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Trabalho Prático 1

Modelação Computacional de Materiais

Docente: Pedro Costa

Grupo 5:
Adilson Almeida nº: 20202574
Ruben Tomás nº: 20202489

2022/23
Introdução
A Simulação é usar um modelo para desenvolver conclusões que forneçam informações
sobre o comportamento dos elementos do mundo real que estão sendo estudados. A
simulação de computador usa o mesmo conceito, mas requer que o modelo seja criado por
meio de programação de computador.

A Simulação Computacional pode ser amplamente definida como:


“Usar um computador para imitar as operações de um processo do mundo real,
estrutura ou instalação de acordo com suposições adequadamente desenvolvidas na forma
de relações lógicas, estatísticas ou matemáticas que são desenvolvidas e
moldado em um modelo”.
Ela é amplamente utilizada nas empresas para realizar análises e melhorar a qualidade dos
produtos e projetos. Grande parte dessas análises é realizada por meio de softwares que
utilizam o Método dos Elementos Finitos, os quais possibilitam a obtenção de respostas
aproximadas para inúmeros problemas de engenharia.

A descrição das leis da física para problemas dependentes do espaço e do tempo é


geralmente expressa em termos de equações diferenciais parciais (PDEs). Uma forma de
representar certos problemas:

Para a grande maioria das geometrias e problemas, esses PDEs não podem ser resolvidos
com métodos analíticos. Em vez disso, uma aproximação das equações pode ser
construída, normalmente com base em diferentes tipos de discretização. Esses métodos de
discretização aproximam as EDPs com equações de modelo numérico, que podem ser
resolvidas por métodos numéricos. As soluções das equações do modelo numérico são, por
sua vez, uma aproximação da solução real das EDPs. O método dos elementos finitos
(FEM) é usado para computar tais aproximações.

Olhando para trás na história do FEM, a utilidade do método foi reconhecida pela primeira
vez no início da década de 1940 por Richard Courant, um matemático germano-americano.
Embora Courant reconhecesse sua aplicação a uma série de problemas, foram necessárias
várias décadas até que a abordagem fosse aplicada geralmente em campos fora da
mecânica estrutural, tornando-se o que é hoje.

O conceito do método dos elementos finitos é de subdividir a estrutura num número de


subdomínios (chamados elementos) nos quais as soluções são aproximadas através de
combinações lineares de funções simples. Os elementos podem ser:
 Unidimensionas (ex: Elementos Mola);
 Bidimensionais: (ex: Elementos planos de chapas/tubos);
 Tridimensionais (ex: Elementos hexaédricos ou tetrahédricos).

Os fatores de participação destas funções na solução de cada elemento são obtidos através
da imposição das equações governativas e das respetivas condições de fronteira da
estrutura. Este procedimento transforma o problema formulado através de equações
diferenciais num problema de álgebra linear facilmente solucionável. Pela considerável
liberdade na discretização do domínio e na escolha das funções de aproximação, o método
dos elementos finitos pode ser utilizado para resolver praticamente qualquer problema
representado matematicamente por equações às derivadas parciais, com quaisquer
condições de fronteira. Por outro lado, encontrar o melhor compromisso entre a qualidade
da aproximação, controlada através do refinamento da malha de elementos e das bases de
aproximação, e a eficiência computacional nem sempre é trivial e pode colocar dificuldades
a utilizadores inexperientes.

Uma forma do método dos elementos finitos obter uma aproximação da equação é através
da Formulação Diferencial.

A formulação variacional começa por considerar uma aproximação de u(x) que


denominaremos de U(x). Esta aproximação é criada pela combinação linear de
funções 𝜙𝑗 e 𝜙0 𝑥 com coeficientes por determinar 𝑐𝑗 que têm de satisfazer as
condições de fronteira do problema:

A geometria submetida aos carregamentos e restrições é subdividida em pequenas partes,


denominadas de elementos, os quais passam a representar o domínio contínuo do
problema. A divisão da geometria em pequenos elementos permite resolver um problema
complexo, subdividindo-o em problemas mais simples.

O método propõe que o número infinito de variáveis desconhecidas, sejam substituídas por
um número limitado de elementos de comportamento bem definidos. Como são elementos
de dimensões finitas, são chamados de “elementos finitos” – termo que nomeia o método.

