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Disciplina: Teologia sistemática II

Aula 3: Anjos e a revelação


Apresentação

Nesta aula, vamos continuar com a Angeologia, aprofundando algumas questões da revelação sobre os anjos, como sua
organização e queda, além das características principais dos anjos caídos.

Veremos também os processos de misticismo e superstição, que envolvem estes seres espirituais e contribuem para uma
diversidade de compreensões confusas, muitas vezes estimuladas por produções literárias e cinematográficas, em
tentativas subjetivas de personalizações destes seres angelicais.

Objetivos

Relacionar a ação dos anjos à revelação;

Identificar a apropriação dos anjos pelo misticismo e pelas superstições.


Os anjos e a revelação

De modo geral, a Bíblia cita os anjos em nomes coletivos, indicando que se ordenam de acordo com o grau de perfeição e missão.
No século V, Pseudo-Dionísio classificou os anjos em três grupos hierárquicos, cada um com três coros angélicos:

1 2

Primeira hierarquia Segunda hierarquia


Formada pelos anjos mais pertos de Deus, que contemplam o Formada por:
amor, conhecimento e aceitação de Sua vontade, transmitindo-
a às demais criaturas: Dominações (Ef 1, 21) - governo dos próprios anjos, os
quais transmitem as ordens de Deus;
Serafins (Is 6, 2) - imagem mais perfeita do amor de
Deus; Virtudes (Ef 1, 21) - executam as ordens das Dominações
em relação aos elementos da natureza material;
Querubins (Gn 3, 24; Ex 25, 18; 1Rs 6, 23; Sl 18 (17), 11; Ez
10, 3) - refletem a sabedoria divina; Potestades (1Pd 3, 22; Ef 1, 21) - dedicam-se à luta contra
os maus espíritos.
Tronos (Cl 1, 16) - juízos de Deus, caracterizando-se pela
submissão e paz.

Terceira hierarquia
Divide-se em:

Principados (Cl 1, 16) - dirigem as sortes das nações;

Arcanjos (Dn 8, 16; 9, 21; 10, 13; 12, 1) - comunicam as


notícias aos homens (Lc 1, 5-22; 1, 26-38;) e protegem
pessoas que desempenham funções de relevo para a
glória de Deus;

Anjos - ministros de Deus destinados particularmente à


guarda dos homens.

Incomparáveis criaturas, os anjos são mencionados como milhares de milhares, milhões, em número elevado e incontável (Dn 7,
10; Mt 26, 53; Lc 2, 13; Hb 12, 22; Ap 5, 11). Muito inteligentes, não são oniscientes (Mt 24, 36). A desobediência de um grupo
indica sua capacidade de escolha e influência sobre os demais, tanto para o bem (Ap 22, 8-9) como para o mal (1Tm 4, 1).

O judaísmo sustenta grande respeito pelos anjos, considerando sua presença como a do próprio Deus (Gn 16 13; 31, 13; Jr 13, 22;
26, 12-14;), e de intermediários com os homens (Ez 40, 3; Zc 1, 3).

Na Bíblia, temos referência à presença dos arcanjos em missões especiais junto à humanidade. Três são citados especificamente.
Vejamos:
Miguel Rafael
Do hebraico mika’el, que significa Quem é como Deus?, é Que significa Deus cura, é enviado ao pai de Tobite e à
citado com autoridade (Dn 12, 1; Jd 9 e Ap 12, 7) na defesa Sara (Tb 3, 25).
de Israel e como líder da batalha vitoriosa contra Satanás
e seus anjos. É o príncipe da corte celeste.
Gabriel
Do hebraico geber’el, homem de Deus, é o mensageiro do
final dos tempos (Dn 8, 15-27), tendo Daniel como profeta
(Dn 9, 20-27). Anuncia a Zacarias o nascimento de João
(Lc 1, 11-20) e a maior de todas as mensagens à Maria: a
vinda do Emanuel e seu reinado sobre o trono de Davi (Lc
1, 26-33).

Nos escritos apócrifos e nas pseudopígrafes, temos os nomes dos seguintes anjos:
Uziel Jeremiel Sataliel Jehudiel Baraquel
(luz de Deus) (Senhor (oração de (louvação de (bênção de
compassivo) Deus) Deus) Deus)

Atenção

Podemos perceber que, pelo sufixo EL, os nomes dos anjos são teofânicos, ou seja, manifestações de Deus.

