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C I S. S. DO PARAÍSO R I C
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200 ANOS
(1821 - 2021)
Dante Antônio
O Autor... MEU AVÔ
LUIZ FERREIRA CALAFIORI é natural de São Sebastião do
Paraiso, MG (23/09/1934), nono filho do casal Professor Benedito
Ferreira Calafiori e Dona Suzana Moura Calafiori, de saudosas
memórias. As primeiras letras foram-lhe ensinadas pelo avô paterno
Antônio Ananias Alves Ferreira. Na sequência: Grupo Escolar “Campos
do Amaral”, Ginásio Paraisense, Escola Técnica de Comércio “São
Sebastião”, Colégio Estadual de Taquaritinga - SP., Faculdade de Direito,
Uberaba - MG. Herdou de seu pai o gosto pelo magistério: Escola
Técnica Comercial São Sebastião (32 anos), FACEAC atual Faculdades
Integradas Libertas (15 anos, sendo quatro anos como Diretor), Escola
Estadual Paraisense e Escola Estadual Clovis Salgado (10 anos).
HERALDISTA, idealizou as Bandeiras do Município (Lei n. 745,
de 15/03/1968) e da Ass. Comercial, além de ser o criador do cognome
“S. S. Paraiso, Cidade dos Ipês” (Lei n. 750, de 25/10/1968, idealizador
das “Sete Maravilhas de Paraiso”.
ESPORTISTA, fundou o “Paraiso Esporte Clube”, o “Termas
Clube 3 Fontes” e integrou o time amador da Ass. Atlética Paraisense,
ciclista de longo percurso, etc.
CIDADÃO PRESTANTE, fundou o Povoado “Três Fontes”, e
doou à mencionada comunidade a Capela Comunitária, juntamente com
sua esposa.
HISTORIADOR nato, verbo fácil, conferencista, é membro co-
fundador da Academia Paraisense de Cultura, Membro Honorário do
Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, do Instituto Histórico e
Geográfico da Campanha, MG e do Instituto Histórico e Cultural de
Arceburgo - MG.
POLÍTICO atuante, exerceu os cargos de Juiz de Paz (eleito e
reeleito), Vereador (eleito e reeleito), Prefeito Municipal, Juiz de Paz na
função de Juiz de Direito substituto (01/01/ a 31/05/1967), Presidente
da Câmara Municipal, assim como: Defensor Público conveniado,
Presidente da 41ª Subseção da OAB-MG, Presidente do Rotary Clube
local, Presidente da Academia Paraisense de Cultura, dentre
outros.OBRAS PUBLICADAS; 28 livros constantes do site:
ittps://luizferreirassp.home.blog/
TÍTULOS E HONRARIAS: Tendo em vista seus reconhecidos
dotes intelectuais, principalmente como historiador de fôlego, é detentor
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de honrosos títulos e honrarias.
Consorciado com Dona Wanira de Almeida Ferreira Calafiori,
“Mãe Símbolo 1994”, são seus filhos: Drs. Luiz Guilherme, Valéria Maria,
Lino Fernando, Wanira Suzana, Lívio Magno e Lucas Eduardo.
Seus netos, doutos e/ou empresários bem sucedidos e
conceituados: Luiz
Felipe, Ícaro Guilherme, Suzana Cristina, Lívia Cristina, Luiz
Ricardo, Luiz Augusto, Luiza Agnes, Ângelo, Ana Lídia; a Marina com
sete anos e o Gabriel com apenas três aninhos, além dos bisnetos: Luigi
“In memoriam”, Dante e Antônio.
Com admiração,
Goiânia, janeiro de 2021.
Ícaro Guilherme Donadi Calafiori
Médico Oftalmologista
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APRESENTAÇÃO
O Autor
Janeiro de 2021
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SUMÁRIO
Jacuí – sua importância histórica regional..........................................18
Família Antunes – doadora do “Patrimônio de São Sebastião”...........19
Ainda a família Antunes Maciel............................................................23
Doação do Patrimônio.........................................................................25
Descrição atualizada do “Patrimônio”..................................................27
Primitiva Capela..................................................................................28
Poesia “São Sebastião” – autora: Bernadete Aguiar...........................29
São Sebastião, padroeiro de 72 localidades mineiras........................30
A importância da Lagoinha..................................................................31
Indígenas, habitantes naturais do “Sertão do Jacuhy”........................32
Bandeirantes e faiscadores paulistas..................................................33
Contribuição africana...........................................................................33
O negro e suas denominações............................................................34
Contribuição portuguesa......................................................................35
Contribuição baiana.............................................................................35
Imigração europeia e asiática..............................................................36
Primeiro pedido de famílias de imigrantes..........................................37
Criação do “curato” de São Sebastião do Paraíso..............................39
Primeiros assentamentos no “Livro de Tombo”...................................40
O Povoado é elevado a Vila................................................................41
Cidade de São Sebastião do Paraíso..................................................41
PODER LEGISLATIVO MUNICIPAL...................................................43
Organização administrativa.................................................................54
PODER EXECUTIVO UNICIPAL........................................................54
Poder Executivo Municipal e sua evolução histórica...........................55
Homenagem às “Primeiras Damas” assim consideradas as esposas dos
Prefeitos Municipais.....................................................................56
GALERIA DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL..............................57
Atual estrutura organizacional da Prefeitura.......................................64
PODER JUDICIÁRIO..........................................................................65
Criação da Comarca de São Sebastião do Paraíso............................66
Construção do prédio “Fórum-cadeia”.................................................66
Atual Fórum da Comarca de São Sebastião do Paraíso.....................67
Juízes que atuaram na Comarca........................................................67
Juízes Municipais e Juízes auxiliares de 1892 a 1980........................68
Juízes de Paz que funcionaram como Juiz de Direito substituto........69
Criação e instalação da 2ª Vara..........................................................69
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Criação da 3ª e 4ª Varas e do Judiciário Especial.................................70
Juízes de Paz eleitos pelo povo........................................................71
Juízes de Paz nomeados por ato do Governador do Estado..................72
Serventuários e auxiliares da Justiça................................................73
Defensoria Pública..............................................................................75
Ministério Público – Promotoria de Justiça.........................................75
Municípios que integram a Comarca...................................................76
Fórum da Justiça Federal em São Sebastião do Paraíso......................76
Fórum da Justiça do Trabalho em São Sebastião do Paraíso................77
41ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil.............................78
Tiro de Guerra 04/025.........................................................................78
179ª Junta do Serviço Militar......................................................80
Polícia Militar de Minas Gerais........................................................81
43º Batalhão de Polícia Militar de São Sebastião do Paraíso.................82
Corpo de Bombeiros Militar – 2º Pelotão de São Sebastião do Paraíso.82
Posto de Polícia Militar Rodoviária – Km 401 – Rodovia MG 050...........82
Presídio em São Sebastião do Paraíso...................................83
254ª Área Integrada de Segurança Pública – AISP............................84
Guarda Municipal...............................................................85
Associação Comunitária p/ Assuntos de Segurança Pública ACASP....86
Conselho Tutelar dos Direitos da Criança e do Adolescente..............86
Escotismo................................................................................87
Paróquia de São Sebastião.................................................................88
Paróquia Nossa Senhora da Abadia..............................................98
Paróquia São Judas Tadeu.......................................................103
Paróquia Nossa Senhora do Sion..................................................106
Paróquia São José....................................................................107
Templos Católicos.........................................................108
Associações religiosas católicas...................................................114
Casa de oração “Dom Inácio” ......................................................114
COMUNIDADES EVANGÉLICAS.......................................114
Comunidade Presbiteriana....................................................115
Comunidade Assembléia de Deus..................................................117
Comu. Pentescostais, Batista, Test. de Jeová, URDeus, Congregação
Cristã no Brasil, Legião da Boa Vontade...........................................119
COMUNIDADES ESPÍRITAS....................................................121
LOJAS MAÇÔNICAS............................................................124
GEOGRAFIA HISTÓRICA...........................................................127
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Informações demográficas........................................................128
Confrontações e limites.....................................................................129
Extensão dos Distritos..................................................................131
CLIMA, FAUNA E FLORA..............................................................134
HIDROGRAFIA..................................................................................136
Comércio varejista e atacadista.........................................................138
Hotéis, cantinas e restaurantes..........................................................140
PARQUES INDUSTRIAIS.......................................................140
CAFEICULTURA..........................................................................142
Cooperativas ligadas à cafeicultura....................................................144
ATIVIDADES AGROPECUÁRIAS.................................................146
PECUÁRIA LEITEIRA.......................................................................147
POLO CURTUMEIRO PARAISENSE................................................147
TRANSPORTADORAS RODOVIÁRIAS.........................................148
OUTRAS COOPERATIVAS...............................................................148
SINDICATOS.....................................................................................149
PARQUE DE EXPOSIÇÃO “JOÃO BERNARDES SOBRINHO”.........150
ASSOCIAÇÕES DE CLASSE...........................................................152
Ass. Cultural, Ind., Agrop. e de Serviços – ACISSP/CDL.....................152
Associação Cultural e Educacional Paraisense – ACEP......................153
ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS................................................155
ÓRGÃOS DE ARRECADAÇÃO DE TRIBUTOS FED. E ESTADUAL..156
GRANDES EDIFÍCIOS.....................................................................156
Fazenda Experimental EPAMIG........................................................157
Empresa de Assistência Técnica e Expansão Rural – EMATER..........158
Instituto de Saúde Animal – IMA..........................................................158
Instituto de Previdência dos Funcionários Municipais – INPAR........158
Instituto Nacional do Seguro Social – INSS.........................................159
Posto do Sistema Nacional de Emprego - SINE..................................159
Posto de Serviço Integrado Urbano – PSIU.........................................159
Agência de Desenvolvimento Sustentável – ADEBRAS.....................159
Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios São João e Santana....160
Inst. de Prev. dos Funcionários de Est. de M. G. – IPSEMG............160
Companhia de Saneamento de Minas Gerais – COPASA-MG.........160
Companhia Energética de Minas Gerais – CEMIG..............................161
Telecomunicações de Minas Gerais – TELEMAR...............................161
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos......................................162
ASSISTÊNCIA MÉDICO DOMICILIAR, ODONTOLÓGICA, ETC.....162
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Parteiras, farmacêuticos, raizeiros e benzedores(as).........................163
Primeiros médicos residentes............................................................164
Santa Casa de Misericórdia de São Sebastião do Paraíso..................164
Hosp.l Reg. do Coração “Dr. Glauco Joaquim Rosa de Figueiredo”...165
São Seb. do Paraíso antes do Hosp. Psiquiátrico “Gedor Silveira”...166
FUNDAÇÃO SANATÓRIO “GEDOR SILVEIRA” ................................167
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE..............................................168
UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO – UPA................................168
SERVIÇO DE ATENDIMENTO DE URGÊNCIA – SAMU – 192...........169
POSTO DE VACINAÇÃO DR. OLAVO MARINHO..............................169
OUTROS PRONTOS SOCORROS – PSFS.......................................170
AMPARA – ASSISTÊNCIA MÉDICA PARAÍSO LTDA.........................170
UNIMED EM SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO...................................170
ASSISTÊNCIA OCUPACIONAL........................................................171
CLÍNICAS ESPECIALIZADAS E LABORATÓRIOS DE ANÁLISES....171
ASILO SÃO VICENTE DE PAULO......................................................172
CRECHES – CMEI.......................................................................174
APAE – ASS. DOS PAIS E AMIGOS DOS EXCEPCIONAIS...............175
S. O. S. – SERVIÇO DE OBRAS SOCIAIS..........................................175
AMA – ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DOS AUTISTAS.......................176
ALBERGUE NOTURNO....................................................................176
ALMOÇO DA PROVIDÊNCIA “MONSENHOR MANCINI” .................176
GRUPO PARAISENSE “ALCOÓLICOS ANÔNIMOS” – A. A. .............177
OFICINA DE CARIDADE “SANTA RITA” ............................................177
OBRA DO BERÇO “SANTA TERESA” ...............................................178
CLUBE DAS ACÁCIAS.......................................................................178
ASSOCIAÇÃO “GRUPO DE VOLUNTÁRIOS ARCO-ÍRIS” ...............178
ASSOCIAÇÃO DE COMBATE AO CÂNCER – ACCA.........................179
CASA SÃO FRANCISCO...................................................................179
CENTRO DE RECUPERAÇÃO “RENASCE.R PARA A VIDA” ...........179
OBRAS SOCIAIS “BEZERRA DE MENEZES” ...................................180
ROTARY CLUB DE SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO.........................180
LIONS CLUB DE SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO.............................181
RÁDIO DA FAMÍLIA............................................................................182
PARAÍSO FM.....................................................................................182
RÁDIO FM REDE MASSA..............................................................183
RÁDIO FM ANTENA 10....................................................................183
RÁDIO ONDA NOVA FM....................................................................183
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TELEVISÃO – PODEROSO MEIO DE COMUNICAÇÃO.................183
TV SUDOESTE – FUND. EDUC. E CULT. DO SUD. MINEIRO........184
JORNAIS E REVISTAS ATRAVÉS DOS TEMPOS...........................184
JORNAL DO SUDOESTE..........................................................186
INTERNET............................................................................186
TRANSPORTE TERRESTRE E AÉREO...........................................186
TERMINAL RODOVIÁRIO............................................................187
EMPRESAS DE ÔNIBUS URBANO...................................................187
TRANSPORTADORAS RODOVIÁRIAS DE CARGAS.......................188
AEROPORTO MUNICIPAL “JOAQUIM MONTANS JUNIOR” ............188
AEROCLUBE.....................................................................................189
ASSOCIAÇÃO PARAISENSE DE AEROMODELISMO – APARA......189
TURISMO – ESPORTE E LAZER.....................................................189
AS SETES MARAVILHAS DE PARAÍSO............................................190
TURISMO ECOLÓGICO................................................................192
OS MISTÉRIOS DO MORRO DA MESA.............................................192
AS CINCO MARAVILHAS DE GUARDINHA......................................193
ESTÂNCIA LOBO DA MONTANHA....................................................194
MORRO SANTA TEREZINHA............................................................194
GRUTA DO BOSQUE........................................................................194
GRUTA NOVA OLINDA......................................................................194
GRUTA “TOCA DO ESCRAVO ALEXANDRE” ...................................195
GRUTA DO BAÚ DE SANTA CRUZ....................................................195
GRUTA DA FIGUEIRA........................................................................195
GRUTA DO MORRO DA MESA..........................................................195
SERRA DO CHAPADÃO E SEUS ATRATIVOS..................................196
RESTOS DO CALVÁRIO DO CHAPADÃO.........................................196
COLOSSAL IMAGEM DE NOSSA SENHORA APARECIDA...............196
CACHOEIRA DO CHAPADÃO...........................................................196
FIGUEIRA MILENAR DO CHAPADÃO...............................................197
COMO CHEGAR À ENCOSTA LESTE DO CHAPADÃO....................197
FEIRA DE ARTESANATO E TRABALHOS MANUAIS........................197
CLUBES RECREATIVOS E DESPORTIVOS...................................197
CLUBE PARAISENSE.......................................................................197
OURO VERDE TÊNIS CLUBE...........................................................198
AABB – ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA BANCO DO BRASIL....................198
CLUBE RECREATIVO SENIORS PARAISENSE...............................199
PRAÇA DE ESPORTES CASTELO BRANCO/SESC.........................199
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CAT –CENTRO DE ATIVID. DO TRABALHADOR SESI/ACISSP.......199
PARQUE ESPORTIVO DO COLÉGIO PAULA FRASSINETTI...........200
PRAÇA DE ESPORTES “MONSENHOR MANCINI”..........................200
CENTRO ESPORTIVO E SOCIAL PIONEIRO – DESATIVADO.........200
CENTRO ESPORTIVO E SOCIAL “FÚLVIO GUIDI”.........................200
GINÁSIO COBERTO “VEREADOR SATURNINO ROCHA”..............201
ARENA OLÍMPICA DE SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO.................201
LAGOAS DO BAIRRO SAN GENARO..............................................201
ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA PARAISENSE..........................................201
OPERÁRIO ESPORTE CLUBE.........................................................202
ESCOLA DE NATAÇÃO ACQUA SPORT..........................................202
GUARDINHA FUTEBOL CLUBE.......................................................202
OUTROS TIMES DE FUTEBOL........................................................203
SECRET. MUN. DE ESPORTE, LAZER, TURISMO E CULTURA....203
CALENDÁRIO DE FESTAS E EVENTOS POPULARES TRADIC....203
PRIMEIROS PROFESSORES..........................................................205
EVOLUI O ENSINO DE 1º GRAU.....................................................205
CURSOS PREPARATÓRIOS ISOLADOS........................................205
ESCOLA MUNICIPAL “CAMPOS DO AMARAL” ..............................206
ESCOLA MUNICIPAL “CORONEL JOSÉ CÂNDIDO”.......................206
ESCOLA MUNICIPAL “INTERVENTOR NORALDINO LIMA”...........207
ESCOLA MUNICIPAL “SÃO JOÃO DA ESCÓCIA”...........................208
ESCOLA MUNICIPAL “ PAULA FRASSINETTI” ...............................208
ESCOLA MUNICIPAL “ COM. ANA CÂNDIDA DE FIGUEIREDO”....208
ESCOLA MUNICIPAL “ COM. JOÃO ALVES DE FIGUEIREDO”......209
ESCOLA MUNICIPAL SÃO JOSÉ.....................................................209
ESCOLA MUNIC. PROFESSORA HILDA BORGES PEDROSA......210
ESCOLA MUNICIPAL PROFESSORA INÊS MIRANDA ALMEIDA...210
ESCOLA MUNICIPAL FRANCISCO DANIEL – GUARDINHA..........210
ESCOLA MUNICIPAL IBRANTINA AMARAL.....................................211
ESCOLA MUN. PROF. MARIA DE LOURDES DIZARÓ – CAIC.......212
ESCOLA MUNICIPAL WULFIDA MARCOLINI..................................212
ESCOLA MUNICIPAL PROFESSORA ALICE NAVES FERREIRA...212
ESCOLAS MUNICIPAIS SITUADA NA ZONA RURAL......................212
ENSINO SUPLETIVO “ALDA POLASTRE” CESEC..........................212
ESCOLA EST. MARIANA MARQUES – EDUCAÇÃO ESPECIAL....213
NESFA – CENTRO EDUCAC. “SÃO FRANCISCO DE ASSIS”........213
CENTRO EDUCACIONAL ATENEU..................................................213
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ESCOLA GEDOR SILVEIRA.............................................................213
COLÉGIO GALILEU..........................................................................213
PRÉ ESCOLA MATERNAL CAMINHO DO SABER..........................213
NÚCLEO EDUCACIONAL CAMINHANDO.......................................213
ESCOLA NOVA.................................................................................213
CENTRO DE EDUC. INFANTIL “DEGRAUZINHO DO SABER”.......213
CURSOS E LÍNGUAS
CNA – INGLÊS DEFINITIVO..............................................................213
CULTURA INGLESA........................................................................213
CCAA – INGLÊS E ESPANHOL..........................................................213
CENTRO DE ENSINO FISK DE PARAÍSO – INGLÊS E ESPANHOL..214
CURSO FUNDAMENTAL DO 6º AO 9º ANO
COLÉGIO “PAULA FRASSINETTI” ...................................................214
ESCOLA ESTADUAL “CLÓVIS SALGADO” ......................................214
ESCOLA ESTADUAL PARAISENSE..................................................215
ESCOLA ESTADUAL “BENEDITO FERREIRA CALAFIORI”..............216
CEDUC – CENTRO DE EDUC. PROF. DO SUDOESTE MINEIRO..217
LIBERTAS FACULDADES INTEGRADAS.........................................217
FACULDADE CALAFIORI..................................................................219
CURSOS SUPERIORES
POLO DA FACULDADE ALS EDUCACIONAL...................................219
POLO DA UNIF ACVEST....................................................................219
NOVA DIDATA (UNIVERSIDADE DE PROFISSÃO)...........................219
CENTRO EDUCACIONAL – CURSO OBJETIVO NHN......................220
35ª SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DE ENSINO.........................220
DIRETORIA MUNICIPAL DE ENSINO................................................221
BIBLIOTECA COMUNITÁRIA “JOSÉ SOARES AMARAL”...............221
BIBLIOTECA MUNICIPAL PROFESSOR “ALENCAR ASSIS”............221
BIB. DE AUTORES PARAISENSES PROF. “ARY DE LIMA”............221
BIBLIOTECA DA APC “DR. OLAVO BORGES”..................................221
HERMA AO DR. PLACIDINO BRIGAGÃO.......................................223
HERMA AO ANGELO CALAFIORI....................................................223
À NOSSA SENHORA DE LA SALETE................................................223
HOMENAGEM AO CONGADEIRO....................................................224
HOMENAGEM AOS FUND. DE PARAÍSO E A SÃO SEBASTIÃO......224
HOMENAGEM AO DR. JOAQUIM MÁRIO DE SOUZA MEIRELES....224
HOMENAGEM AOS IMIGRANTES....................................................224
HOMENAGEM PRACINHAS PARAISENSE......................................225
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EX MUSEU SACRO DA PARÓQUIA SÃO SEBASTIÃO.....................226
HINO OFICIAL DO MUNICÍPIO........................................................227
BANDEIRA MUNICIPAL E BRASÃO DE ARMAS...............................228
CONFECÇÃO E INAUGURAÇÃO DA BANDEIRA MUNICIPAL.........230
COGNOME “SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO CIDADE DOS IPÊS”..230
ORDEM MUNICIPAL DO BRASÃO....................................................232
MEDALHA DO MÉRITO MUNICIPAL.................................................234
DIPLOMA DE MÉRITO LEGISLATIVO...............................................236
GAL. PARAISENSES DEST. BRASIL AFORA, NA ATUALIDADE....237
MARCHA DO ANIVERSÁRIO (SESQUICENTENÁRIO)....................241
ACADEMIA PARAISENSE DE CULTURA..........................................242
EX BANDA MUNICIPAL DE MÚSICA................................................245
ORQUESTRAS E CONJUNTOS MUSICAIS......................................247
PARAÍSO EM SERESTA....................................................................247
CORAIS E ORQUESTRAS INFANTO JUVENIL.................................248
ESCOLAS DE MÚSICA....................................................................249
TEATROS.........................................................................................250
ARTES CÊNICAS...........................................................................250
CONCURSOS DE BELEZA “MISS PARAÍSO” ...................................251
MÃES SÍMBOLO................................................................................253
PARAÍSO/FONTE INESG. INSP./POESIAS/NOSSAS TRAD...........258
CONGADA/MOÇAMBIQUE...............................................................263
GALERIA DOS REIS CONGO............................................................266
ANTIGOS “TERNOS DE CONGO” ....................................................267
GALERIA DAS RAINHAS CONGA.....................................................267
TERNOS DE CONGO NA ATUALIDADE............................................267
TERNOS DE MOÇAMBIQUE.............................................................268
COMPANHIAS DE SANTOS REIS.....................................................269
CARNAVAL........................................................................................273
Cemitério Municipal............................................................................275
A LENDA DA “MARIA ENGOMADA” ................................................276
A LENDA “A MULA SEM CABEÇA DE GUARDINHA” .........................277
A PORTEIRA ASSOMBRADA DO BAÚ DE SANTA CRUZ..................279
CARONA E, CARRO FUNERÁRIO....................................................280
PERDEU O DEFUNTO......................................................................281
BRUXA NO CAIXÃO APAVORA VELÓRIO.........................................282
AS MANGUEIRAS DO CEMITÉRIO...................................................284
A CRUZ E A FIGUEIRA INGRATA.......................................................285
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O BECO DOS “AFLITOS” ..................................................................285
AVIÃO FUTEBOLISTA.......................................................................286
TRÊS ENORMES SINOS PARA DUAS PEQUENAS TORRES..........287
O DISTRITO DE GUARDINHA E SUA HISTÓRIA...............................289
POVOADO “TERMÓPOLIS” .............................................................294
NOTÍCIAS DIVULGADAS COM DESTAQUE ESPECIAL...................295
PARAISENSES QUE MILITARAM NA ALTA POLÍTICA FED. E EST..300
PALAVRAS FINAIS............................................................................301
OBRAS E PESSOAS CONSULTADAS..............................................302
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1 – OS PRIMÓRDIOS
A PRIMITIVA CAPELA
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SÃO SEBASTIÃO
PADROEIRO DE 72 LOCALIDADES MINEIRAS
São elas:
1. SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO
2. São Sebastião - Município de Mariana - Distrito
3. São Sebastião - Distrito de São Romão
4. São Sebastião da Barra – Distrito de Iapu
5. São Sebastião da Barra – Distrito de Juruaia
6. São Sebastião da Bela Vista
7. São Seb. Boa Esper. do Rodeiro – Mun. de Ubá 8.
São Seb. de Cach. Alegre - Mun. de Cach. Alegre
9. São Sebastião da Chácara – Mun. de Chácara
10. São Seb. da Encruzilhada – Mun. de Cruzília
11. São Seb. da Estrela – Mun. de Estrela Dalva
12. São Sebastião da Grota – Município de Grota
13. São Seb. da Mata – Município de Eugenópolis
14. São Seb. da Pedra Branca - Mun. de Pedralva
15. São Seb. Pedra do Anta – Mun. Pedra do Anta
16. São Seb. da Ponte Nova – Mun. Monte Carmelo
17. São Seb. das Areias – Mun. de Comend. Gomes
18. São Sebastião da Serra do Salitre – Município Serra do Salitre
19. São Seb. das Lajes – Mun. São Sebastião do Paredão de Minas
20. São Sebastião das Pedras dos Angicos – Mun. Santa Fé de Minas
21. São Sebastião da Vala – Município de Aimorés
22. São Sebastião da Ventania – Município de Alpinópolis
23. São Sebastião da Vitória – Município São João Del Rey
24. São Sebastião de Entre Rios – Município de Raul Soares
25. São Sebastião do Alegre – Município de Amanda
26. São Sebastião do Alto Capim – Município Alto Capim
27. São Sebastião do Alto Carangola – Município de Carangola
28. São Sebastião do Anta – Município de Inhapim
29. São Sebastião do Areado – Município de Areado
30. São Sebastião do Rio Abaixo – Município de Açucena
31. São Sebastião do Barreado – Município de Rio Preto
32. São Sebastião do Barreiro – Município Campanário
33. São Sebastião do Bom Sucesso – Munic. de Conceiç. do Mato Dentro
34. São Sebastião do Bugre – Município de Coroaci
35. São Sebastião do Capituba – Município de Pedralva
36. São Sebastião do Carangola – Município de Orizânia
37. São Sebastião do Cemitério – Município de São Seb. do Rio Preto
38. São Sebastião do Coimbra – Município de Coimbra
39. São Sebastião do Curral – Município São Sebastião do Oeste
40. São Sebastião do Dionísio – Município de Dionísio
30
41. São Sebastião do Engenho Novo – Município de Engenho Novo
42. São Sebastião do Erval – Município de Ervália
43. São Sebastião do Feijão Cru – Município de Leopoldina
44. São Sebastião do Gil – Município do Desterro de Entre Rios
45. São Sebastião do Itatiaiuçu – Município de Itatiaiuçu
46. São Sebastião do Jaguari – Município de Andradas
47. São Sebastião do Maranhão
48. São Sebastião do Rio Verde – Município de Senador Cortês
49. São Sebastião do Ocidente – Município Ocidente
50. São Sebastião do Óculo – Município de Raul Soares
51. São Sebastião do Oeste
52. São Sebastião do Pirauba – Município do Pirauba
53. São Sebastião do Porto dos Mendes – Município de Campo Belo
54. São Sebastião do Pouso Alegre – Município Hematita
55. São Sebastião do Rio Preto – Mun. de Conceição do Mato Dentro
56. São Sebastião do Rio Verde
57. São Sebastião do Sacramento – Município de Manhuaçu
58. São Sebastião dos Aflitos – Município de Ervália
59. São Sebastião do Salto Grande – Município Salto da Divisa
60. São Sebastião dos Campos – Município Senador Amaral
61. São Sebastião dos Correntes – Município de Sabinópolis
62. São Sebastião do Sem Peixe – Município de Sem Peixe
63. São Sebastião dos Ferreiras – Município Ferreiras
64. São Sebastião dos Ferreiros – Município Borba Gato
65. São Sebastião dos Folhados – Município Silvano
66. São Sebastião dos Franciscos – Município Capitólio
67. São Sebastião do Soberbo – Município Santa Cruz do Escalvado
68. São Sebastião dos Pintos – Município Nelson de Sena
69. São Sebastião dos Poções – Município Montalvânia
70. São Sebastião dos Robertos – Município Jacutinga
71. São Sebastião dos Torres – Município Padre Correia
72. São Sebastião do Tabuão – Município Tabuão
73. São Sebastião - Município de Bom Repouso.
A IMPORTÂNCIA DA LAGOINHA
31
semi artesianos numa de suas margens, que obtiveram grande sucesso,
q u a n d o a c i d a d e a i n d a n ã o e r a s e r v i d a p e l a C O PA S A .
