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DIÁRIO
11/01/2024

ANO: 58 – 2024 FECHAMENTO: 11/01/2024 EXPEDIÇÃO: 14/01/2024 PÁGINAS: 032/017 FASCÍCULO Nº: 02

Destaques
ü Veja os valores das anuidades a serem pagos pelos Contabilistas e Organizações em 2024
ü Receita Federal publica nova IN que disciplina a emissão do CPF
ü Sancionada a lei que cria as debêntures de infraestrutura

Sumário

ÓRGÃOS REGULADORES Consulta Pública – Consolidação das Normas –


Instrução Normativa 2.172 RFB.......................................................028
CFC
Consolidação das Normas – Instrução Normativa 2.172 RFB.........028
Anuidade – Valores Devidos no Exercício de 2024 – Inscrição – Consolidação das Normas – Instrução
Orientação........................................................................................031 Normativa 2.172 RFB.......................................................................028
Normas Brasileiras – Alteração – Informação – Norma Situação Cadastral – Consolidação das Normas –
Brasileira de Contabilidade, Revisão NBC 22 CFC .........................029 Instrução Normativa 2.172 RFB.......................................................028
Suspensão – Consolidação das Normas – Instrução
OUTROS ASSUNTOS FEDERAIS Normativa 2.172 RFB.......................................................................028
COMPENSAÇÃO PLANOS DE BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS
Normas – Limites de Crédito Decorrente de Decisão Judicial – Incidência do Imposto – Incidência do Imposto –
Portaria Normativa 14 MF................................................................029 Alteração das Normas – Lei 14.803.................................................022

CONTABILIDADE IR-FONTE
APLICAÇÃO FINANCEIRA
NORMAS BRASILEIRAS
Debêntures – Projetos de Infraestrutura – Incidência do
Alteração – Informação – Norma Brasileira de Contabilidade, Imposto – Lei 14.801........................................................................021
Revisão NBC 22 CFC ......................................................................029
PLANOS DE BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS
IR-PESSOA FÍSICA Incidência do Imposto – Incidência do Imposto –
Alteração das Normas – Lei 14.803.................................................022
CPF
Alteração – Consolidação das Normas – Instrução
OUTROS TRIBUTOS FEDERAIS
Normativa 2.172 RFB.......................................................................028 CSLL
Cancelamento – Consolidação das Normas – Instrução Base de Cálculo – Emissão de Debêntures de Infraestrutura –
Normativa 2.172 RFB.......................................................................028 Lei 14.801 ........................................................................................021

IMPOSTO DE RENDA • LEGISLAÇÃO COMERCIAL 032


ÓRGÃOS REGULADORES FASCÍCULO 02/2024 COAD

ÓRGÃOS REGULADORES

ORIENTAÇÃO CFC
Anuidade

Veja os valores das anuidades a serem pagos pelos Contabilistas e Organizações em 2024

Nesta Orientação, examinamos os procedimentos para pagamento das anuidades devidas aos Conselhos Regionais de Contabilidade no exer-
cício de 2024. O prazo final para pagamento, sem desconto, é até o dia 31-3-2024. Todavia, vale observar que o dia 28 é o último dia útil do mês
de março de 2024. O profissional e a organização contábil que efetuar o pagamento, em quota única, até 31-1 ou 29-2-2024, terá direito a
desconto no valor das anuidades. Aos profissionais e organizações contábeis que tenham aderido até 31-12-2023 ao DTE – Domicílio Eletrô-
nico, instituído pela Resolução 1.698 CFC/2023, será concedido 5% de desconto, cumulativos, na anuidade de 2024.
Há de se ressaltar que somente poderão ser admitidos à execução de serviços de contabilidade, inclusive à organização deles, por contrato
particular, sob qualquer modalidade, o profissional ou pessoas jurídicas que provem quitação de suas anuidades.

1. ANUIDADE DEVIDA PELOS PROFISSIONAIS


Os valores das anuidades para contadores e técnicos em contabilidade no exercício de 2024 são os seguintes:
Profissionais
Prazo para Pagamento Contador Técnico em Contabilidade
R$ R$
Até 31-1-2024 DTE (quota única c/ desconto) 540,00 478,00
Até 31-1-2024 (quota única c/ desconto) 572,00 506,00
Até 29-2-2024 DTE (quota única c/ desconto) 572,00 506,00
Até 29-2-2024 (quota única c/ desconto) 604,00 534,00
De 1-3-2024 até 31-12-2024 DTE (anuidade integral) 604,00 534,00
Até 31-3-2024 (anuidade integral) 636,00 563,00
(Decreto-lei 9.245/46 – Art. 21; Resolução 1.709 CFC/2023 – Arts. 1º a 3º e 5º)

2. ANUIDADE DEVIDA POR ORGANIZAÇÕES CONTÁBEIS


Os valores das anuidades para as organizações contábeis no exercício de 2024 são os seguintes:
Organizações Contábeis
R$
Prazos Sociedades
SLU(*) Acima de
2 sócios 3 sócios 4 sócios
4 sócios
Até 31-1-2024 DTE (quota única c/ desconto) 268,00 540,00 812,00 1.086,00 1.358,00
Até 31-1-2024 (quota única c/ desconto) 284,00 572,00 860,00 1.150,00 1.438,00
Até 29-2-2024 DTE (quota única c/ desconto) 284,00 572,00 860,00 1.150,00 1.438,00
Até 29-2-2024 (quota única c/ desconto) 300,00 604,00 908,00 1.214,00 1.518,00
De 1-3-2024 até 31-12-2024 DTE (quota única c/ desconto) 300,00 604,00 908,00 1.214,00 1.518,00
Até 31-3-2024 (anuidade integral) 316,00 636,00 956,00 1.278,00 1.598,00
(*) Sociedade Limitada Unipessoal
(Lei 10.406/2002 – Código Civil – Art. 1.052; Lei 13.874/2019 – Art. 7º; Decreto-lei 9.245/46 – Art. 22; Resolução 1.709 CFC/2023 – Arts. 1º a 3º e 5º)

3. ANUIDADE DEVIDA POR FILIAIS


A filial da organização contábil sediada em jurisdição diversa daquela do registro cadastral da matriz estará sujeita ao pagamento de anuidade
ao CRC ao qual estiver jurisdicionada, de acordo com os valores previstos na tabela do item 2.
(Decreto-lei 9.245/46 – Arts. 22 e 23; Resolução 1.709 CFC/2023 – Arts. 1º a 3º, 5º e 12.)

4. PAGAMENTO COM CARTÃO


Os profissionais e as organizações contábeis podem pagar as anuidades por meio de cartão de crédito, assumindo o custeio dos encargos finan-
ceiros, quando for o caso.
(Resolução 1.709 CFC/2023 – Arts. 6º e 7º)

IMPOSTO DE RENDA • LEGISLAÇÃO COMERCIAL 031


COAD FASCÍCULO 02/2024 ÓRGÃOS REGULADORES

5. PAGAMENTO PARCELADO
O parcelamento da anuidade poderá ser feito diretamente com o CRC, nas seguintes condições:
a) as anuidades poderão ser divididas em até 5 parcelas mensais, observado o valor mínimo de R$ 100,00 por parcela; e
b) se requerido o parcelamento e paga a primeira parcela até 31-3-2024, as demais parcelas com vencimento após essa data serão atualizadas
pela Selic (taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia), acumulada mensalmente.
Havendo atraso no pagamento da parcela, haverá atualização dos valores pela Selic, acumulada mensalmente, até o último dia do mês anterior
ao do pagamento, de 1% no mês do pagamento e de multa de mora de 0,33% por dia de atraso, a partir do primeiro dia após o vencimento do
débito, até o limite de 20%.
A inadimplência de qualquer das parcelas por mais de 30 dias implica o cancelamento do parcelamento e a tomada das medidas administrativas
e judiciais cabíveis.
(Resolução 1.709 CFC/2023 – Arts. 8º e 9º)

6. ISENÇÃO
O profissional da contabilidade que completar 70 anos de idade terá direito à isenção da anuidade a partir do exercício seguinte àquele em que o
profissional completar a referida idade, independentemente de requerimento. Concedido o benefício, caberá ao Conselho Regional de Contabi-
lidade oficiar ao beneficiário.
Também será concedida isenção da anuidade ao profissional que for portador de doença grave, conforme norma da Previdência Social,
tornar-se inválido ou definitivamente incapacitado para o trabalho.
O profissional que requerer a isenção por motivo de moléstia grave, invalidez ou incapacitação deverá fazer prova da sua condição por meio de
laudo médico ou documento equivalente que evidencie, inclusive, a data ou período do seu diagnóstico, ocorrência ou início.
A isenção se estende à anuidade da organização contábil de responsabilidade individual da qual seja titular o beneficiário, desde que constituída
sob a forma de empresário individual.
Quando decorrente de invalidez ou incapacidade definitiva para o trabalho, a concessão da isenção será condicionada à baixa do registro profis-
sional e, quando for o caso, da organização contábil de responsabilidade individual da qual seja titular o requerente.
(Resolução 1.684 CFC/2022 – Arts. 38 a 41)

7. CONCESSÃO/RESTABELECIMENTO DO REGISTRO
Quando o restabelecimento de registro profissional ou de organização contábil for requerido no mês de janeiro, o pagamento da anuidade
poderá ser feito à vista com o desconto por antecipação do pagamento, ou parcelado sem desconto. O parcelamento fica condicionado ao valor
mínimo de R$ 100,00 por parcela, observados os critérios de atualização monetária e acréscimos legais citados no item 5.
Requerido o registro profissional ou o restabelecimento de registro profissional ou de organização contábil a partir do mês de fevereiro, o valor da
anuidade será proporcional aos duodécimos vincendos do exercício, calculada sobre os valores vigentes em março de 2024, ou seja, valores
correspondentes à última linha das tabelas contidas nos itens 1 e 2.
(Resolução 1.709 CFC/2023 – Arts. 8º, caput e inciso IV,10 e 11)

8. DESCONTO ESPECIAL
À pessoa física que requerer o registro no ano de 2024, será concedido o desconto de 75% sobre o valor da anuidade. Para a obtenção de novos
descontos em anuidades futuras, fica condicionada a adesão ao DTE em até 30 dias após a concessão do primeiro registro.
(Resolução 1.709 CFC/2023 – Art. 4º)

9. BAIXA DO REGISTRO
O profissional ou organização contábil que solicitar a baixa de registro até 31-3-2024 pagará a anuidade proporcionalmente ao número de meses
decorridos.
Poderá ser concedido parcelamento, condicionado ao valor mínimo de R$ 100,00 por parcela, respeitados os critérios para atualização e acrés-
cimos legais citados no item 5.
(Resolução 1.708 CFC/2023 – Art.18; Resolução 1.709 CFC/2023 – Arts. 8º e 18)

10. MUDANÇA DE CATEGORIA PROFISSIONAL


No caso de mudança de categoria profissional, não será devida a diferença da anuidade do exercício apurada em relação à nova categoria.
(Resolução 1.709 CFC/2023 – Art. 19)

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: Lei 10.406, de 10-1-2002 – Código Civil – artigo 1.052 (Portal COAD); Lei 12.249, de 11-6-2010 – artigo 76 (Fascí-
culo 24/2010 e Portal COAD); Lei 13.874, de 20-9-2019 – artigo 7º (Fascículo 39/2019 e Portal COAD); Decreto-Lei 9.295, de 27-5-46 – artigos
21 a 24 (Portal COAD); Resolução 1.684 CFC, de 15-12-2022 (Fascículo 51/2022 e Portal COAD); Resolução 1.698 CFC, de 15-6-2023 (Fascí-
culo 25/2023 e Portal COAD); Resolução 1.708 CFC, de 25-10-2023 (Fascículo 47/2023 e Portal COAD); Resolução 1.709 CFC, de 25-10-2023
(Fascículos 46/2023, 47/2023, 01/2024 e Portal COAD); Resolução 4.880 BCB, de 23-12-2020 (Fascículo 53/2020 e Portal COAD); Portaria
8.617 MGI, de 26-12-2023 (Fascículo 52/2023 e Portal COAD).

