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Aluno:
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Orientador:
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Trabalho de Fim de Curso apresentado a Faculdade de
Engenharia e Ciências do Mar – Universidade de Cabo Verde, para
obtenção do grau de Licenciatura em Engenharia Mecânica.
Dedicatória
I
“A Imaginação, é mais importante que o conhecimento”
Albert Einstein
II
Agradecimentos
III
Resumo
A necessidade de realizar trabalho com mínimo esforço de modo cada vez mais
eficiente, diminuindo o trabalho braçal a fim de elevar o nível de produtividade, tornou-se
prioridade com a evolução das indústrias em geral. A mecanização e a automatização tenderam
a reduzir os custos da mão-de-obra, porém, muitas vezes provocaram um aumento no capital
investido em equipamentos, onde tudo isso deve então ser compensado por melhor qualidade
de produto e um aumento substancial da produtividade.
Enquadrado no mesmo contexto, o presente trabalho têm como principal objetivo
dimensionar um sistema automatizado de carga e descarga de gás butano de 102 kg, um sistema
adaptável aos veículos pesados de mercadorias, onde o princípio de funcionamento se iguala a
de uma ponte rolante automatizada, que visa substituir o trabalho braçal nas operações de carga
e descarga de gás butano de 102 kg, estabelecendo segurança e qualidade de serviço.
O software “Solidworks” é utilizado para o esboço do modelo estrutural do sistema,
efetuando análise estáticas e análise de fadiga da estrutura, análises estas que assegura a
segurança e efetividade do modelo estrutural. O modelo estrutural permite deslocamento nas
direções longitudinal, transversal e vertical, pois este é composto por acionamentos que
proporcionam o movimento para a deslocamento da carga e para o içamento da carga. Os
motores elétricos e os redutores sendo componentes dos acionamentos, são dimensionados de
forma a atender um consumo mínimo de energia, e que adaptam ás condições exigidas.
É de salientar que todo o processo é automatizado a fim de ser efetuado por um controle
remoto, em que o circuito que compõe a parte elétrica do sistema, é desenvolvido a partir do
software “Cade Simu” no âmbito automatizar o sistema.
O sistema proposto assegura vantagens relevantes no que refere ao uso do mesmo, com
um estudo de viabilidade económica que certifica o mínimo custo possível para a sua
implementação.
IV
Abstract
The need to perform work with minimum effort in an increasingly efficient manner,
reducing manual labor to raise the level of productivity, has become a priority with the evolution
of industries in general. Mechanization and automation tended to reduce labor costs, but often
led to an increase in equipment capital, where all of this should then be offset by better product
quality and a substantial increase in productivity.
In the same context, the main objective of the present work is to design an automated
102 kg butane gas loading and unloading system, a system adaptable to heavy goods vehicles,
where the principle of operation is equal to that of an automated crane, which aims to replace
manual labor in the loading and unloading operations of 102 kg butane, establishing safety and
quality of service.
“Solidworks” software is used for sketching the structural model of the system,
performing static analysis and structural fatigue analysis, which ensures the safety and
effectiveness of the structural model. The structural model allows displacement in the
longitudinal, transverse and vertical directions, as it is composed of drives that provide the
movement for the displacement of the load and for the lifting of the load. Electric motors and
gear units, being components of the drives, are sized to meet minimum energy consumption
and adapt to the required conditions.
It is noteworthy that the whole process is automated in order to be performed by a remote
control, in which the circuit that makes up the electrical part of the system is developed from
the software “Cade Simu” in the scope of automating the system.
The proposed system assures relevant advantages regarding its use, with an economic
feasibility study that certifies the minimum possible cost for its implementation.
V
Lista de Figuras
VI
Figura 31: Percentagem de dano nas vigas de suporte base ..................................................... 63
Figura 32: Diagrama de corpo livre das vigas de estrutura base. ............................................. 64
Figura 33: Diagrama de corpo livre - Secção1 ........................................................................ 65
Figura 34: Diagrama de corpo livre - secção 2 ......................................................................... 65
Figura 35: Diagrama do esforço cortante nas vigas da estrutura base...................................... 66
Figura 36: Diagrama de corpo livre do momento fletor ........................................................... 66
Figura 37: Diagrama de corpo livre do momento fletor – Secção 2......................................... 67
Figura 38: Diagrama de corpo livre do momento fletor – Secção 3......................................... 67
Figura 39: Diagrama de momento fletor nas vigas da esturra base. ........................................ 67
Figura 40: Fatores mínimo de segurança para cabos de aço .................................................... 68
Figura 41: Forma construtiva do cabo de aço 7x19 e 6x19 ...................................................... 69
Figura 42: Perda Percentual devido a relação D/d ................................................................... 71
Figura 43: Relação entre a razão pressão e resistência e números de flexões até falhar .......... 73
Figura 44: Grafcet do Sistema de Carga e Descarga de Gás Butano 102kg ............................ 75
Figura 45: Inversor de frequência movitrac B OXS ................................................................. 76
Figura 46: Conversor de potência DC – AC ............................................................................ 77
Figura 47: Circuito elétrico parte 1 – acionamentos e inversores de frequência ...................... 78
Figura 48: Circuito elétrico parte 2 – inversor de frequência ................................................... 78
Figura 49: Circuito elétrico parte 3- painel elétrico ................................................................ 79
Figura 50: Comandos em Linguagem Laedder para programação do PLC ............................. 80
Figura 51: Entradas e saídas do PLC ........................................................................................ 80
Figura 52: Conversor de potência Orion-Tr DC-DC 24-5 ....................................................... 81
Figura 53: Vida média em função da potência ........................................................................ 84
VII
Lista de Quadro
VIII
Lista de Símbolos
II
Índice
1. Introdução ............................................................................................................. 1
3. Metodologia ........................................................................................................ 20
6. Conclusão ........................................................................................................... 88
8. Anexo ................................................................................................................. 92
I
1. Introdução
Ao longo dos anos os homens têm vindo a criar soluções que diminuíssem o esforço
para transportar cargas de forma mais simples e prático, principalmente nas áreas onde exigem
estabilidade e segurança. Atualmente este tem sido desenvolvido junto com automatização de
processos.
“Entende-se por desperdícios todo insumo consumido de forma não eficiente e não
eficaz desde materiais e produtos defeituosos, até atividades desnecessárias” (Bornia, 2002,
apud Sordi 2016, p. 11).
No cenário atual de competitividade por melhores níveis de serviços e redução de custo
associados desde a transformação da matéria bruta até distribuição do produto final, tem sido
um fator fulcral para sobrevivência de qualquer empresa. Com este foco as empresas buscam
aplicar a automação para assegurar maior nível de independência, tanto na produção como no
fornecimento de bens e serviços. Sabe-se que a qualidade no fornecimento de bens e serviço é
um ponto forte para expansão de qualquer empresa, e neste quadro que este trabalho se enquadra
visando o dimensionamento de um sistema automatizado de carregamento e descarregamento
de gás butano de 102 kg que tem mesmo princípio de funcionamento que uma ponte rolante
automatizada, para prestações de serviços no que se toca a distribuição do gás de 102 kg.
Trata-se de um equipamento em que estrutura deste é adaptado a veículos pesados de
mercadorias, propriamente Dynas do modelo 250, no qual será normalmente instalada dentro
da carroçaria do mesmo, sendo possível movimentar cargas nas direções longitudinal,
transversal e vertical, através de comandos elétricos executados a partir de um controle remoto.
O tipo do veiculo pesado de mercadoria a qual o modelo estrutural é adaptado é
concebido por ser o mais comum no processo de distribuição de garrafas gás butano.
De realçar que a instalação deste tipo de equipamento é mais comum dentro das
empresas, onde o objetivo é de melhorar o processo produtivo, mas são originalmente criadas
para atender a indústria portuária. Estes são caracterizados pela sua versatilidade, elevado ciclo
de operação, operando em lugares e situações criticas, onde a utilização do trabalho braçal e/ou
outros dispositivos se torna limitada, podendo estes mecanismos ser sempre que possível
dimensionados conforme as necessidades e restrições físicas, proporcionando segurança,
estabilidade, facilidade de manuseio de cargas com um nível esperado de disponibilidade para
atender as demandas exigidas.
