 2º do Decreto, foi determinado à época que
os órgãos da administração direta e as entidades da administração indireta federal deveriam
implementar, no prazo de sessenta dias, “as providências necessárias à plena vigência do Código
de Ética, inclusive mediante a Constituição da respectiva Comissão de Ética, integrada por três
servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente” e, posteriormente,
a constituição da Comissão de Ética deveria ser comunicada à, então existente, Secretaria da
Administração Federal Presidência da República, com a indicação dos respectivos membros
titulares e suplentes.
CAPÍTULO I
Seção I
Das Regras Deontológicas
I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são primados maiores
que devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora dele, já que refletirá
o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos e atitudes serão
direcionados para a preservação da honra e da tradição dos serviços públicos.
II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá
que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno
57
MULLER, Perla. Noções de Ética no Serviço Público. Salvador: Editora Jus Podivm, 2014, p. 38.
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e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art.
37, caput, e § 4°, da Constituição Federal.
III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser
acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na
conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.
IV- A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou indiretamente por
todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, que a moralidade administrativa se
integre no Direito, como elemento indissociável de sua aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, como
consequência, em fator de legalidade.
V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido como
acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse
trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio.
VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida particular
de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada
poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.
VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do Estado e
da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos termos
da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando
sua omissão comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar.
VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária
aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer
ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão ou da mentira, que sempre
aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação.
IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço público caracterizam o esforço
pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa causar-
lhe dano moral. Da mesma forma, causar danos a qualquer bem pertencente ao patrimônio público,
deteriorando-o, por descuido ou má vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às
instalações ou ao Estado, mas a todos os homens de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu
tempo, suas esperanças e seus esforços para construí-los.
X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor em que
exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na
prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas
principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços públicos.
XI - O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores, velando
atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente. Os repetidos erros, o descaso
e o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo imprudência
no desempenho da função pública.
XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de desmoralização do
serviço público, o que quase sempre conduz à desordem nas relações humanas.
XIII - O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional, respeitando seus colegas
e cada concidadão, colabora e de todos pode receber colaboração, pois sua atividade pública é a grande
oportunidade para o crescimento e o engrandecimento da Nação.
Seção II
Dos Principais Deveres do Servidor Público
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f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materializam na adequada
prestação dos serviços públicos;
g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a capacidade e as limitações
individuais de todos os usuários do serviço público, sem qualquer espécie de preconceito ou distinção de
raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e posição social, abstendo-se, dessa forma,
de causar-lhes dano moral;
h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra qualquer
comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal;
i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes, interessados e outros que
visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrência de ações imorais,
ilegais ou aéticas e denunciá-las;
j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da defesa da vida e da segurança
coletiva;
l) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos ao trabalho
ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema;
m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao interesse
público, exigindo as providências cabíveis;
n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os métodos mais adequados à sua
organização e distribuição;
o) participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria do exercício de suas
funções, tendo por escopo a realização do bem comum;
p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da função;
q) manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a legislação pertinentes ao órgão
onde exerce suas funções;
r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções superiores, as tarefas de seu cargo
ou função, tanto quanto possível, com critério, segurança e rapidez, mantendo tudo sempre em boa
ordem.
s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de direito;
t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de
fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do serviço público e dos jurisdicionados
administrativos;
u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com finalidade estranha
ao interesse público, mesmo que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violação
expressa à lei;
v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existência deste Código de Ética,
estimulando o seu integral cumprimento.
Seção III
Das Vedações ao Servidor Público
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l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento, livro ou bem
pertencente ao patrimônio público;
m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço, em benefício
próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros;
n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente;
o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a honestidade ou a dignidade
da pessoa humana;
p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso.
CAPÍTULO II
DAS COMISSÕES DE ÉTICA
XVI - Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, indireta autárquica e
fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições delegadas pelo poder público,
deverá ser criada uma Comissão de Ética, encarregada de orientar e aconselhar sobre a ética profissional
do servidor, no tratamento com as pessoas e com o patrimônio público, competindo-lhe conhecer
concretamente de imputação ou de procedimento susceptível de censura;
XVII (Revogado);
XVIII - À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos organismos encarregados da execução do quadro
de carreira dos servidores, os registros sobre sua conduta ética, para o efeito de instruir e fundamentar
promoções e para todos os demais procedimentos próprios da carreira do servidor público;
XIX - (Revogado);
XX - (Revogado);
XXI (Revogado);
XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e sua
fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do
faltoso;
XXIII (Revogado);
XXIV - Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor público todo aquele
que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente,
temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado direta ou indiretamente
a qualquer órgão do poder estatal, como as autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais,
as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o
interesse do Estado.
