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RELATÓRIO TÉCNICO ESTRUTURAL

Obra: PROVA DE CARGA DESTRUTIVA

Local: Rua A, Lote 3B, Quadra VII, Civit II, Serra – ES.

Assunto:Memorial de Cálculo - Prova de Carga Destrutiva

Autor: Eng° Carlos Augusto C. N. da Gama – CREA nº 678-D/ES

Data: 07 de dezembro de 2016.


SUMÁRIO
01- Introdução: .................................................................................................................... 3

02 – Normas da ABNT e Referências Bibliográficas: .......................................................... 4

03 – Análise de Projeto........................................................................................................ 5

03.1 - Introdução .............................................................................................................. 5

03.2 - Propriedades dos Materiais ................................................................................... 6

03.3 - Cargas consideradas ............................................................................................. 8

03.4 – Sistema Estrutural ................................................................................................. 9

03.5 – Dimensõesda Estrutura ....................................................................................... 10

03.6 - Definição das larguras das vigas-faixas (wide beam) .......................................... 12

03.7– Traçados dos cabos ............................................................................................. 14

03.8– Excentricidades do cabo ...................................................................................... 15

03.9 – Força de protensão adotada ............................................................................... 15

03.10– Demonstrativo de Cálculo para regiões críticas do Feixe 1 e 2 ......................... 15

03.11 – Demonstrativo de Cálculo do Uniforme ............................................................. 17

03.12 – Momentos fletores ............................................................................................. 18

03.13 – Modelo em Sistema BIM ................................................................................... 19

03.14– Cisalhamento One-Way Slab (Viga-Faixa na direção do Feixe) ........................ 21

03.15 – Tensão de compressão máxima no concreto (fck=30 MPa) - Estádio I ............ 24

03.16 – Cisalhamento Puro e Cisalhamento com Tração Axial ..................................... 26

04 – Análise através de modelos físicos / Prova de Carga ................................................ 28

04.1 – Análise através de modelos físicos ..................................................................... 29

04.2 – Prova de Carga ................................................................................................... 29

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01- Introdução:

O objetivo do relatório é apresentar de forma didática a análise estrutural da laje plana


tensionada da prova de carga destrutiva.

O projeto foi elaborado para suportar o peso próprio da laje de 18 cm de espessura, ou


seja, uma carga de 450 kgf/m².

Ao longo do relatório são apresentados os cálculos de dimensionamento e de verificações


de compressão do concreto e cisalhamento das vigas-faixas (one-way slab).

Com a aplicação das cargas serão verificados os coeficientes de segurança reais a serem
atingidos no Estado Limite Último. Por exemplo, com 𝛾𝑓 = 1,4 a laje suportaria uma
sobrecarga de:
1,4𝑥(450) − 450 = 180 𝑘𝑔𝑓/𝑚²

Quando atingir o estado limite último, será verificada a carga máxima e o coeficiente de
segurança real de ruptura.

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02 – Normas da ABNT e Referências Bibliográficas:

NBR 6118:2014 - Projeto de estrutura de concreto – Procedimento.


NBR 8800:2008 - Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de
edifícios
NBR 8681:2003 - Versão corrigida 2004 - Ações e segurança nas estruturas -
Procedimentos.
NBR 6120:1980 - Versão corrigida 2000 - Cargas para o cálculo de estruturas de
edificações.
NBR 14931:2004- Execução de estruturas de concreto: procedimentos.
NBR 16280:2015 -Reforma em edificações — Sistema de gestão de reformas —
Requisitos.
NBR7483:2004 - Cordoalhas de Aço para Concreto Protendido
NBR 5674:2012 - "Manutenção de edificações — Requisitos para o sistema de gestão de
manutenção".

ACI 318 R - 2008 – Building Code Requirements for Structural Concrete.


ACI 318 R - 2014 – Building Code Requirements for Structural Concrete.

Cauduro, E. L. Manual para a Boa Execução de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas


de Aço Engraxadas e Plastificadas”. 2ª Edição.
Naaman, A. E. Prestressed Concrete Analysis and Design: Fundamentals. 3rd Edition.
Techno Press 3000: Michigan. 2012.
Sandaker, B. N.; Eggen, A. P.The Structural Basis of Architecture.Whitney Library of Design:
New York. 1992.
Timoshenko, S. P.; Gere. J. E. Mecânica dos Sólidos: Volume 1. LTC - Livros Técnicas e
Científicos: Rio de Janeiro. 1983

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03 – Análise de Projeto

03.1 - Introdução

É feita a seguir a análise mediante as disposições e condições estabelecidas em projeto. A


partir das dimensões dos pilares e laje, dos vãos entre pilares, excentricidades e traçado
dos cabos na laje, força de protensão adotada para os cabos e do carregamento atuante
na laje, é possível proceder ao dimensionamento utilizando a parcela do carregamento
distribuído para ser equilibrada pelos cabos tensionados, que juntamente com a laje de
concreto se constitui num sistema auto-equilibrado.

