NIVELAMENTO TRIGONOMÉTRICO - Conteúdo Aula - Agrim Subsequente-02cfe08 5CS576Z

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso – Campus Cuiabá Cel.
OJS
Departamento de Infraestrutura – DINFRA – Curso Técnico em Agrimensura – Subsequente
Disciplina: Topografia II – conteúdo: Nivelamento Trigonométrico
NIVELAMENTO TRIGONOMÉTRICO
Baseia-se na resolução de triângulos retângulos e é aplicado principalmente para determinar a

altura de pontos inacessíveis. Realizado através de Teodolitos e Estações Totais, com visadas
com qualquer inclinação. Mais rápido que o Nivelamento Geométrico, no entanto, menos
preciso.
DM = Distância Medida segundo a inclinação do terreno;

DR = Distância Reduzida (projeção do alinhamento inclinado sobre o plano horizontal);
∆h = Diferença de altura entre os pontos A (estação) e B (ponto visado);
HA = Cota do ponto A;
HB = Cota do ponto B;
P = Ponto sobre a baliza ou mira verticalizada, colocada sobre o ponto visado B;
iA = Altura do instrumento em A (distância vertical entre o eixo ótico do aparelho e o ponto A);
M = Distância vertical que vai do ponto visado B até o ponto P sobre a baliza ou mira vertica-
lizada;
h = distância vertical que vai do eixo ótico do aparelho até o ponto P sobre a baliza ou mira
verticalizada em B;
α’ = Ângulo formado entre a linha do horizonte que passa pelo ponto A e o terreno inclinado;
α = Ângulo formado entre a linha do horizonte que passa pelo eixo ótico do aparelho e a linha
de visada;
Linha de Visada = Linha que vai do eixo ótico do aparelho até o ponto P sobre a baliza ou
Mira verticalizada em B.
Nivelamento Trigonométrico – conceitos e exercícios – Professor Wilson José da Silva Página 1 de 26
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso – Campus Cuiabá Cel. OJS
CONDIÇÕES PARA QUE h SEJA IGUAL A Δh:
a) O ângulo que o terreno inclinado faz com a horizontal do lugar que passa pelo ponto A
seja o mesmo que a linha de visada faz com a horizontal que passa pelo eixo ótico do
aparelho;
b) A distância medida DM tenha o mesmo comprimento da linha de visada.
CONDIÇÕES IMPRESCINDÍVEIS PARA SE EXECUTAR NIVELAMENTO

TRIGONOMÉTRICO:
1) Que a estação e o ponto visado estejam em pontos consecutivos de mudança de

inclinação do terreno;
2) Que a linha de visada seja paralela ao terreno inclinado, ou seja, que i = M

Revisando as relações trigonométricas usuais:
Cateto Oposto h
Seno α = = ⸫ h = DM x sen α
Hipotenusa DM
Cateto Adjacente DR
Cosseno α = = ⸫ DR = DM x cos α
Hipotenusa DM
Cateto Oposto h
Tangente α = = ⸫ h = DR x tan α
Cateto Adjacente DR
1 1 DR
Cotangente α = = = ⸫ DR = h cotg α
Tangente h/DR h

No Nivelamento Trigonométrico:
Cálculo de Δh
h
Sen α = ⸫ h = DM x sen α
DM
Como iA = M, então: h = Δh e, assim: Δh = DM x sen α
Cálculo de DR
DR
Cos α = ⸫ DR = DM x cos α
DM
Cálculo de HB
HB = HA + ΔhAB
Hn = H(n-1) + Δhn
Onde:
Hn = Cota do ponto visado (ponto que quero conhecer a cota – ponto seguinte)
H(n-1) = Cota da estação (ponto anterior)
Δhn = Diferença de altura entre os pontos anterior e seguinte. Considera sempre soma, no
entanto, precisa ser soma algébrica (onde leva-se em consideração os sinais).

