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CAMADA FÍSICA

03.09.2022 11:19:07 Prof. Murilo Parreira Leal, M.Sc.


Interface Serial
❑ Numa porta serial existe apenas um canal de informação,
por onde os bits são enviados em série, um atrás do outro

❑ Na figura foi transmitido pelo canal a palavra: 01011010.


❑ A velocidade de transmissão do canal é especificada em
bits/seg. É importante não confundir esta medida com
bauds por segundo (BPS). Bauds por segundo indica o
número de símbolos transmitidos num segundo e não o
número de bits. Caracteres “ASCII” utilizam 8 bits
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Interface Serial

❑ Para indicar o início ou fim de uma palavra utilizam-se os


chamados start-bit e stop-bit, respectivamente bit de início
e bit de fim

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Interface Serial
❑ Existe ainda o bit de paridade, que é acrescentado à palavra
para facilitar a detecção de erros na transmissão e fazer
com que a palavra seja retransmitida
❑ Paridade Par: Número de bits “1” (em nível lógico “1”) da
palavra transmitida seja sempre par (incluindo o bp)
❑ Paridade ímpar: Número de bits “1” (em nível lógico “1”) da
palavra transmitida seja sempre ímpar (incluindo o bi)

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Interface Serial
❑ UART é composto das iniciais
de Universal Asyncronous
Receiver Transmitter
❑ USART vem de Universal
Syncronous-Asyncronous
Receiver Transmitter
❑ Tais circuitos têm como função
converter uma entrada paralela
(barramentos internos de um
computador) em saída serial
❑ A UART é uma interface
assíncrona, e é normalmente
usada para baixas a médias
velocidades de operação, a
USART é utilizada em alta
velocidade de transmissão
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RS-232

❑ O padrão RS-232 (Recommendad Standart-232) ou EIA-232


(Electronic Industries Alliance-232):
✓ É uma interface para conectar um DTE (equipamento terminal de
dados) a um DCE (equipamento de comunicação de dados)
✓ Utilizado apenas em comunicações do tipo ponto a ponto (só
admite dois dispositivos na rede)
✓ Velocidade máxima de 115,2 Kbps com um cabo de tamanho
máximo de 3,7 metros ou uma velocidade mínima de 2,4 Kbps
com um cabo de comprimento de 60 metros (CISCO)
✓ Suficiente no passado, quando quase todos os computadores eram
conectados por modens
❑ No entanto, com o passar dos anos, as pessoas começaram a ter
a necessidade de interfaces capazes de:
✓ Conectar DTE’s diretamente sem a necessidade de modems
✓ Conectar vários DTEs em uma estrutura de rede
✓ Necessidade de comunicação a longas distâncias
✓ Necessidade de comunicação a taxas de velocidade maiores

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RS-232

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RS-485
❑ O padrão RS-485 (Recommended Standart-485) ou EIA-485
(Electronic Industries Alliance-485) apresenta como características
principais altas taxas de transmissão e instalação simples e barata

❑ Este meio físico usa como transporte dos dados um cabo de par
trançado e blindado e permite que até 32 estações sejam
conectadas ao barramento. Porém, o uso de repetidores permite
que uma rede se estenda a até 126 estações

❑ Os cabos usados nas instalações Profibus DP e recomendados pela


norma EN 50170, apresentam as seguintes características:
✓ Área do Condutor: maior que 0,34 mm²
✓ Impedância: 135 a 165 Ohms
✓ Capacitância: menor que 30 pF
✓ Resistência Específica: 110 Ohms/km
✓ Medida do Diâmetro do Cabo: 0,64 mm
✓ A distância máxima da rede está em torno de 1200 m