IMPOSTO DE RENDA • LEGISLAÇÃO COMERCIAL 030


OUTROS ASSUNTOS FEDERAIS/CONTABILIDADE FASCÍCULO 02/2024 COAD

OUTROS ASSUNTOS FEDERAIS

PORTARIA NORMATIVA 14 MF, DE 5-1-2024 COMPENSAÇÃO


(DO-U, Edição Extra, de 5-1-2024) Normas

MF define limites para compensação de créditos decorrentes de decisões judiciais


O Ministério da Fazenda, por meio desta Portaria Normativa, estabelece limites para utilização de
créditos decorrentes de decisão judicial transitada em julgado para compensação de débitos relativos
a tributos administrados pela Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil, nos termos dos
artigos 74 e 74-A da Lei 9.430, de 27-12-96 (Informativo 53/96 e Portal COAD), com alterações
promovidas pela Medida Provisória 1.202, de 28-12-2023 (Fascículo 01/2024 e Portal COAD).

O MINISTRO DE ESTADO DA FAZENDA substituto, no uso III – créditos cujo valor total seja de R$ 200.000.000,00
da atribuição que lhe confere o inciso II do parágrafo único do art. 87 (duzentos milhões de reais) e inferior a R$ 299.999.999,99 (duzen-
da Constituição, e tendo em vista o disposto nos arts. 74 e 74-A da tos e noventa e nove milhões, novecentos e noventa e nove mil e
Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, resolve: novecentos e noventa e nove reais e noventa e nove centavos) deve-
Art. 1º – A utilização de créditos decorrentes de decisão judi- rão ser compensados no prazo mínimo de trinta meses;
cial transitada em julgado para compensação de débitos próprios do IV – créditos cujo valor total seja de R$ 300.000.000,00
sujeito passivo, relativos a tributos administrados pela Secretaria (trezentos milhões de reais) e inferior a R$ 399.999.999,99 (trezen-
Especial da Receita Federal do Brasil (RFB), fica sujeita aos limites tos e noventa e nove milhões, novecentos e noventa e nove mil e
mensais estabelecidos por esta Portaria Normativa. novecentos e noventa e nove reais e noventa e nove centavos) deve-
§ 1º – Quando se tratar de créditos decorrentes de decisão rão ser compensados no prazo mínimo de quarenta meses;
judicial transitada em julgado, o valor mensal a ser compensado fica V – créditos cujo valor total seja de R$ 400.000.000,00 (qua-
limitado ao valor do crédito atualizado até a data da primeira declara- trocentos milhões de reais) a R$ 499.999.999,99 (quatrocentos e
ção de compensação dividido pela quantidade de meses conforme noventa e nove milhões, novecentos e noventa e nove mil e nove-
os incisos abaixo: centos e noventa e nove reais e noventa e nove centavos) deverão
I – créditos cujo valor total seja de R$ 10.000.000,00 (dez ser compensados no prazo mínimo de cinquenta meses; e
milhões de reais) a R$ 99.999.999,99 (noventa e nove milhões, VI – créditos cujo valor total seja igual ou superior a
novecentos e noventa e nove mil e novecentos e noventa e nove R$ 500.000.000,00 (quinhentos milhões de reais) deverão ser com-
reais e noventa e nove centavos) deverão ser compensados no pensados no prazo mínimo de sessenta meses.
prazo mínimo de doze meses; § 2º – Os limites de que trata este artigo não se aplicam
II – créditos cujo valor total seja de R$ 100.000.000,00 (cem ao crédito decorrente de decisão judicial transitada em julgado
milhões de reais) a R$ 199.999.999,99 (cento e noventa e nove cujo valor total seja inferior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de
milhões, novecentos e noventa e nove mil e novecentos e noventa e reais).
nove reais e noventa e nove centavos) deverão ser compensados no Art. 2º – Esta Portaria Normativa entra em vigor na data de
prazo mínimo de vinte meses; sua publicação. (Dario Carnevalli Durigan)

CONTABILIDADE

NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE, REVISÃO NBC 22 CFC, DE 7-12-2023 NORMAS BRASILEIRAS


(DO-U DE 9-1-2024) Alteração

Aprovadas novas revisões de normas de contabilidade

O CFC – Conselho Federal de Contabilidade, através da referida Norma Brasileira de Contabilidade, aprovou a alteração das seguintes
Normas:
– NBC TG 32 (R4) – Tributos sobre o Lucro: Inclusão dos itens 4A, 88A a 88D e 98M, e exemplos ilustrativos após o item 88D. A entidade
deverá:
a) aplicar os itens 4A e 88A imediatamente após a emissão dessas alterações e retrospectivamente, de acordo com a NBC TG 23 – Polí-
ticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro; e

IMPOSTO DE RENDA • LEGISLAÇÃO COMERCIAL 029


COAD FASCÍCULO 02/2024 CONTABILIDADE/IR-PESSOA FÍSICA

b) aplicar os itens 88B e 88D para períodos de reporte anuais iniciados em ou após 1-1-2023. A entidade não precisa divulgar as informa-
ções exigidas por esses itens para qualquer período intermediário que termine em ou antes de 31-12-2023.
– NBC TG 03 (R3) – Demonstrações do Fluxo de Caixa: Inclusão dos itens 44F a 44H e os títulos relacionados e os itens 62 e 63. A enti-
dade deve aplicar estas alterações para o período anual de reporte iniciado em, ou após, 1-1-2024. Ao aplicar a mencionada Revisão, a entidade
não precisa divulgar:
a) informações comparativas para quaisquer períodos de relatório apresentados antes do início do período de relatório anual em que se
aplicou essas alterações pela primeira vez;
b) as informações requeridas pelo item 44H(b) (i) e (ii) no início do período de relatório anual em que se aplicou essas alterações pela
primeira vez; e
c) as informações requeridas pelos itens 44F a 44H para qualquer período intermediário apresentado dentro do período de relatório anual
em que a entidade aplicou essas alterações pela primeira vez.
– NBC TG 40 (R3) – Instrumentos Financeiros: Evidenciação: Inclusão do item 44JJ e alteração do item B11F do Apêndice B. A entidade
deverá aplicar essa alteração quando aplicar as alterações à NBC TG 03.
A íntegra da Revisão NBC 22 CFC/2023 pode ser consultada através do Portal COAD (Contabilidade > Legislação > Normas Brasileiras
de Contabilidade).

IR-PESSOA FÍSICA

INSTRUÇÃO NORMATIVA 2.172 RFB, DE 9-1-2024 CPF


(DO-U DE 10-1-2024) Inscrição

Receita Federal publica nova IN que disciplina a emissão do CPF


Esta Instrução Normativa RFB consolida e atualiza as disposições sobre o CPF – Cadastro de
Pessoas Físicas, que se caracteriza como o banco de dados nacional que contém informações
individualizadas de pessoas físicas brasileiras e estrangeiras, residentes e não residentes no Brasil.
À pessoa física inscrita no CPF é atribuído um identificador único, vedada a concessão de
mais de um número para a mesma pessoa, denominado número de inscrição no CPF – NI-CPF.
Dentre outras disposições, destacamos:
– estabelece a obrigatoriedade de inscrição no CPF de pessoa física declarada como “alimentanda” para
fins do Imposto de Renda da pessoa física;
– para a prática dos atos relacionados à inscrição, alteração de dados cadastrais, regularização da si-
tuação cadastral, cancelamento e restabelecimento da inscrição, poderá ser exigida a coleta de dados
biométricos;
– prevê que os atos praticados de ofício no CPF somente poderão ser realizados pela RFB ou por órgãos
públicos autorizados; e
– ficam revogadas as Instruções Normativas RFB 1.548, de 13-2-2015 (Fascículo 07/2015 e Portal
COAD), 1.588, de 7-10-2015 (Fascículo 40/2015 e Portal COAD), 1.718, de 18-7-2017 (Fascículo 29/2017
e Portal COAD), 1.746, de 28-9-2017 (Fascículo 40/2017 e Portal COAD), 1.760, de 16-11-2017 (Fascí-
culo 47/2017 e Portal COAD), 1.890, de 14-5-2019 (Fascículo 20/2019 e Portal COAD), 1.938, de
15-4-2020 (Portal COAD), 1.957, de 29-5-2020 (Fascículo 23/2020 e Portal COAD), 1.961, de 29-6-2020
(Fascículo 27/2020 e Portal COAD), e 2.034, de 24-6-2021 (Fascículo 26/2021 e Portal COAD).

