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Direito Tributário - Meta 09
Direito Tributário - Meta 09
DIREITO TRIBUTÁRIO
META 09
DIREITO DO TRABALHO
META 09
SUMÁRIO
SUMÁRIO .......................................................................................................................................................... 3
DIREITO TRIBUTÁRIO – META 09 .............................................................................................................. 5
QUAL DEVE SER O FOCO? ....................................................................................................................................5
1. EXECUÇÃO FISCAL..............................................................................................................................................5
1.1. Objetivo da lei de execução fiscal ............................................................................................................5
1.2. Abrangência da LEF ......................................................................................................................................6
1.3. Dívida ativa e objeto da execução fiscal .................................................................................................6
1.4. Termo de inscrição em dívida ativa ..........................................................................................................9
1.5. Emenda ou substituição da CDA ........................................................................................................... 11
1.6. Presunção de certeza e liquidez da dívida ativa ............................................................................... 14
1.7. Sujeito passivo e redirecionamento da execução fiscal ................................................................. 14
1.7.1. Legitimados .......................................................................................................................................... 14
1.7.2. Redirecionamento da execução fiscal .......................................................................................... 15
1.7.3. Dissolução Irregular ........................................................................................................................... 18
1.8. Competência ................................................................................................................................................ 18
1.9. Petição Inicial ............................................................................................................................................... 20
1.10. Desenvolvimento da execução fiscal................................................................................................. 21
1.10.1. Citação ................................................................................................................................................. 22
1.10.2. Garantia do juízo............................................................................................................................... 24
1.10.3. Oferecimento de bens à penhora................................................................................................ 25
1.10.4. Intimação do executado ................................................................................................................. 27
1.10.5. Auto de penhora e avaliação dos bens ..................................................................................... 28
1.10.6. Substituição da garantia ................................................................................................................ 29
1.11. Mecanismos de defesa do devedor na LEF ..................................................................................... 29
1.11.1. Embargos do devedor .................................................................................................................... 30
1.11.2. Exceção de pré-executividade ..................................................................................................... 33
1.11.3. Defesas Heterotópicas ................................................................................................................... 36
1.12. Procedimento após o recebimento da defesa ................................................................................. 37
1.13. Extinção da execução fiscal .................................................................................................................. 39
1.14. Reunião das execuções fiscais ............................................................................................................. 40
1.15. Concurso de credores/preferência ...................................................................................................... 40
1.16. Prescrição Intercorrente ......................................................................................................................... 42
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2. MEDIDA CAUTELAR FISCAL ......................................................................................................................... 46
2.1. Conceito ......................................................................................................................................................... 46
2.2. Hipóteses que autorizam o requerimento .......................................................................................... 47
2.3. Medida cautelar em procedimento preparatório .............................................................................. 48
2.4. Efeitos da medida cautelar fiscal ........................................................................................................... 48
2.5. Procedimento ............................................................................................................................................... 49
2.6. Eficácia da medida cautelar fiscal.......................................................................................................... 50
3. AÇÕES DE INICIATIVA DO CONTRIBUINTE ............................................................................................ 50
3.1. Ação Declaratória ....................................................................................................................................... 51
3.2. Ação anulatória ........................................................................................................................................... 53
3.3. Ação de repetição de indébito ................................................................................................................ 55
3.4. Ação de consignação em pagamento .................................................................................................. 58
4. TESES COM REPERCUSSÃO GERAL - STF .............................................................................................. 62
5. TEMAS REPETITIVOS - STJ ............................................................................................................................ 64
6. INCIDENTE DE ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA - STJ ......................................................................... 78
QUESTÕES PROPOSTAS – MULTIPLA ESCOLHA ..................................................................................... 78
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Processo judicial tributário. Ação de execução fiscal. Medida Cautelar Fiscal. Ações de Iniciativa
do Contribuinte.
• Abrangência da LEF
• Procedimento
• CDA
• Garantias e sua substituição
• Embargos à Execução Fiscal
• Medida Cautelar Fiscal
1. EXECUÇÃO FISCAL
CDA, que funcione como um suporte para a Fazenda Pública executar seus créditos.
ATENÇÃO:
NEM TODO CRÉDITO DO FISCO SERÁ OBJETO DE EXECUÇÃO FISCAL: Só serão objeto de
execução aqueles créditos que não são objeto de um outro título, pois será necessário formalizar o
título unilateralmente, e não dentro de um processo judicial. Ex: Art. 71 da CF/88 - O Tribunal de
Contas da União pode aplicar multa, a qual não será cobrada pela execução fiscal, já que a CF diz
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A LEF é necessária, pois a Fazenda Pública possui determinados créditos que quando surgem
não são consubstanciados como objetos de um título executivo. Nesse caso, a Fazenda Pública terá
que constituir unilateralmente esse título, que funcionará como suporte para a cobrança desses seus
Execução Fiscal é um microssistema processual, e só se socorre do CPC quando a questão não puder
§ 1º - Qualquer valor, cuja cobrança seja atribuída por lei às entidades de que
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DIREITO DO TRABALHO
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Esses créditos que vão ser inscritos em dívida ativa nem sempre são créditos tributários, a
exemplo:
• FGTS;
Essa diferenciação entre créditos tributários e não tributários é importante, pois há dispositivos
na LEF que se aplicam a créditos não tributários e não se aplicam aos créditos tributários, por serem
incompatíveis com o CTN. Com efeito, a LEF é uma norma de cunho eminentemente processual, mas
há dispositivos de cunho material, que não se limitam a ser normas de processo, invadindo
determinadas matérias reguladas pelo CTN. Um exemplo disso é o art. 2º, §3º:
Art.2º
(...)
legalidade, será feita pelo órgão competente para apurar a liquidez e certeza
aquele prazo.
Fazenda Nacional.
Percebe-se por esse §3º que versa sobre prescrição. Todavia, prescrição em matéria tributária
é regulada pelo CTN, pois a CF dispõe que cabe à Lei Complementar em matéria tributária
estabelecer normas gerais sobre prescrição. A LC em matéria tributária é o CTN, o qual estabelece
em vários dispositivos sobre prescrição. No CTN, se estabelece no art. 174 ser o prazo de 05 (cinco)
anos para constituir o crédito tributário, bem como dispõe as hipóteses de suspensão da prescrição.
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Assim, em sendo execução fiscal de crédito tributário, deve ser analisada a LEF à luz do CTN.
Logo, em sendo crédito tributário, há uma dupla submissão, devendo existir compatibilidade da LEF
com o CTN. Em caso de incompatibilidade, o dispositivo da LEF não será aplicado. Logo, NÃO EXISTE
Todavia, acaso se trate de uma execução fiscal de crédito não tributário, essa execução se
submete à LEF, é possível suspender o prazo prescricional por 180 (cento e oitenta) dias nesse caso.
depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela lei ou por decisão
Parágrafo único. A fluência de juros de mora não exclui, para os efeitos deste
Sim, a exemplo da execução fiscal de taxa de coleta de lixo não paga pelo IBAMA. A peculiaridade
é que, em se tratando de execução fiscal contra o particular, a citação é feita para que o
executado, a citação será feita para que apresente embargos à execução ou pague. Caso não
oponha embargos, o juiz expedirá ofício para pagamento de PRV ou precatórios e, nessas
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“É possível execução fiscal de um ente público contra outro, valendo dizer que cabe execução
fiscal contra a Fazenda Pública, observando-se o procedimento do art. 910 do CPC, e não o da lei
de execuções fiscais. Como a certidão de dívida ativa é um título executivo extrajudicial, incide
aqui o enunciado 279 da Súmula do STJ, que confirma caber execução fundada em título
A inscrição dos créditos em dívida ativa consiste em colocá-los nos sistemas das
Procuradorias, devendo conter uma série de informações, previstas no art. 2º, §5º, da LEF:
Art. 2º
(...)
cálculo;
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§ 6º - A Certidão de Dívida Ativa conterá os mesmos elementos do Termo de
A etapa seguinte será emitir a CDA, que é a materialização no mundo concreto, dessas
da execução fiscal.
Não cabe impor ao FISCO juntar qualquer planilha de débito, conforme jurisprudência do STJ.
STJ: NÃO é necessário que da CDA conste a discriminação detalhada de todos os acréscimos
referentes à correção monetária, multa e juros de mora, bastando que seja indicado o fundamento
Súmula 559 – Em ações de execução fiscal, é desnecessária a instrução da petição inicial com o
demonstrativo de cálculo do débito, por tratar-se de requisito não previsto no art. 6º da Lei
6.830/1980.
É possível o protesto de CDA pela Fazenda Pública? O protesto das Certidões de Dívida Ativa
(CDA) constitui mecanismo constitucional e legítimo, por não restringir de forma desproporcional
quaisquer direitos fundamentais garantidos aos contribuintes e, assim, não constituir sanção política.
Com base nesse entendimento, o Plenário, por maioria, julgou improcedente o pedido formulado em
ação direta ajuizada contra o parágrafo único do art. 1º da Lei 9.492/1997, incluído pela Lei
Dívida Ativa da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das respectivas autarquias
e fundações públicas”). (...) de acordo com a jurisprudência desta Corte sobre o tema, é possível
concluir não bastar que uma medida coercitiva do recolhimento do crédito tributário restrinja direitos
dos contribuintes devedores para que ela seja considerada uma sanção política. Exige-se, além
disso, que tais restrições sejam reprovadas no exame de proporcionalidade e razoabilidade. Afirmou
que a utilização do instituto pela Fazenda Pública não viola o princípio do devido processo legal. (...)
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Assim, o protesto de Certidões de Dívida Ativa proporciona ganhos que compensam largamente as
leves e eventuais restrições aos direitos fundamentais dos devedores. Daí por que, além de
adequada e necessária, a medida é também proporcional em sentido estrito. Ademais, não configura
uma “sanção política”, já que não constitui medida coercitiva indireta que restrinja, de modo
a quitar seus débitos tributários. Tal instrumento de cobrança é, portanto, constitucional. [ADI 5.135,
Art.2º
(...)
para embargos.
Caso ocorra um erro na CDA, prevê esse artigo ser lícito fazer a emenda ou a substituição da
TEMPORAL, que nos termos da jurisprudência do STJ é a sentença proferida nos embargos,
não é qualquer decisão de primeira instância. Isso é importante, pois caso contrário, poderia
se conceber casos em que a emenda ou substituição não seja possível quando, em verdade
ela é.
• Não é todo e qualquer vício que será corrigido. Podendo corrigir a dívida, o FISCO NUNCA
poderá se valer dessa prerrogativa para corrigir vício no lançamento tributário, conforme
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SÚMULA 392 STJ. A Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida ativa (CDA) até a prolação
• Se a morte antecede a execução: NÃO se pode falar em substituição da CDA. Nesse caso,
Em caso de incorporação não informada, a execução fiscal pode ser redirecionada sem
alteração da CDA:
"A execução fiscal pode ser redirecionada em desfavor da empresa sucessora para cobrança
Ativa (CDA), quando verificado que esse negócio jurídico não foi informado oportunamente ao
fisco."
