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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO TECNOLÓGICO

COLEGIADO DO CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

Henry Neiva e Mateus Zanotti Zampirollo

O Aproveitamento dos conhecimentos adquiridos na Disciplina de Cálculo no


projeto pedagógico do curso de Engenharia de Produção

Vitória, ES
2023
Henry Neiva e Mateus Zanotti Zampirollo

O Aproveitamento dos conhecimentos adquiridos na Disciplina de Cálculo no


projeto pedagógico do curso de Engenharia de Produção

Anteprojeto apresentado ao
Colegiado do Curso de Engenharia
de Produção do Centro Tecnológico
da Universidade Federal do
Espírito Santo, como requisito para
aprovação na Disciplina
Metodologia de Pesquisa.

Universidade Federal do Espírito Santo – UFES


Centro Tecnológico
Colegiado do Curso de Engenharia de Produção

Orientador: Prof. Dr. Frederico Damasceno Bortoloti

Vitória, ES
2023
1 INTRODUÇÃO

O desempenho acadêmico dos alunos é um tema de grande relevância no contexto


universitário. Na carreira de Engenharia de Produção, disciplinas como Cálculo têm
papel fundamental na formação dos futuros profissionais, fornecendo o
embasamento matemático necessário para a compreensão e resolução de
problemas complexos da área. Nesse sentido, investigar o aproveitamento da
disciplina de Cálculo ao longo do curso de Engenharia de Produção é um tema de
grande interesse.

Este trabalho tem como objetivo analisar o desempenho das disciplinas que
trabalham com conteúdos de Cálculo na grade curricular do curso de Engenharia de
Produção da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). A UFES é reconhecida
como instituição de ensino superior de referência, e a Engenharia de Produção é
uma das carreiras mais procuradas por estudantes que buscam uma formação
sólida e amplas possibilidades de atuação profissional.

É possível notar que o trabalho a Educação na Engenharia de Produção, a décima


área desta engenharia segundo a Associação Brasileira de Engenharia de
Produção (ABEPRO). Essa área trata sobre os aspectos pedagógicos que envolve a
área.

Com o desenvolvimento de novas tecnologias e formas de ensino, a comunidade


tem cada vez mais colocado em dúvida as instituições sociais, incluindo
universidades. Nesse sentido, os questionamentos sobre as necessidades das
disciplinas de cálculo em engenharias aparecem muitas vezes pelos próprios alunos.

Dessa forma, se torna necessário um estudo que revele a importância dos conceitos
de cálculo nas disciplinas do curso de Engenharia de Produção. Para isso, é
necessário que se prove que os conteúdos que abordam tais conceitos estejam
sendo bem aproveitados pelos docentes e discentes, com uma aplicação concreta e
proveitosa.

A abordagem de pesquisa utilizada neste estudo consiste na aplicação de um


questionário aos alunos matriculados no curso de Engenharia de Produção da
UFES. O questionário será elaborado para coletar dados sobre o desempenho dos
alunos nas disciplinas específicas da área e sua relação com o cálculo, bem como
obter as percepções e opiniões dos alunos sobre os desafios encontrados e as
estratégias utilizadas para aprender o conteúdo.

Essa coleta de dados e o estudo acontecerá com alunos do curso da modalidade


noturna de Engenharia de Produção. Essa delimitação ocorre pois existem algumas
questões diferentes em determinadas disciplinas para com o curso vespertino, que
será evitado para melhor qualidade dos resultados. Além disso, existem disciplinas
que são aplicadas por professores diferentes com diferentes metodologias, o que
poderia ocasionar incongruência em diferentes respostas.

Além da coleta de dados por meio do questionário, será realizada uma leitura
aprofundada do referencial teórico correspondente. A revisão bibliográfica permitirá
uma compreensão mais ampla do assunto, abrangendo estudos anteriores que
exploraram questões relacionadas ao ensino e aprendizagem de Cálculo na
Engenharia de Produção. Serão consultados artigos científicos, livros e outras fontes
relevantes, fornecendo uma base teórica sólida para a análise dos dados coletados.