1
1.1. Justificativa
Segundo o estudo de campo prévio, por meio de pesquisa enquadrado nos questionários
e uma análise do resultado sobre o problema de fornecimento de serviço, averiguou-se diversos
aspetos que condicionam o desenvolvimento de um projeto que solucionasse o problema, a
ponto de assegurar a necessidade de melhores condições de serviço em benefício das empresas
como para os operários submetidos ao serviço.
Em princípio não há num plano de instalação ou de canalização de gás butano no que se
refere a prestação de serviços a grandes empresas que dependem literalmente desse serviço,
sem referir a casos doméstico, com fim de eliminar a distribuição que se realiza em viaturas de
pesado de mercadoria.
Atualmente as empresas não dispõe de nenhum maquinário para auxiliar ou mesmo
excluir o trabalho manual. Na maioria das vezes para carga e descarga de gás butano 102 kg o
operário precisa improvisar algum tipo de engenho inadequado ou mesmo aumentar a mão-de-
obra para executar o serviço, mesmo estando sujeitos a riscos que podem prejudicar a própria
saúde.
O fato deste serviço reverte-se em depender da disponibilidade dos operários
empregados na operação de carga e descarga, consta pouca eficiência sem favorecer um número
significativo de demanda por dia.
2
1.2.Objetivos
3
1.3. Estrutura do Trabalho
4
2. Fundamentação Teórica e Revisão da Literatura
Para cada tipo de aplicação existe um equipamento ideal, dimensionado com rigor para
um determinado fim, onde cada componente do sistema é projetado dentro das restrições de
operação. Este projeto segue o mesmo princípio.
5
De acordo com Rudenko (1976), “as máquinas de elevação e transporte devem ser
mecanizadas ao máximo possível, de modo a empregar um pequeno número de trabalhadores
para controle, manutenção e serviços auxiliares” (Brito et al., 2017, p. 13).
Gobbo (2017) afirma que os sistemas de movimentação de cargas incluem no seu grupo
os aparelhos e dispositivos que elevam e movimentam cargas cujas massas estão compreendidas
pelos limites das suas capacidades nominais. O autor destaca que a eficiência na movimentação
de carga é uma relação direta da especificação técnica adequada a cada uso particular, onde
depende de vários fatores, dentre os mais importantes são:
O quê? – A carga a ser movimentada e/ou transportada deve possuir todas as suas
características definidas (composição química, estado, físico, forma, textura, tipo de
embalagem, condições particulares de segurança, massa total, fragilidade, …);
Onde? – É necessário conhecer, com precisão, o local da carga e descarga e as respetivas
particularidades destas locações (presença de ventos, movimentação sobre processos, fluxo de
pessoas, obstáculos, …);
Com que velocidade? – Deve-se analisar quanto tempo será necessário para efetuar o
transporte da carga (velocidade de içamento, translação, descarga, …);
Como? – Quais serão os movimentos e os deslocamentos necessários para a realização
da movimentação da carga. (elevação, giro, translação, …);
Essas dentre outras análises, são bastante importantes para que os dimensionamentos
sejam cada vez mais preciso e compacto, ou a fim de minimizar a subutilização dos
equipamentos de movimentação de cargas, bem como possibilitar trabalhos com padrões de
segurança adequados.
6
Pontes rolantes são aparelhos de elevação de cargas, constituídos de uma ou duas vigas
principais, apoiados rigidamente sobre vigas testeiras móveis. Sobre as vigas principais se
deslocam um ou mais carros, dotados de sistema de elevação (Ferraresi & Rufino, apud Langui,
2001).
As pontes rolantes constam de uma viga suspensa sobre um vão livre que roda sobre
trilhos, a viga é dotada de um carrinho que se movimenta sobre trilhos. As pontes rolantes com
talha constam de uma viga “I”, cuja aba inferior se apoia uma talha com carro trolley (Dias,
1993, apud Langui 2001).
As pontes rolantes foram originalmente criadas para atender a indústria portuária, com
o passar do tempo, passou a ser comummente utilizada na construção naval, em indústrias de
fundição, entre outras áreas que exigem estabilidade e segurança no transporte de cargas muito
pesadas, e são projetadas hoje em dia para atender diversos tipos de aplicações. Atualmente são
utilizadas como uma solução bastante eficiente na movimentação de carga em percursos e
distância pré-definidas.
“Algumas frações da indústria são altamente dependentes deste engenho, como por
exemplo, siderurgia, papel e celulose, montagem industrial e indústria metal mecânica, entre
outros”(Costa, 2013 p. 1).
Com base em suas características construtivas, os tipos pontes rolantes a que mais se
enquadram do presente trabalho, são caracterizadas como ponte rolante apoiada e ponte rolante
suspensa, podendo ser uni-viga ou de dupla-viga. A definição de qual modelo de ponte rolante
a se usar é determinada pelo projetista, pela análise do local, verificação de possíveis restrições,
o tipo de carga, e como precisa ser transportado.
7
2.4.1. Ponte rolante apoiada
Esse tipo de ponte, a viga principal se desloca por cima dos trilhos do caminho de
rolamento, normalmente possui travamento horizontal que impede o balanço lateral. Estes
trilhos são sustentados pelas colunas de concreto ou por colunas de aço especialmente
fabricadas para a estrutura do caminho. Este modelo de ponte rolante, possuí um trilho de até
30m, e são extremamente adaptáveis aos locais de instalação, sendo uma ótima opção para
locais com altura reduzida abaixo do caminho de rolamento, pois este permite um melhor
aproveitamento da altura.
A viga principal para esse tipo de ponte rolante se desloca por baixo do caminho de
rolamento, se transladando pela aba inferior da viga principal, aproveitando assim o máximo
de largura disponível e eliminando a necessidade de estrutura auxiliar no piso. As aproximações
laterais do gancho são menores do que qualquer outro tipo de ponte rolante, pois a viga principal
avança além do vão do caminho de rolamento, possibilitando o máximo aproveitamento da
largura do espaço em que se encontra. Outra particularidade dessa construção de ponte rolante
é a possibilidade de combinação com outras pontes rolantes, utilizando um único mecanismo
de elevação e translação da carga.
Ambos os dois tipos de ponte rolante citada anteriormente podem ser uni-viga, ou seja,
é constituída por duas cabeceiras e uma única viga principal onde um ou dois carros trolley se
sustentam a(s) talha(s), ou podem ser de dupla-viga, que é similar à ponte uni-viga, porém
possuí duas vigas por onde o carro trolley se desloca sustentando a(s) talha(s). O carro trolley
geralmente percorre em trilhos que são normalmente fixados na parte superior no caso da ponte
rolante apoiada, e na aba inferior no caso de ponte rolante suspensa.
8
Figura 1: Ponte rolante apoiada uni-viga.
Fonte: Direct Industry.
Para construção dupla-viga a diferença está na adoção de duas vigas principal em vez
de uma única viga.
De acordo com Passos (2011), considerando pontes rolantes uni-viga, as vigas principais
podem ser constituídas de viga tipo “I” laminada ou viga tipo “caixão” soldada. Geralmente
esse tipo de ponte é aplicado para capacidades de cargas que podem chegar até 15 toneladas
(Sordi, 2016).
9
de ponte rolante pode atender uma capacidade de carga de até 300 toneladas e vão de 70m
(Sordi, 2016).
Gobbo (2017) afirma que outra possibilidade de classificação pode ser desenvolvida em
função do fator de utilização da ponte rolante, como:
Pontes rolantes são compostas por vários componentes onde cada qual desempenha uma
função única e específica. Esses componentes são projetados de modo que oferece maior
eficiência na movimentação em relação direta a especificação técnica adequada a cada uso
particular. Basicamente são eles: viga principal, caminho de rolamento, cabeceiras, carro
trolley, talha, acionamentos, motores elétricos, redutores, rodas, painel elétrico, amortecedores
de impactos e sistema de controlo.
10
Figura 3: Legenda Ponte Rolante
Fonte: Adaptado de Direct Industry
12
o Rodas – essencial componente para o deslizamento da ponte. O movimento das
rodas advém do acionamento dos redutores por motores elétricos fixado nas
cabeceiras. As rodas de uma ponte rolante são fabricadas geralmente em aço
com dimensão formatada tal igual a do trilho que irão se deslocar, possuindo
uma aba lateral que impede a ponte rolante de sair do caminho de rolamento.