Posteriormente, em 1971, a Administração Municipal 1971/1972,
transformou a então rústica lagoinha, e o seu entorno, embelezando-o,
daí surgindo o atual “PARQUE DA LAGOINHA e sua ilha da fantasia”, na
ocasião dotada de bonecos retratando as figuras de “Branca de Neve e
os 7 anões”, modelados pelo artista theco JAN MUSIL, grande amigo de
nossa cidade e aqui residente. Foi aquele sucesso. Daí ser o local
incluído na série “AS SETE MARAVILHAS DE PARAÍSO”. As
administrações posteriores acrescentaram novas atrações a tão
aprazível local, merecidamente considerado “verdadeiro cartão postal
de Paraíso”. Daí, continua sendo muitíssimo frequentado a qualquer dia
e hora...
POVO BRASILEIRO
Os grandes grupos em que se divide a espécie humana
tornando-se por base a cor da pele, que, na concepção popular, são tidos
como “raças”: brancos, negros e amarelos, no entanto, não constituem
raças no sentido biológico, mas “grupos humanos” de significado
sociológico, que o senso comum identifica por traço peculiar, no caso, a
cor da pele. Três “raças” ou “grupos humanos”, contribuíram e continuam
contribuindo na formação da população brasileira: o negro, o europeu e o
índio e, a partir da segunda dezena do século XX, também a “raça
amarela”. Na história do Brasil, a ocorrência da mestiçagem é bastante
pronunciada. Esse fato tem gerado uma identidade nacional singular e
um povo marcadamente mestiço na aparência e na cultura. Outra
característica do nosso povo: mais da metade de nossa população é
formada por negros e mestiços, principalmente mulatos.
O caráter de caldeamento de raças em nosso país, teve início na
época colônial, segundo Hebe Maria Mattos. Neste período a população
brasileira era de três milhões e quinhentos mil pessoas, sendo: 38%
escravos (negros), 6% de índios e 29% de brancos e 27% de pardos.
Atualmente, estima-se que grande parte da população brasileira
tenha elevado grau de miscigenação, principalmente devido ao
fenômeno da globalização, que facilita a locomoção das pessoas entre
os diferentes pontos da Terra.
CONTRIBUIÇÃO AFRICANA
· Portugal já importava escravos africanos desde 1630. O primeiro
navio negreiro foi o “Ambriz” de asquerosa memória. Com a
implantação da atividade açucareira no Nordeste e a cafeicultura nas
províncias do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, recorreu-se
ao negro africano escravizado, porque os índios aprisionados não se
adaptaram ao trabalho que lhes era imposto. Segundo o célebre
historiador Barão de Camargo, a população escrava do município de
São Sebastião do Paraíso em 1876, era de 3.598 pessoas.
· A última “leva” de escravos negros trazidos para nossa cidade
ocorreu em 1886, sem resultado compensador para seus
articuladores.
· Mesmo depois da Abolição da Escravatura (Lei Áurea de
33
13/05/1888) grande número de ex-escravos continuavam a morar
nas fazendas de seus ex-senhores, agora na condição de
contratados.
· É sobejamente reconhecida a influência da cultura africana em todo
o país. Convém não nos esquecermos do papel da “mãe preta”, da
culinária, como o tutu de feijão, feijoada, torresmo, doces caseiros
como pé-de-moleque, batata doce, laranja, limão, cidra, etc.
· Algumas relíquias daquele passado sombrio podem ser vistas em
fazendas que apresentam casarões abandonados, com suas
senzalas, muros de pedra e quilométricos “valos”, tudo executado
por braços escravos.
· Nossa “Congada” e o “Moçambique”, sua variação folclórica
constituem a maior contribuição do negro africano a bem da
vivência e perpetuação dessa tradição paraisense.
· A antiga Igreja de Nossa Senhora do Rosário, já estava construída
em 1853, quando houve “Missões” rezadas pelos frades
capuchinhos Dom Eugênio de Gênova e Dom Francisco. Ela ficava
onde hoje está a Biblioteca Municipal Professor Francisco Alencar
Assis).
· Tanto congadeiros como pessoas outras que gostavam da
Congada, faziam questão de pertencer à confraria religiosa
denominada “Irmandade de Nossa Senhora do Rosário, que só foi
perdendo sua força a partir da década de 1945 / 1955”.
· Os negros tiveram igualmente o seu clube recreativo próprio, que
era filiado à “Frente Negra Brasileira”, até a década de 1950. Em
1934, o seu Presidente local era o Sr. Mário Rosa, e os últimos
bailes foram realizados no armazém para café do Capitão Emilio
Carnevale, à Av. Oliveira Resende, 626.
· Antigamente existia no “capão da Embira”, próxima ao Morro do
Baú, um mocambo composto de escravos fugidos da região de
Campanha MG. Aconteceu que depois de algum tempo vieram 5
caçadores de escravos munidos de espingardas. Na ocasião,
segundo consta, foram mortos 18 fugitivos e dois “caçadores de
escravos”.
CONTRIBUIÇÃO PORTUGUESA
É inegável a valiosa contribuição dos nossos colonizadores
portugueses na formação da cultura e extensão territorial do nosso país,
do nosso jeito de ser e de agir, resultado de sua cultura multissecular.
Como ''dominadores'', impuseram seus costumes, sua língua, sua
religião, etc. Portanto, a cultura brasileira foi formada principalmente tendo
por base a cultura lusitana. Assim, ao longo de nossa História, fomos
sendo influenciados pelo grande número de colonizadores portugueses.
Mas, em várias oportunidades, povos outros tentaram invadir parte da
costa brasileira e implantar colônias. Os holandeses, por exemplo
ocuparam Pernambuco (1630 a 1654, quando foram expulsos) e os
franceses, que chegaram a ocupar o Maranhão e o Rio de Janeiro mas
igualmente foram rechaçados.
CONTRIBUIÇÃO BAIANA:
· Na última década do século XIX, o Estado da Bahia foi atingido
por forte seca, o que obrigou a muitos de seus filhos, a famílias
inteiras, migrarem para os Estados do Rio de Janeiro, São Paulo
e Minas Gerais.
· Assim, por aqui passavam “levas e levas” de caminhantes
baianos que, tendo por referência os Rios São Francisco e
Grande, por aqui passavam quando em demanda ao Estado de
São Paulo.
· Quanto à alimentação, divulgaram a comida típica nordestina. O
certo é que muito contribuíram para o desenvolvimento da
comunidade paraisense. Partindo de suas origens, caminhando
centenas e centenas de quilômetros sob o sol escaldante ou noite
a dentro, em fila indiana, cadenciamento sincronizado à moda de
marcha militar, traziam uma mochila às costas, alpercatas nos
sofridos pés e muita esperança no coração.
Em trânsito para o Estado de São Paulo, geralmente eram
recebidos na pensão do Sr. Moisés Luiz de Campos, situada no Largo de
N. S. da Abadia, ficando ali à espera de oportunidade de trabalho,
principalmente na zona rural, ou então seguiam viagem rumo àquele
Estado. Outros conseguiam trabalho por aqui mesmo ou passaram a
exercer a profissão de hoteleiros e estalajadeiros. Já suas mulheres eram
exímias na arte de confeccionar rendas de bairro, bordados em tecidos de
linho, toalhados, etc. Quanto à alimentação, influenciaram-nos quanto ao
gosto pela farinha de mandioca, rapadura, pirão, etc. Aqui chegaram,
constituíram família, incentivaram e promoveram,
35
com o suor honrado de seus rostos e com o trabalho edificante de seus
fortes braços, o engrandecimento desta terra que os recebeu e continua
a receber famílias procedentes de quase todos os estados nordestinos.
IMIGRAÇÃO EUROPÉIA E ASIÁTICA
MONUMENTO AO IMIGRANTE
Praça dos Imigrantes – em frente a Prefeitura – Bairro Lagoinha
52
53
Cerize Ramos.
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA:
· Atualmente a Câmara, para melhor servir ao povo, pode dispor dos
seguintes servidores: Chefe de Gabinete; Chefe de Assessoria
Jurídica; Coordenador Geral; Consultor Contábil; 2 Assessores
Técnicos; 4 Assistentes Parlamentares; 10 Oficiais Parlamentares; 2
Auxiliares de Gabinete; além de Assistente de Comunicação Social.
· DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA: De conformidade com a legislação
atual, 5% do Orçamento Municipal é destinado à Câmara Municipal
para que possa fazer face às suas despesas.
· VENCIMENTOS DOS VEREADORES: Até 1976, somente os
Vereadores das capitais e das grandes cidades tinham vencimentos.
Mas, entendeu o Governo Federal que aos Vereadores em geral,
caberia uma remuneração pela atuação parlamentar. Assim, a partir
de então, vereadores em todo o País, são remunerados.
· NÚMERO DE VEREADORES: De 1873 a 1891, 9 vereadores.
Proclamada a República, o número foi aumentado para 11 até 1963,
quando passou a contar com 13 vereadores. Já em 1983, o seu
número foi elevado para 15. Entretanto, em 2004, o T. S. E. reduziu o
número de vereadores em todo o País. Atualmente, a Câmara
Municipal é composta de 10 vereadores, mas o percentual da
dotação orçamentária devida à Câmara continua o mesmo.
· FATO CURIOSO: Em 31/01/1900 a Câmara local enviou ofício ao
Agente do Correio para que não abrisse se as malas do correio sem
primeiro desinfetá-las como medida preventiva e de higiene, pelo
terrível então vigente: a peste bubônica.
PODER EXECUTIVO MUNICIPAL
2ª SECRETARIA CIVIL
Escrivão - Flávio Antônio Pimenta de Pádua
77
JUÍZA DRA. GHEYSA COELHO CAMPOS
41ª SUBSEÇÃO DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL
R. Dr. Salvador Grau, 68 - Centro
A Ordem dos Advogados do Brasil, criada pelo Art. 17 do Decreto
nº. 19.408, de 18 de novembro de 1930, com a finalidade de selecionar,
disciplinar e defender a classe dos advogados, tem como uma de suas
divisões as subseções, e, em 1937, foi instalada a 27ª Subseção em
nossa cidade, integrada por advogados militantes residentes nos
municípios de São Sebastião do Paraíso, Cássia, Ibiraci, Claraval,
Capetinga, Pratápolis, Itaú de Minas, São Tomás de Aquino, Jacuí,
Itamoji e Monte Santo de Minas. A 27ª Subseção foi extinta em 1973.
Foram seus ilustres Presidentes:
Dr. Paulo Duarte Guedes
Dr. Hercílio Carnevale
Dr. Joaquim Ferreira Gonçalves (1939)
Dr. João Caetano da Cunha
Dr. Joaquim Ferreira Gonçalves (1943 a 1947)
Dr. Tito Lívio Lage da Silva (1955 a 1967)
Dr. Antônio Arantes (1967 a 1973)
Inconformado com a extinção acima, dado à importância de
nossa Comarca, uma das mais movimentadas da região, integrada por
elevado número de cultos advogados, liderou o Dr. Jacinto Guimarães
Ferreira, um movimento regional, no sentido de que fosse recriada uma
subseção da OAB em nossa Comarca. Tal iniciativa encontrou
ressonância junto ao Conselho da Seção de Minas Gerais, então
presidido pelo Prof. Dr. Raymundo Cândido, que por ato de 11/12/1978,
criou a 41ª Subseção sediada em nossa cidade, cuja jurisdição abrangia
os municípios de São Tomás de Aquino, Itaú de Minas, Itamoji, Jacuí,
tendo sido nomeado Interventor o Dr. Luiz Ferreira Calafiori, Secretário o
Dr. César Emídio de Pádua Penha e Tesoureiro o Dr. Antônio Ribeiro
Duarte. Solenemente instalada no dia 15/12/1978, está a 41ª Subseção
sediada na CASA DO ADVOGADO, à Rua Dr. Salvador Grau 68, onde os
advogados se servem de suas dependências, no trato diário com seus
constituintes.
Diretorias da 41ª Subseção:
Ex-Pres.: Drs. Luiz F. Calafiori, Jacinto G. Ferreira, José E.
David, César E. P. Penha, Norma C. Carvalho, José C. Almeida, João R.
Silva, Antônio Carlos Pelúcio, Dr. José Carlos de Almeida (2015).
- Advogados inscritos na 41ª Subseção: 205. Atualmente a 41ª
Subseção está restrita aos municípios de São Sebastião do Paraíso e de
São Tomás de Aquino. Pres. 41ª Subsessão: Dr. Antonio Carlos Pelúcio.
ÓRGÃOS MILITARES E DE SEGURANÇA PÚBLICA
TIRO DE GUERRA 04/025
Rua Antônio Costa, 38 Bairro N. S. Aparecida
78
Embora a Constituição Federal, no Art. 92, e a Lei do Serviço
Militar, no Art. 2º, estabeleçam que todos os brasileiros são obrigados a
prestar o Serviço Militar, inúmeros fatores impedem que a totalidade dos
jovens cumpram esse preceito legal. O principal deles reside na
impossibilidade de o Exército, a Marinha e a Aeronáutica, absorverem os
contingentes que se apresentam para a seleção anual.
Com isso, parcela considerável da juventude é dispensada da
incorporação, deixando de receber os benefícios resultantes da
prestação do serviço militar que, constitui importante meio de integração
do jovem ao processo de desenvolvimento do País. Se aliarmos a isso a
extensão territorial do BRASIL, o número e a localização dos municípios
tributários selecionados pelo Estado Maior das Forças Armadas (EMFA),
compreenderemos melhor o relevante papel desempenhado pelos
TIROS-DE-GUERRA (TG) do Exército Brasileiro. Como Órgão de
Formação de Reserva, têm os TGs. a missão de formar Cabos e
Soldados Reservistas de 2ª Categoria. São frutos de uma experiência
brasileira, depois da pregação patriótica de OLAVO BILAC - Patrono do
Serviço Militar. Seu funcionamento eficiente e harmonioso é resultado,
sobretudo, do esforço comunitário desenvolvido pelos municípios. As
aulas são ministradas dentro de programas de instruções
supervisionadas pelas Regiões Militares a que estão subordinadas. Seu
programa de ensino visa principalmente:
- Fortalecer as convicções democráticas e os valores espirituais e morais
do cidadão;
- Habilitar o “ATIRADOR” para o desempenho de funções de segurança
dentro do quadro de Defesa Territorial;
- Moldar e aprimorar o caráter do “ATIRADOR” através do estudo da
Educação Moral e Cívica. Os TIROS-DE-GUERRA despertam nos
cidadãos, quer residam nos grandes centros ou nos mais humildes
lugarejos, o civismo que fortalece o sentimento nacional. Em 1915,
quando Míster George Aluysius Nixon era Diretor do antigo Ginásio
Paraisense, e seu Diretor, os alunos recebiam instrução militar, usavam
farda e, havia graduação (praça, cabo e sargento).
O instrutor era militar e os alunos pertenciam a uma “Linha de
Tiro”. Dois anos depois, em 1917, com a vinda do Tenente Eurico
Rodrigues Peixoto, é que foi fundado o Tiro de Guerra 502, tendo por
Diretor o Sr. Virgílio Buson. Funcionou regularmente até 1919. Por
conveniência do Serviço Militar, nessa época (1919) o Tiro de Guerra
passou a funcionar junto ao Ginásio Paraisense, sob a denominação de
“Escola de Instrução Militar 120”, tendo sido designado instrutor o Sgt.
Antônio de Oliveira. Em 1932, este foi substituído pelo Sgt. Florêncio de
Souza Lima.
Em 1934, foi cancelada a matrícula da “Escola de Instrução
Militar 120” e novamente criado o Tiro de Guerra, sob a denominação de
nº. 67, continuando o Sgt. Lima como seu Instrutor até 1943, ocasião em
79
que foi substituído pelo Sgt. Francisco Soares e este pelo Sgt.
Médico Dr. Napoleão José da Cruz.
Em 1944, foi cancelada a matrícula do TG-67, criando-se pouco
tempo depois o TG-156, com a designação de seu Instrutor, 1º Sgt.
Severino de Morais Lima.
Merece destaque a atuação do Sgt. Florêncio de Souza Lima, que, em
1937, chegou a criar núcleos de Instrução Militar em São Tomás de
Aquino, Guardinha, Itamogi, Cássia e Pratápolis. Em 1940, liderou um
movimento que culminou com a construção do “Stand de Tiro Duque de
Caxias”, anda hoje existente na imóvel sede do TG.
Quanto à nomenclatura atual “TG-04-025”, aconteceu por ato
oficial datado de 11 de abril de 1979.
DIRETORES DO TIRO DE GUERRA
Os Diretores do Tiro de Guerra normalmente são os prefeitos
municipais e, no caso de impedimento destes, um cidadão de idoneidade
moral comprovada, a convite do Exmo. Sr. Comandante da 4ª Região
Militar para exercer tão nobre função.
EX-INSTRUTORES
Os Instrutores Militares que chefiaram o Tiro de Guerra de São
Sebastião do Paraíso, foram os seguintes: antes de 1921, o Ten. Eurico
Peixoto. Após 1921, o 1º Sargento Antônio de Oliveira: 1930, Te.
Demerval Peixoto. Este Militar, após a Revolução liderada pelo Pres.
Getúlio Vargas, foi nomeado Interventor do Estado de Pernambuco. Dr.
Sgt. Napoleão J. Cruz, o 1º Sgt Florêncio S. Lima; o 1º Sgt. Severino M.
Lima; o Capitão Antônio C. Carvalho; o 1º Sgt. Raimundo Guedes; o 1º
Sgt José A. Costa; o 1º Sgt. Wilson B. Willar; o 1º Sgt. Ary L. Borba; o Sub-
Ten. Ubirany S Martins; o 1º Sarg Sebastião A. Briguentti; o Sub-Ten.
Nilson R. G. Fagundes, Milton L. Santos, o 1º Sarg. Josafá A. Oliveira, 2º
Sgt Geraldo A. Oliveira, Armando T. Telles, Sub. Ten. Efraim A. Marcos, o
2º Sgt. João Cele Maia da Silva, Sub. Te. Wilson Mendes e 2º Sgt. José
Luiz T. Perazzolo e 1º Sgt. João Célio Valério e 2º Sgt. Washington Luís
Ribeiro Cardoso Pires e 1º Sgt. Anselmo Souza Dutra, 1º Sgt. Leandro
Nunes dos Santos, 2º Sgt. Hércules Pinto da Costa, Sgt. Geraldo Daniel
Jr. Sgt. Mauro Francisco dos Santos.
1º Sgt. Luciano de Souza e Silva e 1º Sgt. Dayson F. Oliveira.
Instrutor Chefe atual: Sub Tenente Eliseu Salustiano dos Santos
Auxiliar de Instrução: Sgt. Ueder Lempke
179a JUNTA DE SERVIÇO MILITAR
Este órgão é subordinado à 13ª CRM, sediada em Três
Corações, MG, e tem por finalidade supervisionar e orientar a prestação
de serviço militar nos seguintes municípios: São Sebastião do Paraíso
(Sede), Pratápolis, Itaú de Minas, Fortaleza de Minas, Jacuí, Itamoji, São
80
T. Aquino, Capetinga, Goianases, Guardinha, Cássia, Claraval e Ibiraci.
Os dignos oficiais militares que ocuparam a sua chefia desde a
fundação foram os seguintes: Te. Victor Bicca, Cap. Agenor R. A. C.
Filho, Cap. Antônio C. Carvalho, Te. Antônio Daher, Te. Sebastião B. de
Araújo, Te. Paulo Neto, Te. Osvaldo D. Cardoso, Te. Nilson S. Cunha,
Ten. Efraim A. Marcos, Ten. Adalberto Geraldo e Ten. Antonio F. Soares.
Destinada à orientação dos cidadãos sujeitos à prestação do
serviço militar, fornecendo-lhes Certificado de Alistamento.
Delegado do Serviço Militar: 1º Ten. José Aires Martins Salazar.
POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS
A Polícia Militar do Estado de Minas Gerais (PMMG), tem por
função primordial o policiamento ostensivo e a preservação da ordem
pública a âmbito estadual. Segundo o texto constitucional, as Forças
Militares Estaduais são forças auxiliares e reserva do Exército Brasileiro
e integram o sistema de Segurança Pública e Defesa Social. Os seus
integrantes são denominados de militares dos Estados e do Dist. Federal
(art. 42 da CRFB), assim como os membros do Corpo de Bombeiros
Militar do Estado de Minas Gerais. Acredita-se que por volta de 1850, o
então Povoado de S. S. Paraíso e pertencente ao município de Jacuí,
tenha sido montado em Posto Policial, com a designação de um cabo e
um ou dois soldados. Durante a reunião da Câmara dos Vereadores, de
21/09/1871, discutiu-se sobre a construção de cadeia pública na então
Vila de S. S. Paraíso. Mas, na reunião de 28/01/1878, decidindo sobre a
denominação de ruas, travessas, ''largos'' e ''Pátios'' (praças), um deles
foi denominado de ''Pátio da cadeia'', que ficava onde atualmente está o
prédio ''Posto de Puericultura (rua Gedor Silveira). Conclusão: cadeia,
delegacia de Polícia e Posto Policial, estiveram ali centralizados.
Anos depois, cadeia e destacamento policial, passaram a
funcionar na parte baixa do prédio da antiga Escola de Farmácia e
Odontologia (onde se encontra a agência do Banco Itaú, frente para a rua
Alferes Patrício, 171 - Centro). No ano de 1970, por determinação do
Governador do Estado, o Comandante Geral da Polícia Militar resolveu
subdividir seus Batalhões em Companhias de Polícia e S. S. Paraíso foi
contemplada com a instalação da então 5ª Companhia de Polícia Militar,
depois denominada 81ª Cia. PM, tendo por área de ação as seguintes
localidades e municípios: S. S. Paraíso (sede), Guardinha, São Tomas
de Aquino, Jacuí, Monte Santo de Minas, Arceburgo, Itamogi, Milagres,
Cássia, Capetinga, Claraval, Delfinópolis e Pratápolis.
A partir de 21/01/2009, a 81ª Cia. de Polícia, de acordo com as
novas normas passou a ser denominada 20ª Cia. Independente de
Polícia Militar, teve sua autonomia ampliada.
Um dos alicerces de atuação da 20ª Cia PM Independente é o
policiamento comunitário. A Polícia Militar mantém contato direto com os
membros da sociedade, para verificar seus anseios e suas necessidades
81
e ter condições de atuar de maneira efetiva, adotando-se uma nova
maneira de fazer segurança pública, para a resolução dos problemas de
segurança pública. Para tanto, seus membros trabalham diuturnamente
buscando o bem estar dos cidadãos, a prevenção de delitos e a
repressão adequada necessária.
Prestaram relevantes serviços à comunidade paraisense, todos
os militares destacados para atuarem em nosso meio, desde os
primórdios da existência de S. S. Paraíso até a presente data.
Destacamos os nomes de seus comandantes que nos foi possível
constatar:
Major José M. Silveira (1934), Sgt. Antonio S. Campos (1958), 3º
Sgt. Maurílio C. Santos (1959), 81ª Cia. PM Capitão Caubis Romes
Pereira, Major Wilson Chaves Cardoso, Major Flauzino da Silva Neto,
Major Arlindo Aparecido do Nascimento, Major José Luiz Reis, 20ª Cia.
Ind. PM Ten. Cel. Ronaldo Antonio Bernardes, o Ten. Cel. Daniel Paulino
de Souza. Comandante atual: Ten. Cel. Sandro Wesley de Oliveira.
84
GUARDA MUNICIPAL
1º VIGÁRIO
Padre Lúcio Fernandes Lima
88
Em 1853, foi aquela primitiva capela “curada” (passou a ser
administrada por padre residente no povoado), conforme este
documento do Bispado de São Paulo: “Dom Antônio Joaquim de Melo,
por Mercê de Deus, e da Santa Sé Apostólica, Bispo de São Paulo, etc.
Aos que esta Nossa Provisão virem saúde e bênção em o
Senhor. Fazemos saber que atendendo Nós ao que por sua petição nos
representaram os moradores do arraial de São Sebastião do Paraíso,
termo da Vila de Jacuí, havemos por bem pela presente declarar Curada
a Capela de São Sebastião do Paraíso, independente da dita Vila de
Jacuí, e das demais limítrofes. O Reverendo Padre Lúcio Fernandes
Lima, na qualidade de Capelão, servirá por meio desta Nossa provisão
por espaço de quatro meses, dentro dos quais, nos deve apresentar as
divisas e Patrimônio da dita Capela, sendo ouvido na questão dos limites
os Revmos. Párocos de Jacuí, e outros limítrofes. Pela não
apresentação nos quatro próximos meses da respectiva documentação
o patrimônio legalmente feito, e as divisas para aprovarmos, haverá
cessação da administração de qualquer sacramento na dita Capela. Esta
será registrada no Livro do Tombo da Capela, e na Vila de Jacuí, donde é
desmembrada, para todo o tempo constar. Dada em, a Câmara
Episcopal de São Paulo, SP., sob o Nosso sinal e Selo das Armas aos
quatro de Janeiro de 1853. Eu, o Cônego José Carlos da Cruz Paula,
Escrivão da Câmara Episcopal a subscrevi.
ANTÔNIO, BISPO
Curada a Capela em 1853, ficou S. S. Paraíso, independente da
de Jacuí, quanto aos serviços religiosos, primeiro passo para a sua
emancipação administrativa, que se deu, 20 anos depois (1/12/1873).
FREGUESIA
Pela Lei nº. 714, de maio de 1855, foi o Curato de São Sebastião
do Paraíso, elevado à Freguesia (isto é: paróquia), estabelecendo-se na
mesma a obrigação dos habitantes de paramentarem a Igreja Matriz,
com ornamentos e alfaias necessários.
