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1 imigraça - ok

2- cultura e comida
3 estudo de caso - ja tem a pessoa, a entrevista e falta
a- relacionar a origem do checho com a paisagem - descrever o local/região e
culinário.
b- novos preparos para receitas antigas - adaptação a novos territórios.
c-
4- consideração final - portanto, levando o cap 1, 02 e 09 3 3m consideração,
posso- afirmar que

concluo quea diversidade gastronomica da megalopole é fundamentada na


realização e acolçhimento, aionda que tgorto, de imigrantes e culturas
divbersas, por isso que o caso do checho é relevabnte. é uma metonimia
desse processo lindo, gigante incliuvel e sobretudo, diverso;.

Capítulo 2: Estudo de caso: Checho Gonzales

2.0- Justificativa do Capítulo:

Dentre as expressões essenciais do movimento migratório boliviano,


encontra-se Checho Gonzales, chef proprietário do restaurante Mescla, no bairro da
Barra Funda. O cozinheiro, de forma a realizar uma cozinha autêntica andina- ainda
que com ressalvas à cultura paulistana-brasileira- serve como potência metonímica
ao movimento dialético comida-imigração que permeia o estudo.
Como método de pesquisa, realizou-se uma curta entrevista com Checho,
para que obtenha-se uma visão ampla e singular, a partir de uma personagem
inserida no contexto abordado. O foco recaiu-se sobre duas perguntas essenciais:

"Por que escolheu o Brasil como destino e quais desafios enfrentou durante o
processo de migração?" e "Como percebe a identidade de sua culinária?".

Desta forma, não nos debruçamos em aspectos pessoais e emocionais do


entrevistado, mas nas complexas dinâmicas da migração e o impacto cultural
intrínseco à sua culinária, que, por sua vez, contribui para a configuração das
representações sociais andinas em solo paulistano.

2.1: Introdução a Checho


Nascido nas terras altas da Bolívia, em território paceño, no ano de 1966,
Checho Gonzales, chef proprietário do restaurante Mescla- e que deixou alguns
lindos estabelecimentos com o tempo-, veio ao Brasil por obrigação, quando seu
pai, cartógrafo de origem, passou a trabalhar com mineração na cidade do Rio de
Janeiro. O garoto tinha sete anos, o que possibilitou-lhe receber um constante fluxo
cultural de origem brasileira.

“Obviamente que a primeira coisa que acontece é o choque. Eu sou andino,


de La Paz. É como se fosse um deserto a 3000 metros de altura; com
cascalho, pedregulho.
À época, não tinha voo direto para o Brasil [...], então o negócio era parar
em Santa Cruz por várias horas, e, ao descer para o Rio, deparar-se com
uma paisagem chocante. Vi, por exemplo, o mar pela primeira vez [...], aos
sete anos. [...] Foi uma mudança muito violenta; muito agradável também,
mas violenta. Acredito que para alguém como eu, que estava acostumado
com aquelas paisagens, teria sido menos impactante se viéssemos de
carro, ou ônibus talvez”.

GONZALEZ, Checho (Entrevistado). Frederico Zucker (Entrevistador). São


Paulo, Agosto, 2023.

Ainda que tenha estabelecido-se com a denominada “Comedoria Gonzales”,


em 2014, Checho responsabiliza-se por diversos estabelecimentos interessantes na
cidade de São Paulo.
O cozinheiro iniciou seu trabalho na cozinha no ano de 1973, por
necessidade, de forma que os restaurantes alternativos destacavam-se por
remunerar bem seus funcionários. O entrevistado afirmou, por exemplo, que
somente iniciou sua carreira na cozinha pela ausência de talento em outras áreas,
de forma que o restaurante fosse um ambiente, ainda que contraditoriamente,
acolhedor.
Seu primeiro restaurante de destaque foi o Ají; cuja proposta era uma
cozinha peruana, rica em reinterpretações e adaptações ao paladar paulistano,
especificamente da região elitizada dos Jardins, localizada na zona oeste da cidade.

