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PARA O ENEM

SUMÁRIO

Expressões numéricas;

Conjuntos numéricos;

As 4 operações básicas (adição, subtração, multiplicação e divisão);

Frações;

Porcentagem;

Dízimas periódicas;

Notação Científica; JOÃO GUI


STUDIES
Múltiplos, Divisores:

Fatoração;

MDC e MMC;

Potenciação;

Radiciação;

Progressões (PA e PG);

Grandezas e Unidades de Medidas.

Média, moda e mediana:


EXPRESSÕES NUMÉRICAS
?
DEFINIÇÃO Agora que não há nenhuma operação entre
parênteses, vamos buscar eliminar os
As expressões numéricas são grupos numéricos colchetes. Dentro deles, é importante
calculados por operações matemáticas (adição, respeitar a ordem de prioridade das
subtração, multiplicação, divisão, etc.) que seguem operações, começando, então, nesse caso,


determinadas ordens. pela radiciação.
{[2 + 9 : 3 – 4 + 9] : 4}²
As expressões numéricas são grupos numéricos {[2 + 9 : 3 – 2 + 9] : 4}²
calculados por operações matemáticas (adição,
subtração, multiplicação, divisão, etc.) que seguem Ainda com o objetivo de eliminar o colchete,
determinadas ordens. realizaremos agora a divisão, já que ela
possui prioridade em relação à adição e
Ordem de preferência para resolução: subtração.
{[2 + 9 : 3 – 2 + 9] : 4}²
• 1°: solucionar todas as operações dentro {[2 + 3 – 2 + 9] : 4}²
dos parênteses. ()
• 2°: solucionar todas as operações dentro Para eliminar o colchete, calcularemos as
dos colchetes. [] adições e a subtração, na ordem em que
essas operações aparecem.
• 3°: solucionar todas as operações dentro
das chaves. {} JOÃO GUI {[2 + 3 – 2 + 9] : 4}²
Ordem das operações: STUDIES {[5 – 2 + 9] : 4}²
{[3 + 9] : 4}²
Devemos resolver as operações que
aparecem em uma expressão numérica, na {12 : 4}²


seguinte ordem: Agora que eliminamos o parêntese, por fim,
1º) Potenciação e Radiciação aⁿ vamos eliminar as chaves, e, para isso, vamos
2º) Multiplicação e Divisão x ÷ calcular a divisão:
3º) Soma e Subtração + -
Se a expressão apresentar mais de uma
{12 : 4}²
operação com a mesma prioridade, deve-se 3²
começar com a que aparece primeiro (da Por fim, só nos resta calcular a potência:
esquerda para a direita).

Passo a passo para resolver 9
expressões numéricas:
Exemplo:

{[2 + (5 + 4) : 3 – √4 + 9] : 4}² Agora que sabemos a ordem dos sinais e


operações, vamos solucionar as expressões
Para calcular a expressão quando ela possui numéricas abaixo:
símbolos, começamos sempre resolvendo as
operações que estão dentro do parêntese.


{[2 + (5 + 4) : 3 – 4 + 9] : 4}²
{[(8 . 4 + 3) ÷ 7 + (3 + 15 ÷ 5) . 3] . 2 – (19 – 7) ÷ 6} . 2 + 12 = ?

{[2 + 9 : 3 – 4 + 9] : 4}²
EXPRESSÕES NUMÉRICAS
Resolve-se, primeiramente, todas as Resolve-se a multiplicação dentro dos
operações com parênteses, pois não há colchetes:
potenciação ou radiação:
[3 + 12 ] : 5 =
{[(32 + 3) ÷ 7 + (3 + 3) . 3] . 2 – 12 ÷ 6} . 2 + 12 = Elimina-se os colchetes e, em seguida, efetua-
Repete-se as operações dentro do se a divisão:
parênteses: 15 : 5 = 3
{[35 ÷ 7 + 6 . 3] . 2 – 2} . 2 + 12 =
Efetua-se as operações dentro dos colchetes:
Rascunho
{[5 + 18] . 2 – 2} . 2 + 12 =
Elimina-se os colchetes e, em seguida,
desenvolve-se as operações dentro das
chaves:
{23 . 2 – 2} . 2 + 12 =
{46 – 2} . 2 + 12 =
Elimina-se as chaves e, em seguida, resolve-
se a multiplicação e soma: JOÃO GUI
44 . 2 + 12 = STUDIES
88 + 12 =
Portanto, o resultado final é 100.

Dado a expressão

[(5² - 6.2²).3 + (13 – 7)² : 3] : 5


Primeiro resolve-se as potências e as
operações dentro dos parênteses:

[(25 – 6.4).3 + 6²: 3]: 5 =


Efetua-se a multiplicação dentro dos
parênteses:

[(25 – 24).3 + 36 : 3 ] : 5 =
Elimina-se os parênteses e realiza-se a
divisão dentro dos colchetes:

[1.3 + 12] : 5 =
CONJUNTOS NUMÉRICOS
Os conjuntos numéricos surgiram, no decorrer
da história, com as necessidades do ser
humano.
? Conjunto dos números inteiros:

DEFINIÇÃO O conjunto dos números inteiros é formado


pelos números naturais e os números
Quando esse conjunto é representado por negativos opostos a eles, ou seja, {... -3, -2, -1,
extenso, escrevemos os números entre 0, 1, 2, 3...}, e surgiu devido à necessidade de
chaves { }. Se o conjunto for infinito, irá se representar números abaixo de zero, como
possuir incontáveis números, então o para a medição de temperatura ou para as
representamos com reticências. relações comerciais.
O conjunto dos números inteiros Z é uma
Conjuntos numéricos fundamentais:
ampliação do conjunto dos números naturais,
Existem cinco conjuntos que são considerados ou seja, todos os naturais são inteiros. Além
fundamentais, pois são os mais utilizados em dos naturais, nesse conjunto, há também os
problemas e questões matemáticas: números opostos a eles.
Subconjuntos dos números inteiros:
• Naturais;
• Inteiros; Podemos formar, a partir do conjunto dos
• Racionais; JOÃO GUI números inteiros, os seguintes subconjuntos:

S T U D •I ENúmeros
S
• Irracionais;
• Reais. inteiros diferentes de zero:
conjunto dos números inteiros não nulos, ou
Conjunto dos números naturais: seja, é o conjunto dos números inteiros sem o
Denotamos pôr o conjunto dos números zero. Z ∗={…,−3,−2,1,1,2,3,…}
naturais que são:
N= {1,2,3, 4,...} • Números inteiros positivos: conjunto dos
Observe que cada elemento desse conjunto números inteiros e não negativos.
(a partir do 1) é igual à soma do seu Z += {0,1,2,3,…}
antecessor com 1. Por exemplo, 3=2+1, 4=3+1
e assim por diante. • Números inteiros positivos e diferentes de
zero: conjunto dos números inteiros positivos e
Subconjuntos dos números naturais sem o zero. Z*+ = {1,2,3,…}
• N∗ =1, 2, 3, 4, 5...— conjunto dos números
naturais não nulos, ou seja, é o conjunto dos • Números inteiros negativos: conjunto dos
números naturais sem o zero. números inteiros não positivos.
• Np=0, 2, 4, 6, 8...— conjunto dos números Z −={…,−3,−2,−1}
naturais pares.
• Ni=1, 3, 5, 7, 9...— conjunto dos números • Números inteiros negativos: conjunto dos
naturais ímpares. números inteiros negativos e sem o zero.
• N5=0, 5, 10, 15, 20...— conjunto dos Z *– = {... -5, -4, -3, -2, -1}
números naturais múltiplos de 5.
CONJUNTOS NUMÉRICOS
Conjuntos numéricos racionais:
Conjunto dos números irracionais:
O conjunto dos números racionais é formado
O conjunto dos números irracionais, denotado
por todos os números que podem ser escritos
por é aquele formado por todos os números que
como uma fração e é representado pela
não podem ser escritos em forma de frações de
letra Q.
números inteiros, ou seja, aqueles que não são
Ele é uma ampliação do conjunto dos inteiros,
racionais.
ou seja, todo número inteiro é um número
O número pi(π) é o mais famoso dos números
racional, pois os números inteiros podem ser
irracionais transcendentes. Seu valor é π =
representados como uma fração.
3,14159265358979323846… e representa a
As dízimas periódicas também são números
proporção da medida da circunferência e do
racionais, uma vez que elas podem ser
seu diâmetro.
reescritas através de frações de números
Um outro exemplo de irracional transcendente é
inteiros:
o número de Neper, representado por e, sendo
Exemplo: 0,333…
aproximadamente igual a 2,718281.
De modo geral, temos que:
Além disso, outros exemplos de números
Q= a ϵ Z e b ϵ Z∗
irracionais são todas as raízes quadradas de
O conjunto dos números racionais é igual a
números primos:
uma fração a sobre b, em que a pertence ao
É evidente que ou um número é racional ou ele é
conjunto dos números inteiros e b pertence
JOÃO GUI
ao conjunto dos números inteiros não nulos.
irracional.