Para Perla Muller58, conforme anteriormente apontado, é de extrema necessidade compelir os agentes
públicos a seguirem um padrão ético condizente com a moralidade que deve cercar os atos
administrativos, de modo que o próprio Estado edita normas deontológicas, ditando limites à ação de seus
servidores, encontrando-se positivados, além de normas e princípios gerais, normas específicas aos
diversos setores da Administração Pública.
Quanto às Regras Deontológicas, as mesmas são insertas nos chamados “códigos de ética” que
positivam os princípios éticos na forma das normas jurídicas que, por um lado, impõem-se como elemento
obrigatório da conduta do servidor público e, por outro lado, apresentam-se como “informativos” aos
usuários dos serviços públicos de que devem ser tratados com respeito e dignidade, bem como de que
58
MULLER, Perla. Noções de Ética no Serviço Público. Salvador: Editora Jus Podivm, 2014, p. 39.
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os atos e processos administrativos devem ser dotados de moralidade como condição de sua eficácia e
validade.59
Como se vê, o Código de Ética dos Servidores Públicos Federais, reforça a ideia, logo em seu primeiro
dispositivo legal (inciso I), de que o servidor público deve manter seu comportamento e seus atos
sempre direcionados pelos princípios morais. Tal determinação decorre obviamente do princípio da
moralidade previsto expressamente na Constituição Federal de 1988.60
Deve o servidor perseguir sempre o “equilíbrio entre a legalidade e a finalidade” para concluir
sobre a moralidade, conforme nos informa o inciso III do código de ética. Sendo assim, o ato administrativo
não pode se pautar somente pela legalidade sem que observe uma finalidade que satisfaça o interesse
público. Por outro lado, o ato ilegal não se convalesce pelo simples fato de ser mais vantajoso para o
interesse público. O que deve se buscar é a perfeita simbiose entre a legalidade e o interesse
público.61
Observe:
Conforme deflui do inciso VII do Código de Ética, a publicidade é o que permite a transparência dos
atos administrativos. Sem dúvida, somente com a transparência dos atos administrativos é que se pode
avaliar se o ato está ou não em sintonia com a moralidade. Portanto, somente se admite sigilo quando a
segurança nacional assim o exigir, ou em caso de investigações policiais ou, ainda, na hipótese de existir
interesse do Estado e da Administração Pública, devendo, nesses casos, ser previamente declarado o
sigilo, seguindo-se, para tanto, os termos da lei.62
REGRA EXCEÇÃO
Publicidade de todo e qualquer ato administrativo; Sigilo declarado em processo nos termos da lei, em
requisito de eficácia e moralidade. caso de: Segurança Nacional, investigações policiais, e
interesse superior do Estado e da Administração
Pública.
Quanto aos principais deveres do servidor público, o servidor deve ter consciência de que: os
Princípios Éticos:
- Regem o seu trabalho;
- Materializam-se na adequada prestação do serviço público.
É DEVER DO SERVIDOR
Ser: Demonstrando toda a integridade do seu caráter;
- Probo;
- Reto;
59
BORTOLETO, Leandro; e MÜLLER, Perla. Noções de Ética no Serviço Público. Salvador: Editora Jus Podivm, 2014, p.39.
60
MULLER, Perla. Noções de Ética no Serviço Público. Salvador: Editora Jus Podivm, 2014, p. 40.
61
MULLER, Perla. Noções de Ética no Serviço Público. Salvador: Editora Jus Podivm, 2014, p. 41.
62
BORTOLETO, Leandro; e MÜLLER, Perla. Noções de Ética no Serviço Público. Salvador: Editora Jus Podivm, 2014, p.42.
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- Leal; Escolhendo sempre, quando estiver diante de duas
- Justo. opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem
comum.
“Estabelecido um código de ética, para uma classe, cada indivíduo a ele passa a subordinar-se, sob
pena de incorrer em transgressão, punível pelo órgão competente, incumbido de fiscalizar o exercício
profissional. [...] A fiscalização do exercício da profissão pelos órgãos de classe compreende as fases
preventiva (ou educacional) e executiva (ou de direta verificação da qualidade das práticas). Grande parte
dos erros cometidos derivam-se em parte do pouco conhecimento sobre a conduta, ou seja, da educação
insuficiente, e outra parte, bem menor, deriva-se de atos propositadamente praticados. Os órgãos de
fiscalização assumem, por conseguinte, um papel relevante de garantia sobre a qualidade dos serviços
prestados e da conduta humana dos profissionais” 63.