De acordo com o contrato chamado “Padroado”, celebrado entre
o Papa e a “Ordem de Cristo”, entidade poderosa e rica, que tinha dentre
suas finalidades, libertar a “Terra Santa” (Palestina), da qual “Ordem” o
Rei de Portugal era o seu Grão Mestre, “Freguesia” era ao mesmo tempo
uma unidade tanto religiosa quanto administrativa.
Somente depois de proclamada a República é que houve a
separação entre o Estado e a Igreja Católica. Então, “freguesia” passou à
denominação de “paróquia”, unidade religiosa até hoje vigente, mas sem
a interferência do Poder Governamental.
89
Dom Antônio Joaquim de Melo, Bispo da Capital de São Paulo,
por aqui permaneceu cerca de quatro dias crismando, celebrando
casamentos e resolvendo problemas de ordem religiosa e moral, que lhe
foram apresentados.
PADRE EMIGDIO ANTÔNIO DE CARVALHO (2º Vigário)
O Padre Emigdio Antônio de Carvalho foi Vigário desta Paróquia,
durante vários anos, pouco se conhece, porém, de sua atuação.
Sabe-se apenas que o referido Vigário aqui manteve um
orfanato para meninas carentes.
PADRE ÂNGELO PETRAGLIA (3º Vigário)
O Padre Ângelo Petraglia, italiano, na ata de instalação da
primeira Câmara Municipal (1871), deixa evidente sua atuação na vida
de São Sebastião do Paraíso, assumindo, com outras pessoas, a
responsabilidade pela construção da Cadeia local, a fim de que fosse
mantido o ato de transferência da Vila de Jacuí, para o então Distrito de
São Sebastião do Paraíso, pertencente ao município de Jacuí.
PADRE JOAQUIM FERREIRA TELES (4º Vigário)
Ato de nomeação:
O Doutor Joaquim Manuel Gonçalves de Andrade, Cavaleiro da
Ordem de Cristo, Arcedíago da Catedral desta Imperial cidade de São
Paulo e Governador do Bispado, por sua Excelência Reverendíssima:
Aos que a presente virem, saúde e paz para sempre em o
Senhor. Faço saber que para mais comodidade dos povos, e em vista do
que se apresenta:
- Hei por bem criar uma Comarca Eclesiástica na Paróquia de
São Sebastião do Paraíso, desta Diocese, que compreenderá, a Igreja
do mesmo nome, bem como as de Jacuí, São Francisco de Monte Santo,
e os Curatos de São Pedro e de Santa Bárbara (hoje Guaranésia),
ficando tão bem nomeado, como vigário Forâneo, o respectivo pároco
Pe. Joaquim Ferreira Teles, que proporá pessoa idônea para exercer o
cargo de Escrivão, prestando ambos juramento na forma costumada, do
que se lavrará termo, depois tanto um como outro requererão as
faculdades de estilo. Será esta registrada no livro para este fim destinado
para todo sempre constar.
Dada na Câmara Episcopal de São Paulo, sob o meu selo e sinal
das Armas de S. Excia. Revma. Aos 15 de janeiro de 1873. Joaquim
Manuel Gonçalves de Andrade. Mandado pelo Revmo. Governador do
Bispado Antônio Augusto de Araújo Muniz.
O Padre Joaquim Ferreira Teles, que veio de Batatais, para o
vicariato desta Cidade, onde residiu por vários anos; foi fazendeiro no
Município.
Durante sua gestão nesta Paróquia, aconteceu a 30 de agosto
90
de 1879, o incêndio da Igreja, construída antes do ano de 1853, templo este
que o Padre Lúcio Fernandes Lima inaugurou, quando foi nomeado 1º
Pároco de São Sebastião do Paraíso.
Transcrevemos o documento comprovatório:
Dom Lino Deodato Rodrigues de Carvalho, por mercê de Deus, da
Santa Sé Apostólica, Bispo de São Paulo, do Conselho de sua Majestade o
Imperador, etc.
“Aos que a presente virem, saúde e bênção em o Senhor.
Tendo Nós recebido com a mais profunda mágoa do nosso coração,
a triste notícia de haver-se incendiado a Igreja Matriz de São Sebastião do
Paraíso, deste Bispado, devemos por bem pela presente autorizar o
respectivo Pároco a exercer os atos paroquiais na Capela de Nossa Senhora
do Rosário, como nos requereu, até que se edifique a Matriz, o que fará
constar aos seus paroquianos. Será esta registrada no Livro de Tombo da
referida Matriz, para a todo tempo constar.
Dada e pessada na Câmara Episcopal de São Paulo, sob nosso
sinal e selo das Nossas Armas aos 17 de setembro de 1879”.
92
Vigário desta Paróquia, por achar-se vago o cargo, pela
remoção do Revmo. Cassimiro Frati para a paróquia de Brotas, SP,
conforme Portaria de Dom Lino Deodato Rodrigues, Bispo Diocesano de
São Paulo aos 13 de setembro de 1890. Aos 18 dias do mês de janeiro de
1891, na residência do Vigário Cassiano Ferreira de Menezes, com a
presença do escrivão Carlos Jacob Ferreira de Menezes, José Leite foi
nomeado para servir no cargo de Zelador da Capela de Santa Cruz do
Baú, filiada à Paróquia de São Sebastião do Paraíso. Pela mesma forma
foi nomeado para Zelador da Capela de Nossa Senhora da Abadia, aos
17 de março de 1891, o cidadão Tenente José Cândido Pinto Ribeiro.
93
favor da Capela de Nossa Senhora da Abadia, permitindo que nelas
fossem celebradas Missas, confissões, casamentos e batizados.
PADRE DR. ARISTÓTELES ARISTODEMUS BENATTI (12º Vigário)
Aos 4 de setembro de 1906, o Bispo D. João Batista Correia
Nery, assinou a Portaria de nomeação do Padre Dr. Aristóteles
Aristodemus Benatti, o qual, sendo doutor em Direito Canônico e
professor, elevou a instrução em nosso meio, organizando um ginásio
modelar, que passou depois à Escola Normal, voltando a ser Ginásio e
Escola Normal, quando assumiu a sua direção Mr. George Aluysius
Nixon, notável pedagogo norte-americano.
Em seu vicariato, foi assinada a escritura de doação da área do
antigo Cemitério, atual Praça Com. João Alves, à Câmara Municipal,
desativado desde 1897.
No dia 8 de novembro de 1908, foi lavrada ata para nomeação de
uma comissão responsável pela reconstrução da Igreja Matriz. Referida
Comissão era presidida pelo Vigário, e composta ainda pelos Srs.: Cel.
José Luiz Campos do Amaral, Cel. José Cândido Pinto Ribeiro, Capitão
Manuel Dutra da Silva, Cândido Marques da Silva, João Moreira de
Castro, João Alves Figueiredo Júnior, José Honório Vieira, Antônio
Pimenta de Pádua, Antônio Leôncio de Castro, João Batista Teixeira e
José Aureliano de Paiva Coutinho.
No dia 15 do mesmo mês, foi iniciado o trabalho, demolindo-se a
parte exterior do Templo até o Arco do Cruzeiro, como também foi
demolido o velho altar de madeira. Tendo o Padre Benatti empreendido
viagem à Europa, em visita à sua família, foi nomeado Vigário Interino o
Cônego José Philipe da Silveira, por Portaria de 28 de novembro de
1910. No dia 3 de maio de 1912, foram reiniciados os trabalhos da
reconstrução da Igreja Matriz, os quais haviam sido paralizados, devido a
viagem do Vigário. O padre Dr. Aristóteles Benatti, foi removido para a
Paróquia de Caracol, hoje Andradas. No entanto, o povo e a Câmara
enviaram pedido ao Bispo Diocesano, solicitando a permanência dele
em São Sebastião do Paraíso. O Bispo atendeu, mas pouco tempo
depois, Padre Benatti partia para Guaxupé e de lá para Andradas.
Retornando à Itália, onde veio a falecer.
94
MONSENHOR JOSÉ PHILLIPE DA SILVEIRA (14º Vigário)
O Cônego José Phillipe da Silveira foi nomeado em substituição
ao Padre João Pedro Lafforgue, aliás, já estivera em São Sebastião do
Paraíso, em substituição ao Padre Benatti.
Aqui chegando tomou posse como Vigário a 26 de julho de 1914,
exercendo sua missão pastoral durante 25 anos, até que veio a falecer
no dia 25 de maio de 1939.
Nascido a 23 de agosto de 1884, na cidade de Pouso Alegre -
MG, foi ordenado padre em 9 de julho de 1909. Nomeado vigário de
Guaranésia até 1914, quando foi transferido para nossa cidade.
Em 1920, no dia 28 de novembro, tomou posse o 2º Bispo de
Guaxupé, D. Ranulfo da Silva Farias, em substituição ao Bispo D.
Antônio Augusto de Assis, e o Cônego José Phillipe da Silveira, o saudou
em nome da Diocese, pois era considerado grande orador. A 13 de junho
de 1927, Monsenhor Phillipe deu a bênção ao Colégio Paula Frassinetti,
a pedido da Madre Maria das Dores Lira. Fundou uma escola doméstica
com nome de Escola Doméstica “Santa Terezinha”, inaugurada no dia 4
de março de 1934, que funcionou por muitos anos. Era dirigida pelas
irmãs Missionárias de Jesus Crucificado. A obra religiosa de Monsenhor
Phillipe foi maravilhosa, seu plano de amor conseguiu trazer para nossa
cidade o Orfanato “Monsenhor Felipe”; trabalhou ativamente para a
instalação do Colégio das Irmãs Dorotéias, organizou uma vila operária e
foi sempre um entusiasta da obra Vicentina. Ajudaram-no no pastoreio
religioso vários coadjutores, entre eles os padres: Antônio Pereira do
Rego, João Cunha, Isidoro Paranhos e José Ocaña.
Após a sua morte, o Exmo. Sr. Bispo Diocesano encarregou, o
Padre José do Amaral Ornelas, para dirigir provisoriamente a Paróquia.
MONSENHOR JERÔNIMO MADUREIRA MANCINI (15º Vigário)
96
Academia Paraisense de Cultura, em reconhecimento à sua
inteligência e cultura.
A partir de 1995, dividiu a direção da paróquia com o Padre
Francisco Clóvis Nery, e posteriormente com o Pe. Elizeu Guimarães
Souza.
PADRE ELIZEU GUIMARÃES SOUZA 17º Vigário
97
VIGÁRIOS PAROQUIAIS DA PARÓQUIA SÃO SEBASTIÃO
Até 25 de janeiro de 1983, os padres de auxiliavam os titulares
das paróquias, eram chamados de “padres coadjutores”. Mas a partir
dessa data, passaram a ser “vigários paroquiais”, de conformidade com
o novo Código de Direito Canônico, promulgado pelo Papa João Paulo II.
Assim, de 1983 até a presente data exerceram tais funções Pe.
Enoque Donizete de Oliveira, Pe. Plínio, Pe. Edmo Tadeu de Oliveira, Pe.
Ayrtum Mariani, Pe. Eduardo de Pádua Carvalho, Pe. Juvenal Cândido
Martins e Pe. Francisco Clóvis Nery e Pe. Gladistone Miguel da Fonseca.
PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA ABADIA
MATRIZ - Praça N.Sª da AbadiaBairro Mocoquinha
98
PROVISÃO PARA FUNCIONAMENTO DA
CAPELA RECÉM-CONSTRUÍDA
“Fizemos saber que atendendo ao que nos representou o Padre
Cassiano Ferreira de Menezes, Vigário da Freguesia de São Sebastião
do Paraíso, deste Bispado: Havemos por bem, pela presente, de
concedermos autorização para que na capela N.S. da Abadia e filial da
Matriz da referida paróquia, possa o Revdo. Pároco respectivo ou outro
sacerdote aprovado no Bispado e que esteja no gozo efetivo de suas
ordens, efetuar a celebração do Santo Sacrifício da Missa em qualquer
dia não proibido pelas Rubricas, ainda que festivos e mais solenes “et
servatis de jure servandi”, contanto que a capela esteja decente e
provida de paramentos mais objetos indispensáveis ao culto divino e,
como igreja pública preste-se comodamente à celebração dos santos
atos religiosos, observando-se sempre e em tudo a necessária decência
e regularidade e o disposto nas leis da Santa Igreja.
O Pároco, visitando a capela e achando-a decente provida de
paramentos e objetos indispensáveis, procederá a bênção da mesma,
usando da fórmula breve Benedictio que vem do Ritual Romano e ainda
no fim da Missa, e passará nesta mesma provisão a competente certidão
da visita e bênção, registrando integralmente quer uma quer outra no
Livro do Tombo de sua paróquia. Se a capela já houver sido benta, o
Revdo., pároco se limitará a examinar se está decente e nas condições
de continuar a servir para a celebração, passando do mesmo modo e
para qualquer ulterior deliberação, certidão de visita e resultado do
exame e efetuando o registro integral, como acima se declara. Findo o
prazo de cinco anos, ficará sem vigor este provimento para que o
impetrante possa continuar no gozo de tais concessões, nos requererá
nova provisão junto a esta Câmara.
Dada e passada na Câmara Episcopal desta cidade de São
Paulo, sob o nosso sinal e selo das nossas Armas, aos 17 de março de
1891.
Lino, Bispo Diocesano.
E eu, Padre Adelino Jorge Montenegro, Escrivão da Câmara
Eclesiástica, a subscrevi. ‘‘Cônego Antônio Guimarães Barroso”.
DECRETO DE EREÇÃO DA PARÓQUIA N. SENHORA DA ABADIA
“Aos que este Decreto virem, saúde, paz e bênção em o Senhor.
Fazemos saber que, atendendo ao bem dos fiéis a Nós
confiados, encontrando causa canônica nas normas do Cânon 147, §2,
havemos por bem usando de nossa jurisdição ordinária, de acordo com o
Cânon 1427 § 1, desmembrar da Paróquia de São Sebastião do Paraíso,
o território que em seguida vai indicado e nele erigir canonicamente uma
nova Paróquia amovível conforme o Cânon 454, §3, que se denominará
“Nossa Senhora da Abadia”, e está compreendida dentro dos seguintes
limites:
99
Começa nas divisas da paróquia de Itamoji com a de São
Sebastião do Paraíso sobre o leito da Cia. Mogiana de Estradas de Ferro,
FEPASA, pela linha férrea da referida Companhia até a “conserva” que
separa as estações de Ipoméia e São Sebastião do Paraíso, até o aterro
sobre o córrego dos Carrapatinhos junto a esta cidade; subindo pelo
referido córrego, tomando à esquerda e pela mesma procurando o
cruzamento da Trav. João Pessoa (hoje Trav. Genaro Joele) com a Av.
Delfim Moreira no seu número 1712, junto a um boeiro de águas pluviais;
daí, subindo pela Av. Delfim Moreira até à Av. Ângelo Calafiori; subindo
pela Av. Ângelo Calafiori, com direção ao Ginásio Paraisense (atual
Colégio Estadual) até à Av. Rui Barbosa (atual Mons. Mancini); subindo
por esta avenida até seu final no início da estrada de rodagem para
Pratápolis (MG050); seguindo a referida estrada até as divisas com a
Paróquia de Pratápolis, no alto do Ricartinho; seguindo à direita pelas
divisas com a Paróquia de Pratápolis até o Rio Santana na foz do
Ribeirão da Água Quente; daí, pelas divisas com as Paróquias de Jacuí,
Monte Santo e Itamogi até o ponto sobre a linha da Companhia Mogiana
FEPASA onde teve início esta demarcação. Dado e passado nesta Cúria
Diocesana de Guaxupé (criada pelo Papa Bento XV, no dia 3/2/1916),
sob o Nosso Sinal e o selo de Nossas Armas., aos 2 de fevereiro de 1951,
festa da Purificação do SS. Virgem. E eu, Cônego Marcos Antônio
Noronha, Secretário do Bispado, a subscrevi.
Hugo, Bispo Diocesano.”
ATA DA INSTALAÇÃO SOLENE DA PARÓQUIA N. SRA. DA ABADIA
“Aos sete de abril de mil novecentos e cinqüenta e um, do
nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, nesta cidade de São
Sebastião do Paraíso, Estado de Minas Gerais, foi instalada,
solenemente, a Paróquia amovível de Nossa Senhora da Abadia,
desmembrada da Paróquia de São Sebastião do Paraíso, por decreto de
S. Excia. Revma. D. Hugo Bressane de Araujo, DD. Bispo de Guaxupé,
de acordo com o Cânon 1427 e com o território delimitado pelo respectivo
decreto.
PADRE SEBASTIÃO GALVÃO 1º Vigário
Aos 19 de fevereiro de 1967, às 9 horas, na Matriz da Paróquia
de Nª Sra. Da Abadia, tomou posse como 1º Vigário, o Padre Sebastião
Galvão, nomeado por Provisão do Exmo. Sr. Bispo D. José de Almeida
Batista Pereira, titular da Diocese de Guaxupé, em presença deste, de
Mons. Marildo Brado Campos, Vigário Geral da Diocese, de Mons.
Jerônimo Madureira Mancini, autoridades e grande número de fiéis, não
só da mencionada Paróquia mas de toda a cidade.
Apesar das grandes dificuldades que encontrou, principalmente
financeiras, conseguiu o Padre Galvão sensibilizar os fiéis quanto aos
seus compromissos referentes à manutenção da paróquia, assistência
aos irmãos necessitados, propagação da fé, etc.
100
CÔNEGO DR. ALBERTO NAVARRO VIEIRA 2º Vigário
Estando vaga a paróquia, nomeou o Sr. Bispo Diocesano para 2º
Vigário, o então Cônego Dr. Alberto Navarro Vieira, advogado, que
tomou posse no dia 7 de fevereiro de 1972. (Provisão de 8/2/1972).
Durante suas gestão, além de atender com real zelo os
paroquianos, desenvolveu meios e conseguiu saldar os débitos relativos
à fábrica de calçados, adaptando o prédio para servir de “Casa
Paroquial” e bem assim iniciou a construção, ao lado desta, de um “Salão
Paroquial”.
No dia 31/8/1975, julgando estar concluída sua missão aqui em
Paraíso, resolveu deixar a Paróquia, retirando-se para a cidade de Poços
de Caldas, MG.
MONS. JERÔNIMO MADUREIRA MANCINI - Vigário Encarregado
Estando vaga a paróquia, resolveu o Sr. Bispo nomear Mons.
Mancini, por Provisão de 19/9/1975, para funcionar como Vigário
Encarregado, o que aconteceu até 13/12/1975, quando foi nomeado
novo Vigário para a Paróquia.
CÔNEGO JOSÉ MARIA LUZ - Vigário Cooperador
Igualmente para servir como Vigário Cooperador, foi nomeado o
Cônego Luz, conforme Provisão também de 19/9/1975, que serviu até
13/12/1975.
101
Guaxupé, aos 8 de agosto de 1975.
D. José Alberto de Castro Pinto
Bispo Diocesano
Durante quase dois anos, permaneceu o Pe. Luiz Tavares, como
vigário, consumindo-se em sua nobre missão de pastorear os fiéis.
Incentivou a criação de grupos de jovens, adolescentes e casais
com Cristo, tendo por finalidade o revigoramento espiritual.
No dia 11/8/1975, deixou a direção da Paróquia para servir em
Monte Santo de Minas e posteriormente em Passos, sua terra natal.
PADRE JOSÉ AMAURY CARNEIRO 4º Vigário
Tomou posse no dia 9/10/1977, às 9 horas, perante o
representante do Sr. Bispo, Mons. Ciro Zerbini, Vigário Geral da Diocese,
conforme Provisão de 04/10/1977, durante a celebração da Santa Missa,
quando foi recepcionado pelo Dr. Luiz Ferreira Calafiori, que discursou
em nome de seus paroquianos.
Durante o paroquiato do Pe. Amaury tiveram início as obras de
ampliação e reforma da Igreja Matriz e bem assim foram intensificados
movimentos de cursilhistas e formação da Cúria “Máster Eclesiae”, da
Legião de Maria, dentre outros trabalhos de promoção social.
Após a visita pastoral do Sr. Bispo, concluída no dia 6/5/1979, foi
o Pe. Amaury transferido para a Paróquia de Serrania, conforme seu
pedido ao Titular do Bispado, sendo nomeado vigário substituto,
novamente, o Cônego José Maria Luz.
PADRE HAROLDO WERNECK DO VALE 5º Vigário
Nomeado por Provisão de nº. 81, de 22/5/1979, tomou posse do
cargo perante Mons. Jerônimo Madureira Mancini, representando do Sr.
Bispo Diocesano, estando a Igreja Matriz apinhada de fiéis e das
autoridades. Saudou o sacerdote, o Dr. Luiz Ferreira Calafiori, durante a
Missa de posse.
Dotado de profundo espírito religioso, conquistou desde logo o
novo Vigário, o coração e a simpatia de seus paroquianos.
Continuou a obra de seus antecessores, deu prosseguimento à
reforma da Matriz e cumpriu rigorosamente o calendário de celebrações
tradicionais na Paróquia.
Alegando motivos de saúde, declinou do cargo no dia 15/1/1980.
PADRE GERALDO REZENDE 6º Vigário
Uma vez mais o povo da cidade irmanado aos moradores da
Paróquia de N. Sra. da Abadia, lotou a Igreja Matriz para dar as boas
vindas ao seu novo Vigário, nomeado pela Provisão nº 231.
Precisamente às 19 horas do dia 15 de fevereiro de 1980, em
presença do Sr. Bispo Diocesano, D. José Alberto de Castro Pinto,
102
autoridades civis, Padres convidados e maciça presença popular, tomou
posse do cargo o Pe. Geraldo Rezende, natural de Guaxupé, MG,
nascido em 9/9/1945 e falecido no dia 14/05/2002, filho de José Benedito
Rezende e de Eulália Pedrosa Rezende. Antes de ser designado para
esta paróquia, Pe. Geraldo, foi vigário da Paróquia de N. Sra. da Penha
de Passos, MG., pelo espaço de 4 anos.
À frente de sua missão, conseguiu proporcionar aos seus
paroquianos toda assistência própria de seu ministério.
Foi-lhe outorgado o título de “Cidadão Paraisense”, pelos
relevantes serviços prestados à comunidade.
Concluída a reforma da Igreja Matriz, foi esta solenemente re-
inaugurada no dia 3 de maio de 1980.
PADRE GERALDO HENRIQUE BENJAMIM 7º PÁROCO
Desde abril de 2002, vinha o mencionado padre auxiliando o seu
antecessor na condição de coadjutor .Mas com a morte daquele, a 14 de
maio de 2002 , o padre Geraldo Henrique Benjamim assumiu a direção
da Paróquia. Anteriormente foi titular da paróquia da cidade de São
Pedro da União - MG.
Ultimamente o Bispo Diocesano de Guaxupé tem adotado o
critério de remanejamento periódico dos párocos da Diocese, por julgá-lo
próprio para os dias atuais. Assim, em 11/09/2010, transferiu o Pe.
Geraldo henrique Benjamim para a Paróquia Sta. Terezinha, de Itaú de
Minas e bem assim a transferência do Pe. Luiz Januário dos Santos, para
a Paróquia N. S. da Abadia, de S. S. Paraíso.
PADRE LUIZ JANUÁRIO DOS SANTOS 8º Pároco
Conforme acima explicado, o Pe. Luiz Januário dos Santos,
natural de Monte Santo de Minas (MG), nascido em 1953, foi transferido
de Itaú de Minas para atuar como Pároco da Paróquia de Nº Sª da
Abadia.
PADRE AILTON GOULART ROSA 9º Pároco
113
paróquia N. S. Sion, Pe. Benedito Donizete Vieira, Preocupado em
proporcionar assistência religiosa mais próxima aos seus fiéis residentes
do Jardim Ipanema e adjacências, liderou o movimento de seus
moradores, que, plenos de fé, decididos e plenamente motivados,
uniram esforços, realizaram leilões e festas comunitárias. Assim
conseguiram recursos necessários para a construção da ampla e
acolhedora capela e dependências voltadas para reuniões, aulas de
catequese, cursos de corte e costura, etc.
CAPELAS SITUADAS NA ZONA RURAL
Espalhadas pelos principais bairros rurais, existem várias
capelas onde as comunidades católicas participam de ofícios religiosos.
Dentre elas destacamos: dedicada à N. Sra. das Mercês (Marques)
construída em 1880, Pimentas, Itaguaba, Termópolis, Alto do Morro da
Mesa, Morro do Baú de Santa Cruz, Varões, Sto. Antônio do Paiol,
Antinha, Ponte Alta, Baú, Bauzinho, Nóca, etc.
ASSOCIAÇÕES RELIGIOSAS CATÓLICAS
Várias associações religiosas e movimentos de jovens, atuam
nas paróquias acima, visando melhor assistência material aos
necessitados e conseqüente aprimoramento espiritual, dentre as quais
destacamos: Vicentinos, Legião de Maria, Zeladoras do Sagrado
Coração de Jesus, ME CES, Marianas, Cursilhistas, Ministros da
Eucaristia e grupos de orações. Movimentos jovens: “Jane”, “Alfa”,
“Ieshuá”, ''Jovens Sarados'', etc.
PASTORES
De 1941 a 1951: Jairo B. Sobrinho, Américo J. Ribeiro, Adauto A.
Dourado, Neffali V. Júnior, Ildebrando D. Valim, Paulo B. Silveira. De
1951 a 1961: José Lima, Celso S. Silva, Jairo B. Sobrinho, Luiz
Rodrigues. De 1961 a 1985: Antônio L. Silveira, Nicanor X. Cunha,
Edival Valim, Carlos F. Júnior, Dario P. Ramos (este na condição de
116
licenciado), Lísias Garcia da Costa, Levingston Garcia da Costa, Paulo
César da Silva, João Batista Pereira, Francisco Javier C. Mixter, Natan
da Silva, Mário Sérgio Diniz, Antonio Júnior e Manoel Amilcar Novaes.
Pastor na atualidade: Edmar Eurípedes Vicente.
PRESBÍTEROS ANTIGOS
COMUNIDADE PRESBITERIANA
Bairro Morumbi
Pastor: Mauro Barreto
122
A expansão dos adeptos do grande líder, Alan Kardec, propiciou
a fundação de mais este centro irradiador desta doutrina. Assim, em
1938, foi fundado mais este “centro”, por Josefa Passotti, seu atual Pres.
É o Sr. Felisberto Francisco Alves.
CENTRO ESPÍRITA “PROF. GEDOR SILVEIRA”
Pça. Cel. Antônio Rodrigues, 145
124
Segundo registros históricos, já em 1872 funcionava aqui em Paraíso a
Loja Maçônica ''Estrela do Sul'' e que se manteve atuante por cerca de
duas décadas, tanto é assim que o Capitão José Aureliano de Paiva
Coutinho, natural de Pouso Alegre, foi morador de Jacuí, onde exerceu
cargos importantes, inclusive como Vice-Pres. da Câmara Municipal e,
posteriormente, o de 1º Pres. da Câmara Municipal local, cargo
equivalente a Prefeito, foi mencionado na condição de Venerável Grão
Mestre e fundador da referida Loja.