O SECRETÁRIO ESPECIAL DA RECEITA FEDERAL DO bro de 1965, nos arts. 1º e 3º do Decreto-Lei nº 401, de 30 de dezem-
BRASIL, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do art. 350 bro de 1968, no art. 16 da Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999, no
do Regimento Interno da Secretaria Especial da Receita Federal do art. 32 do Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018, e nas Porta-
Brasil, aprovado pela Portaria ME nº 284, de 27 de julho de 2020, e rias Interministeriais MF/MRE nº 101 e nº 102, de 23 de abril de 2002,
tendo em vista o disposto no art. 11 da Lei nº 4.862, de 29 de novem- resolve:

IMPOSTO DE RENDA • LEGISLAÇÃO COMERCIAL 028


IR-PESSOA FÍSICA FASCÍCULO 02/2024 COAD

CAPÍTULO I I – residentes no Brasil, que integrem o polo passivo de rela-


DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ção tributária principal ou acessória, na condição de contribuinte ou
Art. 1º – Esta Instrução Normativa dispõe sobre o Cadastro responsável, e os respectivos representantes legais, nos termos da
de Pessoas Físicas – CPF administrado pela Secretaria Especial da legislação tributária da União, dos estados, do Distrito Federal ou
Receita Federal do Brasil – RFB. dos municípios;
§ 1º – O CPF é o banco de dados nacional que contém infor- II – residentes no Brasil ou no exterior, que:
mações individualizadas de pessoas físicas brasileiras e estrangei- a) praticarem, no Brasil, operações imobiliárias de quaisquer
ras, residentes e não residentes no Brasil. espécies;
§ 2º – À pessoa física inscrita no CPF é atribuído um identifica- b) possuírem, no Brasil, contas bancárias, de poupança ou de
dor único, vedada a concessão de mais de um número para a mesma investimentos;
pessoa, denominado número de inscrição no CPF – NI-CPF. c) operarem no mercado financeiro ou de capitais no Brasil,
inclusive em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e asse-
CAPÍTULO II melhados; ou
DA SITUAÇÃO CADASTRAL E DOS
d) possuírem, no Brasil, bens e direitos sujeitos a registro
ATOS CADASTRAIS NO CPF
público ou cadastro específico, incluídos imóveis, veículos, embar-
Seção I cações, aeronaves, instrumentos financeiros e participações socie-
Da situação cadastral no CPF tárias ou no mercado de capitais;
Art. 2º – A inscrição no CPF será enquadrada, quanto à situa- III – que constem como dependentes ou alimentandos para
ção cadastral, em: fins do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física – IRPF;
I – “Regular”, caso não haja inconsistência cadastral e não IV – cuja inscrição seja exigida por órgãos ou entidades da
conste omissão na entrega de Declaração de Ajuste Anual do administração pública federal, estadual, distrital ou municipal, nos
Imposto sobre a Renda da Pessoa Física – DIRPF; termos da legislação própria afeta aos negócios desses órgãos e
II – “Pendente de Regularização”, caso conste omissão na entidades;
entrega de DIRPF, na hipótese de sua obrigatoriedade; V – registradas em ofício de registro civil de pessoas naturais
III – “Suspensa”, caso haja inconsistência cadastral; no Brasil, no momento da lavratura do assento de nascimento; ou
IV – “Cancelada”, em caso de multiplicidade de inscrição, por VI – filiadas como segurados obrigatórios da Previdência
decisão administrativa ou determinação judicial; Social ou requerentes de benefícios de qualquer espécie no Instituto
V – “Titular Falecido”, caso conste informação de óbito do titu- Nacional do Seguro Social – INSS.
lar da inscrição; e Parágrafo único – As pessoas físicas não obrigadas à inscri-
VI – “Nula”, em caso de constatação de fraude. ção de que trata este artigo podem solicitar a sua inscrição.
Parágrafo único – A situação cadastral no CPF independe da
Seção II
regularidade dos pagamentos dos tributos administrados pela RFB.
Da comprovação da inscrição
Seção II Art. 5º – A comprovação da inscrição no CPF será feita me-
Dos atos praticados perante o CPF diante a apresentação de documento, emitido por órgão público no
Art. 3º – No CPF são praticados os seguintes atos cadastrais: Brasil, em que conste o NI-CPF, em especial nos seguintes docu-
I – inscrição; mentos:
II – alteração de dados cadastrais; I – Carteira de Identidade;
III – indicação de pendência de regularização; II – Carteira Nacional de Habilitação;
IV – suspensão da inscrição; III – Certidão de Nascimento;
V – regularização da situação cadastral; IV – Certidão de Casamento;
VI – cancelamento da inscrição; V – Certidão de Óbito;
VII – declaração de nulidade da inscrição; e VI – Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS;
VIII – restabelecimento da inscrição. VII – Carteira de identidade profissional, expedida por órgãos
§ 1º – Para a prática dos atos relacionados nos incisos I, II, V, fiscalizadores de exercício de profissão regulamentada;
VI e VIII, poderá ser exigida a coleta de dados biométricos. VIII – carteiras funcionais emitidas por órgãos públicos, váli-
§ 2º – Os atos no CPF podem ser praticados a pedido da das como documento de identificação em todo o território nacio-
pessoa física ou de ofício, à exceção dos atos relacionados nos inci- nal; ou
sos III, IV e VII do caput, que somente serão praticados de ofício. IX – Carteira de Registro Nacional Migratório – CRNM ou
§ 3º – Os atos praticados de ofício no CPF somente poderão Documento Provisório de Registro Nacional Migratório – DPRNM.
ser realizados pela RFB ou por órgãos públicos autorizados.
§ 1º – Para fins de comprovação de inscrição no CPF, são váli-
CAPÍTULO III dos também os seguintes documentos, desde que acompanhados
DA INSCRIÇÃO de documento de identificação do titular da inscrição:
I – Comprovante de Inscrição no CPF, impresso por meio do
Seção I site da RFB na Internet, no endereço <https://www.gov.br/receitafe-
Da obrigatoriedade de inscrição deral> ou emitido pela entidade conveniada;
Art. 4º – Estão obrigadas à inscrição no CPF as pessoas físi- II – Comprovante de Inscrição no CPF, acessado por meio do
cas: aplicativo da RFB para dispositivos móveis; e

IMPOSTO DE RENDA • LEGISLAÇÃO COMERCIAL 027


COAD FASCÍCULO 02/2024 IR-PESSOA FÍSICA

III – Cartão CPF emitido em conformidade com a legislação CAPÍTULO IV


anterior. DA ALTERAÇÃO DE DADOS CADASTRAIS
§ 2º – O Comprovante de Inscrição no CPF, conforme mode-
Seção I
los constantes dos Anexos I e II, conterá obrigatoriamente:
Dos documentos necessários à alteração
I – o nome da pessoa física; e locais de solicitação
II – o número de inscrição;
Art. 8º – A alteração no CPF será solicitada conforme estabe-
III – a data de nascimento; e lecido no Anexo IV.
IV – a data e hora da emissão e o código de controle, que § 1º – Além dos documentos exigidos no Anexo IV, poderão
deverão ser utilizados para comprovar a autenticidade do compro- ser exigidos outros documentos que comprovem a alteração cadas-
vante. tral.
§ 3º – A inscrição no CPF também pode ser comprovada § 2º – A pessoa física é responsável pela atualização da infor-
mediante a Certidão Narrativa de Inscrição no CPF constante do mação relativa a seu endereço, dispensada a apresentação de docu-
Anexo III. mentos comprobatórios, a qual poderá ser efetuada por meio:
§ 4º – O Comprovante de Inscrição no CPF e a Certidão Narra- I – da DIRPF;
tiva de Inscrição no CPF somente produzirão efeitos mediante confir- II – do Centro Virtual de Atendimento – e-CAC ou do Pedido de
mação de autenticidade no site da RFB na Internet. Alteração, disponíveis no site da RFB na Internet;
§ 5º – Nos casos em que o Comprovante de Inscrição no CPF III – de solicitação perante as entidades relacionadas no
for emitido por uma das entidades conveniadas citadas nos incisos I art. 24;
a III do caput do art. 24, será permitida a inserção de sua logomarca, IV – do formulário Ficha Cadastral de Pessoa Física, disponí-
conforme modelo constante do Anexo I. vel no site da RFB na internet, no caso de residente no exterior; ou
§ 6º – Nos casos em que o Comprovante de Inscrição no CPF V – dos canais de atendimento da RFB, no caso de alteração
for emitido pelas entidades conveniadas citadas nos incisos IV a VI de endereço para o exterior.
do caput do art. 24, deverá ser adotado o modelo constante do § 3º – A informação de óbito do titular resultará na mudança da
Anexo II. situação cadastral da inscrição no CPF para “Titular Falecido”,
prevista no inciso V do caput do art.2º.
Seção III
Dos documentos necessários à inscrição Seção II
e locais de solicitação Da alteração realizada pela RFB
Art. 6º – Ressalvada a hipótese prevista no inciso II do caput Art. 9º – Além das hipóteses enumeradas no Anexo IV, as
do art. 7º, a inscrição no CPF será solicitada conforme estabelecido alterações de dados cadastrais no CPF serão realizadas pela RFB:
no Anexo IV. I – caso haja solicitação de:
Parágrafo único – Além dos documentos relacionados no a) unidade prisional ou unidade socioeducativa de internação;
Anexo IV, poderão ser exigidos outros documentos, a critério da b) órgão público, entidade de assistência social ou entidade
RFB. de saúde pública ou privada, em razão da impossibilidade de solicita-
ção pela pessoa física ou seu representante, por meio dos canais de
Seção IV atendimento da RFB previstos no Anexo IV;
Da inscrição realizada pela RFB c) órgão de identificação civil para fins de emissão da CIN, nos
Art. 7º – Além das hipóteses enumeradas no Anexo IV, as termos de norma editada pela RFB; e
inscrições serão realizadas pela RFB nas seguintes hipóteses: d) Conselho Tutelar, para menores em situação de risco;
I – caso haja solicitação de: II – para inclusão ou exclusão de nome social de pessoa
a) unidade prisional ou unidade socioeducativa de internação; travesti ou transexual, mediante solicitação do interessado, confor-
me previsto no art. 6º do Decreto nº 8.727, de 28 de abril de 2016;
b) órgão público, entidade de assistência social ou entidade
III – no caso de informações disponibilizadas por terceiros, em
de saúde pública ou privada, em razão da impossibilidade de solicita-
conformidade com convênios celebrados para troca de informações;
ção pela pessoa física ou seu representante, por meio dos canais de
atendimento da RFB previstos no Anexo IV; IV – no interesse da administração tributária; e
V – em atendimento a determinação judicial.
c) órgão de identificação civil para fins de emissão da Carteira
§ 1º – Na alteração solicitada por unidade prisional ou por
de Identidade Nacional – CIN, nos termos de norma editada pela
unidade socioeducativa de internação, deverá ser observado o
RFB; e
disposto no Anexo V.
d) Conselho Tutelar, para menores em situação de risco;
§ 2º – A alteração efetuada em conformidade com o disposto
II – no interesse da administração tributária; e no inciso IV do caput será comunicada à pessoa física interessada
III – em atendimento a determinação judicial. por meio da emissão do:
§ 1º – Na inscrição solicitada por unidade prisional ou por I – Comprovante de Situação Cadastral no CPF, conforme
unidade socioeducativa de internação, deverá ser observado o modelo constante do Anexo VI, disponível no site da RFB na Inter-
disposto no Anexo V. net; ou
§ 2º – A inscrição realizada conforme disposto no inciso II do II – Comprovante de Situação Cadastral no CPF, acessado
caput será comunicada à pessoa física interessada. por meio do aplicativo da RFB para dispositivos móveis.