13
Segundo Langui (2001), para um dimensionamento eficaz, é preciso dispor de seguintes
informações, como:
o Tipo de ponte;
o Tipo Carga;
o Dimensões de cada componente e da estrutura;
o Intensidade do trabalho;
o Ambiente de Trabalho;
o Velocidades de execução das operações;
o Fonte energia elétrica;
o Sistema de comando;
Esses e entre outras análises citadas neste presente trabalho, são de extrema importância
para evitar um sobre dimensionamento.
Referindo ao sistema proposto de carga e descarga de gás butano de 102 kg, os motores
a serem acoplados nos sistemas de acionamento, podem ser de corrente continua ou de corrente
alternada, salientando que o uso de motores de corrente alternada implica o uso de conversor
de potência, isto porque a fonte de alimentação do sistema ser uma bateria, o que
consequentemente trará efeitos a nível de manutenção se comparado a uso de motores de
corrente contínua.
14
É e salientar que algumas aplicações de sistemas pontes rolantes, a variação do peso da
carga implica o controlo de velocidade para garantir a segurança na operações de carga e
descarga, isto porque velocidades inadequadas, irá proporcionar oscilações da carga, tornando
instável durante as operações, comprometendo a segurança tanto da operação como a do
operador.
A potência nominal do motor adaptado tanto para o acionamento de elevação como para
o acionamento de translação está sempre relacionado com regime de funcionamento e o fator
15
de duração do ciclo. O regime de funcionamento é entendido como o grau de regularidade que
o motor é submetido.
Para o presenta trabalho segundo a referência para o projeto de dimensionamento dos
motores elétricos, os regimes de funcionamento são dadas conforme a norma IEC 60034 (EN
60034), de tal modo que:
o (S1) – Regime contínuo;
o (S2) – Regime de tempo limitado;
o (S3) – Regime intermitente periódico;
o (S4) – Regime intermitente periódico com partidas;
o (S5) – Regime intermitente periódico com frenagem elétrica;
o (S6) – Regime de funcionamento contínuo com carga intermitente;
o (S7) – Regime de funcionamento contínuo com frenagem elétrica;
o (S8) – Regime de funcionamento contínuo com mudança periódica na relação
carga/velocidade de rotação;
o (S9) –Regime com variações não periódicas de carga e de velocidade;
o (S10) – Regime com cargas constantes distintas;
∑ te
ED = ∙ 100 [%] (1)
tc
16
2.7. Sistemas de Controlo de uma Ponte Rolante
o Por controle remoto via cabo, não é muito recomendado, pois o operador
permanecerá muito próximo da área de manipulação da carga, o que pode causar
acidente.
o Por controle remoto via a rádio frequência, o operador pode se posicionar da
forma como quiser e garantir a melhor visualização.
o Por cabine, o operador encontra-se a um nível superior do equipamento de
transporte de carga, perfeito para operações que exigem uma visão superior.
1. Cabine
Uma maneira de controlar os movimentos da uma ponte rolante é através
de uma cabine de operação, que é localizada na própria ponte rolante.
Este tipo de controlo é utilizado quando o ambiente abaixo da ponte é muito agressivo,
e/ou quando o operador precisa visão mais completa da operação a se realizar.
17
O uso do controle remoto via rádio frequência oferece algumas vantagens sobre o
controle remoto via cabo:
Assegura um melhor posicionamento do operador em relação a carga que está sendo
movimentada, permitindo ao operador uma visão de escolher a melhor e mais eficiente rota
dentro da configuração de instalação para se locomover, aumentando a produtividade.
Com o uso do controle remoto via rádio frequência, o controle remoto via cabo pode ser
retirada ou pode continuar instalada atuando como reserva do controle remoto via rádio
frequência. Em ambos os casos o desgaste dos cabos será mínimo, reduzindo os custos de
manutenção da ponte rolante.
18
2.8. Princípio de Funcionamento de uma Ponte Rolante
19
3. Metodologia
“Isso significa que podem existir vários tipos de pesquisa. Cada tipo possui, além do
núcleo comum de procedimentos, suas peculiaridades próprias” (Prodanov e Freitas, 2013, p.
50).
Segundo Lima (2016), sendo o trabalho em estudo uma pesquisa científica, para o
melhor entendimento dos procedimentos metodológicos que serão adotados nesta pesquisa, é
de extrema importância realçar como são classificados os aspetos metodológicos, para
posteriormente debruçar em qual contexto o presente estudo se assenta, ou seja, construir um
percurso que seja capaz de revelar aspetos que norteiam a pesquisa.
20
3.1. Quanto a sua Natureza
A pesquisa, sob o ponto de vista da sua natureza para o presente trabalho se enquadra
numa pesquisa aplicada, onde se objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática dirigido
a uma solução de problemas específicos, neste caso na operação de carga e descarga de gás
butano de 102 kg.
Segundo Gil (2008), “ a pesquisa aplicada, apresenta muitos pontos de contato com a
pesquisa pura/base, pois depende de suas descobertas a favor do progresso da ciência, e se
enriquece com o seu desenvolvimento. Todavia, tem como característica fundamental o
interesse na aplicação, utilização e consequências práticas dos conhecimentos” (p. 27).
23
3.2.4. Software Utilizados
o SolidWorks 2019
É um Software de CAD 3D, que permite esboço de elementos mecânicos,
facultando simulações, análise dos elementos em todos os aspetos a nível
estático e dinâmico.
24
Na Cidade da Praia segundo a pesquisa de campo realizado a 15/05/2019 na empresa
Enacol, constatou-se que o Armazém de processo de lavagem, enchimento e armazenamento
de gás butano é edificado a uma altura media igual as das carraçarias de veículos de mercadoria
pesado para facilitar o manuseio de gás butano na operação carga e descarga. De contrário não
existe um suporte com mesmo fim nos estabelecimento de fornecimento.
As demandas são relativamente superior se comparado a ilha de São Vicente com uma
demanda media de 98 garrafas de gás butano 102 kg equivalente a 1004 anual.
Os postos de fornecimento de identificam com as das ilha de São Vicente.
25
4. Dimensionamento do Sistema Automatizado de Carga e Descarga
4.1. Introdução
O sistema compreende uma sequência de movimentos que podem ser reduzidos em três
soluções padrão, que são: movimento linear horizontal, movimento linear vertical e movimento
rotativo que proporciona os demais.
Os acionamentos são determinados em função da potência total exigida para a
movimentação da carga nas três dimensões. A potência total exigida por sua vez subdivide-se
em potência estática que é a potência à velocidade constante que compreende as forças de atrito
e forças gravitacionais, e potência dinâmica que é a potência necessária para acelerações e
desacelerações.
Segundo o “Manual de Seleção de Acionamentos (2013)” da SEW-Eurodrive a
comparação entre os dois sistemas de elevação e translação traduz que a potência exigida para
sistemas de elevação é superior a de sistemas de translação, isso porque nos sistemas de
elevação o tamanho do motor é determinado até 90% pela força gravitacional ao contrário nos
sistemas de translação que é determinado até 90% pela força de aceleração.
26
O solucionamento dessas potências depende da especificação da massa da carga que se
pretende movimentar em mercê do espaço pré-determinado.
27
4.2.2. Acionamento de Elevação
Fg ∙ v m ∙ g ∙ v
Ps = = (2)
η𝑡 η𝑡
O rendimento total é dado pelo produto dos rendimentos dos elementos reduzido ao eixo
do motor, neste caso o cabo e o redutor.
ηt = ηc ∙ ηR (3)
Os cabos de aço possuem um rendimento que varia entre 91% a 95%, sendo 91% um
valor propenso de melhor nível de segurança para o sistema.
O rendimento do redutor é influenciado pelas perdas por atrito no engrenamento de
dentes, e este por conseguinte é influenciado pela velocidade de operação e números de estágios
que compõe o redutor, ou seja quanto mais alta for a velocidade ou número de estágios maior
será as perdas. Essas perdas são mais reduzidas nas engrenagens helicoidais de eixo paralelo, e
uma vez que o redutor ainda não foi determinado, calcula-se com o valor médio de redutores
de engrenagens helicoidais de 2 a 3 estágios que corresponde um rendimento de 95%.