A análise dos resultados da pesquisa permitirá a identificação de padrões e


tendências em relação ao rendimento das disciplinas de Cálculo ao longo da carreira
de Engenharia de Produção da UFES. Serão explorados fatores que podem
influenciar esse desempenho, como o nível de dificuldade das disciplinas, a
preparação prévia dos alunos em matemática, a qualidade do ensino e as
estratégias de aprendizagem adotadas pelos alunos.

Os resultados deste estudo serão de grande relevância tanto para a comunidade


acadêmica quanto para a própria universidade. Eles poderão subsidiar a
implementação de ações voltadas para a melhoria do ensino de Cálculo e suas
aplicações práticas na Engenharia de Produção, além de fornecer informações
valiosas para o desenvolvimento de estratégias de apoio e acompanhamento aos
alunos, com o objetivo de melhorar seu desempenho acadêmico.

Em síntese, este trabalho pretende investigar o desempenho das disciplinas de


Cálculo na carreira de Engenharia de Produção da UFES, utilizando como
abordagem de pesquisa a aplicação de um questionário aos alunos e a análise do
referencial teórico. Espera-se que os resultados obtidos possam contribuir para uma
compreensão mais profunda dos desafios e oportunidades relacionados ao ensino e
aprendizagem da disciplina de Cálculo, fornecendo subsídios para a melhoria
contínua do curso e o aprimoramento das estratégias de ensino.

1.1 JUSTIFICATIVA

A temática da utilização das disciplinas de Cálculo na carreira de Engenharia de


Produção é relevante pela influência direta no desempenho acadêmico e profissional
dos alunos. Ainda hoje, existem lacunas específicas no contexto da Universidade
Federal do Espírito Santo em termos de atuação sobre o tema proposto. Esta
pesquisa busca compreender essas lacunas, identificando dificuldades e
oportunidades de melhoria no ensino e praticidade do curso envolvendo conceitos
do cálculo diferencial e integral.

A pesquisa visa contribuir para a melhoria do ensino, do currículo e das estratégias


pedagógicas, buscando uma formação mais efetiva dos alunos. Além disso, outro
grande fator motivador é a própria experiência, pois os alunos, ao vivenciar esse
ambiente, precisam entender os fatores que influenciam o desempenho acadêmico
dos alunos.

É essencial continuar a pesquisa para implementar medidas eficazes para melhorar


o desempenho dos alunos, preparando-os adequadamente para os desafios da
Engenharia de Produção.
1.2 CLASSIFICAÇÕES DA PESQUISA

A presente pesquisa tem por finalidade estudar uma situação e propor uma solução
para um possível problema indicando procedimentos e técnicas que serão
explicadas neste capítulo. Desse modo, esse estudo é classificado como pesquisa
aplicada, saindo apenas do campo teórico e aplicando conhecimento na prática para
a solução de um problema específico (GIL, 2002).

Além de trabalhar com referências bibliográficas recolhendo informações já


estudadas e existentes, também serão utilizadas informações coletadas por meio de
um questionário, a fim de envolver o fenômeno prático. Assim, a pesquisa é
classificada quanto ao objetivo como exploratória e descritiva (GIL, 2002).

A abordagem do trabalho se relaciona com a forma dos dados coletados, a partir


disso pode-se classificá-la como pesquisa quali-quantitativa (GIL, 2002). Essa
nomenclatura se deve ao fato de o questionário abordar tanto dados quantitativos,
como as avaliações dos alunos, quanto explicações qualitativas.

O método utilizado é o hipotético-dedutivo, uma vez que existe um problema a ser


estudado e uma hipótese que pode ser trabalhada e a partir de deduções, e
enxergar nela uma solução (GIL, 2002). A confirmação da hipótese ocorrerá por
meio do estudo e da análise dos dados coletados dos alunos.
2 OBJETIVOS

O objetivo geral deste trabalho é analisar o aproveitamento dos conteúdos do


Cálculo nas matérias específicas ao longo do curso de Engenharia de Produção da
UFES, identificar os desafios enfrentados pelos alunos nesse processo e fornecer
subsídios para o aprimoramento do ensino e treinamento dos futuros engenheiros de
produção.

