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Análise de Quebras no
Resumo
As Peneiras Vibratórias foram especialmente projetadas para solucionar os problemas de
classificação, lavagem e desaguamento dos mais diversos tipos de materiais (minério, areia,
brita, pedra, carvão e outros) em processos industriais, minerações e pedreiras. Projetos
avançados aliados à alta qualidade dos materiais empregados asseguram alto padrão de
desempenho, resistência e eficiência, sob as mais rigorosas condições de trabalho. Este
trabalho busca apresentar as diferentes construções de peneiras bem como os tipos de
acionamento e dentro da pesquisa bibliográfica apresentar o estudo de um caso vivenciado na
rotina de manutenção da área de matérias prima em uma grande empresa (Aperam). A
alteração do projeto da peneira tornou-se necessário devido o aparecimento de trincas ao
longo da sua estrutura. Após inúmeras tentativas de reparo com processo de soldagem com
eletrodo revestido viu-se que era necessário estudar todo o projeto da peneira para determinar
uma estrutura que suportasse as solicitações de esforços/cargas.
2. DESENVOLVIMENTO
Eficiência de peneiramento
A eficiência de peneiramento é definida como a qualidade de separação
que a peneira fornece. Segundo Faço (1994), um peneiramento de baixa
eficiência pode acarretar em sérios problemas, entre os principais estão:
Sobrecarga do circuito fechado de britagem: parte do material
que deveria passar pela peneira retorna ao circuito, diminuindo a
capacidade real dos britadores e sobrecarregando as correias
transportadoras;
Produto fora de especificação: contaminação do produto final
com partículas de dimensões fora de especificação.
Para a avaliação do processo de peneiramento, deve-se realizar uma
análise do material na alimentação da peneira, no retido e/ou no passante.
Duas eficiências podem ser obtidas baseadas no produto final
considerado.
Movimento vibratório
O movimento vibratório da peneira é produzido por sistemas de
acionamento que, geralmente são baseados em massas desbalanceadas.
Normalmente a amplitude de vibração possui valores entre 3,0 mm e 8,0
mm; e a máquina opera em uma faixa de rotações de 600 RPM a 1200
RPM. Porém, estes valores podem variar como no caso das peneiras de
alta freqüência que operam com amplitude de até 0,5 mm e rotação de
3600 RPM.
As peneiras vibratórias possuem dois tipos principais de vibração: com
movimento circular (peneiras inclinadas ou peneiras circulares) ou com
movimento linear (peneiras horizontais ou peneiras lineares).
Nas peneiras circulares, a partícula é deslocada pela ação conjunta do
movimento circular imposto pelo acionamento e da inclinação do deck. A
amplitude das peneiras circulares é dada pelo raio do círculo formado pelo
seu movimento. A Figura 5 ilustra o movimento circular de uma partícula
sobre a superfície de peneiramento.
(1)
onde: Fc- Força centrífuga gerada pelo acionamento;
p - Peso vibrante.
(2)
Retomando a equação 2
(3)
(5)
Onde:
.mc - Massas de cada contrapesos;
.re - Distância entre o centro de massa do contrapeso e o seu centro
de giro;
N - Rotação de trabalho do equipamento.
Substituindo as equações (5) na equação (4) e lembrando que a
freqüência de operação pode ser expressa em termos da rotação de
trabalho:
Recursos de fabricação
Medição de frequência.
Strain-Gage: Por meio de elementos resistores, consegue-se medir
esforços de corpos sujeitos às tensões. Uma ferramenta bastante útil para
confirmar fisicamente os esforços calculados teoricamente.
Strain-gage, Pesquisa 2013
Proteção: A proteção da peneira em aplicação a úmido se tornou um ponto
crítico, especialmente nos minérios que tendem a formar polpa abrasiva,
como no caso de minério de ferro. Dentre os vários métodos de proteção
existentes, um dos mais efetivos é a aplicação de poliuretano. Com esta
aplicação, consegue-se vedar todas as frestas, evitando-se a percolação
de polpa abrasiva, aumentando-se a disponibilidade e a vida útil da
peneira.