28
Solucionando as Equações (2) e (3), obtém-se uma potência estática de 0,144682 kW,
correspondente a potência total do acionamento para o sistema de elevação, permitindo a
seleção do motor elétrico trifásico da SEW-Eurodrive com as seguintes especificações segundo
o Quadro (2).
Quadro 2 : Especificação do motor elétrico de elevação selecionado
Tipo de PN MN nM IN cosϕ ɳM IP MP JMot
⁄I ⁄M
Motor 380V N N
(SEW- MH
⁄M [10−4
N
Eurodrive) [kW] [Nm] [rpm] [A] [%] kgm2 ]
2.2
DT56L4 0.15 0.72 1600 0.82 0.70 65.7 2.8 1.1
2.0
Fonte: Manual de Seleção de Acionamento (2013) - SEW-Eurodrive
∑ te = tF + tP + tN (4)
t c = 2 ∙ (t F + t P + t N + t R ) (5)
29
O tempo de funcionamento a carga constante é relativamente grande se comparado a
tempo de partida e o tempo de frenagem. Dado que ainda não se determinou, assume-se um
tempo máximo de 2 segundo como a soma dos tempos de frenagem e do tempo partida.
O tempo de funcionamento a carga constante e de repouso, é determinado em função do
percurso pré estabelecido pelo modelo estrutural, cuja as especificações são ilustrado no Quadro
(3):
Quadro 3: Especificação do modelo estrutural.
hmax Cmax L
hc he h1 h2
[m] [m]
[m] [m] [m] [m]
1,1 1,7 0,5 2,8 2 0,76
Fonte: Autor
(Cmax + L)
tR = (7)
v
30
Acrescenta ainda que, quanto menor for a massa a movimentar menor será os tempos
mencionados anteriormente (tempo de partida, tempo de funcionamento a carga constante,
tempo de frenagem elétrica, tempo de repouso e o tempo de duração de ciclo) ou o tempo de
execução do ciclo.
Obtendo o fator de duração de ciclo objetiva-se a correção da potência em função do
fator de aumento de potência, que consequentemente influencia a velocidade adotado, que por
sua vez influência segurança na movimentação da garrafa de gás butano. Tendo isto em conta,
e com um fator de duração de ciclo relativamente baixo, opta-se por suprimir a opção de alterar
a potência determinado anteriormente de modo a garantir o nível de segurança adequado.
Os motores elétricos da SEW-Eurodrive, são projetados para uma frequência de rede de
60 Hz ou 50 Hz, onde as especificações do motor do “Quadro (2)” referem-se a frequência de
60 Hz respetivamente.
Em casos particulares estes são projetados com sistemas de freios mecânicos acoplados
na parte traseira do motor para a retenção da rotação do motor onde se exige segurança,
principalmente nos sistemas de elevação nos quais o motor é parado eletricamente em uma
determinada posição ou em casos de paradas de emergência, ou em casos de corte de energia e
ainda pode ser projetado para o posicionamento preciso, no qual atua o freio para barrar o
movimento. Referente a estes casos citados, o sistema freio mecânico atua imediatamente de
duas formas possíveis:
a) Com a ligação da tensão os freios aliviam electromagneticamente;
b) Com o desligamento da tensão eles atuam automaticamente por efeito de mola;
31
Para o motor elétrico selecionado (DT56L4), o sistema freio abstêm-se da seleção, visto
que é fornecido com uma única opção de sistema de freio. O Quadro 4 assimila as características
deste:
A partir das respetivas especificações do motor e do freio, pode-se partir para uma
análise matemática, permitindo verificar o desempenho teórico do mesmo para o sistema de
acionamento de elevação.
O desempenho de um acionamento na partida ou na frenagem segundo o “Manual de
Seleção de Acionamentos SEW-Eurodrive (2013)”, é dado em função do momentos de inércia
de massa a ser acelerado, reduzido ao eixo do motor, em que segundo a norma da conservação
de energia, todas as relações de transmissão entram em quadrado, como ilustra a Equação (8):
v 2
Jx = 91,2 ∙ m ∙ ( ) (8)
nN
32
Dado que o momento de inercia da massa externa, é para a massa de 102 kg, vem que
Jx é igual a 5,67773 ∙ 10−5 kgm2 .
J
(JMot_B + Jz + ηx ) ∙ nN
t
tA = (9.1.)
M
9,55 ∙ (MH − η L )
t
J
(JMot_B + Jz + ηx ) ∙ nS
tA = t (9.2.)
9,55 ∙ (MH − ML ∙ ηt )
33
Fg ∙ v ∙ 9,55 m ∙ g ∙ v ∙ 9,55
ML = = (10)
nN nN
v
aA = (11)
tA
1
sA = ∙ t ∙ v ∙ 1000 (12)
2 A
(JMot_B + Jz + Jx ∙ ηt ) ∙ nN
tB = (13.1.)
9,55 ∙ (MH + ML ∙ ηt )
(JMot_B + Jz + Jx ∙ ηt ) ∙ nS
tB = (13.2.)
9,55 ∙ (MH − ML ∙ ηt )
34
Onde a Equação (13.1.) se refere a movimento ao movimento vertical para cima e a
Equação (13.2.) a movimento vertical para baixo.
Solucionando-os obtém-se 0,015350733 s para o movimento vertical para cima, e
0,057463253 s para o movimento inverso.
O tempo de frenagem é relativamente curto, isso porque o sistema de frenagem é
composto por duas bobinas controlados eletricamente em que são aliviados com o tempo de
resposta muito curto, o que favorece a segurança do sistema pois é onde se deve concentrar
maior nível de segurança.
A determinação da precisão do posicionamento é um parâmetro importante para
assegurar a segurança do sistema em causa, onde este é dado por:
1
SB = v ∙ 1000 (t 2 + ∙t ) (14)
2 B
35
Em termos matemáticos a vida útil do freio é deduzida de seguinte Equação (15):
WN
LB = (15)
WB ∙ Z
MB (JMot_B + JZ + Jx ∙ ηt ) ∙ nN 2
WB = ∙ (16)
MB + ML ∙ ηt 182,5
Z = Z0 ∙ K J ∙ K M ∙ K P (17)
Jx +JZ
o = 0,473145 :K J = 0,7
JMot_B
ML
o = 0,518442 :K M = 0,5
MH
PS
o = 0,964546 e 20,06%ED :K P = 0,57
PN
37
É conhecido pela experiência, que para diminuir o esforço para elevar um determinado
peso é necessário aumentar o binário. Nos motores elétricos é proporcionado através dos
redutores, concedendo maior toque através de relações de numero de dentes e números de
estágios do redutor. A determinação do redutor para o presente trabalho é em ordem da
velocidade de rotação de saída desejada e da relação de transmissão, visto que a rotação
nominal do motor selecionado oferece uma velocidade acima do valor desejado se utilizado
sem redutor, que é dado pela seguinte relação:
π ∙ dpolia ∙ na
v= (18)
60
nN
𝑖= (19)
na
38
i – Relação de transmissão;
fB – Fator de serviço;
mmot_red – Massa do motor mais o redutor [kg];
39
Legenda: FF – Força resistente à translação [N];
m – Massa [kg];
g – Aceleração gravítica [m/s 2 ];
D – Diâmetro da roda [mm]
μL – Coeficiente de atrito do mancal [-];
f – Braço de alavanca do atrito rolante [mm];
c – Coeficiente de atrito lateral (flange da roda) [-];
Solucionando para Equação (20) para translação longitudinal e transversal, vem que:
40
Quadro 6: Relação massa e força resistente a translação
1 2 3
FF [N]
49,06962 32,613345 18,55071
(Longitudinal)
FF [N]
36,50301 20,046735 5,9841
(Transversal)
Fonte Autor
1 2 3
PS [W]
7,09508676 4,715636929 2,682288895
(Longitudinal)
PS [W]
5,278052342 2,898602516 0,865254482
(Transversal)
Fonte: Autor
41
Simplificando a Equação (21), vem que:
m∙a∙v FF ∙ v
PT = + PDM + (21.1.)
ηt ηt
A potência dinâmica do motor (PDM ), é desconhecido uma vez que o motor ainda não
se encontra determinado. Por essa razão o motor é determinado por aproximação, via máxima
potência total calculado.