Por motivos que desconhecemos, os augustos e proeminentes
maçons daquela época resolveram dissolver citada Loja, fundando a
13/06/1898, a atual Loja Maçônica''Fraternidade Universal'' que desde
então vem funcionando regularmente, no mesmo lugar onde se
encontra, ostentando suas virtudes de Augusta, Respeitável e Sublime
Loja Capitular, “Fraternidade Universal”, subordinada inicialmente ao
Grande Oriente do Brasil e tendo por rito o Escocês Antigo e Aceito.
Atualmente, faz parte do colegiado que é obediente ao Grande Oriente
de Minas Gerais.
Com mais de século de existência, a “Fraternidade Universal” se
vê fortalecida por gerações de maçons. Ostenta longa e elogiável folha
de bons serviços prestados não só à comunidade paraisense, mas
extensiva à região. Trabalho esse desenvolvido sob o manto do silêncio
e conforme os cânones de ordem institucional, mas que não passa
despercebido a quem tem olhos e inteligência para discernir, tendo em
vista as diversas instituições filantrópicas, às quais está intimamente
ligada. Exerceram as funções de “VENERÁVEL”:
Cel. José Luiz C. Amaral Jr., Major Américo B. Paiva, Dr. Afonso
Pedrário, Dr. Placidino B. Brigagão, Cel. Antônio P. Pádua, Cel. Thomé P.
Pádua, Dr. Jaime P. Pádua, Cel. José P. Pádua, José O. Silos, Cel. José
O. Rezende, Plício Panse, Antônio de Bello, Walter Braghini, Wandeir S.
Nogueira, Argemiro R. Silva, Octaviano A. Pádua, Leopoldo Bortoni,
Antônio Radaelli, Reinaldo Mambrini, Espir Atiê, Dr. Gilberto J. Miranda
Almeida, Maciel T. Silva, Anacleto Belluzo, Thougo Cosini, Dr. Gabriel O.
Marques, José Basilio de Queiroz, Luiz Wagner Salgado, Manoel Amilcar
Novaes, João Sinval de Araújo, Wilson Varela, Luiz Wagner Salgado,
Pedro Dilson Costa Coutinho, Dr. Benedito Nogueira de Souza, José
Carlos Moura, Dr. Evander José Vieira, Waldir Aniceto da Silva e
atualmente Luiz Alberto Pimenta.
125
seguintes: Guerino Paschoini, Leopoldo Bortoni, Azarias
Pimenta de Souza, Paulo José Garcia, Antônio Benedito de Paula, José
Luiz de Paula, Mário do Prado Queiroz, José Veloso de Queiroz, Dorival
Soares Ferreira, Geraldo Pelucio, Oswaldo Vieira Pinho e Evair Colozio.
A Sagração do Templo se deu quando de sua mudança para o
prédio, 1554, da Rua Dr. Placidino Brigagão, quando já contava com
mais um membro, o Sr. Miguel de Oliveira, que passou também a figurar
como fundador. Na oportunidade, esteve presente o então Grão Mestre
da Grande Loja de Minas Gerais, o Sr. Onéas D'Assumpção Correa,
além de numerosas comitivas de diversas lojas de Minas Gerais e do
Estado de São Paulo. Nesse local funcionou até à instalação da sede
definitiva, que foi sagrada no dia 15/02/1972, pelo então Grão Mestre em
Minas Gerais, Sr. Gal. José Lopes Bragança.
Vivificando os nobres e sadios ideais maçônicos, seus “obreiros”
levam avante obras filantrópicas de reconhecido valor.
Dentre essas, a creche “Vinício Scarano”, que foi um lídimo
Venerável maçon; “Guarda Mirim” e o “Grupo Escoteiro Apóstolos da
Liberdade”, além de outros meritórios trabalhos de fundo eminentemente
filantrópico.
Exerceram as funções de “VENERÁVEL”:
Geraldo Pelúcio, Ivair Colozzio, Guerino Paschoini, Paulo José
Garcia, Vinício Scarano, José Borges da Cunha, Marco Aurélio Pelúcio,
Ely Queiroz, Antônio Thomaz Furlan, Ug Queiroz, Dr. Antônio Carlos
Toledo, Dr. Arley Preto Gomes, Alécio Tubaldini, João Wagner Candiani
Gilberto Gonçalves, Antônio Henrique Bozeli, Newton Martins da Cunha,
Dr. Renato Ferraz Rodrigues, Rômolo Bícego, Jailson de Souza Arantes,
Pedro Couto Arantes e atualmente Claudio Belluzzo.
126
Exerceram a função de Venerável: GilbertoGonçalves, Oswaldo
Francisco Tozin, José Antonio de Paula Gonçalves, Gilberto de Paula
Alves e atualmente Walterson de Paula Grilo.
GEOGRAFIA HISTÓRICA
127
mesmo ano o Distrito de Santa Cruz das Areias. Perde em 1901, os
Distritos de São João Batista das Posses, Garimpo das Canoas (atual
Claraval) e Santa Cruz das Areias (atual Fortaleza de Minas). Criam-se-
lhe em 1923, os Distritos de Capetinga e Guardinha. Perde no mesmo
ano o de São Tomaz de Aquino. Perde em 1938, o Distrito de Capetinga e
Espírito Santo do Peixoto (atual Goianases).
Finalmente em 1943, o Município perdeu Pratápolis que se
emancipou pela Lei nº. 1.058, de 31 de dezembro de 1943, ficando com o
Distrito de Itaú de Minas, desmembrado dos Municípios de Passos e
Cássia.
De todas estas transformações resultou que o Município de São
Sebastião do Paraíso ficou reduzido e constituído apenas por dois
Distritos, o da sede e o da Guardinha, além do sub-distrito povoado de
Termópolis, com uma extensão global de 824,5 Km².
AO SUL
Com os Municípios de Monte Santo de Minas e Itamogi. Partindo
do Morro Vermelho, segue pelo divisor de águas do rio Santana e ribeirão
Pinheirinho até o ponto fronteiro à cabeceira do Ribeirão Tomba Perna;
daí, com o Município de Itamogi; no divisor de águas do rio Santana e
ribeirão Pinheirinho, no ponto fronteiro à cabeceira do ribeirão Tomba
Perna de um lado, e o ribeirão Santana, córrego Campo Alegre e
Rocinha, do outro, até alcançar o Estado de São Paulo.
A SUDOESTE
SOLO MISTO
Em São Sebastião do Paraíso, citaram-nos os agrônomos,
nunca se poderá fixar limites rígidos desse ou daquele tipo de solo. A
cultura do café é feita em toda extensão. Numa mesma fazenda
encontra-se tanto o solo arenoso como o massapé e a terra roxa. Na
Fazenda Lagoa Preta, por exemplo, é usado para cereais. Por outro lado
afirmaram o tipo arenoso é encontrado em todo o perímetro no qual está
circunscristo o município paraisense.
SOLO EM S. S. DO PARAÍSO (a grosso modo)
CLASSIFICAÇÃO % SUB-CLASSIFICAÇÃO %
Massapé 10% Arenitos 30%
Arenoso 10% Cerrado e Campo 20%
Roxo Arenoso 80% Misto 50%
AMBIENTE GEOMÓRFICO
Não há estudos sobre a constituição geológica do município. A
leste, há rochas de natureza granítica, e são também encontrados
arenitos e algumas rochas calcáreas. A zona central, em direção Leste
Norte, é de natureza arenosa, com pastagens de campo. Ao Sul e oeste,
133
as rochas são de natureza essencialmente graníticas em terras mistas
de cultura.
CLIMA, FAUNA E FLORA
Predomina no município o regime de chuvas tropicais, com um
máximo de precipitação no verão e um mínimo no inverno.
No verão, o aquecimento modifica completamente as condições
da temperatura e evaporização do solo, dando origem a uma massa
quente e seca ao Sul e outra quente e úmida ao Norte, formando-se
sobretudo à tarde, trovoadas, que são as principais responsáveis pelas
elevadas precipitações nessa temporada.
A nebulosidade, muito forte durante o verão, é constituída por
cúmulus cumulus-nimbus de grande desenvolvimento vertical, que
produzem fortes chuvas à tarde e ao anoitecer. Durante o inverno, já
dentro do alíseo, só apresenta fraca nebulosidade e estratiforme.
A amplitude é fraca; a temperatura, porém, é sempre muito elevada e
está se elevando cada vez mais a cada ano, causando motivada
preocupação, pois as fontes que abastecem sítios e fazendas, estão
ficando cada vez mais fracas ou até chegam a secar, porque o período
chuvoso está diminuindo de ano para ano, resultado do desmatamento
sistemático, desde quando as estradas de ferro São Paulo e Minas e
Mogiana, foram implantadas em Paraíso até Passos (1911 e 1914,
respectivamente), desmatamento para plantio de café, cana e outras
lavouras, que era destinado, ainda, para alimentar os fornos de Cia. de
Cimento Itaú, caieiras, padarias, fogões domésticos à lenha, etc.,
produção de gases que provocam o chamado “buraco negro” no Sol,
experimentos nucleares pelos grandes países poluidores, etc.
A temperatura médica anual do ano 2000, por exemplo, foi de
21,7ºC.
A média máxima anual era de 26ºC. Em 2000 foi de 28ºC.
A média mínima anual era de 15,6ºC. Em 2000 foi de 15ºC.
O índice médio pluviométrico anual era de 1.238mm. No ano de
2000, foi de 1.016mm. Não há mais que falar em meses mais quentes,
pois a bem da verdade, o calor se faz presente o ano todo, coisa que não
acontecia há 40 anos atrás. As ondas de frio são por demais
passageiras, às vezes não chegam nem a durar 24 horas, num ou outro
dia dos meses de maio e junho. Em julho e agosto venta muito, mas vento
seco, e os chuviscos são esporádicos, diminuindo a umidade relativa do
ar, ensejando casos de problemas respiratórios.
FAUNA
Apesar da sistemática devastação das matas, regular variedade
de animais ainda pode ser encontrada. Assim é que, da classe dos
mamíferos, são encontradas várias espécies de macacos, cachorro do
mato, lontra, paca, capivara, raramente são vistos lobos e veados.
Na classe das aves: galináceos e nhambus, capoeiras, jacus,
134
codornas etc., columbinos: pombos domésticos e selvagens, juritis
''amargosinha'' e rolinhas; trepadores: papagaios, pica-pau, sanhaço,
bem-te-vi e periquitos, jandaias, etc. Pássaros canoros: canário, sabiá,
bicudo, coleirinha, pássaro-preto, tico-tico, sanhaço e o incômodo
pardal. Dignos de referência especial são os beija-flores, dos quais
existem grandes variedades. Dos répteis, podemos enumerar dentre
outros: urutu, cascavel, jararaca, coral, jibóia, lagartos em geral.
FLORA
Tirante as áreas aproveitadas para agricultura, a maior parte do
município está coberta por pastagens artificiais, algumas restingas de
mato natural, razoável número de eucaliptais e algumas manchas de
campos nativos (cerca de 5% da área rural). As extensas matas
centenárias, não existem mais, pois o desmatamento indiscriminado e
acentuado a partir do Século XX, provocou acentuada modificação
quanto ao revestimento florestal do município. Quanto ao
reflorestamento, a que se destacar os esforços dos técnicos do Horto
Municipal, Cooparaiso, Conselho Municipal de Proteção ao Meio-
Ambiente, IEF à EMATER, e do Consórcio Intermunicipal das Bacias dos
Rios São João e Santana, que fornecem tecnologia, máquinas e mudas
de essências nativas da região, a sitiantes e fazendeiros interessados
em reflorestar, visando diminuir os efeitos resultantes de um sem número
de agressões à natureza regional, antes que seja tarde demais.
REVESTIMENTO FLORÍSTICO
Nos lugares onde, em razão da
topografia, a evaporação é menor,
desenvolveram-se os “serrados”
constituídos de árvores retas e muito mais
altas que as de campo. Crescem elas nos
chamados solos de meia cultura. Nos vales
onde a umidade é considerável,
desenvolvem as matas que a ação do
homem reduziu consideravelmente, no afã
de perseguir um lucro imediato,
esquecendo-se da posteridade que sofre as
conseqüências funestas de tal prática.
Grandes estudiosos vaticinam que
Minas Gerais, dentro de mais algum tempo,
transformar-se-á num vasto campo semi-
árido, se permanecer essa impiedosa,
irresponsável e sistemática devastação de suas matas. Como já
aconselhava D. João VI, deve-se reflorestar o solo, a bem do presente e
da posteridade. Tenhamos em nossas mentes o triste exemplo do
Nordeste Brasileiro. Ao tempo do Descobrimento, era
135
literalmente coberto por matas virgens de pau Brasil. Gerações viveram
do corte, do extermínio dessa madeira; hoje, milhões de irmãos padecem
as maiores misérias, motivadas pela ignorância, pela ganância de lucro
fácil de seus antepassados. Em nossa região a coisa não foi diferente até
meio século atrás. Como exemplo, citamos o caso de um próspero
fazendeiro; que durante mais de vinte anos viveu (e toda sua numerosa
família) da venda de lenha para a Cia. Mogiana de Estradas de Ferro,
que naquela época, de 1935 a 1955, alimentava suas locomotivas a
lenha. Grande parte do Município está transformada em campos
artificiais de Melinis minutiflora, Beauvy e eucalipitis, onde aparecem
também as belas árvores Ocotea pretiosa.
Os cafezais vieram ocupar o lugar das outrora matas
verdejantes, sinônimo de clima saudável, e catalisador de umidade.
MADEIRAS
Da razoável variedade de madeiras existentes, podemos
enumerar as principais: (Cedrela, fissilis), canela (Laureáceas), pereira
(geissospernum vellossi), peroba parda (aspidosperma gomessianum),
várias espécies de Jacarandá, sendo o mais comum o Violeta
(Machaerium-violaceum), vinhático (Echinospermum baltazari),
Jequitibá rosa e branco (Himenaca cubaril e Couratari regales), Ipê
(Tecome curiales), copaiba (Copaifera officinalis), etc., não nos
esquecendo dos Ipês Amarelos através de concientização e doação de
mudas, além do roxo e do branco, que crescem espontâneos ou
resultado de campanhas de plantio desenvolvidas pela Prefeitura, com
doação de mudas, já que São Sebastião do Paraíso, adotou o cognome
''Cidade dos Ipês'' (Lei Municipal nº 750, de 25/10/1968).
HIDROGRAFIA
O Município não é banhado por grandes rios. Há, todavia, alguns
riachos além do Rio Santana, que tem largura máxima de 10 metros; e
com profundidade variável de 0.30 a 0.80 cm. Pode-se ainda levar em
consideração outros cursos d'água menores, como o Ribeirão
Palmeiras, Ribeirão Fundo, Ribeirão Rocinha, Córrego do Mamono ou
Pontal, Liso e Pilões.
RIO SANTANA
Nasce no município de Monte Santo de Minas, prossegue pelo
nosso município, passa pelos bairros rurais: “Frazão”, “Lageado”,
“Freitas”, “Barra da Lontra” “Varões”, deságua no Rio São João, já no
município de Pratápolis.
É do Rio Santana e do córrego Pilões, que a COPASA retira
água, que, devidamente tratada, serve à comunidade paraisense.
Ainda pode ser encontrado no Rio Santana os seguintes peixes:
Traíra, bagre e mandi. A extensão do rio é de cerca de 30 Km.
136
RIBEIRÃO PALMEIRAS
Possui menos vasão que o Santana. Começa na Fazenda
Ressaca e vai até o Município de Pratápolis, passando por Itaguaba,
desagua no Rio Santana, abaixo da “Cachoeira dos Rodrigues”, onde há
uma praia natural e “árvores de sombra”. Há certa variedade de peixes:
mandi, piaba, traíra, etc. Sua extensão é de 23 km.
RIBEIRÃO SAPÉ
Tem 30 quilômetros de extensão. Começa com meia polegada
d'água num ponto da Rua Geraldo Marcolini; mais abaixo aumenta de
volume e passa a ser chamado de “Córrego dos Carrapatinhos. No
Distrito de Guardinha, chama-se “Córrego da Barra”. Desagua no Estado
de São Paulo, no Rio Sapucaí. Peixes: traíras, lambari prata. A melhor
pesca está no local denominado “Poção”.
CÓRREGO DO ATALHO
CÓRREGO FUNDO
Nasce na região Ipoméia e vai desaguar no Ribeirão da Barra.
Passa pelas Fazendas. Laranjeiras, Usina Olhos D'água, Taquaral, São
Judas Tadeu, Fazenda Santa Mônica e Barra. Os peixes encontrados
são: bagre e traíra. O melhor local de pesca é na Fazenda Laranjeiras,
onde forma uma lagoa.
EXCEÇÃO
O “Vira Mundo”, ribeirão que nasce na região denominada “Berta
Grande”, desemboca no Córrego da Barra, passando em sua curta
trajetória pelos bairros rurais “Pau D'álho, Jaraguá e pelo Bairro
Viramundo. Por ter pouco água e ser encachoeirado e de fundo
pedregoso, não dá peixe.
LAGOAS E REPRESAS
Razoável número de represas artificiais existentes no Município.
São utilíssimas para a prática da piscicultura e para uso do gado,
principalmente no tempo da estiagem (de maio a outubro), uso caseiro,
etc.
137
LAGOINHA DO PARQUE SANTA PAULA FRASSINETTI
Famosa pela sua beleza, localizada próximo à Praça dos
Imigrantes e da Prefeitura Municipal. Foi eleita a 4ª das 7 maravilhas de
Paraíso e constitui verdadeiro cartão postal da cidade. É
frequentadíssima pelas famílias principalmente aos domingos.
Bastante piscosa, era enriquecida por um bando de patos
mantidos pela municipalidade, como um dos atrativos daquele
encantador local de lazer.
LAGOS ARTIFICIAIS PRÓXIMOS AO SAN GENARO
Os dois lagos artificiais próximos ao bairro San Genaro, dividem
a principal via de aceso a esse populoso bairro, a Av. Zoroastro Bicego.
Lamentavelmente vêm sendo assoreados pela areia trazida pelas
enxurradas que descem das ruas próximas. Convêm sejam
desassoreados.
HISTÓRIA ECONÔMICA MUNICIPAL
O COMÉRCIO VAREJISTA E ATACADISTA
Cinqüenta anos depois de sua fundação, São Sebastião do
Paraíso se apresentava comercialmente muito mais forte do que outras
povoações vizinhas, sendo esse um dos motivos porque foi
desmembrada do município de Jacuí. Aliado à sua localização
privilegiada tornou-se rapidamente ponto de encontro de boiadeiros e
tropeiros que afluíam à região. Dessa forma, segundo o “Almanack Sul
Mineiro”, edição de 1874, editado em Ouro Preto, autoria de Bernardo
Saturnino de Veiga, demonstrou que São Sebastião do Paraíso era uma
comunidade florescente, com diversos elementos exercendo funções
judiciarias, policiais, funcionamento de coletoria, correio, instrução
pública, etc. No campo comercial, naquele ano, contavam-se 16
negociantes de fazenda, ferragens, armarinhos, etc. À medida que a
cidade crescia, ia aumentando o número de estabelecimentos
comerciais transformando-a num dos melhores pólos comerciais da
região. No Museu Histórico Municipal “Napoleão Joele” estão guardados
um bom número de documentos valiosos atestando a existência de tais
estabelecimentos.
Para abastecer nossas casas comerciais, aqui chegavam
viajantes (apelidados de “cometas” e de ''caixeiros viajantes'') com
tropas de animais, carregando enormes canastras de mercadorias.
Nessa época, muitas vezes, comerciantes faziam também o
papel de bancos, concedendo crédito a fregueses, conforme
documentos arquivados no museu histórico.
Já na década de 1.910 e 1.920, vencida a fase de transporte de
mercadorias no lombo de “burros cargueiros” ou em “carros de bois”,
despontou para nós o florescente transporte ferroviário.
138
De fato, a partir de 1.911 e 1.914, o município passou a ser bem servido
pela estrada de ferro São Paulo e Minas e pela e. F. Mogiana,
respectivamente, proporcionando uma era de extraordinário progresso
regional, principalmente como fonte escoadora das opulentas safras de
café, cereais, gado, além de intenso tráfego de passageiros, em
demanda dos grandes centros como São Paulo, Campinas, Ribeirão
Preto e outros. Com o advento das grandes rodovias, na década de
1.970, como mg-050, BR-265, BR-491 e a LG-836, e a deplorável política
do Governo Federal de relegar a terceiro plano a modernização das
ferrovias brasileiras, num país continental como o nosso, foram
suprimidos os ramais ferroviários que cruzavam o município, mudando a
sistemática viária inter-municipal, surgindo um bom número de
empresas de transporte rodoviário. Das outrora grandes firmas
comerciais atacadistas de gêneros de primeira necessidade, apenas a
firma, Luiz Tonin & Cia. Ltda., subsiste na atualidade, liderando como
distribuidora atacadista de secos e molhados, até além fronteiras do
estado. Os tradicionais empórios e mercearias do passado, cederam
lugar a abarrotados e vistosos supermercados e atacadão, verdadeiros
centros abastecedores, que atraem para o comércio paraisense,
considerável fatia da freguesia regional. Merecem destaque especial, na
atualidade, a Rede Tonin de supermercados com duas lojas e uma loja
''atacadão'', aqui em Paraíso; em Passos, Guaxupé. Monte Santo de
Minas e hipermercado em Ribeirão Preto, além de ambicioso plano de
expansão no vizinho estado de São Paulo, Supermercados Dadá, com
duas lojas; continuando: Supermercado Zico, GP Supermercado, S.
Gabriel, Central, Araújo, Mendonça, do Marquinho e Veneza, dentre
vários outros. Mercados: Bela Vista, Supermercado Brumar, Central, 5
Estrelas, Itália, ''JK'' Santa Paula, Mineiro, São Pedro, Sival, Deokar,
dentre outros, assim como mercearias, empórios, e todo tipo de atividade
comercial, exercitando a nobre arte de bem servir às suas respectivas
freguesias. Destarte, se firmam e subsistem a seu tempo, contribuindo
para que o comércio paraisense seja sempre atrativo e competidor.
ALGUMAS DAS PRINCIPAIS LOJAS DE DEPARTAMENTOS,
CONFECÇÕES, CALÇADOS, ETC.
Magazine Luiza, Casas Pernambucanas, Lojas Edmil, Lojas
Cem, Castro Confecções, Perfumaria Priscila, Casa Bello, Zippy
Calçados, Disul Distribuidora, Casa do Enxoval, Lojão São Paulo, Casa
Yara, Lojas Xavier, Cuoco Magazine, Fernando Calçados, Eletrozema,
Trevolândia, Solução Modas, Igni Boutique, Shopping Center, Micalce,
Maçã Verde, Sport Center, Rose Perfumaria, Lareira Decorações, Lena
Tecidos, Imperial Móveis, Comercial Belisquinho, Imperial Móveis, etc.
MATERIAL DE CONSTRUÇÃO, MADEIREIRAS
Martoni Mat. Construção, Itaipu, J. Silva Mat. Constr., Europa
139
Mat. Constr., Casa Michelato, Madeireira São José, Madeireira
Paraisense, Amazonas Mat. Constr., Madeireira Brasil, etc.
FARMÁCIAS, DROGARIAS E PERFUMARIAS
Drogasil, Farmanova, Farmácia S. Sebastião, Drogaria S.
Geraldo, Drogaria Ana Terra, Drogamais, Drogaria S. Caetano, Bio
Farma Drogaria, Superfarma, Farmácia S. Judas, Drogaria Sta.
Edwiges, Botica Drogazul, Central Farma, Drogaria Luiza, Drogaria Sta.
Paula, Drogaria Sta. Rita, Farmácia Homeopática Natureza, Drogaria
Popular, Drogaria Pronto Socorro, etc.
HOTÉIS, CANTINAS E RESTAURANTES
Hotel Cosini, Hotel das Acácias, BM Palace Hotel, Hotel Serra
Verde, Petreccas Hotel, Hotel São Paulo, Tropical Hotel, Hotel Estância
Termópolis, Hotel Fazenda Leão de Judá, Cantina 2R, Cantina Vó Lica,
Cantina do Chico, Restaurante Doce Sabor, Restaurante Minas Grill,
Restaurante Doce Sabor, Restaurante Vale Verde, Restaurante Tip Top,
etc. Segundo a junta comercial de Minas Gerais, o seu cadastro central
de empresas, tem catalogado em fevereiro de 2015, 2.173 empresas
ativas no município de São Sebastião do Paraíso.
PARQUES INDUSTRIAIS
Comércio e Indústria são atividades que andam de mãos dadas em
nosso município, pois absorvem plenamente a oferta de mão de obra na
atualidade, inclusive vem recebendo reforço por parte de pessoas
residentes nos municípios vizinhos, e isto é muito bom porquanto comprova
nossa pujança comercial e produtiva, com reflexos positivos que beneficiam
a região também. As primeiras indústrias que aqui se instalaram foram
engenhos de cana, para fabrico de rapadura, açúcar e aguardente,
serrarias e olarias. Já em 1875, editado em ouro Preto o “Almanaque
Administrativo, Civil e Industrial da Província de Minas Gerais”, de Ouro
Preto, afirmava que São Sebastião do Paraíso, possuía 16 engenhos de
cana, movidos por cilindros e 11 movidos por bois e 13 engenhos para serrar
madeira. São esses os primeiros registros industriais da cidade, juntamente
com a fabricação de tijolos, pois existiam diversas olarias já nesse tempo.
Dessa fabricação, ainda se pode verificar a qualidade dos produtos, pois
nossas casas mais antigas foram construídas com tijolos fabricados
naquela época, ou seja, unidades reforçadas e de grande resistência,
conforme se pode comprovar com a amostra de vários deles, no Museu
Histórico.
Com matéria-prima aqui obtida ou trazidas de outras localidades,
foi crescendo o número de estabelecimentos industriais, gerando emprego
e melhoria da qualidade de vida para os primitivos moradores. Os poderes
públicos municipais sempre estiveram atentos para que fosse aumentado o
parque industrial paraisense, e essa atenção vem sendo dispensada na
forma de incentivos fiscais.
140
Em 1932, existiam 9 olarias na sede municipal, 19 engenhos
para a fabricação de rapaduras, sorveteria Spósito além de outros
estabelecimentos industriais, que dez anos depois, elevava-se a 42
indústrias, inclusive uma de cerâmica. Em 1952, havia apenas 21
indústrias cadastradas pela Prefeitura, pois diminuíram-se os engenhos.
Em 1962 o Município contava com 28 estabelecimentos
industriais. Já em 1972 se mantinham ativas as seguintes indústrias: 10
fábricas de calçados, 3 curtumes, 1 fábrica de carrocerias “Inds.
Mambrini Ltda.”, 10 fábricas de móveis, 3 pedreiras, 3 serralherias,
fábricas de doces, fábricas de colchões de capim, 1 fábrica de rapaduras,
torrefações de café, 3 selarias, 1 fábrica de charretes, 4 tipografias, 1
fábrica de malhas, 1 de laticínios (Coolapa), fábricas de saltos de
madeira para sapato, 1 fábrica de refrigerante, de farinha de milho, 3
olarias e fábricas de ladrilhos.