O restante do carregamento distribuído, não equilibrado pelos cabos tensionados, é


utilizado para o dimensionamento do concreto armado da laje.

Figura 1- Modelo em sistema BIM da laje plana tensionada

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03.2 - Propriedades dos Materiais

 Concreto:

O concreto utilizado na laje plana tensionada é o concreto de classe C30, de acordo com a
NBR 6118:2014, que possui uma resistência característica à compressão, 𝑓𝑐𝑘 , de 30 MPa.

 Cordoalhas:

Foram utilizadas no projeto cordoalhas para concreto protendido (CP), categoria 190,
relaxação baixa (RB) e diâmetro nominal de 12,7 mm (12,7) de sete fios, de acordo com a
NBR7483:2004 – Cordoalhas de Aço para Concreto Protendido. A área da seção nominal
de aço da cordoalha é de 1,009 cm².

o Referência Americana (Post-Tensioning Institute):

No item 1.2, da seção 6.9.1 “Materiais”, do livro de Eugênio Cauduro, “Manual para a Boa
Execução de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Aço Engraxadas e
Plastificadas” encontra-se descrito que: “todas as ancoragens (item fundamental para o
funcionamento da protensão) dos cabos e luvas de emendas devem atender aos requisitos
mínimos do ACI 318 – última emissão dos requisitos do código de obras de concreto
armado e das especificações para cabo monocordoalha não aderentes do P.T.I. ou da
ABNT”.

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Figura2 – Seção 6.9.1 Materiais do livro “Manual para a Boa Execução de Estruturas Protendidas Usando
Cordoalhas de Aço Engraxadas e Plastificadas” de Eugênio L. Cauduro

Os itens mais importantes para o sistema de protensão, como a cunha, placa de


ancoragem, e inclusive a cordoalha engraxada, não tem sua fabricação normatizada
pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e sim pelo PTI (Post-
Tensioning Institute), Instituto de Pós-Tensão dos EUA.

o Fabricação das Cordoalhas:

Conforme descrito na página 29, seção 3.1, do Manual para a Boa Execução de Estruturas
Protendidas Usando Cordoalhas de Aço Engraxadas e Plastificadas, as referências para os
procedimentos de fabricação de cabos não aderentes são do Instituto de Pós-Tensão
americano (PTI – Post-Tensioning Institute).

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Figura3 – Seção 3.1 Fabricação das Cordoalhas do livro “Manual para a Boa Execução de Estruturas
Protendidas Usando Cordoalhas de Aço Engraxadas e Plastificadas” de Eugênio L. Cauduro

 Aço - Armadura Passiva:

Foram utilizadas no projeto, armadura passiva CA-50 com tensão característica de


escoamento de 500 MPa.

03.3 - Cargas consideradas

As cargas consideradas no dimensionamento são apenas o peso próprio da laje plana


tensionada de 18 cm de espessura, o que corresponde a 450 kgf/m².

Serão gradualmente adicionados novos carregamentos até que a mesma atinja o estado
limite último, objetivo do referido ensaio destrutivo e descrito detalhadamente no documento
Diretrizes Para Prova De Carga Destrutiva.

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03.4 – Sistema Estrutural

O sistema de lajes planas de concreto, sustentadas por cabos “parabólicos” tensionados, é


uma tecnologia utilizada e aprimorada nos EUA a mais de 50 anos (desde 1963) e no Brasil
a mais de 19 anos (desde 1997), com aplicação em construções de alto padrão, de concreto
armado ou mistos de aço e concreto.

As “lajes planas tensionadas” (Inovação Tecnológica - Modelo de Utilidade - INPI Nº BR 20


2013 013861-0) consistem em um sistema estrutural misto, concreto armado seguindo a
NBR6118 e cordoalhas engraxadas tensionadas seguindo a ACI318 onde existe a omissão
da NBR 6118, principalmente em relação aos sistemas de cálculo de one-way slab.

O dimensionamento dos cabos no Estado Limite Último é feito também adotando-se a NBR
8800:2008 – Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de
edifícios. Portanto, como não existe aderência entre as cordoalhas engraxadas (cabos) e o
concreto, entende-se esse modelo de cálculo como o único correto dentro da situação real
de funcionamento, com os cabos somente ancorados nas extremidades da laje.

