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ESTUDO DE CASO - ADEQUAÇÃO DE PROPRIEDADE RURAL AO NOVO

CÓDIGO FLORESTAL

1. Irregularidades considerando o Código Florestal:


• O imóvel rural está localizado na Amazônia Legal, nesse sentido de acordo
com o Código Florestal no CAPÍTULO IV: DA ÁREA DE RESERVA
LEGAL na Seção I Da Delimitação da Área de Reserva Legal além das
normas aplicadas à Áreas de Preservação Permanente, deve manter área
com cobertura de vegetação nativa 80% (oitenta por cento) do imóvel.
Assim, a propriedade possui 100 hectares, de acordo com o Código 80
hectares deveriam ser mantidos com cobertura de vegetação nativa,
contudo, 85,85 são de área explorada enquanto em 14,15 hectares possuem
vegetação, que se refere a 14,15% da propriedade e refere-se a uma APP.
• Na Seção II: Do Regime de Proteção da Reserva Legal o artigo 20
indica que “No manejo sustentável da vegetação florestal da Reserva
Legal, serão adotadas práticas de exploração seletiva nas modalidades de
manejo sustentável sem propósito comercial para consumo na propriedade
e manejo sustentável para exploração florestal com propósito comercial”.
A partir desse ponto tem-se que a propriedade não obedece ao previsto na
lei para a Reserva Legal e além disso, não executa o manejo sustentável
da área uma vez que no artigo 22 é descrito que o manejo florestal
sustentável da vegetação da Reserva Legal não deve por exemplo,
descaracterizar a cobertura vegetal bem como prejudicar a conservação da
vegetação nativa da área, o que é um fato ocorrido na área. O artigo 24
estabelece que no manejo florestal nas áreas fora de Reserva Legal
também devem ser aplicados estes pontos, o que não é realizado pelo
proprietário.
• O CAPÍTULO V: DA SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO PARA USO
ALTERNATIVO DO SOLO declara que a supressão de vegetação nativa
para uso alternativo do solo, como a criação de gado, depende do Cadastro
Ambiental Rural (CAR), o que não é informado nada a respeito para a
propriedade.
• O CAPÍTULO XIII: DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS na Seção II
Das Áreas Consolidadas em Áreas de Preservação Permanente diz que
“Os imóveis rurais com área superior a 1 (um) módulo fiscal e de até 2
(dois) módulos fiscais que possuam áreas consolidadas em Áreas de
Preservação Permanente ao longo de cursos d’água naturais, será
obrigatória a recomposição das respectivas faixas marginais em 8 (oito)
metros, contados da borda da calha do leito regular, independentemente da
largura do curso d´água.” O imóvel possui 100 hectares e módulo fiscal da
região é em torno de 76 hectares, no entanto, não é informado se o
proprietário cumpriu o estabelecido, tendo em vista que recebeu anistia
em 2008.

2. Alternativas para o proprietário:


• Compensação ambiental da área degradada no que se refere a Reserva
Legal prevista na lei que não é cumprida pelo proprietário;
• Recomposição da vegetação próxima a APP;
• Realização de turismo ecológico na área;
• Reduzir o número de pastagens e adotar o cultivo de culturas na área.

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