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GUIAS ESPIRITUAIS

ORIXÁS
OXALA – Orixa de Cabeça (1º Orixa)
Oxalá Oxalufan – é o Oxalá mais velho, seu templo é em Ifon. Esse Oxalá anda
curvado por causa do tempo, os anos lhe pesam no corpo, ele é vagaroso como um
idoso com dores. É o Opaxorô que o sustenta, um bastão de metal branco com a
imagem de um pássaro. Está diretamente ligado com a tranquilidade, paz, sabedoria
e paciência.
Oxalá é o Orixá mais velho, filho de Olorum, e foi a ele que seu pai confiou o saco de
criação, para que pudesse criar o mundo. Mas, como todo Orixá, Oxalá deveria
seguir alguns procedimentos para fazer o ritual de criação. Ele, muito altivo e
presunçoso, recusou-se a fazer uma grande oferenda, achando que por ser o Orixá
mais velho isto não era necessário. Exú – o responsável por fiscalizar a entrada do
mundo do Além – não gostou nem um pouco da falta de respeito de Oxalá, e
quando ele passou pelo local o fez sentir uma grande sede que o obrigou a furar
uma palmeira com o seu Opaxorô.
O seu dia da semana é a sexta-feira. E o dia de comemoração é 25 de dezembro.
A cor característica de Oxalá é o branco, todas as suas qualidades estão sempre com
a mesma cor.
A saudação a Oxalá é: ÈPA BÀBÁ !

IANSÂ – 2º Orixa
Iansã, Yansã ou Oyá é a Orixá dos fenômenos climáticos. Ela é a força dos ventos, o
poder da natureza, e aquela que surge quando o céu se precipita em água e
ventania. É a garra, a independência e a força feminina.
Conta o seu mito que um dia ela ajudava Ogum na forja de metais com o objetivo de
fabricar ferramentas de trabalho, pois ambos queriam colaborar na construção do
mundo. Porém era parte de sua rotina também trabalhar em armas para guerrear,
pois os dois eram apaixonados por combate.
Iansã era uma ótima parceira de trabalho e a melhor companheira para Ogum por
ser uma guerreira livre. Juntos, eles adotaram Logunedé, que havia se perdido de
sua mãe Oxum, criando-o juntos por muito tempo.
Certo dia, o Orixá Xangô foi visitar seu irmão Ogum e encomendou algumas armas
para a guerra. Assim que o viu, Iansã se apaixonou por ele e abandonou seu antigo
companheiro, deixando Logunedé para ser criado apenas por Ogum.
O dia de Iansã é celebrado em 4 de dezembro. E o dia da semana em que ela
costuma receber as festas em sua homenagem é quarta-feira.
As cores de Iansã são o amarelo e o vermelho. As contas de seu cristal podem ser
vistas na cor amarela e o cor-de-rosa também é uma das cores que referenciam a
Orixá Iansã.

OGUM- 3º Orixa
A história Ogum sobre como esse guerreiro virou Orixá conta que um dia, ele foi
requisitado para uma batalha que não havia data certa para finalizar. Sendo assim,
ele solicitou para seu filho que era o dono do trono de Irê dedicar um dia no ano em
seu nome enquanto ele estivesse em batalha, toda população deveria jejuar e fazer
silêncio. Dessa forma ele partiu e permaneceu durante sete anos em batalha.
Ao retornar sedento e faminto, bateu em diversas casas pedindo bebida e comida,
mas ninguém o atendia, o silêncio na cidade era absoluto. Enfurecido pela falta de
consideração da população, Ogum não se controlou e dizimou toda a aldeia a fio de
espada. O Orixá só parou quando seu filho apareceu e com a ajuda de Exú,
controlou a fúria do pai sem entender o que o motivou a tamanha atrocidade.
Ogum então se explicou, disse que as pessoas deveriam ter-lhe recebido com festa
e presentes, mas ao contrário quando pediu uma bebida pois estava morto de sede,
eles o ignoravam.
Seu filho então o lembrou do pedido que ele fez antes de sair da vila, de um dia de
homenagem em silêncio, e aquele era o dia. Tomado por vergonha e remorso,
Ogum abriu o chão com sua espada e se enterrou de pé.
O dia de comemoração a Ogum é em 23 de Abril, data em que São Jorge foi
degolado ao defender os cristãos em Roma. O dia específico para esse Orixá é a
Terça-feira.
Suas cores características são os azuis escuros. Em algumas qualidades ele também
aparece com o uso do vermelho.
ENTIDADES DAS ENCRUZILHADAS
EXU TIRIRI
Os Exus Tiriris são de um mistério originado no Trono da Esquerda da Lei e trabalham na
vibração de Ogum. Por isso é que esses seres trabalham na irradiação da Lei e da Ordem,
atuando na vitalização da ordem e na retidão nos sete sentidos da vida.

