Cópia não autorizada

JUL 1993 NBR 12939

Interface básica entre equipam ento de
com unicação de dados (ECD) e a rede
ABNT-Associação
Brasileira de
telefônica pública, para velocidade de
Normas Técnicas até 20000 bit/s
Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar
CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680
Rio de Janeiro - RJ
Tel.: PABX (021) 210 -3122
Telex: (021) 34333 ABNT - BR Procedimento
EndereçoTelegráfico:
NORMATÉCNICA
Origem: Projeto 03:012.06-011/1992
CB-03 - Comitê Brasileiro de Eletricidade
CE-03:012.06 - Comissão de Estudo de Equipamentos, Terminal de Dados/
Comunicação de Dados
NBR 12939 - Basic interface between data communication equipment and public
telecommunication network for rated data transmission up to 20000 bit/s -
Procedure
Descriptor: Data communication
Copyright © 1990,
ABNT–Associação Brasileira Válida a partir de 30.08.1993
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Palavra-chave: Comunicação de dados 4 páginas
Todos os direitos reservados

1 Objetivo mutada, deve ser compatível com a utilização de sistema

Esta Norma fixa as características técnicas mínimas exi-
gíveis para a interface entre equipamentos de comuni-
cação de dados (ECD) e a rede telefônica pública, para
velocidade de transmissão de sinal de dados de até
20000 bit/s.
2 Definições
de ondas portadoras monocanal para assinante (SOPA
m onocanal), sistem a de ondas portadoras m ulticanal para
assinantes (SOPA multicanal), equipamento extensor de
enlance, repetidor de freqüência de voz, rádio monoca-
nal, ou outros meios aos quais ele pode estar conectado.
3.1.2 O ECD deve ser transparente à inversão de polari-
dade das linhas da rede telefônica pública.

Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições 3.2 Básicas

2.1 e 2.2.
2.1 Equipamento terminal de dados (ETD)
Equipamento que recebe os sinais de dados após sua
transmissão e/ou gera estes sinais para serem transmiti-
dos. O equipamento terminal de dados pode, ainda, pro-
duzir sinais para proteção contra erros.
2.2 Equipamento de comunicação de dados (ECD)
Equipamento destinado a codificar e/ou modular o sinal
digital a ser transmitido e decodificá-lo e/ou demodulá-lo
na sua recepção, entregando-o na forma original ao equi-
pamento terminal de dados associado. O ECD pode, ain-
da, incorporar outras funções, tais como controle de erro,
chamada automática, resposta automática, conversor as-
síncrono/síncrono e multiplexador.
3 Características elétricas
3.1 Gerais
3.1.1 O ECD, quando operar na rede telefônica pública co-
3.2.1 Faixa de freqüência de operação
3.2.1.1 Para ECD analógico que opera na faixa de fre-
qüência de voz em linhas comutadas e/ou linhas ponto a
ponto, sua freqüência de operação deve estar compre-
endida entre 300 Hz a 3400 Hz.
3.2.1.2 Para ECD banda base que opera em linhas físi-
cas ponto a ponto sem condicionamento (por exemplo:
multiplexação, pupinização, e outros), na sua faixa de fre-
qüência de operação a componente de corrente contínua
deve ser nula.
Nota: As características do ECD banda base estão especifica-
das em documentos próprios.
3.2.1.3 Para ECD analógico que opera acima da faixa de
freqüência de voz, esta deve estar compreendida entre
15 kHz e 140 kHz.
3.2.2 Níveis de potência de transmissão
3.2.2.1 Para ECD analógico que opere na faixa de freqüência
de voz , o nível máximo de potência na saída não deve
 Cópia não autorizada
2 NBR 12939/1993
exceder -6 dBm. Este nível deve ser ajustável até, pelo
menos, -21 dBm em passos máximos de 3 dB. Se o canal
secundário transmitir dados simultaneamente com o ca-
nal principal, no mesmo sentido, o nível de potência resul-
tante na linha não deve exceder -6 dBm.
3.2.2.2 Para ECD analógico que opere fora da faixa de
freqüência de voz, o nível máximo de potência na saída
não deve exceder:
a) até 30 kHz: 0 dBm;
b) acima de 30 kHz: +4 dBm (potência total).
3.2.2.3 Para ECD banda base, o nível máximo de potência
na saída deve ser tal que:
a) a concentração de potência na faixa de freqüência
de voz deve ser inferior ou igual a 0 dBm;
b) a potência total na saída não deve exceder
+3 dBm.
Nota: Os limites citados devem ser resultados de medições so-
bre as impedâncias indicadas na Tabela.
Tabela - Velocidade/impedância
Velocidade (bit/s) Impedância (Ω)
1200 600
2400 600
4800 600
9600 300
19200 300
3.2.2.4 O ajuste do nível de potência de transmissão deve
ser programável. Quando programável pelo painel fron-
tal, este deve poder ser inibido por meio de uma chave
interna ao ECD ou possuir senha.
3.2.3 Espúrios na transmissão
Para ECD que opera na faixa de freqüência de 0 kHz a
4 kHz, se P é o nível de potência de transmissão do sinal
nesta faixa, a potência do sinal fora desta faixa não deve
exceder os seguintes valores:
a) (P-20 dB) de 4 kHz a 8 kHz (espúrio individual);
b) (P-40 dB) de 8 kHz a 12 kHz (espúrio individual);
c) (P-60 dB) acima de 12 kHz, medida em qualquer
banda de 4 kHz.
3.2.4 Grau de desequilíbrio
3.2.4.1 Para ECD analógico que opera na faixa de fre-
qüência de voz de 300 Hz a 3400 Hz, o grau de desequilí-
brio deve ser:
a) de 300 Hz a 600 Hz: superior ou igual a 46 dB;
b) de 600 Hz a 3400 Hz: superior ou igual a 52 dB.
3.2.4.2 Para ECD analógico que opera acima da faixa de
freqüência de voz, o grau de desequilíbrio deve ser igual
ou superior a 52 dB na faixa de operação do ECD;
Nota: O circuito de voz acoplado deve apresentar características
iguais às descritas em 3.2.4.1.
3.2.4.3 Para ECD banda base, o grau de desequilíbrio deve
ser:
a) de 300 Hz a 600 Hz: superior ou igual a 46 dB;
b) de 600 Hz a 10000 Hz: superior ou igual a 52 dB.
3.2.5 Perda por retorno
3.2.5.1 Para ECD analógico que opera dentro da faixa de
freqüência de 300 Hz a 3400 Hz, em relação a 600 Ω, a per-
da por retorno deve ser igual ou superior a 16 dB.
3.2.5.2 Para ECD analógico que opera acima da faixa de
freqüência de voz, em relação a 150 Ω:
a) a perda por retorno deve ser superior ou igual aos
valores definidos na Figura 1, para as respectivas
freqüências;
b) o circuito de voz acoplado deve apresentar carac-
terísticas iguais às definidas em 3.2.5.1.
3.2.5.3 Para ECD banda base, a perda por retorno deve ser
superior ou igual aos valores definidos na Figura 2, pa-ra
as respectivas freqüências, sendo:
a) de 300 Hz a 4000 Hz, em relação a 600 Ω;
b) acima de 4000 Hz, em relação a 300 Ω.
3.2.6 Retenção de enlace de corrente
O ECD para uso em linhas comutadas deve apresentar
resistência à corrente tal que permita a circulação de
uma corrente de linha de, no mínimo, 20 mA, quando liga-
da a uma ponte de alimentação de 48 V, 2 x 400 Ω e resis-
tência de linha de 1400 Ω . O ECD deve, também, supor-
tar a corrente máxima circulante, quando estiver ligado a
uma ponte de 48 V, 2 x 200 Ω e a resistência de enlace
de 0 Ω, sem alterar as suas características de transmis-
são.
3.2.7 Transformador de linha e dispositivo de retenção
3.2.7.1 O transformador de linha e/ou o dispositivo de re-
tenção, se utilizado(s), deve(m) ser capaz(es) de suportar
a tensão de ensaio de 1000 V ef (rm s) a 60 H z, durante 30 s,
entre os enrolamentos primário e secundário e entre cada
um destes enrolamentos e a terra. Durante esta medida, a
corrente de fuga deve ser inferior ou igual a 200 µA.
3.2.7.2 Após o ensaio de tensão aplicada, a resistência de
isolamento deve ser de, no mínimo, 200 MΩ, medida com
500 Vcc entre os enrolamentos primário e secundário e en-
tre cada um destes enrolamentos e a terra.
3.2.8 Proteção elétrica
Dispositivos de proteção devem ser incorporados ao
ECD, a fim de evitar que sobretensões e sobrecorrentes
provoquem danos.
 Cópia não autorizada
NBR 12939/1993 3