A norma brasileira que menciona laje protendida, não define métodos de cálculo, ficando
omissa quanto ao sistema de cálculo adotado pela norma americana ACI 318. A MCA utiliza
o método de cálculo de vigas-faixas em uma direção (também chamadas de web beam ou
wide beam), considerando como sistema one-way slab (ACI318:2008/2014). Na direção
dos uniformes, também é considerado o cálculo como one-way slab, ou seja, no projeto
de laje plana tensionada são consideradas as cargas para dimensionamento das
cordoalhas duas vezes, na direção das vigas-faixas e na direção dos uniformes.
Essas cargas para dimensionamento das cordoalhas engraxadas variam de 50% a 65%
das cargas totais.

No caso deste projeto em análise, foram considerados 100% para os cabos. Para o
aço CA-50 foi adotada a taxa de armadura mínima negativa sobre os pilares (laje plana
de concreto armado, armada em duas direções).
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O processo executivo do sistema de laje plana tensionada no Brasil baseado no PTI (Post-
Tensioning Institute) e no livro Manual para a Boa Execução de Estruturas Protendidas
Usando Cordoalhas de Aço Engraxadas e Plastificadas de Eugênio L. Cauduro é
padronizado independente do método de cálculo utilizado. Portanto, os parâmetros para
realização de pré-dimensionamento de espessura de lajes e procedimentos construtivos
são os mesmos em todo o mundo.

03.5 – Dimensõesda Estrutura

Para as dimensões dos vãos entre pilares e dos pilares, tem-se a seguir detalhe da planta
de formas da laje da prova de carga:

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Figura 4- Planta de formas da laje da prova de carga: dimensões da laje (vãos e balanços) e dimensões dos
pilares e entre pilares.

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03.6 - Definição das larguras das vigas-faixas (wide beam)

A seguir é mostrada a representação conceitual do sistema one-way slab, no qual as vigas-


faixas (onde se encontram os feixes) são chamadas de faixas dos pilares e são
delimitadas pelas faixas do meio.

Os valores mínimos para as faixas dos pilares (𝑏𝑚í𝑛 ) consistem na largura do pilar
perpendicular à viga-faixa (𝑏𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟 ) somado a quatro vezes a altura útil (4𝑑) em cada lado.

Os valores máximos (𝑏𝑚á𝑥 ) consistem na soma de 1/4 do vão entre eixos de pilares,
perpendiculares à viga-faixa, e de cada lado da mesma (ver figura a seguir).

Figura 5- Larguras de cálculo das faixas do pilar: larguras mínima e máxima.

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Ainda, é possível considerar para a largura da viga-faixa, a própria largura descrita em
planta baixa pelos grupos de cordoalha (𝑏𝑐𝑜𝑟𝑑𝑜𝑎𝑙ℎ𝑎𝑠 ) que compõem o feixe determinado (ver
figura a seguir), sendo maior ou igual ao 𝑏𝑚í𝑛 .

Figura 6- Larguras de cálculo das faixas do pilar: largura referente ao grupo de cordoalhas.

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03.7– Traçados dos cabos

Os cabos possuem ao longo de seu comprimento variações na altura, designadas por


excentricidades. Neste projeto é admitido para o traçado em relação a sua altura parábolas,
no vão entre pilares, e parábolas reversas, que passam sobre os pilares.

Para os pilares internos, o ponto de inflexão (entre parábolas e parábolas reversas) dos
cabos pode ser tomado a partir de cada face do pilar, a uma distância de 0,15𝐿0 , sendo 𝐿0
o vão livre entre pilares, tal como na figura a seguir.

Já para os pilares de extremidade a distância do ponto de inflexão à face do pilar fica em


torno de 0,05𝐿0 .

e≅ ℎ/2

Figura 7- Traçado dos cabos em pilares internos destacando as parábolas nos vãos e parábolas reversas
sobre os pilares

Na direção do feixe, 𝐿0 possui valor de 6,90 m, que resulta de um vão entre eixos de pilares
de 7,2 m subtraindo 0,3 m, a largura dos pilares.