A queda dos anjos

Quando Deus criou os anjos, não havia distinção entre bons e maus. Sendo o Sumo Bem, não poderia haver mal na Criação de
Deus. O que define a queda dos anjos é o fato deles terem sido criados livres, com tudo o que era necessário para escolherem, de
modo consciente, por Deus ou não. A queda de Lúcifer e dos demais anjos se deve à própria escolha (Is 14, 12-17; Ez 28, 12-19),
em relação à dignidade em servir ao Criador (Jó 4, 18-21; 2Pd 2, 4; Jd 6).

Os anjos fiéis, escolhidos (1Tm 5, 21), foram confirmados em sua posição e estão eternamente contemplando a Deus (Lc 20, 36).
Como há uma hierarquia dos anjos, os maus, não perdendo sua natureza angélica, mantêm a mesma estrutura. Satanás, ou Satã,
(Ap 12, 9) seria, portanto, o príncipe da milícia, um anjo mais perfeito que os demais no plano ontológico. Dessa forma, Lúcifer
possuía elevada distinção, com títulos e posições (Ez 28, 11-17).

Destacamos a seguir algumas de suas características citadas no texto de antes da queda para reflexão.

Selo de perfeição (v. 12)


Tradição hebraica que se refere à beleza e à
inteligência que a criatura traz de Deus, como o
mais alto grau de perfeição.

Estavas no Éden (v. 13)


Traz privilégios - pedras preciosas relacionadas à
grandeza e à beleza - simbolicamente
relacionados ao “rei de Tiro”.

No dia em que fostes criado (v. 13)


Criatura de Deus, como grande referência, mas
não semelhante.
Querubim ungido para proteger (v.
14)
Mais elevado grau de perfeição angélica, com a
função de proteger o trono de Deus, diretamente
relacionado à preservação da criação (Gn 3, 24;
Ex 25, 17-20).

Perfeito eras nos teus caminhos (v.


15)
Com o verbo no passado, de uma criatura, ainda
que privilegiada, trazia em si a vaidade e o
orgulho.

 A Queda dos Anjos Rebeldes, de Luca Giordano.

O caminho da queda dos anjos é muito semelhante ao nosso (Gn 3, 1-7). Podemos verificar que a fala da Serpente do Paraíso em
sereis como deuses (v. 5) é uma vontade da serpente antes de ser a vontade de Adão e Eva. Pela eternidade a que são
destinados, e à grande responsabilidade de suas missões, seria necessária uma prova para que firmassem livremente sua
escolha, de modo que a presença de Deus não fosse uma imposição.

Podemos considerar a seguinte sistematização:

O pecado. Momento concreto do ato da vontade e

Os anjos são criados para a glória de Deus, com 4 da inteligência em que decide por uma outra

1
situação. Há o rompimento da amizade e da graça;
tudo o que é necessário para viver a partir do Seu
amor;
Na relação com os demais, são expostas as A escolha por pecar é a escolha por afastar-se de

2 diferenças, vendo o Outro como outro, e não como Deus. Vai contra a natureza. A inteligência precisa

5
prolongamento de si, ao qual todos têm que servir; justificar a escolha. O conceito de Deus precisa ser
invertido e o próprio pecador se eleva. A obediência
A vontade de submeter o Outro cresce, apesar da passa a ser compreendida como opressão,

3 natureza angelical chamar a Deus. A inteligência


começa a aceitar e cresce a rebeldia;
obstáculo ao desejo e à liberdade;

Por ser anjo, com a inteligência intuitiva, o ato é

6 imediato. O orgulho não tem retorno. O amor de


Deus é rechaçado de modo absoluto.

 (Fonte: YOHANA TRIARIANY / Shutterstock).

Na profecia hebraica, é comum a descrição de eventos celestes em acontecimentos humanos. Assim, podemos acompanhar o
pecado (Gn 3, 1-7), o orgulho (Is 14, 12-17) e a tentativa de Satanás de ocupar a posição de Deus em autoridade.

Também podemos acompanhar sua ação ao longo do tempo, em especial nos nossos dias. Ocupar posições, tomar decisões
precipitadas, agir contra a vontade de Deus e negá-lo são atitudes em pensamentos e palavras, atos e omissões que vivemos.
Inconfundível é sua presença e sua permanente tentativa de agir junto a cada pessoa como contra as obras do Reino (Mt 16, 23;
Jo 8, 44; 13, 27).