EXERCÍCIOS SOBRE NIVELAMENTO TRIGONOMÉTRICO
01. Em um nivelamento trigonométrico, os pontos A, B, C, D e E estão num mesmo

alinhamento. Determinar a distância reduzida entre A e E (DRAE), bem como as cotas dos
pontos (HB, HC, HD, HE,), sabendo que a cota do ponto A é 69,500m.
Est. PV Azimutes Distâncias Ângulos Distâncias Diferença Cotas

Medidas Verticais Reduzidas de altura
(Az) (DM) (α) (DR) (H)
(∆h)
D E 64,600 – 06° 20’ 30”
C D 77,300 – 08° 10’ 40”
B C 91,400 + 09° 40’ 10”
A B 100° 10’ 85,500 + 13° 30’ 50”
HA = 69,500m
Esboço do exercício 1:

Resolvendo o exercício 1:
Fórmulas:
DR = DM x cos α
Δh = DM x sen α
HB = HA + ΔhAB
Critérios de aproximação:
Faremos os cálculos com todos os números/dígitos que a calculadora oferece e,

aproximamos somente o resultado.
Se vamos trabalhar com três casas depois da vírgula, precisamos analisar a quarta casa.
Se o número representativo desta quarta casa for menor que 5 (cinco), aproximamos para
menos, ou seja, mantemos o numeral da terceira casa decimal (ex: 8,4564... usaremos como
resultado: 8,456);
Se o número representativo desta quarta casa for igual ou maior que 5 (cinco),
aproximamos para mais, ou seja, acrescentamos um a essa terceira casa decimal. (ex:
8,4565... usaremos como resultado: 8,457. Se der 8,4566, usaremos como resultado 8,457 e,
assim por diante).
Lado AB:
DRAB = DMAB x cos 13° 30’ 50” = 85,500m x 0,972313303 = 83,132787... ⸫ DRAB = 83,133m
ΔhAB = DMAB x sen 13° 30’ 50” = 85,500m x 0,233681066 = 19,979731... ⸫ ΔhAB = 19,980m
HB = HA + ΔhAB = 69,500m + 19,980m ⸫ HB = 89,480m
Lado BC:
DRBC = DMBC x cos 09° 40’ 10” = 91,400m x 0,985793183 ⸫ DRBC = 90,101m
ΔhBC = DMBC x sen 09° 40’ 10” = 91,400m x 0,167963684 ⸫ ΔhBC = 15,352m
HC = HB + ΔhBC = 89,480m + 15,352m ⸫ HC = 104,832m
Lado CD:
DRCD = DMCD x cos (-) 08° 10’ 40” = 77,300m x 0,989831475 ⸫ DRCD = 76,514m
ΔhCD = DMCD x sen (-) 08° 10’ 40” = 77,300m x (-) 0,142245037 ⸫ ΔhCD = - 10,996m
HD = HC + ΔhCD = 104,832m + (- 10,996m) ⸫ HD = 93,836m
Lado DE:
DRDE = DMDE x cos (-) 06° 20’ 30” = 64,600m x 0,993880891 ⸫ DRDE = 64,205m
ΔhDE = DMDE x sen (-) 06° 20’ 30” = 64,600m x (-) 0,11045711 ⸫ ΔhDE = - 7,136m
HE = HD + ΔhDE = 93,836m + (- 7,136m) ⸫ HE = 86,700m

Cálculo de DRAE
DRAE = DRAB + DRBC + DRCD + DRDE

DRAE = 83,133m + 90,101m + 76,514m + 64,205m
DRAE = 313,953m
Após a resolução e lançamento de todos os dados, a planilha do exercício 1 fica assim:

(Az) (DM) (α) (DR) (H)
(∆h)
D E 64,600 – 06° 20’ 30” 64,205 - 7,136 86,700
C D 77,300 – 08° 10’ 40” 76,514 - 10,996 93,836
B C 91,400 + 09° 40’ 10” 90,101 15,352 104,832
A B 100° 10’ 85,500 + 13° 30’ 50” 83,133 19,980 89,480
HA = 69,500m
02. Em um nivelamento trigonométrico, os pontos 1, 2, 3, 4 e 5 estão num mesmo

alinhamento. Determinar a distância reduzida entre 1 e 5 (DR15), bem como as cotas dos
pontos (H2, H3, H4, H5), sabendo que a cota do ponto A é 88,800m.

