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São muitos nomes, muitas "nossas senhoras".

Mas elas todas se referem a uma mesma pessoa, uma mesma santa
católica? A resposta é sim. O que significa que Nossa Senhora Aparecida, cuja data se comemora em 12 de outubro
é uma representação diferente da mesma santa que também pode ser chamada de Nossa Senhora de Fátima,
Nossa Senhora de Guadalupe, Nossa Senhora de Lourdes e tantas outras.

Trata-se de Maria, uma jovem judia nascida em Nazaré há pouco mais de 2 mil anos, quando essas terras ao sul de
Israel eram parte do Império Romano. Para o cristianismo, ela tem papel fundamental: tornou-se a mãe de Jesus
Cristo.

Chamada de virgem por dois dos evangelistas, Mateus e Lucas, acredita-se que ela tinha cerca de 15 anos quando
ficou grávida — pela doutrina cristã, por obra do Espírito Santo, ou seja, sem ter tido relações sexuais com homem
algum. Na época, Maria já estava prometida em casamento a José, um carpinteiro da mesma cidade, mais velho, já
na casa dos 30 anos.

Fato é que desta gravidez nasceria Jesus, o pilar fundador do cristianismo. Mas por que a tradição católica não
rende a essa mulher apenas o título de Santa Maria, e são tantas as representações dela pelo mundo?

"Os nomes dedicados a Nossa Senhora dependem muito da forma como ela apareceu. Normalmente são dados
pelo nome do lugar onde ela apareceu ou pelas condições em que se deram o aparecimento", esclarece o padre
Arnaldo Rodrigues, assessor da Arquidiocese do Rio de Janeiro.

Conforme explica a cientista da religião Wilma Steagall De Tommaso, coordenadora do grupo de pesquisa Arte
Sacra Contemporânea - Religião e História da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e membro do
Conselho da Academia Marial de Aparecida, essas nomenclaturas acabam variando a "cada povo, cada região, cada
cultura", por conta de "títulos que correspondem aos eventos decorrentes de inúmeras situações".

Ela lembra que muitos desses títulos são os chamados dogmáticos. É de onde vem, por exemplo, a nomenclatura de
Nossa Senhora da Imaculada Conceição — bula assinada pelo papa Pio IX "declara Maria imune da mancha do
pecado original", ressalta a pesquisadora — ou mesmo a ideia de chamá-la de Virgem Maria, já que "o Concílio de
Latrão, em 649, preconiza como verdade a virgindade perpétua", da mãe de Cristo.

"Há ainda as denominações decorrentes dos lugares onde houve uma manifestação que deu origem à devoção
local, muitas vezes ampliada a outros povos e locais, como Aparecida, Guadalupe, Lourdes, Fátima, Loreto,
Montserrat, etc.", complementa ela.

Início do Cristianismo

A devoção a Nossa Senhora, contudo, remonta ao princípio do cristianismo. Por princípio, a ideia é que ela funcione
como um canal direto ao próprio Cristo — dentro da premissa que pedido de mãe ninguém nega.

Uma passagem importante do próprio evangelho reforça essa ideia. Trata-se da narração do milagre das bodas de
Caná, que aparece exclusivamente no texto de João, no qual Jesus faria aquele que é considerado seu primeiro
milagre.

Na festa de casamento, onde ele estava junto a sua mãe como convidado, os anfitriões notam que havia acabado a
bebida. Maria chama Jesus de lado e explica o drama. Ele, então, transforma água em vinho e garante a
continuação da celebração.

"Seria um escândalo para o casal se acabasse a bebida antes de a festa terminar. Quando Maria pede a Jesus que
tome uma providência, fica importante o papel dela como intercessora", analisa padre Rodrigues.

A devoção mariana também se baseia em outro momento dos textos bíblicos. Quando Jesus está agonizando na
cruz, segundo o relato, ele teria dito algumas palavras para sua mãe e também para seu apóstolo João. Ali, teria
utilizado o seguidor como representante toda a humanidade, considerando Maria a mãe dele — e, por extensão, a
mãe de todos.

"Nesta ação, João representa toda a humanidade. Maria se tornou a mãe nossa. A nova Eva, uma Eva livre do
pecado, como a Igreja nos ensina. Assim, Maria Santíssima cuida da humanidade como mãe e mãe zelosa", analisa o
hagiólogo Lira.