Em 31 de dezembro de 1985 existia: fábricas de ladrilhos, 8
indústrias de calçados, 3 laticínios, 3 fábricas de doces, 1 indústria de
refrigerantes, 1 fábrica de sorvetes, Indústrias de Carrocerias, 1 indústria
de fertilizantes, selarias, carpintarias, fábricas de estruturas metálicas,
6 indústrias de móveis, 7 indústrias de artefatos de cimento, 1 fábrica de
camisas, 4 fábricas de confecções, 1 fábrica de produtos de limpeza, 2
usinas de álcool, frigorífico, 7 tipografias, 3 olarias, 13 serralherias, 4
tapeçarias, 7 máquinas de beneficiar arroz, 18 máquinas de beneficiar
café, 1 Pedreira e Britadora, renovadoras de pneus, etc.
Em 1996: 138 estabelecimentos industriais em atividade, além
de outras firmas em fase de início de atividade.
Em dezembro de 2005: 217 estabelecimentos industriais em
franca atividade nos 2 Parques Industriais e/ou espalhados pela cidade.
PARQUE INDUSTRIAL I “Maria Ignez Pinto”
142
princípios do século XVII. Mais tarde, foi trazido para a América
espalhando-se por todas as regiões tropicais e subtropicais. Consta que
as primeiras sementes que vieram para o nosso continente foram
plantadas em Caiena, capital da Guiana Francesa, em 1722.
Em 1727, o Sargento-Mor Francisco de Melo Palheta conseguiu
algumas sementes com Mme. Claude d'Orvilliers, esposa do governador
daquela colônia, que o presenteou com um punhado delas, em presença
de seu marido que não gostou nada desta gentileza. Chegando em
Belém do Pará ele as plantou, formando, assim o primeiro cafezal,
conforme informou o bispo D. Frei João de São José, em sua viagem e
visita ao Bispado do Grão Pará, em 1762-1763, ao tempo do governador
João Maia da Gama.
Passados alguns anos, um indivíduo cujo nome não se sabe,
levou uma boa quantidade de sementes e as plantou no Maranhão, de
onde o desembargador João Alberto Castelo Branco mandou buscar
diversas mudas para o Rio de Janeiro. Este foi o ponto inicial para que
toda a Província do Rio de Janeiro se tornasse grande produtor de café,
sucessivamente introduzido em São Paulo e Minas Gerais.
OS PRIMEIROS CAFEICULTORES
Segundo dados existentes na Câmara Municipal, os primeiros
cafeeiros foram plantados a partir de 1866, em propriedade do Cel.
Francisco Adolfo de Araújo Serra, empregando-se no seu cultivo,
inicialmente, o elemento humano escravo; depois o elemento baiano, e
posteriormente, também, o colono europeu, preferentemente o imigrante
italiano, com reflexos favoráveis na evolução da vida comunitária.
Já em 1924, produzíamos cerca de 100 mil sacas de café
beneficiado. Entretanto, com a derrocada dessa cultura, provocada pela
vertiginosa queda de preço na Bolsa de Valores de Nova York no ano de
1928, houve um declínio na sua produção, aliás, com reflexos negativos
em todo o País. No início do século, o Com. José Honório Vieira tinha
plantado em suas propriedades, 1 milhão de pés de café.
Outros grandes produtores do passado: Com. João Alves de
Figueiredo, Com. João P. F. Westin, Cel. Antônio P. Pádua, Cel. Tomé P.
Pádua, Cel. José O. Rezende, Cel. Francisco P. Pádua, Cel. João F. O.
Rezende, Cel. João V. Figueiredo, Cel. Joaquim R. Figueiredo, Dr. José
O. Brandão, Cel. José A. Figueiredo, Cap. João B. Pinto Sobrinho, Cel.
Antônio L. Castro, Manoel D. Silva, Cel. Joaquim Montans Jr., Cap.
Antônio P. S. Leite, Cel. José F. Paula, Cel. Urias G. Lopes, Cel. Luiz O.
Rezende, Cristiano J. Castro, Geraldo Fróes, Dr. Luiz P. Neves, entre
outros. Atualmente, os maiores produtores de café são os Srs.: Luiz
Tonin, Fazenda Catuaí, Dr. Geraldo Alvarenga Resende Filho, Irmãos
Gonçalves, Luiz Carlos Diogo, Francisco Rossi, José Carlos Mambrini,
Família Andrade Melles, dentre outros.
Em 1950, foram produzidas 50.000 arrobas de café beneficiado;
143
em 1960, a produção foi de 52.000 arrobas.
Em 1996, a produção foi de 55.000 sacas de café beneficiado, e,
cerca de 15 milhões de cafeeiros produzindo e por produzir.
Em 2005 havia 947 produtores de café com 12.800 ha. de café
em produção. 220 produtores (café em formação) área de 2.580 ha.
Rua Carlos Mumic, 140 - Vila Alza - São Sebastião do Paraíso (MG)
146
PECUÁRIA LEITEIRA
Produzir café e leite em quantidade e de qualidade, continua
sendo a vocação natural praticada no município desde os primórdios.
Quanto à pecuária, temos que reconhecer que é uma lucrativa
atividade ligada à criação de gado e outros animais, e que produz
importantes matérias primas que abastecem as agroindústrias, como
laticínios da região, gerando riqueza e absorção de mão de obra arne
para frigoríficos, peles para indústrias de couro, leite para laticínios e
muitos outros.
A bacia leiteira paraisense é responsável pela produção anual de
mais de cinco milhões de litros, canalizados principalmente para
Laticínios Aviação, Coolapa e outros
GONÇALVES SALLES S. A. IND. E COM.
LATICÍNIOS AVIAÇÃO
Avenida Wenceslau Braz, 36 - São Sebastião do Paraíso (MG)
Grande parte da produção diária de leite que acontece no
município é canalizada para esta tradicional e conceituada empresa, que
atua com destaque nacional como produtora da afamada manteiga
aviação, há mais de 90 anos mantendo sua tradição de qualidade e
sabor único e inimitáveis, além da nova linha de produção: queijos, doce
de leite e requeijão.
147
SÃO SEB. PARAÍSO GRANDE POLO CURTUMEIRO DE M. G.
A tradição curtumeira tem sua origem na década de 1920, com o
surgimento dos curtumes Mumic Sta. Cruz Ltda. e Curtume Paraisense
Ltda. Atualmente, fazem parte deste “pool” os seguintes curtumes Santo
Antônio, Tigrão, Sto. Ângelo, Cacique, Curtidora J.R. Ltda. e Curtidora
N.S. Aparecida Ltda., Acabadora Salgado & Borges, Arte Final Ind. e
Com. de Couro Ltda. Acabadora Bela Vista, além de outros em fase de
implantação, cujos produtos são famosos pela qualidade e beleza.
TRANSPORTADORAS RODOVIÁRIAS
Permanecem em atividade, atualmente, as seguintes empresas
transportadores: Transportadora Jóia, Edmil Transportes Ltda., LPT
Transportes e Comércio, TSD Transportes, Transfato Transportes
Rodoviário, Transportadora MBN Ltda., Transportadora Rodoviária
NASA, Transportadora TEBAS, Transtoca Ltda, etc.
OUTRAS COOPERATIVAS
SICOOB NOSSOCRÉDITO
COOPERATIVA REGIONAL DE CRÉDITO DE LIVRE ADMISSÃO DO
SUDOESTE MINEIRO E NORDESTE PAULISTA LTDA.
Matriz: Rua Dr. Placidino Brigagão, 927 - S. S. Paraíso (MG)
151
Comercial, Industrial, Agropecuária e Serviços (ACISSP) levando
também aos empresários do campo as facilidades das Federações da
Indústria, da Agricultura e do Comércio: (FEDERAMINAS/FIEMG/
FCEMG/FAEMG/SEBRAE MG) visando também o desenvolvimento do
agronegócio no município.
SINDICATO DOS TRABALHADORES DE S. S. PARAÍSO
Rua Alferes Patrício, 730 - Sede própria
152
ESCRITÓRIO DO SEBRAE/MG
Av. Oliveira Rezende, 1350 anexo à ACISSP/CDL
BANCO HSBC
Pça. Com. José Honório, 70 - Centro
155
BANCO BRADESCO S/A
Rua Pimenta de Pádua, 957 - Centro
166
Desorganização na pessoa, seja a nível molecular, corporal,
mental, emocional ou espiritual. Mas a Organização Mundial de Saúde
afirma que não existe definição oficial de saúde mental. O fato é que
também em S. S. Paraíso, pessoas consideradas ''doentes mentais''
conviviam com suas famílias, que se mantinham atentas, aflitas e
preocupadas, porquanto inexistia em paraíso e região, uma organização
voltada para a assistência psiquiátrica. Quando ocorria alguma crise
aguda de loucura, por exemplo, o jeito era apelar para a polícia, que
trancafiava o paciente numa cela no porão da antiga cadeia pública
situada à Rua dos Antunes, até que passasse o pior da crise. Em casos
extremos, o paciente era conduzido ao manicômio estadual em
Barbacena (MG), onde ficava pelo resto da vida.
Inconformado
com tal situação, o Sr.
Argemiro R. Silva,
comerciante dos mais
conceituados, chefe de
f a m í l i a e x e m p l a r,
filantropo por natureza
e Pres. do Centro
Espírita ''União Espírita
de Kardec P. Campos'',
em reunião do dia
19/03/1961, dentre outros elevados assuntos, propôs a fundação de um
hospital para doentes mentais, como forma de sanar tal lacuna em toda a
região. Movido por igual espírito de solidariedade humana, o Sr.
Guilherme Giubilei, também preocupado com a sorte do doente mental,
aventou a possibilidade de se aproveitar para tal fim, o prédio do
albergue noturno, criado e mantido pela mencionada comunidade
espírita. Ao final, foi nomeada uma comissão composta dos Srs.
Guilherme Giubilei, Francisco S. Oliveira e Antonio Panacci, que ficou
encarregada de obter maiores informações sobre o assunto, com o
conceituado médico Dr. Urias S. Moraes. Depois desse salutar encontro,
o Sr. Guilherme Giubilei, maçon dos mais abnegados, levou ao
conhecimento de seus irmãos maçônicos toda a evolução do grande
sonho: fundação de um hospital psiquiátrico humano e acolhedor...
Compromissado com as belas atitudes do bom samaritano. Obtido o
unânime apoio da maçonaria e do povo paraisense, foram sendo
realizadas campanhas e mais campanhas visando a construção do
pretendido hospital psiquiátrico. E, em 11/07/1962, foi eleita a primeira
diretoria: Prov.: Leopoldo Bortoni, Vice-Prov.: Walter Giubilei, Tes.:
Francisco S. Oliveira, Sec.: Guilherme Gubilei, Procurador: Espir
167
Attie, Conselho Fiscal: Osvaldo Vieira Pinho, Geraldo Pelúcio e Argemiro
Rodrigues Silva, Suplentes do Conselho: Gilberto José de Miranda
Almeida, Alfredo de Souza Resende e Antonio Radaelli.
No dia 07/05/1967, o Sr. Guilherme Giubilei foi eleito presidente,
e vem sendo reeleito sucessivamente até a presente data, em
reconhecimento à sua total dedicação e entusiasmo em favor de tão
benemérita instituição.
HOSPITAL GEDOR SILVEIRA - REFERÊNCIA NACIONAL
12 médicos especialistas renomados.
Equipe multidisciplinar composta de 45 dedicados profissionais.
160 leitos destinados a pacientes oriundos do SUS.
15 leitos para atendimento a planos de saúde, convênios e particulares.
21 leitos para atender usuários de sustâncias químicas.
Hospital referência numa área que cobre 153 municípios mineiros,
beneficiando uma população estimada em 2.430.000 habitantes.
Presidente atual: Wagner Giubilei
Desejando oferecer o que há de moderno e de mais eficiente no
campo da recuperação no campo da psiquiatria, a Fundação construiu e
se encontra em pleno funcionamento, o “Centro Integrado de Atividades
Dinâmicas CEAD, mais um grande trabalho desta benemérita instituição.
Justiceiramente a Fundação é considerada entidade de Utilidade
Pública Mun., Est. e Fed., pela Lei nº. 695, de 30/11/1966, Lei nº. 233, de
1º/10/1971 e Decreto nº. 87.061, de 29/03/1982, respectivamente.
Mantém convênios com várias entidades públicas e privadas.
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE
A saúde da população paraisense depende de recursos
oriundos da União, do Estado e da Adm. Mun., porquanto são obrigados
por Lei a oferecer à população médicos, cirurgiões-dentistas, psicólogos,
fonaudiólogos, bioquímicos, assistentes sociais, fisioterapêutas,
analistas, enfermeiros e demais profissionais ligados ao setor da saúde.
UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO (UPA)
Ex Pronto Socorro Municipal
Rua Geraldo Marcolini - Vila Santa Maria
CLINESP
Rua Alferes Patrício, 659 - Centro
CLIN SAÚDE
Rua Raul Soares, 204 - Mocoquinha
171
CLÍNICA DE ULTRASONOGRAFIA SC LTDA
Rua S. Miguel, 300 - mocoquinha
LABORATÓRIO BIOLABOR
Rua La Salle, 305 - Mocoquinha
CEMED
Rua Hildeu de Souza Braga, 42 - Jardim Morada do Sol
MEDCENTER
Rua Hildeu de Souza Braga, 65 - Jardim Morada do Sol
173
Municipal. Como resultado, os velhinhos ali assistidos estão desfrutando
de maior conforto e alegria. Ex-Presidentes: Dr. Francisco Salles Naves,
José de Oliveira Mafra, Dr. Drauzio de Vilhena Alcântara, José Faleiros
de Souza, Luiz Vieira de Carvalho, Joaquim Cândido Queiroz, Dr.
Antônio Geraldo de Pádua, Dr. Álvaro Pinto Vilela, Antônio Colombarolli,
Sebastião Caetano da Silva, Paulo Victor de Queiroz, José Marinzeck e
Guilherme de Pádua Maia e Leonardo Borges. Presidente atual:
Waldemar Antonio Galvão.
CRECHES OU CENTROS DE EDUCAÇÃO INFANTIL
A Municipalidade tomou a seu cargo a criação e manutenção de
diversas creches, espalhadas pelos bairros da cidade e em Guardinha,
onde crianças, filhos de mães operárias, recebem carinho, assistência e
alimentação, de segunda a sexta-feira, durante o horário de trabalho de
suas mães, a fim de que elas possam trabalhar fora do lar. Todas essas
creches, com exceção do “Lar Pedacinho do Céu” do Bairro San Genaro
e da Creche ''Alziro Zarur'', Avenida Monsenhor Felipe, 555, são
mantidas pela Prefeitura. Denominação e localização:
CENTROS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO INFANTIL (CRECHES)
CMEI Frei Bruno Rodrigues
Rua Santos Dumont, s/n - Distrito de Guardinha - Tel.: 3532-1211
Diretora: Francisca Helena Eustáquio
CEP 37952-000
174
CMEI Dona Messias Alves Luiz Cerize
Rua Alcebíades Alves da Silva, 135 – Jd. América
Diretora: Nalda Aparecida Martins
179
Data de 2001 a instalação deste centro que tem por finalidade a
recuperação de dependentes de drogas e/ou álcool. Chega-se lá pelo
acesso existente ao Km 9. Segue pela estrada vicinal da esquerda, de
quem de S. S. Paraiso para lá se dirige. Capacidade de ocupação: 35
pessoas. Pres.: Norberto S. Nunes e sua esposa Maria Ap. Maia.
OBRAS SOCIAIS “BEZERRA DE MENEZES”
Rua Carlos Grau, 195 - Verona
189
O aeroporto tecnicamente ampliado, credencia S. S. Paraiso, como
cidade-polo regional de grande influência social, cultural e econômica. A
Prefeitura em parceria com a Acissp/Sebrae/MG., não perde a oportunidade
no sentido de incentivar o comércio, hotelaria, indústria, artesanato, clubes
de serviço, proprietários rurais, entidades esportivas e culturais, unindo
esforços tendo em vista a execução de projetos viáveis e sustentáveis, que
vem atraindo cada vez mais pessoas o ano todo, em busca de produtos
locais, lazer e turismo, não só por ocasião de festas como a
Congada/Natal/Ano Novo, festa de São Sebastião (janeiro), Carnaval,
Semana Santa, festas juninas, S. Vicente (julho), N. S. da Abadia (agosto),
EXPAR, (primeira quinzena de setembro) Semana da Pátria, S. Judas, N. S.
Aparecida e N. S. Sion (setembro/outubro) ou Finados (2 de novembro),
para citar apenas as principais, pois, praticamente é difícil passar uma
semana sem festa, ou comemoração digna de registro, isso até aparecer a
pandemia do coronavirus, em março de 2020. Reforçam essa vocação
natural para o turismo, esporte e lazer, a índole hospitaleira do paraisense, a
boa topografia da cidade, o clima seco e agradável o ano todo, o horizonte
distante e suavemente emoldurado por esverdeada e ondulada serrania, a
existência de clubes de campo, de hotéis fazenda, e a grande dádiva da
natureza que são as águas minerais da Estância Balneária Termópolis,
empresa proprietária de moderna usina de engarrafamento da Água
Mineral Termópolis, com distribuidoras em toda a região.
Outrossim, vale lembrar a existência de interessantes grutas e de
acidentes topográficos deslumbrantes como o Morro da Mesa (Guardinha),
Baú de Sta. Cruz, Sta. Terezinha e a vastidão da Serra do Chapadão,
fazendas com suas construções etc.
190
canto Oeste da Praça Com. José Honório, construída em duas fases ou
momentos. A torre sineira foi concluída em 1941 e o corpo do templo em
questão, em 1952. Enriquecida de artísticos ornamentos internos inclusive
os três maiores e maravilhosos sinos de bronze do Brasil (o maior mede
2,00m. de altura e o conjunto pesa 5.100 k.), faz jus à escolha popular que a
elegeu como sendo a 1ª Maravilha de Paraíso.
SEGUNDA MARAVILHA - Praça da Fonte Luminosa (Praça Com.
João Alves). Construída em 1922, ocupa todo o terreno do antigo Cemitério,
tendo por finalidade marcar condignamente o transcurso do Centenário da
Independência do Brasil. Daí ser originalmente designada ''Praça da
Independência''. Posteriormente, em 1968, foi literalmente remodelada e
adornada com sua bela e artística fonte luminosa, que colocada em cálidas,
festivas e enluaradas, verdadeiro festival de cores, de luzes e de águas
deslizantes coloridas para lá se dirige o povo, as famílias, para o desfrute
daquele apreciado ambiente bucólico de rara beleza.
TERCEIRA MARAVILHA - Morro do Baú de Santa Cruz, com o
imponente e majestoso Mirante do Cristo Redentor e demais acessórios.
Vistoso arenito de forma arredondada, estrategicamente situado no
limite Norte da cidade, à margem do Km. 401, da rodovia MG-050, de fácil
acesso inclusive de carro, desde os primórdios de Paraíso, se constituiu num
lugar de lazer e propício à meditação e à admiração do horizonte encantador,
manchetado de serras ondulantes, capões de mato, suaves campinas e
verdejantes cafezais...
QUARTA MARAVILHA - Parque da Lagoinha - verdadeiro cartão de
visita da cidade. Igualmente representa uma dádiva da natureza. Em tempos
outros, aquele local serviu por décadas seguidas, de ponto de descanso
para tropas de mascates em suas andanças comerciais pela região.
A partir de 1971, a então simplesmente lagoa, foi convenientemente
transformada no ''Parque da Lagoinha'', em comemoração aos 150 anos de
fundação da cidade e em atenção aos justos anseios da mocidade
paraisense, desejosa de um local central de devaneio e de lazer, que a partir
de então passou a ser considerado.
QUINTA MARAVILHA - Florada dos ipês, que acontece na 2ª.
Quizena de agosto e que tanto embeleza a ''Cidade dos ipês''. Não é sem
motivo que o ipê é considerado a árvore símbolo do Brasil! Praticamente
presente em todo o território nacional, se sobressai, devido à exuberância de
seu colorido, enquanto as demais árvores ao seu derredor se mostram
descoloridas e um tanto amortecidas pelo tempo seco, próprio do mês de
agosto. É nesse ambiente hostil que o ipê se mostra todo florido e
exuberante. A florada dos ipês é sempre um espetáculo de rara beleza e
grande encantamento não só no Distrito Sede, mas em todo o município.
SEXTA MARAVILHA - Estância Balneária Termópolis - O ''Vale
encantado das águas maravilhosas''. Desde a época dos índios caiapós, dos
bandeirantes e da transformação daquelas cristalinas fontes de água quente
em estância hidromineral e hotel fazenda, vem desfrutando da preferência
regional, dado às reconhecidas virtudes terapêuticas de suas águas e ao
bucólico encanto daquela exuberante encosta da extensa e famosa Serra do
Chapadão.
191
SÉTIMA MARAVILHA - Praça da Matriz e seus ornamentos (Praça
Com. José Honório). Não foi sem motivo que, quando da escolha do local
para a localização da primitiva capela em louvor ao padroeiro São
Sebastião, que o Capitão Antonio Soares Coelho, vaticinou: ''Compadre
Antonio Antunes, aqui neste alto... até parece um paraíso... ornamentado
de ipês, campina verdejante, uma fonte de água cristalina e abundante!...''
Tal observação e conselho foi prontamente aceito. Ali foi construída a
primitiva capela, ao redor da qual foi surgindo nossa São Sebastião do
Paraíso - ''Cidade dos Ipês.''
Sem sombra de dúvida, referida praça é considerada o ''coração
palpitante da cidade'': sempre fervilhada de gente, que a freqüenta
diuturnamente, não só quando ali acontecem festividades, comemorações
enriquecem os calendários cívicos, religiosos, folclóricos, artísticos e
sociais da comunidade considerada como um todo. Merecidamente, a
Praça da Matriz está no coração do povo paraisense...
TURISMO ECOLÓGICO
Visitação ao belíssimo e imponente MORRO DA MESA, distante 3
km pela estrada do Cemitério. Próximo a cidade de Poxoréu, Mato Grosso,
existe outro Morro da Mesa. O de lá permanece inculto e nem tem como ser
visitado. Ao passo que o da Guardinha, além de estar plantado
estrategicamente, bem no centro de uma vastidão imensa de terras mais
baixas, é de fácil acesso, pois o trecho final da “subida” (220 metros), foi
recentemente calçado com bloquetes, graças a valiosa colaboração da
Família Vilar e de outras pessoas e entidades, o que possibilita chegar lá
em cima de carro. Além da vista maravilhosa, o visitante tem à disposição a
capela, Mirante do Cristo Redentor, Oratório de Nossa Senhora Aparecida,
“Via Crucis”, marco divisório dos Estados de Minas Gerais e São Paulo,
além da gruta do aparado da face “Norte” do morro. Atualmente, no dia 3 de
maio, na capela é realizada a festa em louvor a Santa Cruz, com
barraquinhas, e grande afluência de gente, inclusive das cidades
vizinhas.
OS MISTÉRIOS DO MORRO DA MESA
Acresce a tudo isto, a fama de mistério que o envolve, pois é
estranho que em determinados pontos do morro, se bater com um bastão
no solo, produz um som esquisito, o que dá impressão de ser morro oco.
Segundo o testemunho de pessoas antigas do lugar, em certas noites
quentes de verão, não é difícil o surgir de fachos de fogo saindo do alto do
morro. Na década de 1950, quando a imprensa mundial noticiava com
certo estardalhaço o aparecimento, aqui e ali, de discos voadores,
aventou-se a possibilidade de ali ser instalado um observatório
astronômico. As duas grutas existentes na face “norte” do morro, no alto-
médio do enorme paredão, são de belo aspectos, e uma delas tem um
buraco no teto, abertura essa que dá passagem para apenas uma pessoa,
dá acesso a um salão completamente escuro. Não se sabe se após este,
há outros salões. Tudo isso dá o que pensar...
192
AS CINCO MARAVILHAS DE GUARDINHA
1º) Pela BR-265 (S. S. do Paraíso-Jacuí) seguir pela estada de terra que
passa pelos fundos do Hotel Termópolis, não desviar do leito da estrada
principal, chega-se à casa do Sr. Pedro Neca (3 km.) que fica ao lado do rego
d'água. Daí, é só subir a trilha, morro acima.
2º) MG-050, Km 394, à direita, logo após a imagem de S. Sebastião.
(16 km.)
3º) MG-050, Km 385, entrada para a Pousada Água Azul. Logo que
passar a ponte do Rio Santana, seguir em frente sempre. (11 Km.).
4º) BR-265, depois de passar pela ponte do rio Santana (Estação de
Tratamento d'água da Copasa), percorrer 1 km, seguir pela estrada à esquerda.
(Estrada da Ponte Queimada) (14 km.).
FEIRA DE ARTESANATO E DE
TRABALHOS MANUAIS
CLUBE PARAISENSE
Rua Pimenta de Pádua, 1066 - Centro
GUARDINHA F.C.
203
FEVEREIRO
· Carnaval de rua e nos clubes
· Retiro Espiritual na Casa de Oração D. Inácio (Rua Anibal Muschioni, ao lado do
Lar dos Velhinhos “São Vicente de Paulo”.
MARÇO
· Semana Santa - Nas Paróquias de S. Sebastião, N. S. Abadia, S. Judas e N. S.
de Sion e São José.
ABRIL
· 21 Dia de Tiradentes - Feriado Nacional - comemorações nas escolas e clubes
de serviço.
MAIO
· 1º- Dia do Trabalho - Feriado - Prog. variada a cargo da Sec. Esporte e Lazer.
· 3 - Missa ás 10:00h., na Capela do Morro do Baú de Santa Cruz, Km.400, MG-
050, Festa no “Bauzinho”, na Faz. Bauzinho e no Morro da Mesa, próximo a
Guardinha.
· 2º domingo Dias das Mães
JUNHO
· 1ª quinzena - Festa no recinto do pátio da Capela N. S. Sion
· 12 - Dia dos Namorados
· 2ª quinzena - Festas juninas nas escolas em geral, no Colégio “Paula
Frassinetti” no Salão de Festas da Paróquia N. Sra. Sion.
JULHO
· 1ª quinzena - Festa na Faz. Varões - Rodeio na Faz. Marques.
· 2ª quinzena - Festa no pátio do Asilo “São Vicente de Paulo”.
AGOSTO
· 1ª quinzena - Congada em Guardinha
· Dia dos Pais
· 2ª quinzena - Trad.festa em louvor a N. S. da Abadia à praça do mesmo nome.
· Festas em capelas da zona rural.
SETEMBRO
· 1ª quinzena - Festa nas capelas dos bairros rurais: Ponte Alta, Marques, N. S.
das Mercês, Itaguaba, Pimentas (S. Cruz e N. S. Aparecida) e varões.
· 7 - Feriado Nacional - Dia da Independência - desfile cívico militar, retreta na
Pça. Com. João Alves, etc.
· Realização da EXPAR.
OUTUBRO
· 1 ª quinzena - Festa de N. S. Aparecida (Pça. do mesmo nome). Festa em louvor
a São Judas Tadeu, no bairro Parque S. Judas.
· 12 - Feriado Nacional - Dia da Padroeira - Dia da Criança - Descobric. América.
· Caminhadas matutinas, saindo da Praça Com. José Honório até a Igrejinha do
Noca ao Baú de Santa Cruz - N. S. Aparecida da Serra do Chapadão.