2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Os objetivos específicos são:


● Avaliar a organização da grade curricular do curso;
● A aplicação prática das disciplinas de cálculo;
● O cumprimento do programa das disciplinas;
● O desempenho e conhecimento dos discentes;
● Entre outros.
3 REFERENCIAL TEÓRICO

Os textos analisam diferentes aspectos relacionados ao ensino e treinamento em


Engenharia de Produção, buscando promover o desenvolvimento de competências e
habilidades necessárias aos profissionais desta área. Diante da demanda do
mercado por profissionais capazes de solucionar problemas de forma assertiva,
faz-se necessária uma formação voltada para o desenvolvimento dessas
competências. Dessa forma, é possível ministrar as disciplinas de Cálculo Diferencial
e Pesquisa Operacional de forma integrada, promovendo a transição entre os ciclos
básico e profissional no curso de Engenharia de Produção.

Além disso, a formação em Engenharia de Produção exige um currículo condizente


com os objetivos do curso e com o perfil desejado do egresso. É importante
considerar as exigências do mercado profissional e a legislação pertinente,
buscando uma evolução contínua dos currículos. É preciso refletir sobre o conteúdo
ministrado, sua aplicação em situações reais e sua contribuição para o
desenvolvimento de competências e habilidades requeridas pelos engenheiros de
produção.

A elaboração dos currículos de Engenharia de Produção deve considerar as


diretrizes curriculares, a avaliação das condições de ensino, as diretrizes da
ABEPRO e as expectativas do mercado profissional (ABEPRO, 2001). A análise dos
currículos existentes revela a importância de os adequar às necessidades do
mercado e assegurar uma formação que promova o desenvolvimento de
competências e habilidades.

No contexto atual, a avaliação do ambiente de ensino torna-se fundamental para o


desenvolvimento de competências profissionais. A aplicação de metodologias ativas
de ensino é investigada por meio de pesquisas envolvendo professores e alunos,
com o objetivo de compreender sua percepção sobre o desenvolvimento de
competências. A utilização dessas metodologias visa aprimorar a formação dos
alunos e prepará-los adequadamente para os desafios do mercado de trabalho
(BITENCOURT, 2021).
Em síntese, os textos destacam a importância da formação em Engenharia de
Produção voltada para o desenvolvimento de competências e habilidades. Isso
requer mudanças nos métodos de ensino, adequação curricular, uso de
metodologias ativas e avaliação constante do ambiente de ensino. O objetivo é
formar profissionais preparados para enfrentar os desafios do mercado de trabalho e
contribuir efetivamente com a área de Engenharia de Produção.

3.1 FUNDAMENTOS DA DISCIPLINA DE CÁLCULO NO CONTEXTO DA ENGENHARIA


DE PRODUÇÃO

A disciplina de cálculo é realmente um dos pilares fundamentais da Engenharia de


Produção, fornecendo as ferramentas matemáticas necessárias para analisar e
resolver problemas complexos na indústria e otimizar a produção. Tanto o Cálculo
Diferencial quanto o Cálculo Integral são ramos essenciais do Cálculo e têm
aplicações interligadas que são amplamente utilizadas nessa área.

O diferencial estatístico concentra-se na taxa de mudança das grandezas, o que é


fundamental para entender e prever os processos que estão em constante evolução
na Engenharia de Produção. Através do diferencial computacional, é possível
calcular a taxa de crescimento de uma produção, que pode ser usada para prever o
comportamento futuro de uma linha de produção. Além disso, ao analisar a
velocidade de uma linha de montagem, os engenheiros podem identificar gargalos e
áreas que precisam ser aprimoradas para aumentar a eficiência do processo. A
utilização do diferencial computacional também é valiosa na análise da precisão de
um robô industrial, permitindo ajustes para melhorar a qualidade do trabalho
realizado por essas máquinas.