(DM) (α) (DR) (∆h) (H)
4 5 69,900 + 12° 12’ 12”
3 4 84,200 + 09° 15’ 30”
2 3 96,800 - 08° 20’ 50”
1 2 200° 20’ 77,700 - 11° 40’ 20”
H1 = 88,800m

Esboço do exercício 2:
Resolvendo o exercício 2:
Lado 12:
DR12 = DM12 x cos (-) 11° 40’ 20” = 77,700m x 0,979321009 = 76,09324... ⸫ DR12 = 76,093m
Δh12 = DM12 x sen (-) 11° 40’ 20” = 77,700m x (-) 0,20231253 = -15,71968...
⸫ Δh12 = -15,720m
H2 = H1 + Δh12 = 88,800m + (-15,720m) ⸫ H2 = 73,080m
Lado 23:
DR23 = DM23 x cos (-) 08° 20’ 50” = 96,800m x 0,989406477 ⸫ DR23 = 95,775m
Δh23 = DM23 x sen (-) 08° 20’ 50” = 96,800m x - 0,145171702 ⸫ Δh23 = - 14,053m
H3 = H2 + Δh23 = 73,080m + (- 14,053m) ⸫ H3 = 59,027m
Lado 34:
DR34 = DM34 x cos 09° 15’ 30” = 84,200m x 0,986972977 ⸫ DR34 = 83,103m
Δh34 = DM34 x sen 09° 15’ 30” = 84,200m x 0,160886116 ⸫ Δh34 = 13,547m
H4 = H3 + Δh34 = 59,027m + 13,547m ⸫ H4 = 72,574m
Lado 45:
DR45 = DM45 x cos 12° 12’ 12” = 69,900m x 0,977403598 ⸫ DR45 = 68,321m
Δh45 = DM45 x sen 12° 12’ 12” = 69,900m x 0,211381659 ⸫ Δh45 = 14,776m
H5 = H4 + Δh45 = 72,574m + 14,776m ⸫ H5 = 87,350m

Cálculo de DR15
DR15 = DR12 + DR23 + DR34 + DR45

DR15 = 76,093m + 95,775m + 83,103m + 68,321m
DR15 = 323,292m
Após a resolução e lançamento de todos os dados, a planilha do exercício 2 fica assim:

(DM) (α) (DR) (∆h) (H)
4 5 69,900 + 12° 12’ 12” 68,321 14,776 87,350
3 4 84,200 + 09° 15’ 30” 83,103 13,547 72,574
2 3 96,800 - 08° 20’ 50” 95,775 - 14,053 59,027
1 2 200° 20’ 77,700 - 11° 40’ 20” 76,093 - 15,720 73,080
DETERMINAÇÃO DA ALTURA DE PONTOS INACESSÍVEIS
Uma das principais aplicações do Nivelamento Trigonométrico está na determinação da altura

de pontos inacessíveis, tipo topo de uma elevação, altura de uma caixa d`água, de um prédio,
de uma torre de rede de energia, etc. Dependendo da conformação do terreno e das
condições de trabalho, essas alturas poderão ser encontradas através de:
1. Visada de estação única, em terreno plano

Exercício 1
Um ponto B situado no topo de uma caixa d’água foi visado de um ponto A, em um

terreno plano, obtendo os dados a seguir. Pede-se determinar a altura da caixa d’água.
Dados:
DRAB = 90,000m
iA = 1,700m
β = + 10° 30’
Hcx = ?
Para determinar a altura da caixa d`água consideramos o triângulo retângulo onde h é o cateto
oposto e a distância reduzida (DR) é o cateto adjacente. Aplicamos a relação trigonométrica:
Cateto oposto
tan β =
Cateto adjacente
h
tan β =
DRAB
h = DRAB x tan β
h = 90,000m x tan 10° 30’
h = 90,000m x 0,185339044
h = 16,681m
Hcx = h + iA
Hcx = 16,681m + 1,700m
Hcx = 18,381m

Exercício 2:
Um ponto B situado no topo de uma caixa d’água foi visado de um ponto A, em um

terreno plano, obtendo os dados a seguir. Pede-se determinar a altura da caixa d’água.
Dados:
DRAB = 75,000m
iA = 1,650m
β = + 13° 45’
Hcx = ?
Para determinar a altura da caixa d`água consideramos o triângulo retângulo onde h é o cateto
oposto e a distância reduzida (DR) é o cateto adjacente. Aplicamos a relação trigonométrica:
Cateto oposto
tan β =
Cateto adjacente
h
tan β =
DRAB
h = DRAB x tan β
h = 75,000m x tan 13° 45’
h = 75,000m x 0,244698443
h = 18,352m
Hcx = h + iA
Hcx = 18,352m + 1,650m
Hcx = 20,002m

