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META 01
PREPARAÇÃO PGE/PGM
DIREITO TRIBUTÁRIO – META 01
SUMÁRIO
SUMÁRIO ........................................................................................................................................................................... 3
D. TRIB - META 01 ........................................................................................................................................................... 5
QUAL DEVE SER O FOCO? ....................................................................................................................................................... 5
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................................... 5
1.1. Atividade financeira do Estado .................................................................................................................................... 5
1.2. Finalidade dos tributos ................................................................................................................................................... 6
2. TRIBUTOS ................................................................................................................................................................................... 6
2.1. Elementos do conceito de tributo: .............................................................................................................................. 7
3. TRIBUTOS EM ESPÉCIE ......................................................................................................................................................... 8
3.1. Impostos .............................................................................................................................................................................. 8
3.2. Taxas ................................................................................................................................................................................. 12
3.3. Contribuição de Melhoria ............................................................................................................................................ 24
3.4. Empréstimos compulsórios ........................................................................................................................................ 28
3.5. Contribuições .................................................................................................................................................................. 30
QUESTÕES PROPOSTAS ....................................................................................................................................................... 41
JURISPRUDÊNCIA DO TEMA - DIZER O DIREITO ................................................................................................. 50
É admissível o cálculo das custas judiciais com base no valor da causa, considerando que se respeita a
correlação com o custo da atividade prestada, e desde que haja a definição de valores mínimo e máximo 50
É constitucional a instituição de taxa pela qual observada equivalência razoável entre o valor exigido do
contribuinte e os custos referentes ao exercício do poder de polícia, nos termos do art. 145, II, da CF/88. 50
É inconstitucional a criação de taxa de combate a incêndios ...................................................................................... 51
É inconstitucional lei estadual que cria taxa de fiscalização da exploração de recursos hídricos na qual o
valor cobrado é muito superior em relação ao custo da atividade estatal relacionada ...................................... 51
Estados podem instituir taxa de polícia por expedição de atestados de idoneidade para porte de arma de
fogo ................................................................................................................................................................................................. 51
Isenção da taxa de registro de arma de fogo não se aplica para policiais rodoviários federais aposentados
.......................................................................................................................................................................................................... 52
Inconstitucionalidade de taxa de combate a sinistros instituída por lei municipal ............................................... 52
Base de cálculo da taxa municipal de fiscalização e funcionamento ........................................................................ 53
Princípio da legalidade tributária e lei que delega a fixação do valor da taxa para ato infralegal, desde que
respeitados os parâmetros máximos ................................................................................................................................... 53
Serviço de iluminação pública não é remunerado por taxa .......................................................................................... 54
Valor da taxa deve estar relacionado com o custo do serviço que as motiva ........................................................ 54
Taxa de desarquivamento de processos findos ............................................................................................................... 55
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D. TRIB - META 01
TEMA DO DIA
Tributo. Conceito. Natureza jurídica. Espécies. Imposto. Taxa. Contribuição de melhoria. Empréstimo
compulsório. Contribuições
2. Taxa de polícia
1. INTRODUÇÃO
O Estado existe para a consecução do bem comum. Para atingir tal mister, precisa obter
recursos financeiros, o que faz, basicamente, de duas formas. Para obter receitas originárias, o Estado
se despe das tradicionais vantagens que o regime jurídico de direito público lhe proporciona e, de
somente se obriga a pagar o aluguel porque manifesta sua vontade ao assinar o contrato, não
Na obtenção de receitas derivadas, o Estado, agindo como tal, utiliza-se das suas prerrogativas
de direito público, edita uma lei obrigando o particular que pratique determinados atos ou se ponha
em certas situações a entregar valores aos cofres públicos, independentemente de sua vontade.
Como exemplo, aquele que auferiu rendimento será devedor do imposto sobre a renda e proventos
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DIREITO TRIBUTÁRIO – META 01
Existem tributos cuja finalidade principal é fiscal, ou seja, arrecadar, carrear recursos para os
cofres públicos (ex.: ISS, ICMS, IR etc.). Há tributos, contudo, que têm por finalidade precípua intervir
numa situação social ou econômica. É a finalidade extrafiscal (como nos exemplos citados, no IOF,
no IE, no ITR, etc). Ao lado dessas duas finalidades (fiscal e extrafiscal), a doutrina cita uma terceira,
A diferença reside no fato de a lei tributária nomear sujeito ativo diverso da pessoa que a
objetivos. Como exemplo, podem ser citadas as contribuições previdenciárias, que, antes da criação
da Secretaria da Receita Previdenciária (hoje parte da Receita Federal do Brasil), eram cobradas pelo
INSS (autarquia federal), que passava a ter, também, a disponibilidade dos recursos auferidos. Tem-
No concurso da PGM São José do Rio Preto - SP (VUNESP - 2019), o tema foi cobrado
da seguinte forma:
A) fiscalidade.
B) extrafiscalidade.
C) parafiscalidade.
D) seletividade.
E) essencialidade.
2. TRIBUTOS
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art. 3º do CTN.
valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída
OBSERVAÇÃO:
• Prestação que não constitui sanção de ato ilícito – nesse ponto reside a diferença
discricionariedade ao administrador.
OBSERVAÇÃO:
Luciano Amaro define tributo como “a prestação pecuniária não sancionatória de ato ilícito,
instituída em lei e devida ao Estado ou a entidades não estatais de fins de interesse público”.
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3. TRIBUTOS EM ESPÉCIE
O CTN, no seu artigo 5º, dispõe que os tributos são impostos, taxas e contribuição de melhoria,
claramente adotando a teoria da tripartição das espécies tributárias. Ao se deparar com o tema, o
art. 145, para declarar que são competentes para instituí-los a União,
3.1. Impostos
É tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer
atividade estatal específica (é não-vinculado). Ou seja, são, por definição, tributos não vinculados
que incidem sobre manifestações de riqueza do sujeito passivo (devedor), sustentando-se na ideia
de solidariedade social.