A aceleração é determinado em função da aceleração de partida admissível, segundo
critério onde as rodas acionadas não devem patinar sob o caminho do rolamento. Isto se verifica
quando a força periférica se torna superior a de força de atrito. Admitindo um caso extremo de
igualdade entre os mesmo vem que:
FU = Fa ↔ m ∙ a = m′ ∙ g ∙ μ0 (22)
1
aP = ∙ g ∙ μ0 (22.1.)
2
42
Solucionando a Equação (21.1.) da potência total para a aceleração admissível sem a
potência dinâmica do motor, em relação as variações das massas, obtém-se:
1 2 3
PT [W]
24,6428022 16,3784478 9,316181319
(Longitudinal)
PT [W]
18,33184066 10,06748626 3,00521978
(Transversal)
Fonte: Autor
43
Uma vez que a aceleração introduzida representa a aceleração máxima admissível,
selecionou-se o mesmo motor cuja potência nominal para ambos acionamentos de translação
é superior à potência total calculada para movimentar a máxima carga, apresentando tal
características:
44
O seguinte Quadro 10, apresenta a relação do desempenho do motor elétrico DT56M4
no acionamento de translação longitudinal e transversal em relação a variação das massas para
os três estados citados anteriormente em combinação das especificações do motor.
ML tA sA aA
Jx
[Nm] [s] [mm] [m/s 2 ]
[10−5 kgm2 ]
(Longitudinal) 9,12891 0,036611 0,307741 19,23382 0,406185
1
(Transversal) 6,79102 0,0272346 0,301304 18,83155 0,414862
(Longitudinal) 6,06738 0,024333 0,299336 18,26911 0,417591
2
(Transversal) 3,72949 0,014956 0,293047 18,31544 0,426553
(Longitudinal) 3,45117 0,013841 0,292306 18,70848 0,427634
3
(Transversal) 1,11328 0,004464 0,286139 17,88369 0,43685
Fonte: Autor
Segundo o Quadro 10 por solução das equações de cada parâmetro no quadro se verifica
que mesmo com a variação da massa a aceleração de partida se encontra dentro da faixa da
aceleração admissível estabelecido, em que a máxima aceleração ocorre quando o motor
elétrico está sob efeito de menor momento de inercia em relação a massa externa, constatando
que o motor DT56M4 é adequado para o sistema de acionamento de translação longitudinal e
transversal.
O Quadro 11, apresenta o desempenho do funcionamento do freio BMG02 acoplado ao
motor elétrico DT56M4, a partir das equações apresentadas no capitulo de sistema de
acionamento de elevação. Os dados quantitativos neste quadro (Quadro 11) refletem as três
condições de funcionamento em relação a variação da massa nos sistemas de acionamento de
translação longitudinal e transversal.
tB sB aB
M
1 − M ∙Lη
H t
Z = Z0 ∙ ∙ KP
Jx (23)
JM + JZ + η
t
JM
Z
PS ED
⁄P KP
N [%] [c/h]
46
1
Zt = ( ) (25)
1 1 1
+ +
Z1 Z2 Z3
47
Figura 8: Moto redutor WA10DT56M4 BMG02 /Z
Fonte: Autor
48
Então o ângulo θ é:
sA
θ = tan−1( ) (24)
h1
49
O perfil das vigas principais tem configuração do caminho de rolamento assim como
mostra a Figura 10. Para o caso em estudo selecionou-se o perfil de trilho S7, pertencente a
classe de linha de perfis Europeus, considerado como “trilhos leves”.
Este perfil é laminado conforme a especificação técnica UIC 860-O ou a mais recente
especificação Europeia, a EN 13674-1. O Quadro 14 mostra as propriedades mecânicas dos
graus de aço usado na laminação deste trilho.
O peso teórico deste perfil é de 6,75 kg/m uma das razões pelo qual o mesmo foi
selecionado, denominado de uma área de 8,58 cm2 , e um momento de inércia (Ix ) segundo o
eixo x de 51,6 cm4 . Este é fixado com presilhas com configurações da base do perfil S7 numa
barra de aço inoxidável (100 mm x 6 mm) de modo a dar mais resistência e estabilidade a
estrutura.
50
Figura 11: Presilha do perfil S7
Fonte: Autor
Sendo o trilho um perfil lizo no qual as rodas transladam, por questões de melhor
desempenho em lugares que apresentam pequenos declives, comprometendo a eficiência dos
acionamentos e o deslocamento do carro trolley, optou-se por introduzir um caminho de
rolamento no formato de uma cremalheira melhorando o atrito entre a roda e a superfície,
limitando a possibilidade de derrapagem no momento de arranque dos acionamentos, dar
melhor desempenho em lugares que proporcionam ligeiros decliveis á estrutura
especificamente ao caminho de rolamento, e melhorar o posicionamento nas paragens.
O caminho de rolamento no formato de cremalheira é dimensionado em função da roda
dentada, com as mesmas características de modo a limitar interferência entre os dois
componentes e uma parte liza para o deslizamento sob o trilho S7.
Fonte: Autor
A parte da roda dentada é por sua vez dimensionada segundo o método de “Odontógrafo
de Grant”, como se fosse uma engrenagem cilíndrica de dentes retos e o mesmo para a
cremalheira.
A cremalheira adaptada ao caminho de rolamento possuí as seguintes particularidades
em combinação com as caraterísticas da roda:
51
Quadro 16: Características da cremalheira
P Dp θp a b
m
[mm] [mm] [º] [mm] [mm]
2 6,28 36 20 2 2,334
Fonte: Autor
52
Figura 13: Disposição dos carros trolley’s longitudinal e transversal
Fonte: Autor
Como se pode ver na Figura 12, a barra que sustenta o acionamento de elevação possuí
um perfil diferente aos demais. Este foi obtido através de biblioteca de perfis metálicos do
software Solidworks em conformidade com a norma ISO R 657:1 e R 657:11. A figura (Fig.
14) seguinte demostra as características milimétricas do perfil Angle iron - Configured :
Para efeito de diminuir o esforço gerado pela carga na roldana e no mancal do redutor
do acionamento de elevação do projeto adotou-se um apoio em que o contacto do veio da polia
com este, dá-se por intermédio de rolamentos afim de reduzir o atrito a e de não ter sérios
efeitos na velocidade de rotação da saída do redutor.
53
Figura 15: Rolamento e suporte da polia
Fonte: Autor
54
Figura 17: Estrutura do sistema carga e descarga de gás butano 102kg
Fonte: Autor
De salientar que dos mais componentes as quais não foi citado o tipo do material de
construção será adotado o aço inox 316, pois as condições ambientais a qual o sistema de carga
e descarga de gás butano se encontra exposto exige uma alta resistência a corrosão de modo
beneficiar a longevidade de todo o sistema em causa. O Quadro 17, mostra alguma das
propriedades do Aço AISI 316:
Através do Software Solidworks pode-se fazer uma análise estática da estrutura. Por
questões de melhor entendimento das interações da forças desenvolvidas ao longo da estrutura
optou-se por uma análise por partes. Considerando a primeira etapa, análise da estrutura do
carro trolley transversal e a segunda, análise da estrutura do carro trolley longitudinal e por
último a análise da estrutura base ou de suporte dos carros trolley’s.
55
No carro trolley de translação transversal, a força gravitacional gerada pela massa é
inferior a força radial do mancal do redutor do acionamento de elevação (1000,62 N < 1240 N),
de modo que a polia adotada com apoio reduz o impacto dessa força. Parte desse impacto é
sustentado pelo rolamento e suporte da polia. Ao contrário do gancho eletromagnético onde
essa força é de maior escala, desenvolvendo tensões superiores assim como deslocamento. A
Figura 18 que se segue mostra a magnitude desses.
56
De acordo com a Figura 19 resultado da simulação para análise de tensão de Von Mise,
repara-se que o mínimo esforço é de 0,007 MPa e o máximo de 4,67 Mpa. A tensão de rotura
ou limite de escoamento é de 172,3689 MPa em que por outras palavras não haverá deformação
plástica no componente, ou seja, é uma deformação em que a peça volta ao estado de equilíbrio
ao retirar a força a qual o originou. Por outro lado a força gerada pela massa de 102 kg gera um
deslocamento insignificante. A interação da força gerada pela massa 102 kg, cria um
deslocamento máximo de 2,33x10−3 mm e uma deformação de máximo de 2,008x10−5 mm.