Atividade
1. É comum utilizar nos textos hebraicos a linguagem humana para retratar realidades celestiais. Lendo Gn 3, 1-7, o que podemos
identificar através do personagem da serpente em relação à queda dos anjos?

Nomes dos demônios


A Bíblia cita diversos demônios. Veja quais são eles:
Apolíon
Apolíon (Ap 9, 11), em hebraico, Abadon, destruidor, perdição.

Asmodeu
Asmodeu (Tb 3, 8), do persa aesmadaeva, espírito de cólera, como o anjo destruidor (2Sm 24, 16; Sb 18, 25; Ap 9,
11).

Belial
Belial ou Beliar (2Cor 6, 15) da raiz baal, senhor.

Belzebu
Belzebu (Mt 12, 24), de Baal-zebul, senhor das moscas, sinônimo do demônio. Aparece em 2 Reis 1, 2.

Demônio
Do grego daimon, gênio. Ainda que na mitologia greco-romana não seja propriamente uma entidade maléfica,
sempre é usado para seres espirituais malignos no Novo Testamento.

Diabo
Diabo (Mt 25, 41), do grego diaballo, acusar. Ainda que se use diabo e demônio como sinônimos, a Sagrada
Escritura não o faz, mas utiliza-o no singular e referente ao mais poderoso, também o chamando de o Acusador, o
Inimigo, o Tentador, o Maligno, o Assassino desde o princípio, o Pai da mentira, o Príncipe desse mundo, a Serpente.

Lilith
Lilith (Is 34, 14), que, de acordo com a tradição judaica, é considerado como um ser demoníaco. Na mitologia
mesopotâmica é um gênio com cabeça e corpo de mulher, com asas e pés de pássaro.

Lúcifer
Lúcifer (Is 14, 12), em latim luciferarius, estrela da manhã. Textos eclesiásticos costumam usar Lúcifer como
sinônimo de demônio e mesmo como seu nome próprio.

Satã
Satã (Mt 13, 38s), adversário, inimigo, opositor, é o mais perfeito, poderoso, inteligente e belo dos anjos que caíram,
também denominado Satanás. Sua raiz primitiva significaria atacar, acusar, ser um adversário, resistir. Ele, na
forma de serpente, tenta levar o ser humano ao pecado (Gn 3, 1-7) e liderou a rebelião no mundo angélico, tornando
os anjos hostis à palavra de Deus.

Seirim
Seirim (Is 13, 21; Lv 17, 7; e Baruc 4, 35), do hebraico sa’ir, peludo ou bode.
Atividades dos anjos maus
Podemos sistematizar as atividades de Satanás e dos demônios do seguinte modo:

Origem do pecado, antes da criação dos homens. 1Jo 3, 8 aponta com a


expressão no princípio, como indicativo de tempo referente à criação, que o
mau já estava presente desde o início, deixando a possibilidade de a queda ter
sido antes das coisas visíveis terem sido feitas.

Opositores à obra de Deus, tentando atingi-lo através das pessoas, tentando à


dúvida, medo, confusão, culpa, inveja, calúnia, orgulho.

Submissos a Deus, somente agindo com sua permissão.

 (Fonte: Fernando Cortes / Shutterstock).

Com a encarnação de Jesus, a plenitude da revelação se realiza e o mal é exposto. Assim Hb 4, 15 afirma que Jesus, como
homem, é tentado em tudo, tanto sendo provado, como resistindo por nós, em nosso favor, sustentando nossa humanidade sem
cair.

Em Ap 16, 12-16, podemos entender melhor a tentativa dos anjos maus de, na rebelião contra Deus, estabelecer um grande
conflito entre as nações, a guerra do Armagedom (Ap 19, 17-21), quando a humanidade se encaminha para o fim desta era,
quando os exércitos do Oriente se aproximam de Israel (Is 13,1-5).
A manifestação dos anjos maus vai encaminhar as nações para apoiarem o pecado e o anticristo, sinal evidente da grande
tribulação. O holocausto será realizado no Armagedom, referente ao centro-norte da Palestina, chamado de vale do Megido. A
batalha se dará e só acabará com o retorno de Cristo para estabelecer o Reino.