É tributo UNILATERAL, desvinculado de qualquer atividade estatal. É assim chamado por ser
um tributo sem causa ou contraprestação. Assim, conforme decidiu o STJ: o contribuinte NÃO pode
obrigar o Município a realizar certa obra ou serviço sob a alegação de que teria pago o IPTU.
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Além de serem tributos não vinculados, são tributos de arrecadação não vinculada. Assim, a
receita dos impostos visa custear as despesas públicas gerais ou universais (uti universi), como
A receita NÃO se atrela a órgão, fundo ou despesa: NÃO se pode majorar um imposto e
vincular tal aumento a uma dada finalidade, sob pena de inconstitucionalidade (o conjunto de
contragarantias);
com a União
Não se pode majorar um imposto e vincular tal aumento a uma finalidade específica, sob pena
de inconstitucionalidade.
cada ente federado. Entretanto, a União pode instituir, mediante LEI COMPLEMENTAR, novos
impostos, desde que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo
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I – impostos; (…)
criação.
Logo, conclui-se que a lista de situações materiais que ensejam a incidência de impostos da
Além disso, o art. 146, III, a, da CF/88 exige que LEI COMPLEMENTAR de caráter nacional
a) Diretos e indiretos:
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a) Diretos: A carga econômica é suportada pelo contribuinte e NÃO repercute para terceiros.
b) Indiretos: O ônus tributário repercute sobre terceira pessoa (contribuinte de fato), NÃO se
b) Pessoais e reais:
• Reais: Consideram a matéria tributária (o próprio bem ou coisa), sem cogitar das condições
c) Fiscais e extrafiscais:
1) Fiscais: Possuem intuito nitidamente arrecadatório. Ex: IR, ITBI, ITCMD, ISS.
2) Extrafiscais: Finalidade reguladora de mercado ou da economia. Ex: II, IE, IPI, IOF.
No concurso da PGM JUNDIAÍ (VUNESP - 2019), o tema foi cobrado da seguinte forma:
b) Proporcionais: utilizam uma alíquota única sobre uma base tributável variável. Não está
ICMS, IPI.
OBSERVAÇÃO:
De acordo com o art. 145, § 1.º, da CF, sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal
contribuinte.
3.2. Taxas
3.2.1. Definição:
É tributo vinculado à ação estatal, uma contraprestação direta, e NÃO está relacionado à
sinalagmática.
Luciano Amaro: O fato gerador da taxa NÃO é um fato do contribuinte, mas um FATO DO
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Art. 77, CTN. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito
3.2.2. Competência
No plano competencial tributário (competência comum), a taxa pode ser exigida por U, E, M e
DF, NÃO se admitindo em face de atividade privada. É chamada de “competência comum” pela
doutrina. O ente competente para instituir e cobrar a taxa é aquele que presta o respectivo serviço
Será exigida em razão de atos de polícia realizados pela Administração Pública, cuja
fundamentação é o princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado. Para que
seja possível a cobrança de taxas, o exercício do poder de polícia precisa ser regular, ou seja,
desempenhado em consonância com a lei, com obediência ao princípio do devido processo legal e
sem abuso ou desvio de poder (CTN, art. 78, parágrafo único). Em seu art. 78, o CTN conceitua poder
de polícia:
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Suponha que tenha sido editado decreto do Chefe do Executivo majorando, acima da
defasagem inflacionária, a partir da respectiva edição, o valor cobrado pelo órgão de
trânsito do Estado para custear: i) expedição de Carteira Nacional de Habilitação-CNH e ii)
registro de alienação fiduciária e outros gravames incidentes sobre veículo, por solicitação
de instituições financeiras. Referido decreto foi contestado, sob o argumento de
desobediência do princípio da reserva legal, da anterioridade e pela não observância do
prazo de 90 dias para cobrança dos novos valores (noventena), sustentando-se que ambas
as atividades somente podem ser remuneradas mediante instituição de taxas. A análise
jurídica da questão posta deve considerar que
A) tanto taxas como preços públicos necessitam de lei para instituição ou majoração,
porém apenas a taxa sujeita-se ao princípio da anterioridade, sendo a majoração do preço
público sujeita apenas à observância da noventena, o que denota inviabilidade jurídica
total da edição de decreto, para o item i, e a inadequação da vigência imediata, para o item
ii.
B) atividades prestadas como expressão do exercício de poder de polícia ensejam a
cobrança de taxa, que somente pode ser instituída ou majorada por lei com vigência para
o exercício subsequente e observada a noventena, podendo-se concluir pela evidente
inadequação da via eleita para a majoração indicada no item i.
C) quaisquer atividades estatais cujo custo possa ser individualizado são passíveis de
cobrança mediante preço público, cabendo a cobrança de taxa somente para custeio de
serviços não passíveis de fruição individual, o que denota a ausência de qualquer
inadequação na via eleita.
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OBSERVAÇÃO:
Polícia administrativa não se confunde com polícia judiciária. A primeira incide sobre bens,
O STF entendia que o exercício regular do poder de polícia era o policiamento efetivo, concreto
ou real. Porém, posteriormente alterou o seu entendimento, de modo que o simples fato de existir
Quanto aos casos em que o procedimento fiscalizatório é cíclico, devendo ser renovado em
dada periodicidade, o STF tem entendido que deve haver a repetição concreta da atividade
fiscalizadora, como condição à exigência da taxa renovável. No entanto, o STF vem admitindo a
funcionamento de estabelecimentos comerciais e similares, desde que haja órgão administrativo que
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fiscalização dos mercados de títulos e valores mobiliários pela CVM, taxa de controle e fiscalização
ambiental (TCFA), taxas para o FUNDAF (STF/STJ entenderam ser taxa, e não preço público).
mobiliários (Súmula 665), a taxa de fiscalização e controle dos serviços públicos delegados (ADI
poder de polícia.
que se caracterizam pela divisibilidade e especificidade (serviços uti singuli). Serviço público
No que se refere às taxas cobradas pela utilização, efetiva ou potencial, de serviço público
específico e divisível prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição, é correto afirmar
que tais serviços consideram-se
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A) efetivamente utilizados pelo contribuinte quando por ele usufruídos a qualquer título.