Esses guardiões atuam, principalmente, quebrando, devolvendo e retornando, ou


seja, quebrando demandas e trabalhos energéticos negativos; devolvendo o que é
de cada um por direito; e retornando aquilo que foi feito para quem fez.

Quando um consulente passa com um Exu Tiriri, ele é trabalhado de forma que seus
negativismos internos sejam ordenados, as demandas sejam quebradas e os
caminhos sejam abertos. Quando essa entidade se apresenta a alguém é porque a
Lei Maior já ordenou o fim de uma ação negativa que existia na vida daquela pessoa.

Os Exus que trabalham dentro desse mistério recebem suas oferendas em


encruzilhadas, principalmente as de terra e as das estradas de ferro, mas também
podem solicitar que elas sejam feitas em uma pedreira, cachoeira ou campo aberto,
dependendo da sua necessidade.

Além disso, o orixá Exu Tiriri é chefe da legião de Exus combatentes do mal e
também atua nas Sete Irradiações Divinas, assim como a legião dos Setes, ou seja,
Sete Catacumbas, Sete Caveiras, Sete Encruzilhadas, entre outros.

Exu Tiriri também tem uma forte ligação com Exu Mirim. Para melhor
entendimento, é preciso dizer que Senhor Tiriri é o polo negativo do orixá Ibeji, ou
seja, o orixá que rege os Erês, as ditas crianças de umbanda.

Essa entidade também é considerada o Senhor da vidência, é aquele que vê mais


além, por isso é normalmente evocado na hora de jogar búzios, tanto na umbanda
quanto no candomblé.

Outro nome que você pode ouvir ao fazer uma busca com o nome dessa entidade é
Exu Tiriri Lonan, que, embora pareça ser alguém diferente, é apenas uma variação
do nome de Tiriri.

POMBA GIRA MARIA PADILHA DAS ALMAS


Maria Padilha das Almas é conhecida, também, por ajudar, em momentos de
necessidade, as mulheres que precisam de alguém que possa colaborar com
problemas sexuais ou férteis.
A família, em sua opinião, é de suma importância. Essa entidade recebe seus
trabalhos, despachos ou oferendas tanto no Cruzeiro do cemitério, quanto nas
encruzilhadas — isto só caberá a Maria Padilha das Almas decidir. Trabalha com os
Exus da Linha das Almas, e é uma das grandes associadas do Exu Tranca Ruas das
Almas.
A visão que se tem de Maria Padilha é na forma de uma linda mulher de estatura
mediano-alta, magra, de cabelos e olhos negros, cabelos longos e lisos, com roupas
muito curtas e sensuais.
Ela também impulsiva e apaixonante, procura saber tudo sobre o ajudado antes de
esboçar qualquer tipo de favor, no entanto, uma vez que entra em trabalho, ela não
sai enquanto tudo não estiver completamente resolvido. E nunca ninguém soube de
reclamações. O que ela diz que fará, o faz e com muita destreza.
Suas oferendas são feitas, normalmente, com cigarros, champanhe, rosas
vermelhas, perfumes, anéis e gargantilhas, batons, pentes, espelhos e farofas feitas
com azeite de dendê. Estas também podem ser feitas em encruzilhadas de T.
Homens e mulheres que buscam benevolência com essa entidade são geralmente
os sonham em amar como ninguém mas, com a mesma medida, podem odiar.
Dona Maria Padilha das almas tem um caráter marcante bem mais forte e autoritária
que as outras entidades não possuem, e que trabalham regularmente com ela. Essa
entidade nos passa o poder e a dignidade de Maria Padilha para concretizar todos
os desejos vindos do amor com orações.