Subconjuntos dos números racionais:


S T U D IES
Conjunto dos números reais:

O conjunto dos números reais nada mais é


• Q* = conjunto dos números racionais não que a união entre o conjunto dos racionais e
nulos. o conjunto dos irracionais. Sabendo que o
• Q + = conjunto dos números racionais não conjunto dos números racionais contém
negativos. também o conjunto dos números inteiros e o
• Q – = subconjunto dos números racionais conjunto dos números naturais, então todo
não positivos. número natural, inteiro, racional ou irracional
• Q *+ = subconjunto dos números racionais é também um número real. O conjunto dos
positivos. números reais é representado por R. Então
• Q *– = subconjunto dos números racionais temos que R=Q ∪
negativos. Atualmente, utilizamos o conjunto dos números
• Números racionais diferentes de zero: Q∗ reais para a maioria das situações do
• Números racionais positivos: Q+ cotidiano. As medições, os cálculos e os
• Números racionais positivos e diferentes de estudos envolvendo função implicam, na
zero: Q∗ maioria situações, os números reais. O
• Números racionais negativos: Q− conjunto dos números reais é o mais utilizado
no cotidiano, ainda que exista uma
Importante ampliação para ele, o conjunto dos números
Em relação aos subconjuntos que podem ser complexos.
formados com o conjunto dos números É bastante comum ilustrarmos R através de
racionais, é necessário ressaltar a densidade uma reta que chamamos de reta real,
dos números irracionais, pois, entre dois orientada para a direita. Isto é: tomando um
números racionais, existem infinitos números ponto qualquer na reta para indicar o
racionais e irracionais, por exemplo, entre o número 0, então os valores à direita de 0 são
0 e o 1, há 0,5; 0,25; 0,02; 0,00000001 etc. números reais positivos e à esquerda,
negativos:
CONJUNTOS NUMÉRICOS
Subconjuntos dos números reais: Conjunto dos números complexos:
Números reais diferentes de zero O conjunto dos números complexos é
• R* = conjunto dos números reais não nulos. representado pela letra C. Nesse conjunto,
Números reais positivos representamos por i, e os complexos
• R + = conjunto dos números reais não correspondem aos números escritos da forma
negativos. a + bi. O conjunto dos números complexos é
uma ampliação do conjunto dos reais, logo,
Números reais negativos todo número real é um número complexo. Além
• R – = conjunto dos números reais não dos números reais, estão presentes nesse
positivos. conjunto as raízes de números negativos, que
são números complexos, por exemplo:
Números reais positivos e diferentes de zero 2+3i
• R *+ = conjunto dos números reais positivos. ·1+2i
• R*– = conjunto dos números reais negativos. − 4i
Subconjuntos dos números complexos:
Um tipo de subconjunto dos números reais muito
trabalhado é o intervalo real, que pode ser dos C* = conjunto dos números complexos não nulos.
seguintes tipos: C + = conjunto dos números complexos não
Intervalo fechado: negativos.

JOÃO GUI
C – = subconjunto dos números complexos não
positivos.
STUDIES C*+ = subconjunto dos números complexos
Intervalo aberto: positivos.
C*– = subconjunto dos números complexos
negativos.

Conjunto dos números complexos:


E há suas variações: intervalo semi-aberto (ou
semi-fechado): O conjunto dos números naturais está contido

no conjunto dos números inteiros: N Z.
O conjunto dos números inteiros está contido

no conjunto dos números racionais: Z Q.
E também aquelas envolvendo infinito: O conjunto dos números racionais está

contido no conjunto dos números reais: Q R.
O conjunto dos números reais está contido no

conjunto dos números complexos: R C.
Ou, por exemplo,
Com base nisso, temos a seguinte relação de
inclusão:
⊂⊂ ⊂⊂
N Z Q R C
Além disso, o conjunto dos números irracionais
está contido no conjunto dos números reais, mas
ele não contém nenhum dos outros conjuntos.
Como sabemos, os números reais estão contidos
no conjunto dos números complexos, então temos
que:
⊂⊂
I R C
Então podemos afirmar que o conjunto dos
números complexos contém todos os demais
conjuntos.
AS 4 OPERAÇÕES BÁSICAS
?
DEFINIÇÃO Associatividade: a ordem de mais de
duas parcelas também não altera o
As operações básicas em Matemática são os resultado, mas é necessário considerar a
processos mais elementares realizados entre regra do uso dos parênteses, que significa
números: a adição, subtração, multiplicação que deve-se iniciar a adição a partir do
e divisão. Cada uma dessas operações possui que está dentro deles.
propriedades que podem ser exploradas Ex.: 8 + (2 + 1) = 11 e (8 + 2) + 1 = 11.
para facilitar cálculos. Números negativos e positivos: os
Uma observação importante ao resolver números positivos e negativos podem ser
operações matemáticas é identificar em qual somados, mas existem algumas regras que
conjunto estão os elementos trabalhados. devem ser consideradas. Quando os
Considere que, ao longo deste texto, todos os números possuem sinais diferentes
números são reais. (negativos e positivos) o resultado
A subtração é a operação inversa da acompanhará o sinal do número maior.
adição, e a divisão é a operação inversa Ex.: (-3) + 4 = 1
da multiplicação. Já no caso de dois números negativos, o
O resultado de uma adição é a soma, e o resultado também será negativo.
resultado de uma subtração é a
Ex.: (-8) + (-7) = -15.
diferença.
O resultado de uma multiplicação é o
JOÃO GUI
produto, e o resultado de uma divisão é o S T U D Subtração
IES
quociente.
A subtração abrange a redução de um número
por outro. Os seus elementos são: minuendo,
Adição subtraendo e diferença ou resto. O (-) é o sinal
utilizado na operação. Veja o exemplo:
Na adição existe o cálculo de adicionar
números naturais a outros. Essa operação
8 (minuendo) – 2 (subtraendo) = 6 (diferença ou
matemática também é conhecida
popularmente como soma. O resultado final resto)
da adição é chamado de total ou soma e os
números utilizados são as parcelas. O As propriedades da subtração são:
operador aritmético, ou seja, o sinal que O resultado é alterado no caso de
indica o seu cálculo é o (+). Observe o mudança na ordem de apresentação dos
exemplo: valores, e nesse caso a diferença terá o
sinal trocado.
Ex.: 8 - 2 = 6 é diferente de 2 - 8 = -6.
6 (parcela) + 2 (parcela) = 8 (soma ou total)
Não existe elemento neutro.
As propriedades da adição são:
Multiplicação
Elemento neutro: zero, ou seja, qualquer
número somado a zero terá como
A Multiplicação está intimamente relacionada
resultado ele mesmo.
à adição, pois pode-se dizer que ela é a soma
Ex.: 6 + 0 = 6. de um número pela quantidade de vezes que
Comutatividade: a ordem de duas deverá ser multiplicado. O símbolo mais
parcelas não altera o resultado final. conhecido é o (x), mas muitas pessoas utilizam
Ex.: 8 + 2 = 10 e 2 + 8 = 10. o (*) ou (.) para representar essa operação. Os
nomes dados aos seus elementos são fatores e
produtos.
AS 4 OPERAÇÕES BÁSICAS
Exemplo:

4 (fator) x 4 (fator) = 16 (produto) Rascunho


Observe que o exemplo também poderia ser
representado: 4 + 4 + 4 + 4 = 16.