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RS-485
❑ O padrão RS-485 é muito utilizado na indústria, chegando a
trabalhar com taxas de comunicação de até 12 Mbps (em alguns
casos até 50 Mbps)
❑ O comprimento máximo de cada lance de cabo varia de acordo
com a velocidade de transmissão especificada para a rede,
devendo ser totalizado considerando eventuais derivações.
Derivações devem ser evitadas para baudrate maior que 3 Mbps
❑ Comprimentos de segmento baseados nas respectivas velocidades
de transmissão e o máximo comprimento das derivações:

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RS-485
❑ Os cabos de comunicação da rede devem manter uma certa
distância de fontes que possam causar qualquer tipo de
interferência no sinal. É aconselhável utilizar bandejas ou calhas
metálicas fechadas e aterradas, observando as distâncias abaixo:

❑ O ideal é utilizar canaletas de alumínio, onde se tem a blindagem


eletromagnética externa e interna. O cruzamento entre os cabos
deve ser feito em ângulo de 90º
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RS-485
❑ Cabo par trançado blindado também pode ser utilizado. A
blindagem deverá ser aterrada em ambas as terminações do cabo
via conexões de baixa impedância:

❑ A ausência de terminadores nas extremidades pode causar erro


na transferência de dados devido à reflexões no sinal, fazendo
com que este sinal volte pela linha de dados e se sobreponha ao
sinal que está sendo enviado
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RS-485
❑ O cabo é conectado aos equipamentos através de conectores.
Estes conectores são disponibilizados com algumas variedades de
classes de proteção e projetos mecânicos. O conector mais
recomendado pela norma é o conector Sub-D com 9 pinos. Os
pinos 3, 5, 6 e 8 são sempre utilizados. Os demais pinos são
opcionais:

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RS-485
❑ Os sinais na RS485 são flutuantes e os dados são transmitidos
sobre uma linha com sinal positivo e uma linha com sinal
negativo:
✓ O receptor do RS485 compara a diferença de tensão entre as
linhas, ao invés de considerar o nível de tensão absoluta do sinal
✓ Isto previne a existência de loops de terra, uma fonte comum de
problema em comunicações
✓ No cabo reto, todo o ruído de corrente flui na mesma direção,
praticamente gerando o famoso looping de corrente exatamente
como acontece em um transformador comum. Por outro lado,
quando o cabo é de par trançado, podemos perceber que em
algumas partes do cabo de sinal, a direção do ruído é oposta à
direção do sinal em outras partes. Por conta disto, o resultado da
corrente induzida por ruído é em vários fatores muito menor do
que no cabo reto
✓ A fim de blindar as interferências, o melhor resultado é atingido
torcendo os cabos condutores dos sinais positivos e negativos
✓ A blindagem, que é um método comum para prevenir ruídos, tenta
manter campos magnéticos hostis longe dos sinais de linha

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RS-485
❑ Cabos com par trançado na RS485 no entanto, adicionam o fator
imunidade que é um método muito melhor de combater o ruído,
pois permite que o campo magnético passe sem ser perigoso
❑ Sinais diferenciais (+ e -) e cabos trançados permitem que a
RS485 se comunique a distâncias muito maiores do que as
alcançadas com a sua predecessora RS232
❑ O fato dos sinais serem transmitidos em linhas diferenciais
permitiram também altas taxas de transmissão de bits do que era
anteriormente possível

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Rede Local

❑ A necessidade de interligação de vários equipamentos


“inteligentes” (IED), sejam eles CLPs ou computadores, fez
desenvolver-se o conceito de redes locais

❑ As redes locais tem aplicações em diversas áreas como automação


de escritórios, comercial, bancária e industrial, com requisitos
próprios para cada área
❑ Uma rede local industrial deve possuir as seguintes características:
✓ Capacidade para suportar controle em tempo real
✓ Alta integridade dos dados através de detecção de erro
✓ Alta imunidade a ruído
✓ Alta confiabilidade em ambiente desfavorável
✓ Adequação a grandes instalações