A tese foi firmada pela Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) no julgamento
não foi informada ao fisco, a execução de crédito tributário anterior lançado para a empresa
sucedida pode ser redirecionada para a sociedade incorporadora sem a necessidade de alteração
da CDA.
Responsabilidade da incorporadora
Paulo sustentou ser cabível o redirecionamento da execução fiscal em desfavor da empresa que
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No entender do recorrente, a incorporadora responde por todos os débitos da sucedida, não
sendo o caso de aplicação da Súmula 392 do STJ, pois essa substituição no polo passivo não afeta
Omissão
O relator, ministro Gurgel de Faria, explicou que a interpretação conjunta dos artigos 1.118
do Código Civil e 123 do Código Tributário Nacional (CTN) revela que o negócio jurídico que
culmina na extinção da pessoa jurídica por incorporação empresarial apenas surte seus efeitos na
Isso porque, segundo ele, somente após a comunicação é que a administração tributária
empresa incorporadora (artigo 121 do CTN) e cobrar dela – sucessora – os créditos já constituídos
realizado contra a contribuinte original que veio a ser incorporada, não havendo a necessidade de
modificação desse ato administrativo para fazer constar o nome da empresa incorporadora, sob
pena de permitir que esta última se beneficie de sua própria omissão", apontou o ministro.
Redirecionamento imediato
fisco antes do surgimento do fato gerador, devem ser reconhecidas a nulidade do lançamento
substituição da CDA para esse propósito, como preceitua a Súmula 392 do STJ.
sucedida, respondendo em nome próprio pela quitação dos créditos validamente constituídos
de imposição legal de automática responsabilidade, que não está relacionada com o surgimento
da obrigação, mas com o seu inadimplemento, a empresa sucessora poderá ser acionada,
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independentemente de qualquer outra diligência por parte da Fazenda credora, não havendo a
execução fiscal.
No art. 3º da LEF, é previsto que o crédito possui uma presunção de certeza e liquidez, mas
essa presunção deve ser relativa, admitindo prova em contrário do sujeito passivo, que pode, ao
e liquidez.
aproveite.
1.7.1. Legitimados
O art. 4º da LEF prevê que a execução fiscal pode ser ajuizada em face do devedor ou
corresponsável:
I - o devedor;
II - o fiador;
III - o espólio;
IV - a massa;
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VI - os sucessores a qualquer título.
civil e comercial.
satisfação da dívida.
STJ (Info 610): O alienante possui legitimidade passiva para figurar em ação de execução fiscal de
Com base nas regras da lei de execução fiscal — Lei n.º 6.830/1980 —, julgue os
itens que se seguem.
Em execução fiscal contra uma empresa em processo de falência, caso, sem autorização
judicial, aliene um imóvel da empresa antes de garantidos os créditos da fazenda pública,
o liquidante responderá solidariamente pelo valor desse imóvel.
Embora seja possível que o FISCO ajuíze execução fiscal contra o devedor e o responsável já
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na CDA, na maioria das vezes é ajuizada apenas contra o contribuinte, pessoa jurídica, e o FISCO
deixa para tentar atingir o patrimônio da pessoa física apenas depois, quando se torna impossível
atingir o patrimônio daquela pessoa jurídica. Esse mecanismo, através do qual o FISCO tenta retirar
EXECUÇÃO FISCAL. Todavia, para redirecionar, deve estar na hipótese do art. 135 do CTN.
STJ: Se o FISCO optou por ajuizar a ação somente em face da pessoa jurídica, o ônus de demonstrar
o redirecionamento em face do sócio é do FISCO. Logo, ao longo da execução fiscal, deverá ser
STJ (Info 564): É possível redirecionar a execução fiscal contra sócio-gerente que exercia a gerência
EM RESUMO:
Se a execução fiscal já vier com o nome do devedor pessoa jurídica e do corresponsável sócio, é
ônus do devedor demonstrar que não agiu em uma das hipóteses do art. 135 do CTN;
Se a execução fiscal só foi proposta originariamente em face do devedor pessoa jurídica, em caso
de redirecionamento da Execução Fiscal, para abarcar agora tão somente o sócio responsável, ao
longo da execução fiscal, o ônus da prova passa a ser do FISCO quanto à existência das hipóteses
direito privado.
STJ: O mero inadimplemento do tributo não justifica por si só o redirecionamento da execução fiscal
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para o sócio gerente da empresa:
SÚMULA 430 DO STJ. O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por si só,
citação da pessoa jurídica, é aplicável quando o referido ato ilícito, previsto no artigo 135, inciso III,
2 - A citação positiva do sujeito passivo devedor original da obrigação tributária, por si só, não
provoca o início do prazo prescricional quando o ato de dissolução irregular for a ela subsequente,
uma vez que, em tal circunstância, inexistirá, na aludida data (da citação), pretensão contra os sócios-
gerentes (conforme decidido no REsp 1.101.728, no rito do artigo 543-C do CPC/1973, o mero
inadimplemento da exação não configura ilícito atribuível aos sujeitos de direito descritos no artigo
135 do CTN). O termo inicial do prazo prescricional para a cobrança do crédito dos sócios-gerentes
infratores, nesse contexto, é a data da prática de ato inequívoco indicador do intuito de inviabilizar a
contribuinte, a ser demonstrado pelo fisco, nos termos do artigo 593 do CPC/1973 (artigo 792 do
novo CPC – fraude à execução), combinado com o artigo 185 do CTN (presunção de fraude contra a
Fazenda Pública); e,
empresa), cabendo às instâncias ordinárias o exame dos fatos e provas atinentes à demonstração
prescricional.
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1.7.3. Dissolução Irregular
Atualmente, a maioria dos redirecionamentos é feito com base na dissolução irregular, prevista
SÚMULA 435 STJ. Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu
O FISCO passou a dizer que se há certidão nos autos da execução proferida pelo oficial de
justiça atestando que ela não funciona mais no endereço indicado, há um indício de dissolução
irregular, o que também é infração à legislação civil e comercial. É a existência do indício da prática
de dissolução irregular que autoriza o redirecionamento da execução fiscal, para atingir o patrimônio
do sócio responsável, que terá que se defender e, se for o caso, mostrar que a dissolução irregular
não ocorreu:
• Caso não demonstrado: o sócio integrará o polo passivo e seu patrimônio responderá pelas
ATENÇÃO: A dissolução irregular NÃO se confunde com a falência da empresa. O STJ NÃO tem
admitido o redirecionamento nos processos de falência, por entender que falir não é infração à lei.
sócio agiu com infração à lei, ou quando o nome do sócio constou na CDA desde o início
da execução.
1.8. Competência
Segundo o art. 46, § 5º, do CPC, a execução fiscal será proposta no foro do domicílio do réu,
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no de sua residência ou no do lugar onde for encontrado.
previstos no art. 109 da Constituição Federal, devendo ali ser processada a execução fiscal
quando tiver como exequente ou executada a União, autarquia federal ou empresa pública
federal.
Antes da Lei nº 13.043/2014, a Lei nº 5.010/66 previa a competência delegada da Justiça Estadual
para as execuções fiscais cujo devedor não fosse domiciliado em comarca com vara federal. Com
a Lei nº 13.043/2014, se a União, autarquias e fundações ajuizarem execução fiscal, serão sempre
processadas e julgadas pela Justiça Federal, mesmo que o executado resida em comarca do
As execuções fiscais propostas antes da lei (14/11/2014), com base na competência delegada não
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têm a competência revogada, e deverão ser sentenciadas pelo juiz estadual, com eventual recurso
Atenção: Compete à Justiça Federal processar e julgar execução fiscal promovida por conselho de
eleitoral.
multa aplicada por órgão fiscalizador das relações de trabalho (art. 114, VII, da CF).
II - o pedido; e
§ 1º - A petição inicial será instruída com a Certidão da Dívida Ativa, que dela
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§ 2º - A petição inicial e a Certidão de Dívida Ativa poderão constituir um
funciona na prática.
encargos legais.
STJ: Em ações de execução fiscal, a petição inicial não pode ser indeferida sob o argumento da falta
de indicação do CPF e/ou RG ou CNPJ da parte executada (Súmula 558-STJ), visto tratar-se de
requisito não previsto no art. 6º da Lei nº 6.830/80, cujo diploma, por sua especialidade, ostenta
primazia sobre a legislação de cunho geral, como ocorre frente à exigência contida no art. 15 da Lei
nº 11.419/06.
demonstrativo de cálculo do débito, por tratar-se de requisito não previsto no art. 6º da Lei n.
Com base nas regras da lei de execução fiscal — Lei n.º 6.830/1980 —, julgue os
itens que se seguem.
Se a fazenda pública do DF ajuizar ação de execução fiscal contra um contribuinte e não
pedir, na exordial, qualquer produção de provas, esta poderá ser requerida no curso da
ação.
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I - citação, pelas sucessivas modalidades previstas no artigo 8º; - é a
triangularização da relação.
II - penhora, se não for paga a dívida, nem garantida a execução, por meio de
OBS.: A reunião de execuções fiscais contra o mesmo devedor constitui faculdade do Juiz.
(ii) fica mantido o bloqueio se a concessão ocorre em momento posterior à constrição, ressalvada,
bancária ou seguro garantia, diante das peculiaridades do caso concreto, mediante comprovação
onerosidade.
(REsp 1.696.270-MG, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, por unanimidade,
1.10.1. Citação
A citação na execução fiscal pode ocorrer de três formas, sendo a mais usual pelo Correios, com AR,
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Nos termos da LEF, essa citação pelos Correios NÃO precisa ser feita na pessoa do executado,
bastando ser entregue no endereço do executado por alguém que se encontre naquele endereço,
• Não existindo menção de data, a citação presume-se dada 10 (dez) dias depois que a carta
• Caso o AR não retorne em 15 (quinze) dias da entrega da carta na agência dos Correios,
considera-se que a citação foi infrutífera, prevendo a LEF a citação por Oficial de Justiça. Caso
igualmente reste infrutífera a citação, o último mecanismo será o edital. O edital é mecanismo
de citação residual, até mesmo pois é após a citação por oficial que será possível o
414 do STJ:
SÚMULA 414 DO STJ. A citação por edital na execução fiscal é cabível quando frustradas as
demais modalidades.
entrega da carta à agência postal, a citação será feita por Oficial de Justiça ou
por edital;
sede do Juízo.
(sessenta) dias.
Caso o executado não queira pagar, deverá garantir a execução, dispondo o art. 9º sobre as
Pública.