IMPOSTO DE RENDA • LEGISLAÇÃO COMERCIAL 026


IR-PESSOA FÍSICA FASCÍCULO 02/2024 COAD

§ 3º – A informação de óbito do titular resultará na mudança da § 3º – A inscrição constante da base de dados do CPF que se
situação cadastral no CPF para “Titular Falecido”, prevista no inciso encontre suspensa há, pelo menos, 5 (cinco) anos pode ser cance-
V do caput do art. 2º. lada de ofício.
§ 4º – Na alteração a que se refere o inciso II do caput, deverá
Seção II
ser observado o disposto nos Anexos VII e VIII.
Dos documentos necessários à regularização
CAPÍTULO V e dos locais de solicitação
DA PENDÊNCIA DE REGULARIZAÇÃO Art. 13 – A regularização da inscrição na situação cadastral
Seção I “Suspensa” será realizada conforme estabelecido no Anexo IV.
Da indicação e da comunicação § 1º – Além dos documentos relacionados no Anexo IV, pode-
rão ser exigidos outros documentos, a critério da RFB.
Art. 10 – A indicação de pendência de regularização será § 2º – A regularização de inscrição na situação cadastral
realizada quando não houver entrega de DIRPF, se obrigatória. “Suspensa” em razão de determinação judicial somente poderá ser
Parágrafo único – A situação cadastral “Pendente de Regula- efetuada em decorrência de outra determinação judicial.
rização” será comunicada por meio do: § 3º – Depois de 90 (noventa) dias contados da data de comu-
I – Comprovante de Situação Cadastral no CPF, conforme nicação da suspensão, a inscrição pode ser cancelada de ofício.
modelo constante do Anexo VI, disponível no site da RFB na Internet;
II – Comprovante de Situação Cadastral no CPF, acessado Seção III
por meio do aplicativo da RFB para dispositivos móveis. Da regularização realizada pela RFB
Seção II Art. 14 – Além das hipóteses enumeradas no Anexo IV, a
Da regularização da pendência regularização da situação cadastral “Suspensa” será realizada pela
RFB:
Art. 11 – A pessoa física regularizará a situação cadastral I – no caso de solicitação de:
“Pendente de Regularização” mediante a apresentação, ainda que a) unidade prisional ou unidade socioeducativa de internação;
em atraso: b) órgão público, entidade de assistência social ou entidade
I – da DIRPF a que estava obrigada; ou de saúde pública ou privada, em razão da impossibilidade de solicita-
II – da Declaração de Saída Definitiva do País. ção pela pessoa física ou seu representante, por meio dos canais de
§ 1º – A situação cadastral “Pendente de Regularização” será atendimento da RFB previstos no Anexo IV;
regularizada na RFB, quando houver erro na indicação de pendência c) órgão de identificação civil para fins de emissão da CIN, nos
ou em decorrência de decisão judicial ou administrativa. termos de norma editada pela RFB; e
§ 2º – A regularização será efetuada sem prejuízo da exigên- d) Conselho Tutelar, para menores em situação de risco;
cia do imposto que for devido e da imposição das penalidades cabí- II – no interesse da administração tributária; e
veis. III – em atendimento a determinação judicial.
CAPÍTULO VI § 1º – Na regularização da situação cadastral “Suspensa” soli-
DA SUSPENSÃO DA INSCRIÇÃO citada por unidade prisional ou por unidade socioeducativa de inter-
nação, deverá ser observado o disposto no Anexo V.
Seção I § 2º – A regularização da situação cadastral “Suspensa”,
Da suspensão e da comunicação quando realizada no interesse da administração tributária, será
Art. 12 – A suspensão da inscrição no CPF será realizada comunicada à pessoa física interessada por meio do:
pela RFB quando houver inconsistência cadastral ou em atendi- I – Comprovante de Situação Cadastral no CPF, conforme
mento a determinação judicial. modelo constante do Anexo VI, disponível no site da RFB na Inter-
§ 1º – A suspensão da inscrição no CPF será comunicada por net; ou
meio: II – Comprovante de Situação Cadastral no CPF, acessado
I – do Comprovante de Situação Cadastral no CPF, conforme por meio do aplicativo da RFB para dispositivos móveis.
modelo constante do Anexo VI, disponível no site da RFB na Internet; CAPÍTULO VII
II – do Comprovante de Situação Cadastral no CPF, acessado DO CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO
por meio do aplicativo da RFB para dispositivos móveis;
III – do serviço de notificação ao cidadão, constante do cadas- Seção I
tro digital do governo federal, disponível no endereço <https://www. Das formas de cancelamento
gov.br> ou no aplicativo da RFB para dispositivos móveis; Art. 15 – O cancelamento da inscrição no CPF poderá ocor-
IV – de mensagem eletrônica – e-mail ou Short Message rer:
Service (SMS); I – a pedido; ou
V – de carta; ou II – de ofício.
VI – de edital a ser publicado no site da RFB na Internet, nos
casos em que não for possível contatar a pessoa física pelos meios Seção II
relacionados nos incisos I a V. Do Cancelamento a Pedido
§ 2º – No período de 90 (noventa) dias, o e-CAC emitirá alerta Art. 16 – O cancelamento da inscrição no CPF a pedido ocor-
sobre a existência das comunicações relacionadas nos incisos I e II rerá exclusivamente quando constatada a multiplicidade de inscri-
do § 1º. ções pela própria pessoa física.

IMPOSTO DE RENDA • LEGISLAÇÃO COMERCIAL 025


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Parágrafo único – O cancelamento da inscrição no CPF será tral no CPF, disponível no site da RFB na Internet ou por meio do apli-
realizado em conformidade com o disposto no Anexo IV, ficando a cativo da RFB para dispositivos móveis.
critério da administração tributária eleger o número de inscrição no Art. 23 – A informação sobre o NI-CPF poderá ser obtida em
CPF a ser mantido válido. uma Serventia de Registro Civil de Pessoas Naturais ou em um dos
Seção III canais de atendimento da RFB, e será fornecida apenas para o titu-
Do Cancelamento de Ofício lar, representante legal ou procurador.
Art. 17 – Será cancelada de ofício a inscrição no CPF nas § 1º – No caso de pessoa física com 16 (dezesseis) ou 17
seguintes hipóteses: (dezessete) anos de idade, o NI-CPF poderá ser fornecido também a
um dos pais, a tutor ou a guardião.
I – atribuição de mais de um número de inscrição para uma
mesma pessoa física; § 2º – No caso de pessoa física falecida, o NI-CPF poderá ser
II – por decisão administrativa; ou fornecido:
III – por determinação judicial. I – ao inventariante, cônjuge, companheiro ou sucessor a
Parágrafo único – O cancelamento de ofício da inscrição no qualquer título, caso haja bens a inventariar; ou
CPF será comunicado por meio do: II – ao cônjuge, companheiro ou parente, caso não haja bens a
I – Comprovante de Situação Cadastral no CPF, conforme inventariar.
modelo constante do Anexo VI, disponível no site da RFB na Internet; § 3º – O NI-CPF também poderá ser fornecido aos órgãos
II – Comprovante de Situação Cadastral no CPF, acessado relacionados no inciso I do caput do art. 7º, nas hipóteses nele previs-
por meio do aplicativo da RFB para dispositivos móveis. tas.

CAPÍTULO VIII CAPÍTULO XI


DA DECLARAÇÃO DE NULIDADE DA INSCRIÇÃO DAS ENTIDADES CONVENIADAS
Art. 18 – Será declarada nula a inscrição no CPF em que for Seção I
constatada fraude. Dos Convênios
Art. 19 – A declaração de nulidade da inscrição no CPF será
realizada pelo titular da unidade da RFB ou por Auditor-Fiscal da Subseção I
Receita Federal do Brasil que constatar a fraude, por meio de Ato Das Entidades com as quais a RFB pode celebrar convênios
Declaratório Executivo, com indicação de sua motivação. Art. 24 – Para a execução dos atos perante o CPF, a RFB
Art. 20 – A declaração de nulidade da inscrição no CPF poderá celebrar convênios com as seguintes entidades:
produzirá efeitos retroativos à data de inscrição, ressalvado o dis-
I – Banco do Brasil S.A.;
posto no § 1º.
II – Caixa Econômica Federal – CEF;
§ 1º – Caso haja multiplicidade de inscrições fraudulentas
para a mesma pessoa física, estas ficarão vinculadas à inscrição III – Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT;
legítima, desde que comprovado, em processo administrativo em IV – órgãos públicos federais;
que sejam assegurados o contraditório e a ampla defesa, que a V – Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do
pessoa física tinha ciência da fraude e dela se aproveitou. Brasil – ARPEN-BR; e
§ 2º – Constatada a fraude ao final do processo administrativo, VI – Comissão de Valores Mobiliários – CVM.
o fato deverá ser comunicado aos órgãos responsáveis pela perse-
cução penal. Subseção II
Dos convênios celebrados pela RFB
CAPÍTULO IX
DO RESTABELECIMENTO DA INSCRIÇÃO Art. 25 – Os órgãos a que se refere o inciso IV do caput do
art.24 poderão praticar, de forma gratuita, os atos cadastrais previs-
Art. 21 – O restabelecimento da inscrição é o ato cadastral
tos no art. 3º, nos termos previstos em convênio.
praticado para reverter o cancelamento ou a nulidade da inscrição,
por decisão judicial ou administrativa. Art. 26 – Para praticarem atos perante o CPF, as entidades
§ 1º – O restabelecimento de inscrição na situação cadastral relacionadas no art. 24 deverão celebrar convênio com a RFB.
“Nula” será efetuado pelo titular da unidade da RFB ou por Audi- § 1º – Ressalvada a hipótese de serviço prestado a título
tor-Fiscal da Receita Federal do Brasil que constatar o erro da nuli- gratuito pelas conveniadas relacionadas nos incisos IV e V do caput
dade, por meio de Ato Declaratório Executivo. do art. 24, nos termos previstos em convênio, as entidades de que
§ 2º – O restabelecimento de inscrição na situação cadastral trata o caput poderão cobrar do interessado o valor correspondente
“Cancelada” em razão de determinação judicial somente poderá ser aos serviços de atendimento, conclusivo ou não conclusivo, sem
efetuado em decorrência de outra determinação judicial. qualquer ônus à RFB.
§ 2º – O valor referido no § 1º não excederá a quantia de
CAPÍTULO X R$ 7,00 (sete reais).
DA CONSULTA À SITUAÇÃO CADASTRAL E § 3º – A prática dos atos perante o CPF será efetuada de
AO NÚMERO DE INSCRIÇÃO NO CPF imediato, exceto nos casos previstos no art. 30, e implicará, obrigato-
Art. 22 – A consulta pública à situação cadastral do NI-CPF riamente, a entrega do Comprovante de Inscrição no CPF ao solici-
poderá ser realizada por meio do Comprovante de Situação Cadas- tante, conforme modelo constante do Anexo I.