Por outro lado, o integral calculado é empregado para lidar com a transmissão de
grandezas ao longo do tempo ou de um intervalo específico. Na Engenharia de
Produção, isso é extremamente útil para determinar a quantidade total de material
produzido em um determinado período ou a energia total consumida por um sistema
produtivo.Concluindo, a disciplina de calcular um papel central e indispensável na
Engenharia de Produção. Ela fornece aos futuros engenheiros as ferramentas
matemáticas necessárias para analisar, otimizar e modelar processos industriais
complexos. O diferencial estatístico é utilizado para entender as taxas de variação e
prever o comportamento de sistemas em constante mudança, como a taxa de
crescimento da produção, a velocidade de máquinas ou a eficiência de processos.
Por sua vez, o cálculo integral é essencial para calcular os acumulados ao longo do
tempo, como a quantidade total de material produzido ou a energia consumida.

A aplicação adequada desses fundamentos do cálculo na Engenharia de Produção


permite que os engenheiros tomem decisões embasadas em dados concretos, o que
é essencial para otimizar a eficiência e produtividade nos processos industriais. Além
disso, a habilidade de modelar sistemas dinâmicos com diferenças oferece insights
valiosos para compreender o comportamento desses sistemas complexos e auxiliar
na tomada de decisões mais afetadas.

Dominar os conceitos de cálculo é, portanto, crucial para os engenheiros de


produção. Através do conhecimento desses fundamentos matemáticos, eles se
capacitam para enfrentar os desafios do mundo industrial, buscando constantemente
aprimorar e inovar os processos de produção. A disciplina de cálculo é, sem dúvida,
uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento da Engenharia de Produção,
proporcionando uma base sólida para o avanço tecnológico e a eficiência
sustentável nas gerações de hoje e do futuro.

3.1.1 Papel da disciplina de Cálculo na formação do engenheiro de produção

A disciplina exerce um papel de extrema importância na formação do engenheiro,


sendo considerada uma das bases fundamentais para o desenvolvimento de suas
habilidades técnicas e analíticas. Desde o início da introdução, o estudante de
engenharia é apresentado aos conceitos do matemático, que vão desde as noções
básicas de diferenciação e integração até aplicações mais avançadas em sistemas
dinâmicos e diferenciais. O conhecimento é uma ferramenta matemática poderosa
que permite ao engenheiro compreender e analisar fenômenos físicos, resolver
problemas complexos e tomar decisões na busca por soluções eficientes e
inovadoras. Dentre os principais papéis que a disciplina de calculista exerce na
formação do engenheiro, destacam-se: 1. Matemática Base: O Cálculo é uma base
sólida para diversas áreas da engenharia, fornecendo os conceitos e técnicas
necessárias para abordar problemas em física, mecânica, eletricidade,
termodinâmica, dinâmica de fluidos e outras disciplinas. Compreender os princípios
do calculado é essencial para avançar em outras matérias técnicas e aplicar os
conhecimentos teóricos na prática. 2. Análise e Modelagem de Sistemas.
Otimização. Tecnologia de Inovação e desenvolvimento

3.1.2 Competências e habilidades esperadas dos estudantes pela ABEPRO

Existem diversas competências que são exigidas de um engenheiro de produção. No


artigo da ABEPRO sobre as habilidades e competências do engenheiro de
produção, a associação cita as competências supracitadas. A primeira é sobre a
necessidade de dimensionar e integrar recursos humanos, físicos e financeiros a fim
de produzir, com maior eficiência e minimizando os custos, considerando possíveis
melhorias contínuas. Utilizar ferramentas matemáticas e estatísticas para modelar
sistemas de produção e auxiliar na tomada de decisões dentro de um contexto
produtivo ou não.