A mais remota das aparições remonta ao ano 40 e seria um episódio de bilocação, na verdade, pois Maria ainda era
viva. Segundo a tradição cristã, ela teria aparecido ao apóstolo Tiago na atual cidade de Zaragoza, hoje Espanha,
onde ele estava pregando. Fato é que há registros da construção de uma pequena capela ali, desde os primórdios
do cristianismo.

Outro relato sempre citado por pesquisadores é o de Nossa Senhora das Neves, uma aparição de agosto de 352, em
Roma. Foi por conta desse episódio que foi erguida a Basílica de Santa Maria Maior.

Ao longo dos séculos, contudo, esses relatos passariam a ser constantes. De acordo com padre Rodrigues, estima-se
que hoje sejam cerca de 1,1 mil nomes pelos quais a santa é conhecida.

"Bom, falando do ponto de vista histórico, as aparições acontecem em períodos muito particulares", diz Medeiros.
"Não cabe a nós, enquanto historiadores, julgarmos se elas são verídicas ou não, mas o fato está que muitas
acontecem em meio a um determinado contexto político-social. É o caso de Fátima, cuja mensagem é muito
interessante, e condiz com a postura da que a Igreja vai adotar, frente ao comunismo, nos anos posteriores. Temos
o caso de Aparecida, por exemplo, cuja imagem é achada em meio ao debate em torno da abolição da escravatura.
Temos o caso de Guadalupe, onde a virgem Maria, com traços indígenas, é um símbolo da luta contra a
desigualdade. E por aí vai."

"Eu diria que o Brasil foi escolhido por Nossa Senhora, não é fanatismo dizer isso", comenta Lira. Para ele, há uma
"predileção especial de Nossa Senhora para com esta terra".

"Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora das Candeias (a mesma da Candelária e da
Purificação), Nossa Senhora Aparecida (que é a mesma Conceição), penso que são as mais importantes para o Brasil
pela veneração que o povo lhes atribui", acrescenta o hagiólogo.

"É claro que cada Estado brasileiro tem sua devoção. Por exemplo, na Bahia há uma forte devoção à Nossa Senhora
da Boa-Morte. Em Minas Gerais, Nossa Senhora da Piedade que é a mesma Nossa Senhora das Dores e por aí vai.
No Pará, em Belém, temos a linda manifestação à Nossa Senhora de Nazaré que anualmente leva milhões ao Círio
de Nazaré. Aqui no Ceará é interessantíssima a devoção a Nossa Senhora das Dores, em Juazeiro do Norte, por
exemplo. E qual a razão? Não dá para explicar concretamente. É algo meio que filial mesmo. Amor de filho à sua
mãe e uma mãe que é mãe de todas as mães, pais e filhos."

SANTO AGOSTINHO

Origens

Seu nome era Aurélio Agostinho. Nasceu em Tagaste, uma cidade do Norte da África dominada pelos romanos, na
região onde hoje fica a Argélia, em 13 de novembro do ano 354. Filho primogênito, seu pai, chamado Patrício, era
pagão e pequeno proprietário de terras. Sua mãe, pelo contrário, era cristã fervorosa, tanto que tornou-se santa,
Santa Mônica, celebrada no dia 27 de agosto, um dia antes da festa de Santo Agostinho. Mônica sempre buscou
educar o filho na fé cristã. Agostinho, porém, por causa do exemplo do pai, não se importava com a fé.

Infância

Santa Mônica queria que seu filho se tornasse cristão, mas percebia que a hora de Deus ainda não tinha chegado.
Tanto que adiou seu batismo, com receio de que ele profanasse o Sacramento. Aos onze anos, Agostinho foi
enviado para estudar em Madauro, perto de Tagaste. Lá, estudou literatura latina e algo que o distanciaria da fé
cristã: as práticas e crenças do paganismo local e romano.

Juventude conturbada

Com dezessete anos, foi para Cartago estudar retórica. Lá, embora tenha recebido formação cristã de sua mãe,
passou a seguir a doutrina maniqueísta (que enxerga o mundo apenas como bem e mau), negada veementemente
pelos cristãos. Além disso, tornou-se hedonista, ou seja, seguidor da filosofia que tem o prazer como fim absoluto
da vida. Dois anos depois, passou a viver com uma mulher cartaginense, com a qual teve um filho chamado
Adeodato. O relacionamento dos dois durou treze anos. Durante todo esse tempo, Santa Mônica rezava pela
conversão do filho.