As propriedades da Multiplicação são:


Comutatividade: a ordem dos fatores não
altera o produto. Ex.: 4 x 2 = 8 e 2 x 4 = 8.
Associatividade: quando tem mais de dois
fatores não importa a sua ordem, pois o
resultado será o mesmo. Ex.: (3 x 5) x 2 =
30 ou 3 x (5 x 2) = 30
Distributividade: quando temos que
multiplicar e somar devemos iniciar o
cálculo pela multiplicação, mesmo que a
soma esteja dentro de parênteses. Ex.: 2 x
(3 + 3) = (2 x 3) + (2 x 3) = 6 + 6 = 12.
Elemento neutro: número 1, sendo que
qualquer número multiplicado por ele

JOÃO GUI
resultará nele mesmo.

Divisão STUDIES
Nessa operação é possível dividir dois números em
partes iguais. Essa operação tem os seguintes
elementos: dividendo, divisor, quociente e resto. O
sinal utilizado é (÷), mas podemos ver também os
sinais (/) ou (:). Observe o exemplo:
31 (dividendo) ÷ 2 (divisor) = 15 (quociente) 1 (resto)
Ao dividir 31 por 2 não temos um resultado exato,
sendo assim, temos o 15 como quociente e 1 de resto.

As propriedades da divisão são as seguintes:


A ordem dos elementos altera o resultado final,
pois não é comutativa.
Ex.: 8 ÷ 2 = 4 é diferente de 2 ÷ 8 = 0,25.
Não é associativa; na divisão os parênteses
devem ser resolvidos primeiro.
Ex.: (6 ÷ 3) ÷ 3 = 3 ÷ 3 = 1
é diferente de 6 ÷ (3 ÷ 3) = 6 ÷ 1 = 6.
Elemento neutro: número 1, ou seja, o valor
dividido por ele terá como resultado ele mesmo.
Números positivos e negativos: os sinais
interferem no resultado final, sendo assim,
quando forem iguais ele fica positivo, mas
quando forem diferentes ele ficará negativo.
Ex.: +10 ÷ +5 = +2; -10 ÷ -5 = +2; +10 ÷ -5 = -2.
FRAÇÃO
?
DEFINIÇÃO Tipos de Fração

A fração é uma representação de uma Fração própria


divisão. Na parte de cima dela, escrevemos
Quando o numerador é menor que o
quantas partes temos, e na parte de baixo,
denominador. Exemplos:
escrevemos em quantas partes o todo foi
dividido. O número de cima de uma fração é 1 5 1
conhecido como numerador, e o que está 9
2 11
embaixo é o denominador.
É possível realizar várias operações Fração imprópria
envolvendo a fração, como adição, Quando o numerador é maior que o
multiplicação, subtração e divisão. Vale denominador. Exemplos:
destacar que, de acordo com as
características que as frações possuem, elas
8 11 20
podem ser classificadas em: 5 2 18
Fração aparente
Própria; Quando a divisão entre o numerador e o
Imprópria; denominador for um número inteiro. Exemplos:
Aparente;
Mista;
JOÃO GUI 8 12 15
Equivalentes; STUDIES 8 4 3
Irredutível. Todas as três frações são aparentes, pois
sabemos que:
Conhecemos como fração a maneira de
8:8=1
representar uma quantidade por meio de
uma razão, ou seja, uma divisão, entre dois 12 : 4 = 3
números. Em uma fração, o número de cima é 15 : 3 = 5
conhecido como numerador e o número de
Quando dividimos o numerador pelo
baixo como denominador.
denominador, nos três casos, encontramos um
número inteiro como resposta.
Exemplos de fração
Fração equivalentes
1 Quando representam a mesma parte em
(Lê-se 1 sobre 5.)
5 relação ao todo, ou seja, representam a
mesma quantidade.
12
(Lê-se 12 sobre 35.)
35
29
(Lê-se 29 sobre 6.)
6
FRAÇÃO
2 4
Note que as frações 4 e 8 representam a Fração mista
mesma parte de um objeto, logo, dizemos que
É feita por um número inteiro seguido de uma
elas são equivalentes. É possível perceber
fração, então escrevemos a parte inteira e a
que, ao multiplicar o numerador e o
2 parte fracionária da quantidade. Exemplo:
denominador da fração por 2,
4
4 3
encontraremos a fração 8 . 2
Dada uma fração, existem infinitas frações
5
equivalentes a ela, e para encontrá-las,
3
Essa fração representa 2 inteiros e
basta multiplicar o numerador e o 5
denominador pelo mesmo número. Fração decimais

Frações irredutíveis Chamamos de frações decimais aquelas cujo


denominador é uma potência de 10, ou seja, é
Quando não há nenhum número que divide o
igual a 10 ou 100 ou 1000 e assim por diante.
numerador e o denominador ao mesmo tempo.
Alguns exemplos de frações decimais são:
Dada uma fração, quando é possível dividir o
numerador e o denominador por um mesmo 3 15 4 277
número, o resultado é uma fração equivalente,
10 100 1000 10000
JOÃO GUI
logo, para escrevê-la na forma mais simples
possível, dividimos o numerador e o
STUDIES
denominador por um mesmo número, até que
não exista nenhum número que os divida ao
Como transformar as frações?
mesmo tempo. Quando isso acontece,
encontramos uma fração irredutível. Frações impróprias em mistas e vice-versa

16 Note, primeiramente, que a representação


12 consiste em um número à esquerda, parte
inteira, e uma fração própria à direita, parte
Encontraremos o menor número que divide 16 fracionária.
e 12 ao mesmo tempo, que, no caso, é o 4. Em seguida, lembre-se que a fração é uma
Assim faremos uma simplificação dessa fração representação alternativa à divisão, usaremos
dividindo por 4 tanto o numerador quanto o isso para chegar na fração mista.
denominador. Por exemplo: na fração
16 :4 4 12
=
12 :4 3 9
4 quando dividimos 12 por 9, obtemos quociente
Então a fração 3 é a forma simplificada da 1 e resto 3. Utilizaremos esses resultados para
fração anterior. Note que não há nenhum fazermos nossa fração mista, o resto ficará na
outro número diferente de 1 que divide tanto o parte da fracionária e o quociente na parte
4 quanto o 3 ao mesmo tempo, então essa inteira.
fração é irredutível.
FRAÇÃO
Outro exemplo: a fração Como reduzir frações?

