Você está na página 1de 10

4.1.

Caracterize as regiões agrárias relativamente ao relevo, relacionando-o com a


dimensão das explorações agrícolas. -O relevo é mais acidentado nas regiões agrarias
a norte do Tejo e mais plano nas regiões que se lhe situam a sul. Salienta-se a região do
Ribatejo e Oeste, por ter a maior parte do seu território em áreas de planície, e o
Alentejo, com vastas peneplanícies predominantemente baixas e onduladas. O relevo,
conjugado com fatores históricos, contribuiu para que se tenha criado um contraste
nas características das explorações, sobretudo entre o litoral norte, onde domina a
pequena exploração, e as regiões do Sul, principalmente o Alentejo, com predomínio
das grandes explorações. 4.2. Distinga as paisagens rurais associadas ao sistema
extensivo e ao sistema intensivo, indicando a sua distribuição geográfica em Portugal.
- Em Portugal, de um modo geral, o sistema de cultura extensivo associa-se à
monocultura e aos campos de grande dimensão, regulares e abertos, e ao povoamento
concentrado, sobretudo no Alentejo e no norte interior, enquanto o sistema de cultura
intensivo associa-se à policultura, aos campos de pequena dimensão, irregulares e
fechados ao povoamento disperso no Noroeste e na ilha da Madeira.
4.3. Indique as características das explorações agrícolas em Portugal, associando-as à
sua dimensão económica. - Predominam, em todo o país, as explorações de pequena
dimensão, que, geralmente, correspondem a minifúndios – pequena propriedade – o
que se torna mais evidente nas regiões agrárias da Madeira, da Beira Litoral e de Entre
Douro e Minho. O Alentejo é a única região agrária com explorações de verdadeira
grande dimensão que, de modo geral, constituem grandes latifúndios – grande
propriedade. Por isso, o Alentejo, apesar do reduzido número de explorações,
apresenta a maior área agrícola nacional. O predomínio das pequenas explorações está
diretamente relacionado com a também pequena dimensão económica da grande
maioria das explorações agrícolas portuguesas. 1. Indique a categoria de ocupação da
SAU em que se inclui a olivicultura- Culturas permanentes. 2. Refira as duas regiões
do nosso país onde a olivicultura é mais representativa. - Alentejo e Trás-os-Montes.
3.Apresente dois fatores de natureza física que justificam a importância da
olivicultura em Portugal continental. -A importância da olivicultura em Portugal
continental deve-se à sua adequação às características do clima, caracterizado pelos
verões quentes e secos e aos solos, em muitas regiões, pouco profundos e pouco
férteis.4. Justifique a importância da preservação do olival tradicional, considerando:
- a sustentabilidade ambiental e a qualidade do produto; - a sustentabilidade social
das ares rurais mais despovoadas e deprimidas economicamente. - O olival tradicional
é, em termos ambientais, menos agressivo para o ambiente, já que na sua cultura os
produtos químicos e a mecanização são muito menos utilizados. O produto obtido é de
maior qualidade, tendo vindo alguns dos olivicultores deste tipo de olival a arrecadar
prémios dos melhores azeites do mundo, detendo algumas das marcas de certificação
de produto DOP (Denominação de Origem Protegida). O abandono destes olivais
significara abandono de terras, desertificação dos solos mais potencializada,
diminuição da produção nacional deste produto e decréscimo da sua qualidade. No
aspeto social, o abandono destes olivais, que subsistem graças ao elevado número de
agricultores que os trabalham em sistema de atividade complementar, poderá
contribuir para a diminuição dos respetivos rendimentos económicos, para o
desaparecimento de muitas explorações, já que subsistem essencialmente em
propriedades de pequena dimensão e para a intensificação do despovoamento das
regiões onde prevalece, assim como para a continuação do seu declínio económico.
4.2. Explique o facto de o noroeste de Portugal continental ser uma das áreas do país
com maior precipitação. - O noroeste de Portugal continental é uma das regiões com
maiores valores de precipitação pelo facto de ser a região mais afetada pelas baixas
pressões subpolares e também por ser uma área de grande influência atlântica, sujeita
a frequentes precipitações orográficas devido ao efeito barreira criado pela presença
de montanhas de disposição quase paralela é linha de costa, que originam esse tipo de
precipitação com certa regularidade.4.3. Descreva a situação meteorológica que, em
Portugal, é mais frequente no verão. Justifique. -A situação meteorológica mais
frequente no verão caracteriza-se pela larga influência do anticiclone dos Açores que
impede o avanço das depressões barométricas que geralmente se formam sobre a
Europa central, permitindo o bom tempo em todo o território nacional. No verão, as
massas de ar tropical deslocam-se para norte, assim como as altas pressões
subtropicais, o que permite que a influência do anticiclone dos Açores se estenda a
todo o território português.4.4. Caracterize o domínio climático em que se inclui todo
o sul do país. -Em todo o sul do país predomina o clima mediterrânico com
características mais acentuadas do que no restante território. As temperaturas médias
mensais são suaves no inverno e elevadas no verão, com uma amplitude térmica anual
moderada. A precipitação é pouco abundante, registando-se quatro a seis meses secos.