3.2.8.1 Sobretensões transversais 3.3 Específicas

Aplicando-se entre os terminais de linha do ECD surtos
de tensão de 600 V de pico, através de circuito conforme
a Figura 3, o ECD não pode sofrer qualquer dano.
3.2.8.2 Sobretensões longitudinais
3.3.1 Para ECD que dispõe de dispositivo de resposta ma-
nual, além das características elétricas gerais e básicas
(ver 3.1 e 3.2), deve ser atendido o estabelecido em 3.3.1.1
e 3.3.1.2
3.3.1.1 Facilidade de transferência “telefone/ECD”

Aplicando-se entre cada terminal de linha do ECD e a ter- O tempo de transferência da condição “dados” para con-
ra surtos de tensão de 600 V de pico, através de circuito dição “telefone” deve ser menor que 25 ms. Quando na
conforme Figura 3, o ECD não pode sofrer qualquer da- condição “telefone”, apenas a impedância do telefone de-
no. ve ser vista pela linha.

Figura 1 - ECD analógico operando acima da faixa de freqüência de voz

Figura 2 - ECD banda base

Figura 3 - Gerador de sobretensão

 Cópia não autorizada
4 NBR 12939/1993
3.3.1.2 Supressor de eco
Facilidade de desativação do supressor de eco: um gera-
dor de tom desativador de supressor de eco deve estar
disponível no ECD, quando requerido, com as seguintes
características:
a) freqüência de tom: (2100 ± 15) Hz;
b) nível de tom: o mesmo nível do sinal de dados do
ECD;
c) duração de tom: (3,3 ± 0,7) s.
3.3.2 Para ECD que dispõe de dispositivos de resposta
automática, além das características elétricas gerais e
básicas (ver 3.1 e 3.2) , e as referentes ao supressor de eco
citadas em 3.3.1.2, deve ser atendido o estabelecido em
3.3.2.1 e 3.3.2.2.
3.3.2.1 Detector de corrente de toque: caso o ECD esteja
equipado com detector de corrente de toque, o detector
deve ter sensibilidade suficiente para detectar tensões
pulsadas entre 40 Vef e 90 Vef (rms) com freqüência entre
15 Hz e 36 Hz. A impedância de entrada deve ser maior
que 20000 Ω , quando medida com tensão menor que
4 Vef (rms), na faixa de freqüência de voz de 300 Hz a
3400 Hz, como também maior que 10000 Ω, quando me-
dida com tensão menor que 50 Vef (rms), na faixa de fre-
qüência de 20 Hz a 60 Hz.
3.3.2.2 Relé de linha: caso o ECD esteja equipado com o
relé de linha, as características de rigidez dielétrica e de
resistência de isolamento entre a bobina do relé e a terra
e entre a bobina do relé e os contatos devem ser idênti-
cas às especificadas para a bobina de retenção de cha-
mada (ver 3.2.7). O tempo de abertura ou de fechamento
dos contatos do relé deve ser inferior ou igual a 25 ms.
3.3.3 Para ECD que dispõe de dispositivos de chamada
manual, além das características elétricas gerais e bási-
cas (ver 3.1 e 3.2), devem ser atendidas as características
de facilidade de transferência “telefone/ ECD”, citadas em
3.3.1.
3.3.4 Para ECD que dispõe de dispositivo de chamada au-
tomática, além das características elétricas gerais e bási-
cas (ver 3.1 e 3.2), devem ser atendidas as características
referentes ao supressor de eco citadas em 3.3.1.2, à si-
nalização telefônica e aos pulsos de discagem (decádi-
cos e/ou multifreqüenciais).
3.3.5 Para ECD que opera com voz e dados simultanea-
mente, deve ser atendido o estabelecido em 3.3.5.1 a
3.3.5.5.
3.3.5.1 O filtro de acoplamento de voz mais dados deve
apresentar, no máximo, 1 dB de perda de inserção na fai-
xa de 0,3 kHz a 3,4 kHz no circuito de voz.
3.3.5.2 O filtro deve ser passivo e balanceado, de modo a
atuar mesmo com o ECD desligado.
3.3.5.3 O filtro de acoplamento do ECD deve apresentar
uma rejeição às ondas portadoras superior ou igual a
50 dB nas freqüências acima de 15 kHz, medida no circui-
to de voz, na saída para o telefone.
3.3.5.4 O ECD deve possuir resistência, em corrente con-
tínua, menor que 40 Ω (2 x 20 Ω balanceado).
3.3.5.5 O ruído psofométrico introduzido pelo ECD na fai-
xa de freqüência de voz de 300 Hz a 3400 Hz deve ser
menor que -70 dBm.
4 Alimentação
O ECD não pode utilizar a corrente elétrica da linha telefô-
nica da central pública de comutação telefônica para ali-
mentação de qualquer equipamento.