A vinda do Messias é anunciada desde o Antigo Testamento (Dt 32, 43; Sf 3, 8; Zc 14, 2-5), na ação de Satanás e de seus anjos na
direção do anticristo, através das muitas nações, levantadas contra Deus para destruírem Jerusalém (Ap 16, 13-16; 19, 14-19; Ez
38, 19; Zc 14, 2).

Podemos compreender Israel como o Novo Israel, dos seguidores do Messias, espalhados em todas as nações (Jr 25, 29-38),
pelos quais Jesus Cristo retornará com seu exército (Ap 19, 19-21; Zc 14, 1-5), cumprindo sua promessa (Sl 110, 5; Is 66, 15-16;
1Ts 1, 7-10), anunciando através de eventos cataclísmicos (Ap 16, 18-19; Jr 25, 32-33).

Preso por mil anos, Satanás será solto e, em sua ação, tentará derrotar Deus, enganando a muitos, cegando os entendimentos (2
Cor 4, 4), tirando a Palavra dos corações (Lc 8, 12), usando as pessoas contra o Reino (Ap 2, 10), acusando e difamando (Ap 12,
10), dificultando o trabalho (1Ts 2, 18), valendo-se dos demônios (Ef 6, 11-12), semeando o joio entre o trigo (Mt 13, 25-30),
perseguindo (Ap 2, 10). No entanto, Jesus define sua posição desde o início (Mc 1, 25-26.34.39; 3, 11; 5, 1-20; 9, 17-29; Lc 13, 16),
com sua morte e ressurreição (Jo 12, 31; Cl 2, 15; Hb 2, 14).

Atualidade e destino final dos demônios


A Bíblia nos apresenta orientações para que possamos resistir ao mau. Vejamos algumas:
Reconhecer que não estamos em um conflito material, e sim espiritual (Ef 6, 12).

Dedicar-se à verdade e à justiça divina (Rm 12, 1-2; Ef 6, 14).

Crer na obediência de Satanás (At 26, 18).

Reconhecer as armas espirituais dadas por Deus (2 Cor 10, 3-5).

Proclamar o evangelho e a plenitude do Espírito Santo (Mt 4, 23; Lc 1, 15-17; At 1, 8; 2, 4; Rm 1, 16; Ef


6, 15).

Confiar em Jesus (At 16, 16-18).

Viver na Palavra de Deus (Ef 6, 17).

Orar pelo Espírito (Ef 6, 18).

Jejuar (Mt 6, 16; Mc 9, 29).

Rezar pela conversão dos pecadores (Jo 16, 7-11) e pela manifestação dos dons do Espírito Santo
(At 4, 29-30).

Sabemos que Satanás começou uma rebelião contra Deus (Mt 4, 10), levando uma terça parte dos anjos (Ap 12, 4) para o seu
controle (Mt 12, 24; 25, 41; Ef 2, 2; Ap 12, 7). Eles agem segundo a indicação dos demônios na Sagrada Escritura (Ef 6, 11-12).
Alguns estão presos (2Pd 2, 4; Jd 6) e só serão soltos na Grande Tribulação (Ap 17, 8; 20, 1-3; 2Pd 2, 4; Jd 6). No final dos tempos,
estes anjos caídos serão lançados na eternidade do fogo preparado para eles (Mt 25, 41).

 (Fonte: Billion Photos / Shutterstock).


Misticismo e Superstições

Os povos, desde a Antiguidade, acreditavam na existência de seres espirituais intermediários


entre a pessoa humana e a divindade. Diversas foram as compreensões sobre estes seres,
desde semideuses, duendes, gênios e outras inúmeras denominações.

Quase todas as sociedades acreditam em seres sobrenaturais, sem os distinguirem moralmente


entre bem e mal. A eles é dado o controle das fases da vida, como no Egito Antigo, na Pérsia e
na Babilônia. As culturas do norte da Europa são repletas de exemplos, como as celtas,
escandinavas e teutônicas.

Também temos as culturas que prestam culto a seus ancestrais, dando-lhes diversas
importâncias, como a China, o Japão e a Coreia.

Os assírios e gregos apresentam uma perspectiva antropomórfica dos seres espirituais,


personificando-os, ou seja, dão-lhes formas humanas e lhes atribuem características da
personalidade de pessoas, delegando-lhes a direção da vida das pessoas.