Instrumentação e controle
ESTUDO DE CASO
Contextualização do trabalho
O presente trabalho posicionou-se como uma pesquisa bibliográfica,
teórica, aplicada e de campo que permitiu desenvolver melhorias no
projeto do equipamento.
Segundo Serra Negra (2004), a Pesquisa Bibliográfica “tem por finalidade
conhecer as diferentes formas de contribuição científica que se realizaram
sobre determinado assunto ou fenômeno”, utilizando portanto, livros,
artigos, manuais, estudos de caso e relatórios técnicos disponibilizados
pela empresa Aperam South América.
A peneira para análise nesta pesquisa foi montada em 2011, está
localizada dentro de uma torre de peneiramento e foi projetada para
peneirar carvão/coque em quatro granulometrias diferentes (com peso
específico variando de 0,22 a 0,50 t/m³), tendo a capacidade de 320m³/h.
Após o início da operação de peneiramento de carvão nesta peneira a
mesma apresentou inúmeras falhas sendo necessário intervenções
mecânicas, aumentando o custo e afetando o índice de disponibilidade da
peneira. A redução/eliminação das falhas nos permite manter um bom
índice de funcionamento e redução de custos significativos para a
empresa.
Desenvolvimento
Peneira de Carvão/coque analisada
Para produção de gusa são utilizados diferentes produtos como matéria
prima e diferentes equipamentos para processá-las, antes que a mesma
chegue até o Alto Forno. A peneira faz parte do processo onde a mesma é
responsável em separar/classificar o carvão em diferentes
tamanhos(granulometria).
A disponibilidade da peneira é um fator de suma importância à operação,
pois quando se introduz carvão sem peneirar no Alto Forno, cria-se uma
instabilidade no processo, não sendo possível atender as especificações
finais necessárias do gusa, bem como pode levar o Alto Forno a uma
campanha de “marcha fria”.
Características do Equipamento
A peneira é feita de aço carbono ABNT 1020, possui 4 planos de
peneiramento com decks reforçados e chapas de desgaste nos pontos de
maior atrito na recepção do material. Com largura de 2.400mm e
comprimento de 6.000mm útil com isolamento especial vibratório para
montagem em estruturas elevadas é capaz de peneirar 320 m³/h de
carvão/coque com peso especifico entre 0,22 e 0,5 ton/m³. Para o
acionamento da peneira são necessários 2 excitadores acionados por
motor elétrico. A partida é suavizada com o uso de inversor de frequência,
diminuindo a corrente gerada no início da operação do motor elétrico.
Praticamente toda a vibração gerada é neutralizada pela base inércia
(contra-balanço).
Cada caixa possui no seu interior dois eixos curtos montados sobre
rolamentos. Os eixos com os contrapesos giram em sentidos opostos,
gerando movimento linear. A sincronização entre os dois eixos é feita por
engrenagens e são utilizados dois mecanismos. Este tipo de mecanismo
oferece normalmente maior vida útil dos rolamentos.
Os movimentos desejados são produzidos por mecanismos vibratórios, os
quais constituem parte essencial desses equipamentos. Esses
mecanismos são baseados em sistemas de massas excêntricas que
produzem forças dinâmicas suficientes para obter amplitudes de vibrações
no equipamento, que normalmente variam de 1,5 mm a 6 mm, (caso em
estudo 4mm) com freqüências de operação da máquina de 700 rpm a
1200 rpm (no caso em estudo 800rpm) .
Levantamento dos dados de campo
Em inspeções de rotina foram observadas trincas na estrutura lateral da
peneira, o que é um agravante devido à vibração propagar as mesmas. Ao
se estudar a origem das trincas através de análise de falha, viu-se que as
massas estavam deslizando no eixo e como conseqüência alterando o
balanceamento, causando um movimento informe da peneira. Foi
realizada a regulagem dos contra pesos e torqueados os parafusos de
fixação dos mesmos, porém a propagação e o aparecimento de novas
trincas continuaram.