Deste modo, na direção do feixe tem-se um traçado parabólico entre os pontos de inflexão
e que se encontra entre os pilares, designado por 𝐿𝑓 . O vão 𝐿𝑓 que este cabo parabólico
vence possui um valor de 0,8 do vão livre para a laje plana tensionada da prova de carga
(vão entre pilar de extremidade e piar interno). Assim:

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𝐿𝑓 = 0,8𝐿0 = 0,8.6,90 = 5,52 𝑚

03.8– Excentricidades do cabo

As excentricidades de projeto para os cabos sobre os pilares internos e no meio desse vão
são 14,5 cm e 3,5 cm,respectivamente,para a laje que possui 18 cm de altura. Assim, o
ponto de inflexão das parábolas fica situado a aproximadamente a 103,5 cm, resultando em
uma excentricidade aproximada de 12,5 cm em relação ao fundo da laje. Deste modo, o
cabo parabólico que vence o vão 𝐿𝑓 possui uma diferença entre excentricidades (seus
pontos máximo e mínimo) de 9 cm, que corresponde à metade da altura da laje, como na
figura anterior (e=h/2=18/2=9).

03.9 – Força de protensão adotada

Foi utilizada para a força de protensão efetiva em cada cordoalha o valor de 11,2 tf, de
acordo com a ACI318:2008, que já inclui as perdas de protensão. Este valor é a força de
protensão adotada para ser utilizada em serviço que pode ser obtida considerando a tensão
admissível em cada cordoalha como 60% de sua tensão de escoamento multiplicada pela
área da cordoalha.

03.10– Demonstrativo de Cálculo para regiões críticas do Feixe 1 e 2

Para dimensionamento dos cabos será adotada a pior condição de cargas para os feixes
F1 e F2.

 Para o Feixe F1, tem-se a carga linear crítica utilizando 100% da carga para o
dimensionamento (ver seção 4):
𝑞𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 = 1,00 𝑥 0,45 𝑥 3,80 = 1,71 𝑡𝑓/𝑚
A partir da distância livre entre pilares na direção do feixe nessa mesma região, de
6,90 m, obtém-se o vão vencido pelo cabo parabólico:
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𝐿𝑓 = 0,8. 𝐿0 = 0,8 𝑥 6,90 = 5,52 𝑚
𝑞𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 𝐿2𝑓 1,80 𝑥 5,522
𝐹𝑇 = = = 72,3 𝑡𝑓
8𝑒 8 𝑥 0,09
A partir da força de força de protensão efetiva em cada cordoalha e da força de
protensão total obtida no dimensionamento dos cabos, tem-se:

𝐹𝑇 72,3
𝑛𝐹2 = = = 6,5 cabos
11,2 11,2

Número de cabos adotado em projeto: 𝒏𝑭𝟐 = 𝟔 𝐜𝐚𝐛𝐨𝐬

Dimensionamento para as cordoalhas segundo a NBR 8800:2008 Projeto de


estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios:
𝐹𝑇 𝑥 𝛾𝑓 72,3 𝑥 1,4
𝑛𝐹2 = = = 5,95 cabos ∴ 𝑛𝐹2 = 6,0 cabos
(18,7 /1,10) (18,7 /1,10)

 Para o Feixe F2, tem-se a carga linear crítica utilizando 100% da carga para o
dimensionamento (ver seção 4):
𝑞𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 = 1,00 𝑥 0,45 𝑥 5,80 = 2,61 𝑡𝑓⁄𝑚
A partir da distância livre entre pilares na direção do feixe nessa mesma região, de
6,90 m, obtém-se o vão vencido pelo cabo parabólico:
𝐿𝑓 = 0,8. 𝐿0 = 0,8 𝑥 6,90 = 5,52 𝑚
𝑞𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 𝐿2𝑓 2,61 𝑥 5,522
𝐹𝑇 = = = 110,46 𝑡𝑓
8𝑒 8 𝑥 0,09
A partir da força de força de protensão efetiva em cada cordoalha e da força de
protensão total obtida no dimensionamento dos cabos, tem-se:

𝐹𝑇 110,46
𝑛𝐹3 = = = 9,86 cabos ∴ 𝑛𝐹3 = 10 cabos
11,2 11,2

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Número de cabos adotado em projeto: 𝒏𝑭𝟑 = 𝟏𝟎 𝐜𝐚𝐛𝐨𝐬

Dimensionamento para as cordoalhas segundo a NBR 8800:2008 Projeto de


estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios:
𝐹𝑇 𝑥 𝛾𝑓 110,46 𝑥 1,4
𝑛𝐹3 = = = 9,1 cabos ∴ 𝑛𝐹3 = 10 cabos
(18,7 /1,10) (18,7 /1,10)

03.11 – Demonstrativo de Cálculo do Uniforme

Para dimensionamento dos cabos do uniforme será adotada a pior condição de cargas
(carregamento distribuído):