IMPOSTO DE RENDA • LEGISLAÇÃO COMERCIAL 024


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Subseção III o CPF, os atos relacionados nos incisos I e II do caput do art. 3º, de
Da identificação dos atos da entidade conveniada forma conclusiva.
Art. 27 – Todos os atos praticados pelas entidades convenia- § 1º – As repartições diplomáticas e o MRE também podem
das serão identificados individualmente, mediante a indicação da iniciar o atendimento dos atos descritos nos incisos I, II, V e VI do
entidade na qual hajam sido praticados, do local, da data e hora de caput do art. 3º.
sua ocorrência, bem como do responsável pela inserção dos dados § 2º – No caso de atendimento conclusivo, as repartições
no CPF. diplomáticas e o MRE devem imprimir e entregar ao interessado o
Comprovante de Inscrição no CPF, conforme modelo constante do
Subseção IV Anexo II.
Da responsabilidade da entidade conveniada
CAPÍTULO XII
Art. 28 – A conferência dos documentos apresentados e a DISPOSIÇÕES GERAIS
fidelidade na transcrição dos dados informados perante o CPF serão
Art. 33 – Os documentos apresentados para fins de atos
de responsabilidade da entidade conveniada, ressalvado o disposto
cadastrais no CPF poderão ser originais ou cópias autenticadas,
no § 2º.
simples ou eletrônicas, obtidas por meio de digitalização.
§ 1º – As entidades conveniadas serão responsáveis, por si e
§ 1º – No atendimento presencial devem ser apresentados
por seus funcionários, pelo sigilo das informações de que tiverem
obrigatoriamente documentos originais ou cópias autenticadas.
conhecimento em decorrência dos atos praticados perante o CPF,
§ 2º – No caso de dúvida relativa à autenticidade ou à veraci-
inclusive quanto à reparação das irregularidades e dos danos causa-
dade de documento apresentado em cópia, ou diante da indisponibi-
dos ao interessado ou a terceiros.
lidade de meios para atestá-lo, a RFB poderá exigir a apresentação
§ 2º – Em relação a atos praticados com fundamento no do documento original, a qualquer tempo.
convênio celebrado com a entidade relacionada no inciso VI do caput § 3º – Para fins do disposto no caput, poderão ser exigidos:
do art. 24, a conferência dos documentos apresentados, a fidelidade I – apostilamento ou legalização consular de documentos
na transcrição dos dados informados perante o CPF e a guarda da estrangeiros; e
documentação apresentada serão de responsabilidade das institui-
II – tradução juramentada de documentos em língua estran-
ções financeiras representantes do investidor estrangeiro no Brasil.
geira.
Subseção V Art. 34 – Nas solicitações realizadas por procurador, devem
Do atendimento não conclusivo ser apresentados:
I – os documentos exigidos no Anexo IV, conforme o caso;
Art. 29 – São não conclusivos os atendimentos iniciados nas
II – documento de identificação oficial com foto do procura-
entidades conveniadas ou na Internet que necessitem ser concluí-
dor;
dos pela RFB.
III – documento do procurador que comprove sua inscrição no
Parágrafo único – Para o atendimento não conclusivo, será CPF; e
gerado protocolo de atendimento, contendo a relação de documen- IV – instrumento público ou particular de procuração.
tos que devem ser apresentados pelo interessado na RFB, em
Parágrafo único – O instrumento público de procuração lavra-
conformidade com o estabelecido no Anexo IV.
do no exterior ou o instrumento particular com firma reconhecida no
Art. 30 – Nos casos de atendimentos não conclusivos: exterior devem ser apostilados, caso tenha sido emitido em país
I – o código constante do protocolo de atendimento permitirá signatário da Convenção Haia, ou ter sua validade reconhecida por
ao solicitante acompanhar o andamento da solicitação pelo site da repartição consular brasileira, salvo disposição de lei, acordo ou
RFB na Internet; tratado internacional em contrário.
II – o código constante do formulário Ficha Cadastral de
Pessoa Física, para as solicitações efetuadas no exterior, permitirá o CAPÍTULO XIII
seu acompanhamento pelo site da RFB na Internet; e DISPOSIÇÕES FINAIS
III – o código constante do protocolo de atendimento iniciado Art. 35 – Para fins de inscrição no Cadastro Informativo de
em uma serventia de registro civil de pessoas naturais permitirá ao Créditos Não Quitados do Setor Público Federal – Cadin, nos termos
solicitante acompanhar o andamento da solicitação pelo endereço do inciso II do caput do art. 2º da Lei nº 10.522, de 19 de julho de
eletrônico disponibilizado pela ARPEN-BR. 2002, a situação cadastral “Nula” perante o CPF equivale à situação
cancelada.
Seção II Art. 36 – A Coordenação-Geral de Gestão de Cadastros e
Dos atos praticados por entidades conveniadas Benefícios Fiscais – Cocad poderá editar atos complementares à
Art. 31 – Os atos de inscrição, alteração de dados cadastrais aplicação do disposto nesta Instrução Normativa e para alterar seus
e regularização de situação cadastral “Suspensa” são praticados por Anexos.
entidades conveniadas, nos termos dos arts. 25 e 26. Art. 37 – Ficam revogadas:
I – a Instrução Normativa RFB nº 1.548, de 13 de fevereiro de
Seção III 2015;
Dos atos praticados por repartições diplomáticas brasileiras II – a Instrução Normativa RFB nº 1.588, de 7 de outubro de
no exterior e pelo Ministério das Relações Exteriores 2015;
Art. 32 – As repartições diplomáticas brasileiras no exterior e III – a Instrução Normativa RFB nº 1.718, de 18 de julho de
o Ministério das Relações Exteriores – MRE podem praticar, perante 2017;

IMPOSTO DE RENDA • LEGISLAÇÃO COMERCIAL 023


COAD FASCÍCULO 02/2024 IR-PESSOA FÍSICA/IR-FONTE

IV – a Instrução Normativa RFB nº 1.746, de 28 de setembro VIII – a Instrução Normativa RFB nº 1.957, de 29 de maio de 2020;
de 2017; IX – a Instrução Normativa RFB nº 1.961, de 29 de junho de
V – a Instrução Normativa RFB nº 1.760, de 16 de novembro 2020; e
de 2017; X – a Instrução Normativa RFB nº 2.034, de 24 de junho de
VI – a Instrução Normativa RFB nº 1.890, de 14 de maio de 2021.
2019; Art. 38 – Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de
VII – a Instrução Normativa RFB nº 1.938, de 15 de abril de sua publicação no Diário Oficial da União. (Robinson Sakiyama
2020; Barreirinhas)

Nota COAD: Os anexos desta Instrução Normativa podem ser acessados através do Portal COAD, em Legis-
lação > Busca de Atos.

IR-FONTE
LEI 14.803, DE 10-1-2024 PLANOS DE BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS
(DO-U DE 11-1-2024) Incidência do Imposto

Alterada a Lei sobre a tributação dos planos de benefícios previdenciários complementares


Este Ato altera a Lei 11.053, de 29-12-2004 (Informativo 53/2004 e Portal COAD), para permitir
a participantes e assistidos de plano de previdência complementar optarem pelo regime de
tributação por ocasião da obtenção do benefício ou do primeiro resgate dos valores acumulados.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA. Faço saber que o Con- ção do primeiro resgate referente aos valores acumulados em
gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: planos de benefícios operados por entidade de previdência
Art. 1º – O art. 1º da Lei nº 11.053, de 29 de dezembro de complementar ou por sociedade seguradora ou em Fapi e será
2004, passa a vigorar com as seguintes alterações: irretratável.
“Art. 1º –................................................................................... § 7º – (Revogado).
.......................................................................................................... § 8º – Caso os participantes não tenham exercido a opção
Remissão COAD: Lei 11.053/2004 pelo novo regime tributário de que trata este artigo, poderão os assis-
“Art. 1º – É facultada aos participantes que ingressarem a tidos, os beneficiários ou seus representantes legais fazê-lo, desde
partir de 1º de janeiro de 2005 em planos de benefícios de
caráter previdenciário, estruturados nas modalidades de que atendidos os requisitos necessários para a obtenção do benefí-
contribuição definida ou contribuição variável, das enti- cio ou do resgate.”(NR)
dades de previdência complementar e das sociedades Art. 2º – Os participantes de planos de benefícios de caráter
seguradoras, a opção por regime de tributação no qual os
valores pagos aos próprios participantes ou aos assistidos,
previdenciário, estruturados nas modalidades de contribuição defi-
a título de benefícios ou resgates de valores acumulados, nida ou contribuição variável, das entidades de previdência comple-
sujeitam-se à incidência de imposto de renda na fonte às mentar e das sociedades seguradoras, que fizeram a opção pelo
seguintes alíquotas:
regime de tributação de que trata o art. 1º da Lei nº 11.053, de 29 de
I – 35% (trinta e cinco por cento), para recursos com prazo
de acumulação inferior ou igual a 2 (dois) anos; dezembro de 2004, poderão exercer novamente a opção pelo regi-
II – 30% (trinta por cento), para recursos com prazo de me de tributação anterior à referida Lei até o momento da obtenção
acumulação superior a 2 (dois) anos e inferior ou igual a 4 do benefício ou da requisição do primeiro resgate feita após a publi-
(quatro) anos;
III – 25% (vinte e cinco por cento), para recursos com prazo cação desta Lei.
de acumulação superior a 4 (quatro) anos e inferior ou igual Parágrafo único – O disposto no caput deste artigo aplica-se
a 6 (seis) anos; também aos segurados de planos de seguro de vida com cláusula de
IV – 20% (vinte por cento), para recursos com prazo de
acumulação superior a 6 (seis) anos e inferior ou igual a 8 cobertura por sobrevivência.
(oito) anos; Art. 3º – Os valores pagos aos próprios participantes e segu-
V – 15% (quinze por cento), para recursos com prazo de rados ou aos assistidos ou beneficiários, a título de benefícios ou
acumulação superior a 8 (oito) anos e inferior ou igual a 10
(dez) anos; e
resgates, não estão mais sujeitos a mudanças no regime de tribu-
VI – 10% (dez por cento), para recursos com prazo de tação.
acumulação superior a 10 (dez) anos. Art. 4º – Ficam revogados o § 7º do art. 1º e o § 2º do art. 2º da
..........................................................................................”
Lei nº 11.053, de 29 de dezembro de 2004.
§ 6º – A opção de que trata o caput deste artigo poderá ser Art. 5º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
exercida até o momento da obtenção do benefício ou da requisi- (Luiz Inácio Lula da Silva; Carlos Roberto Lupi)