DETERMINAR A ALTURA DE PONTOS INACESSÍVEIS

2. Visadas de duas estações
a) Em terreno Plano (HA + iA) = (HB + iB)
Exercício 1
Em um nivelamento trigonométrico os pontos A, B e C estão num mesmo alinhamento. Do

ponto A visou-se o ponto C (inacessível), obtendo o ângulo α e, também de A, visou-se o
ponto B, obtendo a distância reduzida de A até B (LAB). Do ponto B visou-se o ponto C,
obtendo o ângulo β. Considerando os dados a seguir, pede-se determinar a distância reduzida
de A até C (DRAC), bem como a cota do ponto C (HC). Esboçar o gráfico.
Dados:
HA = 64,500m
iA = 1,700m
HB = 64,500m
iB = 1,700m
LAB = 77,000m
α = + 12° 55’
β = + 19° 22’
DRAC = ?
HC = ?

Para a resolução deste tipo de exercício, dentre outras formas, podemos aplicar a “Lei dos
Senos” ou a relação entre triângulos.
Para aplicar a resolução envolvendo a relação entre triângulos, consideraremos como

referência o triângulo com a base mais afastada e, a partir disso, estabelecemos que um lado
seja comum entre os dois triângulos (geralmente o cateto oposto ao ângulo conhecido – lado
h).
Para calcular h:
DRAC = LAB + M (Equação 1)
No triângulo ACO:
Cotgα = DRAC/h
DRAC = h x cotgα (Equação 2)
No triângulo BCO:
Cotgβ = M/h
M = h x cotgβ (Equação 3)

Substituindo as equações 2 e 3 na equação 1:
DRAC = LAB + M
h x cotgα = LAB + h x cotgβ
Trazendo para o mesmo lado da igualdade os termos com h:
h x cotgα - h x cotgβ = LAB
Colocando h em evidência:
h(cotgα – cotgβ) = LAB
Isolando h:
h = LAB/(cotgα – cotgβ)
h = 77,000m/(cotg 12°55’ – cotg19°22’)
Para encontrar o valor da cotangente na calculadora:

1/tgα = ... e 1/tg β = ...
h = 77,000m/(4,360400318 – 2,844935648)
h = 77,000m/1,51546467
h = 50,809m
Cálculo de DRAC
No triângulo ACO:
Cotgα = DRAC/h
DRAC = h x cotgα
DRAC = 50,809m x cotg 12°55’
DRAC = 50,809m x 4,360400318
DRAC = 221,548m
Cálculo de HC
HC = HA + ΔhAC
HC = HA + h + iA
HC = 64,500m + 50,809 + 1,700m
HC = 117,009m

DETERMINAR A ALTURA DE PONTOS INACESSÍVEIS

b) Terreno em Declive (HA + iA) > (HB + iB)
Exercício 2

Dados:
HA = 82,400m
iA = 1,600m
HB = 73,300m
iB = 1,700m
LAB = 90,000m ( = DRAB)
α = + 11° 38’
β = + 20° 15’
DRAC = ?
HC = ?

Consideraremos como referência o triângulo com a base mais afastada e, a partir disso, o lado
comum entre os dois triângulos é o cateto oposto ao ângulo conhecido – lado h). Procedemos
os cálculos a partir desse triângulo mais afastado e, com isso, se faz necessário conhecer o
valor de x e y, preliminarmente.
Para calcular y
Na figura temos:
HA + iA = HB + iB + y
y = (HA + iA) – (HB + iB)
y = (82,400m + 1,600m) – (73,300m + 1,700m)
y = 84,000m – 75,000m
y = 9,000m
Cálculo de x
Cotgβ = x/y
x = y x cotgβ
x = 9,000m x cotg 20°15’
x = 9,000m x 2,7106181609
x = 24,396m

Para calcular h
DRAC = (LAB + x) + (M – x) (equação 1)
No triângulo ACO:
Cotgα = DRAC /h
DRAC = h x cotgα (equação 2)
No triângulo BCO:
Cotgβ = (M – x)/h
(M – x) = h x cotgβ (equação 3)
DRAC = (LAB + x) + (M – x)
h x cotgα = (LAB + x) + h x cotgβ
h x cotgα - h x cotgβ = (LAB + x)
h(cotgα – cotgβ) = (LAB + x)
Isolando h:
h = (LAB + x) /(cotgα – cotgβ)
h = (90,000m + 24,396m)/(cotg 11°38’ – cotg20°15’)