𝑞𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 = 1,00 𝑥 0,45 = 0,45 𝑡𝑓/𝑚2

A partir da distância livre entre pilares na direção do uniforme nessa mesma região, de 6,80
m, obtém-se o vão vencido pelo cabo parabólico:
𝐿0 = 𝐿 − 𝑏𝑦,𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟 = 7,2 − 0,4 = 6,80 𝑚
𝐿𝑓 = 0,7. 𝐿0 = 0,8 𝑥 6,80 = 5,44 𝑚
𝑞𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 𝐿2𝑓 0,45 𝑥 5,442
𝐹𝑇/𝑚 = = = 18,50 𝑡𝑓/𝑚
8𝑒 8 𝑥 0,09
A partir da força de força de protensão efetiva em cada cordoalha e da força de protensão
total obtida no dimensionamento da quantidade de cabos por metro, tem-se:

𝐹𝑇/𝑚 18,50
𝑛𝑈,𝑐/𝑚 = = = 1,65 cabos/m
11,2 11,2

Número de cabos por metro adotado em projeto: 𝑛𝑈,𝑐/𝑚 = 𝟐 𝐜𝐚𝐛𝐨𝐬/𝟏, 𝟐𝟎 𝐦


(cada grupo separado entre si em 20 cm)

Dimensionamento para as cordoalhas segundo a NBR 8800:2008 Projeto de estruturas


de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios:
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𝐹𝑇 𝑥 𝛾𝑓 18,50 𝑥 1,4
𝑛𝑈,𝑐/𝑚 = = = 1,52 cabos/m
(18,7 /1,10) (18,7 /1,10)

03.12 – Momentos fletores

Uma vez que o balanceamento de cargas foi feito inteiramente para o peso próprio, que é
considerado a carga total na laje, não há parcela do carregamento a ser resistida pelo CA-
50.

Desta forma, para a armação negativa na laje na região dos apoios dos pilares será adotada
a armadura mínima:

𝐴𝑠 = 0,075% . 𝑙 . ℎ

 Armação negativa na laje sobre Pilar P4:

0,075
𝐴𝑠 = 0,075% . 𝑙 . ℎ = .720 .18 = 9,72 𝑐𝑚2 (8 𝜙12,5 𝑚𝑚)
100

Adotados 𝟖 𝝓𝟏𝟐, 𝟓 𝒎𝒎.

 Armação negativa na laje sobre Pilares P1, P2 e P3:

0,075
𝐴𝑠 = 0,075% . 𝑙 . ℎ = .400 .18 = 5,40 𝑐𝑚2 (4 𝜙12,5 𝑚𝑚)
100

Adotados 𝟒 𝝓𝟏𝟐, 𝟓 𝒎𝒎.

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03.13 – Modelo em Sistema BIM

São mostradas abaixo algumas imagens geradas do modelo da estrutura completa, laje
plana tensionada, pilares e sapatas de fundação e as respectivas armaduras de cada
elemento estrutural, projetada para o ensaio destrutivo.

Figura 8- Modelo em sistema BIM da laje plana tensionada

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Figura 9- Modelo em sistema BIM da laje plana tensionada: destaque cordoalhas e armadura negativa na
laje sobre os apoios.

Figura 10- Modelo em sistema BIM da laje plana tensionada: em destaque armadura dos pilares e laje.

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Figura 11- Modelo em sistema BIM da laje plana tensionada: em destaque armadura dos pilares e sapata.

03.14– Cisalhamento One-Way Slab (Viga-Faixa na direção do Feixe)

O sistema one-way slab não está contemplado na norma NBR 6118:2003 e nem na sua
versão mais atual de 2014, portanto, a norma brasileira é omissa neste método de
cálculo. Para o cálculo a seguir é utilizada a referência da ACI 318:2014.
 Feixe 1: No cálculo do cisalhamento é considerada a column strip, ou viga-faixa
referente ao feixe F1. A largura da viga-faixa é adotada a partir de um valor mínimo
até um valor máximo definido pela soma de 1/4 da largura dos vãosàesquerda eà
direita da viga-faixa:

𝑏𝑚í𝑛 = 𝑏𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟 + 4𝑑 = 40 + 60 = 100 𝑐𝑚


1
𝑏𝑚á𝑥 = 𝑥 720 + 20 = 200 𝑐𝑚
4
(3
{𝑏𝑐𝑜𝑟𝑑𝑜𝑎𝑙ℎ𝑎𝑠 = (𝑛𝑔𝑟𝑢𝑝𝑜 − 1)𝑥 30 + 15 = − 1)𝑥30 + 15 = 75 𝑐𝑚