IMPOSTO DE RENDA • LEGISLAÇÃO COMERCIAL 022


IR-FONTE FASCÍCULO 02/2024 COAD

LEI 14.801, DE 9-1-2024 APLICAÇÃO FINANCEIRA


(DO-U DE 10-1-2024) Debêntures

Sancionada a Lei que cria as debêntures de infraestrutura


Este Ato dispõe sobre as debêntures de infraestrutura, cuja emissão fica permitida às sociedades de
propósito específico, concessionárias, permissionárias, autorizatárias ou arrendatárias, constituídas sob a
forma de sociedade por ações, objeto de distribuição pública, cujos rendimentos estarão sujeitos à incidência
do Imposto de Renda na fonte, conforme alíquotas vigentes para as aplicações financeiras de renda fixa.
Dentre outras medidas desta Lei, também destacamos:
– os recursos captados por meio da emissão de debêntures serão destinados à implementação de projetos
de investimento na área de infraestrutura ou de produção econômica intensiva em pesquisa, desenvolvi-
mento e inovação considerados como prioritários conforme a respectiva regulamentação;
– o regulamento mencionado, dentre outras condições, estabelecerá os critérios para o enquadramento
dos projetos, dispensada a exigência de aprovação ministerial prévia para projetos nos setores prioritários
nele listados e deverá ser publicado bienalmente, até o dia 31 do ano anterior ao período em que deverá
vigorar, ressalvado o primeiro regulamento a ser editado, que deverá ser publicado em até 30 dias após a
publicação desta Lei;
– o IR incidente sobre os rendimentos relacionados às debêntures será considerado antecipação do
devido em cada período de apuração ou na data da extinção, no caso de pessoa jurídica tributada com
base no lucro real, presumido ou arbitrado, e estará sujeito à tributação definitiva, no caso de pessoa física
e de pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional ou isenta;
– fixa que a pessoa jurídica emissora das debêntures poderá deduzir, para efeito de apuração do lucro
líquido, o valor correspondente à soma dos juros pagos ou incorridos, nos termos permitidos pela legis-
lação do IRPJ e da CSLL, e, adicionalmente, excluir, na determinação do lucro real e da base de cálculo da
CSLL, o valor correspondente a 30% da soma dos juros relativos às debêntures pagos no exercício;
– estabelece que debêntures emitidas na forma desta Lei não poderão ser adquiridas por pessoas ligadas
ao emissor, inclusive residentes ou domiciliadas no exterior;
– ficam alteradas as Leis 9.481, de 13-8-97(Informativo 33/97 e Portal COAD), 11.478, de 29-5-2007
(Fascículo 22/2007 e Portal COAD), e 12.431, de 24-6-2011(Fascículo 26/2011 e Portal COAD).

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA. Faço saber que o Con- § 2º – O regulamento a que se refere o § 1º deste artigo:
gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: I – estabelecerá os critérios para o enquadramento dos proje-
Art. 1º – Esta Lei dispõe sobre as debêntures de infraestru- tos, dispensada a exigência de aprovação ministerial prévia para
tura, promove alterações ao marco legal das debêntures incentiva- projetos nos setores prioritários nele listados;
das e do Fundo de Investimento em Participações em Infraestrutura II – poderá estabelecer critérios e medidas destinados a
(FIP-IE), do Fundo de Investimento em Participação na Produção incentivar o desenvolvimento de projetos que proporcionem benefí-
Econômica Intensiva em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação cios ambientais ou sociais relevantes;
(FIP-PD&I) e do Fundo Incentivado de Investimento em Infraestru- III – deverá ser publicado bienalmente, até o dia 31 do ano
tura (FI-Infra). anterior ao período em que deverá vigorar, ressalvado o primeiro
Art. 2º – Fica permitida às sociedades de propósito especí- regulamento a ser editado, que deverá ser publicado em até 30
fico, concessionárias, permissionárias, autorizatárias ou arrendatá- (trinta) dias após a publicação desta Lei; e
rias, constituídas sob a forma de sociedade por ações, a emissão de
IV – poderá ser alterado para incluir setores em que investi-
debêntures objeto de distribuição pública, cujos rendimentos estarão
mentos tenham se tornado prementes por imperativos de ordem
sujeitos à incidência do imposto sobre a renda na fonte, conforme
pública.
alíquotas vigentes para as aplicações financeiras de renda fixa, sem
prejuízo da emissão de ativos financeiros na forma do disposto no § 3º – Os critérios para o enquadramento dos projetos previs-
art. 2º da Lei nº 12.431, de 24 de junho de 2011. tos no inciso I do § 2º deste artigo deverão incluir:
§ 1º – Os recursos captados por meio da emissão de debêntu- I – setores com grande demanda de investimento em infraes-
res de que trata o caput deste artigo serão destinados à implementa- trutura; ou
ção de projetos de investimento na área de infraestrutura ou de II – projetos com efeito indutor no desenvolvimento econô-
produção econômica intensiva em pesquisa, desenvolvimento e mico local ou regional.
inovação considerados como prioritários na forma regulamentada § 4º – Consideram-se enquadrados os projetos que, na data
pelo Poder Executivo federal. de apresentação do requerimento de registro da oferta pública das

IMPOSTO DE RENDA • LEGISLAÇÃO COMERCIAL 021


COAD FASCÍCULO 02/2024 IR-FONTE

debêntures de que trata o caput deste artigo, atendam aos critérios b) conceda vantagem de natureza fiscal a pessoa física ou
estabelecidos no regulamento de que trata o § 2º deste artigo. jurídica não residente:
– sem exigência de realização de atividade econômica
§ 5º – O disposto neste artigo aplica-se somente às debêntu-
substantiva no país ou dependência;
res que atendam ao disposto nos §§ 1º, 1º-C e 2º do art. 1º da Lei
– condicionada ao não exercício de atividade econômica
nº 12.431, de 24 de junho de 2011 e que sejam emitidas desde a data substantiva no país ou dependência;
de publicação desta Lei até 31 de dezembro de 2030. c) não tribute os rendimentos auferidos fora de seu território
§ 6º – Aplica-se às emissões de que trata este artigo o ou o faça à alíquota máxima inferior a 17%;
disposto no inciso I do § 5º e nos §§ 6º e 8º do art. 2º da Lei nº 12.431, d) não permita o acesso a informações relativas à compo-
de 24 de junho de 2011. sição societária, titularidade de bens ou direitos ou às
§ 7º – As debêntures de que trata esta Lei poderão ser emiti- operações econômicas realizadas.
das por sociedades controladoras diretas ou indiretas das pessoas
§ 4º – Ato do Poder Executivo federal poderá autorizar, nas
jurídicas referidas no caput deste artigo, desde que constituídas sob
hipóteses e nas condições que especificar, a aquisição das debêntu-
a forma de sociedade por ações e que os recursos sejam destinados
res de que trata o art. 2º desta Lei por pessoa jurídica ligada residente
aos projetos considerados prioritários, observados os limites e as
ou domiciliada no exterior, desde que a aquisição seja realizada em
condições estabelecidos pelo Poder Executivo federal.
conexão com a emissão e a colocação no exterior de títulos a elas
§ 8º – Ato do Poder Executivo federal autorizará a emissão
relacionados.
das debêntures previstas no caput deste artigo com cláusula de va-
Art. 4º – Os rendimentos decorrentes das debêntures de que
riação da taxa cambial.
trata o art. 2º desta Lei ficam sujeitos ao imposto sobre a renda na
§ 9º – Para efeito do disposto no inciso I do § 2º deste artigo,
fonte à alíquota de 10% (dez por cento), quando auferidos pelos
poderá ser estabelecido no regulamento procedimento simplificado
fundos isentos no resgate, na amortização e na alienação de cotas
de aprovação ministerial prévia para setores que envolvam serviços
ou na distribuição de rendimentos, tais como os fundos de que tratam
públicos de titularidade dos entes subnacionais.
o art. 2º da Lei nº 11.312, de 27 de junho de 2006, o art. 1º da Lei
Art. 3º – O imposto sobre a renda incidente sobre os rendi-
nº 11.478, de 29 de maio de 2007, e o inciso II do caput do art. 1º e os
mentos relacionados às debêntures de que trata o art. 2º desta Lei
arts. 2º e 3º da Lei nº 12.431, de 24 de junho de 2011.
ficará sujeito à retenção na fonte e às alíquotas vigentes para as apli-
cações financeiras de renda fixa, e será: Esclarecimento COAD: O artigo 2º da Lei 11.312/2006
I – considerado antecipação do imposto de renda devido em (Informativo 26/2006 e Portal COAD) se refere aos fundos
cada período de apuração ou na data da extinção, no caso de pessoa de investimento em participações, fundos de investimento
jurídica tributada com base no lucro real, presumido ou arbitrado; e em cotas de fundos de investimento em participações e
II – sujeito à tributação definitiva, no caso de pessoa física e de fundos de investimento em empresas emergentes.
pessoa jurídica optante pela inscrição no Simples Nacional ou
Art. 5º – As debêntures de que trata o art. 2º desta Lei não
isenta.
podem ser adquiridas por pessoas ligadas ao emissor, inclusive resi-
§ 1º – O regime de tributação na fonte previsto neste artigo
dentes ou domiciliadas no exterior.
não se aplica aos rendimentos decorrentes de aplicações de titulari-
§ 1º – Para fins do disposto no caput deste artigo, conside-
dade das pessoas jurídicas referidas no inciso I do caput do art. 77 da
ram-se pessoas ligadas ao emissor:
Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995.
§ 2º – A alíquota zero estabelecida no art. 1º da Lei nº 12.431, I – as pessoas físicas que sejam:
de 24 de junho de 2011, não se aplica aos rendimentos decorrentes a) controladoras diretas ou indiretas, acionistas titulares de
das debêntures de que trata o art. 2º desta Lei. mais de 10% (dez por cento) das ações com direito a voto ou admi-
§ 3º – Os rendimentos decorrentes das debêntures de que nistradoras do emissor;
trata o art. 2º desta Lei, quando pagos, creditados, entregues ou b) cônjuges ou companheiros das pessoas referidas na alínea
remetidos a beneficiário residente ou domiciliado no exterior, ficam a deste inciso; e
sujeitos à incidência do imposto sobre a renda à alíquota de 15% c) parentes até o segundo grau, inclusive por afinidade, das
(quinze por cento), exceto quando auferidos por beneficiário resi- pessoas referidas na alínea a deste inciso;
dente ou domiciliado em país ou dependência com tributação favore- II – as pessoas jurídicas que sejam suas controladoras,
cida e por beneficiário de regime fiscal privilegiado, nos termos dos controladas ou coligadas, nos termos dos §§ 1º e 2º do art. 243 da Lei
arts. 24 e 24-A da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, caso em nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976; e
que será aplicada a alíquota de 25% (vinte e cinco por cento). III – os fundos dos quais alguma das pessoas físicas ou jurídi-
cas de que tratam os incisos I e II deste parágrafo seja cotista deten-
Esclarecimentos COAD: O artigo 24 da Lei 9.430/96 tora de mais de 10% (dez por cento) das respectivas cotas.
(Informativo 53/96 e Portal COAD) considera país com § 2º – Sem prejuízo do disposto nos arts. 60, 61 e 62 do Decre-
tributação favorecida aquele que não tribute a renda ou que
to-Lei nº 1.598, de 26 de dezembro de 1977, das penalidades e das
a tribute a alíquota máxima inferior a 17%.
hipóteses de responsabilidade previstas na legislação tributária, em
O artigo 24-A da mesma Lei, conceitua como regime fiscal
privilegiado aquele que apresentar, no mínimo, uma das caso de descumprimento das vedações previstas neste artigo, a
seguintes características: pessoa ligada adquirente ficará sujeita a multa equivalente a 20%
a) não tribute a renda ou que o faça à alíquota máxima infe- (vinte por cento) do valor das debêntures adquiridas e dos rendimen-
rior a 17%; tos delas decorrentes, recebidos ou creditados.