Os elementos finitos são conectados entre si por pontos, os quais são denominados de nós
ou pontos nodais. Ao conjunto de todos esses itens – elementos e nós – dá-se o nome de
malha.

As equações matemáticas que regem o comportamento físico não serão resolvidas de


maneira exata, mas de forma aproximada por este método numérico.

Existem 4 diferentes tipos de problemas de elementos finitos:


• Problemas de condição de fronteira (exemplos: Análises de estática, Transmissão de calor
em regime estacionário);
• Problemas de condição inicial (exemplo: Pêndulo);
• Problemas de condição de fronteira e inicial (exemplo: Análises dinâmicas de deformação
Transmissão de calor em regime não estacionário);
• Problemas de valores próprios λ (exemplo análises modais – frequências naturais).

Condições de fronteira, CF, são constrangimentos necessários para a resolução de


problemas de condições de fronteira e problemas de condição inicial e de fronteira CF são
uma parte importante e determinante para a validade de um desenvolvido método de
elementos finitos
Existem dois tipos de condições de fronteira:
Essenciais / Geométricas: 𝑢𝑖 = 𝑢ത → Exemplo: Encastramento

Naturais / Dinâmicas: 𝑑𝐹/ 𝑑𝑢 ′ = Q

O processo computacional método de elementos finitos geralmente segue as seguintes


etapas:
- Modelação (Importar ficheiros 3D, Modelação 3D);
- Material (Módulo de Young, Condutividade térmica, etc);
- Condições de Fronteira (Encastramento, Forças, etc);
- Elementos Finitos Malha
- Solver Método numérico
- Pós-processamento (Análise de dados).
Deslocamentos:
Displacement Octave (mm) SolidWorks (mm) Erro Relativo (%)

1x 0 0 ND

1y 0 0 ND

2x -0.59086 -0.5909 -1

2y 0 0 ND

3x 1.4587 1.459 -2

3y -0.64706 -0.6471 -1

4x 0 0 ND

4y 0 0 ND

5x -15.791 -15.79 1

5y -1.9343 -1.934 2

6x 0.44667 0.4467 -1

6y -0.83016 -0.8302 0

Reações:

Reactions Octave (N) SolidWorks (N) Erro Relativo (%)

1x -7659.5 -7659 1

1y 22359 22360 0

2x 0 0 ND

2y 51691 51690 0

3x 0 0 ND

3y 0 0 ND

4x 49893 49890 1

4y -51106 -51110 -1

5x 0 0 ND

5y 0 0 ND
6x 0 0 ND

6y 0 0 ND
Tensões:

Stress Octave (MPa) SolidWorks (MPa) Erro Relativo (%)

1 39.7845 39.78 1

2 -55.8972 -55.90 -1

3 58.9333 58.93 1

4 26.8012 26.80 0

5 43.5685 43.57 0

6 -18.0453 -18.05 -3

7 223.0278 223.0 1

8 -37.1715 -37.17 0

9 -141.4204 -141.4 1

10 6.9814 6.981 1
Conclusão

No presente trabalho foram desenvolvidas formulações de elementos finitos, para barras


sujeitas a cargas axiais e condições de fronteira.
Ao longo deste trabalho foi possível chegar a um conjunto de conclusões sobre o método
dos elementos finitos em relação a resultados obtidos no que respeita as forças de reação e
deslocamento, tensões e as forças axiais. Os resultados numéricos apresentados em
Octave estão em linha com a exposição em SolidWorks.

A respeito do desenvolvimento de programas de cálculo automático que implementem o


método dos elementos finitos, este trabalho serviu para constatar que a implementação
deste tipo de programas, apesar de exigente, é uma tarefa relativamente simples.
A aplicação de técnicas básicas de programação orientada por objectos, bem como o
recurso a bibliotecas e ferramentas desenvolvidas com a facilidade de uso em mente,
permitem que se desenvolvam programas práticos sem exigir muito trabalho
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Bibliografia
https://www.comsol.com/multiphysics/finite-element-method

https://run.unl.pt/bitstream/10362/15470/1/Correia_2015.pdf

https://civil.fe.up.pt/pub/apoio/ano5/aae/pdf/apontamentos/Livro_MEF_AA.pdf

https://fenix.tecnico.ulisboa.pt 

http://www.civil.ist.utl.pt/~orlando/phdthes/p049_090.pdf

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