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§ 3º - A garantia da execução, por meio de depósito em dinheiro ou fiança
STJ (Info 559): O inciso II do art. 9° da Lei 6.830/80 (LEF), alterado pela Lei 13.043/2014, que faculta
Deverá respeitar uma ordem de preferência prevista no art. 11 da LEF para assegurar a
satisfação do crédito pelo FISCO, tanto é que são preferíveis bens de fácil alienação:
I - dinheiro;
II - título da dívida pública, bem como título de crédito, que tenham cotação
em bolsa;
IV - imóveis;
V - navios e aeronaves;
VI - veículos;
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VII - móveis ou semoventes; e
Quanto ao art. 11, VIII, que versa sobre direitos e ações, a jurisprudência entende que é possível
incluir como bens à penhora os precatórios a serem recebidos pelo sujeito passivo executado. Sob a
ótica da jurisprudência majoritária, precatório é, num primeiro momento, direito de crédito, e não
valor equiparado a dinheiro. É por isso que o art.15 da LEF não admite que num primeiro momento
o bem seja substituído por precatório, por não se equiparar a dinheiro. Logo, só pode o sujeito passivo
Quando se fala em penhora do art. 11, há uma confusão entre três institutos. (i) O primeiro é a
penhora Bacen-Jud: é a penhora em dinheiro, razão pela qual não há necessidade de esgotamento
fundamento no art.11, §1º da LEF, e abarca não só o imóvel, mas os bens móveis organizados para
Art.11. (...)
construção.
estabelecimento comercial é medida excepcional, sendo necessário que o FISCO não tenha
conseguido satisfazer o seu crédito por outros mecanismos. Embora seja residual, é legítimo, seja
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SÚMULA 451 DO STJ. É legítima a penhora da sede do estabelecimento comercial.
jurisprudência. Todavia, o STJ entende que isso só deve ocorrer excepcionalmente, de forma residual
no processo executivo fiscal. Nesse sentido, o STJ criou condições para que houvesse a penhora do
faturamento:
• Demonstrar nos autos da execução fiscal que não há outra modalidade de o exequente
• Uma vez deferida a penhora do faturamento dessa empresa, o juiz do processo executivo
fiscal deverá nomear um administrador, para verificar como essa penhora poderá ser
dessa penhora nos termos originários em que foi proposta (ver se a penhora não está
• É necessário que essa penhora seja determinada num percentual que não comprometa o
exercício da atividade econômica pela empresa, de modo que, analisando o caso concreto,
de penhora.
§ 1º - Nas Comarcas do interior dos Estados, a intimação poderá ser feita pela
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§ 3º - Far-se-á a intimação da penhora pessoalmente ao executado se, na
de penhora ou arresto, com a ordem de registro de que trata o artigo 7º, inciso
IV:
veículo;
Na prática, a avaliação desses bens é feita pelo próprio oficial, que lavra a penhora e intima o
executado. Todavia, pode o executado discordar da avaliação do oficial. Nessa hipótese, pode o juiz
se valer de um avaliador oficial. Caso na comarca não haja avaliador oficial ou não possa apresentar
o laudo no prazo de 15 (quinze) dias, poderá ser nomeado um terceiro, para posteriormente o juiz se
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manifestar.
fiança bancária; e
da penhora insuficiente.
executado, a substituição dessa garantia se sujeita a um limite, pois só pode promover a substituição
se for para dar ao FISCO um bem de maior liquidez. Em decorrência dessa limitação, há inúmeros
precedentes do STJ que não admitem a substituição de um bem por precatório. Isso ocorre pois o
precatório constitui direito de crédito, não sendo bem equiparável a dinheiro, esbarrando no art. 15,
I, da LEF.
Em relação à substituição pela Fazenda Pública, esse direito não é absoluto, devendo haver
• Se constatar que o bem penhorado não está livre e desembaraçado, se está sendo objeto de
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DIREITO DO TRABALHO
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1.11.1. Embargos do devedor
O art. 16 da LEF fala dos embargos do devedor, que será ação autônoma de conhecimento:
contados:
I - do depósito;
execução.
O mecanismo típico de defesa são os embargos, e darão origem ao contraditório. O prazo que
A jurisprudência do STJ é pacífica no sentido de que o prazo de 30 (trinta) dias para a oposição
dos embargos à execução fiscal conta a partir da intimação da penhora, na exata dicção no art. 16
da LEF, e não a partir da juntada do mandado nos autos. Logo, a juntada só é o termo a quo se for
fiança bancária.
justiça deve fazer menção ao fato de que o prazo de 30 (trinta) dias para a oposição de embargos do
devedor se inicia naquele momento. Todavia, não haverá problema se o mandado fizer menção ao
termo legal para ajuizar os embargos, ainda que não fale do prazo de 30 (trinta) dias expressamente.
Prevê a Lei que deve haver a garantia do juízo prévia para que os embargos sejam opostos.
Porém, há na jurisprudência do STJ uma flagrante diferenciação entre a ausência de garantia do juízo
e da existência de bens suficientes para satisfazer o crédito. Nas hipóteses de garantia parcial, o STJ
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DIREITO DO TRABALHO
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entende que se restar comprovado que o sujeito passivo não possui patrimônio suficiente para
satisfazer o crédito totalmente ou reforçar a penhora, impedir a oposição de embargos seria cercear
o direito de defesa do executado. Logo, em caso de penhora parcial, é possível opor embargos à
STJ (Info 563): No caso em que a garantia à execução fiscal tenha sido totalmente dispensada de
forma expressa pelo juízo competente - inexistindo, ainda que parcialmente, a prestação de qualquer
garantia (penhora, fiança, depósito, seguro-garantia) -, o prazo para oferecer embargos à execução
deverá ter início na data da intimação da decisão que dispensou a apresentação de garantia, não
embargar.
https://youtu.be/xSUBn2Y0DgY
Os embargos que não forem recebidos no efeito suspensivo podem ter esse efeito concedido se
• A existência de garantia do juízo: requisito fundamental do CPC, mas que será sempre
cumprido na LEF, pela própria disposição do art. 16, por ser condição de procedibilidade dos
embargos na LEF;
31
DIREITO DO TRABALHO
META 09
Ajuizados os embargos do devedor, deve o sujeito passivo alegar toda a matéria de defesa, se
Art.16. (...)
testemunhas, até três, ou, a critério do juiz, até o dobro desse limite.
Embora o sujeito passivo deva alegar toda a matéria de defesa, não pode ser alegado
mecanismo de extinção do crédito, o próprio CTN previa que a compensação extingue o crédito nos
termos da lei.
disciplina como esse encontro de contas ocorre. Em âmbito federal, a Lei 8.383/91 regulamenta
como ocorrerá esse encontro de contas para extinguir o CT, mas a LEF é de 1980. É por isso que a
jurisprudência entende que, embora o art. 16, §3º diga não ser possível a compensação, tal
dispositivo deve ser interpretado com parcimônia. O que não pode é o sujeito passivo é alegar nos
embargos do devedor o direito à compensação subjetiva, ou seja, suscitar o direito subjetivo, algo
Todavia, nada impede que o direito passivo alegue nos embargos ao devedor que a
execução fiscal.
32
DIREITO DO TRABALHO
META 09
Art. 19 - Não sendo embargada a execução ou sendo rejeitados os
sob pena de contra ele prosseguir a execução nos próprios autos, para, no
for fidejussória.
instrução e julgamento.
Esse mecanismo de defesa NÃO é previsto na LEF, sendo construção doutrinária. A LEF prevê
a necessidade de garantia o juízo para embargar. Porém, às vezes ocorrem situações em que a
execução fiscal está lastreada em um título sem condição de prosperar. Nessas circunstâncias, ter
que exigir que o sujeito passivo constranja seu patrimônio para se defender seria exigir uma conduta
absolutamente incompatível com a realidade concreta, se o juiz puder observar essas questões de
ofício (questões de ordem pública). Para fazer frente às situações em que há vícios indeléveis na
execução fiscal, tanto a doutrina quanto a jurisprudência criaram o instituto da exceção de pré-
executividade.
executado nos autos do processo executivo fiscal sem que haja a necessidade de uma prévia
garantia do juízo, através da qual o devedor chama a atenção do juízo tanto da existência de
33
DIREITO DO TRABALHO
META 09
vícios na CDA e na execução fiscal.
direito ou de fato, desde que a matéria arguida NÃO demande dilação probatória. Por isso,
qualquer discussão de prova deverá ser feita nos embargos do devedor, enquanto que se for
interposição de recurso cabível pela parte interessada, NÃO podem ser posteriormente reabertas
STJ já decidiu:
provido.
juiz.
dos empregados, nos termos do art. 20, da Lei n. 8.212/1991, com redação
(REsp 1.110.925-SP)
O art. 38 prevê que ainda é possível travar ações correlatas a execução fiscal em outras
As defesas heterotópicas são defesas interpostas em posição diferente da natural, sendo meio
Na execução fiscal, surgem como ações autônomas e prejudiciais, podendo discutir débito,
Em regra, NÃO suspendem a execução, mas o juiz pode conferir o efeito suspensivo.
ESAF: A defesa heterotópica, que impugna o lançamento tributário, proporciona uma limitação
cognitiva aos embargos à execução, não podendo o executado, mesmo se tratando de título
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DIREITO DO TRABALHO
META 09
de segurança, ação de repetição do indébito ou ação anulatória do ato
demais encargos.
Uma pessoa jurídica recebeu um mandado de citação relativa a uma execução fiscal, com
ordem para pagar, em até cinco dias, débitos de ICMS já inscritos em dívida ativa. Como
não houve o pagamento tempestivo, foi ordenada a penhora de bens.
Nessa situação hipotética, considerando-se a jurisprudência do STJ, o prazo para a
apresentação dos embargos à execução fiscal deve ser contado a partir
Após o recebimento da defesa, será concedido o prazo de 30 (trinta) dias para o FISCO
impugnar. Em que pese se tratar de um prazo para se manifestar, esse prazo não será concedido em
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DIREITO DO TRABALHO
META 09
Na hipótese de alienação antecipada dos bens penhorados, o produto será depositado em
garantia da execução.
parágrafo anterior.
II - findo o leilão:
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DIREITO DO TRABALHO
META 09
Art. 25 - Na execução fiscal, qualquer intimação ao representante judicial
Parágrafo Único - A intimação de que trata este artigo poderá ser feita
Ativa for, a qualquer título, cancelada, a execução fiscal será extinta, sem
Essa decisão de primeiro grau é a sentença proferida na execução fiscal, ou que julga os
primeiro grau e requerer judicialmente a extinção do processo, nessa hipótese NÃO há razão para
O STJ diz que se o sujeito passivo citado for nos autos da execução fiscal, constitui advogado,
existência de vício no débito e extingue o processo, deve haver a condenação da Fazenda Pública
nos ônus da sucumbência. A lógica desse entendimento do STJ é o princípio da causalidade, pois se
a Fazenda deu causa ao executado contratar advogado, ingressar no processo, deverá arcar com os
honorários advocatícios.
Recentemente, sobre esse tema, o STJ firmou o seguinte tema repetitivo (nº 961): “Observado
executividade, quando o sócio é excluído do polo passivo da execução fiscal, que não é extinta.”
39
DIREITO DO TRABALHO
META 09
1.14. Reunião das execuções fiscais
mesmo devedor.