Neste domínio, diferenciam-se: o interior alentejano, com maior amplitude térmica
anual e menor precipitação, e o litoral algarvio, mais sujeito às influências tropicais,
tem invernos suaves e verões quentes e prolongados.
4.5. Comente a afirmação: “A rede hidrográfica e o regime dos rios portugueses
apresentam evidente contraste entre o norte e o sul do país”. - A rede hidrográfica
apresenta um contraste entre o norte e sul do país. Apresenta maior densidade
a norte do rio tejo, onde também o escoamento anual médio das bacias hidrográficas é
maior, o que se deve ao maior volume de precipitação que ocorre a norte do Tejo. A
acentuada variação da precipitação intra-anual reflete-se na sazonalidade do
escoamento, o que, por sua vez, influencia o caudal dos rios. Este caracteriza-se por
uma grande irregularidade temporal e um contraste espacial entre o norte e o sul do
país. A irregularidade sazonal do caudal dos rios verifica-se em todo o território, mas é
mais acentuada, mas bacias hidrográficas do sul do país, onde, nos meses de verão, o
caudal de muitos cursos de água se torna nulo (caudal de estiagem). Assim, em
Portugal, o regime hidrológico é irregular, com caráter torrencial. Porém, no norte, o
regime dos rios caracteriza-se por um caudal elevado e pela ocorrência de cheias
frequentes, no inverno e início da primavera, e pela redução do caudal, no verão, mas
sempre com escoamento. No Sul, o regime dos rios caracteriza-se por um caudal
relativamente elevado e pela ocorrência de cheias pouco frequentes, no inverno e
início da primavera, e pela redução acentuada do caudal, no verão, chegando muitos
cursos de água a secar. 4.6. Relacione a variação intra-anual da precipitação com a
necessidade de construir infraestruturas que possibilitam o armazenamento de água
doce. - A grande irregularidade da distribuição Intra e inter-anual da precipitação e,
consequentemente, das afluências à rede hidrográfica e aquíferos torna
particularmente importante a construção de infraestruturas de armazenamento de
água, uma vez que a irregularidade se associa ao facto de existir um desfasamento
temporal entre as épocas de maior disponibilidade de água (inverno) e as de maior
necessidade (verão).
4.7. Indique, para cada sector, uma medida que permita aumentar a eficiência do uso
da água. - O Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água (PNUEA) identifica os
principais desperdícios de água nos setores urbano, industrial e agrícola, apontando
medidas que permitem aumentar a racionalização do seu consumo e a eficiência na
sua utilização. Como exemplos, podem-se salientar a adoção de hábitos pela
população que evitem desperdícios, no setor urbano; a utilização de tecnologias mais
eficientes que evitem a perda de água durante o processo de produção, no setor
industrial; e a utilização de modernas técnicas de rega que forneçam às plantas apenas
a água necessária, evitando, assim, desperdícios, no setor agrícola. 1. Identifique os
centros de pressão identificados com 1. - Centros de altas pressões subtropicais.
2. Caracterize o movimento do ar num anticiclone. -Num anticiclone (ou centro de
altas pressões) o movimento do ar é descendente na vertical e divergente à superfície
(na horizontal). 3. Explique por que razão nas baixas pressões existem habitualmente
condições para ocorrer precipitação. -Nos centros de baixas pressões existem
habitualmente condições para ocorrer precipitação porque o movimento do ar é
convergente à superfície e ascendente na vertical. Quando o ar sobe, arrefece e a sua
humidade relativa aumenta, pelo que existem condições para que ocorra a saturação, a
condensação do vapor de água e a formação de nuvens, e ainda a mais que provável
queda de precipitação. Neste sentido, pode considerar-se que a um centro de baixas
pressões está, normalmente, associado mau tempo (céu nublado e possibilidade de
queda de precipitação). 4. Identifique as regiões do mundo com maiores valores de
precipitação. - As regiões do mundo com maiores valores de precipitação são as áreas
junto do equador, isto é, as regiões de clima equatorial.5. Comente, criticamente, a
afirmação seguinte: “Portugal situa-se numa região do globo onde a precipitação
ocorre com frequência, embora se encontre desigualmente distribuída”. - Portugal
localiza-se na zona temperada do norte, onde a precipitação ocorre com frequência,
embora se encontre desigualmente distribuída. Ao longo do ano, a precipitação varia
de forma idêntica em praticamente todo o território nacional e caracteriza-se
essencialmente pelos acentuados contrastes sazonais. Os valores de precipitação mais
elevados ocorrem normalmente entre novembro e março, devido essencialmente à
influência dos centros de baicas pressões subpolares e à passagem frequente dos
sistemas frontais sobre o nosso país, uma vez que nesta altura do ano se encontram
deslocados para sul. À situação anterior acrescem os reduzidos valores de temperatura
que conduzem mais facilmente à saturação do ar. Os valores mais baixos de
precipitação registam-se, habitualmente, nos meses de julho e agosto. Nesta época do
ano as depressões e os sistemas frontais encontram-se deslocados para o norte da
Europa, ficando o nosso território mais influenciado pelas altas pressões subtropicais,
nomeadamente pelo anticiclone dos Açores e pelas massas de ar tropical continental,
quentes e secas. Ao longo dos anos, as diferenças de precipitação registadas nos
mesmos meses e sobretudo as que respeitam às quantidades totais anuais são
também bastante significativas.