Para verificação do cisalhamento é adotada a largura que abrange o grupo de cordoalhas


do feixe:
𝑏𝑤 = 100 𝑐𝑚

A altura útil adotada para esta verificação é de 16,5 cm:


𝑑 = 16,5 𝑐𝑚

O esforço cortante máximo característico (𝑉𝑘 ) e de cálculo (𝑉𝑑 ) atuante na viga-faixa tem
valor de:
6,90
𝑉𝑘 = 1,71 𝑥 = 5,90 𝑡𝑓
2
𝑉𝑑 = 1,4 𝑥 5,90 = 8,3 𝑡𝑓

O esforço cortante resistente é obtido a partir da formulação do ACI 318:2008, no item 11.3,
na página 161, que se mantém até a norma mais atual (ACI 318:2014):
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𝑉𝑐𝑤 = (3,5√𝑓𝑐𝑘 + 0,3𝑓𝑝𝑐 )𝑏𝑤 𝑑 + 𝑉𝑝 (𝑆𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 𝐼𝑚𝑝𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙)

𝑉𝑐𝑤 = (0,93√𝑓𝑐𝑘 + 0,3𝑓𝑝𝑐 )𝑏𝑤 𝑑 + 𝑉𝑝 (𝑆𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 𝑚é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑜 𝑀𝐾𝑆, 𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑒𝑚 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚²)

Carregamento aplicado

Apoio Apoio simples


contínuo
Flexão e flexão-cisalhamento

Flexão e Cisalhamento da Cisalhamento da


flexão-cisalhamento Alma Alma

Figura 12- Modelo de fissuras em vigas e vigas-faixas (web beam ou wide beam) (adaptado da ACI
318:2008)

A favor da segurança, o valor de 𝑉𝑝 será desprezado. O valor de cálculo de 𝑓𝑝𝑐 é o valor de:
6𝑥11,2 𝑘𝑔𝑓
𝑓𝑝𝑐 = 𝑥 1000 = 18,67 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚2 (𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑛𝑜 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 𝑒𝑚 500 𝑝𝑠𝑖 = 35 )
200 𝑥 18 𝑐𝑚2

O esforço cortante resistente minorado𝜙𝑉𝑐𝑤 , onde 𝜙 é igual a 0,75, é dado por:


𝜙𝑉𝑐𝑤 = 0,75(0,93√𝑓𝑐𝑘 + 0,3𝑓𝑝𝑐 )𝑏𝑤 𝑑

𝜙𝑉𝑐𝑤 = 0,75𝑥(0,93√300 + 0,3𝑥18,67)𝑥100𝑥15 = 0,75𝑥(16,1 + 5,60)𝑥100𝑥15 = 24,4 𝑡𝑓

Conclusão:
𝑽𝒅 = 𝟖, 𝟑 ≤ 𝝓𝑽𝒄𝒘 = 𝟐𝟒, 𝟒 𝒕𝒇

O esforço resistente é superior ao solicitante de cálculo. Não é necessária armadura


de cisalhamento.

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 Feixe 2: No cálculo do cisalhamento é considerada a column strip, ou viga-faixa
referente ao feixe F2. A largura da viga-faixa é adotada a partir de um valor mínimo
até um valor máximo definido pela soma de 1/4 da largura dos vãos à esquerda e à
direita da viga-faixa:
𝑏𝑚í𝑛 = 𝑏𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟 + 2 𝑥 4𝑑 = 40 + 120 = 160 𝑐𝑚
1 1
𝑏𝑚á𝑥 = 𝑥 720 + 𝑥 2 𝑥 215 = 290 𝑐𝑚
4 4
(5
{𝑏𝑐𝑜𝑟𝑑𝑜𝑎𝑙ℎ𝑎𝑠 = (𝑛𝑔𝑟𝑢𝑝𝑜 − 1)𝑥 30 + 10 = − 1)𝑥30 + 10 = 130 𝑐𝑚

Para verificação do cisalhamento é adotada a largura que abrange o grupo de cordoalhas


do feixe:
𝑏𝑤 = 160 𝑐𝑚
A altura útil adotada para esta verificação é de 16,5 cm:
𝑑 = 16,5 𝑐𝑚
O esforço cortante máximo característico (𝑉𝑘 ) e de cálculo (𝑉𝑑 ) atuante na viga-faixa tem
valor de:
6,90
𝑉𝑘 = 2,61 𝑥 = 9,0 𝑡𝑓
2
𝑉𝑑 = 1,4 𝑥 9,0 = 12,6 𝑡𝑓
A favor da segurança, o valor de 𝑉𝑝 será desprezado. O valor de cálculo de 𝑓𝑝𝑐 é o valor de:
10𝑥11,2 𝑘𝑔𝑓
𝑓𝑝𝑐 = 𝑥 1000 = 17,3 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚2 (𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑛𝑜 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 𝑒𝑚 500 𝑝𝑠𝑖 = 35 )
360𝑥18 𝑐𝑚2