Projetar, aperfeiçoar e implementar sistemas, produtos e processos, levando em


conta os limites e as características das comunidades relacionadas. Prever e
analisar demandas, selecionar conhecimento científico e tecnológico, projetando
produtos ou melhorando suas características e funcionalidade. Incorporar conceitos
e técnicas da qualidade em todo o sistema produtivo, tanto nos seus aspectos
tecnológicos quanto organizacionais, aprimorando produtos e processos, e
produzindo normas e procedimentos de controle e auditoria. Prever a evolução dos
cenários produtivos, percebendo a interação entre as organizações e os seus
impactos sobre a competitividade. Acompanhar os avanços tecnológicos,
organizando-os e colocando-os a serviço da demanda das empresas e da
sociedade. Compreender a interrelação dos sistemas de produção com o meio
ambiente, tanto no que se refere a utilização de recursos escassos quanto à
disposição final de resíduos e rejeitos, atentando para a exigência de
sustentabilidade. Utilizar indicadores de desempenho, sistemas de custeio, bem
como avaliar a viabilidade econômica e financeira de projetos. Gerenciar e otimizar o
fluxo de informação nas empresas utilizando tecnologias adequadas (ABEPRO,
2001)

3.1.3 Relevância do domínio do Cálculo para a resolução de problemas na área

O domínio do cálculo é de extrema conversão para a resolução de problemas em


diversas áreas, especialmente aqueles relacionados à ciência, engenharia,
economia e outras disciplinas técnicas. O cálculo oferece ferramentas matemáticas
poderosas que permitem a análise, modelagem e otimização de sistemas
complexos, tornando-se uma habilidade indispensável para enfrentar desafios e
encontrar soluções eficientes. Algumas das áreas em que o domínio do
conhecimento é essencial incluem: 1. Engenharia: Na engenharia, o conhecimento é
amplamente utilizado para a análise e projeto de estruturas, circuitos elétricos,
sistemas mecânicos, redes de transporte, entre outros. Permite calcular forças,
tensões, correntes, acelerar e otimizar o desempenho de projetos para garantir sua
segurança e eficiência.

3.2 ANÁLISE DAS DISCIPLINAS DO PLANO DE ENSINO EM ESTUDO

Feita uma análise literária acerca da importância do Cálculo para a formação do


Engenheiro de produção e suas implicações, será feito agora uma análise das
disciplinas que necessitam de conceitos abordados no curso de Cálculo diferencial e
integral. De início, vale destacar que todo esse conteúdo do cálculo foi dividido em
Cálculo I, Cálculo II, Cálculo III e Cálculo IV.
As matérias que serão estudadas nesta abordagem são da modalidade do curso
noturno, a fim de estabelecer uma limitação com maior domínio do estudo. Nesse
contextos, serão analisadas uma amostragem de matérias que seguem dois
critérios: ou apresentam como pré-requisitos as matérias de Cálculo no plano de
ensino do curso, ou os conteúdos e ferramentas de cálculo aparecem nos
programas de conteúdos das disciplinas. Essas informações foram tiradas do Projeto
Pedagógico do Curso presente no site da ufes. Dessa forma, seguem as disciplinas:

Processos Químicos Industriais (DTI12766): A disciplina fornecida pelo


Departamento de Tecnologia Industrial já no primeiro período, tem como objetivo a
definição e análise de processos químicos nas indústrias, o balanceamento de
energia e massa, bem como suas aplicações e viabilidade econômica. Embora não
apresente o Cálculo como pré-requisitos, a disciplina aborda Balanços de energia
em sistemas fechados, conteúdo esse que exige a aplicação de integrais e técnicas
de integração.

Probabilidade e Estatística Aplicada (DTI12770): Já consta como pré - requisito o


Cálculo I, as aplicações consistem em conceitos de limites, derivadas e integrais em
vários conteúdos, como Inferência Estatística. A matéria está presente no segundo
período.

Metrologia (DTI12778): A matéria do terceiro período não necessita de Cálculo como


pré requisito acadêmico, entretanto, conceitos de limites são aplicados em questões
de Incertezas de medições e derivadas são aplicadas em estudos de erros.

Física Clássica (DTI12778): Também do terceiro período, necessita de Cálculo I


como pré requisito. A aplicação é de ampla aplicação, como em taxas de variação
em gráficos de movimento.