B) potencialmente utilizados pelo contribuinte, quando, sendo de utilização compulsória,
por ele usufruídos a qualquer título.
C) específicos, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos
seus usuários.
D) divisíveis, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de
utilidade, ou de necessidades específicas.
E) indivisíveis quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à disposição do
contribuinte mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento.
se:
funcionamento;
Constituição Federal.
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Súmula 670 STF - O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado
mediante taxa.
b. Limpeza pública – Note que se for “coleta domiciliar de lixo”, pode ser cobrada por taxa
municipal, por serem suscetíveis de utilização, de modo separado, por cada usuário;
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A base de cálculo da taxa adstringe-se ao custo da atividade estatal respectiva. NÃO pode
haver integral identidade entre a base de cálculo das taxas com a dos impostos. No entanto, é
determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma
base e outra.
Art. 145, § 2º, CF: As taxas não poderão ter base de cálculo própria de
impostos.
Art. 77, § único, CTN: A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador
territorial rural”.
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https://youtu.be/NzYao6L1hzo
Segundo o STF (ARE 990914/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 20/6/2017), as taxas municipais de
fiscalização e funcionamento não podem ter como base de cálculo o número de empregados ou ramo
exercício do poder de polícia, sem pertinência quanto ao aspecto material da hipótese de incidência.
serviço ou exercício do poder de polícia e, por isso, não pode fixar a base de cálculo usando como
critério sinais presuntivos de riqueza do contribuinte. O valor das taxas deve estar relacionado com
Por seu turno, a taxa de fiscalização e funcionamento pode ter como base de cálculo a área de
OBSERVAÇÕES:
1) - Deve haver equivalência razoável entre o valor pago e o custo da atividade estatal.
2) - Segundo o STF (RE 838284/SC, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 06/10/2016), não viola a
legalidade tributária a lei que, prescrevendo o teto, possibilita o ato normativo infralegal fixar
o valor de taxa em proporção razoável com os custos da atuação estatal, valor esse que não
pode ser atualizado por ato do próprio conselho de fiscalização em percentual superior aos
3) - Taxa de coleta de lixo: Há certas taxas instituídas com base na dimensão da área
construída do imóvel beneficiado. Para o STF, a sistemática é válida, pois o cálculo com base
na metragem do imóvel NÃO implica por si só identidade com a base de cálculo do imposto.
Havendo taxa de fiscalização calculada pela extensão da obra, tal situação é perfeitamente
possível.
4) - STF: As custas e emolumentos, por serem taxa, só podem ser fixadas por lei, em
face do princípio da reserva legal, para instituir ou aumentar tributo. As custas processuais e
podendo ser exigidas com base no valor da causa ou da condenação, desde que submetida
a um limite. (Súmula 667, STF: “Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa
gerador pela União e pelos Estados, pois ambos têm competência para exercer a fiscalização
sendo consideradas atividades de segurança pública, nos termos do art. 144, V e § 5º da CF/88.
A segurança pública é atividade essencial do Estado e, por isso, é sustentada por meio de
impostos (e não por taxa). Desse modo, não é possível que, a pretexto de prevenir sinistro
relativo a incêndio, o Município venha a se substituir ao Estado, com a criação de tributo sob o
rótulo de taxa. Tese fixada pelo STF: “A segurança pública, presentes a prevenção e o combate
Município a criação de taxa para tal fim.” STF. Plenário. RE 643247/SP, Rel. Min. Marco Aurélio,
8) STF: A taxa, enquanto contraprestação a uma atividade do Poder Público, não pode
superar a relação de razoável equivalência que deve existir entre o custo real da atuação
estatal referida ao contribuinte e o valor que o Estado pode exigir de cada contribuinte,
O sujeito ativo é uma pessoa jurídica O sujeito ativo pode ser uma pessoa
direito privado.
tributários.
cobrado pelo Poder Público pela utilização de vias por ele conservadas. Se
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DIREITO TRIBUTÁRIO – META 01
- Há corrente que ainda defende que a natureza jurídica irá depender da existência
ou não de uma via alternativa para locomoção: Inexistindo a via, a passagem seria
aos princípios tributários. Ademais, definiu o STF pela não necessidade de existência
de uma via alternativa, sem que isto retire a natureza de tarifa do pedágio.
OBSERVAÇÃO:
STF e STJ - contraprestação cobrada por concessionárias de serviço público de água e esgoto =
NÃO é possível instituir taxa de iluminação pública, por não se tratar de serviço específico e
divisível:
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DIREITO TRIBUTÁRIO – META 01
STF: A COSIP é contribuição de caráter sui generis, em que podem ser eleitos contribuintes os
consumidores de energia elétrica, a base de cálculo pode ser definida conforme o consumo e, ainda,
NÃO é aplicada à COSIP a anterioridade do art. 195, §4º CF, mas obedece à anual e
nonagesimal.
3.3.1. Definição
É o poder impositivo de exigir o tributo dos proprietários de bens imóveis valorizados com a
realização de obras públicas. É tributo vinculado, de competência comum (U, E, DF, M). O fato
gerador da contribuição de melhoria não é a realização da obra, mas sim sua consequência, a
valorização imobiliária.