Somos influenciados pelos diversos contatos que temos com estas diferentes culturas ao longo
da história, com resquícios culturais de vários graus e características. Em inúmeros processos
de sincretismo religioso, os anjos são representados de diferentes formas, materializados e com
símbolos que não correspondem à sua existência real.

Assim, podemos encontrar anjos como meninos ou meninas, asas, chifres, objetos, o que
destitui de seu fundamento. Artistas recorrem a representações plásticas para conseguir retrata-
los, nem sempre sendo fiéis ao seu significado.

Bancas de jornal, filmes, livros, literaturas diversas e diferentes expressões angélicas são encontradas com facilidade, divulgadas
com diferentes interesses. Em suas obras, estes artistas apresentam características de seu momento sócio-histórico, na
compreensão a que têm acesso na ideia de anjo a que se referem.
No período do racionalismo exagerado e da necessidade nem sempre orientada que as pessoas trazem para buscar Deus,
percebemos a proliferação de fantasias e crendices, em um sincretismo religioso que deturpa a doutrina angélica, como seres
inumados deificados vendidos como personagens de inúmeros livros, além do comércio de objetos de enfeite ou mesmo para
cultos diversos.

Comentário

A falta de uma base para a fé, com uma orientação cristológica, faz com que a busca pelo sagrado seja permeada por
personificação de desejos pessoais, expressando em seres que trazem a memória angélica em perfis que atendem a desejos
pessoais e de grupos, em uma distorção em irracionalismos, falsos misticismos e superstições.

Você sabe a diferença entre misticismo e superstição?


Misticismo Superstição
Tem relação com religiosidades que É a crença baseada em senso comum,
envolvem cultos sem verificação, em tradições populares, em que o
que a pessoa humana entra em relação supersticioso acredita que
íntima e direta com a divindade.
 determinadas práticas religiosas, sem
fundamentação, normalmente
relacionadas a pensamento mágico,
podem influenciar sua vida de modo
transcendental, como os sete anos de
azar de um espelho quebrado.

Nestes contextos, podemos perceber a confusão que encontramos na expressão das criaturas angelicais, muitas vezes
retratadas como criaturas deificadas (Cl 2, 18), expressão da confusão espiritual da atualidade. No entanto, podemos perceber
que os anjos não podem ser identificados com nenhuma delas, por seu caráter de criatura e obediência na fé do Deus único.
Voltamos aqui à necessidade de compreender melhor a fé e a participação dos anjos na Revelação, para podermos aprofundar e
basear devidamente a Teologia.

Atividade
2. Observe as imagens abaixo e, a partir do que você aprendeu, enumere o que corresponde aos anjos e o que é fruto do
misticismo e de superstições:

 (Fonte: Pete Thompson <https://www.thompsonconceptart.com/portfolio> ).  (Fonte: Carlos Quevedo <https://www.carlosquevedoart.com/> ).

Referências

CELESTINO, Pedro Barreto. Os anjos. 5.ed. São Paulo: Quadrante, 2017.

FORTEA, José Antonio. História do mundo dos anjos. São Paulo: Palavra & Prece, 2012.

_____. Summa Daemonica. São Paulo: Palavra & Prece, 2010.

GRUDEM, Wayne. Teologia sistemática. 2.ed. São Paulo: Vida Nova, 2017.
GRÜN, Alsem. Cada pessoa tem um anjo. Petrópolis: Vozes, 2009.

MARTINS. Jaziel Guerreiro (org.). Teologia sistemática. Curitiba: Intersaberes, 2015.

Próxima aula

Origem humana;

Sentido da vida;

Imagem e semelhança de Deus.

Explore mais

A Summa Daemonica <https://pt.scribd.com/document/210964714/SVMMA-Daemoniaca> é um livro de um demonologista do


tipo perguntas e respostas, esclarecendo os principais pontos conhecidos sobre os anjos caídos.

Vale a pena retomar o livro indicado da aula anterior, Cada pessoa tem um anjo <//www.arcanjomiguel.net/livros-25/Cada-Pessoa-
Tem-um-Anjo.pdf> , e procurar as passagens dos anjos citados a partir dos conhecimentos já adquiridos na Bíblia.

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