Passando por várias doutrinas

Agostinho tornou-se um professor de retórica reconhecido. Chegou a abrir uma escola em Roma e conseguiu o
posto de professor na corte imperial situada em Milão. Decepcionado com as incoerências do maniqueísmo,
aproximou-se do ceticismo. Sua mãe mudou-se para Milão e exerceu certa influência sobre seu comportamento.
Nesse tempo, também decepcionado com o ceticismo, Agostinho aproximou-se do bispo Ambrósio (Santo Ambrósio
de Milão). A princípio, queria apenas ouvir a retórica excelente do bispo. Antes de se converter, Agostinho separou-
se de sua companheira após treze anos de relacionamento e ainda envolveu-se com outras mulheres. Depois,
porém, foi se convencendo da verdade sobre Jesus Cristo pelas pregações de Santo Ambrósio. Sua mãe, ao mesmo
tempo, não cessava de orar por ele.

Conversão

Depois das buscas incessantes pela verdade e de vários casos amorosos, Agostinho finalmente rendeu-se à
coerência da mensagem de Jesus Cristo. Encontrou em Jesus o que não encontrara em nenhuma outra filosofia, em
nenhum outro mestre. Assim, ele e seu filho Adeodato, então com 15 anos, foram batizados em Milão por Santo
Ambrósio, durante uma vigília Pascal. A partir de então, passou a escrever contra o maniqueísmo, que ele conhecia
tão bem. Mas depois disso, escreveu obras tão importantes que o tornaram Doutor da Igreja.

Sofrimentos

Agostinho dedicava grande atenção a Adeodato formando-o na fé e nas ciências humanas. De repente, porém, seu
filho veio a falecer. Foi um grande choque. Por causa disso, decidiu voltar para Tagaste. No caminho de volta,
aconteceu que sua mãe também faleceu. Agostinho menciona em suas 'Confissões' a maravilha e o alimento
espiritual que eram os diálogos que ele tinha com sua mãe, Santa Mônica, sobre a pessoa de Jesus Cristo e a beleza
da fé cristã. Esses diálogos foram decisivos para sua formação. E agora, com a morte da mãe, muita falta ele sentiu
dessas conversas restauradoras.

De vilta à terra Natal

Depois de sepultar sua mãe continuou decidido sua volta para a terra natal. Ele chegou a Tagaste no ano 288. Lá,
optou pela vida religiosa. Junto com alguns amigos de fé, deu início a uma comunidade monástica cujas regras
foram escritas por ele mesmo. Deste embrião nasceram várias ordens e congregações religiosas masculinas e
femininas, todas seguindo as regras e a inspiração 'Agostiniana'.
Não se coloca uma lâmpada debaixo da mesa

O bispo de Hipona, percebendo a forte inspiração que Deus colocara na alma de Agostinho, convidou-o para ir junto
nas missões e pregações. O bispo, já idoso e enfraquecido, vendo confirmada a sabedoria de Agostinho, ordenou-o
como sacerdote, o que foi aceito com grande alegria pelos fiéis. E, depois, em 397, logo após a morte do bispo, o
povo, em uma só voz, aclamou Santo Agostinho como bispo de Hipona. Ele ocupou o cargo durante 34 anos,
derramando toda sua sabedoria nas pregações, nos livros, na caridade para com os pobres, na espiritualidade
profunda. Combateu heresias, tornou-se uma dos mais importantes teólogos e filósofos da Igreja, influenciando
pensadores até o presente. Foi aclamado Doutor da Igreja e um dos 'Padres da Igreja' por causa de seu ministério
iluminador. Entre os livros de maior destaque em suas obras, estão 'Confissões' e 'Cidade de Deus', livros
autobiográficos que se tornaram best-sellers ao longo de vários séculos e até hoje.

Morte

Santo Agostinho faleceu feliz pela força da Igreja de Hipona, mas, ao mesmo tempo, triste, por causa da invasão
bárbara em Hipona, motivo de grandes perseguições contra os fiéis. Sua morte ocorreu em 28 de agosto do ano
430. Mais tarde, em 725, seus restos mortais foram exumados e trasladados para a cidade de Pávia, na Itália, onde
são venerados na igreja de São Pedro do Céu de Ouro. A igreja fica perto do local onde ocorreu sua conversão.