1/tgα = ... e 1/tg β = ...
h = 114,396m/(4,857271909 – 2,710618609)
h = 114,396m/2,146653299
h = 53,290m
Cálculo de DRAC
No triângulo ACO:
Cotgα = DRAC/h
DRAC = h x cotgα
DRAC = 53,290m x cotg 11°38’
DRAC = 53,290m x 4,857271909
DRAC = 258,844m
Cálculo de HC
HC = HA + ΔhAC
HC = HA + h + iA
HC = 82,400m + 53,290 + 1,600m
HC = 137,290m
DETERMINAR ALTURA DE PONTOS INACESSÍVEIS

c) Terreno em Aclive (HA + iA) < (HB + iB)
Exercício 3

Dados:
HA = 68,350m
iA = 1,650m
HB = 80,300m
iB = 1,700m
LAB = 100,000m ( = DRAB)
α = + 10° 00’
β = + 22° 00’
DRAC = ?
HC = ?

Consideraremos como referência o triângulo com a base mais afastada e, a partir disso, o lado
comum entre os dois triângulos é o cateto oposto ao ângulo conhecido – lado h). Procedemos
os cálculos a partir desse triângulo mais afastado e, com isso, se faz necessário conhecer o
valor de x e y, preliminarmente.
Para calcular y
Na figura temos:
HA + iA + y = HB + iB
y = (HB + iB) – (HA + iA)
y = (80,300m + 1,700m) – (68,350m + 1,650m)
y = 82,000m – 70,000m
y = 12,000m
Cálculo de x
Cotgβ = x/y
x = y x cotgβ
x = 12,000m x cotg 22°00’
x = 12,000m x 2,475986853
x = 29,701m

Para calcular h
DRAC = (LAB – x) + (M + x) (equação 1)
No triângulo ACO:
Cotgα = DRAC /h
DRAC = h x cotgα (equação 2)
No triângulo BCO:
Cotgβ = (M + x)/h
(M + x) = h x cotgβ (equação 3)
DRAC = (LAB – x) + (M + x)
h x cotgα = (LAB – x) + h x cotgβ
h x cotgα - h x cotgβ = (LAB – x)
h(cotgα – cotgβ) = (LAB – x)
Isolando h:
h = (LAB – x) /(cotgα – cotgβ)
h = (100,000m - 29,701m)/(cotg 10°00’ – cotg22°00’)
1/tgα = ... e 1/tg β = ...
h = (LAB + x) /(cotgα – cotgβ)

h = (100,000m – 29,701m)/(cotg 10°00’ – cotg22°00’)
h = 70,299m/(5,67128182 – 2,475086853)
h = 70,299m/3,196194966
h = 21,995m
Cálculo de DRAC
No triângulo ACO:
Cotgα = DRAC/h
DRAC = h x cotgα
DRAC = 21,995m x cotg 10°00’
DRAC = 21,995m x 5,67128182
DRAC = 124,740m
Cálculo de HC
HC = HA + ΔhAC
HC = HA + h + iA
HC = 68,350m + 21,995 + 1,650m
HC = 91,995m

DETERMINAR ALTURA DE PONTOS INACESSÍVEIS
Visadas de duas estações, em alinhamentos diferentes
TRIANGULAÇÃO
Exercício
Os pontos A, B e C estão em alinhamentos diferentes. Do ponto A visou-se o ponto C obtendo

AzAC e α e também de A visou-se o ponto B, num nivelamento trigonométrico, obtendo AzAB, δ,
DMAB. Do ponto B visou-se o ponto C, obtendo AzBC e β . Com os dados a seguir, pede-se
determinar DRAC (LAC) e HC.
Dados:
AzAC = 50°00’
AzAB = 310° 00’
AzBC = 70° 00’
DMAB = 100,000m
HA = 60,000m
iA = 1,500m
iB = 1,700m
α = + 20° 00’
β = + 14° 00’
δ = + 10° 00’


Cálculo dos Ângulos Internos
AIA = θ + AzAC
θ = 360° – AzAB
θ = 360° – 310°
θ = 50° 00’
AIA = 50° + 50°

AIA = 100° 00’
AIB = RéAzAB – AZBC

AIB = (310° – 180°) – 70°
AIB = 130° - 70°
AIB = 60° 00’
AIA + AIB + AIC = 180°

AIC = 180° – (AIA + AIB)
AIC = 180° – (100° + 60°)
AIC = 20°00’