Com efeito, as Comissões de Ética possuem função de orientação e aconselhamento, devendo se
fazer presentes em todo órgão ou entidade da administração direta ou indireta.
A Comissão de Ética não tem por finalidade aplicar sanções disciplinares contra os servidores Civis.
Muito pelo contrário: a sua atuação tem por princípio evitar a instauração desses processos, mediante
trabalho de orientação e aconselhamento. A finalidade do código de ética consiste em produzir na pessoa
do servidor público a consciência de sua adesão às normas ético-profissionais preexistentes à luz de um
espírito crítico, para efeito de facilitar a prática do cumprimento dos deveres legais por parte de cada um
e, em consequência, o resgate do respeito ao serviço público e à dignidade social de cada servidor. O
objetivo deste código é a divulgação ampla dos deveres e das vedações previstas, através de um trabalho
de cunho educativo com os servidores públicos federais.
A única sanção que pode ser aplicada diretamente pela Comissão de Ética é a de censura, que é a
pena mais branda pela prática de uma conduta inadequada que seja praticada no exercício das funções.
Nos demais casos, caberá sindicância ou processo administrativo disciplinar, sendo que a Comissão de
Ética fornecerá elementos para instrução.
Censura é o poder do Estado de interditar ou restringir a livre manifestação de pensamento, oral ou
escrito, quando se considera que tal pode ameaçar a ordem pública vigente.
XXIV - Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor público todo aquele que, por
força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente, temporária ou
excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão
do poder estatal, como as autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais, as empresas públicas e
as sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado.
Este último inciso do Código de Ética é de fundamental importância para fins de concurso público, pois
define quem é o servidor público que se sujeita a ele.
“Uma classe profissional caracteriza-se pela homogeneidade do trabalho executado, pela natureza do
conhecimento exigido preferencialmente para tal execução e pela identidade de habilitação para o
exercício da mesma. A classe profissional é, pois, um grupo dentro da sociedade, específico, definido por
sua especialidade de desempenho de tarefa” 64.
Elementos do conceito de servidor público:
a) Instrumento de vinculação: por força de lei (por exemplo, prestação de serviços como jurado ou
mesário), contrato (contratação direta, sem concurso público, para atender a uma urgência ou
emergência) ou qualquer outro ato jurídico (é o caso da nomeação por aprovação em concurso público)
- enfim, não importa o instrumento da vinculação à administração pública, desde que esteja realmente
vinculado;
b) Serviço prestado: permanente, temporário ou excepcional - isto é, ainda que preste o serviço só
por um dia, como no caso do mesário de eleição, é servidor público, da mesma forma que aquele que foi
aprovado em concurso público e tomou posse; com ou sem retribuição financeira - por exemplo, o
jurado não recebe por seus serviços, mas não deixa de ser servidor público;
c) Instituição ou órgão de prestação: ligado à administração direta ou indireta, isto é, a qualquer órgão
que tenha algum vínculo com o poder estatal. O conceito é o mais amplo possível, abrangendo
63
SÁ, Antônio Lopes de. Ética profissional. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
64
SÁ, Antônio Lopes de. Ética profissional. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
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autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista, enfim, qualquer
entidade ou setor que vise atender o interesse do Estado.
Atenção!
De acordo com Perla Muller65, a Seção II do Código de Ética, no inciso XIV, elenca os principais
deveres do servidor público, que estão encadeados nas alíneas “a” a “v” do dispositivo.
É INDISPENSÁVEL a leitura e memorização dos deveres, pois são cobrados com bastante frequência nas provas
de Técnico e Analista, atentando-se, ainda, para não se fazer confusão com os deveres elencados no Artigo 116
da Lei Nº 8.112/90, especialmente porque as sanções são diferentes.
CUIDADO!
No caso específico do servidor público federal, nos termos do artigo 127, da Lei nº 8.112/90, as penas
disciplinares passíveis de aplicação são: advertência, suspensão, demissão, cassação de aposentadoria
e disponibilidade, destituição de cargo em comissão e destituição de função comissionada.
Quanto ao Decreto 1171/94, deve ser ressaltado que a única pena passível de aplicação pela
Comissão de Ética, com fundamento no Código de Ética, é a censura, conforme os incisos XVI e XXII.
Nenhuma outra é possível. Entretanto, determinado fato praticado pelo servidor pode ser,
simultaneamente, falta ética e infração disciplinar e penal e, assim, poderá haver a responsabilização do
servidor em cada uma das esferas.
O inciso XXII determina, ainda, que para a aplicação da pena de censura pela Comissão de Ética
deverá haver a devida fundamentação em parecer, que deve ser assinado por todos os membros
da comissão, devendo ser dada ciência ao servidor infrator.