Para ser possível promover a reunião dos processos, a JURISPRUDÊNCIA DO STJ entende que
• Deve haver execuções fiscais que estejam correndo contra o mesmo devedor: mesmo
• Não basta haver diversas execuções fiscais contra o mesmo devedor, essas execuções fiscais
devem estar submetidas ao mesmo órgão jurisdicional com competência para julgar esses
processos;
• Todas as execuções fiscais submetidas a um mesmo órgão julgador competente devem estar
O art. 29 da Lei 6.830 dispõe que a cobrança judicial da dívida ativa da Fazenda não é sujeita
No entanto, o STF julgou não recepcionado pela CF/88 o concurso de preferência previsto no
No mesmo sentido, julgou não recepcionado o parágrafo único do art. 187 do CTN e também
Súmula 563, STF - O concurso de preferência a que se refere o parágrafo único do art. 187
do Código Tributário Nacional é compatível com o disposto no art. 9º, I, da Constituição Federal.
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DIREITO DO TRABALHO
META 09
autônomos, e o tratamento entre eles passou a ser isonômico. Concluiu, então, que o
estabelecimento de hierarquia entre pessoas jurídicas de direito público interno para crédito de
tributos contraria o artigo 19, inciso III, da Constituição de 1988, que veda à União e aos demais
• Prescrição do direito de crédito: é aquele prazo previsto no art. 174 do CTN, que é um prazo
de 05 (cinco) anos, dentro do qual, uma vez constituído o crédito tributário, deve a Fazenda
execução fiscal.
• Prescrição intercorrente: é um instituto previsto no art. 40 da LEF que diz que, após ajuizada
a execução fiscal, se essa execução fiscal ficar paralisada por um prazo superior a 05 (cinco)
anos, o juiz deve promover a extinção da execução, pois presume-se que não será possível
conseguir satisfazer o crédito. Tal instituto, portanto, se conta dentro da demanda executiva.
dos autos.
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DIREITO DO TRABALHO
META 09
§ 4o Se da decisão que ordenar o arquivamento tiver decorrido o prazo
Uma vez ajuizada a execução, caso não localizado o devedor ou ele não tenha bens
penhoráveis, a LEF prevê que o juízo da execução deve, a requerimento da Fazenda Pública,
promover a suspensão da execução pelo prazo de 01 (um) ano. Isso ocorre para dar a possibilidade
de a Fazenda Pública agir, seja para localizar o devedor ou formular pesquisas da existência de bens
da titularidade do executado. Então, a LEF prevê que dentro desse prazo de 01 (um) ano de
Entretanto, a Lei prevê o caso em que essa suspensão pode ser transformada em arquivamento
sem baixa, após o prazo de 01 (um) ano. Ou seja, o juiz profere um despacho e transforma essa
execução fiscal em arquivamento provisório na Vara, sem que ponha fim ao processo executivo.
Transformada a suspensão em arquivamento sem baixa, o juiz da execução fiscal deve contar um
prazo de 05 (cinco) anos, que é propriamente um prazo prescricional, que corre dentro do processo
Passado esse prazo, diz a LEF que o juiz da execução deve ouvir o exequente. O objetivo é
indagar a Fazenda Pública se existem causas suspensivas ou interruptivas dessa prescrição. Caso
não existam, o juiz decreta a prescrição intercorrente. Todavia, a jurisprudência do STJ relativizou
diversos aspectos do art. 40 da LEF. Pode se falar, basicamente, da existência das seguintes
• Embora o art. 40 da LEF diga que a Fazenda Pública deve ser intimada da
suspensão do prazo executivo por 01 (um) ano para encontrar bens, o STJ
pelo juiz;
Súmula 314 do STJ. Em execução fiscal, não localizados bens penhoráveis, suspende-se o
processo por um ano, findo o qual se inicia o prazo da prescrição quinquenal intercorrente.
no art. 40, §§ 1º e 2º da Lei nº 6.830/80 (LEF) tem início automaticamente na data da ciência da
no endereço fornecido, havendo, sem prejuízo dessa contagem automática, o dever de o magistrado
1
https://dizerodireitodotnet.files.wordpress.com/2018/12/Info-635-STJ.pdf
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DIREITO DO TRABALHO
META 09
natureza tributária (cujo despacho ordenador da citação tenha sido proferido
execução.
PRAZO PRESCRICIONAL:
Havendo ou não petição da Fazenda Pública e havendo ou não pronunciamento judicial nesse
sentido, findo o prazo de 1 (um) ano de suspensão, inicia-se automaticamente o prazo prescricional
aplicável (de acordo com a natureza do crédito exequendo), durante o qual o processo deveria estar
arquivado sem baixa na distribuição, na forma do art. 40, §§ 2º, 3º e 4º da Lei n. 6.830/1980 - LEF,
findo o qual o Juiz, depois de ouvida a Fazenda Pública, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição
A efetiva constrição patrimonial e a efetiva citação (ainda que por edital) são aptas a
interromper o curso da prescrição intercorrente, não bastando para tal o mero peticionamento em
juízo, requerendo, v.g., a feitura da penhora sobre ativos financeiros ou sobre outros bens. Os
requerimentos feitos pelo exequente, dentro da soma do prazo máximo de 1 (um) ano de suspensão
mais o prazo de prescrição aplicável (de acordo com a natureza do crédito exequendo) deverão ser
processados, ainda que para além da soma desses dois prazos, pois, citados (ainda que por edital)
https://youtu.be/je4ayYrvJeI
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DIREITO DO TRABALHO
META 09
A Fazenda Pública, em sua primeira oportunidade de falar nos autos (art. 278 do CPC/2015),
ao alegar nulidade pela falta de qualquer intimação dentro do procedimento do art. 40 da LEF,
deverá demonstrar o prejuízo que sofreu (exceto a falta da intimação que constitui o termo inicial -
Tema 566, onde o prejuízo é presumido), por exemplo, deverá demonstrar a ocorrência de qualquer
intercorrente, deverá fundamentar o ato judicial por meio da delimitação dos marcos legais que
foram aplicados na contagem do respectivo prazo, inclusive quanto ao período em que a execução
ficou suspensa. STJ. 1ª Seção. REsp 1.340.553-RS, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em
2.1. Conceito
A Lei nº 8.397/92, com a nova redação dada pelo art. 65 da Lei 9.532/97, instituiu a medida
cautelar fiscal, de natureza processual. Por meio dela, a Fazenda Pública tem um instrumento para,
judicialmente, obter a indisponibilidade patrimonial dos devedores para com o fisco até o limite do
valor exigido, frustrando com isso a tentativa de ser lesado o Estado tanto na fase administrativa
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DIREITO DO TRABALHO
META 09
Como regra, poderá ser instaurada após a constituição do crédito, inclusive no curso da
execução judicial da Dívida Ativa da União, dos Estados, do DF, dos Municípios e respectivas
crédito tributário no caso de o devedor, notificado pela Fazenda Pública para que proceda ao
recolhimento do crédito fiscal, põe ou tenta por seus bens em nome de terceiros; ou quando aliena
bens ou direitos sem proceder à devida comunicação ao órgão da Fazenda Pública competente,
Julgue os itens seguintes à luz das regras da Lei da Cautelar Fiscal – Lei n.º 8.397/1992.
Caso um contribuinte aliene um bem de sua propriedade sem proceder à devida
comunicação ao órgão da fazenda pública competente, quando essa comunicação for
exigível em virtude de lei, a fazenda pública poderá mover contra ele uma ação cautelar
fiscal, mesmo antes de constituir o crédito tributário devido.
A medida cautelar fiscal poderá ser requerida pelo sujeito ativo contra o sujeito passivo da
a) sem domicílio certo, intenta ausentar-se ou alienar bens que possui ou deixar de pagar a
da obrigação;
e) notificado pela Fazenda Pública para que proceda ao recolhimento do crédito fiscal:
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DIREITO DO TRABALHO
META 09
f) possui débitos inscritos ou não em dívida ativa, que, somados, ultrapassem 30% de seu
patrimônio conhecido;
g) aliena bens ou direitos sem proceder à devida comunicação ao órgão da Fazenda Pública
administrativo;
h) tem sua inscrição no cadastro de contribuintes declarada inapta pelo órgão fazendário;
A medida cautelar deverá ser requerida ao juiz competente para a execução judicial da Dívida
Julgue os itens seguintes à luz das regras da Lei da Cautelar Fiscal – Lei n.º 8.397/1992.
Não está sujeito a sofrer medida cautelar fiscal o contribuinte que, tendo domicílio certo,
tentar evadir-se para evitar o adimplemento de uma obrigação tributária.
Pública propor a execução judicial da Dívida Ativa no prazo de 60 dias, contados da data em que a
permanente, podendo, ainda, ser estendida aos bens do acionista controlador e aos dos que em
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DIREITO DO TRABALHO
META 09
razão do contrato social ou estatuto tenham poderes para fazer a empresa cumprir suas obrigações
fiscais, ao tempo:
qualquer título do requerido ou daqueles que estejam ou tenham estado na função de administrador,
imóveis, ao Banco Central do Brasil, à Comissão de Valores Mobiliários e às demais repartições que
processem registros de transferência de bens, a fim de que, no âmbito de suas atribuições, façam
2.5. Procedimento
que indicará:
instrumento.
O requerido será citado para, em 15 dias, contestar o pedido, indicando as provas que pretende
49
DIREITO DO TRABALHO
META 09
Não sendo contestado o pedido, presumir-se-ão aceitos pelo requerido, como verdadeiros, os
fatos alegados pela Fazenda Pública, caso em que o Juiz decidirá em 10 dias.
O indeferimento da medida cautelar fiscal não obsta a que a Fazenda Pública intente a
execução judicial da Dívida Ativa, nem influi no julgamento desta, salvo se o Juiz, no procedimento
A medida cautelar fiscal conserva sua eficácia no prazo de 60 dias e na pendência do processo
de execução judicial da Dívida Ativa pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada. Essa
eficácia cessa:
na esfera administrativa;
Salvo decisão em contrário, a medida cautelar fiscal conservará sua eficácia durante o período
• Ação declaratória;
• Ação anulatória;
50
DIREITO DO TRABALHO
META 09
Art. 38, LEF - A discussão judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública só é
demais encargos.
a) Legitimidade: Em geral está adstrita aos sujeitos envolvidos na relação tributária material em
litígio.
ATENÇÃO:
Se a discussão for sobre a retenção na fonte de imposto estadual ou municipal de servidor, tais
entes é que serão partes legítimas na ação eventualmente proposta, conforme súmula 447 do STJ:
Os Estados e o Distrito Federal são partes legítimas na ação de restituição de imposto de renda
51
DIREITO DO TRABALHO
META 09
b) Interesse de agir: NÃO cabe ação declaratória para a interpretação do direito em tese ou para o
esclarecimento de fatos.
tradicional, pois a todo tempo há interesse de agir na declaração de existência, inexistência ou modo
d) Ação declaratória e repetição de indébito: A ação declaratória pode ser cumulada com a
repetição de indébito.
e) Ação declaratória e execução: Para a doutrina tradicional, a ação declaratória NÃO comporta
execução porque pretende acertar a relação jurídica controvertida, SALVO quanto à condenação ao
possível a execução.