Cálculo de LAB
cos δ = LAB/DM
LAB = DM x cos δ
LAB = 100m x cos 10°
LAB = 100m x 0,984807753
LAB = 98,481m
Cálculo de ΔhAB = h
sen δ = ΔhAB/DMAB
ΔhAB = DMAB x sen δ
ΔhAB = DMAB x sen 10°
ΔhAB = 100m x 0,173648177
ΔhAB = 17,365m
Cálculo de HB
HB = HA + ΔhAB
HB = 60,000m + 17,365m
HB = 77,365m

Cálculo de LAC
Para calcular os lados, aplicamos a Lei dos Senos:
A Lei dos Senos determina que num triângulo qualquer, a relação do seno de um ângulo é
sempre proporcional à medida do lado oposto a esse ângulo.
LAB LAC LBC

= =
sen AIC sen AIB sen AIA
LAC = LAB x sen AIB / sen AIC
LAC = LAB x sen 60°/sen 20°
LAC = 98,481m x 0,866025403/0,342020143
LAC = 85,28704779/0,342020143
LAC = 249,363m
Cálculo de h
tg α = h/LAC
h = LAC x tg α
h = LAC x tg 20°
h = 249,363m x 0,363970234
h = 90,761m
Cálculo de HC
HC = HA + ΔhAC
HC = HA + h + iA
HC = 60,000m + 90,761m + 1,500m
HC = 152,261m

Fonte de Consulta
• ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 13.133. Execução de Levantamento

Topográfico. Rio de Janeiro, 1994.
• BORGES, A. C. Topografia Aplicada à Engenharia Civil. Ed. Edgard Blücher Ltda. São Paulo.
Volume 1. 1977
• BORGES, A. C. Topografia Aplicada à Engenharia Civil. Ed. Edgard Blücher Ltda. São Paulo.
Volume 2. 1992.
• BORGES, A. C. Exercícios de Topografia. 3ª Edição. Ed. Edgard Blücher Ltda. São Paulo. 1975
COMASTRI, José A. JUNIOR, Joel Gripp. Topografia aplicada: medição, divisão e demarcação.
Viçosa: Universidade Federal de Viçosa, Imprensa Universitária, 1990.
• COMASTRI, José A.; TULER, José C. Topografia – Altimetria. Universidade Federal de Viçosa.
Imprensa Universitária. 2ª Edição. Viçosa/MG, 1990.
• FILHO, Berthir de Carvalho. Apostila Topografia. ETFMT.
• FRÓES, Vinícius Nogueira. Topografia Básica. PUC-GO
• GARCIA, G. J.; PIEDADE, G. C. R. Topografia aplicada às ciências agrárias. 5 ed. Nobil, São
Paulo, 1984.
• IFSC. Instituto Federal de Santa Catarina. Apostilas de Aulas de Topografia, Geodésia e
Cartografia. Curso Técnico em Agrimensura. Disponível no site:
http://sites.florianopolis.ifsc.edu.br/agrimensura/.
• PASTANA, Carlos Eduardo Troccoli. Topografia I e II – Anotações de Aula.
• Topografia Altimetria – Nivelamento Trigonométrico – Apontamentos de aulas/pessoais – Prof.
Wilson José da Silva
• Outros

NIVELAMENTO TRIGONOMÉTRICO - Conteúdo Aula - Agrim Subsequente-02cfe08 5CS576Z

Enviado por

Dados do documento

Título original

Direitos autorais

Formatos disponíveis

Compartilhar este documento

Compartilhar ou incorporar documento

Opções de compartilhamento

Você considera este documento útil?

Este conteúdo é inapropriado?

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

NIVELAMENTO TRIGONOMÉTRICO - Conteúdo Aula - Agrim Subsequente-02cfe08 5CS576Z

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso – Campus Cuiabá Cel.

Baseia-se na resolução de triângulos retângulos e é aplicado principalmente para determinar a

DM = Distância Medida segundo a inclinação do terreno;

CONDIÇÕES PARA QUE h SEJA IGUAL A Δh:

CONDIÇÕES IMPRESCINDÍVEIS PARA SE EXECUTAR NIVELAMENTO

1) Que a estação e o ponto visado estejam em pontos consecutivos de mudança de

Nivelamento Trigonométrico – conceitos e exercícios – Professor Wilson José da Silva Página 2 de 26

Revisando as relações trigonométricas usuais:

Nivelamento Trigonométrico – conceitos e exercícios – Professor Wilson José da Silva Página 3 de 26