· 2ª quinzena - Semana do Aniversário da Cidade, comemorações diversas.
· 25 - Feriado Municipal - DIA DA CIDADE - desfile cívico militar e com. diversas.
· Retreta festiva na Pça. Com. José Honório.
NOVEMBRO
· 2 - Feriado Nacional Finados
DEZEMBRO
· 1ª quinzena - formaturas escolares
204
· 2ª quinzena - Festival de Corais na Pça. Com. José Honório
· 25 - Natal de N. S. Jesus Cristo
· 26 a 30 - Congada - Centralizada na Pça. Com. José Honório, desfiles de ternos
de Congo e Moçambique todas as noites.
· 31 - Passagem de Ano - Missa Festiva - Bailes nos Clubes.
EDUCAÇÃO E CULTURA
PRIMEIROS PROFESSORES
A primazia do ensino em nosso meio cabe ao professor João
Cândido Pinto Ribeiro, português de nascimento, licenciado pela
Universidade de Coimbra, pai do não menos célebre Cel. José Cândido
Pinto Ribeiro, ilustre farmacêutico dos primeiros tempos.
Em 1853 o Prof. João Cândido Pinto Ribeiro já se encontrava à
frente da primeira escola pública para meninos que se tem notícia.
Até 1884, além do Vigário Pe. Lúcio Fernandes Lima, nossos
antepassados receberam as luzes do saber por intermédio dos
abnegados professores: José Joaquim Soares, Manoel Inácio Miranda,
José Bonifácio, Paulo Viático, José Pedro dos Santos e de Dª. Angelina
Cândida da Silva Santos, mulher deste último. O i n s p e t o r E s c o l a r
daqueles tempos era o Prof. Manoel Francisco de Menezes Aguiar.
EVOLUI O ENSINO DE 1º GRAU
A partir de 1890, surgiram outras escolas primárias, mantidas
pelos professores: Major Américo Benício de Paiva, natural de Pouso
Alegre; José Ferreira Godinho; José Batista Fernandes; Nothel
Bernardes da Silva; José Soares Júnior (poeta e escritor); Farnésio
Pereira da Silva e Francisco José Firmiano Ribeiro, formado pelo Colégio
Pedro II, do Rio de Janeiro. Já em 1896, criou o Governo Provincial duas
escolas distritais, sendo nomeados para dirigir as duas turmas
masculinas, respectivamente, os professores: Ângelo Nogueira (1º
diretor do Grupo Escolar Campos do Amaral) e Gedor Silveira (seu
sucessor naquele cargo). Para lecionar às duas turmas femininas, foram
nomeadas as professoras: Dª. Maria Lisboa, depois substituída por Dª.
Leopoldina Silva, e, Dª. Luiza Aurora da Silveira.
CURSOS PREPARATÓRIOS ISOLADOS
Antigamente, o ensino fundamental compreendia apenas as 4
primeiras séries. Então, o aluno que desejasse continuar seus estudos,
tinha que se matricular nos antigos ginásios dos grandes centros como
Pouso Alegre, Campinas, São Paulo, ou então se contentar com alguns
cursos intermediários ou “colégios” que aqui foram sendo instalados e
tiveram vida efêmera, como os Colégios "Divino Espírito Santo”, do Dr.
Alfredo Bomilcar de Castro, “Sul Mineiro”, do Prof. Carmo Perrone (o
velho), “Filhas de Hebe”, da Profª. Maria Maciel e Infantina Valverde e
“Escola Mercantil”, de Oswaldo Lemos.
205
E. M. “CAMPOS DO AMARAL” (Educ. Infantil - 1° ao 5° ano - EJA)
Rua Cap. Pádua, 984 - Centro
209
Ex-Diretoras: Maria Marlisa Naves Caleiro, Maria Marli da Silva
Silveira, Inês Aparecida de Lima Duarte, Irene Naves da Silva e Maria
Aparecida Santos Cau, atualmente, Joana Donizete Bandeira.
ESC. PROF.ª HILDA BORGES PEDROSA ANTIGA E. E. BOA VISTA
Rua Adolfo Dizaró, 250 Veneza II - (Educação Infantil - 1° ao 5° ano)
212
E. E. MARIANA MARQUES Educação Especial
Rua Glete 135 - Vl. Santa Maria
COLÉGIO GALILEU
Rua Mariana Amaral, 100 - Centro
COLÉGIO CRESCER
Rua Dario de Oliveira Jr., 39 - Vila Irmãos Bello
ESCOLA NOVA
Avenida Monsenhor Mancini, 1195 - Centro
CURSOS DE LÍNGUAS
CNA - INGLÊS DEFINITIVO
Rua Dr. Placidino Brigagão, 1030 - Centro
CULTURA INGLESA
Rua Dr. Placidino Brigagão, 1284 - Centro
Sob a Direção de Ivana Calafiori Queiroz
213
CENTRO DE ENSINO FISK DE PARAÍSO -Inglês e Espanhol
Rua Capitão Pádua, 1111 - Centro
Encontra-se em atividade desde 1968 - Dir: Débora Delfante Soares
A ÂNGELO CALAFIORI
Jardim da entrada principal da Santa Casa
227
E o teu Céu todo azul bonança
A Deus e à fé sempre nos conduz.
E o teu Céu todo azul bonança
A Deus e à fé sempre nos conduz.''
240
COMEMORAÇÃO DO SESQUICENTENÁRIO (150 ANOS) DE
FUNDAÇÃO DE SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO (1821-1971)
MARCHA DO ANIVERSÁRIO
A efeméride do
sesquicentenário de
fundação de nossa cidade,
isto é, 1971, foi
brilhantemente comemorada.
Assim, com a finalidade de
preparar o povo para tal
acontecimento, que marcou
época no calendário cívico de
Paraíso, Luiz Ferreira
Calafiori, então Prefeito
Municipal, compôs o poema
que Aníbal Deocleciano
Borges musicou, e que foi cantado pela 1ª vez no decorrer da “Noite de
Gala”, no dia 25 de outubro, aniversário da cidade, no salão nobre do
Colégio Paula Frassinetti, pelo mavioso coral daquele estabelecimento
de ensino, tendo recebido calorosos aplausos da seleta assistência.
MARCHA DO ANIVERSÁRIO
Letra de Luiz Ferreira Calafiori
Música de Aníbal Deocleciano Borges
Vem,
Vem abraçar Paraíso
Vem rever estas ruas e praças
E festejar o aniversário...
Vem,
Vem sentir este clima gostoso
Da cidade do “Guerreiro Famoso” (São Sebastião)
E contemplar os seus ipês...
Vem, que ficará enamorado
Deste solo por Deus abençoado.
Vem,
Festejar centenário
E abraçar este povo que canta (bis)
Pelo seu aniversário (bis)
SÓCIOS BENEMÉRITOS
PATRONO DA ACADEMIA Dr. Ailton Rocha de Sillos
Dr.Vaner Bícego Patrono Ex-Prefeita Marilda Petrus Melles
243
Estribilho:
Nossa Academia, rosa de setembro
Fonte de harmonia, luz primordial
Fogo que alimenta a chama sempre acesa,
No culto de beleza que é nosso ideal!
Com o dom de nossas vidas
E as bênçãos do Senhor,
Nossas almas são unidas
À cultura, pelo amor.
“Ars una species mille”
No Brasão sempre há de ser,
Uma luz para encontrar,
As mil fontes do saber
Estribilho
Nossa Academia,
Rosa de setembro...
BRASÃO DA ACADEMIA
A ACADEMIA PARAISENSE DE CULTURA - APC; reunida no dia
27/09/1986, em Assembléia Geral Extraordinária, deliberou oficializar
como seu, o belo e sugestivo trabalho heráldico de
autoria do notável artista Lucas Bertucca Filho, por
expressar com fidelidade, os elevados sentimentos
da irmandade acadêmica. Ao Brasão, é dada a
seguinte justificação: Sobre o grande escudo de
madeira recoberto de couro, todo cravejado de
robustas e salientes tachas, está aplicado o escudo
central, encimado por uma águia de porte altivo e em
vôo arrebatante, que leva em suas garras o listel com
a divisa: “ARS UNA... SPECIES MILLE”, aureolada
por 30 estrelas, dispostas harmonicamente em
forma de círculo. Como ornamentos externos laterais, então dispostos
dois ramos de louro entrecruzados em PONTA, que serve de base ao
listel que ostenta os dizeres: Academia Paraisense de Cultura. A
harmonia do conjunto agrada à vista e aguça o entendimento quanto à
descrição heráldica de suas partes constituintes, como seja:
... GRANDE ESCUDO... de múltipla feição... alusão às origens
dos primitivos povoadores do Município de São Sebastião do Paraíso:
brasi-portugueses e colonos italianos, espanhóis, franceses e alemães;
...ESCUDO CENTRAL de formato português-francês ou
arredondado e terminado em PONTA, na cor azul (blau) que é
emblemática da lealdade, e esquartelado em cruz encarnada, tendo em
CORAÇÃO, uma CANDEIA, símbolo da sabedoria que vem de Deus,
naqual se acham gravadas as letras ALFA e OMEGA, princípio e fim de
todas as coisas... centro da cultura universal.
244
...CRUZ ENCARNADA... significa que seus membros procuram a
luz da sabedoria baseada na fé cristã, que tem por finalidade a
valorização da pessoa humana, elevando-a para o Bem Supremo que é
Deus;
...PERGAMINHO... no cantão destro do CHEFE...feito em
bronze laminado; quer representar o conjunto dos conhecimentos
humanos, reunidos nos livros e tratados, resistindo à ação demolidora do
tempo e das intempéries;
...LIRA... no cantão sinistro do CHEFE... símbolo da música
imortal, da arte por excelência. Colocada exatamente do lado esquerdo,
do lado do coração, quer afirmar que a música suscita nobres
sentimentos e é considerada suave lenitivo para a alma...
...A PALETA... no cantão destro de PONTA... sobre a qual o
gênio da pintura mesclando as cores, retrata as maravilhas da natureza,
fixa momentos e situações e dá expansão à imaginação e à fantasia,
trazendo para dentro de suas telas... um pouco da mão de Deus...
...A TRAGICOMÉDIA... no cantão sinistro de PONTA... duas
máscaras simbolizam o teatro... a arte dramática. A máscara alegre
sobre a máscara triste, quer afirmar que a existência humana é mais
alegre que triste, se vivida com pensamentos positivos e voltados para o
alto...
... A ÁGUIA de porte altivo e a cabeça perfilada voltada para a
direita e em vôo arrebatante, tendo em suas garras um listel, simboliza a
liberdade, as mais nobres aspirações humanas...
...”ARNS UNA... SPECIES MILLE” (A arte é uma só... as
espécies mil), esta divisa escrita no listel, significa a harmonia reinante
no seio da academia, irmanando escritores, literatos, poetas, artistas
plásticos, teatrólogos, etc., tendo por escopo a exaltação dos eflúvios
culturais...
...TRINTA ESTRELAS em círculo unidas... simbolizam os 30
membros efetivos, quais estrelas do firmamento, a pugnar com as luzes
de suas inteligências, visando a elevação cultural da terra paraisense.
Este Brasão muito bem expressa o ideal de todos os “irmãos de alma” da
Academia Paraisense de Cultura.
EX-PRESIDENTES: Olavo Borges, Walter A. Fressatti, Prof.
Nilce Godinho, Maurício Giubilei, Luiz F. Calafiori, Henriette M. B. A.
Santos, Maria O. T. Scarano. João P. Félix, Rubens Mariano, Mírian L.
Montovani, Pascoalina C. Souza, Lucas B. Filho, Abaetê Ary Graziano
Machado, Alexandre Cavalero Silva Dias, Reynaldo Formagio Filho.
Presidente atual: André L. M. Cruvinel, Maria R. F. P. Miranda.
PARAÍSO MUSICAL
A HISTÓRIA DA BANDA MUNICIPAL DE MÚSICA
A notícia que se tem é que a primeira Banda Musical foi
organizada por volta de 1874, segundo registro fotográfico, onde se vê,
245
entre os componentes o Capitão José A. P. Coutinho, 1º Pref. S. S.
Paraíso, então Presidente da Corporação; o Sr. João Batista Teixeira,
então encarregado do “Cartório de Órfãos”, e o Sr. João Braz Naves, cujo
filho, João Batista Naves, mais tarde, formaria a Banda de Música 502.
Outros cidadãos de grande prestígio, atuavam também na
Banda de 1874: o Sr. Francisco Salles Naves, Sr. José B. Fernandes,
genitor do Sr. José Braz Naves, compositor de grandes dotes.
Esta Banda foi substituída pela Corporação formada pelo
conhecido Mestre Messias Souto Gouvea. Antes de 1918, foi formado
um conjunto de jovens, que atuava no antigo Cine Paris, integrado por:
Hildebrando Nicácio, Sebastião P. Correia, Anselmo B. Campos Jr.,
Virgílio da Silva, Jacinto Veloz, José A. Naves e Aristóteles Cardoso,
havendo rivalidade entre a Banda e o conjunto.
Mais tarde, a maioria dos elementos desse conjunto integraria a
Banda de Música 502, fundada no dia 21 de abril de 1918, anexa ao Tiro
de Guerra. Com o falecimento do maestro João Batista Naves, em 1926,
assumiu a direção da mesma o Sr. Francisco Penha, sendo que nesta
época, foi desmembrada do Tiro de Guerra, conservando, porém, a
mesma denominação.
Em 1954, a Banda obteve novos instrumentais, conforme
doação feita pela Prefeitura na gestão do Prefeito Geraldo Fróes.
Após a presidência do Sr. Francisco Gil Penha, assumiu sua
direção o Sr. Emilio Meucci até 1962.
No entanto, existiam duas Bandas de Música na Cidade, a 502, e
a que era dirigida pelo senhor Arthur Pires de Morais, mais tarde
vereador. E, ambas, não tinham condições de se apresentar
condignamente, pela falta de músicos na cidade. Em 1971, o então
Prefeito Luiz Ferreira Calafiori, reuniu os músicos remanescentes e criou
pelo Dec. 419, de 2/4/1971, a “Banda Municipal de Música”. Adquiriu
novos instrumentos e convidou o maestro João Morano, de Jaboticabal,
para dirigir a corporação, permanecendo no posto até 1974, quando veio
a falecer. Sucedeu-o por pouco tempo os maestros Antônio de Pádua, e
Sub-Ten. Francisco Izidoro. A partir de 1975 até 1997, a banda esteve
sob a batuta do conterrâneo Sr. Geraldo Borges Campos (Lalado).
Todos os domingos, diretamente do coreto da Praça Com. José
Honório, a partir das 20 horas, famílias inteiras se entretém nas
proximidades do coreto para ouvir e apreciar a Banda , enquanto a
criançada excitada pelo ambiente festivo, corre e brinca ao redor do
coreto. Costume esse dos mais ternos e antigo de nossa cidade, que
dessa e de outras formas preserva suas raízes artísticas.
Presidentes a partir de 1971: Tácito M. Buson, Luiz Tonin, Argemiro de
Pádua, Dr. Benedito P. Oliveira, Gilberto de Carvalho, Paulo Panacci,
Antonino J. Amorim, Luiz F. Calafiori, Antônio L. Autran, José A. Silva e
Vitor V. Valério. Presidente atual:Sérgio de Abreu Zamperini.
Último Maestro Prof. Antônio Luciano Autran.
Está desativada atualmente.
246
ORQUESTRAS E CONJUNTOS
Nos fins do século XIX, os bailes, quermesses, festas de
barraquinhas, retretas na praça, etc. eram animados por Bandas de
Música, tão do agrado do povo em geral. De 1905 até 1910 e mesmo até
1915, a primeira orquestra que se tem notícia atuava no “Cine Bijú” e era
dirigida pelo Prof. Lanes, até 1928. Outra orquestra daqueles tempos era
dirigida por Luiz Sandoval Braga, e se exibia no Cine “São Sebastião”,
ainda no tempo do cinema mudo. Existia também o conjunto mantido
pelos Irmãos Fressatti no Cine “Recreio” (década de 1920/1930).
Com o advento do cinema falado, o maestro Luiz Sandoval
Braga organizou a primeira orquestra de jazz de S. S. do Paraíso,
denominada “Sete Furos”, cuja duração foi até 1931.
Depois, organizaram um outro conjunto denominado “Nosso Choro”,
durou até o ano de 1935.
Na seqüência, Sebastião Soffiatti formou uma orquestra no
Clube Paraisense. Os demais elementos, organizaram um conjunto
formado por: Leopoldo Bortoni, Vicente Dias Vieira, Anibal Carina e
Geraldo B. Campos, denominado “Quatro Diabos”, famosíssimo em toda
a região. Permaneceu em atividade até 1944. Pouco tempo depois,
Geraldo Borges Campos (Lalado) e Fernando Penha, organizaram a
primeira grande orquestra: Panamericana, que perdurou até 1960.
Em 1962, um grupo de músicos composto por Jugurta C. Lisboa,
José S. Soares, Paulo M. Soares, Geraldo B. Campos, Célio Porto, Rui
Mafra e outros, sob os auspícios do Clube Paraisense contrataram, em
Belo Horizonte, o famoso maestro Ophir Mendes, e o baterista Chuca.
Organizaram a “Ophir Mendes e sua Orquestra”, que teve curta duração.
Depois, surgiu “Zezinho e seu Conjunto”, também de duração efêmera;
sendo que muito dos seus elementos constituíram a seguir, os “Brasões”.
E, assim, sucessivamente, diversos grupos musicais surgiram e
vão surgindo sempre, permanecem ativos por algum tempo, fruto dos
arroubos da mocidade, tão idealista quanto inconstante. Entretanto,
convém salientar que se houvesse maior apoio a esses jovens, tal fato
não ocorreria com tanta freqüência.
Em 1977, surgiu o conjunto: “Folha Seca”, integrado por Luiz A.
M. Oliveira, Múcio R. C. Acerbi e Paulo T. Pucci. Nessa mesma época
surgiu o “Grupo Xamego”, tendo por integrantes: Nelson de P. Duarte,
Artur Henrique Cardoso, José N. Lauria e outros. Tempos depois, surgiu
o Conjunto “Band Aids” liderado pelo Artur Henrique Cardoso.
Com a extinção do Conjunto “Os Brasões”, que vinha atuando
por mais de 15 anos, houve uma reformulação, surgindo, com força total,
o “Grupo Musical Asa Delta”, sob a batuta de Ércio Antônio, atuando com
sucesso na cidade e região.
‘'PARAISO EM SERESTA'’
Os excelentes e consagrados músicos Nelson de Paula Duarte,
247
Guelfo Colombo e Artur Henrique e as harmoniosas cantoras Angela e
Sílvia, formam o conjunto musical mais solicitado tanto em Paraíso como
na região, para participar de eventos e comemorações as mais diversas
e serestas, com real agrado, tendo em vista suas virtudes artísticas e o
vasto, variado repertório musical. Os grupos de jovens e bandas “Ieshuá”
Jovens Sarados, “Jane” mais recentemente, promovem os mais
variados festivais musicais de sabor sacro.
CORAL “JESUS, MARIA E JOSÉ”
Este conceituado conjunto de vocalistas cultores da música
sacra e do belo canto, fundado em 1975, tem título por maestrina a Profª.
Miriam Lauria Mantovani, e se apresenta semanalmente com real
agrado, na Igreja Matriz de São Sebastião. Atualmente desativado.
OUTROS CORAIS
- Banda Afla Matriz São Sebastião - Resp.: Vicente de Souza Neto
- Coral Cavaleiros Consagrados - Responsável: Cássius
- Coral S. José N. S. Sion - Responsável: Geraldo José de Melo
- Coral “Mãe Rainha” - Responsável: Valentim Rinaldi
- Coral Deus é Amor - Responsável: Égem Alisson Tozin
- Coral Alto Astral Responsável: Jussara Borges Pedroso
- Coral Presbiteriano - Responsável: Sandra/Denise
- Coral S. Judas Tadeu - Responsável: Tomásia de Lima Santos
- Coral Stª. Paula Frassinetti - Resp.: Clarindo Anacleto de Pádua Netto
- Coral Verde e Branco E. E. Mª. Lourdes Dizaró CAIC - Responsável:
Márcia Helena de Bello Melles
- Coral Girassol E. M. Int. Noraldino de Lima Resp: Renata Gomes
- Coral Querubim E. M. Campos do Amaral Resp: Renata Gomes
- Coral Infantil Escola Nova - Responsável:Túlio Carlos da Costa
ORQUESTRAS INFANTO-JUVENIS FILARMÔNICA SESI-ACISSP
Rua Santa Catarina, 100 - Vila Helena
GRUPOS TEATRAIS
Podemos afirmar que a sociedade paraisense se organizou
melhor a partir do ano de 1899, quando tiveram início inúmeras
atividades sociais e culturais, incentivadas pelo aparecimento das
primeiras companhias de circo - teatro. Por iniciativa de Alfredo Branco
de Oliveira, nasceu um Clube Dramático. Mais tarde, apareceu o grupo
“Teatro Gente Nossa”, dirigido por Gustavo F. Godinho. Quanto aos dias
de glória do Teatro paraisense, temos que ligá-lo à pessoa de Lacordaire
Santana (1901 †1949), natural de S. T. Aquino, dramaturgo de renome,
professor, poeta e folclorista, membro d Academia Sul Mineira de Letras,
de Campanha, MG. Dirigiu com real sucesso, um teatro revista de
inegável talento, com elementos locais, e que marcou época. Intitulava-
se: “Paraíso, minha Nêga”, encenada em 1932, tendo por enredo:
civismo, brasilidade e otimismo. Com o surgimento da Ex-Rádio Difusora
Paraisense, em 1940, tivemos as primeiras apresentações de teatro
radiofônicos. O Sr. Nicola Carlomagno dirigiu a agremiação “Gente
Nossa” (1950/1960). Naquela época revelaram-se como atores:
Aparecida S. Vieira, Maria E. S. Vieira, Eni M. Gobbo, Edna M. Silveira,
José Badra, Antônio A. Cabral, Jugurta C. Lisboa, João de D. Lima, e
como ponto, Saler Abdo. Depois, João de D. Lima fundou o Teatro
Amador Paraisense (1962), entidade reconhecida de utilidade pública, e
que apresentou várias peças. Rubens R. Guerra fundou e dirigiu o Grupo
Teatral Zé Vicente e o Prof. Sebastião Furlan, liderou o grupo “Libertas”.
OFICINA DE ARTES CÊNICAS “PROF. SEBASTIÃO FURLAN”
A mencionada Oficina de Artes Cênicas, ainda em atividade, foi
249
Frassinetti”, sob a liderança dos jovens Thiago D. C. Santose, Ana P.
Horta, com orientação Artística das Profs.: Edyna M. Borges e Kátia M.
Siqueira, com o objetivo de desenvolver entre a juventude, a arte teatral.
Foi escolhido o nome do saudoso teatrólogo “Prof. Sebastião Furlan”,
como patrono da instituição.
Nossos jovens são talentosos...mas precisam de apoio material.
ARTISTAS PLÁSTICOS E ARTES CÊNICAS
As artes plásticas ou belas artes, assim consideradas, são as
formações expressivas realizadas, utilizando-se de técnicas de
produção que manipulam materiais para construir formas e imagens que
revelem uma concepção estética e poética em dado momento histórico,
e, artista plástico é quem trabalha criando obras de artes (quadros,
esculturas, objetos de cerâmica, instalações artísticas, etc). No decurso
da trajetória histórica de nossa cidade, tivemos a ventura de contar com
primorosos artistas plásticos como: Manoel Zamperini, Benedito
Mariano, José Colombaroli, Maria Úrcia Grau, Hércules Sensoni, Cecilia
Carreras, Johann Musil, certamente dentre muitos outros. Atualmente, a
primazia pertence sem dúvida alguma à nacionalmente conhecida e
apreciada Linah Biasi, pelo alto grau de perfeição de seus apreciados e
disputados trabalhos artísticos, tendo inclusive participado de certames
nacionais e internacionais com merecido sucesso, como no Simpósio
Internacional do Café, realizado em Santos - SP, que reuniu
representantes de mais de 40 países. Na ocasião, alguns de seus
quadros foram adquiridos e levados inclusive para o Japão. Merecem
igual destaque como excelentes artistas plásticos: Jociene F. Ferreira,
Cinira M. Magalhães, Evaristo S. Scarano, João B. Rodrigues, Cubano,
dentre outros.
ARTES CÊNICAS
Sem dúvida alguma o fotógrafo Waldemar Francisco de Paula,
ocupa lugar de destaque entre os artistas cênicos, assim como o jovem e
talentoso Lucas Logan.
TEATRO MUNICIPAL “SEBASTIÃO FURLAN”
Anexo ao Paço Municipal - Pça. dos Imigrantes, 100
TEATRO ACISSP
Avenida Oliveira Resende, 135
254
Gonzaga, Maria Carmelita, Maria Hélia e Pedro Sérgio.
1975 Dª. OTÍLIA BRÁIA SCARANO. Natural de S. T. Aquino,
MG, nasceu aos 27/10/1903 e faleceu aos 7/7/1975. Filha de João Bráia
e Dª. Palmira Fioravantti Bráia. Foi casada com o Sr. Roque Scarano.
Filhos: Aparecida, Dep. Delson Scarano, Neiva, João, Vinício,
Maria, Áurea, José , Vera, Benedito, Maurício, Donata e Antônio Tadeu.
1976 Dª. BÁRBARA FERREIRA GONÇALVES, natural de
nossa cidade, nasceu aos 14/4/1892. Filha de Joaquim F. Júlio e Dª.
Maria F. Jesus (Dª. Maria Ferreira); foi casada com o Sr. Francisco
Gonçalves Barbosa. Filhos: Dr. Joaquim Ferreira Gonçalves, Otacília,
Maria Aparecida, Maria da Conceição, Ana, Irmã Terezinha e Bernardino.
1977 - Dª. TEREZA CANDIANI MAMBRINI, natural de nossa
cidade, nasceu aos (17/11/1915-01/11/2002) Filha de Carlos Candiani e
Dª. Alba Pizzato Candiani, era viúva do Sr. João Mambrini. Filhos:
Ameny de Lourdes, Thâmea de Lourdes, Evely Amábile, José Carlos,
Alba Regina, Dr. João Mambrini Filho e Dalma Tereza.
1978 Dª. AMBROZINA PIMENTA GONÇALVES, natural de
nossa cidade, nasceu aos 7/8/1895 e faleceu aos 25/10/1985. Filha de
Antônio Pimenta de Pádua Primo e Dª. Cândida Pimenta da Conceição,
foi casada com o Sr. Tarcílio Gonçalves Lopes. Filhos: João, Antonio,
Vivaldo, Sebastiana, Júlio, Itamar, Carlos, Lauro, Selma e Sônia.
1979 - Dª. EDITH FERREIRA MARCOLINI, natural de Monte
Santo de Minas, MG. Filha de Cícero de Paula Ferreira e Dª. Maria de
Paula Soares. Foi casada com o Sr. Antônio Marcolini. Filhos: Cícero,
Lícia, Dr. Tácio, Nábia, Tito Flávio e Débora.
1980 - Dª. MARIA ROCHA RESENDE, natural de São Joaquim
da Barra, SP, (*11/2/1911). Filha de Jônatas da Cruz Rocha e Dª.