Oração a Santo Agostinho

'Gloriosíssimo Pai Santo Agostinho, que por divina providência fostes chamado das trevas da gentilidade e dos
caminhos do erro e da culpa a admirável luz do Evangelho e aos retíssimos caminhos da graça e da justificação para
ser ante os homens vaso de predileção divina e brilhar em dias calamitosos para a Igreja, como estrela da manhã
entre as trevas da noite: alcançai-nos do Deus de toda consolação e misericórdia o sermos chamados e
predestinados, como Vós o fostes, a vida da graça e a graça da eterna vida, onde juntamente convosco cantemos as
misericórdias do Senhor e gozemos a sorte dos eleitos pelos séculos dos séculos. Amém.'

SANTA ANA

Santa Ana ou Sant'Ana é a mãe de Nossa Senhora e avó de Jesus. Sobre ela, porém, há poucos dados biográficos. As
referências que chegaram até nós sobre os pais de Maria foram deixadas pelo Proto-Evangelho de Tiago, um livro
escrito provavelmente no primeiro Século e que não faz parte dos Evangelhos Canônicos, ou seja, aqueles
reconhecidos pela Igreja como oficiais. Porém, o Evangelho de Tiago é uma obra importante da antiguidade e citada
em diversos escritos dos padres da Igreja Oriental, como Epifânio e Gregório de Nissa.
O nome a descendência de Santa Ana

O nome "Ana" vem do hebraico "Hanna" e significa "graça". Santa Ana era de família descendente do
sacerdote Aarão. Ela era esposa de um santo: São Joaquim que, por sua vez, era descendente da família real de
Davi. Nesse casamento estava composta a nobreza da qual Maria seria descendente e, posteriormente, Jesus.

Um casal comum

Santa Ana se casou jovem como toda moça em Israel naquele tempo. A tradição diz que São Joaquim era um
homem de posses e bem situado na sociedade. Ambos viviam em Jerusalém, ao lado da piscina de Betesda, onde
hoje está a Basílica de Santana. O casal se relacionava com pessoas de todo Israel, especialmente nas festas em
Jerusalém.

A esterilidade de Santa Ana


Santa Ana, porém, tinha um grave problema: era estéril. Não conseguia engravidar mesmo depois de anos de
casada. Em Israel daquele tempo a esterilidade era sempre atribuída à mulher, por causa da falta de conhecimento.
A mulher estéril era vista como amaldiçoada por Deus. Por isso, Santa Ana sofreu grandes humilhações. São
Joaquim, por sua vez, era censurado pelos sacerdotes por não ter filhos. Tudo isso fazia com que o casal sofresse
bastante.
A concepção milagrosa de Maria

Santa Ana e São Joaquim, porém, eram pessoas de fé e confiavam em Deus, apesar de todo sofrimento que viviam.
Assim, num dado momento da vida, São Joaquim resolveu retirar-se no deserto, para rezar e fazer penitência. Nessa
ocasião, um anjo lhe apareceu e disse que suas orações tinham sido ouvidas.

Ao mesmo tempo o anjo apareceu também a Santa Ana confirmando que as orações do casal tinham sido ouvidas.
Assim, pouco tempo depois que São Joaquim voltou para casa, Ana engravidou. Parece que através do sofrimento,
Deus estava preparando aquele casal para gerar Maria, a virgem pura concebida sem pecado.

O nascimento de Maria
Segundo a Tradição cristã, no dia 8 de setembro do ano 20 a. C., Santa Ana deu à luz uma linda menina à qual o
casal colocou o nome de Miriam, que em hebraico, significa "Senhora da Luz". Na tradução para o latim ficou
"Maria". A vergonha tinha ficado para trás. E daquela que todos diziam ser estéril nasceu Nossa Senhora, a mãe do
Salvador.

Santa Ana e São Joaquim são de fundamental importância na História da Salvação. Não só pelo nascimento de
Maria, mas também pela formação que deram à futura Mãe do Salvador.