45 Já notou que 20 dividido por 4 tem o mesmo


20 resultado que 40 dividido por 8?
Isso ocorre porque essas divisões são todas
Dividindo 45 por 20 obtemos quociente 2 e equivalentes a divisão de 5 por 1.
resto 5, logo, temos como resultado: Representando por frações teremos:
5 20 40 5
2 = = = 5
20 4 8 1
Frações em números decimais e vice- Todas essas frações são redutíveis até a última
versa fração que é a irredutível (não dá para
reduzi-la).
Para transformar uma fração em número Para chegar na fração irredutível devemos
decimal, basta fazer a divisão que ela reduzir a fração dada até não ser
representa. Por exemplo, a fração aritmeticamente possível.
3 Reduzir é achar os fatores comuns ao
numerador e ao denominador e simplificá-los,
5
JOÃO GUI
como no exemplo:
é a representação da divisão de 3 por 5.
40 8x5
STUDIES
Efetuando tal operação, obtemos 0,6 como
resposta. Deste modo, 8
=
8x1
=5

3 Verificamos que 8 era o fator em comum e o


= 0,6 simplificamos, sempre indo de acordo com o
5
conceito de que frações são divisões (8
O processo inverso é mais simples. Para dividido por 8 é 1). Vejamos outro exemplo:
escrever o número decimal 1,2 em forma de
24 2 x 12 2
fração, note que há apenas um número depois = =
da vírgula, neste caso, teremos como 60 5 x 12 5
denominador o número 1 seguido de um zero, Operações com frações
ou seja:
12 Soma e subtração de fração
1,2 =
10
Podemos separar a adição e a subtração de
frações em dois casos. O primeiro deles é
Nota-se que o numerador é “igual” ao número quando os denominadores são iguais, e o
decimal inicial sem a vírgula. segundo é quando eles são diferentes.
Só podemos somar/subtrair se os
denominadores forem iguais, por isso para
Do mesmo modo, 24,35 possui dois números realizar tais operações seguimos o seguinte
depois da vírgula, então o denominador da método:
fração terá dois zeros depois do 1: Calcular o MMC entre os denominadores;
Trocar os denominadores antigos pelo
2435 MMC;
24,35 = Dividir o denominador atual pelo
100
denominador anterior e multiplicar cada
numerador pelos respectivos resultados;
Somar ou subtrair os novos numeradores.
FRAÇÃO
Com denominadores iguais: Sabendo que o MMC é igual a 4igual a 40,
então multiplicaremos o numerador e o
2 5 7 7 3 2 denominador das duas frações de modo que o
+ = - =
3 3 3 5 5 5 resultado seja igual a 40.
Na primeira fração, sabemos que 40 : 5 = 8,
Com denominadores diferentes: então é necessário multiplicar o numerador e
o denominador por 8:
3 5 3x3 5x2 9 10 19
+ = + = + = 2x8 16
2 3 6 6 6 6 6 =
5x8 40
7 1 7x1 1x3 7 3 4
- = - = - = Na segunda fração, sabemos que 40 : 8 = 5,
15 5 15 15 15 15 15 então multiplicaremos o numerador e o
denominador por 5:
1º caso: denominadores iguais
3x5 15
=
Basta realizar a adição/subtração com os 8x5 40
numeradores da fração e conservar o
Agora que encontramos as frações
denominador. Exemplos:
equivalentes, com os mesmos denominadores,
1 5 5+1 6 podemos realizar a soma dos numeradores.
7
+
7
=
7
=
7 J O Ã O G U I 16 15 16 + 15 31
1 5 4-3 1 S T U D I E S 40 +
40
=
40
=
40
- = =
9 9 9 9
Exemplo 2:
11 5
+
2º caso: quando os denominadores são 20 12
diferentes
Como os denominadores são diferentes,
É necessário encontrar frações equivalentes,
calcularemos o MMC:
de forma que o denominador delas se iguale,
para isso, deve-se encontrar o mínimo múltiplo
comum (MMC) dos denominadores, como no 20, 12 2
exemplo a seguir.
10, 6 2
Exemplo 1:
5, 3 3
2 3
+ 5, 1 5
5 8
1, 1 2 2 x 3 x 5 = 60
Note que o denominador é diferente, então é
necessário encontrar o MMC entre 5 e 8. Como o MMC é 60, na primeira fração temos
que 60 : 20 = 3, logo, multiplicaremos por 3 o
5, 8 2 numerador e o denominador da primeira
5, 4 2 fração:

5, 2 2 11 x 3 33
=
5, 1 5 20 x 3 60
1, 1 2 3 x 5 = 40
FRAÇÃO
Na segunda fração, temos que 60 : 12 = 5,
então multiplicaremos o denominador e o 3 2 3x7 21
x = =
numerador por 5: 5 7 5x2 10
5x5 25
=
12 x 5 60
Agora que reescrevemos as frações com os
Rascunho
mesmos denominadores, é possível realizar a
subtração.

33 25 8
- =
60 60 60
Perceba que essa fração pode ser
simplificada dividindo por 4 o numerador e o
denominador da resposta. Assim ela ficará
irredutível:
60 : 4 2
=
8 15
:4
JOÃO GUI
Multiplicação de frações STUDIES
Para multiplicar duas frações, calculamos o
produto entre os numeradores e o produto
entre os denominadores, encontrando uma
nova fração. Exemplo:

5 3 5x3 15
x = =
12 4 12 x 4 48
Perceba que, nesse caso, é possível simplificar
a fração encontrada:
15 : 3 2
=
3 :3 15

Divisão de frações
Para calcular a divisão entre duas frações,
multiplicamos cruzado, ou seja, o numerador
da primeira fração pelo denominador da
segunda, e o denominador da primeira pelo
segundo numerador. Exemplo:

Calcularemos a divisão

3 2
:
5 7
PORCENTAGEM
?
DEFINIÇÃO Suponha que uma turma de 20 alunos de um
sexto ano possua exatamente 10 alunas do
Porcentagem é uma razão entre dois números sexo feminino. O percentual de alunas do
com base 100. Seu símbolo principal é %. sexo feminino, nesta turma, é de 50%. Existem
Podemos representar uma porcentagem ou diversas formas de determinar essa taxa, uma
uma taxa percentual de três maneiras distintas, delas é escrever a razão entre o número de
sem qualquer perda de valor. Por exemplo, alunas e o total de alunos na turma (o número
dada a porcentagem 10%, podemos realizar total sempre será o denominador dessa
sua leitura como 10 porcento, o que equivale a fração) e encontrar a fração equivalente a
10 por cem ou à fração , que, por sua vez, é ela com denominador igual a 100.
equivalente a 0,1, pois, dividindo o numerador
pelo denominador, encontramos o quociente 10 x 5 = 50
0,1. Em resumo, podemos afirmar que: 20 x 5 = 100
10% = 10 = 0,1 Outro método é usar regra de três. Para isso,
100 lembre-se de que o valor total sempre será
igual a 100%.

JOÃO GUI
Analogamente, temos outros exemplos de Ainda podemos fazer certas associações
porcentagens: para tentar descobrir “de cabeça” algumas

50% = 50 = 0,5 STUDIES porcentagens mais fáceis. Na porcentagem


acima, note que exatamente metade da
100 turma é composta por alunas. Assim, metade
22% = 22 = 0,22 dos 100% dessa turma é feminina, o que
100 corresponde, portanto, a 50%.

30% = 30 = 0,3 Regra de três e porcentagem


100
A melhor forma de determinar uma
0,5% = 0,5 = 0,005 porcentagem, ou de encontrar um número
100 que foi relacionado a uma porcentagem, é
usando regra de três. Para isso, basta
lembrar-se de que o valor total sempre é
Representação percentual igual a 100%.
Exemplo: queremos descobrir qual é a
Nas porcentagens, 0% indica nada e 100%
porcentagem de pessoas que prefere sorvete
indicam a totalidade. Por exemplo, 100% dos
de morango e, em nossa pesquisa, de 250
alunos de uma turma de sexto ano do ensino
pessoas entrevistadas, 150 disseram gostar
fundamental têm mais de cinco anos de
desse sabor. Para descobrir a porcentagem
idade. Entretanto, 0% dos alunos dessa
de pessoas que responderam gostar do
mesma turma têm mais de 20 anos de idade.
sorvete com sabor de morango, basta fazer:
O uso correto das porcentagens envolve, de
certa forma, a comparação entre
quantidades. Portanto, para saber qual é a 150 = x
taxa percentual de determinado número, é
preciso saber dentro de que população esse 250 100
número se encontra e qual o total de
elementos dessa população.
PORCENTAGEM
x é a porcentagem que queremos descobrir e Rascunho
relaciona-se a 150 pessoas. 250 é o total de
pessoas e está relacionado a 100%. Utilizando
a propriedade fundamental das proporções,
teremos:

250x = 150·100
250x = 15000
x = 15000
250
x = 60

A porcentagem ou taxa percentual de


pessoas que gostam de sorvete de morango é
60%.
JOÃO GUI
Por outro lado, suponha que 20% das pessoas