Cálculo Numérico (DTI12781): Necessitando do Cálculo III como pré -requisito, a


matéria do quarto período requer aplicações de derivadas e integrais de duas ou
mais variáveis.
Energia e Eletricidade (DTI12782) e Termodinâmica Aplicada (DTI12783): Ambas
precisam de Cálculo II, são do quarto período e requerem técnicas de integração.

Essas disciplinas mantém contato direto com o cálculo, algumas outras disciplinas
também necessitam dos conceitos. Entretanto, como elas precisam das disciplinas
acima citadas como pré-requisito, restringimos nossa amostragem apenas a essas
citadas.
Outras disciplinas que utilizam indiretamente o Cálculo:

1. Termodinâmica Aplicada
2. Otimização de Sistemas
3. Mecânica dos Fluidos
4. Circuitos Elétricos e Eletrônica Básica
5. Resistência dos Materiais
6. Gestão da Qualidade Total
7. Elementos de Máquinas
8. Simulação Computacional
9. Controle de Qualidade
10. Sistemas de Apoio à Decisão
11. Sistema Integrado de Manufatura
12. Laboratório de Sistema Integrado de Manufatura
13. Projeto de Fábrica e Layout
14. Fundamentos de Controle de Processos
15. Introdução à Automação Industrial
16. Introdução à Robótica Industrial
17. Introdução a Sistemas Especialistas
18. Tecnologia Aplicada à Automação Industrial
19. Introdução a Técnicas de Análise de Dados
4 MÉTODO DO DESENVOLVIMENTO

A pesquisa científica precisa de um percurso definido e coerente, para que possa


apresentar resultados concretos e confiáveis. Como já bem classificado na
introdução a abordagem e o estilo de pesquisa, segue os percursos metodológicos
que serão trabalhados, respectivamente:

Este trabalho irá realizar uma pesquisa na literatura existente, utilizando referências
bibliográficas como livros, teses, artigos e outros trabalhos acadêmicos compreender
como trabalhos paralelos trabalharam com essa questão. Entretanto, a principal
fonte de informação serão os planos de ensino das disciplinas do curso da
universidade. A partir disso, espera-se poder traçar comparações com os dados
coletados, considerando situações semelhantes. Com estes processos espera-se
poder avaliar as comparações propostas pelos planos e a prática da sala de aula.

Posteriormente, serão colhidas algumas informações para compreender como está


sendo essa abordagem na sala de aula. Essas informações servirão para
compreender o comportamento do fenômeno. A forma como os dados serão
coletados, objetiva encontrar comportamentos e aplicações descritos nos projetos
pedagógicos mais próximos possíveis da realidade, uma vez que envolvem variáveis
e comportamentos de docentes e discentes.

O questionário visa compreender como está sendo a aplicação dos conteúdos de


cálculo em algumas disciplinas de Engenharia de Produção que envolvem conceitos
dessa área da matemática. Para isso, o questionário será respondido por alunos que
fizeram e foram aprovados nessas disciplinas, para que se possa ter uma visão
pragmática do que ocorre no curso.

O questionário será feito pelo programa Formulário do Google. Primeiramente,


coletará o nome e a matrícula do aluno, para que se possa ter certeza de que
concluiu e cursou a referida disciplina.
Posteriormente, ele marcará as opções das disciplinas que cursou e que estão
sendo trabalhadas: Processos Químicos Industriais, Estatística, Metrologia, Física
Clássica, Cálculo Numérico, Eletricidade e Termodinâmica.

Após selecionar as disciplinas, seguirá para a seção para responder 6 questões


sobre cada disciplina escolhida. As questões são as mesmas para todas as 7
matérias, e seguem abaixo:

1 - Você compreende bem a necessidade do cálculo para a formação de um


Engenheiro de Produção?
Opções: Sim ou Não.

2 - Você estava ciente desde o começo da disciplina que a matéria exigia


conhecimentos de Cálculo?
Opções: Sim ou Não.

3 - O professor aplicou esses conhecimentos durante a disciplina, ou não cobrou


essa parte da disciplina?
Opções: Aplicou ou Não Aplicou.