Devoção à Santa Ana

A devoção a Santa Ana e São Joaquim é muito antiga no Oriente. Eles foram cultuados desde o começo do
cristianismo. No século VI a devoção a eles já era enraizada entre os fiéis do Oriente. No Ocidente, o culto a Santana
remonta ao século VIII. Em 710, as relíquias da avó de Jesus foram levadas de Israel para Constantinopla e, de lá,
foram distribuídas para várias igrejas. A maior dessas relíquias ficou na igreja de Sant'Ana, em Durem, Alemanha.

No ano de 1584, o Papa Gregório XIII fixou a data da festa de Sant'Ana em 26 de Julho. Na década de 1960 o Papa
Paulo VI juntou a esta data a comemoração de São Joaquim. Por isso, no dia 26 de julho comemora-se também o
"Dia dos Avós".
Aparição de Santa Ana em Auray, na França

Em 1625 um fato extraordinário mudaria o foco da devoção a Santana. No vilarejo de Auray, na França, ela
apareceu a um homem chamado Yves Nicolazic. Na aparição Santana disse: "Yves Nicolazic, não temas. Eu sou Ana,
mãe de Maria. Dize a teu pároco que neste local da Terra, chamado Bocenno, existia, outrora, uma capela que me
era dedicada, e isso, antes mesmo que houvesse qualquer aldeia por aqui. Era a primeira capela erguida em toda a
região. Ela foi destruída há 924 anos e seis meses. Desejo que uma nova capela seja erguida neste local, o mais
depressa possível, e que cuideis dela, porque Deus quer que eu seja honrada nesta área.'

Yves Nicolazic obedeceu e levou o povo do vilarejo ao local indicado por Santana. Lá, encontraram a antiga imagem,
tal qual Santana havia dito. O bispo da diocese de Vannes, Dom Rosmadec, mandou investigar os fatos. Os
estudiosos confirmaram tudo que fora anunciado por Santana.
Yves Nicolazic tornou-se construtor. Ele foi pedreiro e mestre de obras na construção da Igreja de Santana em
Auray.

O papa João Paulo II fez uma visita a Auray em 1996. Depois disso, o número de peregrinos subiu para cerca de 800
mil pessoas por ano.

Santa Ana padroeira dos avós

Santana é a padroeira dos avós. Mas também é invocada pelas mulheres que não conseguem engravidar. Santana é
também a padroeira da educação, tendo educado Nossa Senhora e influenciado profundamente na educação de
Jesus.

Santa Ana, avó de Jesus. Ela sabe dar o carinho e atenção das avós. Ela conhece o aconchego que só as avós podem
dar aos netos. Por isso, recorramos a Sant Ana com confiança. Com a mesma confiança que nos aproximamos de
nossas tão queridas avós para pedir as graças que precisamos.

SANTO ANTONIO

Santo Antonio ou Fernando Antônio de Bulhões, seu nome de nascença, nasceu em Lisboa, Portugal, em 15 de
agosto do ano de 1195. De família nobre e rica, era filho único de Martinho de Bulhões, oficial do exercito de Dom
Afonso e de Tereza Taveira. Sua formação inicial foi feita pelos cônegos da Catedral de Lisboa. Antônio gostava de
estudar e de ficar mais recolhido.

Vida de Santo Antonio


Aos 19 anos entrou para o Mosteiro de São Vicente dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho, contra a vontade
de seu pai. Morou lá por 2 anos. Com uma grande biblioteca em mãos, Antônio avança na sua história pelo estudo e
pela oração. É transferido para Coimbra, que é um importante centro de estudos de Portugal, ficando lá por 10
anos. Em Coimbra ele foi ordenado sacerdote. Logo se viu o dom da palavra que transbordava do jovem padre
agostiniano. Ele tinha conhecimento e grande poder de pregação.
O Padre Agostiniano torna-se frei Franciscano
Em Coimbra o Padre Antônio conhece os freis franciscanos, entusiasma-se pelo fervor e radicalidade com que estes
viviam o Evangelho e, pouco depois, torna-se Frei Antônio, mudando-se para o mosteiro de São Francisco de Assis.
O Encontro de Santo Antonio com São Francisco de Assis

Santo Antonio faz o pedido de ir para o Marrocos pregar o evangelho e os Franciscanos permitem. No meio do
caminho, porém, Frei Antônio fica muito doente e é forçado a voltar para Portugal. Na viagem de volta, o barco é
desviado e vai para Itália, terminando por parar na Sicília, em um grande encontro de mais de 5 mil frades
franciscanos chamado Capítulo das Esteiras. Lá, Antônio conhece pessoalmente São Francisco de Assis. A mão de
Deus o tinha guiado por caminhos diferentes.
A luz deve brilhar para todos

Após conhecer São Francisco, Frei Antônio passa 15 meses como um eremita no monte Paolo. São Francisco
enxerga os dons que Deus deu a ele, chama-o de Frei Antônio, meu Bispo e o encarrega da formação teológica dos
irmãos do Mosteiro.