Sempre que uma sentença declaratória passar por todas as etapas e certificar o indébito,
possuindo um conteúdo condenatório, será possível de ser executada, por exemplo. A compensação
ou o pedido administrativo de devolução de valores pagos a maior são duas formas que a legislação
coloca a critério do contribuinte como formas de reaver o que ele pagou indevidamente. As duas
situações são formas de repetição do indébito, segundo o STJ. Assim, em alguns casos de
Súmula 461 do STJ. O contribuinte pode optar por receber, por meio de
f) Ação declaratória e tutela de urgência: É possível a concessão de tutela de urgência, mas não
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DIREITO DO TRABALHO
META 09
g) Valor da causa: Deve corresponder ao conteúdo econômico pretendido.
Pode ser promovida pelo contribuinte contra a Fazenda Pública, tendo como pressuposto a
Ao propor uma ação anulatória relativa a tributo ou multa quando não houver crédito tributário
constituído, faltará interesse de agir, porque se quer anular algo que ainda não existe.
a) Depósito na ação anulatória: A ação anulatória, assim como as demais defesas dos contribuintes,
demais encargos.
plano, os demais casos pressupõem a garantia do juízo: nos embargos à execução se daria através
necessário o depósito. Assim, começou a surgir o questionamento se para a ajuizar uma ação
anulatória do crédito tributário já inscrito em dívida ativa era ou não necessário o depósito como
requisito essencial. O STF editou súmula vinculante, entendendo que inconstitucional a exigência do
depósito.
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DIREITO DO TRABALHO
META 09
Súmula Vinculante 28 - É inconstitucional a exigência de depósito prévio
Depósito e levantamento:
ente político.
b) Legitimidade: São os sujeitos da relação obrigacional tributária que deu ensejo ao lançamento
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DIREITO DO TRABALHO
META 09
que se pretende desconstituir.
a) Cabimento: Objetiva a restituição dos valores pagos indevidamente, pretensão que pode ser
exercida tanto na via administrativa, quanto na via judicial. É cabível nas hipóteses do art. 165 do
CTN:
b) Legitimidade: Ocorrerá uma inversão dos polos: o sujeito passivo (contribuinte ou responsável)
figurará como sujeito ativo da relação jurídica de direito material que será deduzida em juízo. E o
sujeito ativo da relação jurídica tributária (Fazenda Pública) será o sujeito passivo da relação
processual.
Mero pagador: A jurisprudência que prevalece nos tribunais e a doutrina entendem que não
possui legitimidade para discutir o tributo, ao fundamento de que aquele que paga por outrem, sem
estar indicado na norma tributária como sujeito passivo (contribuinte ou responsável), não tem
legitimidade para discutir o tributo e para pleitear a sua repetição. Isso porque não há relação jurídica
Súmula 614 - O locatário não possui legitimidade ativa para discutir a relação
55
DIREITO DO TRABALHO
META 09
Art. 166 - A restituição de tributos que comportem, por sua natureza,
quando reconhecido por decisão, que o contribuinte "de jure" não recuperou
passivo, pessoa que por lei figura na relação jurídico-tributária, conforme art. 122 do CTN. O art. 166
do CTN, de acordo com a jurisprudência, deve ser visto hoje como uma exceção. Assim, o sujeito
passivo somente poderá pedir a restituição nas hipóteses em que ele não tiver repassado o encargo
da tributação.
O art. 166 do CTN somente se aplica para os casos de tributos indiretos, mas apenas nos
tributos em que a repercussão for jurídica, regulada pela legislação tributária, a exemplo do IPI, ICMS
e ISS.
https://youtu.be/xCYUjvFzUxs
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DIREITO DO TRABALHO
META 09
d) Juros e correção monetária:
A grande discussão acerca do tema no passado foi a respeito dos tributos sujeito a
lançamento por homologação (LC 118/2005). Nestes casos, o contribuinte tem a obrigação de
declarar e pagar determinada quantia e a Fazenda tem o prazo de cinco anos para homologar o
Havia uma tese pró-contribuinte que dizia que a homologação do pagamento, a extinção
definitiva do crédito tributário ocorre depois de decorridos cinco anos a partir do fato gerador.
Assim, o prazo para requerer a restituição somente prescreveria decorridos os cinco anos para a
Fazenda homologar. E sendo a homologação tácita após cinco anos do fato gerador (art. 150, §
4º), o prazo prescricional levaria em conta os cinco anos para homologação mais cinco,
A LC 118/05 que alterou o CTN e determinou que o prazo de cinco anos deve ser contado
poder público.
A LC 118/05, dizendo ser lei interpretativa, estabeleceu que o prazo é e sempre foi de
cinco anos contados do pagamento antecipado. Assim a discussão que houve foi se poderia
O STF entendeu que a lei é inconstitucional no aspecto que manda aplicar retroativamente
o prazo de cinco anos, por mudar o entendimento jurisprudencial que havia a respeito do tema.
Conclui então: a lei entrou em vigou em 09/06/2005; para as ações judiciais ajuizadas antes da
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DIREITO DO TRABALHO
META 09
entrada em vigor da lei vale o prazo de dez anos (5 +5); por outro lado, para as ações ajuizadas
para cinco anos e, portanto, não pode ser aplicada retroativamente, por violar a segurança
tributário de que trata o art. 168 do CTN nem o da execução de título judicial
Se o pedido de restituição for feito na via administrativa e ele for negado se teria dois anos
para ajuizar uma ação para impugnar essa desconstituição na via administrativa e pedir de volta.
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DIREITO DO TRABALHO
META 09
Art. 164. A importância de crédito tributário pode ser consignada
a) Procedimento
manifestação de recusa.
b) Sucumbência
Tratando-se de ação consignatória fundada na dúvida subjetiva sobre a qual Fazenda Pública
pagar, a Fazenda que ficar vencida terá que pagar os ônus da sucumbência tanto à Fazenda
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DIREITO DO TRABALHO
META 09
5. Mandado de segurança em matéria tributária
Público.
proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas
física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte
de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que
exerça.
O artigo 38 da LEF dispõe que o manejo da via judicial, pelo contribuinte, importa em renúncia
este considerado constitucional pelo Supremo Tribunal Federal (informativo 476 do STF).
Não cabe mandado de segurança contra lei em tese, conforme súmula 266 do STF.
É possível ainda impetrar mandado de segurança preventivo, de modo que existem duas
Foi praticado o fato/conduta que geraria o dever Já houve lesão em matéria tributária, autuação
de pagar o tributo ou que pode gerar aplicação ou lançamento.
de uma multa.
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DIREITO DO TRABALHO
META 09
A competência para processar e julgar as ações mandamentais é definida em caráter absoluto
pela categoria e pela sede da autoridade coatora (local onde esta exerce seu munus).
Será cabível mandado de segurança para declarar o direito à compensação quando forem
criados óbices indevidos ao direito de efetuar a compensação, como, por exemplo, exigências
ser deferida por medida liminar. (ATENÇÃO! Essa súmula foi cancelada
STF.)
Conclusões:
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DIREITO DO TRABALHO
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• Não é cabível o deferimento de liminar para determinar a compensação;
algum óbice ilegal criado pelo poder público ou se quiser que seja declarado o direito de
compensar uma determinada quantia. Entretanto não será cabível se a pretensão for
https://youtu.be/gX8oOWb7RVQ
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
• TEMA 642/2021:
O Município prejudicado é o legitimado para a execução de crédito decorrente de multa aplicada
por Tribunal de Contas estadual a agente público municipal, em razão de danos causados ao
erário municipal.
• TEMA 1042/2020:
É constitucional vincular o despacho aduaneiro ao recolhimento de diferença tributária apurada
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DIREITO DO TRABALHO
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mediante arbitramento da autoridade fiscal.
• TEMA 792/2020:
Lei disciplinadora da submissão de crédito ao sistema de execução via precatório possui natureza
material e processual, sendo inaplicável a situação jurídica constituída em data que a anteceda.
• TEMA 990/2019:
1. É constitucional o compartilhamento dos relatórios de inteligência financeira da UIF e da
íntegra do procedimento fiscalizatório da Receita Federal do Brasil, que define o lançamento do
tributo, com os órgãos de persecução penal para fins criminais, sem a obrigatoriedade de prévia
autorização judicial, devendo ser resguardado o sigilo das informações em procedimentos
formalmente instaurados e sujeitos a posterior controle jurisdicional.
2. O compartilhamento pela UIF e pela RFB, referente ao item anterior, deve ser feito unicamente
por meio de comunicações formais, com garantia de sigilo, certificação do destinatário e
estabelecimento de instrumentos efetivos de apuração e correção de eventuais desvios.
• TEMA 810/2017:
1) O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/09, na parte em que
disciplina os juros moratórios aplicáveis a condenações da Fazenda Pública, é inconstitucional ao
incidir sobre débitos oriundos de relação jurídico-tributária, aos quais devem ser aplicados os
mesmos juros de mora pelos quais a Fazenda Pública remunera seu crédito tributário, em
respeito ao princípio constitucional da isonomia (CRFB, art. 5º, caput); quanto às condenações
oriundas de relação jurídica não-tributária, a fixação dos juros moratórios segundo o índice de
remuneração da caderneta de poupança é constitucional, permanecendo hígido, nesta extensão,
o disposto no art. 1º-F da Lei nº 9.494/97 com a redação dada pela Lei nº 11.960/09; e
2) O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/09, na parte em que
disciplina a atualização monetária das condenações impostas à Fazenda Pública segundo a
remuneração oficial da caderneta de poupança, revela-se inconstitucional ao impor restrição
desproporcional ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que não se qualifica
como medida adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo inidônea a promover
os fins a que se destina.
• TEMA 355/2017:
É válida a penhora em bens de pessoa jurídica de direito privado, realizada anteriormente à
sucessão desta pela União, não devendo a execução prosseguir mediante precatório.
• TEMA 755/2014:
É vedado o fracionamento da execução pecuniária contra a Fazenda Pública para que uma parte
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DIREITO DO TRABALHO
META 09
seja paga antes do trânsito em julgado, por meio de Complemento Positivo, e outra depois do
trânsito, mediante Precatório ou Requisição de Pequeno Valor.
• TEMA 645/2013:
O Ministério Público não possui legitimidade ativa ad causam para, em ação civil pública, deduzir
em juízo pretensão de natureza tributária em defesa dos contribuintes, que vise questionar a
constitucionalidade/legalidade de tributo.
• TEMA 408/2011:
É compatível com a Constituição o art. 34 da Lei 6.830/1980, que afirma incabível apelação em
casos de execução fiscal cujo valor seja inferior a 50 ORTN.