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DIREITO TRIBUTÁRIO – META 01
imobiliária dos contribuintes, de forma que a base de cálculo do tributo será exatamente o valor
acrescido, ou seja, a diferença entre os valores inicial e final do imóvel beneficiado. Assim, para efeito
• NÃO se confunde com taxa, pois pressupõe obra pública E valorização do imóvel, e não um
serviço público.
OBSERVAÇÃO:
3.3.2. Elementos
B) Necessidade de que a valorização ocorra sobre bens imóveis: Deve haver a valorização do imóvel
de propriedade privada em virtude de obras públicas. O Decreto-Lei 195/67 traz o rol de obras
OBSERVAÇÃO:
O fato gerador da contribuição de melhoria é instantâneo, com pagamento único, devendo ser
STF: a realização de pavimentação na rua, suscetível de valorizar o imóvel, pode justificar a cobrança
de contribuição de melhoria, o que não acontece com o mero recapeamento da via pública já
asfaltada.
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A) Limite global (total): É o teto de cobrança, NÃO se podendo admitir arrecadação acima do custo
da obra;
B) Limite individual: É ilícita a cobrança sobre cada um em montante superior à mais-valia imobiliária
ATENÇÃO: Além do limite individual e total, o art. 12 do DL 195/67 prevê que a parcela anual paga
pelo contribuinte NÃO pode exceder 3% do maior valor fiscal de seu imóvel, atualizado à época da
cobrança.
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DIREITO TRIBUTÁRIO – META 01
d) a contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da parcela do custo da
obra (…) pelos imóveis situados na zona beneficiada em função dos respectivos fatores
melhoria.
A) 15 dias.
B) 30 dias.
C) 60 dias.
D) 120 dias.
E) 180 dias.
da área remanescente não desapropriada em decorrência de obra ou serviço público, dispõe o Estado
de três instrumentos legais para evitar que a mais valia, decorrente da iniciativa estatal, locuplete
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DIREITO TRIBUTÁRIO – META 01
3.4.1. Definição:
perante as demais, cuja diferença específica encontra-se na sua restituibilidade. São tributos de
arrecadação vinculada. O parágrafo único do art. 15 do CTN exige que a lei instituidora do
empréstimo compulsório fixe o prazo e as condições de resgate. Assim, a tributação não será
Devem ser instituídos por lei complementar e a competência é exclusiva da União, ainda que
haja catástrofe em apenas 01 Município ou Estado, NÃO se exigindo que o cataclismo tenha
Art. 15, CTN. Somente a União, nos seguintes casos excepcionais, pode
Lei.
https://youtu.be/9XCnP-G2-nc
Helton Kramer
iminência:
b. Guerra externa: conflito armado internacional, NÃO podendo ser iniciado pelo
No concurso da PGM CAMPO GRANDE (CESPE - 2019), o tema foi cobrado da seguinte
forma:
Acerca do disposto pelo Sistema Tributário Nacional, julgue o item seguinte, considerando
o entendimento doutrinário e jurisprudencial.
OBSERVAÇÃO:
anterioridade;
3.5. Contribuições
3.5.1. Definição
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DIREITO TRIBUTÁRIO – META 01
Tributos cujo produto de suas arrecadações deve ser para financiar atividades de interesse
receita). A contribuição NÃO se confunde com imposto, pois enquanto este apoia-se no poder de
natureza específica, para impostos e contribuições sociais, razão pela qual é possível cobrar IRPJ e
CSLL.
Dispõe o art. 149 da CF ser competência EXCLUSIVA da União a instituição das contribuições
ali delineadas:
nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e
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PREPARAÇÃO PGE/PGM
DIREITO TRIBUTÁRIO – META 01
103, de 2019)
De acordo com o Supremo Tribunal Federal, os valores recolhidos pelas empresas para as
instituições do chamado Sistema S têm natureza jurídica de
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DIREITO TRIBUTÁRIO – META 01
1. Contribuições sociais;
NOTE
Municípios podem instituir contribuição de seus servidores para custeio, em benefício destes, do
OBSERVAÇÃO:
econômico não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação. No entanto, incidem sobre a
importação.
entendimento do STF, essa subespécie ainda está sujeita a mais uma subdivisão.
• Contribuições de seguridade social. Ex: PIS, COFINS, CSLL. Objetivam custear a previdência
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Súmula 659, STF - É legítima a cobrança da Cofins, do PIS e do Finsocial sobre as operações
minerais do país.
empregador e a empresa.
• Outras contribuições sociais (residuais e instituídas por Lei Complementar). São instituídas
pela União, devem respeitar o princípio da não cumulatividade, não podem ter seu fato
• Contribuições sociais gerais - salário educação + sistema S + Contribuição do FGTS (LC 110).
São de competência da União, regidas pelo mesmo regime jurídico das demais contribuições,
sujeitam-se de forma integral ao regime constitucional tributário, são instituída por lei
outros campos sociais, e só podem incidir sobre uma única base econômica por contribuinte.
a Carta de 1969, seja sob a Constituição Federal de 1988, e no regime da Lei 9.424/1996.
O STF entende que a exigência de inovação quanto a base de cálculo e fato gerador,
só existe dentro da mesma espécie tributária, ou seja, um novo imposto deve possuir
base de cálculo e fato gerador diferentes daqueles que servem para incidências de
impostos já existentes. Já uma nova contribuição só pode ser criada se o seu fato
contribuições já criadas.
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DIREITO TRIBUTÁRIO – META 01
possível instituir contribuição corporativa por lei ordinária, já que está prevista na
Constituição Federal.
ATENÇÃO:
respectivamente. Com a CF/88 ficou estabelecido que iriam financiar o programa do seguro-
extrafiscal. A competência é exclusiva da União, e seu exercício, por NÃO estar sujeito à reserva de
lei complementar, pode se dar na via de lei ordinária ou da medida provisória. Tem propósito
das CIDEs.