ENTIDADES DE UMBANDA / JUREMA


ZÉ PELINTRA
Zé Pilintra ou Zé Pelintra (como é conhecido em alguns lugares) faz parte da Linhas
dos Malandros e possui uma grande importância para a representação daqueles que
se encontraram durante as suas vidas marginalizados pela sociedade, pois prova
através de sua ação como Guia Espiritual que o falso conceito de malandro nada
mais é do que um esteriótipo criado por aqueles que não possuem a visão dos
verdadeiros desafios no caminho dos humildes.
Zé Pilintra é muito adorado e respeitado como entidade espiritual de origem afro-
brasileira. Ele enche o coração de todos com alegria e a boa malandragem.
Admirado na Umbanda, é considerado como um espírito humilde, de bondade
plena, patrono dos bares, rei da vida noturna, boêmio e apaixonado por jogos e
disputas.
Ele é a lição para os menos informados de que nem todos os desafortunados no
sistema de um país, representam alguma ameaça para a sociedade, e que devemos
respeitar e dar valor aos que mesmo perante tanta dificuldade, ainda pagam com
um belo sorriso os mais julgadores olhares.
Zé Pilintra na Umbanda é a única entidade que é aceita em dois rituais – que são
totalmente opostos – na Linha da Esquerda (Linha da sombra, regida pelo Orixá
Exú, onde apresenta maior ligação e sintonia com as características humanas para
entregar os aconselhamentos) surge como um tipo de Exú junto com os Exús e
Pombagiras e na Linha da Direita, (lado da Luz, de onde regem todos os outros
Orixás) ele se apresenta com os Malandros nos rituais de Caboclos e Pretos-Velhos.
O Zé Pilintra aparece no terreiro – assim como todo Malandro – para tirar energias
negativas, expulsar ações malignas que são geradas pelo preconceito, trazer
purificação para a alma dos que necessitam, cura para todos setores e abertura de
caminhos para todo tipo de assunto.

CABOCOLO DA PENA BRANCA


O Caboclo Pena Branca aceita ser chamado por esse nome e se caracteriza como
“um homem na missão do Pai”, mesmo sendo considerado um mestre Ascenso, que
significa que ele é um ser extremamente evoluído espiritualmente, o Caboclo Pena
Branca prefere ser intitulado como um caboclo tronado. Ele possui diversas funções
e responsabilidades, porém, não se sente bem quando chamado de comandante,
em seu coração, possui apenas humildade e vê sua missão como um compromisso e
um dever com o progresso de todos os povos.
Uma das grandes características do índio é que ele não gosta de ser glorificado ou
que as pessoas o tomem como um ser superior, ele defende com muita seriedade
que o único ser superior em nossas vidas é Deus e que devemos todo o nosso amor
e confiança somente a Ele.
“Não autorizo nem peço para ninguém me glorificar nem a qualquer outro mestre
senão ao próprio Deus”.
O Caboclo Pena Branca zela sempre por se apresentar em lugares onde o respeito e
a humildade com o próximo esteja presente, ele se priva de estar em lugares onde a
maldade faz morada. Entre suas lamentações está o sentimento de tristeza pela
humanidade sem luz e que se esqueceu de lutar pelo que é bom.
É somente através do coração que se constrói um caminho para a luz. Quando
permanecemos nos caminhos de luz, estaremos sempre nos caminhos de Deus e
por meio dele alcançaremos o céu e tudo o que o bem nos reserva.
“Primeiramente organizem e geometrizem a mente de vocês, depois a casa de
vocês depois terá maravilhosos progressos e materializações”.
Quanto mais buscamos o bem e praticamos o bem, mais nos aproximamos da Luz
que está em Deus e que também está dentro de nossos corações. Os maiores
ensinamentos do Caboclo Pena Branca sempre serão a busca pelo bem e pela
humildade.
PRETO VELHO PAI CIPRIANO DAS ALMAS
Cipriano foi escravizado na tenra idade, trabalhou nas roças de café, cana de açúcar
e trigo de sol a sol por longos e longos anos. Contudo, a noite na senzala, ele se
empenhava com os mais velhos em aprender as magias, benzeduras e todas as
coisas místicas com todos os negros mais velhos, que eram, cada um especialista
em determinada coisa desse gênero. E Cipriano, por ser extremamente dedicado
ao que fazia, se apegou em todas as formas de magia e benzeduras, aprendia um
pouco com cada um dos seus mestres negros. E foi assim que se tornou um
grande benzedor e entendedor de magias africanas, fazendo delas um ponto
positivo para auxiliar a todos que delas necessitavam, e que ele procurava ajudar
com toda a dedicação e carinho. Por esse motivo Cipriano ficou conhecido por
toda região, como o negro que retirava espíritos sem luz, que curava com suas
magias, que acalmava as dores com suas benzeduras, além de ser um dos mais
entendidos sobre ervas e suas benevolências.
Ele quando chega ao terreiro, muitas pessoas parecem temer por saber quem ele é,
e o que ele representa na Umbanda. Muitos assemelham esse Preto Velho com um
bruxo, ou o senhor da cruz de caravaca, cruz essa que se é utilizada pelos senhores
da alta magia. Mas Pai Cipriano é apenas uma bela Entidade de Luz, que foi
abençoada por Deus, Pai Oxalá e todos os Orixás, para poder retornar como
Entidade para auxiliar os necessitados, e isso ele faz extremamente bem. Uma
característica desse Preto Velho e chegar nos terreiros de Umbanda de joelhos, ou
arrastando uma das pernas ou mesmo as duas, e isso tem um motivo que faz parte
de sua história na vida terrena, ainda como escravo.

