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Gerenciamento

Ambiental

ZONEAMENTO ECOLÓGICO- ECONÔMICO


POLITICA NACIONAL DE RECURSOS HIDRICOS

Professora Mesc. Vanessa Marconi Jamarim


ZONEAMENTO ECOLÓGICO-
ECONÔMICO
Gestão territorial

Instrumento da Política Nacional do Meio


Ambiente regulamentado pelo Decreto Federal
nº 4.297/2002
O QUE É O ZEE?
O ZEE, instrumento de organização do território a
ser obrigatoriamente seguido na implantação de
planos, obras e atividades públicas e privadas,
estabelece medidas e padrões de proteção
ambiental destinados a assegurar a qualidade
ambiental, dos recursos hídricos e do solo e a
conservação da biodiversidade, garantindo o
desenvolvimento sustentável e a melhoria das
condições de vida da população.

INSTRUMENTO DE PLANEJAMENTO TERRITORIAL


OBJETIVO do ZEE
Viabilizar o desenvolvimento sustentável a partir
da compatibilização do desenvolvimento
socioeconômico com a conservação ambiental.

 Dadas as especificidades ambientais, sociais, econômicas e


culturais existentes, as vulnerabilidades e as potencialidades
também são distintas, e, consequentemente, o padrão de
desenvolvimento não pode ser uniforme.
 Uma característica do ZEE é justamente valorizar essas
particularidades, que se traduzem no estabelecimento de
alternativas de uso e gestão que oportunizam as vantagens
competitivas do território.
OBJETIVO do ZEE

O ZEE, na distribuição espacial das atividades econômicas,


levará em conta a importância ecológica, as limitações e as
fragilidades dos ecossistemas, estabelecendo vedações,
restrições e alternativas de exploração do território e
determinando, quando for o caso, inclusive a relocalização
de atividades incompatíveis com suas diretrizes gerais.
Zoneamento ecológico-econômico
 Constitui ação administrativa da União a
elaboração do ZEE de âmbito nacional e
regional, cabendo aos estados elaborar o ZEE
de âmbito estadual, em conformidade com os
zoneamentos de âmbito nacional e regional, e
aos municípios a elaboração do plano diretor,
observando os ZEEs existentes.
O novo Código Florestal (Lei federal nº
12.651/2012) estabelece um prazo de cinco
anos para que todos os estados elaborem e
aprovem seus ZEEs.
Zoneamento ecológico-econômico
A ampliação da ocupação de apicuns e salgados
respeitará o Zoneamento Ecológico-Econômico da Zona
Costeira - ZEEZOC, com a individualização das áreas
ainda passíveis de uso, em escala mínima de 1:10.000, que
deverá ser concluído por cada Estado no prazo máximo
de 1 (um) ano a partir da data da publicação desta Lei.

Os Estados que não possuem seus Zoneamentos


Ecológico-Econômicos - ZEEs segundo a metodologia
unificada, estabelecida em norma federal, terão o prazo
de 5 (cinco) anos, a partir da data da publicação desta
Lei, para a sua elaboração e aprovação. 1:250.000
ZEE- Mato Grosso do Sul
Gestão Territorial
Lei 12.651 de 25/05/2012

Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa;


altera as Leis [...] revoga as Leis [...]; e dá outras
providências.

Área de Preservação Permanente (APP)


Área de Preservação Permanente
(APP)
Área protegida, coberta ou não por vegetação
nativa, com a função ambiental de preservar os
recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade
geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo
gênico de fauna e flora, proteger o solo e
assegurar o bem-estar das populações humanas;
Considera-se Área de Preservação
Permanente, em zonas rurais ou urbanas:

as faixas marginais de qualquer curso


d’água natural.

as áreas no entorno das nascentes e


dos olhos d’água.