4 - Em uma escala de 1 à 10 (sendo 10 para muito e 1 para pouco ou nada): Em


qual medida você conseguiu entender a interseção do Cálculo com a disciplina?
Opções: Valores de 1 à 10.

5 - Você encontrou dificuldade nos conceitos de Cálculo exigidos pelo professor:


Opções: Muita dificuldade, média dificuldade, pouca dificuldade ou não houve
a aplicação dos conceitos.

Com as duas etapas anteriores realizadas, as respostas encontradas pela coleta de


dados e pela análise literária serão analisadas, a fim de que se possa compreender
o comportamento da aplicação desses conceitos. Para facilitar, haverá a utilização
de gráficos para tornar os dados mais visuais.
5 CRONOGRAMA

Lista de atividades:
Atividade 1: Definição do tema, justificativa e objetivos.
Atividade 2: Definição do escopo e delimitações.
Atividade 3: Pesquisa de referencial bibliográfico.
Atividade 4: Definição de metodologia.
Atividade 5: Começo da análise de literatura e escrita.
Atividade 6: Aplicação do questionário.
Atividade 7: Escrita dos resultados e análise
Atividade 8: Revisão na literatura.
Atividade 9: Escrita da conclusão.
Atividade 10: Revisão e correção.

Cronograma:

Março Abril Maio Junho Julho

Atividade 1 X

Atividade 2 X

Atividade 3 X X

Atividade 4 X X

Atividade 5 X X

Atividade 6 X

Atividade 7 X

Atividade 8 X

Atividade 9 X

Atividade 10 X
5 ESTRUTURA DO TRABALHO DE CONCLUSÃO

Segue a proposta de Sumário:

1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
2.2 OBJETIVO GERAL
3 METODOLOGIA
3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA
3.2 REFERENCIAL TEÓRICO
3.3 PERCURSO METODOLÓGICO
4 FUNDAMENTOS DA DISCIPLINA DE CÁLCULO NO CONTEXTO DA ENGENHARIA DE
PRODUÇÃO
4.1 PAPEL DA DISCIPLINA DE CÁLCULO NA FORMAÇÃO DO ENGENHEIRO DE
PRODUÇÃO
4.2 COMPETÊNCIAS E HABILIDADES ESPERADAS DOS ESTUDANTES PELA
ABEPRO
4.3 RELEVÂNCIA DO DOMÍNIO DO CÁLCULO PARA A RESOLUÇÃO DE
PROBLEMAS NA ÁREA
5 ANÁLISE DAS DISCIPLINAS DO PLANO DE ENSINO EM ESTUDO
POSSÍVEIS SUBTÓPICOS
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES
7 CONCLUSÃO
8 REFERÊNCIAS
6 RECURSOS NECESSÁRIOS

Recursos utilizados: Google Docs e ferramentas de pesquisa de artigo.

Espaço: Ufes

Equipamentos: Aparelho eletrônico apenas.

Material de consumo: Artigos científicos.


7 REFERÊNCIAS

ABEPRO. Origens e evolução da formação em engenharia de produção. Projeto


Memória, 2010. Disponível em:
http://www.abepro.org.br/arquivos/websites/1/Hist.pdf. Acesso em: 10 de jul de 2023.

ABEPRO. Proposta de Diretrizes Curriculares 2001. Disponível


<http://www.aberpo.org.br>. Acesso em: 10 de jul de 2023.

BITENCOURT, Suelen Verona. O ensino de cálculo I e II no curso de engenharia


de produção : uma reflexão crítica dos conteúdos e objetivos propostos nos
projetos pedagógicos dos cursos dos Institutos Federais. 1. ed. Caçador, SC,
2021.

GIL, Antonio C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas,
2002.

PPC Engenharia de Produção Noturno. Universidade Federal do Espírito Santo,


2017. Disponível em: <https://producao.ufes.br/projeto-pedagogico-do-curso>.
Acesso em: 21 de Jul de 2023.

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