Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A Coroação do Rei: Neste estudo, veremos como Jesus começou a exercer o seu ministério
através do seu batismo no Jordão. Vamos aprender sobre submissão e como um servo fiel não
deve tentar tomar o lugar do seu rei, mas, deve aceita-lo como soberano e demonstrar
humildade. Veremos também que Jesus é o sacrifício perfeito e agradável à Deus.
Mateus 3:13-14 ARA
13 Por esse tempo, dirigiu-se Jesus da Galiléia para o Jordão, a fim de que João o batizasse.
14 Ele, porém, o dissuadia, dizendo: Eu é que preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim?
I. O que podemos notar agora é que Jesus é apresentado não mais como uma criança,
mas como um adulto. Antes o que podíamos observar é que outros estavam em
evidência no decorrer da narrativa, mas agora, o personagem principal entra em cena.
II. Lucas 3:21 vai dizer que Jesus não foi batizado sozinho, muitas pessoas estavam ali
junto do Jordão. Diferentemente de Davi (1 Samuel 16:13) que foi ungido em segredo,
Jesus foi em público coroado como O ungido do Senhor.
III. João Batista sabia quem era Jesus, ele não apenas o conhecia como seu primo mais
novo, filho de José e sua tia Maria. João reconhecia a identidade divina de Jesus, João
dizia “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1:29). João sabia que
este era o próprio ungido do Senhor. Por isso sua primeira reação foi:
Isso demonstra algo valiosíssimo, demonstra que devemos ter uma preocupação a respeito de:
Quem está ocupando o trono? Jesus ou você?
Note que João entendia a sua pequenez diante de jesus, ele não foi como os fariseus e
os escribas que se vangloriavam por suas credenciais no meio do povo. Que se apoiavam na
sua descendência e julgavam-se as raças mais nobres de toda a humanidade. Muito pelo
contrário, João se encontrava em um estado de humildade perante o Senhor Jesus, pois ele
sabia realmente quem Ele era.
João sabia que era pecador, mas, que pecado teria Cristo? Por que ele precisava se
batizar? Afinal, seu batismo como vimos era justamente para arrependimento (Mateus 3:2, 6,
11). Muitos falsos crentes diziam que jesus foi batizado pois só neste momento “O Cristo
divino” desceu sobre ele, antes, ele era apenas um homem comum. Mas a bíblia afirma que
Jesus nasceu sendo O Filho de Deus (Lucas 1:32, 35) e que seria chamado de “Emanuel” que
significa “Deus conosco” muito antes de seu nascimento, como vimos no segundo estudo em
(Mateus 1:23).
João por martelar essas mesmas questões em sua mente “O dissuadia”, ou seja, resistia
em batizar Jesus. Ele fez isso com os fariseus, ele recusou batizá-los, mas a razão agora é
oposta. Ele se recusava a batizar Jesus não porque ele tinha uma vida de pecados e não a
queria largar, mas, porque Jesus não tinha nenhum pecado. João recusou batizar os fariseus e
saduceus porque eles eram indignos do batismo, agora a história mudou, o indigno da história
passou a ser ele, pois, Jesus se dirigiu ao Jordão e era digno demais para que fosse batizado
por João.
ocasiões o que mais acontecia era enaltecimento do próprio eu. A salvação parece ser aplicada
as obras das pessoas, e assim, Cristo fica totalmente de lado. Muitas vezes nos esquecemos de
que Jesus é quem é o Rei, nós somos apenas os servos. Não podemos nos colocar em maior
grau de honra, a honra deve ser dada apenas à Cristo pois o trono é exclusivamente dEle.
Então permanece a dúvida, porque Jesus deveria ser batizado? Bom, a respeito disso
veremos a seguir qual é a resposta do próprio Ungido do Senhor. Antes disso, a única vez que
vemos Jesus falar nos evangelhos antes deste acontecimento é em Lucas 2:29 que ele diz “Ele
lhes respondeu: Por que me procuráveis? Não sabíeis que me cumpria estar na casa de meu Pai?”.