as áreas no entorno dos lagos e lagoas


naturais.
Área de Preservação Permanente
(APP)
a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de
menos de 10 (dez) metros de largura;
Área de Preservação Permanente
(APP)
b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água
que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros
de largura;
Área de Preservação Permanente
(APP)
c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que
tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos)
metros de largura;
Área de Preservação Permanente
(APP)
d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água
que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos)
metros de largura;
Área de Preservação Permanente
(APP)
e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água
que tenham largura superior a 600 (seiscentos)
metros;
Área de Preservação Permanente
(APP)
- as áreas no entorno das nascentes e dos olhos
d’água, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros.
Área de Preservação Permanente
(APP)
- as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com
largura mínima de:
1) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo
d’água com até 20 (vinte) hectares de superfície, cuja faixa
marginal será de 50 (cinquenta) metros;
2) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas;
Área de Preservação Permanente
(APP)

as áreas no entorno dos reservatórios d’água


artificiais, decorrentes de barramento ou
represamento de cursos d’água naturais, na
faixa definida na licença ambiental do
empreendimento;
Reserva legal

Área localizada no interior de uma propriedade


ou posse rural, com a função de assegurar o uso
econômico de modo sustentável dos recursos
naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e
a reabilitação dos processos ecológicos e
promover a conservação da biodiversidade,
bem como o abrigo e a proteção de fauna
silvestre e da flora nativa.
Reserva legal
I - localizado na Amazônia
Legal:
A. 80%, no imóvel situado em
área de florestas;
B. 35%, no imóvel situado em
área de cerrado;
C. 20%, no imóvel situado em
área de campos gerais;
Os Estados do Acre, Pará, Amazonas, Roraima, Rondônia, Amapá e Mato Grosso e
algumas regiões situadas nos Estados de Tocantins, Goiás e Maranhão;
Reserva legal

II - localizado nas
demais regiões do País:
20%.
Reserva legal
Será admitido o cômputo das Áreas de
Preservação Permanente no cálculo do
percentual da Reserva Legal do imóvel,
desde que:
I - o benefício previsto neste artigo não
implique a conversão de novas áreas para o
uso alternativo do solo;
Reserva legal
II - a área a ser computada esteja conservada ou
em processo de recuperação, conforme
comprovação do proprietário ao órgão estadual
integrante do Sisnama; e
III - o proprietário ou possuidor tenha requerido
inclusão do imóvel no Cadastro Ambiental Rural -
CAR, nos termos desta Lei.
Áreas consolidadas
Módulo fiscal
Módulo fiscal é uma unidade de medida, em hectares,
valor varia para cada município, considerações:
 o tipo de exploração predominante no município
(hortifrutigranjeira, cultura permanente, cultura
temporária, pecuária ou florestal);
 a renda obtida no tipo de exploração predominante;
 outras explorações existentes no município que, embora
não predominantes, sejam expressivas em função da
renda ou da área utilizada;
 o conceito de "propriedade familiar".

Dourados: 30 hectares
Área rural consolidada

Área rural consolidada: área de imóvel rural com


ocupação antrópica (resultante da ação humana)
preexistente a 22 de julho de 2008, com edificações,
benfeitorias ou atividades agrossilvipastoris, admitida,
neste último caso, a adoção do regime de pousio;

Nas Áreas de Preservação Permanente, é


autorizada, exclusivamente, a continuidade das
atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e de
turismo rural em áreas rurais consolidadas até 22 de
julho de 2008.
DECRETO Nº 6.514, DE 22 DE JULHO DE 2008 -
Dispõe sobre as infrações e sanções
administrativas ao meio ambiente, estabelece
o processo administrativo federal para
apuração destas infrações, e dá outras
providências.
Áreas Consolidadas em
Áreas de Preservação
Permanente
APP Consolidada de Beira de Rio com
Área de até 1 Módulo Fiscal
 Para os imóveis rurais com área
de até 1 (um) módulo fiscal
que possuam áreas
consolidadas em Áreas de
Preservação Permanente ao
longo de cursos d’água
naturais, será obrigatória a
recomposição das respectivas
faixas marginais em 5 (cinco)
metros, contados da borda da
calha do leito regular,
independentemente da
largura do curso d´água.
APP Consolidada de Beira de Rio
com Área de 1 a 2 Módulos Fiscais
 Para os imóveis rurais com área
superior a 1 (um) módulo fiscal e
de até 2 (dois) módulos fiscais que
possuam áreas consolidadas em
Áreas de Preservação
Permanente ao longo de cursos
d’água naturais, será obrigatória
a recomposição das respectivas
faixas marginais em 8 (oito)
metros, contados da borda da
calha do leito regular,
independentemente da largura
do curso d´água.
APP Consolidada de Beira de Rio
com Área de 2 a 4 Módulos Fiscais
 Para os imóveis rurais com área
superior a 2 (dois) módulos fiscais
e de até 4 (quatro) módulos
fiscais que possuam áreas
consolidadas em Áreas de
Preservação Permanente ao
longo de cursos d’água naturais,
será obrigatória a recomposição
das respectivas faixas marginais
em 15 (quinze) metros, contados
da borda da calha do leito
regular, independentemente da
largura do curso d’água.
Para os imóveis rurais com área superior a 4
(quatro) módulos fiscais que possuam áreas
consolidadas em Áreas de Preservação
Permanente ao longo de cursos d’água naturais,
SERÁ OBRIGATÓRIA A RECOMPOSIÇÃO DAS
RESPECTIVAS FAIXAS MARGINAIS:

Conforme determinação do PRA (Plano de


recuperação ambiental), observado o mínimo de
20 (vinte) e o máximo de 100 (cem) metros,
contados da borda da calha do leito regular.
Nos casos de áreas rurais consolidadas em Áreas de Preservação Permanente
no entorno de nascentes e olhos d’água perenes, será admitida a manutenção
de atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo ou de turismo rural, sendo
obrigatória a recomposição do raio mínimo de 15 (quinze) metros.
Áreas Consolidadas em
Áreas de Reserva Legal
O proprietário ou possuidor de imóvel rural que detinha, em 22 de
julho de 2008, área de Reserva Legal em extensão inferior ao
estabelecido no art. 12, poderá regularizar sua situação,
adotando as seguintes alternativas, isolada ou conjuntamente:
I - recompor a Reserva Legal;
II - permitir a regeneração natural da vegetação na área de
Reserva Legal;
III - compensar a Reserva Legal.

A recomposição de que trata o inciso I do caput deverá atender


os critérios estipulados pelo órgão competente do Sisnama e ser
concluída em até 20 (vinte) anos, abrangendo, a cada 2 (dois)
anos, no mínimo 1/10 (um décimo) da área total necessária à sua
complementação.
Nos imóveis rurais que detinham, em 22 de julho
de 2008, área de até 4 (quatro) módulos fiscais e
que possuam remanescente de vegetação nativa
em percentuais inferiores ao previsto no art. 12, a
Reserva Legal será constituída com a área
ocupada com a vegetação nativa existente em
22 de julho de 2008, vedadas novas conversões
para uso alternativo do solo.
CADASTRO AMBIENTAL RURAL

É criado o Cadastro Ambiental Rural – CAR,


registro público eletrônico de âmbito nacional,
obrigatório para todos os imóveis rurais, com a
finalidade de integrar as informações ambientais
das propriedades e posses rurais, compondo base
de dados para controle, monitoramento,
planejamento ambiental e econômico e
combate ao desmatamento.
CADASTRO AMBIENTAL RURAL
A inscrição do imóvel rural no CAR deverá ser feita,
preferencialmente, no órgão ambiental municipal ou
estadual, que, nos termos do regulamento, exigirá do
proprietário ou possuidor rural:
I - identificação do proprietário ou possuidor rural;
II - comprovação da propriedade ou posse;
III - identificação do imóvel por meio de planta e memorial
descritivo, contendo a indicação das coordenadas
geográficas com pelo menos um ponto de amarração do
perímetro do imóvel, informando a localização dos
remanescentes de vegetação nativa, das Áreas de
Preservação Permanente, das Áreas de Uso Restrito, das
áreas consolidadas e, caso existente, também da localização
da Reserva Legal.
POLÍTICA NACIONAL DE
RECURSOS HÍDRICOS

LEI Nº 9.433, DE 8 DE JANEIRO DE


1997.
Institui a Política Nacional de
Recursos Hídricos, cria o
Sistema Nacional de
Gerenciamento de Recursos
Hídricos
Fundamentos