CIGANO JUAN
O Cigano Juan foi um homem espanhol muito vaidoso. Sempre preocupado com a
sua aparência, ele se apresentava sempre com chapéu de veludo, coletes bordados,
muitos anéis e cordões com pedras no pescoço. Sempre que vem à Terra, ele pede
um copo de vinho tinto em taça alumínio. Pede também uma faixa para colocar na
cintura, de qualquer cor, pois diz gostar de todas as cores, que o colorido lembra as
suas matrizes ancestrais. É muito difícil engana-lo, pois é uma pessoa muito
desconfiada, ele nunca olha nos olhos de ninguém pois tem medo que leiam seus
pensamentos. Ele é moreno, tem cabelos e olhos pretos e usa 21 punhais de prata.
Apesar de ser uma pessoa muito simpática, durante as suas consultas ele é muito
sério, com semblante fechado. Ele relaxa quando vai falar sobre sua vida enquanto
encarnado, orgulha-se de suas histórias. Fala das grandes festas e noitadas, da
beleza das ciganas e das grandes viagens que fez em vida. Não se esquece também
de falar das dificuldades que enfrentou com amigos e familiares ao ter de armar
acampamentos, erguer tendas, invadir terrenos, e estar sempre de mudança, como
era o costume.
A irradiação de Juan é voltada para justiça, para o conhecimento e para a evolução
espiritual. Ele aparece quando é preciso que as pessoas racionalizem, ele não indica
que ninguém aja por impulso. Ele mostra como todos os seres humanos possuem
um ponto de equilíbrio e que possuem sabedoria, que eles precisam ser aflorados.
Ele é um grande incentivador dos estudos e do trabalho, usa os dados para predizer
o futuro e traz os seus orientandos à realidade, mesmo que ela seja dura.

CIGANA DE JADE
Está Cigana é de origem Marroquina e viajou por todos os países do Oriente Médio.
Era do mesmo Clã da Cigana Madalena. Ela foi umas grande dançarina de sua tribo
se tornou uma mulher muito famosa por sua dança inebriante.

Ela gosta de vestimentas tradicionais árabes como lenços e véus em tons de verde
vivos. Usa uma pedra verde (de preferência de jade) como talismã por isso muitas
vezes é confundida com a Cigana Esmeralda.
Jade gosta de trabalhar com pedras verdes, grãos de café, velas verdes, cobre e
marrom e incensos. Não gosta muito de bebidas alcoólicas, preferindo chás e o
tradicional café árabe.
Suas magias são para o despertar mental, a concretização de objetivos e cura
emocional. Adora a noite e diz que sua magia é feita através da energia das estrelas.
Cigana encantadora, de voz meiga e quando incorporada em seus médiuns
imediatamente cobre seu rosto deixando somente seus olhos para serem vistos.
Energiza as pessoas através de sua dança com véus.
Salaam aleikun Jade!

Salve o Povo Cigano!

Optchá! :sparkles: :dancer: 🌙🦉

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