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A tentação de Jesus: Neste estudo, veremos como Jesus triunfou sobre o diabo.
Também é possível ver que realizar a vontade de Deus fez com que Jesus demonstrasse
a sua perfeição diante da qualidade como sacrifício e representante do seu povo.
Somente a obra de Cristo é capaz de salvar o povo dos seus pecados, pois Ele,
diferente de nós não cedeu as suas próprias vontades (mesmo na calamidade) mas as
suportou para que Deus fosse glorificado através da sua obediência em meio as
necessidades e sem atalhos. Ele foi fiel até o fim.
1 A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo.
Após vermos o batismo de Jesus por João Batista, a narrativa bíblica diz que
agora o Espirito Santo o levou ao deserto. Essa palavra pode ser melhor traduzida por
“Obrigou-o”, “impeliu” ou “forçou” Jesus a ir para o deserto afim de que fosse tentado.
Isso torna claro que a tentação de Jesus não foi meramente ocasionada por Satanás,
mas fazia parte do plano de Deus. Após uma grande vitória, que foi o seu batismo no
Jordão, Jesus agora é posto a prova! O Segundo Adão agora não está no Jardim, mas
está no deserto. E o texto diz: 2 “E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta
noites, teve fome.” Este representante agora não tem mais a sua disposição todos os
frutos da face da terra para se alimentar, ele está com fome. Está com fome pois
passou quarenta dias e quarenta noites em Jejum após seu batismo. Não é dito o que
Jesus fez neste período, mas é com certeza unanime o pensamento de que neste
tempo Jesus passou em comunhão com O Pai. Moisés passou 40 dias no monte com o
Senhor, sendo preparado para seu ministério como líder de Israel. Jesus gastou o
mesmo tempo em comunhão com o Pai para iniciar a sua liderança messiânica.
I. Jesus tinha sido coroado em seu batismo e declarado O Rei que veio em
nome do Senhor, o ungido do Senhor, o Cristo, o Messias. Essa foi uma
grande vitória, e como sabemos, as vitórias podem nos tirar a atenção.
II. A tentação veio para que a grande batalha fosse travada frente a frente,
o rei Messias versus o príncipe das potestades e dos demônios. Fato é
que Jesus realmente é o verdadeiro homem, não apenas existente na
natureza de Deus, mas como vimos anteriormente, se esvaziou e sofreu
as consequências de estar em um corpo formado por carne e ossos. E
por isso, deveria se concentrar na sua missão e não perder o foco.
a) Contextualização
Já reparou que quando as pessoas realizam uma vitória, elas perdem o foco? Pense
nessa imagem: uma criança está aprendendo a andar de bicicleta, geralmente, o pai
segura ela até que as rodinhas sejam tiradas. Em determinado momento aquelas
rodinhas são removidas da bicicleta e o pai não segura mais no banco da criança, afim
de que ela ande sozinha. Quando a criança percebe, a primeira reação é a de
comemoração, mas ela comemora tanto que cai e rala o joelho. A vitória as vezes pode
tirar o seu foco e te fazer tropeçar, já disse o apóstolo Paulo “Aquele, pois, que cuida
estar em pé, olhe não caia.” (1 Coríntios 10:12)
CONHECENDO A JESUS E OS SEUS ENSINOS (9)
Assim acontece conosco, lembre-se do exemplo de Elias. Vamos ler 1 Reis 18.16-46.
Note que Elias impelido pelo poder de Deus foi vitorioso sobre os falsos profetas,
porém, não demorou pouco e ele caiu no pecado do desespero como é possível ver
em 1 Reis 19.1-4. Podemos ver que Jesus esperou por trinta anos o seu
comissionamento, agora que foi atestado pelo Espirito Santo e pelo Pai, o diabo veio
para que fosse rejeitado.
Quem é o diabo? O nome diabo pode ser traduzido por acusador, caluniador
ou adversário. Muitos nomes são dados para ele como príncipe do poder do ar (Efésios.
2.2), deus deste mundo (2 Coríntios 4.4), príncipe deste mundo (João 12.31; 14:30; 16:11)
e como vemos aqui ele também é chamado de tentador. Muitos desacreditam de que o
diabo seja um adversário pessoal, mas é possível notar pela leitura bíblica que ele se
manifesta diretamente com Jesus como uma pessoa, ele possui uma fúria intensa
contra O Senhor e contra todos os seus servos. Ele não consegue impedir os planos de
Deus ou frustrar a vontade Soberana do Senhor, mas ele luta com todas as forças para
que os seus filhos errem o alvo (ou seja, cometam pecados) para que ele os acuse e os
escarneça. Ele luta com todas as forças para que as pessoas não se acheguem a Cristo,
e para isso, usa de diversas artimanhas.
Prosseguindo para o nosso aprendizado, vemos que Jesus foi tentado em três
aspectos:
a gula o é, pois, a pessoa come estando já satisfeito), antes, ele diz o que é o cerne
do seu ministério: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que
procede de Deus”. Em outra parte, Ele afirma “Disse-lhes Jesus: A minha comida
consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra.” (João
4.34). Jesus poderia ter transformado as pedras em pães, mas teria trabalhado sem
depender do Pai e o Filho veio justamente para obedecer ao pai.
Jesus não optou pelos atalhos. Na verdade, ele se submeteu a toda vontade de Deus.
Satanás tinha autoridade para oferecer os reinos à Cristo, mas ao invés de aceitar a
barganha, Cristo o expulsou: “Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora
o seu príncipe será expulso” (João 12.31). Satanás se apartou de Jesus por algum
tempo (Lucas 4:13), mas depois de um período tentou novamente Jesus através de
Pedro “Desde esse tempo, começou Jesus Cristo a mostrar a seus discípulos que lhe era
necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais
sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitado no terceiro dia. E Pedro, chamando-o
à parte, começou a reprová-lo, dizendo: Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo
algum te acontecerá. Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda, Satanás! Tu és para
mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens”
(Mateus 16.21-23). Também cogitou estabelecer o reino de Cristo através das
multidões alimentadas (João 6.15).
b) Aplicações
CONHECENDO A JESUS E OS SEUS ENSINOS (9)
III. Todas as respostas de Jesus foram baseadas no fato de que “Está escrito”. Isso
deve nos ensinar que ao nos depararmos com as tentações, o nosso socorro
deverá vir da palavra de Deus, da escritura, da fonte de águas vivas que jorram
deste imenso e infinito mar de conhecimento e sabedoria do alto. Nada jamais
neste mundo deve ser o objeto do nosso apoio em meio as tentações, senão, a
soberana palavra de Deus. Por isso o salmista diz “No meu coração tua palavra
escondi, para não pecar contra ti” (Salmos 119.11).