I - a água é um bem de domínio


público;
II - a água é um recurso natural
limitado, dotado de valor
econômico;
III - em situações de escassez, o uso
prioritário dos recursos hídricos é o
consumo humano e a
dessedentação de animais;
Assim, todos os setores
Fundamentos usuários da água têm
igualdade de acesso
IV - a gestão dos recursos hídricos deve aos recursos hídricos
(elétrico, hidroviário,
sempre proporcionar o uso múltiplo das saneamento , turismo,
águas; irrigação)

V - a bacia hidrográfica é a unidade


territorial para implementação da Política.
Bacia hidrográfica - conjunto de terras
drenadas por um rio principal
VI - a gestão dos recursos hídricos deve
ser descentralizada e contar com a
participação do Poder Público, dos
usuários e das comunidades.
DOS OBJETIVOS
I - assegurar à atual e às futuras gerações a
necessária disponibilidade de água, em padrões
de qualidade adequados aos respectivos usos;
II - a utilização racional e integrada dos recursos
hídricos, incluindo o transporte aquaviário, com
vistas ao desenvolvimento sustentável;
III - a prevenção e a defesa contra eventos
hidrológicos críticos de origem natural ou
decorrentes do uso inadequado dos recursos
naturais.
Inundações, secas
DOS INSTRUMENTOS
I - os Planos de Recursos Hídricos;
II - o enquadramento dos corpos de água em
classes, segundo os usos preponderantes
(mais exigentes) da água;
III - a outorga dos direitos de uso de recursos
hídricos;
IV - a cobrança pelo uso de recursos hídricos;
V - o Sistema de Informações sobre Recursos
Hídricos.
DOS PLANOS DE RECURSOS HÍDRICOS

São planos diretores de longo prazo, que visam:

Fundamentar e orientar a implementação da


Política Nacional de Recursos Hídricos e o
gerenciamento dos recursos hídricos.

Os Planos de Recursos Hídricos serão


elaborados por bacia hidrográfica, por Estado e
para o País.
DOS PLANOS DE RECURSOS HÍDRICOS
São informações que devem constar nos PRH:
Balanço entre disponibilidades e demandas futuras
dos recursos hídricos, em quantidade e qualidade,
com identificação de conflitos potenciais;
Prioridades para outorga de direitos de uso de
recursos hídricos;
Diretrizes e critérios para a cobrança pelo uso dos
recursos hídricos;
Propostas para a criação de áreas sujeitas a restrição
de uso, com vistas à proteção dos recursos hídricos;
entre outras.
Do enquadramento dos corpos de
água em classes
Visa a:
I - assegurar às águas qualidade compatível com os usos mais
exigentes a que forem destinadas;
II - diminuir os custos de combate à poluição das águas,
mediante ações preventivas permanentes.
CONAMA 357/2005
Art. 10. As classes de Dispõe sobre a classificação dos
corpos de água corpos de água e diretrizes ambientais
serão estabelecidas para o seu enquadramento, bem
pela legislação como estabelece as condições e
ambiental. padrões de lançamento de efluentes,
e dá outras providências.
Da outorga de direitos de uso de
recursos hídricos
Em que consiste
A Outorga é o ato administrativo que expressa os
termos e as condições mediante as quais o Poder
Público permite, por prazo determinado, o uso de
recursos hídricos.

Tem como objetivos assegurar o controle


quantitativo e qualitativo dos usos da água e o
efetivo exercício dos direitos de acesso à água.
Estão sujeitos a outorga pelo Poder Público
os direitos dos seguintes usos de recursos
hídricos:

I - derivação ou captação de parcela da água


existente em um corpo de água para consumo
final, inclusive abastecimento público, ou
insumo de processo produtivo;
II - extração de água de aqüífero subterrâneo
para consumo final ou insumo de processo
produtivo;
III - lançamento em corpo de água de esgotos e
demais resíduos líquidos ou gasosos, tratados ou
não, com o fim de sua diluição, transporte ou
disposição final;
IV - aproveitamento dos potenciais hidrelétricos;
V - outros usos que alterem o regime, a
quantidade ou a qualidade da água existente
em um corpo de água.
Independem de outorga pelo Poder Público,
conforme definido em regulamento:

I - o uso de recursos hídricos para a satisfação das


necessidades de pequenos núcleos
populacionais, distribuídos no meio rural;
II - as derivações, captações e lançamentos
considerados insignificantes;
III - as acumulações de volumes de água
consideradas insignificantes.
A outorga efetivar-se-á por ato da autoridade
competente do Poder Executivo Federal, dos Estados
ou do Distrito Federal.
Pedido de Outorga
• Para corpos d’água de domínio da União, a
competência para conferir a outorga é prerrogativa
da ANA (Agência Nacional das Águas).
• Em corpos hídricos de domínio dos Estados e do
Distrito Federal, a solicitação de outorga deve ser
feita ao órgão gestor estadual de recursos hídricos.
As águas de domínio da União são aquelas que se encontram
em terras do seu domínio, que banham mais de um Estado,
sirvam de limite com outros países ou unidades da Federação,
ou se estendam a território estrangeiro,
• A outorga não implica a alienação parcial das
águas, que são inalienáveis, mas o simples direito
de seu uso.

• Toda outorga de direitos de uso de recursos


hídricos far-se-á por prazo não excedente a trinta
e cinco anos, renovável.
A outorga de direito de uso de recursos
hídricos poderá ser suspensa parcial ou
totalmente, em definitivo ou por prazo
determinado, nas seguintes circunstâncias:
I - não cumprimento pelo outorgado dos
termos da outorga;
II - ausência de uso por três anos consecutivos;
III - necessidade premente de água para
atender a situações de calamidade, inclusive
as decorrentes de condições climáticas
adversas;
IV - necessidade de se prevenir ou reverter
grave degradação ambiental;
V - necessidade de se atender a usos
prioritários, de interesse coletivo, para os
quais não se disponha de fontes
alternativas;
VI - necessidade de serem mantidas as
características de navegabilidade do
corpo de água.
DA COBRANÇA DO USO DE RECURSOS HÍDRICOS:
A cobrança pelo uso de recursos hídricos
objetiva:
I - reconhecer a água como bem econômico e
dar ao usuário uma indicação de seu real valor;
II - incentivar a racionalização do uso da água;
III - obter recursos financeiros para o
financiamento dos programas e intervenções
contemplados nos planos de recursos hídricos.
Serão cobrados os usos de recursos
hídricos sujeitos a outorga.
Dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos
hídricos devem ser observados, dentre outros:

I - nas derivações (desvio), captações e extrações


de água, o volume retirado e seu regime de
variação;
II - nos lançamentos de esgotos e demais resíduos
líquidos ou gasosos, o volume lançado e seu regime
de variação e as características físico-químicas,
biológicas e de toxidade.
Os valores arrecadados com a cobrança pelo uso
de recursos hídricos serão aplicados prioritariamente
na bacia hidrográfica em que foram gerados e serão
utilizados:

I - no financiamento de estudos, programas, projetos


e obras incluídos nos Planos de Recursos Hídricos;
II - no pagamento de despesas de implantação e
custeio administrativo dos órgãos e entidades
integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento
de Recursos Hídricos.
DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOBRE
RECURSOS HÍDRICOS
O Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos
é um sistema de coleta, tratamento,
armazenamento e recuperação de informações
sobre recursos hídricos e fatores intervenientes em
sua gestão.
São objetivos do Sistema Nacional de
Informações sobre Recursos Hídricos:
I - reunir, dar consistência e divulgar os dados e
informações sobre a situação qualitativa e
quantitativa dos recursos hídricos no Brasil;
II - atualizar permanentemente as informações
sobre disponibilidade e demanda de recursos
hídricos em todo o território nacional;
III - fornecer subsídios para a elaboração dos
Planos de Recursos Hídricos.
Apoiar e aprimorar técnicas de reuso da
água, reduzir o desperdício pelos diferentes
setores usuários (na irrigação, na indústria,
na distribuição e no consumo residencial,
por exemplo), além de implementar ações
de conservação de mananciais são
medidas, entre outras, que devem ser
priorizadas e fomentadas.
Link ZEE - MS

 http://www.semagro.ms.gov.br/wp-
content/uploads/sites/157/2018/04/Consolida%C3%A7%
C3%A3o-ZEE-2%C2%AA-Aproxima%C3%A7%C3%A3o.pdf

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