Ele é conhecido por sua paixão pela comida andina e por ter sido o idealizador da
primeira feira gastronômica da capital paulista, 'O Mercado', no Mercado Municipal
de Pinheiros
Em 2014, Checho Gonzales abriu a Comedoria Gonzales no Mercado
Municipal de Pinheiros, em São Paulo
. O restaurante oferecia cebiches, sanduíches, empanadas e assados, e era
conhecido por sua comida andina e por ser um dos primeiros estabelecimentos a
oferecer comida caseira e rústica na Barra Funda
. A Comedoria Gonzales funcionou até 3 de junho de 2023
.
Em 2019, Checho Gonzales abriu o Mescla, um restaurante moderno e
despojado na Barra Funda, São Paulo
O Mescla resgata a prática da comensalidade com uma cozinha aberta, livre de
amarras
O cardápio é curto e não convencional, e a ideia é compartilhar tanto as
entradas como os pratos
O chef pretende mudar o cardápio a cada estação
.
Com base na história de Checho Gonzales e nos estabelecimentos que ele
gerenciou, é possível concluir que ele é um chef que tem se dedicado a promover a
cultura culinária boliviana e brasileira, combinando sabores e técnicas de ambos os
países em seus pratos.

2.2- La paz, descrição do local e ingredientes tradicionais

2.3- Mescla:
O restaurante de Checho Gonzales, localizado estrategicamente em um
bairro com uma forte presença de imigrantes bolivianos, se tornou um epicentro
cultural. Mais do que um simples local para degustar pratos tradicionais da Bolívia, o
restaurante se converteu em uma verdadeira embaixada cultural. Aqui, a música, a
dança, a decoração e, claro, a comida, formam uma sinfonia de experiências que
transportam seus visitantes para a atmosfera vibrante das ruas de La Paz ou
Cochabamba.
O restaurante de Checho é um farol de esperança para a comunidade
boliviana em São Paulo, um espaço que fortalece os laços culturais e proporciona
uma sensação de pertencimento a um lar distante. Para os bolivianos que deixaram
sua terra natal em busca de melhores condições de vida, o restaurante é uma
conexão emocional com as raízes, um lembrete constante de quem são e de onde
vieram.
A relevância do restaurante não se limita apenas à comunidade boliviana. Ele
é uma plataforma de construção de pontes culturais, convidando os brasileiros a
explorar a rica herança da cultura andina. Checho Gonzales não é apenas um
empreendedor, mas também um embaixador cultural que, por meio de sua culinária
e ambiente acolhedor, compartilha com São Paulo um pedaço da Bolívia e, com ele,
uma compreensão mais profunda e respeito pelas riquezas das tradições andinas.
Nos próximos subcapítulos, aprofundaremos nossa análise, explorando a culinária
boliviana de Checho Gonzales e seu impacto nas representações sociais andinas
em São Paulo.
A culinária é uma parte vital da cultura de qualquer comunidade e é
frequentemente uma ponte para a compreensão e apreciação de uma herança
cultural rica. O restaurante de Checho Gonzales não é apenas um local para
apreciar pratos tradicionais da Bolívia, mas um portal para explorar as
complexidades e nuances da culinária andina. Os pratos que saem de sua cozinha
são uma mistura de sabores, cores e técnicas culinárias, que contam histórias da
Bolívia e de suas regiões diversas.
A culinária boliviana é uma tapeçaria de influências indígenas, espanholas e
até mesmo africanas, que se mesclam em pratos memoráveis. Pratos como o
salteñas, uma espécie de empada recheada, ou o tradicional anticucho, espetinho
de carne, são exemplos da riqueza culinária da Bolívia que Checho Gonzales trouxe
para São Paulo. Cada mordida é uma experiência sensorial que transporta o
comensal para além das fronteiras, proporcionando uma viagem gastronômica à
riqueza e diversidade do país andino.
Mas a culinária de Checho não é apenas sobre sabor; é também sobre
identidade. Cada prato é um reflexo de sua paixão pela cultura boliviana e um
esforço sincero para compartilhar com seus convidados uma parte de sua herança.
A escolha de ingredientes, a forma como os pratos são preparados e servidos, tudo
isso é feito com um profundo respeito pelas tradições e uma vontade de educar e
encantar seus clientes. Os pratos servidos em seu restaurante não são apenas
refeições; são histórias comestíveis que transcendem as barreiras linguísticas e
culturais.
Em resumo, a culinária boliviana de Checho Gonzales é uma manifestação
viva da cultura andina em São Paulo. Ela não apenas satisfaz o paladar, mas
também nutre a compreensão e apreciação da riqueza da cultura boliviana. Nos
próximos subcapítulos, exploraremos ainda mais o impacto dessa culinária nas
representações sociais andinas na metrópole brasileira.

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