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Disponível em < http://doc.rero.ch/record/209515?ln=en > acesso em 10 de agosto de 2015.
Fatores extra-Olímpicos
Com o passar das edições, e evento passava a cada vez receber maior
visibilidade, e consequentemente, os valores propostos por Cobertin iam aos
poucos se perdendo. Em meio à onde de ideologias nacionalistas que
assolavam principalmente a Europa até a primeira metade do século XX, os
Jogos começam a atender aos ideais de superioridade e os atletas passam a
representar não mais a si mesmos, mas sim às Bandeiras Nacionais de seus
países. Mostrar-se uma potência esportiva refletia em mostrar-se também uma
potência política em âmbito internacional. Países que até hoje mantém um bom
rendimento olímpico, como Estados Unidos, França, Alemanha e Grã-Bretanha
figuram no topo dos quadros de medalhas desde as primeiras edições, devido
a seus projetos de Estado voltados exclusivamente para o esporte. Ainda hoje,
com a ajuda da mídia, as Olimpíadas continuam mantendo esse status de
competição nacionalista – exemplo disso são os esportes mais frisados pelos
meios de comunicação, sempre aqueles em que seu país de origem tem mais
tradição -, mas de uma forma muito menos intensa do que era no passado,
quando nacionalismos faziam não só competições esportivas, mas também
guerras (que interrompiam as competições esportivas).
A Olimpíada e a mídia
Relatórios oficiais
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< http://www.olympic.org/content/the-olympic-studies-centre/categories-container/official-
documents/?subcat=227302 > acesso em 10 de agosto de 2015.
A Olimpíada do México
Talvez trazer os Jogos Olímpicos para campo latino tenha sido mais
uma falta de opção do que uma escolha desejável ao COI, afinal. A cidade
concorreu com Buenos Aires, Detroit e Lyon, dentre as três, ainda era a mais
preparada para poder organizar a competição. Mas desde sua escolha, em
1963, parecia já se mostrar uma Olimpíada voltada para “polêmicas”.
Começou-se com os questionamentos quanto à altiude da cidade, já que os
2308 metros de planalto acima do nível do mar despertariam o incômodo de
médicos, profissionais do esporte e também da mídia. Preocupavam-se com a
saúde respiratória dos atletas e com o rendimento em competição, alegando
que esse ambiente seria prejudicial às provas de resistência, principalmente do
atletismo, além de atrapalhar quebras de recordes gerais. No fim vários
recordes ainda assim ocorreram, e altitude não foi um problema. Como o
enfoque deste trabalho não é a parte esportiva das Olimpíadas, o número
exato de novas marcas, ou demais conquistas de atletas, de modo geral não se
tornam tão interessantes para este ensaio.
O México da Olimpíada
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< http://globoesporte.globo.com/globo-esporte/videos/t/edicoes/v/gesto-historico-nas-
olimpiadas-de-1968-marca-luta-pela-igualdade-entre-as-pessoas/4307405/ > acesso em 11 de
agosto de 2015