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Trabalho de auto-avaliação para a matéria de antropologia da arte.

Marc Steffen Ottke


ra: 201030373
Durante o primeiro semestre de 2023, cursei a matéria de antropologia
da arte com a professora Rosa. Foi um semestre muito interessante
pela quantidade de matérias teóricas que tive que fazer. O que não
faltou foi leitura e aprendizado teórico e a matéria de antropologia
coube muito bem no contexto disso tudo para mim.
A ênfase da matéria em entender as origens do povo brasileiro e
compreender as diferentes formas de arte desenvolvidas, por
consequência dessas diferentes culturas que juntas formam a cultura
brasileira, foi muito importante para o meu desenvolvimento como
pessoa e artista.
Ao mesmo tempo que tive a matéria, li Jubiabá de Jorge Amado, que
conta a história de um homem preto na Bahia que passa por muitas
situações de injustiça social e racial e conta sobre o candomblé e as
giras. Acabou que em antropologia da arte tivemos grande enfoque
nessa faceta do povo brasieleiro e tratamos dos mesmos assuntos,
tivemos aulas falando sobre os mesmos temas, fomos incentivados a
conhecer a umbanda, aprendemos sobre a matriz afro nos
documentários de Darcy Ribeiro e de maneira geral expandimos a mente
para os conhecimentos nessa área da antropologia.
Para mim, um homem branco que cresceu no interior de São Paulo
rodeado quase só de branco, é muito importante cada vez mais
aprender e me inteirar na cultura brasileira fora da minha bolha social na
qual eu cresci até chegar na faculdade.
Nunca fui religioso e nunca frequentei igrejas, mas tenho
conhecimentos básicos sobre o cristianismo, uma religião ocidenital a
qual, sim, tem grande influência na cultura brasileira, mas que não é a
única e muito menos é a mais importante. É essencial aprender mais
sobre as religiões de matriz afro para entender melhor os diferentes
costumes e valores que existem dentro do povo.
Após ler Jubiabá e participar dos debates sobre a umbanda, fui com
amigos para uma gira de baiano pela primeira vez, não sou religioso,
então a minha ida tinha intenção puramente antropológica de estudo de
religião. Quando cheguei percebi que o ambiente da gira é muito mais
suave que o de uma igreja católica, por exemplo. As rezas eram todas
musicais e não senti que as pessoas ali estavam com medo de pecar ou
que estavam sendo coibidos a se sentirem culpados pela vida que
levam, sentimento que tenho para com religiões como o evangelismo ou
catolicismo. A gira me parece um lugar de religiosidade e de alegria,
onde os vivos cantam e dançam entre os mortos e mantém a história
viva.
A aula de capoeira também foi bem legal, por mais que não tivéssemos
praticado a dança/luta, foi muito interessante aprender um pouco sobre
a música e os instrumentos utilizados durante a luta.
Outro assunto debatido em aula que foi de extrema importância para
meu desenvolvimento é a questão indigena no Brasil. É triste que o
único povo originário do Brasil ainda esteja sofrendo massacres e
repressão pelo próprio estado, o qual, deveria estar os protegendo.
Absorvendo os conhecimentos e praticando a atenção flutuante sinto
que me desenvolvi muito como pessoa e como artista na matéria
durante o semestre, por conta disso, dou-me a nota 10. Essa nota, para
mim, representa não só a minha evolução durante o semestre, mas
também a certeza de continuar a investigar e buscar conhecimentos
sobre o povo brasieliro e todas as pessoas à minha volta.

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