Dica
A CIDE-Combustível é a única com fato gerador previsto na Constituição Federal, no Art. 177
§ 4º.
Segundo o art. 149, § 2º, I, II e III, CF, aplicam-se às CIDEs e às contribuições sociais as
seguintes regras:
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DIREITO TRIBUTÁRIO – META 01
corporativas: São criadas pela União com o objetivo parafiscal de obter recursos destinados a
profissionais ou econômicas.
finalidade parafiscal, uma vez que o Estado cria o tributo por lei e atribui o produto de sua
arrecadação a uma terceira pessoa que realiza atividade de interesse público. Ex. CREA, CRM.
- Em sede de repercussão geral, o STF (RE 704292/PR, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 19/10/2016)
entendeu que é inconstitucional, por ofensa ao princípio da legalidade tributária, lei que
ou majorar, sem parâmetro legal, o valor das contribuições de interesse das categorias
ademais, a atualização desse valor pelos conselhos em percentual superior aos índices
legalmente previstos.
ATENÇÃO:
O STF entendeu que a OAB NÃO é autarquia, mas entidade sui generis, serviço
existentes no direito brasileiro. Visto que realiza a defesa da democracia, pois suas
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DIREITO TRIBUTÁRIO – META 01
em 27/04/2020).”
quinquenal previsto no art. 206, § 5º, I, do Código Civil de 2002, uma vez
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PREPARAÇÃO PGE/PGM
DIREITO TRIBUTÁRIO – META 01
OBSERVAÇÃO:
Exceções: CIDE-Combustível, que não precisa respeitar a anterioridade anual quanto à redução e ao
noventena apenas.
ATENÇÃO:
anuência prévia, os quais devem arcar com o montante equivalente a um dia de trabalho.
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DIREITO TRIBUTÁRIO – META 01
liberal, para que seja realizado o desconto da contribuição sindical em favor do sindicato (arts. 579
art.578 e seguintes da CLT, com amparo no art. 8º, IV, da CF. Até 2017,
contribuição sindical.
- Voluntária - Voluntária
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DIREITO TRIBUTÁRIO – META 01
tributários tributários.
respectivo”).
Segundo entendimento do STF, o tributo não se confunde com um imposto, porque sua receita
se destina a finalidade específica, nem com uma taxa, por não exigir a contraprestação
Referências Bibliográficas:
QUESTÕES PROPOSTAS
COMENTÁRIOS
CF – Art. 195, § 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou
expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.
Art. 154. A União poderá instituir:
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-
cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta
Constituição;
Letra E
Define-se como imposto o tributo cuja obrigação tem por fato gerador situação vinculada a uma
atividade estatal específica dirigida ao contribuinte.
COMENTÁRIOS
CTN - Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente
de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
Letra E
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DIREITO TRIBUTÁRIO – META 01
COMENTÁRIOS
É possível perceber manifestações bem contundentes do federalismo cooperativo no subsistema
constitucional tributário.
A primeira e, quiçá, mais clara dessas manifestações encontra-se inserta no artigo 24, caput, inciso
I e parágrafo 1o, da Lei Maior, que versa sobre a designada competência legislativa concorrente,
ao estabelecer que compete à União, aos Estados-membros e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre direito tributário. O §1º do referido dispositivo magno, entretanto, giza
que “No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer
normas gerais” (§1º). Na hipótese de inércia da União quanto à elaboração das normas gerais,
poderão os Estados e o Distrito Federal exercer a competência legislativa plena (art. 24, caput, c/c
o art. 32, §1º, CF/88).
Conforme comentado anteriormente, o federalismo cooperativo opõe-se ao chamado federalismo
dual, pois não se baseia “na noção de dois campos de poder mutuamente exclusivos,
reciprocamente limitadores” (SCHWARTZ, 1984, p. 26), caracterizando-se, na feliz definição de
André Ramos Tavares (2007, 956), como um “modelo de margens difusas”.
O que se vê na competência legislativa concorrente, preconizada no artigo 24 da Constituição
Federal, é justamente o sobredito modelo de margens difusas. A Carta Magna conferiu a cada
pessoa política competência tributária privativa para instituir tributos, em abstrato, mediante lei,
como decorrência da autonomia político-administrativa delineadora do pactum foederis. Porém,
conferiu à União o poder político de estabelecer normas gerais em matéria tributária, ditando as
diretrizes nacionais para o exercício da competência tributária por parte dos entes que compõem
a federação, condicionando a validade de suas leis, residindo aí, justamente, a manifestação do
federalismo cooperativo.
Nesta senda, dispõe o artigo 146, inciso III, da Lei Maior, que cabe à União, mediante lei
complementar, estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, em especial, sobre
“a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados
42
PREPARAÇÃO PGE/PGM
DIREITO TRIBUTÁRIO – META 01
No que diz respeito ao Sistema Tributário Nacional, entende o STF ser constitucional a adoção, no
cálculo do valor de uma taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado
imposto, desde que as duas bases de cálculo — a da taxa e a do imposto — não sejam totalmente
idênticas.
COMENTÁRIOS
Súmula Vinculante 29 - É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais
elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral
identidade entre uma base e outra.
CF – Art. 145, § 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
Letra C
Em referência às noções básicas de tributos e de seu tratamento contábil, julgue o item a seguir.
Os impostos somente podem ser cobrados mediante atividade plenamente vinculada, embora seja
vedado destinar o produto de sua arrecadação a finalidade específica, ressalvadas as autorizações
previstas na legislação.
COMENTÁRIOS
CTN - Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se
possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada.
