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CÓDIGO: 31101
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TRABALHO / RESOLUÇÃO: Perante as leituras dos textos Arqueologia Industrial e
(Um)a História da Expressão “Arqueologia Industrial“, de Paulo Oliveira Ramos, irei
demonstrar reflexões sobre estes. E identificar a posição de Sousa Viterbo na criação e
utilização da expressão Arqueologia Industrial.
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Ramos, existem alguns arqueólogos industriais que usaram esta expressão antes de
Sousa Viterbo. Assim, por exemplo, em 1942 na obra Le Pelletier de Saint-Remy existe
o uso desse termo, Essa é, pelo menos, no ponto da arqueologia industrial, a opinião de
muitos escritores, incluindo o Sr. [D.L.] Rodet. (Saint-Remy apud Ramos, 2015, p.79)
Tal como nos anos precedentes a 1942 e até 1896, esta expressão é usada por diversos
arqueólogos industriais. Em 1870, no periódico O Auxiliador da Indústria Nacional de
Luiz Garcez, e em 1879, no texto Notice sur les anciennes forges du Périgord et du
Limousin de Jules de Verneilh, que como citei antes, ter sido o criador da expressão
Arqueologia Industrial. Segundo Paulo Ramos, é por volta de 1950 que a Arqueologia
Industrial surge na Inglaterra, nação da Revolução Industrial. O interesse por esta
arqueologia aparece quando há tentativa de desfazer os vestígios dos primeiros
caminhos-de-ferro britânicos, e a partir daqui começam a salvaguardar vestígios
materiais da Revolução, obras industriais de valor histórico e cultural que estavam
esquecidas. Michael Rix (professor universitário inglês) em 1955 vai usar a expressão
Arqueologia Industrial e Kenneth Hudson, em 1963, vai defini-la como A descoberta, o
registo e o estudo da indústria e das comunicações do passado. (Hudson apud Ramos,
1990, p.24) Nos anos 70 ampliam o estudo dos vestígios ao tempo da Revolução
Neolítica, surgem associações que vão estudar estes vestígios, fazem inventário dos
monumentos industriais e começam a expansão internacional da Arqueologia Industrial.
Nos anos 80, esta torna-se reconhecida institucionalmente, devido às técnicas, métodos
usados e trabalhos efetuados nesta área, e no início de 1980 fundam a Associação de
Arqueologia Industrial da região de Lisboa. Os diversos vestígios materiais são o fator
mais importante da investigação arqueológica, oferecem uma panóplia de informações
insubstituíveis e dispõem-se por imobiliário industrial, mobiliário industrial pesado e
ligeiro. Existindo diversas fontes necessárias, iconográficas, cartográficas e escritas, na
investigação. A Arqueologia Industrial é interdisciplinar e multifacetada, direciona-nos
para outros ramos da história, áreas da engenharia, geografia, sociologia e demografia,
existindo em Portugal excelentes recursos para se fazerem estudos nesta área. Como
referiu, em 1883, J.M. Amado Mendes, o país já tinha grande dimensão fabril na
cerâmica e metalúrgica, desenvolvimento industrial e preservação dos vestígios
passados. Apesar de Sousa Viterbo ter usado a expressão Arqueologia Industrial em
1896 verifica-se que mais de meio século antes esta expressão foi usada em publicações
em França, Itália, Brasil, Bélgica, E.U.A. e Reino Unido. Além dos arqueólogos
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industriais é necessário que a sociedade proteja o legado cultural passado, para que no
futuro o património industrial esteja preservado e valorizado.
Bibliografia:
RAMOS, Paulo Oliveira – Arqueologia Industrial. In Dirigir. [em linha]. Nº14, 1990,
pp. 24-27. atual. s/d. [Consult. 08-05-2023]. Disponível na Internet: <URL:
(PDF) Arqueologia Industrial (researchgate.net).
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