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DIREITO DO TRABALHO
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• TEMA REPETITIVO 961:
Observado o princípio da causalidade, é cabível a fixação de honorários advocatícios, em exceção
de pré-executividade, quando o sócio é excluído do polo passivo da execução fiscal, que não é
extinta.
(REsp 1358837 SP, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em
10/03/2021, DJe 29/03/2021)
(REsp 1764349 SP, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em
10/03/2021, DJe 29/03/2021)
(REsp 1764405 SP, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em
10/03/2021, DJe 29/03/2021)
Em ações de execução fiscal, descabe indeferir a petição inicial sob o argumento da falta de
indicação do CNPJ da parte executada (pessoa jurídica), visto tratar-se de requisito não previsto
no art. 6º da Lei nº 6.830/80 (LEF), cujo diploma, por sua especialidade, ostenta primazia sobre a
legislação de cunho geral, como ocorre frente à exigência contida no art. 15 da Lei nº 11.419/06.
(REsp 1455091 AM, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/11/2014, DJe
02/02/2015)
66
DIREITO DO TRABALHO
META 09
A mera decretação da quebra não implica extinção da personalidade jurídica do estabelecimento
empresarial. Ademais, a massa falida tem exclusivamente personalidade judiciária, sucedendo a
empresa em todos os seus direitos e obrigações. Em consequência, o ajuizamento contra a pessoa
jurídica, nessas condições, constitui mera irregularidade, sanável nos termos do art. 284 do CPC
e do art. 2º, § 8º, da Lei 6.830/1980.
(REsp 1372243 SE, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, Rel. p/ Acórdão Ministro OG
FERNANDES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 11/12/2013, DJe 21/03/2014)
67
DIREITO DO TRABALHO
META 09
(REsp 1337790 PR, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/06/2013,
DJe 07/10/2013)
68
DIREITO DO TRABALHO
META 09
no endereço fornecido, havendo, sem prejuízo dessa contagem automática, o dever de o
magistrado declarar ter ocorrido a suspensão da execução.
(REsp 1340553 RS, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em
12/09/2018, DJe 16/10/2018)
69
DIREITO DO TRABALHO
META 09
provoca o início do prazo prescricional quando o ato de dissolução irregular for a ela subsequente,
uma vez que, em tal circunstância, inexistirá, na aludida data (da citação), pretensão contra os sócios-
gerentes (conforme decidido no REsp 1.101.728/SP, no rito do art. 543-C do CPC/1973, o mero
inadimplemento da exação não configura ilícito atribuível aos sujeitos de direito descritos no art. 135
do CTN). O termo inicial do prazo prescricional para a cobrança do crédito dos sócios-gerentes
infratores, nesse contexto, é a data da prática de ato inequívoco indicador do intuito de
inviabilizar a satisfação do crédito tributário já em curso de cobrança executiva promovida contra
a empresa contribuinte, a ser demonstrado pelo Fisco, nos termos do art. 593 do CPC/1973 (art.
792 do novo CPC - fraude à execução), combinado com o art. 185 do CTN (presunção de fraude
contra a Fazenda Pública); e,
(iii) em qualquer hipótese, a decretação da prescrição para o redirecionamento impõe seja
demonstrada a inércia da Fazenda Pública, no lustro que se seguiu à citação da empresa
originalmente devedora (REsp 1.222.444/RS) ou ao ato inequívoco mencionado no item anterior
(respectivamente, nos casos de dissolução irregular precedente ou superveniente à citação da
empresa), cabendo às instâncias ordinárias o exame dos fatos e provas atinentes à demonstração
da prática de atos concretos na direção da cobrança do crédito tributário no decurso do prazo
prescricional.
(REsp 1201993 SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 08/05/2019,
DJe 12/12/2019)
70
DIREITO DO TRABALHO
META 09
5.010, de 1966 deixa de ser observada, não está sujeita ao enunciado da Súmula nº 33 do
Superior Tribunal de Justiça.
(REsp 1146194 SC, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, Rel. p/ Acórdão Ministro ARI
PARGENDLER, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 14/08/2013, DJe 25/10/2013)
71
DIREITO DO TRABALHO
META 09
• TEMA REPETITIVO 288:
É admissível o ajuizamento de novos embargos de devedor, ainda que nas hipóteses de reforço
ou substituição da penhora, quando a discussão adstringir-se aos aspectos formais do novo ato
constritivo.
(REsp 1116287 SP, Rel. Ministro LUIZ FUX, CORTE ESPECIAL, julgado em 02/12/2009, DJe
04/02/2010)
72
DIREITO DO TRABALHO
META 09
(REsp 1127815 SP, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 24/11/2010, DJe
14/12/2010)
73
DIREITO DO TRABALHO
META 09
Na repetição do indébito tributário referente a recolhimento de tributo direto, não se impõe a
comprovação de que não houve repasse do encargo financeiro decorrente da incidência do
imposto ao consumidor final, contribuinte de fato.
(REsp 1125550 SP, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em
14/04/2010, DJe 29/04/2010)
74
DIREITO DO TRABALHO
META 09
A perda da pretensão executiva tributária pelo decurso de tempo é consequência da inércia do
credor, que não se verifica quando a demora na citação do executado decorre unicamente do
aparelho judiciário.
(REsp 1102431 RJ, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 09/12/2009, DJe
01/02/2010)
75
DIREITO DO TRABALHO
META 09
A Fazenda Pública pode recusar a substituição do bem penhorado por precatório.
(REsp 1090898 SP, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/08/2009, DJe
31/08/2009)
76
DIREITO DO TRABALHO
META 09
(REsp 1104900 ES, Rel. Ministra DENISE ARRUDA, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 25/03/2009, DJe
01/04/2009)
77
DIREITO DO TRABALHO
META 09
(REsp 1001655 DF, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 11/03/2009, DJe
30/03/2009)
• IAC 3:
Não é cabível mandado de segurança contra decisão proferida em execução fiscal no contexto
do art. 34 da Lei n. 6.830/80.
(IAC no RMS 53720 SP, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 10/04/2019,
DJe 20/05/2019)
(IAC no RMS 54712 SP, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 10/04/2019,
DJe 20/05/2019)
a) Para a concessão da medida cautelar fiscal não é essencial a prova literal da constituição do
crédito tributário.
b) A decretação da medida cautelar fiscal não produzirá, de imediato, a indisponibilidade dos bens
do requerido, até o limite da satisfação da obrigação.
c) O juiz concederá liminarmente a medida cautelar fiscal, desde que a Fazenda Pública apresente
justificação prévia ou preste caução.
d) O requerido será citado para, no prazo de cinco dias, contestar o pedido, indicando as provas que
pretenda produzir.
e) A medida cautelar fiscal conserva a sua eficácia no prazo de sessenta dias, contados da data em
que a exigência se tornar irrecorrível na esfera administrativa e na pendência do processo de
execução judicial da Dívida Ativa, mas pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada.
COMENTÁRIOS
A – Lei 8.397/92 - Art. 3° Para a concessão da medida cautelar fiscal é essencial:
I - prova literal da constituição do crédito fiscal;
II - prova documental de algum dos casos mencionados no artigo antecedente.
C – Lei 8.397/92 - Art. 7° O Juiz concederá liminarmente a medida cautelar fiscal, dispensada
a Fazenda Pública de justificação prévia e de prestação de caução.
78
DIREITO DO TRABALHO
META 09
Parágrafo único. Do despacho que conceder liminarmente a medida cautelar caberá agravo de
instrumento.
D – Lei 8.397/92 - Art. 8° O requerido será citado para, no prazo de quinze dias, contestar o
pedido, indicando as provas que pretenda produzir.
Parágrafo único. Conta-se o prazo da juntada aos autos do mandado:
a) de citação, devidamente cumprido;
b) da execução da medida cautelar fiscal, quando concedida liminarmente.
E - Lei 8.397/92 - Art. 12. A medida cautelar fiscal conserva a sua eficácia no prazo do artigo
antecedente e na pendência do processo de execução judicial da Dívida Ativa, mas pode, a
qualquer tempo, ser revogada ou modificada.
Parágrafo único. Salvo decisão em contrário, a medida cautelar fiscal conservará sua eficácia
durante o período de suspensão do crédito tributário ou não tributário.
LETRA E
COMENTÁRIOS
A – LEF - Art. 16, § 3º - Não será admitida reconvenção, nem compensação, e as exceções,
salvo as de suspeição, incompetência e impedimentos, serão arguidas como matéria preliminar
e serão processadas e julgadas com os embargos.
B – LEF Art. 17 - Recebidos os embargos, o Juiz mandará intimar a Fazenda, para impugná-los
no prazo de 30 (trinta) dias, designando, em seguida, audiência de instrução e julgamento.
Parágrafo Único - Não se realizará audiência, se os embargos versarem sobre matéria de
direito, ou, sendo de direito e de fato, a prova for exclusivamente documental, caso em que o
Juiz proferirá a sentença no prazo de 30 (trinta) dias.
79
DIREITO DO TRABALHO
META 09
C - LEF - Art. 19 - Não sendo embargada a execução ou sendo rejeitados os embargos, no caso
de garantia prestada por terceiro, será este intimado, sob pena de contra ele prosseguir a
execução nos próprios autos, para, no prazo de 15 (quinze) dias:
I - remir o bem, se a garantia for real; ou
II - pagar o valor da dívida, juros e multa de mora e demais encargos, indicados na Certidão de
Dívida Ativa pelos quais se obrigou se a garantia for fidejussória.
E – LEF - Art. 40 - O Juiz suspenderá o curso da execução, enquanto não for localizado o
devedor ou encontrados bens sobre os quais possa recair a penhora, e, nesses casos, não
correrá o prazo de prescrição.
§ 1º - Suspenso o curso da execução, será aberta vista dos autos ao representante judicial da
Fazenda Pública.
§ 2º - Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano, sem que seja localizado o devedor ou
encontrados bens penhoráveis, o Juiz ordenará o arquivamento dos autos.
§ 3º - Encontrados que sejam, a qualquer tempo, o devedor ou os bens, serão desarquivados
os autos para prosseguimento da execução.
§ 4º Se da decisão que ordenar o arquivamento tiver decorrido o prazo prescricional, o juiz,
depois de ouvida a Fazenda Pública, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição intercorrente e
decretá-la de imediato. (Incluído pela Lei nº 11.051, de 2004)
§ 5º A manifestação prévia da Fazenda Pública prevista no § 4o deste artigo será dispensada
no caso de cobranças judiciais cujo valor seja inferior ao mínimo fixado por ato do Ministro de
Estado da Fazenda. (Incluído pela Lei nº 11.960, de 2009)
LETRA C
a) tem como marco inicial a alienação ou oneração de bens após a inscrição em dívida ativa, desde
que não tenham sido reservados bens ou rendas suficientes ao pagamento total da dívida.
