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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE


NÚCLEO DE TECNOLOGIA
ENGENHARIA CIVIL

MARCEL PHELIPE DOS SANTOS MONTEIRO

MÉTODO DE RUNGE-KUTTA

Caruaru

2021
MARCEL PHELIPE DOS SANTOS MONTEIRO

MÉTODO DE RUNGE-KUTTA

Trabalho apresentado à disciplina de


Cálculo Diferencial e Integral 4, do curso
de Engenharia Civil, do Campus Agreste
da Universidade Federal de Pernambuco –
UFPE, na modalidade de relatório, como
requisito parcial para a aprovação na
disciplina.

Caruaru

2021
RESUMO

O presente relatório visa explicitar e discutir acerca da concepção e dos resultados


obtidos a partir de dois algoritmos que envolvem o Método de Ruge-Kutta de segunda
e de quarta ordem, artifícios bastante utilizados na solução de equações diferenciais
ordinárias.

Palavras-chave: Algoritmo. Método de Runge-Kutta. Solução.


SUMÁRIO

1 OS ALGORITMOS ............................................................................................... 5
1.1 Algoritmo do Método de Runge-Kutta de segunda ordem.............................. 5
1.2 Algoritmo do Método de Runge-Kutta de quarta ordem ................................. 6
2 RESULTADOS ..................................................................................................... 7
2.1 Resultados obtidos pelo Método de Runge-Kutta de segunda ordem .......... 7
2.2 Resultados obtidos pelo Método de Runge-Kutta de quarta ordem .............. 8
3 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 11
5

1 OS ALGORITMOS

Foram escritos e implementados dois algoritmos, o primeiro do Método de


Runge-Kutta de segunda ordem e, o segundo, do Método de Runge-Kutta de
quarta ordem. Esses algoritmos, por sua vez, possuem a finalidade de
solucionar, por meio dos métodos numéricos, equações diferenciais ordinárias,
as EDO’s.

1.1 Algoritmo do Método de Runge-Kutta de segunda ordem

Para o Método de Runge-Kutta de segunda ordem, o seguinte algoritmo


foi desenvolvido e implementado através do MATLAB:

% METODO DE RUNGE KUTTA 2


clear % PARA LIMPAR O WORKSPACE
clc % PARA LIMPAR A COMMAND WINDOW
N = 5; % INTERACOES
dt = 0.2; % PASSO
y0 = 2; % CONDICAO INICIAL
t0 = 0; % CONDICAO INICIAL
t = [t0:dt:N]; % SOLUCAO INICIAL
y = zeros(N+1,1); % SOLUCAO INICIAL
y(1) = y0; % SOLUCAO INICIAL
for i = 1:N-1
K1 = 3*y(i)+t(i)^2; % Y’ NO PRIMEIRO PONTO
t2 = t(i)+dt; % PONTO INTERMEDIO NO INTERVALO t+1
y2 = y(i)+dt*K1; % PRIMEIRO VALOR DE Y NO INTERMEDIO
K2 = 3*y2+t2^2; % Y’ EM T2, Y2
y(i+1) = y(i)+(dt/2)*(K1+K2)
end
6

Para o presente, utilizou-se a EDO y’=3y+t2, a priori, com 5 interações e


um passo de 0.2. No entanto, como será exposto mais à frente, esses valores
foram alterados, em um eventual segundo caso, de forma a permitir que o erro
fosse calculado, já que, para a EDO escolhida, não se conhece a solução
analítica, o que impediria, em tese, uma aferição no tocante a margem de erro
do Método de Runge-Kutta de segunda ordem, assim como o de quarta ordem.

1.2 Algoritmo do Método de Runge-Kutta de quarta ordem

Para o Método de Runge-Kutta de quarta ordem, foi desenvolvido e


implementado o seguinte algoritmo, também no MATLAB:

% METODO DE RUNGE KUTTA 4


clear % PARA LIMPAR O WORKSPACE
clc % PARA LIMPAR A COMMAND WINDOW
N = 5; % INTERACOES
dt = 0.2; % PASSO
y(1) = 2; % CONDICAO INICIAL
t(1) = 0; % CONDICAO INICIAL
for i=1:N-1
t1 = t(i); % PRIMEIRO PONTO
y1 = y(i); % Y NO PRIMEIRO PONTO
K1 = 3*y(i)+t(i)^2; % Y’ NO PRIMEIRO PONTO
t2 = t(i)+dt/2; % PRIMEIRO PONTO DO INTERVALO t+1
y2 = y(i)+0.5*dt*K1; % PRIMEIRO VALOR DE Y NO INTERMEDIO
K2 = 3*y(i)+t2^2; % Y’ EM T2, Y2
y3 = y2+0.5*dt*K2; % SEGUNDO VALOR DE Y NO INTERMEDIO
K3 = 3*y3+t2^2; % Y’ EM T3, Y3
t(i+1) = t(i)+dt; % ULTIMO PONTO DO INTERVALO t+1
y4 = y(i)+dt*K3; % Y EM t+1
K4 = 3*y4+t(i+1)^2; % Y’ EM t+1
y(i+1) = y(i)+(dt/6)*(K1+2*K2+2*K3+K4);
end
7