CF - Art. 167. São vedados:
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do
produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de
recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do
ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado,
respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de
crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste
artigo;
Letra C
A taxa é a espécie de tributo cuja obrigação tributária tem por fato gerador uma situação que
independe de vinculação entre atividade estatal específica e o contribuinte.
COMENTÁRIOS
CTN - Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular
do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de
qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
Letra E
44
PREPARAÇÃO PGE/PGM
DIREITO TRIBUTÁRIO – META 01
COMENTÁRIOS
CTN - Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular
do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
Letra E
Quando a União deixa de editar normas gerais sobre matéria tributária, cabe aos estados a
prerrogativa de exercer a competência legislativa plena.
COMENTÁRIOS
Art. 24, § 3º CF - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência
legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
Certo
Julgue os itens a seguir, acerca do Sistema Tributário Nacional, da competência tributária e dos
tributos.
COMENTÁRIOS
Constituição Federal de 1988. Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir
empréstimos compulsórios:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa
ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional,
observado o disposto no art. 150, III, "b".
45
PREPARAÇÃO PGE/PGM
DIREITO TRIBUTÁRIO – META 01
Certo
Julgue os itens a seguir, acerca do Sistema Tributário Nacional, da competência tributária e dos
tributos.
COMENTÁRIOS
Súmula Vinculante n.º 29/STF – “É constitucional a adoção no cálculo do valor de taxa de um ou
mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral
identidade entre uma base e outra.”
Errado
Julgue os itens a seguir, acerca do Sistema Tributário Nacional, da competência tributária e dos
tributos.
Tributo, definido como prestação pecuniária compulsória em moeda, pode constituir sanção de ato
ilícito, cobrada mediante atividade judicial ou administrativa.
COMENTÁRIOS
CTN. Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se
possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada.
Errado
Julgue os itens a seguir, acerca do Sistema Tributário Nacional, da competência tributária e dos
tributos.
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PREPARAÇÃO PGE/PGM
DIREITO TRIBUTÁRIO – META 01
Se determinado estado da Federação não tiver instituído o imposto sobre a propriedade de veículos
automotores (IPVA), essa ausência de exercício da competência tributária não a deferirá a pessoa
jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição Federal de 1988 tenha atribuído tal
competência.
COMENTÁRIOS
CTN. Art. 8º: O não-exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de direito
público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído.
Certo
Considere que certo contribuinte tenha sido compelido a pagar multa de cerca de 300% sobre o
valor do tributo devido, em razão de descumprimento de obrigação tributária. Nessa situação, é
aplicável o princípio da vedação do uso de multa com efeito de confisco.
COMENTÁRIOS
“O entendimento desta Corte é no sentido de que a abusividade da multa punitiva apenas se
revela naquelas arbitradas acima do montante de 100% (cem por cento) do valor do tributo.“ (AI
851.038-AgR, rel. min. Roberto Barroso, julgamento em 10-2-2015, Primeira Turma, DJE de 12-
3-2015.)
Conforme orientação fixada pelo STF, o princípio da vedação ao efeito de confisco aplica-se às
multas. Esta Corte já teve a oportunidade de considerar multas de 20% a 30% do valor do débito
como adequadas à luz do princípio da vedação do confisco. Caso em que o Tribunal de origem
reduziu a multa de 60% para 30%. A mera alusão à mora, pontual e isoladamente considerada, é
insuficiente para estabelecer a relação de calibração e ponderação necessárias entre a gravidade
da conduta e o peso da punição. É ônus da parte interessada apontar peculiaridades e
idiossincrasias do quadro que permitiriam sustentar a proporcionalidade da pena almejada.” (RE
523.471-AgR, rel. min. Joaquim Barbosa, julgamento em 6-4-2010, Segunda Turma, DJE de 23-
4-2010.) No mesmo sentido: ARE 637.717-AgR, rel. min. Luiz Fux, julgamento em 13-3-2012,
Primeira Turma, DJE de 30-3-2012.
"É cabível, em sede de controle normativo abstrato, a possibilidade de o Supremo Tribunal Federal
examinar se determinado tributo ofende, ou não, o princípio constitucional da não
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PREPARAÇÃO PGE/PGM
DIREITO TRIBUTÁRIO – META 01
confiscatoriedade consagrado no art. 150, IV, da CF. Hipótese que versa o exame de diploma
legislativo (Lei 8.846/1994, art. 3º e seu parágrafo único) que instituiu multa fiscal de 300%
(trezentos por cento). A proibição constitucional do confisco em matéria tributária – ainda que se
trate de multa fiscal resultante do inadimplemento, pelo contribuinte, de suas obrigações
tributárias – nada mais representa senão a interdição, pela Carta Política, de qualquer pretensão
governamental que possa conduzir, no campo da fiscalidade, à injusta apropriação estatal, no todo
ou em parte, do patrimônio ou dos rendimentos dos contribuintes, comprometendo-lhes, pela
insuportabilidade da carga tributária, o exercício do direito a uma existência digna, ou a prática de
atividade profissional lícita ou, ainda, a regular satisfação de suas necessidades vitais básicas. O
poder público, especialmente em sede de tributação (mesmo tratando-se da definição do quantum
pertinente ao valor das multas fiscais), não pode agir imoderadamente, pois a atividade
governamental acha-se essencialmente condicionada pelo princípio da razoabilidade que se
qualifica como verdadeiro parâmetro de aferição da constitucionalidade material dos atos
estatais." (ADI 1.075-MC, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 17-6-1998, Plenário, DJ de
24-11-2006.)" No mesmo sentido: AI 482.281-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento
em 30-6-2009, Primeira Turma, DJE de 21-8-2009. Vide: RE 523.471-AgR, Rel. Min. Joaquim
Barbosa, julgamento em 6-4-2010, Segunda Turma, DJE de 23-4-2010.