O esforço cortante resistente minorado𝜙𝑉𝑐𝑤 , onde 𝜙 é igual a 0,75, é dado por:


𝜙𝑉𝑐𝑤 = 0,75(0,93√𝑓𝑐𝑘 + 0,3𝑓𝑝𝑐 )𝑏𝑤 𝑑

𝜙𝑉𝑐𝑤 = 0,75𝑥(0,93√300 + 0,3𝑥35)𝑥280𝑥16,5 = 0,75𝑥(16,1 + 5,20)𝑥160𝑥15 = 38,3 𝑡𝑓

Conclusão:
𝑽𝒅 = 𝟏𝟐, 𝟔 ≤ 𝝓𝑽𝒄𝒘 = 𝟑𝟖, 𝟑 𝒕𝒇
O esforço resistente é superior ao solicitante de cálculo. Não é necessária armadura
de cisalhamento.
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03.15 – Tensão de compressão máxima no concreto (fck=30 MPa) - Estádio I

Será verificada a tensão máxima de compressão no concreto nas lajes sobre os apoios
externo (zona das ancoragens), interno (sobre os pilares internos) e meio do vão na direção
da viga-faixa no Estádio I. A resistência à compressão do concreto adotado é 𝑓𝑐𝑘 = 30 𝑀𝑃𝑎.

 Tensão de compressão no meio do vão:


𝐹 = 10 𝑥 13,1 𝑡𝑓 = 131 𝑡𝑓
10 𝑥 13,1 𝑡𝑓
𝜎𝑐,1/2𝑣ã𝑜 = 𝑥 1000 = 50,2 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚²
290 𝑥 9

 Tensão de compressão na ancoragem:


𝐹 = 10 𝑥 13,1 𝑡𝑓 = 131 𝑡𝑓
10 𝑥 13,1 𝑡𝑓
𝜎𝑐,𝑎𝑛𝑐𝑜 = 𝑥 1000 = 51,2 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚²
160 𝑥 16
 Tensão de compressão no apoio:
𝐹 = 10 𝑥 13,1 𝑡𝑓 = 131 𝑡𝑓
10 𝑥 13,1 𝑡𝑓
𝜎𝑐,𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜 = 𝑥 1000 = 50,2 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚²
290 𝑥 9

Conclusão:
𝒌𝒈𝒇 𝟎, 𝟖𝟓
𝝈𝒄,𝑻 = 𝟓𝟏, 𝟐 ≤( . 𝒇 ) = 𝟎, 𝟔. 𝒇𝒄𝒌 = 𝟏𝟖𝟎 𝒌𝒈𝒇/𝒄𝒎²
𝒄𝒎 𝟐 𝟏, 𝟒 𝒄𝒌

 Considerando tensões de compressão e tração devido ao momento fletor na sapata


flexível (região de apoio do pilar), desprezando o efeito arco no capitel, tem-se:
 Carga no pilar:
𝐹𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟 = 5,8 𝑥 5,75 𝑥 0,45 = 15 𝑡𝑓
 Dimensões da sapata flexível:
𝐴 = 0,15𝐿 + 𝑏𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟,𝑥 + 0,15𝐿 = 237 𝑐𝑚
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𝐵 = 𝑏𝑚í𝑛 = 𝑏𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟 + 2 𝑥 4𝑑 = 40 + 120 = 160 𝑐𝑚

Figura 13- Região de apoio da laje considerada como sapata flexível

 Tensão na sapata flexível:


𝐹𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟 15
𝜎𝑠𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎 = = = 3,96 𝑡𝑓/𝑚²
𝐴𝑠𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎 3,792
1,0352
𝑀𝑦 = 𝑥 1,6 𝑥 3,96 = 3,40 𝑡𝑓. 𝑚
2
𝑀 3,40
𝜎𝐶 = 𝜎𝑇 = = 6. = 21,72 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚²
𝑊 290 𝑥 182

 Tensão de compressão máxima, desprezando efeito arco:


𝜎𝑐,𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜,𝑚á𝑥 = 𝜎𝑐,𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜 + 𝜎𝐶 = 50,2 + 21,72 = 71,92 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚²
 Tensão de compressão mínima:
𝜎𝑐,𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜,𝑚í𝑛 = 𝜎𝑐,𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜 − 𝜎𝑇 = 50,2 − 21,72 = 28,48 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚²
Conclusão:
𝒌𝒈𝒇 𝟎, 𝟖𝟓
𝝈𝒄 = 𝟕𝟏, 𝟗𝟐 ≤ ( . 𝒇 ) = 𝟎, 𝟔. 𝒇𝒄𝒌 = 𝟏𝟖𝟎 𝒌𝒈𝒇/𝒄𝒎²
𝒄𝒎𝟐 𝟏, 𝟒 𝒄𝒌

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03.16 – Cisalhamento Puro e Cisalhamento com Tração Axial

É feita a seguir a verificação dos esforços cortantes, sem a contribuição do concreto para
evitar ruptura frágil (ruptura do concreto). Serão considerados as cordoalhas e os
vergalhões passando sobre os pilares até uma distância de 𝑑/2 para cada lado. Conforme
mostrado no desenho 3D a seguir, passam sobre o pilar nesta largura, 4 cordoalhas na
direção do feixe e 2 cordoalhas na direção do uniforme, contabilizados em cada face do
pilar.

Figura 14- Feixes, uniformes, armação negativa na laje sobre pilar

Portanto, somente as cordoalhas já irão resistir ao seguinte esforço de cisalhamento


puro:
𝑽𝒓 = 𝟐 𝒙 𝟐 𝒙 𝟔, 𝟐 𝒕𝒇 + 𝟐 𝒙 𝟐 𝒙 𝟔, 𝟐 𝒕𝒇 = 𝟒𝟗, 𝟔 𝒕𝒇

Valor resistente superior à carga máxima no pilar de 49,6 tf.

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 Outra verificação - Cisalhamento com tração axial: também é possível analisar
as tensões principais e de cisalhamento a partir do círculo de Mohr, comparando-a
com as tensões admissíveis (Timoshenko, 1983), como caso de estado plano de
tensões. De modo simplificado:

Área de aço total


Diâmetro Nominal
Cordoalhas, Barras e (considerando cada
Quantidade Tipo (cordoalha ou barra)
Malha Positiva face oposta do pilar)
(mm)
(cm²)
Feixes 2 cordoalhas 12,7 4,0

Uniforme 2 cordoalhas 12,7 4,0

Barras direção do feixe 2 barras 12,5 5,08


Barras direção do 5,08
2 barras 12,5
uniforme
Malha Positiva (direção -
- barras -
do feixe)
Malha Positiva (direção -
- barras -
do uniforme)

Área de aço (CA-50/60) 10,13 cm²


Resistência máxima ao cisalhamento puro do CA-50/60 16,89 tf

Carga Total Pilar 21,00 tf


Carga restante para as cordoalhas 4,11 tf

Área das cordoalhas 8,00 cm²


Tensão de cisalhamento 513,72 kgf/cm²

Combinação de tração e cisalhamento na cordoalha


Sigma x 11200,00 kgf/cm²
Talxy 513,72 kgf/cm²
Tensões máximas principais e máxima de cisalhamento

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Sigma 1 11223,51 kgf/cm²
Sigma 2 -23,51 kgf/cm²
Talmáx 5623,51 kgf/cm²

04 – Análise através de modelos físicos / Prova de Carga

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04.1 – Análise através de modelos físicos

A norma brasileira NBR 6118:2003 (revisão de 2007) permite que seja feita análise através
de modelos físicos, como mostram as imagens a seguir retiradas da própria norma.

Figura 15- Análise através de modelos físicos NBR 6118:2003 (revisão 2007), pág. 76

Figura 16- Análise através de modelos físicos NBR 6118:2003 (revisão 2007), pág. 76
04.2 – Prova de Carga

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A norma brasileira NBR 6118:2003 (revisão de 2007) descreve na seção 25 “Interfaces do
projeto com a construção, utilização e manutenção”, no item 25.3.2 o ensaio de prova de
carga da estrutura utilizada para sua aceitação.

Figura 17- Seção 25 da NBR 6118:2003 (revisão 2007), pág. 187: Aceitação do projeto e Prova de Carga

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Figura 18- Seção 25 da NBR 6118:2003 (revisão 2007), pág. 187: Aceitação do projeto e Prova de Carga

Figura 19- Seção 25 da NBR 6118:2003 (revisão 2007), pág. 188: Aceitação do projeto e Prova de Carga

Engº Carlos Augusto C. N. da Gama


CREA nº 678-D/ES

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