Essa força é refletida nas vigas de suporte ao acionamento de elevação. De uma forma
idealizada, a força gerada pela massa de 102 kg em conjunto com a massa do acionamento de
elevação de 6,9 kg distribuíra-se uniformemente ao longo da viga (Fig. 14) do carro trolley de
translação transversal.
Figura 20: Tensão de Von Mises gerada no carro trolley de translação transversal
Fonte: Autor
57
Figura 21: Deslocamento da viga do carro trolley de translação transversal
Fonte: Autor
Estas análises demostram que os perfis de construção adotado para o carro trolley estão
dentro do parâmetro de segurança adequado ao sistema proposto.
De realçar que a massa deste é de 10,054 kg segundo análise através do software sem
considerar as massas dos acionamentos incluído em que o centro de massa se localiza a X =
224.69 mm , Y = 191.10 mm e Z = 271.71 mm.
Deste modo a massa total do carro trolley de translação transversal é equivalente a 22,25
kg no total. No total as rodas do carro trolley de translação transversal suportam um peso de
1218,8925 N, que corresponde ao peso da massa de 102 kg e da estrutura do carro trolley.
Devido a configuração do carro trolley de translação transversal as rodas suportaram o
mesmo nível de esforço igual a 304,723125 N (1218,8925 N / 4). A Figura 22, mostram a tensão
de Von Mises e o deslocamento desenvolvidas nas rodas do carro trolley de translação
transversal.
Figura 22: Tensão de Von Mises e deslocamento nas rodas (carro trolley de translação transversal)
Fonte: Autor
58
Pode-se averiguar que a máxima tensão ocorre no pé do dente da roda e o maior
deslocamento na cabeça deste, sendo o máximo de 1,556x10−3 mm em que a tensão
desenvolvida neste é apenas 29% da tensão limite de escoamento.
As rodas do sistema proposto são dos componentes mais solicitado em termo de fadiga,
pois estes estão em constante movimento e sequencias esforços de amplitude constante a qual
é necessário conhecer o tempo de vida útil de funcionamento.
Alguns autores definem que 95% das falhas que ocorrem nos equipamentos mecânicos
são gerado pela fadiga.
Uma análise de fadiga pode mensurar a vida útil das rodas. A Figura 23 mostra os
demais critérios de falhas usado para peças sujeito a tensões flutuantes, de modo a averiguar a
sua resistência à fadiga e podendo através desta análise mensurar a vida útil deste.
A Figura 24 objetiva esse aspeto em que a correção da tensão media é pelo método de
Gerber com um fator de redução de fadiga de 1 e a curva de interpolação S-N onde esta curva
logarítmica baseia-se nas curvas de ASME de aços Austenítico:
59
Figura 24: Análise de Ciclo de vida útil das rodas (carro trolley de translação transversal)
Fonte: Autor
As análise estáticas para o carro trolley de translação longitudinal segue o mesmo padrão
do carro trolley de translação transversal, ciente que a força exercida neste é a soma das forças
geradas pela massa de 102 kg e da massa do carro trolley de translação transversal que é de
12233,76 N aproximadamente. De uma certa forma essa força terá o máximo efeito quando
este se encontra aplicada no cento da viga, isto é, quando o carro trolley de translação
transversal suportando a carga se encontra no meio da viga do carro trolley de translação
longitudinal. As Figuras 25 e 26 ilustram a distribuição das forças quando este se encontra no
centro e o impacto desses na viga do carro trolley de translação longitudinal segundo uma
análise estática:
Figura 25: Tensão de Von Mises na viga do carro trolley de translação longitudinal
Fonte: Autor
60
Figura 26: Deslocação da viga do carro trolley de translação longitudinal
Fonte: Autor
Em mercê dos esforços atuantes nos quatros pontos da viga de 616,88 N cada, gerado
por intermédio das rodas do carro trolley de translação transversal sob efeito da carga a
movimentar, causam uma tensão de apenas 23% da tensão limite equivalente a 172,369 N do
Aço inox 316, permitindo que o descolamento da viga ser comparativamente baixo, em que o
máximo é gerado nos dentes da cremalheira equivalente a 0,04 mm.
As rodas do carro trolley de translação longitudinal por analogia são os que mais se
encontram solicitado, independentemente do carregamento, pois este suporta a massa dos
carros trolley’s e a massa a qual se movimenta. No total a massa da estrutura do carro trolley
de translação longitudinal é de 42,55 Kg.
A soma deste e do carro trolley de translação transversal e a máxima massa a
movimentar produzem uma força de 1700,62 N a qual as rodas do carro trolley de translação
longitudinal ficam submetidas, a qual cada um suportará 425,155N equivalente a uma massa
de 43,3 kg.
Figura 27: Tensão de Von Mises da roda dentada (Corro Trolley de Translação Longitudinal)
Fonte: Autor
61
Se comparar a força exercida na roda do carro trolley translação transversal e
longitudinal, estes possuem uma relação de 1,4 (1,4 ≅425,155 / 304,7) aproximadamente, onde
se pode consolidar uma perspetiva positiva acerca da vida útil deste a nível da fadiga a qual esta
estará submetida. Através dessa relação, com os mesmo parâmetros estabelecidas para o calculo
da vida útil das rodas do carro trolley de translação longitudinal pode-se mensurar uma vida
útil de 0,715x106 ciclos (1,001x106 /1,4 ciclos) para a roda do carro trolley de translação
longitudinal.
As analises estáticas da viga da estrutura base são demostradas nas Figuras 28 e 29, bem
como a disposição das forças e resultados de tensão de Von Mises a deformação e o
deslocamento onde estes causam maior impacto.
Tensão de Von Mises nas barras de suporte não são tão relevantes se comparado com
as desenvolvidas na vigas de suporte base ou outrem.
O máxima deslocamento é de 0,42 mm, mas uma análise de fadiga em mercê de um valor
considerado de ciclos pode expressar a percentagem de danos e consolidar um analogia positiva
ou negativa sob a deformação resultado de uma análise estática. Das análises de fadiga segundo
os critérios previamente definidos para o estudo de fadiga nas rodas, a Figura 31 mostra a
percentagem de danos por efeito fadiga que segundo este é de no máximo 10%
aproximadamente.
63
De salientar que o estudo de fadiga tanto das rodas como a de estrutura base baseou-se
num valor de 100.000 ciclos, onde os resultados de danos consoante o estudo de fadiga para
estrutura base pode-se consolidar um resultado positivo no que toca a vida útil do mesmo.
∑ Fy = F1 + F2 + R1 + R 2 (25)
64
R 2 ∙ (2 − 0) = 426,21 N ∙ (0,72 − 0) − 426,31 N ∙ (1,28 − 0)
→ R 2 = 426,31 N
∑ Fy = 0 → Vx − R1 = 0 (27)
∑ Fy = 0 → Vx + F1 − R1 = 0 (28)
65
Figura 35: Diagrama do esforço cortante nas vigas da estrutura base
Fonte: Autor
∑ Fy (x − xcarga ) + ∑ M + Mx = 0 (29)
66
Para secção 2 (0,72 ≤ x ≤ 1,28):
Segundo o Richard G. Budynas e J. Keith (2011), cita que para operações médias utiliza-
se um fator de segurança de 5.
O sistema em estudo se equivale a sistemas Ponte Rolantes, então o fator de segurança
mínimo para o cabo se enquadra a fatores mínimos de segurança para os sistemas Pontes
Rolante (Cranes) igual a 6,0.
O fator mínimo de segurança é a relação entre a tensão última do cabo pela tensão
máxima de trabalho, expressa pela seguinte Equação (32):
Fu
ηs = (32)
Ft
68
A Força de tensão ultima no cabo é a tensão máxima que o cabo suporta. Pela Equação
(25) pode-se determinar a carga última (Fu ), para selecionar o cabo com segurança adequado
para o sistema em causa. Com o fator mínimo de segurança (ηs ) igual a 6,0 e uma tensão
máxima de trabalho (Ft ) corresponde a 1020 N aproximadamente equivalente a força
gravitacional gerado pelo gancho e pela massa do gás cheio a movimentar, implica uma força
de tensão última (Fu ) pela Equação (25) de 6120 N, ou seja, o cabo a selecionar possuirá no
mínimo uma tensão última de 6,12 kN ou superior.
