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A variação no comprimento de um metal em função do comprimento inicial.

Iasmin Leal
Israel Pereira

Curso de Lic. Em física – Instituto federal de educação, ciência e tecnologia – Petrolina – PE


E-mail: iasmin.leal@aluno.ifsertao-pe.edu.br
israel.paulo@aluno.ifsertao-pe.edu.br

Resumo. O presente relatório refere-se ao experimento “Prática experimental sobre Dilatação Linear”, com
o intuito de comparar comprimento inicial de duas barras de material diferente e sua variação de comprimento
quando sujeito á uma variação de temperatura. Esse experimento, realizado em laboratório de física, sob
supervisão do professor. Para a prática, foram utilizados, resumidamente, duas barras (uma de latão e de
cobre), dilatômetro linear e uma caldeira fim de alcançar resultados que foram aplicados em fórmulas
matemáticas para obter resultados mais próximos da realidade.

Palavras-chave: Temperatura; dilatação; variação; comprimento.

temperatura em graus Celsius e T a mesma


1. Introdução temperatura em kelvins,
A temperatura é grandeza física
utilizada para medir a quantidade de calor T C =T −273 , 15 °
dos corpos. Dessa forma, quanto mais
energia térmica o corpo tiver maior será a A escala Fahrenheit, a mais comum nos
sua temperatura. Estados Unidos, utiliza um grau menor que
o grau Celsius e um zero de temperatura
A escala de temperatura adotada pelo diferente. A relação entre as escalas Celsius
Sistema Internacional de Unidades é o e Fahrenheit é:
Kelvin (K), entretanto existem outras duas
encalas conhecidas como Celsius e 9
T F = T C +32°
Fahrenheit. De acordo com Halliday (2222), 5

em quase todos os países do mundo, a


escala Celsius (chamada antigamente de Segundo Nussenzveig (2018, pg.200), a

escala centígrado) é a escala mais usada no dilatação corresponde a um aumento do

dia a dia. As temperaturas na escala Celsius espaçamento médio da estrutura

são medidas em graus, e um grau Celsius microscópica. Assim, num corpo sólido, se

tem o mesmo valor numérico que um dois de seus pontos estão inicialmente à

kelvin. Entretanto, o zero da escala Celsius distâncial 0, a variação ∆ l dessa distância é


está em um valor mais conveniente que o proporcional a l 0. Para uma variação de
zero absoluto. Se T C representa uma temperatura ∆ T suficientemente pequena, é
também proporcional a ∆ T . Logo,
laboratório de física do IFSertãoPE|Campus
∆ l=α l 0 ×∆ T Petrolina:

Tabela 1: Lista de materiais utilizados.


onde a constante de proporcionalidade QTD ITEM
representa o coeficiente de dilatação linear. 01 Dilatômetro linear - EQ019.17;
01 Tubo de latão - EQ019.06;

De acordo com Halliday (8888, pg.99), 01 conexão de saída - EQ019.18;


se todas as dimensões de um sólido 01 batente lateral móvel - EQ019.21;
aumentam com a temperatura, é evidente
01 haste inox de 500 mm - EQ017Q;
que o volume do sólido também aumenta. 01 tripé delta médio com sapatas
No caso dos líquidos, a dilatação niveladoras - EQ102.03;
01 caldeira - EQ217.12;
volumétrica é a única que faz sentido. Se a
01 trocador de calor com chapa
temperatura de um sólido ou de um líquido aquecedora e cabo de força -
QU006.5011;
cujo volume é V aumenta de um valor ΔT ,
01 multímetro medidor digital de
o aumento de volume correspondente é: temperatura - 30000.20;
01 termômetro com coluna líquida de
-10 a +110 °C - 20598.001;
∆ V =Lβ × ∆ T 01 calço de silicone em cunha -
EQ019.38;
01 copo béquer 400 mL - 20596.040;
em que β é o coeficiente de dilatação 01 frasco térmico com tampa -
29995.008;
volumétrica do sólido ou do líquido. Os
01 placa petri de vidro com tampa -
coeficientes de dilatação volumétrica e de 20594.100;
150ML água destilada;
dilatação linear de um sólido estão
relacionados pela equação:
 A princípio, foi verificado se a escala do
medidor está ajustada em zero;
β=3 α
 Posteriormente, foi fixado o corpo de
prova de latão na posição inicial L0 =
2. Materiais e métodos.
500 mm.
 Em seguida, foi verificado a temperatura
Foram utilizados os seguintes equipamentos
inicial T0 do sistema para L0 = 500 mm,
da CIDEPE (Centro Industrial de
e anotado em uma tabela;
Equipamentos de Ensino e Pesquisa)
 Assim, foi ligada a fonte de calor e
disponibilizados pelo professor no
aguardar a geração de vapor;
 Assim que o vapor começar a passar
dentro do corpo de prova, foi observado Por fim, um gráfico foi gerado da
no medidor de dilatação, a variação no variação do comprimento versus o
comprimento linear ΔL; comprimento inicial.
 Desse modo, foi anotado a temperatura
externa e interna do corpo de prova; Gráfico 1: da função comprimento-dilatação