Arquilina Bárbara de Jesus. Foi casada com Sr. Alvino Xavier de
Rezende. Filhos: Noêmia, Terezinha, Dr. Antonio José, Roberto, Maria
Abadia, Alvino, Zélia, Wandeir, Nilton, Bernadete, Luciano e José Felipe.
1981 Dª. BENEDITA MOURA DE OLIVEIRA, natural de nossa
cidade, (*28/4/1903). Filha de José Rodrigues Moura e Dª. Sebastiana
Cândida Marques Moura.
Foi casada em primeiras núpcias com Augusto Naves e em
segundas núpcias com Carlos Marcos de Oliveira. Filhos: José, Lilian,
Dr. Ulisses, Mauro, Maria Imaculada, Dr. Carlos Marcos e Maria Regina .
1982 Dª. ANGELINA CALAPIETRO PATRÍCIO, natural de
Franca, SP, filha de Antônio Calapietro e Dª. Maria José Cotruva. Foi
casada com o Sr. Joaquim Patrício de Oliveira. Filhos: Helena,
Aparecida, Aracy, Carmem, Ivone, José Antonio, Mário, João, Célia, Dr.
Hermantino, Luiz, Maria Lúcia e Marcos Régis.
1983 Dª. MARIA DE LOURDES TEIXEIRA DE MORAES,
natural de São José da Bela Vista, SP, filha de João Teixeira Mendes e
Dª. Florípedes N. Mendes. Foi casada com o Sr. Wilson L. Moraes.
Filhos: Dr. Wilson L. M. Jr., Dr. João F. L. Moraes, Maria I. L. Moraes.
255
1984 Dª. AMBROZINA N. CAMPOS (Dª. Inhá), natural de nossa
cidade. Filha de João B. Naves e Dª. Thereza P. Naves. Viúva do Sr.
Geraldo B. Campos (Lalado). Filhos: Mirtes Maria, Dr. Pedro Lúcio, Nilma
Tereza, Dr. Paulo Cesar, Dra. Nilza Ap. e Dr. Gilson Geraldo. Lecionou
durante muitos anos na E.E. Cel. José Cândido.
1985 Dª. HERMÍNIA F. PRETO, natural de M. S. Minas, MG.
Filha de Sebastião R. Faria e Dª. Rita C. L. Faria; foi casada com o Sr.
José M. Preto. Filhos: Shirley F. P. Gomes, Maria L. P. Westin, José F.
Preto, Maria M. P. Oliveira, Blandino M. Preto, Rosária P. Mafra, Maria R.
Cássia Preto Miranda, Sandra Preto Regazzini e Dalco de Moraes Preto.
1986 Dª. APARÍCIA N. LAURIA, natural desta cidade. Filha de
Antônio C. N. Primo e Dª. Cândida Pimenta da Conceição. Filhos:
Marcos, Míriam, Márcio, José e Marta. Era viúva do Sr. Caetano Lauria.
1987 Dª. MARIA R. NAVES, Foi casada com o Sr. José Braz,
Naves. Filhos: Irene N. D. Santo, Hélio B. Naves, Maria Z. N. S. Costa.
João Pessoa Naves, Dr. José Rocha Naves e Dr. Paulo dos Reis Naves.
1988 Dª. DINORÁ N. OLIVEIRA, filha de Vitório Stefani e Dª.
Maria N. Stefani. Viúva do Sr. José O. Silva. Filhos: Ildeu O. Silva, Maria
Z. O. Sillos, Carlos R. Oliveira, Marilene O. Carvalho, Maria A. O. Diogo,
Maria L. O. Sillos, Maria Auxiliadora de Oliveira Diogo e Daniele de
Oliveira Silva.
1989 Dª. EUNICE BARBOSA DE OLIVEIRA, filha do Dr. Arnaldo
Barbosa de Oliveira e Dª. Ana Cândida de Souza Oliveira. Natural de
Nepomuceno, MG, viúva do Sr. Rui Barbosa de Oliveira. Filhos: Ana
Maria Celeste de Oliveira, Inah Barbosa de Oliveira Cantieri, Arnaldo
Barbosa de Oliveira Neto, Sônia Barbosa de Oliveira Negrão, Maria de
Fátima Barbosa de Oliveira de Pádua, José Ruy Barbosa de Oliveira e
Ana Lúcia Barbosa de Oliveira.
1990 Dª. TEREZINHA DO CARMO MARTINS, viúva do Sr.
Paulo Zózimo Carvalhaes Martins. Filhos: Maria Imaculada Martins,
Paula Elizabeth Martins, Paulo Salviano Martins, Olavo Martins, Mara
Martins, José Alexandre Martins, Tomaz Martins, Israel Martins e Juliana
Martins.
1991 Dª. MARCELA CAPEL AMARAL, filha de João Pedro
Capel e Dª. Apolônia Padilha Capel. Foi casada com Amaraldino
Campos do Amaral. Filhos: Prof. Meiga Amaral Mafra, Armando Campos
do Amaral Sobrinho, Prof. Cyrene Amaral Coimbra, Cícero Campos do
Amaral, Luiz Carlos Campos do Amaral, Roberto Campos do Amaral,
Neusa Campos do Amaral Fagundes, João Antônio Campos do Amaral e
Dinomar Campos do Amaral.
1992 Não houve eleição para a escolha da “Mãe Símbolo”.
1993 Dª. LIORAH CARNEVALE BUENO, natural de nossa
cidade, filha do Dr. Hercílio Carnevale e Dª. Dinorah Soares Carnevale.
Foi casada com Francisco Bueno. Filhos: Maria de Fátima Bueno de
Oliveira, Dinoráh Aparecida Bueno, Dr. Fernando Antônio Bueno,
256
Adriano José Bueno, Luiz Henrique Bueno, Paula Maria Bueno, Patrícia
Maria Bueno Novaes, Pedro Bueno e Valéria Maria das Graças Bueno.
1994 Dª. WANIRA A. F. CALAFIORI, filha de Lourenço B.
Almeida e Dª. Gercina S. Almeida. Casada com o Dr. Luiz F. Calafiori.
Filhos: Dr. Luiz G. F. Calafiori, Belª Valéria Maria Ferreira Calafiori, Dr.
Lino Fernando Ferreira Calafiori, Belª Wanira Suzana Ferreira Calafiori,
Dr. Lívio Magno Ferreira Calafiori e Dr. Lucas Eduardo Ferreira Calafiori.
1995 CESARINA P. MUMIC, filha de Marcílio Porto, e de Dª
Vitalina M. Porto, casada com o Sr. Edilberto Mumic. Filhos: Sônia Maria
Mumic, Solange Mumic Silva, Sandra Porto Mumic, Vânia Porto Mumic,
Dr. Edilberto Mumic Filho, Adriano Porto Mumic e Esther Porto Mumic.
1996 Dª. VALORICE S. AGUIAR, natural desta cidade. Era
casada com o Sr. José C. Aguiar. Filhos: Dra. Marli H. A. Sillos, Dr.
Marcos A. C. Aguiar, Dra. Márcia de Aguiar, Maura I. A. Zaparolli, Márcio
José de Aguiar, Dra. Magaly Aparecida de Aguiar Vita, Marcel Henrique
de Aguiar, Mariza Cristina de Aguiar e Dr. Marlon César de Aguiar.
1997 Profª. DIRCE PEDROSO BRIGAGÃO ALCÂNTARA,
natural desta cidade. Viúva do Sr. Antônio Carlos Pinheiro de Alcântara.
Filhos: Dr. Henry José Brigagão Pinheiro de Alcântara, Dra. Henriette
Maria Brigagão Alcântara dos Santos. Dr. Gender José Brigagão
Pinheiro de Alcântara, Pedro Sérgio Brigagão Pinheiro de Alcântara, Dra.
Giedre Maria Brigagão Alcântara Martins Amorim e Antônio Carlos
Brigagão de Alcântara.
1998 Dª. LUZIA ANDREOLLI MENEZES, natural de
Jaboticabal, SP. Viúva do Sr. Procópio Ferreira de Menezes. Filhos: Jairo
Ferreira de Menezes, Jader Ferreira de Menezes, Jaime Ferreira de
Menezes, Javert Ferreira de Menezes, Jair Ferreira de Menezes e Luzia
Menezes Maldi.
1999 Dª. MARIA AP. CARVALHO, natural desta cidade. Viúva do
Sr. José Carlos de Carvalho. Filhos: Francisco Carlos de Carvalho,
Gilberto de Carvalho, Hélvia de Carvalho, Valquíria de Carvalho,
Wellington de Carvalho, Josimar de Carvalho, Joseane de Carvalho,
João Carlos de Carvalho, Rogeri de Carvalho e Letuza de Carvalho.
2000 - Dª. ALICE T. DUTRA, natural desta cidade. Foi casada
com o Sr. Pedro D. Júnior. Filhos: Celso Ap. Dutra, Dr. José Carlos Dutra,
Dr. Pedro Antônio Dutra, Dr. Paulo Roberto Dutra, Dr. Luiz Cláudio Dutra.
2001 - A então Prefeita Municipal Dª. Marilda P. Melles,
desejando tornar as festividades do Dia das Mães mais abrangente,
resolveu homenagear não uma, mas várias mães, representando, cada
uma delas uma etnia das que compõe a comunidade paraisense. Assim
foram homenageadas as Sras.: SEBASTIANA D. BARBOSA (italiana),
MARLENE V. MARINZECK (portuguesa), GESSI M. BARNARDINO
(africana), JACY Y. OLIVEIRA ELIAS (síria) e ELIANA M.FERREIRA
(austríaca). Desde 2002 não se realiza mais concurso anual para a
escolha da “Mãe Símbolo”. No “Dia das Mães” os clubes de serviço
promovem eventos artísticos em homenagem às mães.
257
PARAÍSO FONTE INESGOTÁVEL DE INSPIRAÇÃO! – POESIAS
Alguém já afirmou e com muita propriedade: “Todo poeta tem o
direito de cantar sua terra”. Realmente, como é belo o amor que a gente
sene pelo torrão natal!...
Se assim não fosse, o que seria desses anônimos e perdidos
rincões espalhados Brasil afora! No entanto, por certo, todos eles têm
seus poetas e admiradores que lhes dedicam páginas de doce enlevo!
Que dizer dos filhos tangidos para as grandes cidades, à procura de
emprego e oportunidade! Mas quando a saudade aperta, soluçam e
cantam, relembrando as “belezas” da terra distante.
Como é forte o amor pelo torrão natal... por mais que o tempo
passe, por mais que a distância dele nos separe, jamais nos
esqueceremos dos sinos da Igreja Matriz... das ruas limpas e bem
cuidadas... da formosura de seus dourados ipês... do aroma de seus
verdejantes cafezais... da beleza de suas moças donzelas... da
operosidade de seu hospitaleiro povo... a serrania distante... o céu cor de
anil... a religiosidade de seu povo... a congada, o natal multicolorido...
Foi assim que num desses momentos de profunda inspiração
que o poeta e Prof. Ary de Lima compôs a letra do Hino oficial de
paraíso... que o Luiz Ferreira Calafiori, debruçado em tratados de
Heráldica, considerando os principais fatos e o amor que o paraisense
tem por Paraíso, é que idealizou a Bandeira, o Brasão, o cognome “São
Sebastião do Paraíso Cidade dos Ipês” e as “Sete Maravilhas de
Paraíso”, além da “Canção do Aniversário”, e compôs a peça teatral
“Assim surgiu paraíso”. E tem mais: reunimos algumas poesias, apenas
algumas das muitas que por certo Paraíso serviu de inspiração, tal qual
vaticinou o seu primeiro poeta, o Capitão Antônio Antunes, ISTO AQUI É
UM PARAÍSO”.
NA “CIDADE DOS IPÊS”
José Paes
No coração de nossa Paraíso
vemos florir tradicionais ipês!
Somente no jardim existem três,
dos quais cada um, sadio, ali se aferra.
Embora ardente sol lhes faça guerra
e o vento os aborreça muita vez,
parecem eles colossais buquês,
cada qual do matiz que na alma encerra:
um, cobre-se de flores amarelas;
outro, de roxo claro é que floresce,
e do outro níveas são as flores belas.
E sobre jovens a vibrar de almejos,
das flores ditas uma chuva desce
cobrindo e perfumando quantos beijos!...
258
PARAISENSE AUSENTE
Tânia Aparecida de Vasconcellos Pedroso Balbo
“Só depois que a gente parte
e busca terras distantes
que se vê o diamante
a jóia que se perdeu!.
(Gabriel Amaral)
Congado!
Festa do presente
festa do passado!...
Que veio lá de longe, de além mar
para em nossa terra vir morar,
sem mesmo ter alguém para dizer
como foi que essa festa começou
e porque, até hoje ela durou,
se a Igreja velha, do Rosário, antiga,
há muito, por terra já tombou!
Não mais bimbalha o sino barulhento,
desafinado, todo enferrugento,
na torre azul, bem colonial.
E o galo de metal, empertigado
que acompanhou a festa do Congado
259
jaz por terra cumprindo o seu fanal.
Dança Congadeiro!
Repica tua caixa, teu pandeiro,
machuca bem o piso do terreiro,
e torna o teu cantar mais dolente!
Balouça no ar as fitas coloridas,
resto de tradições, de lendas tão vividas.
CANÇÃO DE MUITO AMOR A PARAÍSO
Urias Soares de Moraes
Sob este céu de turquesa cheio de luz e esplendor,
A terra explode em beleza e a vida é um hino de amor,
o azul penetra na alma,
cantam as fontes lustrais,
quem já viveu esta calma
nunca se esquece jamais.
Torrão de paz e trabalho,
de orações e cantigas
onde o suor é o orvalho
que faz crescer as espigas:
em tornos as montanhas jazem
como um altar sacrossanto
e as aves canoras fazem
como esta reza que eu canto.
Nas noites na minha rua,
se minha amada vier,
com minha mão sobre a sua
vamos a um sítio qualquer,
o seu aroma flutua
e eu não consigo sequer
saber ser é sol ou se é lua,
nem se ela é anjo ou mulher.
Saudade dos tempos idos,
Do Baú, do Lava-pés,
Do Tira-bufa e dos perdidos
sonhos da vida ao revés,
adeus aos que muito amaram
esta cidade sorriso,
se os velhos tempos passaram
não passou meu Paraíso.
Nada mais ambicioso, nem preciso,
Pois Deus me deu na terra em Paraíso.
A CRUZ E A PARASITA
José da Matta
264
Todo congadeiro assim como todo moçambiqueiro, livremente se
inscreve no “Terno” de seu agrado e preferência, dançam e cantam
motivados pela fé em Deus e pela devoção aos santos padroeiros.
Quanto aos uniformes, os congadeiros se vestem com roupas
vistosas, coloridas, usam chapéus de palha profusamente enfeitados e
longas e coloridas fitas de tecidos brilhantes; envolvem a cintura com
uma faixa larga de tecido colorido, na maioria calçam sapatos tipo tênis.
Seus principais instrumentos são: “Caixa” (de madeira com os tampos de
couro curtido) violas, pandeiros, reco-reco; sanfona etc. O “Capitão”
empunha, solene, seu bastão de comando (de madeira, torneado,
profusamente enfeitado com fitas e encimado por uma cruz), postando-
se á frente de uma das 4 filas de congadeiros(as), encabeçadas pelos
mais categorizados; precedidos por um “Porta-Bandeira” que conduz o
estandarte contendo a estampa do Santo padroeiro do “Terno”. Da
mesma forma, assim também se apresentam os ternos de
''Moçambique'', uma variação da congada; são também comandados por
um “Capitão”, igualmente muito respeitado por seus comandados e pelo
povo em geral. Difere, ele e os demais dançantes moçambiqueiros(as),
principalmente pelas vestimentas: sobre a camisa de tecido vistoso e
brilhante e sobre a calça geralmente de tecido branco, vestem um saiote
de tecido. Na cabeça usam boné, ou um gorro de papelão recoberto dos
mesmos tecidos e enfeitados com guizos de metal ou espelhinhos; nos
tornozelos, de alguns são atadas latinhas semelhantes às das de “Massa
de Tomate”, contendo em seu interior, chumbinhos ou pedrinhas, de
modo a emitir ruídos estridentes quando dançam ou andam. Eles(as)
dançam, geralmente descalços. Seus instrumentos preferidos são: uma
grande “Caixa” de marcação, violas, bandolim; chocalhos, um violino etc.
Até o ano de 1.939, havia o cargo de tesoureiro-mesário da irmandade
de Nossa Senhora do Rosário, cuja função principal era receber as
esmolas dos coroados, geralmente depositadas sobre uma grande
mesa, por ocasião da Congada, no interior da igreja, ao redor da qual
permaneciam, também, o Rei Congo, a Rainha Conga, as Princesas e
todo o séquito real. Essas esmolas eram entregues ao vigário que as
empregava em obras pias. Ocuparam esse cargo, que era tido por
grande honra. Os Srs. Cel. João B. Teixeira, Ananias A. Ferreira, Alferes
A. A. Alves Ferreira, Prof. Benedito F. Calafiori, Sebastião Mendonça,
Antonio A. Mendonça, Terezinha J. M. Lovo J. Bertolini e outros. Os
ensaios de congo e de Moçambique são realizados de setembro a
dezembro, na casa do capitão ou nas sedes, à noite e são bastante
concorridos, comparecendo, grande número de admiradores e amigos,
que se mesclam com os dançantes e participam do “Cafezinho” que ao
final normalmente é oferecido a todos. Oficialmente, a Congada-
Moçambique tem início no dia 8 de dezembro, após a missa congadeira,
ao lado da igreja Matriz de São Sebastião, com a presença do vigário, do
“Rei Congo”, da “Rainha Conga”; de todo o séquito real, de todos os
ternos da cidade e grande multidão de povo que se aglomera para
265
presenciar a subida das bandeiras dos Santos Padroeiros, que são
elevadas nos mastros de madeira, afixados ao lado esquerdo da torre da
matriz, entremeio a danças, cantos, espoucar de fogos e euforia popular.
Encerrada essa primeira parte, prossegue no dia 26 de dezembro e vai
até o dia 30. Culminando com a realização de imponentes desfiles diários
e noturnos na Pça. Com. José Honório, em presença de 6.7, 8 mil
assistentes, num clima de muita luz, arquibancadas, som, etc. Quase
todo o povo da cidade, da zona rural, cidades vizinhas e muitíssimos
visitantes outros, vêm ver e aplaudir congadeiros e moçambiqueiros,
tendo por pano de fundo os reluzentes e coloridos enfeites natalinos da
praça, dispostos pela prefeitura. Os poderes públicos municipais,
compreendendo o alto significado dessa festa devocional, em boa hora
oficializaram-na através da Lei Mun. nº 497, de 04/11/1960 e uma via
pública foi denominada em 1971, ''Rua dos Congadeiros'', assim como o
monumento ao Congadeiro, obra do escultor Johann Musil, foi levado a
efeito em 1.972, à Pça. defronte à Igreja de N. S. do Rosário, na Vila
Mariana. É bastante difundido o costume de se vestir de rei ou de rainha
por ocasião da Congada. Tanto é assim, que pessoas de todas camadas
sociais, inclusive das mais abastadas, se vestem de trajes reais sem
nenhum respeito humano, envergando capa de seda real (azul para o
sexo masculino e branca ou rosa para o sexo feminino), tendo na cabeça
uma coroa, geralmente de papelão recoberto de tecido e artisticamente
ornamentado. O “Coroado” se faz acompanhar de um guarda
(geralmente pessoa da família, homem ou mulher), que empunhando um
guarda-chuva ou sombrinha, cobrem o coroado (a) à guisa de pálio.
Assim aparelhados, o coroado e seu guarda, recebem a visita do terno de
congo ou moçambique, que os conduz até à Igreja Matriz, onde vão
cumprir suas promessas. No decurso do trajeto, que vai da casa do
coroado à igreja, congadeiros e moçambiqueiros cantam e dançam,
numa cadência sincopada rítmica, que dá gosto apreciar. Os santos
padroeiros da congada paraisense são: N. S. do Rosário, S. Benedito,
Sta. Efigênia, S. Domingos, Sta. Catarina e S. Jerônimo. Do dia 26 ao dia
30 de dezembro, os “ternos” começam a se apresentar a partir das 14:00
h., quando se dirigem para a Igreja Matriz e dançam pelas ruas da
cidade, no acompanhamento a pessoas devotas que são por eles
conduzidos à Igreja. À noite, a partir das 20h., diariamente, após a missa,
os “ternos” se apresentam participando de concorridos e monumentais
desfiles que acontecem ali na praça, em presença de suas majestades e
seus séquitos, autoridades e imensa massa humana, num desfrute
fraternal de toda a estrutura que a Municipalidade vem providenciando, a
bem do bom atendimento e conforto de seus munícipes.
GALERIA DOS REIS CONGO EM S. S. PARAÍSO
Vicente Indelécio, escravo africano, primeiro ''Rei Congo'',
segundo afirmação do antigo Rei Congo Sr. João Delfino.
266
Lizandro Gonçalves Francisco Silvestre de Paula (Chico
Cristiano Gonçalves Risada)
José Francisco Cascas Francisco Silvestre de Paula Filho
João Francisco de Oliveira ('João (Chiquito Risada)
Graciano) Sebastião Basílio
Luiz de Almeida José Simão do Nascimento
Vicente Fortunato Artulino Duarte
José Fortunato Atualmente:
João Delfino Sebastião Eurípedes de Pasqua
272
7 - COMPANHIA DE REIS TRÊS COLINAS
Rua Rui Barbosa, 585
Gerente: Hélio Silva - Embaixador: Tiago Gonçalves
CEMITÉRIO, é o lugar
onde se enterram e guardam
os mortos. Toda vila, e cidade
tem o seu mas, quem primeiro
se manifestou sobre a
necessidade de se construir
um cemitério no então
povoado de São Sebastião do
Paraíso, foi o padre
franciscano Frei Eugênio de
Gênova, em 1853, quando em
companhia de Frei Francisco, vieram pregar aqui as primeiras missões
cristãs católicas.
Na ocasião, notaram que não havia cemitério no povoado.
Então, aconselharam às lideranças locais que tomassem essa
providência; que escolhessem um terreno fora dos limites da
comunidade e ali instalassem o cemitério. Assim foi feito pouco tempo
depois.
O local escolhido foi onde atualmente se estende a Praça
Comendador João Alves. Cercaram o espaço com muros de ''taipa''
(muro erguido utilizando-se terra misturada com capim umedecido e
socado entre tábuas).
Funcionou até 1897, porque nessa época Paraíso já era cidade,
e seus limites a sudeste se estendiam até o bairro Mocoquinha, ou seja, o
cemitério passou a pertencer à zona central da cidade.
Por este motivo, foi transferido para o lugar onde se encontra
atualmente, mediante doação do terreno por parte do grande benemérito
da comunidade, Com. João Alves de Figueiredo Jr. Ao longo desses mais
de 120 anos, o atual cemitério tem recebido melhorias como
pavimentação com pedras tipo mosaico português, na avenida central
interna, e bem assim nas avenidas laterais, iluminação elétrica, velório,
rampas de acesso, sala de tanatologia, etc.
Em 1987, a Adm. Municipal adquiriu uma área limítrofe que foi
acrescentada à então existente, mas como cerca de 70% da área do
atual campo santo é ocupado por túmulos, jazigos e capelas mortuárias
com a chancela ''perpetuidade'', daí ter sido acrescido de um moderno
“Memorial”, ou seja, Cemitério Ecológico, construído segundo as mais
exigentes medidas sanitárias. Mas, tendo em vista a pandemia
provocada pelo “Coronavirus” que assola o mundo todo, inclusive o
nosso município. É evidente que a municipalidade trate de adquirir nas
proximidades da cidade uma área de terras destinadas a mais um
cemitério municipal.
275
LENDAS E CASOS DE ASSOMBRAÇÃO
MARIA ENGOMADA
A atual Praça Com. João
Alves (Praça da Fonte Luminosa),
serviu de cemitério de 1853 a
1897, quando foi desativado. Os
poucos túmulos e “carneiros”
foram desfeitos. Os restos de
ossos humanos foram recolhidos
no “ossário” do atual “campo
santo”. Os muros de “taipa” (terra socada), com o tempo ruíram por terra,
e naquele local, somente esguias palmeiras ficaram em pé, e no alto de
suas folhagens corujas costumavam fazer seus ninhos e se esconder.
Sem iluminação até por volta de 1910, o antigo cemitério passou a ser
considerado “local assombrado”. Contribuiu para isso o seguinte fato:
por volta de 1855, o Circo Aretuzza chegou na cidade e foi armado ao
lado da antiga Igreja Nossa Srª do Rosário (região central da cidade).
Dentre seus artistas havia um jovem e simpático amestrador de pôneis.
Quando Maria, gentil donzela de seus 18 anos, morena faceira de rosto
arredondado e tristonhos olhos castanhos, filha de uma viúva da classe
média, moradora lá pelos lados da Rua Tiradentes, trocou um olhar com
o jovem artista do circo, ficou apaixonada. Paixão à primeira vista.
Apesar da oposição de sua mãe e da rigidez própria daquela época,
Maria encontrou-se com o namorado diversas vezes. Daqui, o circo foi
para Passos, de lá para Jacuí e desta para Guaxupé. Nesses dois mêses
de permanência do citado circo na região, por diversas vêses o domador
de pôneis dava um jeitinho e vinha visitar a namorada. Da última vez,
pediu a mão da moça em casamento, sendo aceito, em princípio com
certa relutância por parte da futura sogra, dado à condição de ser ele
artista nômade (hoje aqui, amanhã acolá). Mas, a tudo venceu a teimosia
de Maria de se casar com o rapaz de circo. Ficou combinado que o
casamento dar-se-ia dali a trinta dias, às 17 horas, na Igreja Matriz. Antes
de se despedir da noiva, ele entregou-lhe a documentação necessária e
partiu, deixando Maria com o coração apaixonado. No dia combinado,
ele não compareceu para o almoço; começo de apreensão por parte da
jovem e de sua mãe. 14 horas, nada. 15 horas, idem. 16 horas e... o noivo
não apareceu. Maria começou a ficar um tanto nervosa. Mas, tudo bem,
ela se preparou, vestindo-se de branco, todo engomado, conforme o
seu gosto.
276
Ela, a mãe e os convidados foram para a Igreja esperar o noivo.
Certamente ele chegaria na hora do casamento. O padre, o sacristão,
noiva, mãe, convidados, todos passaram a esperá-lo. 17 horas. Não
apareceu... e assim os minutos... penosos minutos, foram passando e
nada do noivo. Até que lá pelas 18:30 hs, essas pessoas tomadas de
geral desconforto, deram por acabada aquela espera. Maria, humilhada,
chorosa, recolheu-se com sua mãe em sua casa. Guardou o vestido
branco engomado numa canastra e pensou: “Quando eu morrer quero
ser enterrada com este vestido. Não tive gosto de vesti-lo em vida, vesti-
lo-ei quando eu morrer e for ser sepultada”. Os anos se passaram,
mencionado circo nunca mais voltou a Paraíso e, do moço, Maria jamais
teve notícia. Ela, de alegre e comunicativa que sempre fôra, passou a ser
uma pessoa triste, marcada pela desventura. Poucos anos depois,
falecia sua velha mãe. Por sua vez, Maria faleceu em 1895, com 58 anos
de idade, e, conforme sua vontade, foi sepultada naquele cemitério com
o vestido engomado de noiva. Depois de sua morte, dizem, que, nas
noites de sexta-feira, quando o relógio da Matriz, ao bater as badaladas
da meia-noite, ela costumava aparecer sobre as palmeiras daquele
antigo cemitério. Suas aparições eram assim: de repente eis que surge
sobre uma palmeira uma figura branca, de véu e grinalda, até meio
corpo. Logo desaparece para surgir, agora de corpo inteiro, sobre outra
palmeira. Volta a desaparecer para ressurgir, agora compridona sobre
outra árvore e fica assim, como que assombrando pessoas, pelo espaço
de bons minutos. O curioso é que essas visões costumavam acontecer
somente nas meia-noites de sexta-feira, principalmente na quaresma,
entremeio à escuridão daquela praça, naqueles tempos. Lembrança de
uma infeliz noiva enganada a aguardar um volúvel artista de circo!