Normalmente os cabos de aço possuem uma diversidade de forma de construção,
estando entre os mais comuns a construção 7x19 (Aircraft), pela sua versatilidade de enquadrar
em diversas áreas de aplicação, sendo resistente á corrosão e ter um alto nível de flexibilidade
exigida para maioria de aplicações que requerem a utilização dos cabos de aço. A construção é
um termo empregado para indicar o número de pernas e o número de fios em cada perna.
A flexibilidade e a mínima tração última é maior quando a construção do fio do cado
dá-se com aço galvanizado, sendo apropriado uso quando se refere a situações relativamente
estáticos e onde se possa estar submetido a meios agressivo como em casos de alta umidade e
meio em meios ácidos.
A Figura 41, ilustra as formas de construtivas mais comum dos cabos de aço 7x19 e
6x19:
De acordo com Richard G. Budynas e J. Keith (2011), o diâmetro dos cabos de aço da
construção 7x19, varriam de 0,8 mm aproximadamente a 8 mm, com um peso que varia de
acordo com o diâmetro de cada fio dado por:
69
Pcb ≈ 48,62d2 ∙ 10−3 (33)
O Quadro 18, apresenta a relação entre o diâmetro das pernas e a tensão ultima para o
cabo de construção 7x19 de acordo com a norma EN12385 & AISI 304 e 316.
Se pode verificar que a tensão ultima de acordo com o Quadro 18 a que se aproxima
mais de fator de segurança 6,0 corresponde a 6,39 kN (aço galvanizado) cujo o diâmetro
nominal do cabo de aço é de 3mm, comprometendo um fator de segurança de aproximadamente
de 6,2 para o sistema de carga e descarga de gás butano.
Por razão de melhor performance no içamento das garrafas de gás butano, opta-se
solucionar o cabo 7x19 de aço galvanizado com a construção do tipo “Lang”, dado que o
içamento dentro da carroçaria é realizado de forma automático, ou seja, independente.
Ainda Richard G. Budynas e J. Keith (2011), salienta que quando a cabo é fletido sobre
uma polia sofre um certo alongamento e desgastes em ambas as partes em função da pressão na
corda no sulco da polia e números de ciclos de operação. A esta pressão denominada de pressão
de suporte a sua magnitude é dado por:
70
2F
pcb = (34)
d ∙ dpolia
Para construção do tipo “Lang” para cabos de aço 6x19 standard (aço inox) segundo o
Richard G. Budynas e J. Keith (2011), a pressão de suporte admissível na polia de construção
com aço manganês é de 19,0 MPa. Considerando que a construção 7x19 de aço galvanizado é
muito mais resistente que a construção 6x19, em que o fator de segurança é equivalente a 6,2
pode-se consolidar uma perspetiva positiva sob a segurança para o sistema de carga e descarga
de gás butano 102 kg.
Para uma melhor análise, a Figura 42, ilustra a perda percentual da resistência do cabo
6x19 standard pela relação entre dpolia ⁄d = 13,3 e da curva resultante de vários ensaios
experimentais:
71
De acordo com a Figura 42, a construção do cabo 6x19 standard , objetiva-se para uma
perda de 10% da resistência do cabo. Por analogia a perda percentual da resistência do cabo
pela construção 7x19 com aço galvanizado é relativamente menor se comparado com 6x19
standard.
É de acrescentar que normalmente um fio de cabo que é usado sobre polias acabará
falhando por fadiga, devido aos ciclos de operação.
Richard G. Budynas e J. Keith (2011), afirma que esse cabo terá uma vida duradoura se
a relação pcb ⁄Su for menor que 0,001, onde a magnitude é Su expresso por:
2000F
Su = (35)
d ∙ dpolia
A construção do cabo de aço compõe-se de 7 pernas cada perna com 19 fios em que o
diâmetro nominal do cabo é 3 mm, então a resistência ultima de um único fio do cabo de aço
traduz-se em:
2000F (35.1)
Su =
dfio ∙ dpolia
A relação pcb ⁄Su, traduz um valor de 7,52x10−6 (Su = 2,22x106 MPa, F = 1000,62 N,
dfio = 3/133 mm e dpolia = 40 mm).
72
Figura 43: Relação entre a razão pressão e resistência e números de flexões até falhar
Fonte Shigley's Mechanical Engineering Design 9th Edition
Onde o número de vesses que o cabo é flexionado corresponde a pcb ⁄Su em que
segundo o gráfico da Figura 43 é infinita. Partindo de uma perspetiva que manutenção
empregada ao sistema é preditiva, então o cabo de aço terá uma vida duradoura.
73
Uma forma de entender e dar uma visão mais ampla é construir um método gráfico de
apoio a conceção a sistemas automatizados, propriamente o Grafcet, permitindo através deste
modelo do tipo gráficos de estados assimilar o comportamento sequencial do sistema, isto é, as
etapas do funcionamento do sistema.
A construção do modelo Grafect é uma etapa intermédia entre a especificação do
sistema e a automatização do mesmo. A Figura 44 que se segue elaborada pelo método
“Grafcet”, ilustra os estados do ciclo de funcionamento do sistema de carga e descarga de gás
butano 102 kg. As abreviaturas da Figura 44 elaborada M.E, M.T.L e M.T.T corresponde a
motor elétrico de elevação, motor elétrico de translação longitudinal e transversal onde os
expoentes representam o sentido de rotação e o estado destes:
74
Figura 44: Grafcet do Sistema de Carga e Descarga de Gás Butano 102kg
Fonte: Autor
75
É de salientar que o uso dos motores de indução trifásico a partir de uma fonte continua
implica o uso de conversor de potência para modificar a corrente de alimentação.
Uma possível configuração para casos em que se pretende alimentar equipamentos de
corrente alternada a partir de uma fonte de corrente continua é usar um inversor DC-AC ou DC-
DC-AC.
Para o presente trabalho selecionou-se um conversor de potência parra converter da
fonte bateria de corrente continua em alternada com proteção de sobrecarga incluído, e mais
dois inversores de frequência com entradas digitais para o controlo dos acionamento a qual
pode ser implementado em conjunto com um PLC para um controlo mais abrangente ou um
circuito simples. Estes inversores permitem a inversão do sentido rotação podendo ser
controlados a partir de comandos por meio das entradas digitais. No geral esses também podem
controlar as partidas dos acionamento oferecendo proteção adequado pois podem ser
configurados todos os parâmetros do acionamentos a qual se encontra interligado. A Figura 45,
ilustra o inversor de frequência selecionado para o controlo dos acionamentos de elevação e de
translação:
76
A figura seguinte (Fig. 46) mostra o conversor de potência selecionado para a
alimentação dos inversores de frequência:
77
Figura 47: Circuito elétrico parte 1 – acionamentos e inversores de frequência
Fonte: Autor
Assim como mostra a Figura 47, os motores (M.E, MTL e MTT), estão conectados ao
inversor de frequência (G1 e G2), e este a um disjuntor. Outra particularidade é o uso de
contatores (KM1 e KM2) para permitir o acionamento a partir de um único inversor. De realçar
que neste caso a potência do inversor de frequência é superior a soma das potências do
acionamento, e como estes são idênticos a programação do inversor de frequência atenderá
ambos os acionamentos.
78
A Figura 48 mostra a habilitação de duas entradas digitais em cada um dos inversores
para comandos de sentido horário/parar e sentido anti-horário/parar.
O que determina a execução de qualquer operação é a composição do painel elétrico
para processar os comandos facultados. A figura (Fig. 49) seguinte ilustra a construção do
circuito do painel elétrico:
Segundo a Figura 49, este é composto por um “Stop”, para caso de emergência para
reter a atuação dos motores e apresentar uma luz vermelha intermitente. Os botões S e B
controla o acionamento de elevação, quando se pretende elevar ou fazer descer a carga, assim
como os demais botões E, D, F e T controlam os movimentos dos acionamentos de translação
longitudinal e transversal. A adoção dos fim de cursos do tipo mecânico (FC.S, FC.E,FC.D,
FC.F, FC.T) possui a finalidade de limitar o espaço de deslocação dos carros trolley e da
elevação do gancho para não espancar na polia.