IMPOSTO DE RENDA • LEGISLAÇÃO COMERCIAL 020


IR-FONTE FASCÍCULO 02/2024 COAD

Esclarecimento COAD: Os artigos 60 a 62 do Decreto-lei II – terá forma de acompanhamento das etapas do projeto
1.598/77 (Portal COAD) especificam as hipóteses da distri- baseado nos dados autodeclarados pelo titular do projeto e nos rela-
buição disfarçada de lucros e o seu tratamento tributário. tórios por ele encaminhados periodicamente, por meio de guichê
único, aos Ministérios setoriais responsáveis.
§ 3º – O emissor das debêntures responde solidariamente
Art. 8º – O art. 1º da Lei nº 9.481, de 13 de agosto de 1997,
pela multa referida no § 2º deste artigo, nos casos:
passa a vigorar com as seguintes alterações:
I – de dolo, de fraude, de conluio ou de simulação; “Art. 1º – ..................................................................................
II – de prática dos atos ou das operações referidos no § 3º do ..........................................................................................................
art. 6º desta Lei; ou
III – em que a pessoa ligada adquirente for residente ou domi- Remissão COAD: Lei 9.481/97
ciliada no exterior. “Art. 1º – A alíquota do imposto de renda na fonte incidente
sobre os rendimentos auferidos no País, por residentes
Art. 6º – A pessoa jurídica emissora das debêntures de que ou domiciliados no exterior, fica reduzida para zero, nas
trata o art. 2º desta Lei poderá: seguintes hipóteses:
I – deduzir, para efeito de apuração do lucro líquido, o valor ..........................................................................................”
correspondente à soma dos juros pagos ou incorridos, nos termos
permitidos pela legislação do imposto sobre a renda e da Contribui- XIII – juros decorrentes de empréstimo externo, sujeito a
ção Social sobre o Lucro Líquido (CSLL); e registro no Banco Central do Brasil, contratado mediante emissão de
II – excluir, sem prejuízo do disposto no inciso I do caput deste títulos no mercado internacional, por sociedade de propósito especí-
artigo, na determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL, o fico e por concessionária, permissionária, autorizatária ou arrendatá-
valor correspondente a 30% (trinta por cento) da soma dos juros rela- ria, constituída sob a forma de sociedade por ações, e por suas so-
tivos às debêntures de que trata o art. 2º desta Lei, pagos naquele ciedades controladoras, para captação de recursos para a imple-
exercício. mentação de projetos de investimento na área de infraestrutura a
§ 1º – O benefício de natureza tributária previsto no inciso II do que se refere o art. 2º da Lei nº 12.431, de 24 de junho de 2011, consi-
caput deste artigo observará o disposto na lei de diretrizes orçamen- derados como prioritários na forma regulamentada pelo Poder Exe-
tárias. cutivo federal.
..........................................................................................................
§ 2º – Ato do Poder Executivo federal designará o órgão
§ 1º-A – O disposto no inciso XIII do caput deste artigo não se
gestor responsável pelo acompanhamento e pela avaliação do
aplica:
benefício de natureza tributária referido no inciso II do caput deste
I – a beneficiário residente ou domiciliado em país com tributa-
artigo para fins do disposto no art. 137 da Lei nº 14.116, de 31 de
ção favorecida nos termos dos arts. 24 e 24-A da Lei nº 9.430, de 27
dezembro de 2020.
de dezembro de 1996, caso em que será aplicada a alíquota de 25%
Esclarecimento COAD: O artigo 137 da Lei 14.116/2020 (vinte e cinco por cento); e
(Portal COAD) dispõe que as proposições legislativas II – aos juros pagos ou creditados por fonte localizada no
que concedam, renovem ou ampliem benefícios tributários Brasil à pessoa física ou jurídica vinculada nos termos do art. 23 da
deverão: Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, residente ou domiciliada
a) conter cláusula de vigência de, no máximo, cinco anos; no exterior, ainda que não constituída em país com tributação favore-
b) estar acompanhadas de metas e objetivos, preferencial- cida, caso em que será aplicada a alíquota de 30% (trinta por cento).
mente quantitativos; e c) designar órgão gestor respon- ..................................................................................................”(NR)
sável pelo acompanhamento e pela avaliação do benefício
tributário quanto à consecução das metas e dos objetivos Esclarecimento COAD: O artigo 23 da Lei 9.430/96, revo-
estabelecidos. gado pelo artigo 46 da Lei 14.596/2023 (Fascículo 24/2023
e Portal COAD) considera vinculada à pessoa jurídica
§ 3º – Sem prejuízo do disposto nos arts. 60, 61 e 62 do Decre- domiciliada no Brasil: a matriz desta, quando domiciliada
to-Lei nº 1.598, de 26 de dezembro de 1977, o benefício previsto no no exterior; a sua filial ou sucursal, domiciliada no exterior;
inciso II do caput deste artigo não se aplica aos atos ou às operações a pessoa física ou jurídica, residente ou domiciliada no
definidos em ato do Poder Executivo federal caracterizados pelo exterior, cuja participação societária no seu capital social a
abuso de forma jurídica ou pela deficiência de substrato econômico. caracterize como sua controladora ou coligada; a pessoa
jurídica domiciliada no exterior que seja caracterizada
Art. 7º – As debêntures emitidas em conformidade com o como sua controlada ou coligada; a pessoa jurídica domici-
art. 2º desta Lei e com o art. 2º da Lei nº 12.431, de 24 de junho de liada no exterior, quando esta e a empresa domiciliada no
2011, cujos valores captados sejam utilizados exclusivamente em Brasil estiverem sob controle societário ou administrativo
projetos de investimento que proporcionem benefícios ambientais comum ou quando pelo menos 10% do capital social de
ou sociais relevantes, serão objeto de avaliação externa específica cada uma pertencer a uma mesma pessoa física ou jurí-
para esse tipo de emissão, nos termos do regulamento. dica; a pessoa física ou jurídica, residente ou domiciliada
no exterior, que, em conjunto com a pessoa jurídica domici-
Parágrafo único – A emissão das debêntures de que trata o
liada no Brasil, tiver participação societária no capital social
caput deste artigo:
de uma terceira pessoa jurídica, cuja soma as caracterizem
I – seguirá procedimento simplificado de tramitação, incluída como controladoras ou coligadas desta; a pessoa física ou
análise prioritária em relação a projetos que não proporcionem bene- jurídica, residente ou domiciliada no exterior que seja sua
fícios ambientais ou sociais relevantes; e associada, na forma de consórcio ou condomínio, con-

IMPOSTO DE RENDA • LEGISLAÇÃO COMERCIAL 019


COAD FASCÍCULO 02/2024 IR-FONTE

forme definido na legislação brasileira, em qualquer em- § 10 – O FIP-IE e o FIP-PD&I terão os prazos máximos de 360
preendimento; a pessoa física residente no exterior que for (trezentos e sessenta) dias após obtido o registro de funcionamento
parente ou afim até o terceiro grau, cônjuge ou compa- na CVM para iniciar suas atividades e de 24 (vinte e quatro) meses
nheiro de qualquer de seus diretores ou de seu sócio ou
para se enquadrarem no nível mínimo de investimento estabelecido
acionista controlador em participação direta ou indireta;
a pessoa física ou jurídica, residente ou domiciliada no
no § 4º deste artigo.
exterior, que goze de exclusividade, como seu agente, ..................................................................................................”(NR)
distribuidor ou concessionário, para a compra e venda de
Esclarecimento COAD: O § 4º do artigo 1º da Lei 11.478/2007
bens, serviços ou direitos; e a pessoa física ou jurídica, resi-
prevê que no mínimo 90% do patrimônio do FIP-IE e do
dente ou domiciliada no exterior, em relação à qual a
FIP-PD&I deverão ser aplicados em ações, bônus de subs-
pessoa jurídica domiciliada no Brasil goze de exclusivi-
crição, debêntures, conversíveis ou não em ações, ou
dade, como agente, distribuidora ou concessionária, para a
outros títulos de emissão das sociedades de propósito
compra e venda de bens, serviços ou direitos. específico, desde que permitidos pela regulamentação da
CVM para fundos de investimento em participações.
Art. 9º – O art. 1º da Lei nº 11.478, de 29 de maio de 2007,
passa a vigorar com as seguintes alterações: Art. 10 – A Lei nº 12.431, de 24 de junho de 2011, passa a
“Art. 1º –................................................................................... vigorar com as seguintes alterações:
§ 1º – ....................................................................................... “Art. 1º –...................................................................................
.......................................................................................................... ..........................................................................................................