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Rede Local

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Rede Local
✓ A fim de permitir os tempos máximos definidos de aquisição,
controle e processamento dos dados, é necessário adequar os
tempos de varredura e a capacidade de memória dos vários
integrantes da rede e dos CLPs a ela acoplados
✓ Em muitos casos é importante adoção de equipamentos de
rede especiais para ambiente com “ruído eletromagnético”. Em
subestações de transmissão de energia elétrica recomenda-se
equipamentos da RuggedCom ou Garrett
✓ Os cabos de rede devem possuir blindagem eletromagnética e
ser preferencialmente da classe 6A. A distância máxima pode
variar de 100 m até próximo de 200 m dependendo do tipo de
cabo utilizado e das condições de instalação do mesmo
✓ Em alguns casos é possível utilizar redes em fibra ótica, fato
que permite alcançar distâncias maiores e melhores taxas de
comunicação, bem como utilizar comunicação wireless
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Rede Local

✓ A rede deve prover as seguintes funções:


• Comunicação entre o CLP e outros centralizadores (um
outro CLP, computador, etc)
• Transferência de dados de um terminal ou computador a
qualquer CLP (vice-e-versa)
• Operação de leitura/escrita de valores de registros de E/S
de qualquer CLP
• Monitoração de estado do CLP e controle de sua operação

✓ A topologia de uma rede define como os nós (no caso, os


CLPs, computadores, terminais, etc.) estão conectados à
mesma. A rede se apresentar de 3 formas: Estrela,
Barramento e Anel, onde os fatores desempenho do fluxo de
dados, custos de implementação e confiabilidade, variam com
o uso de uma ou outra configuração, sendo muitas vezes
utilizada uma composição das mesmas

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Fibra Ótica
❑ As fibras óticas podem ser utilizadas em aplicações onde existe
alto índice de interferência eletromagnética ou com o objetivo de
se aumentar o comprimento máximo do barramento,
independente da velocidade de transmissão
❑ Um sistema de transmissão com fibra ótica consiste em três
elementos: um dispositivo que gera a luz, um dispositivo que
detecta esta luz e um meio de transmissão por onde a luz irá
trafegar. No momento da transmissão dos dados, um pulso de luz
indica bit 1 e a ausência de luz, indica bit 0 (zero)
❑ Este meio de transmissão pode trabalhar com uma velocidade de
até 50 Tbps, porém, para uso em redes industrias, esta
velocidade é limitada em 1 Gbps (difícil converter sinais elétricos
em óticos acima desta velocidade)
❑ Existem dois tipos de fibra ótica:
✓ Multimodo
✓ Monomodo

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Fibra Ótica
❑ As fibras multimodo são utilizadas em distâncias de até 10 km
(mais comum entre 2 e 3 km) com velocidade de 100 Mbps.
Empregadas em LAN
❑ A fonte gera vários raios de luz simultaneamente
❑ Elas possuem núcleos maiores que 50 micrômetros de
diâmetro e, transmitem luz infravermelha a partir de diodos
emissores de luz (600 a 850 nanômetros). O comprimento de
onda do infravermelho é de 850 a 1300 nanômetros
❑ São mais baratas e o núcleo mais espesso demanda uma precisão
menor nas conexões, o que torna a instalação mais simples, mas,
em compensação, a atenuação do sinal luminoso é muito maior

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Fibra Ótica
❑ As fibras monomodo são utilizadas em distâncias de até 100 km
com velocidade de 1 Gbps. Empregadas em WAN
❑ A fonte (laser) gera um único raio de luz
❑ Elas têm núcleos pequenos, menores que 10 micrômetros de
diâmetro e, transmitem luz laser infravermelha (comprimento de
onda de 1300 a 1550 nanómetros). O alinhamento do núcleo nas
emendas é mais complexo
❑ O pequeno diâmetro do núcleo das fibras monomodo faz com
que a luz se concentre em um único feixe, que percorre todo o
cabo com um número relativamente pequeno de reflexões. O
diâmetro do núcleo é tão pequeno que não existe dispersão modal

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