Do mesmo modo se pode efetuar estes comandos quando programado um PLC com os
devidos parâmetro de entrada e saída. A forma mais comum de programar um PLC é pela
linguagem LAEDDER. A Figura 50, mostra a conversão do circuito de comando para a
linguagem LAEDDER:
79
Figura 50: Comandos em Linguagem Laedder para programação do PLC
Fonte Autor
80
A alimentação do painel de controle se dá por um inversor de baixo porte (Fig. 52) do
tipo DC-DC transformando a fonte de 12 V a 24 V.
A fonte pertencente a classe de baterias automotivas onde este é projetado para uma
descarga de apenas 30% da potência, não tem efeitos sob a potência necessária para execução
da operação, visto que por outro lado este é recarregado automaticamente pelo alternador
acoplado ao motor do veículo, que pode ser usado em casos de necessidade de compensação de
potência.
81
As baterias dos veículos pesados de mercadorias possuem uma potência média de 80Ah,
cujo potência em watt é de 960 Wh, em que 30% deste corresponde a 288 Wh, ou seja, a bateria
possui uma capacidade de fornecer 288 W durante uma hora sem intervenção da potência
adicionado pelo alternador continuamente.
Tcmédio ∙ Pinversor
Pinversor_h = (29)
60
82
5. Estudo de Viabilidade do Sistema
Segundo Branes (2003), existem muitos fatores que afetam a expectativa de vida de um
motor de indução AC (ou qualquer motor elétrico). Esses fatores podem incluir problemas de
energia de entrada, instalações mecânicas inadequadas, mau funcionamento da carga, fatores
ambientais, entre outros. Assumindo que o motor esteja sendo operado em condições normais,
dimensionado corretamente para a aplicação e dentro dos requisitos de projeto do fabricante,
ele pode durar 15 anos ou mais.
Segundo Silva e Gonzalez (2008), a vida média estimada para os mesmos será de 15
anos, em um regime de trabalho médio de 4000 horas por ano totalizando 60000 horas de
operação.
83
Dado que o acionamento possuí uma capacidade superior ao requerido e com um
número de ciclo anual relativamente baixo a espectativas de vida útil deste com as devidas
manutenções e utilização de forma adequado cria expectativas positivas a cerca da vida útil
deste.
Convertendo os valores da potência dos motores elétricos em CV (0,15 kW, 0,1 kW)
tem-se 0,203943 CV e 0,135962 CV, facultando os motores elétricos acoplados aos
acionamentos uma vida útil de no mínimo de 10 anos.
O Quadro 22, faz combinações de valores monetários médios e as respetivas
quantidades de cada componente do sistema. Os Valores monetários apresentados no Quadro
(22), resultam de combinações preçário da empresa Steel SARL em conjunto com os sites
Aliexpress e Alibaba.
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Quadro 22: Preço dos componentes do sistema
Preço
Componentes Unidades
[€]
Perfil I IPN100 4 [1650m] 89,65
Perfil/Trilho S7 2 [2m] 92,96
Rolamento 37x20x17 1 36,28
Tubo Quadrado 60x60 2 [2m] 45,80
Barra Metálica 100x8 4 [2m] 41,72
Barra metálica 80 x 6 2 [1m] 27,12
Barra Angular 50x50 1 [1m] 44,58
Inversor de Frequência 2 120,67
Conversor de Potência DC-DC 1 77,13
Conversor de Potência DC-AC 1 20,59
Fim de Cursos Mecânico 5 14,21
Cabo de aço 7x19 Galvanizado 1 [1,2m] 47,42 [por 100m]
Polia 1 42,7
Gancho Eletromagnético 1 58,6
Presilhas 10 2,52
M6 20 3,3
Parafuso
M14 10 3,8
ϕ12 2 3,99
Pino
ϕ 14 2 4,2
Roda Dentada 8 34,5
Mancal ϕ16 1 [2m] 65,3
Suporte de Polia 1 13,44
Cremalheira 3 [2m] 67,9
Outros Componente Electricos X 100
Outros Acessórios X 150
Total − 2412,35
Fonte: Adpatdo Steel SARl, Aliexpress e Alibaba
Avaliando os preços estabelecido no Quadro 22, pode-se concluir que o montante a ser
investidos em termos de escudos Cabo-verdianos é de 265 979,80$00 no total.
85
5.1. Análise e Discussão de Resultado
Ano 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029
Esc.
-19.979 226020 246.000 246.000 246.000 246.000 246.000 246.000 246.000 246.000
CV
Fonte: Autor
86
5.1.1. Vantagens do Sistema Automatizado de carga e Descarga de Gás Butano
Umas das outras particularidade é o uso do sistema em lugares com uma declinação
significativa, que pode aumentar o ângulo formado pela corda e os carros trolley ou o efeito
pêndulo gravítico. De uma certa forma isto causa aos acionamentos exigência de maior binário
para vencer o declive, proporcionando mais consumo de energia e menos eficiência.
87
6. Conclusão
Conclui-se de forma geral que, o sistema proposto possuí uma capacidade superior a
demanda que pode vir cobrir demandas futuras, com um nível de segurança adequado ao
fornecimento de bens e serviço. A aplicação deste trará vantagens relevantes em termos técnico,
económico e social, diante das vantagens que este apresenta, cuja análise de resultados
evidencia um retorno a curto prazo, mesmo com a aplicação da manutenção.
De acrescentar que o retorno está em função das demandas, podendo influenciar um
retorno do investimento a menos prazo ou vice-versa. Segundo o dimensionamento do sistema
proposto a capacidade de demanda máxima é de 104 garrafas de gás de 102 kg por hora
equivalente a uma demande de 911 040 por ano. A vida útil deste baseado na vida útil dos
acionamentos com media de 10 anos, pode ser solucionado para mais anos, com a aplicação de
manutenção eficiente ou na modificação completa dos sistemas de acionamentos, beneficiando-
se de um retorno de em média 1 ano do capital investido.
De mencionar que o sistema de carga e descarga de gás butano 102 kg, possui
caraterísticas que possibilita um forte impacto na expansão das empresas de fornecimento de
gás butano, sendo este uma aspiração de qualquer empresa.
88
7. Referências Bibliográficas
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Rolante Univiga. Trabalho Acadêmico Integrador, Instituto Federal de Minas Gerais, Acros,
Brasil.
Budynas, R.G. & Nisbett, J.K. (2011), Mechanical Engineering Design, 9th ed,
McGraw-Hill Series in Mechanical Engineering, cap. 15 e cap. 17.
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life-expectancy/, Acessado a 9/07/2019
https://www.slideshare.net/guestcfebed3/power-electronics?next_slideshow=1,
cessado a 11/07/2019
89
https://books.google.cv/books?id=LxW9F9WCixcC&pg=PA52&dq=average+life+ex
pectancy+of+ac+induction+motor&hl=en&sa=X&ei=ib5gT76NO-
ra0QGFxZCrBw&redir_esc=y#v=onepage&q&f=false, Acessado a 9/07/2019
Podranov, C.C. & Freitas, E.C. (2013), Metodologia doo Trabalho Cientifico: Métodos
e Técnicas da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico, 2ª Edição, Universidade Feeevale Novo
Hamburgo, Rio Grande do Sul, Brasil.
Silva, M.A. & Gosalez, M.L. (2008), Influencia do Fatores da Manutenção que Afetam
a Vida Útil dos Motores de Indução, VIII Conferencias Internacional das aplicações
Industriais, Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, Minas Gerais, Brasil.
Sena, L. M. & Costa, T. S. (2015), Pórtico Dupla Viga com Duplo Balanço, Trabalho
de Conclusão de Curso, UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE, Nitéroi-RJ, Brasil.
90
SEW-Eurodrive. (2013). Manual de Seleção de Acionamento, Método de Cálculo e
Exemplo,edição 09/2013, BP, Brasil. Disponível em: https://download.sew-
eurodrive.com/download/pdf/BR_10523801.pdf
91
8. Anexo
92
Anexo 6:Máxima pressão de suporte de cabos em polias
93
Anexo 9: Dados Técnicos dos Motores Elétricos Da Serie DR/DT
94
Anexo 11: Tubos Quadrados e Retangulares
95
Anexo 12: Questionário de Pesquisa de Campo – Praia – Ilha Santiago
96
97
Anexo 13: Questionário de Pesquisa de Campo – Mindelo – São Vicente
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99