Na crendice popular,
encruzilhadas de estradas e
porteiras em lugares
soturnos, são sempre ricos
e m “ c a u s o s ” d e
assombração. Lá pelos idos
de 1910/20, acreditava-se
que a porteira e o mata -
burro vizinho, situados na
então estrada de terra que ligava Paraíso à Pratápolis-Passos-Pimhui,
então existentes bem juntinho ao Morro do Baú, era local assombrado.
De fato, densa vegetação dominava aquele trecho de grotão beira morro,
com um punhado de árvores mais altas, da espécie popularmente
chamada de “umbela”, de onde corujas ficavam a soltar suas
“gargalhadas” noturnas, induzia-se a acreditar na má fama daquele
lugar. Numa madrugada de maio de 1922, o jovem e futuro Prof. Benedito
Ferreira Calafiori. bem cedinho, arreiou seu cavalo e foi à fazenda do Sr.
Ninico, perto de Itaguaba, a fim de comprar porcos gordos para o
açougue de seu pai. Ao chegar próximo à mencionada porteira o cavalo
estacou. Ele vinha cavalgando normalmente, mas o pensamento estava
ligado à má fama da porteira.
A uns 40 passos da porteira, repentinamente o animal deu uma
refugada e ele quase foi ao chão. Esporeou o cavalinho e nada dele
querer prosseguir... de chegar e ultrapassar a porteira. Empacou e não
adiantou esporeá-lo. Estranho, pensou! Fixou o olhar naquela pequena
escuridão próximo à porteira e pode divisar, entremeio às intermitentes
rajadas de frio vento, umas como que mãos, ora esbranquiçadas, ora
negras em movimentos de aceno, num “aparece-desaparece”, bem no
279
meio daquele arvoredo, rente à mencionada porteira. A impressão que
ele teve aqueles acenos de mãos, parecendo-lhe afirmar “vem... vem” e
o interessante é que o cavalinho teve também a mesma impressão, por
isso refugou todas as vezes que foi esporeado. Diante de tal impasse,
pensou em retornar à cidade, mas resolveu aguardar, ali mesmo, até o
dia clarear. Foram momentos de estranha sensação. Por que o animal
não quis obedecê-lo, passar pela porteira e seguir viagem?
Quando o dia amanheceu, o “mistério” foi desvendado: O
ventinho da madrugada fazia com que as folhas das embauvas, que são
verdes e têm o dorso branco-prateado, mostrassem ora uma, ora outra
face, isto é, verde, que no escuro parecia sumir, e a prateada, que
pareceu-lhe branco, mas que no vai-e-vem do vento, resultava num sobe
e desce parecido com o suposto aceno de gente convidando “vem...
vem!” Assim desvendado aquele “mistério” não houve mais problema. O
animal aceitou ser encostado na porteira, que foi aberta e ultrapassada.
Então ele pôde prosseguir viagem sem “assombração” e nem nada...
PERDEU O DEFUNTO
AS MANGUEIRAS DO CEMITÉRIO
285
SOU LADRÃO DE GALINHA
Tivemos um chefe do destacamento
policial, Sargento Lira, muitíssimo educado, e
mais ainda, enérgico. Havia também uns
ladrõezinhos pé-de-chinelo. Um desses,
tornou-se incorrigível ladrão de galinha. Era um
tal de prende-solta, prende-solta. Então, o
referido oficial militar pensou: “Eu te pego
malandro!” Não deu outra. Após alguns dias o
cara foi preso novamente. Então, ele, Sargento
Lira, deu a seguinte ordem a um de seus
comandados: “Fulano, pegue um fuzil e acompanhe este malandro.
Percorra com ele a rua Dr. Placidino, Av. Ângelo Calafiori, Rua Pimenta
de Pádua, e passe pela estação Mogiana, só então volte pra cá
(Delegacia que ficava na Rua dos Antunes) . Obrigue o cara a carregar
uma galinha entre os braços. Você vai atrás dele, que terá que ir falando
alto, para todo mundo ouvir: “sou ladrão de galinha”...”sou ladrão de
galinha”. Mencionada ordem foi cumprida ao pé da letra. O fato é que o
dito cujo, deve ter criado vergonha, pois sumiu do noticiário policial.
Se mudou de jeito ou se mudou daqui, não ficamos sabendo...
AVIÃO FUTEBOLISTA
Em 1925, em nossa cidade, poucas pessoas
tinham visto um aviãozinho “teco-teco” de perto,
e muito menos tinham visto alguém pular de
pára-quedas. Mas em Ribeirão Preto, Franca.
Uberlândia, sim.
Entusiastas dessa última cidade e daqui
programaram um show aéreo. O aviãozinho
sobrevoaria repetidas vezes a cidade e um pára-
quedista pularia do avião num campo que seria preparado, diante de
uma assistência, que por certo estaria à espera do espetáculo jamais
visto em São Sebastião do Paraíso. Ficou ainda combinado que o local
onde o paraquedista faria a exibição, seria marcado por uma coluna de
fumaça. A fim de que tal acontecesse, foi improvisado um campo de
pouso lá na parte alta da cidade, hoje Av. Itália, Jardim Europa.
No domingo combinado e na hora mais ou menos marcada,
numerosos assistentes se aglomeraram nas imediações. E, por
286
coincidência, à mesma hora, uma pequena multidão de torcedores da
Associação Atlética Paraísense estava em volta do gramado, assistindo
a uma disputada partida futebolística. (naquele tempo não existia o
Estádio Com. João Alves, a torcida se posicionava ao redor do campo).
Outra coincidência: naquela mesma hora uma locomotiva da antiga São
Paulo e Minas estava sendo aquecida, e produzia um longo canudo de
fumaça. O piloto e seu companheiro pára-quedista, ao sobrevoarem a
cidade, tiveram suas atenções voltadas para o ajuntamento de gente que
assistia a partida de futebol e a fumaceira que a locomotiva soltava e...
pensaram: é ali o local do show aéreo. Diante disso, o avião sobrevoou o
campo de futebol, justamente na hora do intervalo do jogo. Mais um
sobrevôo e o pára-quedista saltou, na direção do campo de futebol, para
espanto da assistência, que ficou de olhos grudados no homem que
despencava lá de cima. Foi descendo, descendo, na direção de um pé de
limão comum, espinhento como quê. Não deu outra. Populares ajudaram
o pára-quedista a se desvencilhar dos galhos do limoeiro. Daí há pouco,
o aviãozinho perde altura e aterrisa no campo! Novo susto na a
assistência. O piloto ao ser inteirado que o local do show era outro, coçou
a cabeça. E agora! O jeito foi empurrar o avião pelas ruas da cidade até
ao campo de pouso. Aí, finalmente, aconteceu o show programado.
Paraíso ganhou dois shows ao preço de um. Quem mandou o piloto
bobear!...
TRÊS ENORMES SINOS PARA DUAS PEQUENAS TORRES
É bom que se saiba que os três maravilhosos e
enormes sinos da Igreja Matriz da Paróquia de São
Sebastião são os maiores do Brasil.Quem duvidar
que suba até a torre. Por causa deles uma bela
torre, estilo romano foi derrubada, em seu lugar
outra esguia torre em construção, caiu, e, a atual
torre foi construída.Vejamos como tudo aconteceu:
Dona Dolores Pimenta de Pádua, (*
14/09/1888+25/02/1977), filha do Cel. Antonio
Pimenta de Pádua, enviuvara-se de seu primeiro
marido, Dr. Jaime Pimenta de Pádua, estando seus quatro filhos ainda
mocinhos.
Algum tempo depois, casa-se com o Dr. Luiz Marussig, cirurgião
dentista, austríaco. Incentivada por este, resolveram fazer uma viagem
de recreio pela Europa e Oriente Médio. Vendeu uma de suas fazendas e
287
passaram a conhecer as belezas do Velho Mundo, naquele ano da graça
de 1928.
Tudo corria bem em mais de um ano viajando. Estando em
Berlim, Alemanha, súbito, D. Dolores foi acometida de uma febre alta e
persistente. Hospitalizada por cerca de um mês, esteve sob os cuidados
dos melhores médicos da capital alemã. Eles tentaram tudo, mas a febre
não cedia, para desaponto geral. Então, no auge do desespero, D.
Dolores, dama religiosa, fez fervorosa prece a Deus, e foi ouvida.
Completamente restabelecida depois que se entregou nas mãos do
Senhor, em agradecimento, decidiu doar novos sinos para a Matriz de
São Sebastião.
Informada que em Milão, Itália, encontraria, as melhores
fundições de sinos da Europa, para lá se dirigiu com sua família.
Encontrou e adquiriu não um, mas três enormes sinos, embora sabendo
que a Igreja Matriz tinha apenas duas pequenas torres. Conclusão: a
lábia do fundidor italiano acabou por influenciá-la, sem sombra de
dúvida.
Retornando de viagem, contou ao então vigário Mons. Felipe, a
compra que fizera. Disse-lhe que os sinos eram grandes, mas nem tanto.
Quando em 1929, eles foram trazidos até o porto de Santos e deste para
Paraíso, causou o maior assombro! E agora, o que fazer? O jeito foi
derrubar a fachada principal da Igreja e construir uma torre maior.
O povo ajudou e uma esguia torre de 43ms. de altura foi
levantada. Estando inacabada, mencionados sinos foram instalados
nela. O menor, batizado de “Jaime”, foi colocado bem próximo ao teto e
futuro relógio; o de tamanho médio, de nome “Thomé”, foi alojado mais
abaixo; e o maior, de nome “Antônio”, foi instalado mais abaixo. O peso
ditos sinos é de 5 toneladas , do mais puro bronze.
Ocorreu que no dia 15 de junho de 1936, lá pelas 14:00h, nossa
cidade foi envolvida por forte ventania, que pôs abaixo a torre e os sinos
causando forte comoção popular.
Sem alternativa, nova torre foi iniciada, a atual, de estilo
completamente diferente da que estava sendo construída. Finalmente a
19 de janeiro de 1941, a atual torre e os mencionados sinos foram
consagrados ao Senhor. Por tão preciosa dádiva, D. Dolores é “post
mortem” merecidamente considerada “grande benemérita” da
comunidade.
288
O DISTRITO DA GUARDINHA E SUA HISTÓRIA
Nas primeiras décadas do
Século XIX, o comércio entre São
Simão (SP), Batatais (SP), Jacuí
(MG), S. S. Paraíso e Passos
(MG), principais núcleos
populacionais da época, era feito
através do ''caminho'' que
passava ladeando o ''Morro da
Mesa'', marco divisório desde
1761, entre as então Províncias
de São Paulo e Minas Gerais, e
seguia rumo à fazenda Sapé, São Sebastião do Paraíso, onde bifurcava
para Passos, Jacuí e outros centros dessa parte de nosso Estado.
Onde hoje está situado o distrito de Guardinha, existia um Posto
Fiscal mineiro, guarnecido por um fiscal, um auxiliar, dois soldados e um
Cabo, formando, na linguagem popular uma ''guardinha''. Aliás, bem
próximo a Dores do Aterrado (hoje Ibiraci), nas divisas com o município
paulista de Franca, já no final do século XVIII, existia outro posto de
guarda (outra guardinha), que funcionou por muitos anos a fim de impedir
a saída de ouro, extraídos dos aluviões de Jacuí.
Então, os moradores dos sítios e fazendas vizinhos, para facilitar
à localização de suas propriedades, passaram a dizer: ''Moro perto da
''guardinha''; que com o passar dos anos passou a denominar todo
aquele lugar; principalmente após a doação do Patrimônio ao Senhor
Bom Jesus (1899) e, a conseqüente construção das primeiras casas no
então povoado.
FUNDAÇÃO DE GUARDINHA
Guardinha se estende sobre um belo planalto, disposto na
direção Norte-Sul, adornado, não muito longe pela Serra da Cobiça,
Morro Alto, Morro da Mesa, Morro da Rosca, Morro do Meio e outros.
Guardinha nasceu de um ato de liberalidade e profundo
sentimento religioso de seus fundadores, o casal Francisco Daniel da
Silva e Dª Maria Umbelina da Conceição, ele natural de Lavras, MG,
nascido em 1852, filho de Daniel da Silva e Dª Quintilina Maria de Jesus.
Ela, filha de Francisco da Silva e Dª Maria Umbelina da Conceição.
Depois de casados, continuaram residindo em Goianazes
(Peixoto), numa fazendinha dos sogros. Quinze anos depois, já tendo
adquirido filhos, mudaram-se para a Faz. ''Morro Alto'', onde
permaneceram por 5 ou 6 anos. A seguir, fixaram residência no local
289
chamado ''Guardinha'', acima referido, onde, dois anos após, adquiriu
cerca de cinco alqueires de terras de campo. A partir de então, arquitetou
Francisco Daniel da Silva, construir uma capela comunitária. Com muito
sacrifício, amealhou meios e, com a ajuda de outros moradores do lugar,
conseguiu construí-la. Sua recompensa veio logo a seguir, quando à
frente de seus familiares, vizinhos e demais amigos, foi celebrada a
primeira missa na recém construída capela, celebrada pelo Padre Elias
de Moraes Navarro, entremeio a justificadas manifestações de júbilo,
própria de pioneiros, gente simples, decidida, forte na fé, acostumados
ao trabalho e plenos de amor à família. Mais alguns anos de trabalho
duro e suado, adquiriu, Francisco Daniel, outros cinco alqueires de
campo, anexando-os à primeira compra. Essas compras de terra, ele as
fez pensando em doá-las ao Senhor Bom Jesus, que deram origem ao
''patrimônio'' que seria a base de sustentação material da capela e da
paróquia, o que realmente aconteceu anos depois.
A ESCOLHA DO PADROEIRO
298
varejista paraisense: a inauguração do Supermercado Tonin, com
grande sucesso. Nesse mais de meio século de existência e de
constante evolução, transformou-se no poderoso Grupo Tonin, focado
em fazendas produtoras de café, supermercados, superatacados. Dá
emprego a cerca de 2.200 funcionários, atuando nos Estados de MG/SP.
- Em 1979, houve uma mudança radical quanto ao visual da
Praça Com. José Honório, com a construção do prédio de apartamentos
CREDIREAL, o que motivou a construção de vários outros de igual ou
maior porte, dado ao sucesso desses empreendimentos imobiliários.
- 1980, marcou o início das atividades da então Policlínica e
Maternidade S. Lucas fundada pelo então Ex-Deputado Estadual e atual
Prefeito Dr. Rêmolo Aloise. Prestou relevantes serviços à comunidade
por cerca de 25 anos de atuação positiva a bem da saúde.
- No dia 03/07/1982, um fato inusitado aconteceu na Santa Casa
de Misericórdia local, o nascimento de TRIGÊMEOS; duas meninas e um
menino, filhos do casal Miguel Caetano e de Maria Paiva L. Caetano.
- Um dos destaques de 1983, foi a entrada em atividade de outro
gigante no comércio varejista paraisense, os Supermercados DADÁ,
atualmente com duas modernas e imponentes lojas.
- Em 28/08/1985, Paraíso e região recebeu com simpatia e votos
de trajetória positiva, independente e atuante, a 2ª edição do atual
bisemanário de maior circulação da atualidade ''Jornal do Sudoeste'',
sob a responsabilidade do jornalista Nelson de P. Duarte. São mais de
duas mil edições a serviço da boa imprensa a nível municipal e regional.
- 27/09/1986, nossa Paraíso recebeu um grande presente, a
fundação da Academia Paraisense de Cultura, sob a liderança do ilustre
advogado e posta Dr. Olavo Borges. Ela tem por finalidade valorizar e
impulsionar o universo cultural paraisense.
- Em 1995, Paraíso recebeu mais um grande empreendimento
com recursos do Governo Federal, com empenho do Deputado Federal
Carlos Melles, ou seja a construção do CAIC que beneficia cerca de
1.000 crianças da parte noroeste da cidade.
- 29/10/1996, nesta data o Dep. Fed. Carlos Melles é emposado
no importante cargo de Ministro do Esporte, nomeado pelo Pres.
Fernando H. Cardoso, cargo este que desempenhou com reconhecida
eficiência, impulsionando o esporte em todo o território nacional.
- 1º/01/2001, os jornais noticiaram com destaque, a cerimônia de
posse da 1ª Pref. Mun. S. S. Paraíso - MARILDA P. MELLES, mercê de
sua simpatia e preparo para exercer tão nobre função, que, ao final, a
consagrou como competente e dinâmica Prefeita Municipal.
- Em 2004, a Adm. Municipal asfaltou a pista de pouso e
decolagem do Aeroporto Joaquim Montans Jr., dotando-o de moderna
infraestrutura, possibilitando ser operacionalizado 24 horas por dia, ou
seja, dia e noite. Aliás, um dos únicos da região.
- Em 2004 ficou patente que a união de esforços torna possível
empreendimentos voltados para o empreendorismo, aliado a cursos de
299
profissionalização da juventude, preparando-a para o ingresso no
mercado de trabalho. Esta a finalidade da constr. do CEDUC, construído
com recursos oriundos do Gov. Fed., com a Intermediação do Dep. Fed.
Carlos Melles, Pref. Mun., Fecon (Fund. Educ. Com. São Sebastião do
Paraíso) e ACISSP (gestão do Pres. Dr. Ailton Rocha de Sillos).
- Em 2007, foi inaugurado o majestoso complexo esportivo que é
a Arena Olímpica ''João Mambrini'', iniciado na Adm. Municipal 1983/88,
com recursos da União, do Estado e do Município, graças ao continuado
empenho dos Deputados Carlos Melles e Antonio Carlos Arantes, foi
projetada para proporcionar conforto a 4.400 pessoas sentadas.
- 13/11/2014, esta data é das mais significativas de Paraíso,
porquanto marca a inauguração oficial do Hospital Regional do Coração,
''Dr. Glauco J. R. Figueiredo'' considerado referência em todo o sudoeste
do Estado, tendo em vista sua moderna aparelhagem e à capacidade de
seu corpo clínico. Tudo isso constitui o coroamento de anos de real
empenho e conjugação de esforços da Diretoria da Santa Casa, da
comunidade e dos Dep. Carlos Melles, Antonio C. Arantes e outros.
- Em 1º/02/2015, aconteceu, em Brasília, a posse do
conterrâneo Deputado Federal Carlos Melles, iniciando assim, sua sexta
eleição consecutiva como membro da Câmara Federal, conduzido pelo
voto popular, mercê de sua profícua atuação no cenário político nacional.
- Também, no dia 1º/02/2015, aconteceu em B. H., a posse do
Dep. Ass. Mineira, Antonio C. Arantes, reconduzido pela terceira vez
consecutiva, inclusive pela maciça votação da gente paraisense, em
reconhecimento pelos relevantes serviços prestados a Paraíso que o
tem e bem assim sua família, como conceituados moradores.
PARAISENSES QUE BRILHARAM NA ALTA POLÍTICA FEDERAL E ESTADUAL
É ponto pacífico que todas as decisões que beneficiem ou
prejudiquem o povo, são decisões tomadas por políticos em nome do
povo. E, dentre os filhos desta terra, tem surgido líderes inteligentes e
bons de voto, que através de suas atuações bem representaram São
Sebastião do Paraíso até em âmbito nacional. Abaixo, o que nos
representa atualmente e que também relacionamos àqueles que,
escreveram páginas memoráveis, como líderes políticos de grande
valor, dentre outros:
- Ex. Dep. Fed. Carlos C. A. Melles, reeleito consecutivamente
em 6 (seis) eleições. Ex-Min. Esporte e ex-Secr. Est. Obras Públicas/MG.
- Ex-Deputado Federal José Luiz Campos do Amaral Jr. (1899)
Eleito, mas não tomou posse.
- Ex-Dep. Est. José Luiz C. Amaral Jr. (1903) Eleito e reeleito.
- Ex-Dep. Est. Dr. José de Souza Soares assumiu a vaga surgida
com o falecimento do Dep. Cel. Elias Teotônio Batista (1917/1918).
- Ex-Interv. Estadual (Gov.) Dr. Noraldino Lima, nomeado pelo
Pres. Gal. Eurico Gaspar Dutra. Foi ainda Dep. Fed., Dep. Est., Secr. Est.
300
- Ex-Deputado Estadual Dr. Augusto Batista de Figueiredo em
três legislaturas sucessivas.
- Ex-Deputado Federal Delson Scarano, em duas legislaturas,
ex-Dep. Estadual em três legislaturas.
- Ex-Dep. Federal Prof. Ary de Lima, pelo Estado do Paraná.
- Ex-Dep. Est. por Santa Catarina Dr. Dario Sales Naves (1985).
- Ex- Deputado Federal Dr. Paulo Pimenta Montans e Dep.
Estadual pelo Estado do Paraná, Secret. de Estado da Agricultura, pelo
Paraná e ex-Prefeito Municipal de Cornélio Procópio - PR.
- Ex-Deputado Federal Benedito Domingos, pelo Distrito Federal
e ex-vice Governador de Brasília (DF).
- Ex-Ver. Paulo R. Oliveira Pres. da Câm. Mun. de São Paulo.
- Ex-Ver. João Ap. Paula - Ver. Câm. Mun. São Paulo, capital.
- Ex-Deputado Estadual em 4 legislaturas e ex Prefeito Municipal
Rêmolo Aloise.
- Ex-Deputado Federal Carlos de Andrade Melles, Deputado
Federal em legislaturas, ex Ministro de Esportes e Turismo e atual
Presidente do SEBRAE.
- Dep. Est. e paraisense honorário Antonio C. Arantes. Dep. em
legislaturas e atual vice Pres. da Ass. Legislativa do Est. Minas Gerais.
PALAVRAS FINAIS
No decorrer da marcha inexorável do tempo, acontecimentos
vão se sucedendo em nossas vidas, alguns considerados positivos e
outros nem tanto. Assim também vem acontecendo com relação à
trajetória histórica de São Sebastião do Paraíso, pontuada por feitos e
fatos que merecem sejam assinalados como decisivos, tendo em vista o
desenvolvimento, o progresso e a melhoria da qualidade de vida do povo
paraisense, não só quando ocorreram, mas por que ensejaram novos
rumos e conquistas há muito sonhados e até então não concretizados.
A preocupação de catalogá-los, cronologicamente, utilizando os
mais modernos meios de informática e/ou livros, que nunca perdem o
elevado conceito de fontes de informação e de consulta, tem dado bons
resultados, beneficiando principalmente a juventude estudiosa.
O reboliço do mundo atual tem se mostrado por demais exigente,
e, atendendo a tal imperativo, periódicas edições de livros, como este,
são por demais benvindas e oportunas, acreditamos. Daí o presente
exemplar em suas mãos, ampliado a atualizado, conservando, a
narrativa de preciosos fatos e feitos aqui reunidos o mais
cronologicamente possível, e que comprovam o desenvolvimento e a
trajetória histórica desta cidade que tanto amamos, São Sebastião do
Paraíso ''Cidade dos Ipês'', sede do município e que se orgulha de
possuir imensos cafezais de comprovada qualidade, fonte de riqueza e
de geração de emprego de mão de obra, cafezais esses altamente
produtivos e disputados pelas grandes empresas exportadoras e
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importadoras, porquanto preferidos pelos mais exigentes apreciadores
desta popular bebida energética, consumida em todo o mundo. Daí, o
sentimento de missão cumprida que norteou a presente campanha:
«Divulgar Paraíso é preciso», com a publicação desta Enciclópedia
Histórica em comemoração pelos anos de fundação de nossa cidade.
Nossos sinceros agradecimentos a todos que, gentilmente
colaboraram materialmente. Paraíso agradece a todos.
OBRAS, E PESSOAS CONSULTADAS
Instituto de Estudo Genealógico de São Paulo, SP.
Arquivo Público Mineiro Belo Horizonte MG
Museu Histórico Municipal “Napoleão Joele” de S. S. Paraíso.
Almanack Sul Mineiro-Bernardo S. Veiga 1874 e 1884 Ouro Preto - MG.
Arquivo da Paróquia do Município de Jacuí, MG.
Arquivo da Prefeitura de São Sebastião do Paraíso MG.
Arquivo do Cemitério de S. S. Paraíso.
Arquivo da Câmara Municipal de S. S. do Paraíso, MG.
“São Seb. do Paraíso e sua História” - Dr. José de Souza Soares, 1945.
“Enciclopédia dos Municípios Brasileiros” - Jurandir Pires Ferreira 1959.
Documentos do 3º e 4º Distrito de Imigração, Lavras, MG.
Arquivo da Cúria Metropolitana de São Paulo.
Cidade da Campanha - Monsenhor José do Patrocínio Lefort
Paróquias Paulistas do Sul de Minas - José Guimarães (Ouro Fino).
Na Luz Perpétua - João Baptista Lehmann 1935.
Manual do Juiz de Paz - Wilson Veado.
História Geral do Brasil - Francisco A. Varnhagen - Visc. de Porto Seguro.
História da Civilização Mineira - Dr. Diogo de Vasconcellos.
Sebastião Tadeu dos Santos -Trabalhos Técnicos.
Arquivos das Paróquias de S. Sebastião, N. S. da Abadia, S. Judas
Tadeu, N. Sra. Sion, S. José e Guardinha.
Minas Gerais - Roberto Capri - Belo Horizonte - 1916.
Guia do Sul de Minas - João Matzner 1950.
Revista do Centenário - Manoel W. Oliveira - S. Tomás de Aquino.
O Capitão Diogo Garcia da Cruz - Ricardo Gumbleton Daunt.
Suplemento ilustrado D'O Liberal 1943 - S. S. Paraíso.
Cartório Registro Civil de S. S. Paraíso.
Coleções dos Jornais e revistas ed. em nossa cidade - testemunhas
oculares dos principais acontecimentos comunitários.
Collectanea - Francisco Brasiliense Neves 1925.
História do Brasil - Hélio Vianna.
História do Brasil - Rocha Pombo.
Os Sertões - Euclides da Cunha.
A Guerra dos Canudos - Aristides Milton.
Manual do Devoto - Editora Santuário Aparecida SP 1976.
S. S. Paraíso História e Tradição 1ª, 2ª , 3ª e 4ª edições Luiz F. Calafiori
A Freguesia de N. S. Assumpção do Cabo Verde - Adilson de Carvalho
302
Poesias e Sonhos – Conceição B. Borges Ferreira
Curiosidades de Paraíso - Luiz Ferreira Calafiori
Depoimentos de pessoas idosas e conceituadas
303
ANS - nº32.735-2