Certo
COMENTÁRIOS
Quarta-feira, 16 de junho de 2010
Cobrança de taxa de renovação de alvará pelo município de Porto Velho (RO) é constitucional
Por maioria, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) reafirmou, nesta quarta-feira (16),
jurisprudência da Corte e julgou constitucional a cobrança da taxa de renovação de alvará de
localização e funcionamento de estabelecimentos comerciais e industriais, instituída pela Lei
Complementar nº 199/2004, do município de Porto Velho (RO).
A decisão foi tomada no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 588322, interposto pela
Associação Comercial de Rondônia contra acórdão (decisão colegiada) do Tribunal de Justiça
daquele estado (TJ-RO), que julgara constitucional a cobrança da taxa.
Naquela decisão, hoje confirmada pela Suprema Corte, o TJ-RO entendeu ser “dispensável a
comprovação do efetivo exercício do poder de polícia, bastando a demonstração da potencialidade
do município em proceder a fiscalização”.
48
PREPARAÇÃO PGE/PGM
DIREITO TRIBUTÁRIO – META 01
A associação havia argumentado que a Constituição Federal autoriza a cobrança de duas espécies
de taxas – de serviço e de polícia – e que a última só é legítima se comprovado o exercício efetivo
do poder de polícia, nos termos do artigo 145, inciso II, da Constituição. E, segundo ela, no caso
da cobrança da taxa pelo município de Porto Velho, não haveria a “materialização do poder de
polícia, capaz de justificar a imposição”.
Alegava, também, que o “agente administrativo exaure a fiscalização quando expede o ato de
licença, constituindo-se em ilegalidade a exigência fiscal de renovar anualmente o ato”.
Ao votar pela constitucionalidade da cobrança da taxa, o ministro Gilmar Mendes, relator do
processo, apoiou-se em jurisprudência da Suprema Corte nesse sentido. Entre vários precedentes,
ele citou os Recursos Extraordinários 280441 e 396846.
Repercussão geral
O Tribunal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada no
RE. Isso porque ela afeta boa parte dos mais de 5.500 municípios existentes no país. No
julgamento de hoje, a maioria dos ministros presentes à sessão acompanhou o voto do relator,
ministro Gilmar Mendes, no sentido de que não é preciso comprovar a existência efetiva do poder
de polícia. Basta que a taxa arrecadada reverta-se em benefício da coletividade. Entendeu,
ademais, que a própria autorização já comprova a existência de órgão com poder de polícia.
Voto discordante, o ministro Marco Aurélio observou que, no caso, não se tratava de taxa
considerando o poder de polícia. Segundo ele, “taxa pressupõe conteúdo. Aqui, é renovação de
alvará de localização e funcionamento, de caráter anual. Daqui a pouco, em sua fúria arrecadadora,
o município institui taxa mensal”.
FK/CG
Processos relacionados
RE 588322
Fonte: www.stf.jus.br
Errado
COMENTÁRIOS
CTN. Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular
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PREPARAÇÃO PGE/PGM
DIREITO TRIBUTÁRIO – META 01
Errado
Origem: STF
É legítima a cobrança das custas judiciais e das taxas judiciárias tendo por parâmetro o valor da
causa, desde que fixados valores mínimos e máximos.
A fixação desses valores mínimos e máximos deve ser feita para se atender ao entendimento
sumulado do STF:
Súmula 667-STF: Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária calculada
sem limite sobre o valor da causa.
STF. Plenário. ADI 5688/PB, Rel. Min. Edson Fachin, redator do acórdão Min. Dias Toffoli, julgado
em 22/10/2021 (Info 1035).
É constitucional a instituição de taxa pela qual observada equivalência razoável entre o valor
exigido do contribuinte e os custos referentes ao exercício do poder de polícia, nos termos do
art. 145, II, da CF/88
Direito Tributário Taxas Geral
Origem: STF
É constitucional a Taxa de Registro de Contratos devida pelo exercício regular do poder de polícia
ao Detran/PR, prevista no § 1º do art. 3º da Lei nº 20.437/2020, do Paraná, observada a equivalência
razoável entre o valor exigido do contribuinte e os custos referentes ao exercício do poder de polícia.
STF. Plenário. ADI 6737/PR, Rel. Min. Carmem Lúcia, julgado em 7/6/2021 (Info 1020).
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PREPARAÇÃO PGE/PGM
DIREITO TRIBUTÁRIO – META 01
Origem: STF
A atividade desenvolvida pelo Estado no âmbito da segurança pública é mantida ante impostos,
sendo imprópria a substituição, para tal fim, de taxa.
STF. Plenário. ADI 4411, Rel. Marco Aurélio, julgado em 18/08/2020 (Info 992 – clipping).
É inconstitucional lei estadual que cria taxa de fiscalização da exploração de recursos hídricos na
qual o valor cobrado é muito superior em relação ao custo da atividade estatal relacionada
Direito Tributário Taxas Geral
Origem: STF
O STF declarou a inconstitucionalidade de Lei do Estado do Amapá, que instituiu a Taxa de Controle,
Acompanhamento e Fiscalização das Atividades de Exploração e Aproveitamento de Recursos
Hídricos (TFRH).
A Corte entendeu que o valor cobrado é muito superior em relação ao custo da atividade estatal
relacionada (fiscalização das empresas que exploram recursos hídricos). Logo, não há
proporcionalidade entre o custo da atividade estatal e o valor que será pago pelos particulares pela
taxa. Isso viola as características da taxa, que é um tributo orientado pelo princípio da retributividade
e que possui caráter contraprestacional e sinalagmático.
Além disso, a lei previa que apenas 30% dos valores arrecadados com a taxa seriam utilizados em
atividades relacionadas com a política de recursos hídricos e os 70% restantes iriam para a conta
única do Tesouro Estadual. Isso demonstra o caráter arrecadatório desta taxa.