Como iA = M, então: h = Δh e, assim: Δh = DM x sen α

Nivelamento Trigonométrico – conceitos e exercícios – Professor Wilson José da Silva Página 4 de 26

EXERCÍCIOS SOBRE NIVELAMENTO TRIGONOMÉTRICO

01. Em um nivelamento trigonométrico, os pontos A, B, C, D e E estão num mesmo

Est. PV Azimutes Distâncias Ângulos Distâncias Diferença Cotas

D E 64,600 – 06° 20’ 30”

C D 77,300 – 08° 10’ 40”

B C 91,400 + 09° 40’ 10”

A B 100° 10’ 85,500 + 13° 30’ 50”

Nivelamento Trigonométrico – conceitos e exercícios – Professor Wilson José da Silva Página 5 de 26

Faremos os cálculos com todos os números/dígitos que a calculadora oferece e,

Nivelamento Trigonométrico – conceitos e exercícios – Professor Wilson José da Silva Página 6 de 26

DRAE = DRAB + DRBC + DRCD + DRDE

Após a resolução e lançamento de todos os dados, a planilha do exercício 1 fica assim:

Est. PV Azimutes Distâncias Ângulos Distâncias Diferença Cotas

D E 64,600 – 06° 20’ 30” 64,205 - 7,136 86,700

C D 77,300 – 08° 10’ 40” 76,514 - 10,996 93,836

B C 91,400 + 09° 40’ 10” 90,101 15,352 104,832

A B 100° 10’ 85,500 + 13° 30’ 50” 83,133 19,980 89,480

02. Em um nivelamento trigonométrico, os pontos 1, 2, 3, 4 e 5 estão num mesmo

Est. PV Azimutes Distâncias Ângulos Distâncias Diferença Cotas

4 5 69,900 + 12° 12’ 12”

3 4 84,200 + 09° 15’ 30”

2 3 96,800 - 08° 20’ 50”

1 2 200° 20’ 77,700 - 11° 40’ 20”

Nivelamento Trigonométrico – conceitos e exercícios – Professor Wilson José da Silva Página 7 de 26

Nivelamento Trigonométrico – conceitos e exercícios – Professor Wilson José da Silva Página 8 de 26

DR15 = DR12 + DR23 + DR34 + DR45

Após a resolução e lançamento de todos os dados, a planilha do exercício 2 fica assim:

Est. PV Azimutes Distâncias Ângulos Distâncias Diferença Cotas

4 5 69,900 + 12° 12’ 12” 68,321 14,776 87,350

3 4 84,200 + 09° 15’ 30” 83,103 13,547 72,574

2 3 96,800 - 08° 20’ 50” 95,775 - 14,053 59,027

1 2 200° 20’ 77,700 - 11° 40’ 20” 76,093 - 15,720 73,080

DETERMINAÇÃO DA ALTURA DE PONTOS INACESSÍVEIS

Uma das principais aplicações do Nivelamento Trigonométrico está na determinação da altura

1. Visada de estação única, em terreno plano

Nivelamento Trigonométrico – conceitos e exercícios – Professor Wilson José da Silva Página 9 de 26

Um ponto B situado no topo de uma caixa d’água foi visado de um ponto A, em um

Nivelamento Trigonométrico – conceitos e exercícios – Professor Wilson José da Silva Página 10 de 26

Um ponto B situado no topo de uma caixa d’água foi visado de um ponto A, em um

Nivelamento Trigonométrico – conceitos e exercícios – Professor Wilson José da Silva Página 11 de 26

DETERMINAR A ALTURA DE PONTOS INACESSÍVEIS

Em um nivelamento trigonométrico os pontos A, B e C estão num mesmo alinhamento. Do

Nivelamento Trigonométrico – conceitos e exercícios – Professor Wilson José da Silva Página 12 de 26

Para aplicar a resolução envolvendo a relação entre triângulos, consideraremos como

DRAC = LAB + M (Equação 1)

Nivelamento Trigonométrico – conceitos e exercícios – Professor Wilson José da Silva Página 13 de 26

Substituindo as equações 2 e 3 na equação 1:

Trazendo para o mesmo lado da igualdade os termos com h:

h x cotgα - h x cotgβ = LAB

h(cotgα – cotgβ) = LAB

Para encontrar o valor da cotangente na calculadora:

Nivelamento Trigonométrico – conceitos e exercícios – Professor Wilson José da Silva Página 14 de 26