Neste contexto, Jesus tinha se ausentado dos seus pais no templo de Jerusalém, e eles o
acharam conversando sobre as escrituras com doutores da lei e os interrogando. Em outras
palavras, Jesus disse “Não sabem que eu devo fazer a vontade do meu Pai?”.
I. João aguardava alguma outra atitude de Jesus por conhece-lo, mas, como vemos o
nosso Rei se fez servo e humildemente se submeteu à vontade do Pai.
II. “Deixa por enquanto” Pode indicar que Jesus não nega sua superioridade a respeito de
João, da mesma maneira que João sabia quem Ele era, Jesus também sabia. Afinal,
assim como João Batista afirma “Após mim vem um varão que tem a primazia, porque
já existia antes de mim” (João 1:30)
Fato é que Jesus não veio fazer a sua própria vontade, mas veio cumprir a vontade do Pai,
aquele que enviou o Seu próprio Filho (João 3:16). Jesus neste caso demonstra seu papel como
Servo do Senhor, isso indica também o cumprimento de profecias: “Todavia, ao SENHOR
agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado, verá a
sua posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do SENHOR prosperará nas suas mãos.”
(Isaias 53:10). Aqui está a resposta das nossas dúvidas, Jesus devia ser batizado pois era a
vontade de Deus que Ele o fizesse. A frase de Jesus foi “nos convém cumprir toda a justiça”.
Paulo estava certo em escrever aos Filipenses “Tende em vós o mesmo sentimento que
houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como
usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo,
tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se
humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.” Filipenses 2:5-8
O batismo de Jesus feito por João Batista não apenas demonstrava sua relação aos pecadores,
mas também contava com sua morte e ressurreição. Prefigurando o batismo cristão. A verdade
é que Jesus falou outras vezes a respeito do seu batismo, uma vez em Lucas 12:50 e outra em
Marcos 10:38, ambas com relação à sua crucificação. Seu maior batismo foi ser batizado no
cálice da ira de Deus, tomando sobre si a culpa dos pecadores naquela cruz.
Outra questão que devemos tratar é a de que “Jesus, saiu logo da água” isso indica que o
batismo não era por aspersão, mas por imersão uma vez que Jesus teve que sair do rio onde foi
imergido. A mesma palavra é utilizada pelo rico em Lucas 16:24 quando diz para Lázaro
“mergulhar a ponta do seu dedo na água”.
A descida do Espirito Santo sobre Jesus não foi para conceder à Ele a divindade, pois Ele
mesmo sendo homem sempre continuou sendo Deus. Mas, como podemos ver nos capítulos
seguintes, Jesus realmente era um homem e por isso tinha diversas como nós. Neste caso, a
profecia que se cumpre é a de Isaias 61:1 e de modo especial o Espirito Santo concede poder
para que Ele expulsasse os demônios (Mateus 12:28), pregasse (Atos 10:38) e fizesse sinais e
maravilhas (Atos 2:22). Sua humanidade precisava de reforço, e isso era concedido pelo Espirito
Santo (Lucas 4:14)
A coroação de Jesus é realizada pela trindade, podemos ver que a figura do Pai e do Espirito
Santo se fazem presente em seu batismo. O próprio Filho atestou que convinha cumprir tudo o
que o Pai queria, O Espirito Santo desceu sobre o Filho demonstrando que Ele era O ungido e
agora, o que aparece é a voz do pai dizendo “Este é meu filho amado, em quem me comprazo”.
Os sacrifícios para Deus deveriam ser puros, perfeitos e sem defeitos: “Se a sua oferta for
holocausto de gado, trará macho sem defeito; à porta da tenda da congregação o trará, para
que o homem seja aceito perante o SENHOR.” (Levítico 1:3). Isso significa que nenhuma oferta,
por melhor que tivesse sido feita no antigo testamento nunca agradou a Deus verdadeiramente.
Por isso o escritor de Hebreus diz “Pois é impossível que o sangue de touros e de bodes remova
pecados.” (Hebreus 10:4). “Mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem
mácula, o sangue de Cristo” (1 Pedro 1:19) o sacrifico perfeito foi aceito. Por isso O Pai
exclamou a todos “Este é meu filho amado, em quem me comprazo”.