1. Apresente duas das razões explicativas da fraca nebulosidade originada pelo
centro barométrico que, no dia 16 de fevereiro de 2009, influenciava o estado do
tempo em Portugal continental. Duas das razões explicativas da fraca nebulosidade
originada pelo centro barométrico que, no dia 16 de fevereiro de 2009, influenciava o
estado de tempo em Portugal, podem ser, entre outras: - movimento descendente do
ar num anticiclone; - ocorrência de aquecimento adiabático da massa de ar
descendente; - redução da humidade relativa da massa de ar à medida que desce; -
baixa humidade relativa da massa de ar. 2. Mencione duas das características do
estado de tempo geralmente associado à passagem de uma frente fria, como a que,
no dia 16 de fevereiro de 2009, influenciava o estado de tempo no arquipélago dos
Açores. - Duas das características do estado de tempo geralmente associado à
passagem de uma frente fria, como a que, no dia 16 de fevereiro de 2009, influenciava
o estado de tempo no arquipélago dos Açores podem ser, entre outras: - existência de
céu nublado; - formação de nuvens de desenvolvimento vertical; - ocorrência dos
aguaceiros; - descida da temperatura. 3. Refira as duas condições meteorológicas que,
além da temperatura baixa, proporcionam a formação de geada. -Para a formação da
geada, para além da baixa temperatura, contribuem o céu limpo/ausência de nuvens e
a ausência de vento/vento muito fraco. 4. Explique a influência que a posição de
Portugal continental tem: - na variação intra-anual da precipitação; - no
comportamento da temperatura ao longo do ano. -A posição de Portugal, na parte
meridional das latitudes médias, faz com que, durante os meses de inverno, o
continente fique mais frequentemente sob a influência das perturbações da frente
polar, que, as favorecerem a ascensão do ar quente (tropical), originam um maior
número de dias com precipitação. Nos meses de verão, as perturbações da frente polar
deslocam-se para norte, ficando o território português sob a influência de centros de
altas pressões, nos quais as massas de ar têm uma circulação descendente e
divergente, o que leva a ausência de precipitação. A posição geográfica de Portugal
continental influência o comportamento da temperatura ao longo do ano, uma vez que
durante os meses de verão, no hemisfério norte, além da maior duração do dia natural,
também a altura meridiana do sol é maior, pelo que os raios atravessam uma menor
espessura da massa atmosférica, perdendo, por isso, menos energia. Os raios solares,
ao incidirem numa área mais pequena, originam um maior aquecimento da mesma e,
consequentemente, temperaturas mais elevadas. Pelo contrário, durante os meses de
inverno, não só a noite tem uma maior duração relativamente ao dia, como o sol
apresenta uma altura meridiana menor, pelo que os raios solares atravessam uma
espessura de massa atmosférica maior, perdendo, por isso, mais energia. Ao incidirem
numa área mais extensa, os raios solares não conseguem aquecer a superfície terrestre
com a mesma intensidade, provocando temperaturas mais baixas.
7. Caracterize a circulação do ar na vertical e à superfície terrestre do centro de
pressão como o assinalado na carta III. -A carta III apresenta um anticiclone, onde o
movimento vertical do ar é descendente e à superfície o movimento do ar édivergente.
8. Apresente duas razões explicativas da fraca nebulosidade originada pelo centro
barométrico que, na carta III, influenciava o estado de tempo em Portugal
continental. -Algumas razões que explicam a fraca nebulosidade originada pelo centro
barométrico que, na carta III, influenciava o estado de tempo em Portugal continental
são, entre outras: movimento descendente do ar num anticiclone; ocorrência de
aquecimento adiabático da massa de ar descendente; redução da humidade relativa da
massa de ar à medida que desce; baixa humidade relativa da massa de ar.
9. Refira quais os centros barométricos que geram, com uma influência relativamente
prolongada, estados de tempo que originam condições para a ocorrência de seca. -Os
anticiclones de origem térmica são centros barométricos que geram, com uma
influência relativamente prolongada, estados de tempo que originam condições para a
ocorrência de seca.
10. Justifique a maior quantidade de precipitação recebida na região do noroeste
português, relativamente ao restante território continental, com as situações
meteorológicas mais frequentes. -A região norte de Portugal é bastante mais sensível
à trajetória dos sistemas depressionários que circulam de oeste, sobre o oceano
Atlântico, e à atividade das perturbações frontais a elas associadas. As serras do
noroeste provocam uma interrupção na circulação do ar marítimo, esta circunstância
vai condicionar a existência de chuvas orográficas nas vertentes expostas aos ventos
húmidos.

Você também pode gostar