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LABORATÓRIO DE FUNDAMENTOS DAS ANÁLISES CLÍNICAS E BIOSSEGURANÇA

MAPA DE RISCOS

MAPA DE RISCOS

No Brasil, há uma expressão popular muito interessante: “É melhor prevenir do


que remediar”. Entre as diversas regiões do país, há variações dessa expressão, mas
todas com o mesmo sentido: é muito mais fácil evitar que algo de ruim aconteça do que
resolver as consequências depois. Na biossegurança, esse é um ditado extremamente
válido. É preferível sempre se proteger, evitar situações de perigo, minimizar a
exposição a riscos, do que resolver as consequências da exposição.

Em muitas instituições, há uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes


(CIPA). Essa comissão é a responsável pela elaboração do chamado mapa de riscos, em
conjunto com o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho (SESMT). A Norma Regulamentadora 5 (NR5) regulamenta que os locais de
trabalho, sejam eles de saúde ou não, precisam ter um mapa de riscos atualizado.

Dessa forma, o mapa de riscos traz muitas informações necessárias para o


cumprimento da premissa da prevenção. Você deve estar se perguntando o que vem a
ser um mapa de riscos. Ele nada mais é do que uma representação do ambiente – o mais
fidedigna possível, mas sem a obrigatoriedade de ser uma planta baixa feita por
engenheiros – que permite pontuar quais são as classes e níveis de riscos a que as
pessoas que circulam e/ou trabalham ali estarão expostas. Nessa representação, devem
estar presentes as relações de espaços e equipamentos e sua disposição no ambiente
(HIRATA et al., 2017).

Os níveis e classes de riscos devem ser estabelecidos por meio de análises e


entrevistas. O executor do mapa de riscos deve avaliar o ambiente, preferencialmente
in loco, para analisar a disposição dos móveis e objetos. Além disso, é imprescindível que
se faça um contato com os usuários do espaço, para entender as rotinas e fluxos no

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ambiente. Esse apanhado de informações formará o arcabouço necessário para a


formulação do mapa de riscos (FRANÇA et al., 2017).

Na Figura 1, há um exemplo de mapa de riscos. Observe que foi aproveitada a


planta baixa do laboratório, mantendo-se as informações de dimensões dos espaços.
Não há obrigatoriedade de haver essas marcações de dimensões, mas elas auxiliam na
análise. Nesse exemplo, não se observa se há a presença de bancadas e mesas ou quais
equipamentos. Essa também não é uma obrigatoriedade, contudo, mais uma vez, auxilia
no processo de análise do mapa de riscos. Mas observe que há a designação dos
ambientes, apresentando os nomes de cada espaço, o que dá uma dimensão do que
pode ser executado ali (FRANÇA et al., 2017; HIRATA et al., 2017).

Risco químico

Risco de acidentes

Risco biológico

Risco físico

Risco ergonômico

Figura 1 – Exemplo de mapa de riscos. Fonte: https://geotecnia.ufes.br/laboratorio (2021).

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Agora, continue observando a Figura . Veja os elementos gráficos presentes, além


da representação da planta baixa do laboratório. Existem círculos, graduados em
grande, médio e pequeno, que indicam a intensidade (ou nível) dos riscos. Facilmente
se entende que, quanto maior o círculo, maior o risco. E há uma representação de cores
dos riscos também: químico (vermelho), acidentes (azul), biológico (marrom),
ergonômico (amarelo) e físico (verde). As cores são utilizadas de forma universal, não
podendo ser alteradas. Os ambientes podem ter um ou mais riscos representados (ou
até mesmo todos), e um mesmo círculo pode ser aproveitado para representar os
diferentes riscos daquela área. Veja exemplos de cada um dos riscos (STAPENHORST et
al., 2018):

• Risco biológico: amostras de sangue, microrganismos, cultura de células,


entre outros.
• Risco físico: eletricidade, calor, frio, ruídos, entre outros.
• Risco químico: gases, produtos inflamáveis, produtos químicos diversos,
entre outros.
• Risco ergonômico: esforço físico extenuante, atividade laboral muito intensa
e/ou longa, monotonia e repetitividade, postura inadequada, entre outros.
• Risco de acidentes: máquinas e equipamentos sem proteção, espaços
pequenos para locomoção e circulação de pessoas, obstáculos no tráfego de
pessoas, entre outros.

O mapa de riscos, portanto, é uma ferramenta de prevenção que irá auxiliar no


alerta e análise, por parte dos usuários do ambiente, de como se preparar para adentrá-
lo. Isso porque, com base no mapa de riscos, você conseguirá entender quais são os
equipamentos de proteção individual (EPIs) necessários para aquele ambiente e quais
equipamentos de proteção coletiva (EPCs) espera-se serem encontrados ali. Dessa
forma, o mapa de riscos deve estar em local acessível e visível, de preferência na entrada
do laboratório ou do ambiente de trabalho (HIRATA et al., 2017).

Por último, você deve ter em mente que o mapa de riscos não é uma ferramenta
de biossegurança estática e imutável. Ele deve ser revisto periodicamente, para se

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adequar às transformações estruturais e/ou de fluxos de atividades que ocorrem no


ambiente.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FRANÇA, Fernanda Stapenhorst et al. Bioética e biossegurança aplicada. Porto Alegre:


SAGAH, 2017.

HIRATA, Mario Hiroyuki; HIRATA, Rosario Dominguez Crespo; FILHO, Jorge Mancini.
Manual de biossegurança. 3. ed. atual. e ampl. Barueri, SP: Manole, 2017.

STAPENHORST, Amanda et al. Biossegurança. Porto Alegre: SAGAH, 2018.

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