No capítulo geral da ordem dos franciscanos ele é enviado a Roma para tratar de assuntos da ordem com o Papa
Gregório IX, que fica impressionado com sua inteligência e eloquência e o chama de Arca do Testamento.
Tinha uma força irresistível com as palavras e São Francisco o nomeou como o primeiro leitor de Teologia da
Ordem. Em seguida, mandou-o estudar teologia para ensinar seus alunos e pregar ainda melhor. Juntavam-se as
vezes mais de 30 mil pessoas para ouvi-lo pregar, e muitos milagres aconteciam. Após a morte de São Francisco, ele
foi enviado a Roma para apresentar ao Papa a Regra da Ordem de São Francisco.
Milagres Santo Antonio
Protetor das coisas perdidas. Protetor dos casamentos. Protetor dos pobres. É o Santo dos milagres. Fez muitos
ainda em vida. Durante suas pregações nas praças e igrejas, muitos cegos, surdos, coxos e muitos doentes ficavam
curados. Redigiu os Sermões, tratados sobre a quaresma e os evangelhos, que estão impressos em dois grandes
volumes de sua obra.
Falecimento
Santo Antônio morreu em Pádua, na Itália, em 13 de junho de 1231, com 36 anos. Por isso ele é conhecido também
como Santo Antônio de Pádua. Antes de falecer nas portas de Pádua, Santo Antônio diz: ó Virgem gloriosa que
estais acima das estrelas. E completou, estou vendo o meu Senhor. Em seguida, faleceu.
Os meninos da cidade logo saíram a dar a notícia: o Santo morreu. E em Lisboa os sinos das igrejas começaram a
repicar sozinhos e só depois o povo soube da morte do Santo. Ele também é chamado de Santo Antônio de Lisboa,
por ser sua cidade de origem.
Devoção a Santo Antonio

Aconteceram tantos milagres após sua morte, que onze meses após ele foi beatificado e canonizado. Quando seu
corpo foi exumado, sua língua estava intacta. São Boaventura estava presente e disse que esse milagre era a prova
de que sua pregação era inspirada por Deus. Está exposta até hoje na Basílica de Santo Antônio na cidade de
Pádua.

Sua canonização foi realizada pelo Papa Gregório IX, na catedral de Espoleto, em 30 de maio de 1232, sendo o
processo mais rápido da história da Igreja.

Em 1934 foi declarado Padroeiro de Portugal.

Em 1946 foi proclamado Doutor da Igreja pelo Papa Pio XII.

Oração a Santo Antonio


Meu querido Santo Antônio dos mais carinhosos, o vosso ardente amor a Deus, as vossas sublimes virtudes e
grande caridade para o próximo, vos mereceram durante a vida o poder de fazer milagres espantosos. Nada vos era
impossível senão deixar de sentir compaixão pelos que necessitavam da vossa eficaz intercessão. A vós recorremos
e vos imploramos que nos obtenhais a graça especial que nesse momento pedimos. Ó bondoso e santo
taumaturgo, cujo coração estava sempre cheio de simpatia pelos homens, segredai as nossas preces ao Menino
Jesus, que tanto gostava de repousar nos vossos braços. Uma palavra vossa nos obterá as mercês que pedimos.
Responsório de Santo Antônio.

Se milagres desejais

Recorrei a Santo Antônio

Vereis fugir o demônio

E as tentações infernais.

Recupera-se o perdido

Rompe-se a dura prisão

E no auge do furacão

Cede o mar embravecido.


Pela sua intercessão

Foge a peste, o erro a morte

O fraco torna-se forte

E torna-se o enfermo são.

Todos os males humanos

Se moderam e retiram

Digam-no aqueles que o viram

E digam-nos os paduanos.

Rogai por nós Santo Antônio, para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

ARCANJOS

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