 Em seguida foi feito o mesmo variação do comprimento DL


procedimento com uma barra de cobre. versus comprimento
inicial L0
Figura 1: Aparato experimental. 1
0.8
0.6
0.4
0.2
0
250 300 350 400 450 500 550

Entretanto, alguns dados foram


irregulares, visto que durante o
experimento houve alguns empecilhos
externos, como o ar-condicionado que
influenciou nos resultados das
FONTE: O autor. temperaturas. Logo, não foram resultando
conclusivos.
3. Resultados e discussão. Em seguida, foi feito o mesmo
procedimento com uma barra de cobre.
Após todo o procedimento e
montagem do experimento, foi feito uma Tabela 3:dos valores

tabela para anotar os resultados obtidos. L0 T0 ∆L TV TC T ΔT


(mm) (° C) (mm ) (° C) (° C) (° C) (°C)
Tabela 2:dos valores
500 20° 0,57 95° 85° 90° 70°
L0 T0 ∆L TV TC T ΔT
400 25º 0,38 95° 82° 88,5 63,5°
(mm) (° C) (mm ) (° C) (° C) (° C) (°C)
°
500 23° 0,55 94° 74° 84° 70°
350 22° 0,85 95° 74° 83° 61°
400 28º 0,40 94° 74° 84° 63,5° 300 22° 0,85 94° 84° 89° 67°
350 28° 0,36 94° 74° 84° 61°

300 28° 0,29 94° 75° 84,5 67°


°
Então foi feito o gráfico do resultados satisfatórios, os quais os
comprimento inicial versus a variação. resultados matemáticos foram válidos para a
Lei da Termodinâmica. Foi possível
concluir e afirmar por meio do experimento,
Gráfico 2: da função comprimento-dilatação
que quando um corpo é exposto a uma
Comprimento iniciaç variação de temperatura, é diretamente
versus variação do proporcional ao seu comprimento inicial.
comprimenro
Assim, num corpo sólido, se dois de seus
0.6
0.5 pontos estão inicialmente à distâncial 0, a
0.4 variação ∆ l dessa distância é proporcional a
0.3
l 0.
0.2
0.1
0
250 300 350 400 450 500 550 Referências bibliográficas

HALLIDAY, D.; RESNICK, R.;


A partir dos resultados obtidos foi WALKER, J.Fundamentos de física. 9.ed.
calculado o coeficiente da dilatação linear, Rio de Janeiro: LTC, 2012. v. 2
a partir da equação: .
Leis da NUSSENZVEIG, H. M. Curso de
∆ Y 0 , 55−0 ,29 física básica 2: Fluidos, oscilações e ondas,
α= = =0,00173
∆X 500−350
calor. 4.ed .rev. São Paulo: Edgard Blticher,
2002.
Em seguida, foi calculado o
coeficiente linear que é dado pela equação:

−1
∆ L=L0 . α . ∆T =53,1975 ° C

4. Considerações finais

Como mostrado anteriormente, em


uma das etapas do experimento, os
resultados foram inconclusivos por motivos
de empecilhos externos, o que nos impediu
de realizar alguns cálculos. Entretanto, na
segunda fase, foi possível chega em alguns

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