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NÃO ENTRISTEÇAIS O ESPÍRITO SANTO DE DEUS

“E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o Dia da redenção.
Toda amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmias, e toda malícia seja tirada de entre vós.
Antes, sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos
outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.” (Efésios 4:30-32)

Nós vemos desde o Antigo Testamento que o Espírito Santo é uma pessoa, que tem emoções e
que sim, podemos chegar a entristecê-lo ou agradá-lo. E é justamente sobre isso que vamos
refletir.

“Apesar disso, eles se revoltaram e entristeceram o seu Espírito Santo. Por isso ele se tornou
inimigo deles e lutou pessoalmente contra eles.” (Isaías 63:10 NVI)

O pecado é a raiz de todo entristecimento do Espírito. O pecado destrói a espiritualidade. Em


Efésios 4.24-32 vemos uma lista de coisas que causam esse entristecimento. Reter esses
pecados na vida, com certeza, é entristecer o Espírito Santo de Deus.

Também entristecemos o Espírito Santo quando vivemos de uma forma contrária a vontade de
Deus. Era o que acontecia na vida da maioria dos fariseus. Eles eram hipócritas não porque não
eram zelosos e dedicados, mas porque cegavam os olhos para as verdades que poderiam e
deveriam ter conhecido.

Nós devemos ter consciência de que nossa vida deveria agradar a Deus, e para isso, temos que
entender como deve ser vivida.

1 Tessalonicenses 4 – A vida que agrada a Deus

¹ Finalmente, irmãos, nós vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus que, como de nós
recebestes, quanto à maneira por que deveis viver e agradar a Deus, e efetivamente estais
fazendo, continueis progredindo cada vez mais;

² porque estais inteirados de quantas instruções vos demos da parte do Senhor Jesus.

³ Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição;

⁴ que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra,

⁵ não com o desejo de lascívia, como os gentios que não conhecem a Deus;

⁶ e que, nesta matéria, ninguém ofenda nem defraude a seu irmão; porque o Senhor, contra
todas estas coisas, como antes vos avisamos e testificamos claramente, é o vingador,

⁷ porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação.

⁸ Dessarte, quem rejeita estas coisas não rejeita o homem, e sim a Deus, que também vos dá o
seu Espírito Santo.

Agradar a Deus é fazer a Sua vontade, que está descrita nessa passagem.

Nosso pensamento, nossas ações, devem agradar ao SENHOR.


Em quê devemos pensar para agradar a Deus?

Filipenses 4 – Em que pensar

⁸ Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo,
tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se
algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.

⁹ O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai; e o Deus
da paz será convosco.

Também agradamos a Deus quando estamos em unidade, principalmente para vencermos


nossas lutas nessa caminha cristã.

Filipenses 1 – A unidade cristã na luta

²⁷ Vivei, acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo, para que, ou indo ver-vos ou
estando ausente, ouça, no tocante a vós outros, que estais firmes em um só espírito, como
uma só alma, lutando juntos pela fé evangélica;

²⁸ e que em nada estais intimidados pelos adversários. Pois o que é para eles prova evidente de
perdição é, para vós outros, de salvação, e isto da parte de Deus.

²⁹ Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo e não somente de crerdes nele,

³⁰ pois tendes o mesmo combate que vistes em mim e, ainda agora, ouvis que é o meu.

E acima de tudo, fica claro que a vontade de Deus é que vivamos em santidade.

Efésios 4 – Exortações à santidade

²⁵ Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos
membros uns dos outros.

²⁶ Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira,

²⁷ nem deis lugar ao diabo.

²⁸ Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é
bom, para que tenha com que acudir ao necessitado.

²⁹ Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para
edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem.

³⁰ E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção.

³¹ Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda
malícia.

³² Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros,
como também Deus, em Cristo, vos perdoou.

Efésios 5

¹ Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados;

² e andai em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como
oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave.
Há essa questão, e há uma necessidade de escolha: vou entristecer ou agradar ao Espírito
Santo?

Temos que ter muito cuidado em como estamos vivendo, porque as vezes parece que andamos
como se não tivemos a quem agradar, e alguém que é o mais importante de ser agradado.

Quando amamos alguém, queremos sempre estar agradando, presenteando, mostrando de


algum jeito que aquela pessoa é importante para nós. E deveríamos fazer bem mais pelo
Senhor que nos amou de tal forma que nenhuma outra pessoa irá nos amar.

Romanos 8

⁸ Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.

⁹ Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito de Deus habita em
vós. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.

¹² Assim, pois, irmãos, somos devedores, não à carne como se constrangidos a viver segundo a
carne.

¹³ Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito,
mortificardes os feitos do corpo, certamente, vivereis.

¹⁴ Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus.

Como nós o podemos perceber que estamos entristecendo o Espírito? Como sabemos que o
Espírito de Deus em nós está entristecido?

1) Pela perda da paz. O dom da paz de Deus é um dos mais maravilhosos tesouros que temos
na nova vida, como evidência da graça de Deus. Quando o Espírito é entristecido, a alma fica
como o mar revolto e não consegue repousar. A calma é substituída pela irritação. Quando o
Espírito é entristecido, ele deixa de acalmar as tempestades.

2) Pela perda de poder. Quão profundamente isso é percebido na vida do cristão, vez após
vez! Por que, em determinados momentos, nós nos exercitamos em alguma área espiritual na
qual estamos acostumados a agir, mas, como aconteceu com Sansão, o poder já se foi? A
resposta é que o Espírito foi entristecido. Como Sansão, que “não sabia” que o Senhor não
estava mais com ele (Jz 16.20), assim também podemos continuar com nossas atividades
normais e com aparente sucesso, mas se o Espírito gracioso estiver entristecido dentro de nós,
não haverá quaisquer frutos verdadeiros.

3) Pela perda da alegria. A alegria é um fruto do Espírito Santo. Não é um simples produto
natural, nem depende dos acontecimentos da vida. A obra do Espírito Santo é revelar as
realidades escondidas da Palavra de Deus para nossos olhos de fé; por isso, a verdadeira alegria
é a alegria da fé (Gl 5.22-23; Rm 15.13).

Quando estamos nessa condição perdemos nosso contato com Deus, o amor pelas almas, o
zelo pela salvação delas, e todas as outras evidências que tinha anteriormente de uma vida em
comunhão com o Senhor.
4) Pela perda da segurança interior. As Escrituras não nos darão confiança sem aquele
testemunho interior do Espírito Santo com o nosso espírito, tão precioso e, ao mesmo tempo,
tão misterioso (Rm 8.13-17; 1 Jo 5.9-13). Temos muitos exemplos de pessoas que perderam a
segurança da salvação ou da presença de Deus à nossa volta.

5) Até pela perda da saúde. Foi assim com os santos de Corinto, “Por causa disso, há entre
vós muitos fracos e doentes e muitos que dormem” (1 Co 11.30). Não temos saúde vigorosa
nem força para trabalhar como havia antes quando o Espírito não estava entristecido. Quando
ele está triste, esse apoio desaparece, e o resultado é fracasso, tanto espiritual quanto físico
(Rm 8.11).

Como podemos nos recuperar dessa condição?

Precisa haver confissão de pecados acompanhada de autojulgamento e arrependimento (2 Co


2.4-11), para que as coisas possam ser acertadas e bem esclarecidas sem demora. A confissão
de pecados e mudança de vida traz restauração à posição de comunhão e amizade com Deus.

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