2 RESULTADOS

2.1 Resultados obtidos pelo Método de Runge-Kutta de segunda ordem

Como, à título de aferição da assertividade acerca do algoritmo do Método


de Runge-Kutta de segunda ordem, deseja-se conhecer o erro, foi levada em
consideração a seguinte relação:
|𝑆𝐴𝑛 − 𝑆𝐴𝑝 |
𝐸𝑟𝑟𝑜 = 100
𝑆𝐴𝑛

Como, para as EDO’s utilizadas, a solução analítica não é conhecida,


utilizou-se, então, como parâmetro, uma segunda solução obtida através do
Método de Runge-Kutta. Para isso, o passo foi alterado, assim como a
quantidade de interações e, para os valores correspondentes, efetuou-se uma
comparação, a fim de que fosse obtido o erro. Dessa forma, a segunda solução
foi considerada a solução atual (solução analítica na equação).
Dessa forma, para o primeiro caso (solução aproximada):

Interações Passo yi
1 0 2.0000
2 0.2 3.5640
3 0.4 6.3663
4 0.6 11.3936
5 0.8 20.4023

Em seguida, alterou-se o passo para 0.1, obtendo, então:

Interações Passo yi
1 0 2.0000
2 0.1 2.6905
3 0.2 3.6214
4 0.3 4.8778
5 0.4 6.5746
8

6 0.5 8.8657
7 0.6 11.9586
8 0.7 16.1322
9 0.8 21.7616

Assim, efetuando os cálculos do erro para os passos coincidentes:

Passo APROXIMADA ANALÍTICA Erro (%)


0 2.0000 2.0000 0
0.2 3.5640 3.6214 1.58
0.4 6.3663 6.5746 3.16
0.6 11.3936 11.9586 4.72
0.8 20.4023 21.7616 6.24

Assim, nota-se que o erro médio é de aproximadamente 3.14%.

Figura 1 - Método de Runge-Kutta de Segunda Ordem

2.2 Resultados obtidos pelo Método de Runge-Kutta de quarta ordem

De maneira similar ao exposto nos resultados do Método de Runge-Kutta


de segunda ordem, temos que, para o primeiro caso, considerado como solução
9

aproximada, com passo de 0.2 e 5 interações, os valores encontrados para a


EDO foram:

Interações Passo yi
1 0 2.0000
2 0.2 3.6351
3 0.4 6.6252
4 0.6 12.0978
5 0.8 22.1001

E, para o segundo caso, que é considerado como solução analítica,


novamente, o passo foi alterado para 0.1, além de uma alteração no número de
interações, de forma a permitir uma eventual comparação mais efetiva entre os
valores obtidos que possuam o passo correspondente, como será exposto a
seguir:

Interações Passo yi
1 0 2.0000
2 0.1 2.6994
3 0.2 3.6454
4 0.3 4.9267
5 0.4 6.6628
6 0.5 9.0149
7 0.6 12.2006
8 0.7 16.5136
9 0.8 22.3503

Assim, tem-se que:

Passo APROXIMADA ANALÍTICA Erro (%)


0 2.0000 2.0000 0
0.2 3.6351 3.6454 0.28
0.4 6.6252 6.6628 0.56
10

0.6 12.0978 12.2006 0.84


0.8 22.1001 22.3503 1.12

Logo, tem-se que o erro médio geral aproximado é de 0.56%.

Figura 2 - Método de Runge-Kutta de Quarta Ordem


11

3 CONCLUSÃO

Indubitavelmente, os métodos aqui testados são de grande utilidade, visto


que, para grande parte das EDO’s, o acesso à solução analítica e, por
conseguinte, exata, não será obtido com facilidade. Assim, tais métodos
configuram um artefato de extrema importância, dada a praticidade de suas
aplicações.
Outrossim, no tocante à solução da equação diferencial ordinária
escolhida para a análise, foi possível notar que o Método de Runge-Kutta de
quarta ordem se mostrou mais efetivo, visto que sua precisão possui um erro de,
aproximadamente, 0.56%, enquanto, para o Método de Runge-Kutta de segunda
ordem, tem-se um erro aproximado de 3.14%, o que demonstra que, em grande
escala, esse método tende a perder ainda mais a precisão.
Faz-se necessário frisar, também, que, apesar de mais extenso, o Método
de Runge-Kutta de quarta ordem teve um algoritmo mais facilmente elaborado
se comparado ao de segunda ordem, visto que, para esse, foi necessário um
pouco mais de trabalho para que o mesmo apresentasse resultados corretos, o
que corrobora a ideia que, de fato, o método de quarta ordem deve ser
priorizado, visto que é mais facilmente calculado e se mostra mais efetivo que o
Método de Runge-Kutta de segunda ordem e que o Método de Euler.

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