Por fim, ao onerar excessivamente as empresas que exploram recursos hídricos, a referida taxa
adquiriu feições verdadeiramente confiscatórias, dificultando, ou mesmo inviabilizando, o
desenvolvimento da atividade econômica. Houve, portanto, violação ao que prevê o art. 150, IV, da
CF/88, que proíbe que os tributos sejam utilizados com efeito de confisco.
STF. Plenário. ADI 6211/AP, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 4/12/2019 (Info 962).
Estados podem instituir taxa de polícia por expedição de atestados de idoneidade para porte de
arma de fogo
Direito Tributário Taxas Geral
Origem: STF
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PREPARAÇÃO PGE/PGM
DIREITO TRIBUTÁRIO – META 01
Os Estados possuem competência para dispor sobre instituição de taxas de polícia cobradas em
função de atividades tais como:
- expedição de atestados de idoneidade para porte de arma de fogo, tráfego de explosivos, trânsito
de armas em hipóteses determinadas; e
- atividades diversas com impacto na ordem social, no intuito de verificar o atendimento de condições
de segurança e emitir as correspondentes autorizações essenciais ao funcionamento de tais
estabelecimentos.
STF. Plenário. ADI 3770, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 13/09/2019.
CESPE MPE-SC PROMOTOR 2021: É exclusiva da União a competência para legislar a respeito da
instituição de taxas de polícia cobradas em função da expedição de atestados de idoneidade para
porte de arma de fogo. (errado)
Isenção da taxa de registro de arma de fogo não se aplica para policiais rodoviários federais
aposentados
Direito Tributário Taxas Geral
Origem: STF
STJ. 1ª Turma.REsp 1530017-PR, Rel. Min. Regina Helena Costa, julgado em 21/09/2017 (Info 612).
Origem: STF
A prevenção e o combate a incêndios são atividades desenvolvidas pelo Corpo de Bombeiros, sendo
consideradas atividades de segurança pública, nos termos do art. 144, V e § 5º da CF/88.
52
PREPARAÇÃO PGE/PGM
DIREITO TRIBUTÁRIO – META 01
A segurança pública é atividade essencial do Estado e, por isso, é sustentada por meio de impostos
(e não por taxa).
Desse modo, não é possível que, a pretexto de prevenir sinistro relativo a incêndio, o Município venha
a se substituir ao Estado, com a criação de tributo sob o rótulo de taxa.
Tese fixada pelo STF: “A segurança pública, presentes a prevenção e o combate a incêndios, faz-se,
no campo da atividade precípua, pela unidade da Federação, e, porque serviço essencial, tem como
a viabilizá-la a arrecadação de impostos, não cabendo ao Município a criação de taxa para tal fim.”
STF. Plenário. RE 643247/SP, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 1º/8/2017 (repercussão geral)
(Info 871).
Também não.
Posteriormente a esse julgado, o STF pacificou que a cobrança da taxa de incêndio inclusive por
Estado-membro é inconstitucional:
Origem: STF
As taxas municipais de fiscalização e funcionamento não podem ter como base de cálculo o número
de empregados ou ramo de atividade exercida pelo contribuinte.
STF. 2ª Turma. ARE 990914/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 20/6/2017 (Info 870).
A taxa de fiscalização e funcionamento pode ter como base de cálculo a área de fiscalização, na
medida em que traduz o custo da atividade estatal de fiscalização.
STF. 1ª Turma. RE 856185 AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 04/08/2015.
Princípio da legalidade tributária e lei que delega a fixação do valor da taxa para ato infralegal,
desde que respeitados os parâmetros máximos
Direito Tributário Taxas Geral
Origem: STF
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PREPARAÇÃO PGE/PGM
DIREITO TRIBUTÁRIO – META 01
Não viola a legalidade tributária a lei que, prescrevendo o teto, possibilita o ato normativo infralegal
fixar o valor de taxa em proporção razoável com os custos da atuação estatal, valor esse que não
pode ser atualizado por ato do próprio conselho de fiscalização em percentual superior aos índices
de correção monetária legalmente previstos.
STF. Plenário. RE 838284/SC, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 19/10/2016 (repercussão geral)
(Info 842 e 844).
Origem: STF
Súmula vinculante 41-STF: O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante
taxa.
Importante.
Valor da taxa deve estar relacionado com o custo do serviço que as motiva
Direito Tributário Taxas Geral
Origem: STF
Ocorre que a lei municipal previu que a base de cálculo dessa taxa seria o número de empregados
da empresa. Assim, quanto mais trabalhadores, maior a base de cálculo.
NÃO. O STF entendeu que o número de empregados não pode ser utilizado como base de cálculo
para a cobrança da taxa de localização e funcionamento de estabelecimento industrial e comercial.
O legislador municipal, ao escolher o número de empregados para fixar a base de cálculo, levou em
consideração qualidades externas e estranhas ao exercício do poder de polícia, sem pertinência
quanto ao aspecto material da hipótese de incidência.
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PREPARAÇÃO PGE/PGM
DIREITO TRIBUTÁRIO – META 01
O valor das taxas deve estar relacionado com o custo do serviço que as motiva, ou com a atividade
de polícia desenvolvida.
STF. 1ª Turma. RE 554951/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 15/10/2013 (Info 724).
Origem: STF
O valor cobrado pelo Tribunal de Justiça para que o interessado possa desarquivar autos de
processos findos possui natureza jurídica de TAXA.
As taxas somente podem ser instituídas por meio de lei em sentido estrito (princípio constitucional
da legalidade tributária).
STJ. Corte Especial. AI no RMS 31170-SP, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, julgado em 18/4/2012.
Origem: STF
• Importante
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