80
DIREITO DO TRABALHO
META 09
b) é presumida de forma absoluta qualquer alienação ou oneração de bens que reduzam o
contribuinte à insolvência.
c) pode ser reconhecida administrativamente em sede de arrolamento fiscal de bens, quando a
alienação ocorreu após inscrição da dívida ativa e tenha reduzido o contribuinte à insolvência.
d) pressupõe que tenha havido liminar concedida em sede de medida cautelar fiscal, impedindo a
alienação ou oneração de bens imóveis ali constantes.
e) ocorre em relação a alienação de bens imóveis de contribuinte que tenha dívida ativa superior a
dois milhões de reais, desde que não tenha reservado bens suficientes para garantir a dívida.
COMENTÁRIOS
A, B, C, D e E: CTN - Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou
rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito
tributário regularmente inscrito como dívida ativa.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de terem sido reservados,
pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida inscrita.
LETRA A
COMENTÁRIOS
A – Há de se ressaltar que o STF entende que a revogação de isenção não se equipara à criação
ou à majoração de tributo, sendo apenas a dispensa legal do pagamento de exação já
existente, de forma que o tributo volta a ser imediatamente exigível, não sendo aplicável o
princípio da anterioridade (RE 204.062).
Direito tributário I Ricardo Alexandre - 11. ed. rev~ atual. e amp1. - Salvador - Ed. JusPodivm,
2017.
D - CTN - Art. 166. A restituição de tributos que comportem, por sua natureza, transferência
do respectivo encargo financeiro somente será feita a quem prove haver assumido o referido
encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado
a recebê-la.
LETRA D
a) a Dívida Ativa regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez. Tal presunção é
relativa e pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do executado ou de terceiro, a quem
aproveite.
b) a competência para processar e julgar a execução da Dívida Ativa da Fazenda Pública exclui a de
qualquer outro Juízo, exceto o da falência, da concordata, da liquidação, da insolvência ou do
inventário.
c) o executado será citado para, no prazo de 15 (quinze) dias, pagar a dívida com os juros e multa de
mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, ou garantir a execução.
d) na execução fiscal, a intimação do representante judicial da Fazenda Pública será feita
pessoalmente ou por meio do Diário de Justiça.
e) a cobrança judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública está sujeita a concurso de credores ou
habilitação em falência, concordata, liquidação, inventário ou arrolamento.
COMENTÁRIOS
A - LEF - Art. 3º - A Dívida Ativa regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez.
Parágrafo Único - A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser ilidida por prova
inequívoca, a cargo do executado ou de terceiro, a quem aproveite.
B – LEF - Art. 5º - A competência para processar e julgar a execução da Dívida Ativa da Fazenda
Pública exclui a de qualquer outro Juízo, inclusive o da falência, da concordata, da liquidação,
da insolvência ou do inventário.
82
DIREITO DO TRABALHO
META 09
C – LEF - Art. 8º - O executado será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, pagar a dívida com
os juros e multa de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, ou garantir a
execução, observadas as seguintes normas:
I - a citação será feita pelo correio, com aviso de recepção, se a Fazenda Pública não a requerer
por outra forma;
II - a citação pelo correio considera-se feita na data da entrega da carta no endereço do
executado, ou, se a data for omitida, no aviso de recepção, 10 (dez) dias após a entrega da
carta à agência postal;
III - se o aviso de recepção não retornar no prazo de 15 (quinze) dias da entrega da carta à
agência postal, a citação será feita por Oficial de Justiça ou por edital;
IV - o edital de citação será afixado na sede do Juízo, publicado uma só vez no órgão oficial,
gratuitamente, como expediente judiciário, com o prazo de 30 (trinta) dias, e conterá, apenas,
a indicação da exeqüente, o nome do devedor e dos co-responsáveis, a quantia devida, a
natureza da dívida, a data e o número da inscrição no Registro da Dívida Ativa, o prazo e o
endereço da sede do Juízo.
D - LEF - Art. 25 - Na execução fiscal, qualquer intimação ao representante judicial da Fazenda
Pública será feita pessoalmente.
Parágrafo Único - A intimação de que trata este artigo poderá ser feita mediante vista dos
autos, com imediata remessa ao representante judicial da Fazenda Pública, pelo cartório ou
secretaria.
E - LEF - Art. 29 - A cobrança judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública não é sujeita a
concurso de credores ou habilitação em falência, concordata, liquidação, inventário ou
arrolamento
Parágrafo Único - O concurso de preferência somente se verifica entre pessoas jurídicas de
direito público, na seguinte ordem: (Vide ADPF 357)
I - União e suas autarquias; (Vide ADPF 357)
II - Estados, Distrito Federal e Territórios e suas autarquias, conjuntamente e pro
rata; (Vide ADPF 357)
III - Municípios e suas autarquias, conjuntamente e pro rata. (Vide ADPF 357)
OBS.: ADPF 357 julgou não recepcionado o concurso de preferência previsto no parágrafo
único do art. 187 do CTN e no parágrafo único do art. 29 da LEF.
LETRA A
a) a competência para processar e julgar a execução da Dívida Ativa da Fazenda Pública exclui a de
qualquer outro Juízo, exceto o da falência e o da recuperação judicial.
83
DIREITO DO TRABALHO
META 09
b) a petição inicial e a Certidão de Dívida Ativa poderão constituir um único documento, preparado
inclusive por processo eletrônico.
c) a produção de provas pela Fazenda Pública dependerá de requerimento específico na petição
inicial.
d) o valor atribuído à causa na petição inicial, pela Fazenda Pública, será o da dívida constante na
certidão, sem os encargos legais que serão exigidos quando do efetivo pagamento.
e) o despacho do Juiz que ordenar a citação do devedor para pagar a dívida em 15 dias suspende a
prescrição.
COMENTÁRIOS
A – LEF - Art. 5º - A competência para processar e julgar a execução da Dívida Ativa da Fazenda
Pública exclui a de qualquer outro Juízo, inclusive o da falência, da concordata, da liquidação,
da insolvência ou do inventário.
B - LEF – Art. 6o, § 2º - A petição inicial e a Certidão de Dívida Ativa poderão constituir um
único documento, preparado inclusive por processo eletrônico.
C – LEF – Art. 6o, § 3º - A produção de provas pela Fazenda Pública independe de requerimento
na petição inicial.
D – LEF – Art. 6o, § 4º - O valor da causa será o da dívida constante da certidão, com os
encargos legais.
E - Art. 8º - O executado será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, pagar a dívida com os
juros e multa de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, ou garantir a
execução, observadas as seguintes normas:
I - a citação será feita pelo correio, com aviso de recepção, se a Fazenda Pública não a requerer
por outra forma;
II - a citação pelo correio considera-se feita na data da entrega da carta no endereço do
executado, ou, se a data for omitida, no aviso de recepção, 10 (dez) dias após a entrega da
carta à agência postal;
III - se o aviso de recepção não retornar no prazo de 15 (quinze) dias da entrega da carta à
agência postal, a citação será feita por Oficial de Justiça ou por edital;
CTN - Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados
da data da sua constituição definitiva.
Parágrafo único. A prescrição se interrompe:
I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; (Redação dada pela Lcp nº
118, de 2005)
II - pelo protesto judicial;
III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do
débito pelo devedor.
84
DIREITO DO TRABALHO
META 09
LETRA B
a) Estando a execução judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública em Tribunal, a medida cautelar
fiscal será requerida ao relator do recurso.
b) Para que o Juiz conceda liminarmente a medida cautelar fiscal, é necessária a justificação prévia
por parte da Fazenda Pública.
c) Quando a medida cautelar fiscal for concedida em procedimento preparatório, deverá a Fazenda
Pública propor a execução judicial da Dívida Ativa no prazo de sessenta dias, contados da concessão
da medida.
d) Da sentença que decretar a medida cautelar fiscal caberá apelação, sem efeito suspensivo, ainda
que o requerido preste garantia correspondente ao valor da prestação da Fazenda Pública, na forma
prevista na lei que rege a execução fiscal.
e) Para que seja concedida a medida cautelar fiscal é exigível, em qualquer hipótese, a prévia
constituição do crédito tributário.
COMENTÁRIOS
A - Lei 8.397/92 - Art. 5° A medida cautelar fiscal será requerida ao Juiz competente para a
execução judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública.
Parágrafo único. Se a execução judicial estiver em Tribunal, será competente o relator do
recurso.
B – Lei 8.397/92 - Art. 7° O Juiz concederá liminarmente a medida cautelar fiscal, dispensada
a Fazenda Pública de justificação prévia e de prestação de caução.
Parágrafo único. Do despacho que conceder liminarmente a medida cautelar caberá agravo de
instrumento.
C – Lei 8.397/92 - Art. 11. Quando a medida cautelar fiscal for concedida em procedimento
preparatório, deverá a Fazenda Pública propor a execução judicial da Dívida Ativa no prazo de
sessenta dias, contados da data em que a exigência se tornar irrecorrível na esfera
administrativa.
D – Lei 8.397/92 - Art. 17. Da sentença que decretar a medida cautelar fiscal caberá apelação,
sem efeito suspensivo, salvo se o requerido oferecer garantia na forma do art. 10 desta lei.
Lei 8.397/92 - Art. 10. A medida cautelar fiscal decretada poderá ser substituída, a qualquer
tempo, pela prestação de garantia correspondente ao valor da prestação da Fazenda Pública,
na forma do art. 9° da Lei n° 6.830, de 22 de setembro de 1980.
Parágrafo único. A Fazenda Pública será ouvida necessariamente sobre o pedido de
substituição, no prazo de cinco dias, presumindo-se da omissão a sua aquiescência.
85
DIREITO DO TRABALHO
META 09
E - Lei 8.397/92 - Art. 10. A medida cautelar fiscal decretada poderá ser substituída, a
qualquer tempo, pela prestação de garantia correspondente ao valor da prestação da Fazenda
Pública, na forma do art. 9° da Lei n° 6.830, de 22 de setembro de 1980.
Parágrafo único. A Fazenda Pública será ouvida necessariamente sobre o pedido de
substituição, no prazo de cinco dias, presumindo-se da omissão a sua aquiescência.
LEF - Art. 9º - Em garantia da execução, pelo valor da dívida, juros e multa de mora e encargos
indicados na Certidão de Dívida Ativa, o executado poderá:
I - efetuar depósito em dinheiro, à ordem do Juízo em estabelecimento oficial de crédito, que
assegure atualização monetária;
II - oferecer fiança bancária ou seguro garantia; (Redação dada pela Lei nº
13.043, de 2014)
III - nomear bens à penhora, observada a ordem do artigo 11; ou
IV - indicar à penhora bens oferecidos por terceiros e aceitos pela Fazenda Pública.
Lei 8.397/92 - Art. 2º A medida cautelar fiscal poderá ser requerida contra o sujeito passivo
de crédito tributário ou não tributário, quando o devedor: (Redação dada pela Lei nº 9.532, de
1997) (Produção de efeito)
V - notificado pela Fazenda Pública para que proceda ao recolhimento do crédito fiscal:
b) põe ou tenta por seus bens em nome de terceiros.