STUDIES
entrevistadas disseram gostar de sorvete de
chocolate. Quantas pessoas preferem esse
sabor?
Também usaremos regra de três para resolver
esse tipo de problema. Lembrando que 250
pessoas são equivalentes a 100% dos
entrevistados dessa pesquisa:

20 = x
100 250
100x = 20·250
100x = 5000
x = 50

Portanto, 50 pessoas gostam de sorvete de


chocolate.
DÍZIMAS PERIÓDICAS
?
DEFINIÇÃO Dízima periódica simples

As dízimas periódicas são números que têm É considerada assim quando possui somente
parte decimal periódica e infinita. Ao parte inteira e o período, que vem depois da
representar uma dízima periódica na sua vírgula.
forma decimal, a sua parte decimal é infinita Exemplo 1: 2,444…
e sempre possui um período, ou seja, um

2 parte inteira
número que se repete de forma contínua.
Uma dízima periódica pode ser representada →
4 período
na forma de uma fração. Quando dividimos o
numerador de uma fração pelo denominador, Exemplo 2:
encontramos a representação decimal do 0,14141414…
número, se essa representação decimal for

0 parte inteira
uma dízima periódica, a fração é conhecida
como fração geratriz da dízima. →
14 período
Existem dois tipos de dízimas periódicas, as

→ parte inteira
Exemplo 3:
simples, quando existe somente o período na
5
43 → período
parte decimal, e as compostas, quando a sua

JOÃO GUI
parte decimal tem período e o antiperíodo.

S T U D Dízima
Representação da dízima periódica I E Speriódica composta
É considerada assim quando tem um
Quando um número tem infintas casas antiperíodo, ou seja, uma parte não
decimais, existem maneiras diferentes de periódica depois da vírgula.
representá-lo. Além da representação em
fração, a representação decimal de uma Exemplo 1:
dízima periódica pode ser feita de duas
2,11595959…
maneiras. Em uma delas colocamos
reticências ao final do número, na outra, →
2 parte inteira
colocamos uma barra acima do período da →
11 antiperíodo
dízima, ou seja, a barra fica acima dos
números que se repetem no período. Exemplo 2:

59 período

12,003333…

12 parte inteira

00 antiperíodo
Tipos de dízima periódica Exemplo 3: →
3 período

Existem dois tipos de dízima periódica, a


0 → parte inteira
43 → antiperíodo
simples, quando em sua parte decimal existe

98 → período
apenas o período, e a composta, quando a
sua parte decimal é composta pelo período
e pelo antiperíodo.
DÍZIMAS PERIÓDICAS
Fração geratriz Método prático para encontrar a geratriz
de dízimas periódicas simples
As dízimas periódicas são consideradas
números racionais, logo, toda dízima Utilizando o mesmo exemplo para encontrar
periódica pode ser representada por meio a dízima periódica pelo método prático,
de uma fração. A fração que representa a precisamos entender como se encontra o
dízima periódica é conhecida como fração numerador e o denominador na fração.
geratriz. Para encontrar a fração geratriz, Exemplo: 12,333…
podemos utilizar equação ou o método
prático. Encontraremos a parte inteira e o período:
Primeiro encontraremos a fração geratriz de
12 → parte inteira
3 → período
dízimas periódicas simples.

Encontre a fração geratriz da dízima 12,333…


Calculamos a diferença entre o número
1º passo: identificar parte inteira e parte composto pela parte inteira com o período e
periódica. o número formado só pela parte inteira, ou
seja:

Parte inteira: 12
Parte periódica: 3
JOÃO GUI 123 – 12 = 111
S T U D Esse
I Eserá
S o numerador da dízima.
2º passo: igualar a dízima a uma incógnita.
Para encontrar o denominador da dízima,
basta acrescentar um algarismo 9 para cada
Faremos x = 12,333… número no período. Como só há um número
no período nesse exemplo, então o
3º passo: multiplicar a dízima por 10 para denominador será 9.
que o período apareça na parte inteira. Tendo, desse modo, como fração geratriz da
(Observação: se houver dois números no dízima a fração:
período, multiplicamos por 100, se houver três, 111
por 1000, e assim sucessivamente.) x =
9
x = 12,333…
10x = 123,333…

4º passo: agora faremos a diferença entre


10x e x.

10x - x = 123,333... - 12,333...


9x = 111
x = 111
9
DÍZIMAS PERIÓDICAS
Fração geratriz de uma dízima periódica Método prático para encontrar a geratriz
composta de uma dízima composta

Quando o período é composto, encontrar a Encontraremos a fração geratriz da dízima


fração geratriz é um pouco mais trabalhoso. 5,234444… pelo método prático.
Existem também os dois métodos, ou seja,
equação ou método prático. Primeiro identificamos a parte inteira, o
antiperíodo e o período:
Vamos encontrar a fração geratriz da dízima 5 → parte inteira
5,23444…
23→ antiperíodo
1º passo: identificar parte inteira, período e 4 → período
antiperíodo.

5 parte inteira
Para encontrar o numerador, calculamos a


23 antiperíodo
diferença entre o número gerado com parte


inteira, antiperíodo e período, sem a vírgula,
4 período e o número gerado pela parte inteira e o
antiperíodo, ou seja:
2º passo: igualar a dízima a uma incógnita.
X = 5,23444... 5234 – 523 = 4711
JOÃO GUI
3º passo: agora vamos multiplicar S T 10U D Para
por I E Sencontrar o denominador, vamos
para cada número que houver no analisar primeiro o período; para cada
antiperíodo e para cada número que houver número no período, acrescentamos um 9 no
no período: denominador. Depois disso, vamos olhar o
antiperíodo; para cada número no
Antiperíodo = 23, há dois números no antiperíodo. antiperíodo, acrescentamos um 0 antes do 9.
Período = 4, há um número no período. No exemplo há apenas um número no
período (acrescentamos um 9) e dois no
X = 5,23444... antiperíodo (acrescentamos 00).
1000x = 5234,44...
Então o denominador será 900, encontrando,
4º passo: multiplicar x por 10 para cada assim, a fração geratriz da dízima:
número no antiperíodo.
Como há dois números no antiperíodo, então
4711
multiplicaremos x por 100. x =
900
x = 5,23444...
100x = 523,444…

Agora é possível calcular a diferença entre


1000x e 100x

1000x - 100x = 5234,444... - 523,444...


900x = 4711
x = 4711
900
b
NOTAÇÃO CIENTÍFICA ax10
?
DEFINIÇÃO Observação

A notação científica é uma forma de escrever Há dois casos para o expoente: ele pode ser
números usando potência de 10. É utilizada negativo ou positivo.
para reduzir a escrita de números que
apresentam muitos algarismos. O expoente será positivo se o número
Números muito pequenos ou muito grandes representava uma quantidade muito
são frequentemente encontrados nas ciências grande e a vírgula foi deslocada da
em geral e escrever em notação científica direita para a esquerda, diminuindo o
facilita fazer comparações e cálculos. valor do número.
Um número em notação científica apresenta O expoente será negativo se o número
o seguinte formato: representava uma quantidade muito
N . 10n pequena e a vírgula foi deslocada da
Sendo, esquerda para direita.
N um número real igual ou maior que 1 e
menor que 10; Exemplo:
n um número inteiro. 5.420.000.000 m

a) 6 590 000 000 000 000 = 6,59 . 10^15 J O Ã O Quando


G U I
a vírgula não aparece, ela está no
final do número, logo, ela será deslocada da
b) 0, 000000000016 = 1,6 . 10^- 11
S T U D direita
I E S para a esquerda, diminuindo o
número. Então, nesse caso, em notação
Como colocar um número em notação científica, colocaremos a vírgula entre 5 e 4,
científica? e deslocaremos 9 casas. Assim, esse número
Para a representação de um número em em notação científica será:
notação científica, é necessário seguir alguns
passos: 5,42 · 109 m
Exemplo:
1º passo: deslocar a vírgula do número, de
modo que ele se torne um número decimal 0,000.000.000.000.000.000.012 kg
com apenas um número diferente de zero
em sua parte inteira. Nesse caso, a vírgula vai ser deslocada da
2º passo: escrever o produto entre o esquerda para a direita, diminuindo o
número encontrado anteriormente e uma número, e ficará entre 1 e 2, deslocando 20
potência de base 10. casas. Como o deslocamento foi da esquerda
3º passo: contar a quantidade de casas para a direita, então o expoente será
que a vírgula deslocou para definir o negativo, assim, a representação desse
expoente da potência de base 10. número em notação científica será:

1,2 · 10 -20 kg
b
NOTAÇÃO CIENTÍFICA ax10
Operações com notação científica Rascunho
Para fazer operações entre números escritos
em notação científica é importante revisar as
operações com potenciação.
Multiplicação

A multiplicação de números na forma de


notação científica é feita multiplicando os
números, repetindo a base 10 e somando os
expoentes.
3 2 (3+2) 5
a) 1,4 . 10 x 3,1 . 10 = (1,4 x 3,1) . 10 = 4,34 . 10
-8 6 (-8+6) -2
b) 2,5 . 10 x 2,3 . 10 = (2,5 x 2,3) . 10 = 5,75 . 10

Divisão

Para dividir números na forma de notação


científica devemos dividir os números, repetir
a base 10 e subtrair os expoentes.
5 2 (5-2)
J 3O Ã O G U I
a) 9,42 x 10 : 1,2 x 10 = (9,42 : 1,2) x 10 = 7,85 x 10
-3 6 (-3-6) STUDIES
-9
b) 8,64 x 10 : 3,2 x 10 = (8,64 : 3,2) x 10 = 2,7 x 10

Soma e subtração
Para efetuar a soma ou a subtração com
números em notação científica devemos
somar ou subtrair os números e repetir a
potência de 10. Por isso, para fazer essas
operações, é necessário que as potências de
10 apresentem o mesmo expoente.
8 8 8 8
a) 3,3 . 10 + 4,8 . 10 = (3,3 + 4,8) . 10 = 8,1 . 10
3 3 3 3
b) 6,4 . 10 - 8,3 . 10 = (6,4 - 8,3) . 10 = - 1,9 . 10
MÚLTIPLOS E DIVISORES
?
DEFINIÇÃO Exemplo:

Os conceitos de múltiplos e divisores de um Ao realizar a divisão de 525 por 8, obtemos


número natural estendem-se para o conjunto quociente q = 65 e resto r = 5. Assim, temos o
dos números inteiros. Quando tratamos do dividendo N = 525 e o divisor d = 8. Veja que
assunto múltiplos e divisores, referimo-nos a as propriedades são satisfeitas, pois (525 – 5
conjuntos numéricos que satisfazem algumas + 8) = 528 é divisível por 8 e:
condições. Os múltiplos são encontrados após
a multiplicação por números inteiros, e os 528 = 8 · 66
divisores são números divisíveis por um certo Números Primos
número.
Devido a isso, encontraremos subconjuntos Os números primos são aqueles que possuem
dos números inteiros, pois os elementos dos como divisor em sua listagem somente o
conjuntos dos múltiplos e divisores são número 1 e o próprio número. Para verificar se
elementos do conjunto dos números inteiros. um número é primo ou não, um dos métodos
Para entender o que são números primos, é mais triviais é fazer a listagem dos divisores
necessário compreender o conceito de desse número. Caso apareça números a mais
divisores. que 1 e o número em questão, este não é
primo.
JOÃO GUI
Propriedade dos múltiplos e divisores

Essas propriedades estão STU


relacionadas à D I E S
Verifique quais são os números primos
entre 2 e 20. Para isso, vamos fazer a lista
divisão entre dois inteiros. Observe que dos divisores de todos esses números entre
quando um inteiro é múltiplo de outro, é 2 e 20.
também divisível por esse outro número.
Considere o algoritmo da divisão para que D(2) = {1, 2}
possamos melhor compreender as D(3) = {1, 3}
propriedades. D(4) = {1, 2, 4}
N = d · q + r, em que q e r são números
D(5) = {1, 5}
inteiros.
D(6) = {1, 2, 3, 6}
Lembre-se de que N é chamado de D(7) = {1, 7}
dividendo; d, de divisor; q, de quociente; e r, D(8) = {1, 2, 4, 8}
de resto. D(9) = {1, 3, 9}
D(10) = {1, 2, 5, 10}
Propriedade 1: A diferença entre o
dividendo e o resto (N – r) é múltipla do D(11) = {1, 11}
divisor, ou o número d é divisor de (N – r). D(12) = {1, 2, 3, 4, 6, 12}
D(13) = {1, 13}
Propriedade 2: (N – r + d) é um múltiplo
D(14) = {1, 2, 7, 14}
de d, ou seja, o número d é um divisor de
(N – r + d). D(15) = {1, 3, 5, 15}
D(16) = {1, 2, 4, 16}
D(17) = {1, 17}
D(18) = {1, 2, 3, 6, 9, 18}
D(19) = {1, 19}
D(20) = {1, 2, 4, 5, 10, 20}
MÚLTIPLOS E DIVISORES

Assim, os números primos entre 2 e 20 são: Como saber se um número é múltiplo de outro?
{2, 3, 5, 7, 11, 13, 17 e 19}
Para saber se um número é múltiplo de outro
Observe que o conjunto é de alguns dos
devemos dividir o múltiplo pelo número e a
primeiros primos, essa lista continua. Veja que
divisão deve ser exata (resto igual a zero).
quanto maior é o número, mais difícil torna-se
dizer se ele é primo ou não."
Os múltiplos de um número são obtidos
multiplicando o número por um fator. Este
fator, por sua vez, é também divisor do
múltiplo encontrado.
A divisão é a operação inversa da
Exemplo: multiplicação. Se 72 é divisível por 6, então
72 é múltiplo de 6.
6 é um múltiplo de 2, pois 2 x 3 = 6 Divisores de um número
2 é um divisor de 6, pois 62 = 3
Quando um número é múltiplo de outro é o
Um número é divisor do outro quando não há
mesmo que dizer que o primeiro é divisível
resto na divisão. Observe os exemplos.
pelo último. No nosso exemplo 6 é múltiplo de
JOÃO GUI
2 e, portanto, é divisível por 2, ou seja, 2 é
divisor de 6.
STUDIES
Sendo assim, os múltiplos de um número
podem ser obtidos multiplicando-o por 1, 2, 3,
4, 5… Logo, os múltiplos de um número são
infinitos.
Já os divisores de um número são aqueles
cuja divisão tem como resultado um número
inteiro, ou seja, a divisão é exata.

Múltiplos de um número Veja que na divisão de 40 por 5 não há resto,


ou seja, a divisão é exata e, portanto, 5 é
Podemos representar a fórmula geral para
divisor de 40. No outro exemplo restam 5
encontrar o múltiplo de um número como:
unidades após a divisão, então 7 não é
divisor de 40.
Onde,
Confira alguns exemplos de divisores de
b é o múltiplo
números naturais.
a é um número natural
k é um número natural qualquer

Observe a seguir o conjunto dos múltiplos de


alguns números quando k varia de 0 a 10.

Múltiplos de 2
MÚLTIPLOS E DIVISORES
Divisibilidade por 5

Os números que apresentam 0 ou 5 no


algarismo das unidades possuem o 5 como
divisor.
Rascunho

O conjunto dos divisores de um número é


finito e vai do 1 ao próprio número, ao
contrário dos múltiplos que são infinitos.
Observe que alguns números só possuem dois
divisores: 1 e o próprio número. Esses números
são chamados de números primos. São JOÃO GUI
STUDIES
exemplos de números primos: 2, 3, 5, 7, 11, 13,
17 e 19.
Para ajudar a reconhecer se um número é
divisor de outro existem os critérios de
divisibilidade. Conheça alguns a seguir.
Divisibilidade por 2

Todo número par, ou seja, terminados em 0, 2,


4, 6 e 8 possuem o 2 como divisor.