Foi atribuída, também, às comissões a função de fornecer os registros de conduta ética dos servidores
aos respectivos órgãos públicos, para instruir promoções e demais procedimentos inerentes à carreira
(inciso XVIII).
O Servidor Deve:
Cumprir as tarefas;
Ter respeito à hierarquia;
Resistir e denunciar todas as pressões;
Comunicar imediatamente a seus superiores todo e quaisquer atos ou fatos contrários ao interesse
público;
Exercer suas atribuições.
Tratar cuidadosamente;
Ser cortês;
Ter: urbanidade, disponibilidade e atenção.
Questões
65
BORTOLETO, Leandro; e MÜLLER, Perla. Noções de Ética no Serviço Público. Salvador: Editora Jus Podivm, 2014, p.44.
. 238
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(B) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para providências.
(C) retirar da repartição pública, mesmo que legalmente autorizado, qualquer documento, livro ou bem
pertencente ao patrimônio público.
(D) abster-se, de forma absoluta, de exercer suas atividades, poder ou autoridade com finalidade
estranha ao interesse público.
04. (CFO/DF – Administrador – Quadrix/2017) Acerca da ética no serviço público e do Decreto n.º
1.171/1994, julgue o item seguinte.
A vida privada do servidor não tem importância para o serviço público, pois o Código de ética do
servidor público está voltado apenas para os atos praticados no exercício do cargo.
(....) Certo (....) Errado
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1415774 E-book gerado especialmente para MARCELO DE SOUSA
são duas de várias outras vedações ao servidor público, de acordo com o Decreto nº 1.171, de 22 de
junho de 1994, que aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo
Federal. É vedado ainda
(A) Usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer pessoa,
causando-lhe dano moral ou material; alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar
para providências; iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em serviços
públicos; desviar servidor público para atendimento a interesse particular e retirar da repartição pública,
sem estar legalmente autorizado, qualquer documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio público.
(B) Retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão dos bens, direitos e serviços
da coletividade a seu cargo; tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoando o processo
de comunicação e contato com o público e ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios
éticos que se materializam na adequada prestação dos serviços públicos.
(C) Cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções superiores, as tarefas de seu cargo
ou função, tanto quanto possível, com critério, segurança e rapidez, mantendo tudo sempre em boa
ordem; ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra qualquer
comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal e resistir a todas as pressões
de superiores hierárquicos, de contratantes, interessados e outros que visem obter quaisquer favores,
benesses ou vantagens indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las.
(D) Resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes, interessados e outros
que visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrência de ações imorais,
ilegais ou aéticas e denunciá-las; zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da
defesa da vida e da segurança coletiva e ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua
ausência provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema.
(E) Comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao interesse
público, exigindo as providências cabíveis; manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo
os métodos mais adequados à sua organização e distribuição e participar dos movimentos e estudos que
se relacionem com a melhoria do exercício de suas funções, tendo por escopo a realização do bem
comum.
08. (CFP – Analista Técnico – Quadrix/2016) Segundo o Decreto nº 1.171/94, que aprova o Código
de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, são deveres fundamentais do
servidor público, exceto:
(A) manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a legislação pertinentes ao órgão
onde exerce suas funções.
(B) facilitar a fiscalização de todos os atos ou serviços por quem de direito.
(C) exercer com estrita austeridade as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se
de fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do serviço público e dos jurisdicionados
administrativos.
(D) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com finalidade estranha
ao interesse público, mesmo que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violação
expressa à lei.
(E) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existência deste Código de Ética,
estimulando o seu integral cumprimento.
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1415774 E-book gerado especialmente para MARCELO DE SOUSA
(B) somente os servidores dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, e empregados públicos das
fundações públicas, as entidades paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de economia mista,
ou em qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado.
(C) qualquer pessoa que preste serviços de natureza permanente, temporária ou excepcional, ainda
que sem retribuição financeira, direta ou indiretamente, a qualquer órgão do poder estatal ou em qualquer
setor onde prevaleça o interesse do Estado.
(D) qualquer pessoa que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de
natureza permanente aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, ainda que sem retribuição
financeira, desde que ligado diretamente a qualquer órgão do poder estatal.
(E) somente os servidores da administração direta do Poder Executivo, visto que as fundações
públicas, as entidades paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de economia mista, serem
pessoas jurídicas de direito privado.