Remissão COAD: Lei 11.478/2007 Remissão COAD: Lei 12.431/2011


“Art. 1º – As instituições autorizadas pela Comissão de “Art. 1º – Fica reduzida a 0 (zero) a alíquota do imposto
Valores Mobiliários (CVM) para o exercício da adminis- sobre a renda incidente sobre os rendimentos definidos nos
tração de carteira de títulos de valores mobiliários poderão termos da alínea a do § 2º do art. 81 da Lei nº 8.981, de 20
constituir Fundo de Investimento em Participações em de janeiro de 1995 , quando pagos, creditados, entregues
ou remetidos a beneficiário residente ou domiciliado no
Infraestrutura (FIP-IE) e Fundo de Investimento em Partici-
exterior, exceto em país que não tribute a renda ou que a
pação na Produção Econômica Intensiva em Pesquisa,
tribute à alíquota máxima inferior a 20% (vinte por cento),
Desenvolvimento e Inovação (FIP-PD&I), sob a forma de
produzidos por:
condomínio fechado, que terão, respectivamente, por obje- I – títulos ou valores mobiliários adquiridos a partir de 1º de
tivo o investimento no território nacional em novos projetos janeiro de 2011, objeto de distribuição pública, de emissão
de infraestrutura e de produção econômica intensiva em de pessoas jurídicas de direito privado não classificadas
pesquisa, desenvolvimento e inovação. como instituições financeiras; ou
II – fundos de investimento em direitos creditórios constituí-
§ 1º – Para os efeitos desta Lei, consideram-se novos os dos sob a forma de condomínio fechado, regulamentados
projetos de infraestrutura implementados a partir da vigência desta pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM, cujo origi-
nador ou cedente da carteira de direitos creditórios não seja
Lei por sociedades especificamente criadas para tal fim, em: instituição financeira.
I – energia; § 1º – Para fins do disposto no inciso I do caput, os títulos ou
II – transporte; valores mobiliários deverão ser remunerados por taxa de
juros pré-fixada, vinculada a índice de preço ou à Taxa
III – água e saneamento básico; e Referencial – TR, vedada a pactuação total ou parcial de
IV – irrigação. taxa de juros pós-fixada, e ainda, cumulativamente, apre-
.......................................................................................................... sentar:
............................................................................................
§ 1º-A – Além dos dispositivos previstos no § 1º, conside- VI – procedimento simplificado que demonstre o compro-
ram-se novos os projetos de produção econômica intensiva em misso de alocar os recursos captados no pagamento futuro
pesquisa, desenvolvimento e inovação implementados a partir da ou no reembolso de gastos, despesas ou dívidas relacio-
vigência desta Lei por sociedades específicas criadas para tal fim e nados aos projetos de investimento, inclusive os voltados à
pesquisa, desenvolvimento e inovação.
que atendam à regulamentação do Ministério da Ciência e Tecnolo- § 1º-A – Para fins do disposto no inciso II do caput , a renta-
gia (MCT).” bilidade esperada das cotas de emissão dos fundos de
V – outras áreas consideradas como prioritárias pelo Poder investimento em direitos creditórios deverá ser referen-
Executivo federal, nos termos da Lei nº 12.431, de 24 de junho de ciada em taxa de juros pré-fixada, vinculada a índice de
preço ou à TR, observados, cumulativamente, os seguintes
2011. requisitos:
.......................................................................................................... ............................................................................................
§ 2º – Os novos projetos de que tratam os §§ 1º e 1º-A deste VI – procedimento simplificado que demonstre o objetivo de
artigo poderão constituir-se na expansão de projetos já existentes, alocar os recursos obtidos com a operação em projetos de
investimento, inclusive os voltados à pesquisa, ao desen-
implantados ou em processo de implantação, desde que os investi- volvimento e à inovação; e
mentos e os resultados da expansão sejam segregados mediante a ............................................................................................
constituição de sociedade de propósito específico ou sejam implan- § 1º-B – Para fins do disposto no inciso I do caput , os certifi-
tados por sociedade de propósito específico já constituída em razão cados de recebíveis imobiliários deverão ser remunerados
por taxa de juros pré-fixada, vinculada a índice de preço ou
de celebração de contrato de concessão, permissão, arrendamento à TR, vedada a pactuação total ou parcial de taxa de juros
ou autorização de empresa com entidade pública. pós-fixada, e ainda, cumulativamente, apresentar os se-
.......................................................................................................... guintes requisitos:

IMPOSTO DE RENDA • LEGISLAÇÃO COMERCIAL 018


IR-FONTE FASCÍCULO 02/2024 COAD

............................................................................................ I – estabelecerá os critérios para o enquadramento dos proje-


VI – procedimento simplificado que demonstre o compro-
tos, dispensada a exigência de aprovação ministerial prévia para
misso de alocar os recursos captados no pagamento futuro
ou no reembolso de gastos, despesas ou dívidas relacio- projetos nos setores prioritários nele listados; e
nados a projetos de investimento, inclusive os voltados à II – poderá estabelecer critérios e medidas destinados a
pesquisa, ao desenvolvimento e à inovação.” incentivar o desenvolvimento de projetos que proporcionem benefí-
cios ambientais ou sociais relevantes.
Esclarecimento COAD: O § 2º do artigo 81 da Lei 8.981/95
define rendimentos como quaisquer valores que consti- § 10 – Para efeito do disposto no inciso I do § 9º deste artigo,
tuam remuneração de capital aplicado, inclusive aquela poderá ser estabelecido no regulamento procedimento simplificado
produzida por títulos de renda variável, tais como juros, de aprovação ministerial prévia para setores que envolvam serviços
prêmios, comissões, ágio, deságio e participações nos públicos de titularidade dos entes subnacionais.”(NR)
lucros, bem como os resultados positivos auferidos em apli-
“Art. 3º – As instituições autorizadas pela Comissão de Valo-
cações nos fundos e clubes de investimento.
res Mobiliários ao exercício da administração de carteira de títulos e
valores mobiliários poderão constituir fundo de investimento que
§ 1º-C – O procedimento simplificado previsto no inciso VI dos
estabeleça em seu regulamento que a aplicação de seus recursos
§§ 1º, 1º-A e 1º-B deste artigo deverá demonstrar que os gastos, as
nos ativos de que trata o art. 2º desta Lei não poderá ser inferior a
despesas ou as dívidas passíveis de reembolso ocorreram no prazo
85% (oitenta e cinco por cento) do valor de referência do fundo.
de 60 (sessenta) meses, contado da data de encerramento da oferta
pública. ..........................................................................................................
§ 1º-A – O percentual a que se refere o caput deste artigo
..................................................................................................”(NR)
poderá ser de, no mínimo, 67% (sessenta e sete por cento) do valor
“Art. 2º –...................................................................................
de referência do fundo aplicado nos ativos no prazo de 2 (dois) anos,
.......................................................................................................... contado da data da primeira integralização de cotas.
§ 1º-B – O valor de referência de que trata o caput deste artigo
Remissão COAD: Lei 12.431/2011
“Art. 2º – No caso de debêntures emitidas por sociedade de será o menor valor entre o patrimônio líquido do fundo e a média do
propósito específico, constituída sob a forma de sociedade patrimônio líquido do fundo nos 180 (cento e oitenta) dias anteriores
por ações, dos certificados de recebíveis imobiliários e de à data de apuração.
cotas de emissão de fundo de investimento em direitos ..................................................................................................”(NR)
creditórios, constituídos sob a forma de condomínio fecha-
do, relacionados à captação de recursos com vistas em
Art. 11 – Sem prejuízo da atuação dos órgãos responsáveis
implementar projetos de investimento na área de infraes- pela supervisão setorial, a Secretaria Especial da Receita Federal do
trutura, ou de produção econômica intensiva em pesquisa, Brasil fiscalizará a adequação dos benefícios fiscais conferidos às
desenvolvimento e inovação, considerados como prioritá- debêntures previstas no art. 2º desta Lei e no art. 2º da Lei nº 12.431,
rios na forma regulamentada pelo Poder Executivo federal, de 24 de junho de 2011, e sujeitará os infratores a eventuais autua-
os rendimentos auferidos por pessoas físicas ou jurídicas
ções e penalidades.
residentes ou domiciliadas no País sujeitam-se à incidência
do imposto sobre a renda, exclusivamente na fonte, às Art. 12 – O Poder Executivo federal poderá facultar ao sujeito
seguintes alíquotas: passivo interessado, na forma do regulamento, a apresentação de
I – 0% (zero por cento), quando auferidos por pessoa físi- declaração relativa a atos ou a negócios jurídicos referidos no § 3º do
ca; e art. 6º desta Lei, a qual será tratada como consulta à legislação tribu-
II – 15% (quinze por cento), quando auferidos por pessoa
tária, nos termos dos arts. 46 a 58 do Decreto nº 70.235, de 6 de
jurídica tributada com base no lucro real, presumido ou
arbitrado, pessoa jurídica isenta ou optante pelo Regime março de 1972.
Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribui- Art. 13 – Até a entrada em vigor da alteração do § 1º-C do
ções devidos pelas Microempresas e Empresas de Peque- art. 1º da Lei nº 12.431, de 24 de junho de 2011, feita por meio do
no Porte (Simples Nacional). art. 10 desta Lei, o prazo a que se refere aquele dispositivo será de:
§ 1º – O disposto neste artigo aplica-se somente aos ativos
que atendam ao disposto nos §§ 1º, 1º-A, 1º-B, 1º-C e 2º do
I – 24 (vinte e quatro) meses, contado da data de encerra-
art. 1º , emitidos entre a data da publicação da regulamen- mento da oferta pública, a partir da data de publicação desta Lei;
tação mencionada no § 2º do art. 1º e 31 de dezembro de II – 36 (trinta e seis) meses, contado da data de encerramento
2030. da oferta pública, a partir do décimo terceiro mês seguinte ao da
§ 1º-A – As debêntures objeto de distribuição pública, publicação desta Lei; e
emitidas por concessionária, permissionária, autorizatária
ou arrendatária, constituídas sob a forma de sociedade por III – 48 (quarenta e oito) meses, contado da data de encerra-
ações, para captar recursos com vistas em implementar mento da oferta pública, a partir do vigésimo quinto mês seguinte ao
projetos de investimento na área de infraestrutura ou de da publicação desta Lei.
produção econômica intensiva em pesquisa, desenvolvi- Art. 14 – Esta Lei entra em vigor:
mento e inovação, considerados como prioritários na forma
I – quanto à alteração do § 1º-C do art. 1º da Lei nº 12.431, de
regulamentada pelo Poder Executivo federal também
fazem jus aos benefícios dispostos no caput, respeitado o 24 de junho de 2011, feita por meio do art. 10, no trigésimo sétimo
disposto no § 1º” mês seguinte ao de sua publicação; e
II – quanto aos demais dispositivos, na data de sua publica-
§ 9º – O regulamento a que se referem o caput e o § 1º-A deste ção. (Luiz Inácio Lula Da Silva; Antônio Waldez Góes da Silva;
artigo: Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho)

IMPOSTO DE RENDA • LEGISLAÇÃO COMERCIAL 017

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