VII - aliena bens ou direitos sem proceder à devida comunicação ao órgão da Fazenda Pública
competente, quando exigível em virtude de lei; (Incluído pela Lei nº 9.532, de 1997) (Produção
de efeito)
LETRA A
Sobre a cobrança judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública, assinale a alternativa correta.
A) A inscrição do débito em dívida ativa será feita pelo órgão competente para apurar a liquidez e
certeza do crédito e interrompe a prescrição, para todos os efeitos de direito, por 120 dias.
B) A Certidão de Dívida Ativa conterá os mesmos elementos do Termo de Inscrição, dispensada a
autenticação pela autoridade competente.
C) A Dívida Ativa regularmente inscrita goza da presunção absoluta de certeza e liquidez.
D) A competência para processar e julgar a execução da Dívida Ativa da Fazenda Pública exclui a de
qualquer outro Juízo, exceto o da falência, da concordata, da liquidação, da insolvência ou do
inventário.
E) A decretação da indisponibilidade de bens e direitos, na forma do Código Tributário Nacional,
pressupõe o exaurimento das diligências na busca por bens penhoráveis.
COMENTÁRIOS:
86
DIREITO DO TRABALHO
META 09
A - ERRADA. Art. 2º,§ 3º da Lei nº 6.830/80 - A inscrição, que se constitui no ato de controle
administrativo da legalidade, será feita pelo órgão competente para apurar a liquidez e certeza do
crédito e suspenderá a prescrição, para todos os efeitos de direito, por 180 dias, ou até a
distribuição da execução fiscal, se esta ocorrer antes de findo aquele prazo.
B – ERRADA. Art. 2º, § 6º da Lei nº 6.830/80 - A Certidão de Dívida Ativa conterá os mesmos
elementos do Termo de Inscrição e será autenticada pela autoridade competente.
C – ERRADA. Art. 3º da Lei nº 6.830/80 - A Dívida Ativa regularmente inscrita goza da presunção
de certeza e liquidez.
Parágrafo Único - A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser ilidida por prova
inequívoca, a cargo do executado ou de terceiro, a quem aproveite.
GABARITO: E
Em sede de execução fiscal, conforme disciplinada pela Lei no 6.830/80, a arrematação será
precedida de edital, afixado no lugar de costume, na sede do Juízo, e publicado em resumo, uma só
vez, gratuitamente, como expediente judiciário, no órgão oficial. O prazo entre as datas de publicação
do edital e do leilão não poderá ser superior a __________ , nem inferior a ________ dias. As lacunas
do texto devem ser preenchidas, respectivamente, com:
A) 10 … 5
B) 15 … 5
C) 20 … 10
D) 30 … 10
E) 60 … 30
COMENTÁRIOS:
87
DIREITO DO TRABALHO
META 09
Art. 22 - A arrematação será precedida de edital, afixado no local de costume, na sede do
Juízo, e publicado em resumo, uma só vez, gratuitamente, como expediente judiciário, no órgão
oficial.
§ 1º - O prazo entre as datas de publicação do edital e do leilão não poderá ser superior
a 30 (trinta), nem inferior a 10 (dez) dias.
GABARITO: D
A respeito da cobrança judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública, é correto afirmar, com base na
Lei n° 6.830/1980, que
A) em qualquer fase do processo, será deferida pelo Juiz ao executado a substituição da penhora por
depósito em dinheiro, fiança bancária ou seguro garantia.
B) o executado oferecerá embargos, no prazo de 15 (quinze) dias, contados do depósito; da juntada
da prova da fiança bancária; ou da intimação da penhora.
C) são admissíveis embargos do executado antes de garantida a execução, quando se tratar de dívida
ativa não tributária.
D) recebidos os embargos, o Juiz mandará intimar a Fazenda, para impugná-los no prazo de 15
(quinze) dias, designando, em seguida, audiência de instrução e julgamento.
E) na execução fiscal, qualquer intimação ao representante judicial da Fazenda Pública será feita por
meio de correio ou edital.
COMENTÁRIOS:
B – ERRADA. Art. 16. O executado oferecerá embargos, no prazo de 30 (trinta) dias, contados:
I - do depósito;
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DIREITO DO TRABALHO
META 09
C – ERRADA. Art. 16. (...)
D – ERRADA. Art. 17. Recebidos os embargos, o Juiz mandará intimar a Fazenda, para impugná-
los no prazo de 30 (trinta) dias, designando, em seguida, audiência de instrução e julgamento.
GABARITO: A
A) os sucessores do devedor.
B) o fiador do devedor.
C) o avalista do devedor.
D) o espólio do devedor.
E) a massa.
COMENTÁRIOS
I - o devedor;
II - o fiador;
III - o espólio;
IV - a massa;
V - o responsável, nos termos da lei, por dívidas, tributárias ou não, de pessoas físicas ou pessoas
jurídicas de direito privado; e
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DIREITO DO TRABALHO
META 09
LETRA C
Uma pessoa jurídica recebeu um mandado de citação relativa a uma execução fiscal, com ordem para
pagar, em até cinco dias, débitos de ICMS já inscritos em dívida ativa. Como não houve o pagamento
tempestivo, foi ordenada a penhora de bens.
Nessa situação hipotética, considerando-se a jurisprudência do STJ, o prazo para a apresentação dos
embargos à execução fiscal deve ser contado a partir
COMENTÁRIOS
LETRA D
Sobre a execução fiscal, à luz do disposto na Lei de Execução fiscal (Lei nº 6.830/1980) e do
entendimento sumulado pelo STJ, é correto afirmar que:
A) Em ações de execução fiscal, é desnecessária a instrução da petição inicial com o demonstrativo
de cálculo do débito, por tratar-se de requisito não previsto no Art. 6º da Lei nº 6.830/1980.
B) Em ações de execução fiscal, a petição inicial pode ser indeferida sob o argumento da falta de
indicação do CPF e/ou RG ou CNPJ da parte executada.
C) Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal,
sem comunicação aos órgãos competentes. Contudo, o redirecionamento da execução fiscal para o
sócio-gerente exige prova de abuso da personalidade jurídica.
D) A citação por edital não é admissível na execução fiscal.
E) A exceção de pré-executividade não é admissível na execução fiscal.
COMENTÁRIOS
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DIREITO DO TRABALHO
META 09
A) Em ações de execução fiscal, é desnecessária a instrução da petição inicial com o demonstrativo
de cálculo do débito, por tratar-se de requisito não previsto no art. 6º da Lei n. 6.830/1980.
CORRETO
Súmula 559-STJ: Em ações de execução fiscal, é desnecessária a instrução da petição inicial com
o demonstrativo de cálculo do débito, por tratar-se de requisito não previsto no art. 6º da Lei nº
6.830/1980.
B) Em ações de execução fiscal, a petição inicial pode ser indeferida sob o argumento da falta de
indicação do CPF e/ou RG ou CNPJ da parte executada. ERRADO
Súmula 558-STJ: Em ações de execução fiscal, a petição inicial não pode ser indeferida sob o
argumento da falta de indicação do CPF e/ou RG ou CNPJ da parte executada.
Súmula 435-STJ: Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu
domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da
execução fiscal para o sócio-gerente.
ENUNCIADO 53 - ENFAM
ENUNCIADO 20 - FONEF
SÚMULA N. 414 - STJ: A citação por edital na execução fiscal é cabível quando frustradas as
demais modalidades.
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DIREITO DO TRABALHO
META 09
LETRA A
Caio, administrador e sócio da sociedade empresária limitada Empório da Carne Ltda., atuante no
ramo de compra e venda de produtos alimentícios, deixou de pagar o ICMS da referida pessoa
jurídica, o que levou ao ajuizamento da ação de execução fiscal competente.
Não encontrados bens em nome da pessoa jurídica, a mesma foi redirecionada para Caio, que
dolosamente, após o ajuizamento da execução fiscal, alienou seus bens para Clóvis, seu irmão.
A) Em face da natureza jurídica do crédito tributário, a simples alienação de bens pelo sujeito passivo,
por quantia inscrita em dívida ativa, sem a reserva de meios para quitação do débito, gera presunção
absoluta de fraude à execução.
B) O juiz não pode determinar a indisponibilidade de bens e direitos na hipótese de o devedor
tributário, devidamente citado, não pagar nem apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem
encontrados bens penhoráveis.
C) Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito
passivo em débito para com a Fazenda Pública por crédito tributário regularmente inscrito como
dívida ativa desde que já em fase de execução.
D) A caracterização de má-fé do terceiro adquirente, ou mesmo a prova do conluio é necessária para
caracterização da fraude à execução.
COMENTÁRIOS
a) CORRETA. "Conclui-se que, à luz do disposto no art. 185 do CTN, deve ser mantida a tese
firmada pelo acórdão embargado, segundo a qual, diante da entrada em vigor da LC 118/2005, o
simples fato de a oneração ou alienação de bens, rendas ou direitos ocorrer após a inscrição da
dívida ativa de crédito tributário, sem reservas de quantia suficiente à quitação do débito, gera
presunção de fraude à execução, sendo irrelevante a prova do concilium fraudis, visto que, nessa
hipótese, a presunção é jure et de jure (presunção absoluta), mesmo no caso da existência de
sucessivas alienações". STJ - EDcl no REsp 1141990/PR.
b) Incorreta. Art. 185-A, CTN. Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar
nem apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem encontrados bens penhoráveis, o juiz
determinará a indisponibilidade de seus bens e direitos, comunicando a decisão,
preferencialmente por meio eletrônico, aos órgãos e entidades que promovem registros de
transferência de bens, especialmente ao registro público de imóveis e às autoridades supervisoras
do mercado bancário e do mercado de capitais, a fim de que, no âmbito de suas atribuições, façam
cumprir a ordem judicial.
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DIREITO DO TRABALHO
META 09
c) Incorreta. Art. 185, CTN. Presume fraudulenta alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu
começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário
regularmente inscrito como dívida ativa.
LETRA A
COMENTÁRIOS
Art. 8º - O executado será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, pagar a dívida com os juros e
multa de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, ou garantir a execução,
observadas as seguintes normas: I - a citação será feita pelo correio, com aviso de recepção, se a
Fazenda Pública não a requerer por outra forma; II - a citação pelo correio considera-se feita na
data da entrega da carta no endereço do executado, ou, se a data for omitida, no aviso de recepção,
10 (dez) dias após a entrega da carta à agência postal; III - se o aviso de recepção não retornar no
prazo de 15 (quinze) dias da entrega da carta à agência postal, a citação será feita por Oficial de
Justiça ou por edital;
Art. 16. § 1º - Não são admissíveis embargos do executado antes de garantida a execução.
Entendimento do STJ: O juiz não pode indeferir a petição inicial em ação de execução fiscal com o
argumento de que não houve indicação do CPF ou RG da parte executada.
LETRA D
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