12. (Prefeitura de Cascavel – Arquiteto – CONSULPLAN/2016) São regras morais que devem ser
seguidas pelos servidores públicos, segundo o Decreto nº 1.171, de 22 de junho de 1994, EXCETO:
(A) O servidor não pode omitir ou falsear a verdade, que é um direito de toda pessoa, mesmo
contrariando interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública.
(B) Devido à função pública de sua atividade profissional, os fatos e atos verificados na conduta do
servidor em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.
(C) De forma irrestrita, a publicidade de todos os atos administrativos constitui requisito de eficácia e
moralidade, ensejando sua omissão e comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a
negar.
(D) Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa causar-lhe dano
moral, assim como se constitui em ofensa ao Estado e as pessoas deixar um bem público deteriorar por
descuido ou má vontade.
(E) Além de atitude contra a ética ou ato de desumanidade, caracteriza-se grave dano moral aos
usuários dos serviços públicos, o servidor deixar de oferecer solução a uma situação que compete a ele
ou seu setor, permitindo a formação de longas filas ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do
serviço.
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(A) informar o código de ética apenas aos integrantes do seu setor.
(B) apresentar-se ao trabalho com vestimentas proporcional ao seu estilo pessoal.
(C) manter limpo o ambiente de trabalho, mas sem necessidade específica a sua organização e
distribuição.
(D) comunicar aos seus superiores atitudes que não condiz com sua cultura pessoal e exigir conforme
o código de ética o seu sigilo.
(E) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materializam na adequada
prestação dos serviços públicos.
14. (INSS – Técnico Seguro Social – CESPE/2016) Acerca do disposto nos Decretos n.º 1.171/1994
e n.º 6.029/2007, julgue o item subsequente.
Embora deva respeitar a hierarquia, o servidor público está obrigado a representar contra ações
manifestamente ilegais de seus superiores hierárquicos.
(....) Certo (....) Errado
Respostas
01. Resposta: B.
XV - E vedado ao servidor público;
(....);
h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para providências.
02. Resposta: C.
XXIV - Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor público todo aquele
que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente,
temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado direta ou indiretamente
a qualquer órgão do poder estatal, como as autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais,
as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o
interesse do Estado.
03. Resposta: D.
XV - É VEDADO ao servidor público:
(....);
c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração a este Código de
Ética ou ao Código de Ética de sua profissão.
05. Resposta: A.
XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e sua
fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do
faltoso.
06. Resposta: A.
XV - É vedado ao servidor público:
(....);
d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer pessoa,
causando-lhe dano moral ou material.
07. Resposta: D.
XV - É vedado ao servidor público:
a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para obter qualquer
favorecimento, para si ou para outrem;
b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que deles dependam;
c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração a este Código de
Ética ou ao Código de Ética de sua profissão;
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d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer pessoa,
causando-lhe dano moral ou material;
e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu conhecimento para
atendimento do seu mister;
f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou interesses de ordem pessoal
interfiram no trato com o público, com os jurisdicionados administrativos ou com colegas hierarquicamente
superiores ou inferiores;
g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação, prêmio,
comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para o
cumprimento da sua missão ou para influenciar outro servidor para o mesmo fim;
h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para providências;
i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em serviços públicos;
j) desviar servidor público para atendimento a interesse particular;
l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento, livro ou bem
pertencente ao patrimônio público;
m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço, em benefício
próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros;
n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente;
o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a honestidade ou a dignidade
da pessoa humana;
p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso.
08. Resposta: C.
(a) Lei 1.171, XIV, q) manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a legislação
pertinentes ao órgão onde exerce suas funções;
(b) Lei 1.171, XIV, s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de direito;
(c) Lei 1.171, XIV, t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe sejam
atribuídas, abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do serviço
público e dos jurisdicionados administrativos;
(d) Lei 1.171, XIV, u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com
finalidade estranha ao interesse público, mesmo que observando as formalidades legais e não cometendo
qualquer violação expressa à lei;
(e) Lei 1.171, XIV, v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existência deste
Código de Ética, estimulando o seu integral cumprimento.
09. Resposta: C.
XXIV - Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor público todo aquele
que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente,
temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado direta ou indiretamente
a qualquer órgão do poder estatal, como as autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais,
as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o
interesse do Estado.
10. Resposta: C.
XV - E vedado ao servidor público;
n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente.
11. Resposta: A.
XIV - São deveres fundamentais do servidor público:
m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao interesse
público, exigindo as providências cabíveis.
12. Resposta: C.
VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do Estado e
da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos termos
da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando
sua omissão comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar.
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13. Resposta: E.
XIV - São deveres fundamentais do servidor público: (...)
f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materializam na adequada
prestação dos serviços públicos.
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