Exemplo:
20 : 2 = 10
32 : 2 = 16
44 : 2 = 22
56 : 2 = 28
68 : 2 = 34
Divisibilidade por 3

Se a soma dos algarismos de um número é


divisível por 3, então 3 é divisor do número.

Exemplo:
120 : 3 = 40 ( 1+2+0 = 3, que é divisível
por 3)
2451 : 3 = 817 (2+4+5+1 = 12, que é
divisível por 3)
65283 : 3 = 21761 (6+5+2+8+3 = 24, que
é divisível por 3)
FATORAÇÃO
Propriedades Distribuitivas ?
DEFINIÇÃO
a • x + a • y = a • (x + y)
Uma maneira muito fácil de se visualizar
operações algébricas, principalmente a
fatoração, é transformando os números em
comprimentos e áreas. Essa técnica foi muito
Quadrado da Soma utilizada pelos gregos. Um exemplo simples é
2 2 2 o seguinte:
(a + b) = a + 2 • a • b + b
Visualização do quadrado perfeito
(a+b)2=a2+2⋅a⋅b+b2

Quadrado da Diferença
2 2 2
(a - b) = a - 2 • a • b + b

Diferença de Quadrados JOÃO GUI


2 2
a - b = (a + b) • (a - b)
STUDIES

Cubo da Soma
3 3 2 2 3
(a + b) = a + 3 • a • b + 3 • a • b + b
Perceba que área do quadrado grande
(vermelho) pode ser vista como a soma das
várias áreas menores.

Cubo da Diferença Área do quadrado vermelho: b2


3 3 2 2 3
Área do quadrado rosa: a⋅b
(a - b) = a - 3 • a • b + 3 • a • b - b Área do quadrado verde: a⋅b
Área do quadrado marrom: a2
Área do quadrado grande: (a+b)⋅(a+b)=
(a+b)2.

Soma de Cubos
Portanto, temos facilmente a fórmula do
3 3 2 2 quadrado perfeito:
a + b = (a + b) • (a - a • b + b)

(a+b)2=a2+2⋅a⋅b+b2

Diferença de Cubos
3 3 2 2
a - b = (a - b) • (a + a • b + b)
MDC
?
DEFINIÇÃO 45 3
15 3
O máximo divisor comum, mais conhecido
como MDC, é o maior número que divide dois 5 5
ou mais números. Encontrar o MDC ajuda a 1 3 X 3 X 5 = 45
resolver algumas situações-problema do
nosso cotidiano. Para calculá-lo, podemos
escrever a lista de divisores de cada um dos 2º passo: conhecendo as fatorações, vamos
números e comparar ou podemos usar o encontrar cada um dos fatores em comum
método de decomposição desses números em desses números.
fatores primos, também conhecido como
decomposição simultânea. 36 = 2 · 2 · 3 · 3
Como calcular o MDC? 45 = 3 · 3 · 5
O máximo divisor comum entre dois ou mais 3º passo: determinar o MDC, que é o produto
números, como o nome sugere, é o maior (multiplicação) dos fatores que eles possuem
divisor que divide simultaneamente esses em comum.
números. Para calcular o MDC, é bastante
comum que se recorra à fatoração, que
facilita o processo, mas podemos
MDC (36, 45) = 3 · 3
JOÃO GUI
simplesmente comparar os divisores dos MDC (36, 45) = 9
números envolvidos.
S T U D Isso
I E significa
S que o maior número que é
Método da comparação
divisor de 36 e de 45 ao mesmo tempo é o 9.
Exemplo:
Decomposição simultânea
Encontre o MDC de 18 e 12.
Por comparação, vamos escrever os divisores O caminho mais rápido para encontrar o
de 18 e os divisores de 12. MDC entre dois números é a decomposição
simultânea, conhecida também como
D(18) = {1,2,3,6,9,18} fatoração simultânea. Diferentemente do que
D(12)= {1,2,3,4,6,12} fizemos na decomposição anterior, vamos
decompor ao mesmo tempo os números para
os quais desejamos calcular o MDC.
Existem alguns divisores em comum, que são
os números {1,2,3,6}. O MDC é o maior deles. Exemplo:
MDC (12,18) = 6
Acontece que escrever os divisores dos Calcule o MDC de (48, 84).
números pode tornar-se uma tarefa bastante
trabalhosa, por isso uma alternativa é usar a 1º passo: realizar a decomposição de ambos
decomposição em fatores primos. os números e encontrar os fatores que os
dividem simultaneamente.
Exemplo:
48, 84 2
Encontre o MDC entre 45 e 36.
1º passo: decompor cada um dos números. 24, 42 2
36 2 12, 21 2
18 2 6, 21 2
9 3 3, 21 3
3 3 1, 7 7
1 2 X 2 X 3 X 3 = 45 1, 1
MDC
2º passo: realizar a multiplicação entre os
fatores em comum.
Rascunho
MDC (48,84) = 2 · 2 · 3 = 12

Propriedades do MDC

No cálculo do MDC, existem alguns casos em


que não há necessidade de se realizar a
decomposição, pois, se conhecermos a
propriedade, já sabemos qual é o MDC.

1ª propriedade

O MDC entre dois números consecutivos é


sempre igual a 1.

Exemplo:

MDC (102, 103) = 1


Quando isso acontece, dizemos que os
números são primos entre si, pois eles não
possuem nenhum fator em comum. JOÃO GUI
2ª propriedade STUDIES
Quando temos dois ou mais números e um
deles é divisor dos demais, então ele será o
MDC.

Exemplo:

MDC (4,12,16 )
Sabemos que o 4 é divisor de 12 e de 16,
então:

MDC(4,12,16) = 4
MMC
?
DEFINIÇÃO Exemplo:

O mínimo múltiplo comum, conhecido também MMC (12, 15)


como MMC, é o menor número inteiro Vamos escrever a lista de múltiplos de cada
diferente de zero que é múltiplo de dois ou um dos números até encontrar o primeiro
mais números ao mesmo tempo. Para calculá- múltiplo em comum entre eles que seja
lo, podemos fazer a lista dos múltiplos de diferente de zero.
cada um dos números até encontrar o
primeiro múltiplo em comum, ou realizar as
divisões sucessivas dos dois números
M (12) = {0, 12, 24, 36, 48, 60…}
simultaneamente e multiplicar os quocientes. M(15) = {0,15, 30, 45, 60….}
Múltiplo comum
Perceba que o 60 é múltiplo tanto de 12
Quando temos dois ou mais números inteiros quanto de 15, sendo, portanto, um múltiplo em
positivos, é possível listar os múltiplos desses comum. Existem mais múltiplos em comum
números. Ao realizarmos essa listagem, vamos entre 12 e 15, mas nosso interesse é encontrar
perceber que existem mais de um múltiplo em o menor deles, que no caso é o 60. Desse
comum, ou seja, múltiplos que aparecem ao modo, temos que:
mesmo tempo em todas as listas desses
números dados. Veja o exemplo. MMC (12,15) = 60
Exemplo: JOÃO GUI
SdosT U D OPrimeiramente
Listagem dos 10 primeiros múltiplos I E outro
S método é a fatoração.
realizamos divisões sucessivas
números 2, 8, 10. para encontrar os fatores desses números e,
em seguida, multiplicamos esses fatores.
M (2) = {2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20, ...} 15, 12 2
M (8) = {8, 16, 24, 32, 40, 48, 56, 64, 72, 80, ...}
15, 6 2
M (10) = {10, 20, 30, 40, 50, 60, 70, 80, 90, 100, ...}
15, 3 3
Podemos ver mais de um múltiplo comum 5, 1 5
entre os números. Perceba que, entre os M (2) 1, 1 2 X 2 X 3 X 3 = 45
e M (8), temos em comum os números 8, 16, Exemplo:
24...; entre M (2) e M (10), temos os números
10, 20, 30, ...; entre M (8) e M (10), temos os MMC (48, 84)
números 40, 80, ... Método 1:

Esses números são chamados de múltiplos M(48) = {0, 48, 96, 144, 192, 240, 288, 336 ...}
comuns. M(84)= {0, 84, 169, 252, 336...}
Como calcular o MMC
Então, o MMC (48, 84) = 336.
Para encontrar o MMC de dois números, há
vários métodos, mas dois são mais usuais. O Método 2: 48, 84 2
primeiro deles é a comparação dos múltiplos
de cada um dos números. Escrevemos a lista 24, 42 2
de múltiplos de cada um deles até encontrar 12, 21 2
um que seja comum aos dois números. Esse 6, 21 2
processo pode ser interessante para números
pequenos, mas se torna cada vez mais
3, 21 3
trabalhoso quando o número é maior. 1, 7 7
1, 1 2 X 2 X 2 X 2 x 3 x 7 = 336
MMC
Propriedades do MMC
Rascunho
Existem algumas propriedades importantes
do MMC que podem facilitar, quando
aplicadas, as operações.

1ª propriedade

Quando dois números são primos entre si, ou


seja, não possuem nenhum número diferente
de 1 que divida os dois ao mesmo tempo, o
MMC desses números é o produto entre eles.
Exemplo:

MMC (14, 9)
Note que os divisores de 14 são D(14) ={1,2,7},
e os divisores de 9 são {1,3}. Sendo assim, não
existe nenhum divisor em comum entre esses
números, logo:

MMC (14,9) = 14 × 9 JOÃO GUI


STUDIES
2ª propriedade

Quando o maior número é divisível pelo


menor, então o MMC é o maior deles.

Exemplo:
MMC (6, 18)
M (6) = {0, 6, 12 , 18...}
M(18) = {0, 18 ….}
MMC (6, 18) = 18
n
POTENCIAÇÃO a
?
DEFINIÇÃO Cálculo de potências

A potenciação é uma operação matemática Para encontrar o valor de uma potência,


que representa a multiplicação sucessiva de precisamos realizar as multiplicações como nos
um número por ele mesmo. Ao multiplicar o 3 exemplos a seguir:
por ele mesmo 4 vezes, isso pode ser a) 3²= 3 · 3 = 9
representado pela potência 3 elevada a 4: b) 5³= 5·5·5 = 125
34. c) 106 = 10 · 10 · 10 · 10 · 10 · 10 = 1 000 000
Essa operação possui propriedades
importantes que facilitam o cálculo das Tipos de potência
potências. Assim como a multiplicação possui
Existem alguns tipos específicos de potência.
a divisão como operação inversa, a 1º caso – Quando a base for diferente de
potenciação possui a radiciação como zero, podemos afirmar que todo número
operação inversa. elevado a zero é igual a 1.
Cada elemento da potenciação recebe um
nome específico: a) 100=1
b) 12930=1
c
a=b c) (-32)0=1
d) 80=1
a→ base J O Ã O G2ºUcasoI - Todo número elevado a 1 é ele
n→ expoente S T U D I Emesmo.
S
b→ potência
Como ler uma potência? a) 9¹ = 9
b) 12¹ = 12
Saber ler uma potência é uma tarefa
c) (-213)¹= - 213
importante. A leitura é sempre feita
d) 0¹ = 0
começando pelo número que está na base
elevado ao número que está no expoente,
3º caso - 1 elevado a qualquer potência é
como nos exemplos a seguir: igual a 1.
Exemplo:
a) 1²¹ = 1
a) 4³ → Quatro elevado a três, ou quatro
b) 1³ = 1
elevado à terceira potência, ou quatro
elevado ao cubo. c) 1500=1
b) 3^4 → Três elevado a quatro, ou três
elevado à quarta potência. 4º caso - Base de uma potenciação

c) (-2)¹ Menos dois elevado a um, ou menos negativa. Quando a base é negativa,
separamos em dois casos: quando o
dois elevado à primeira potência.
d) 8²→ Oito elevado a dois, ou oito elevado expoente for ímpar, a potência será
negativa; quando o expoente for par, a
à segunda potência, ou oito elevado ao
resposta será positiva.
quadrado.

As potências de expoente 2 podem ser


a) (-2)³ = (-2) · (-2) · (-2) = - 8
Note que o expoente 3 é ímpar, logo a
chamadas também de potências elevadas ao
potência é negativa.
quadrado, e as potências de grau 3 podem
ser chamadas de potências elevadas ao
b) (-2)4= (-2) · (-2) · (-2) · (-2) = 16
Note que o expoente 4 é par, por isso a
cubo, como nos exemplos anteriores.
potência é positiva.
n
POTENCIAÇÃO a
Potência com expoente negativo 3ª propriedade

Para calcular a potência com expoente Potência de potência


negativo, escrevemos o inverso da base e Ao calcular a potência de uma potência,
trocamos o sinal do expoente. podemos conservar a base e multiplicar os
expoentes.

1
()
-2 2 Exemplo:
a) 4 =
4
a) (5²)³ = 52x3 = 5 6
b) (-3) = (- )
1
-3 3
b) (3 5) 4 = 3 5x4 = 3 20
3

c) ( ) = ( )
4ª propriedade
5 7
-6 6
Potência de um produto
7 5 Quando há uma multiplicação de dois
números elevada a um expoente, podemos
elevar cada um desses números ao expoente.
Propriedades da potenciação
Exemplo:
Para calcular a potência com expoente
negativo, escrevemos o inverso da base e
JOÃO GUI a)(5 · 7)³ = 5³ · 7³
trocamos o sinal do expoente. STUDIES b)( 6·12)8 = 68 · 12 8
1ª propriedade
5ª propriedade
Multiplicação de potências de mesma base
Ao realizarmos uma multiplicação de Potência do quociente
potências de mesma base, conservamos a Para calcular potências de um quociente ou
base e somamos os expoentes. até mesmo de uma fração, o modo de
realizar é muito parecido com a quarta
Exemplo: propriedade. Se há uma divisão elevada a
um expoente, podemos calcular a potência
a) 2 4· 23 = 24+3 = 2 7 do dividendo e do divisor separadamente.
b) 5 3· 55· 52 = 53+5+2= 5 10
Exemplo:
2ª propriedade

Divisão de potências de mesmo base a) (8:5)³ = 8³ : 5³


Quando encontramos uma divisão de
b) (7:6)² = 7² : 6²
potência de mesma base, conservamos a
base e subtraímos os expoentes.

Exemplo:

a) 37 : 35 = 37-5 = 3 2
3 6 3-6 -3
b) 2 : 2 = 2 = 2
RADICIAÇÃO
?
DEFINIÇÃO Exemplo:

A radiciação é uma operação matemática


que possui várias aplicações, dominá-la é
√9 = 3
2
3 =9
2

importante para resolver-se problemas


envolvendo potenciação, já que essas
√16 = 2
4 4
2 = 16
operações são inversas. Propriedades da radiciação
Calcular a raiz enésima de um número x é
encontrar qual número que, elevado a n, é As propriedades da radiciação são meios
igual a x. A radiciação possui propriedades para facilitar-se o cálculo de problemas que
importantes que servem para facilitar as envolvem tal operação. Existe um total de
contas e realizar simplificações de radicais. sete propriedades, e dominar cada uma
Para realizar operações com radiciação, é delas é de grande importância para
importante o domínio de cada uma das suas resolução de problemas sobre o tema.
propriedades e compreender o significado
1ª propriedade
de cada um dos seus termos.
A raiz enésima de um número a elevado a n é
Representação de uma radiciação igual ao próprio número a, ou seja,
Para representar a raiz de um número, calculando a raiz de um número cujo o índice
utilizamos um símbolo conhecido como da raiz é igual ao expoente do radicando,
JOÃO GUI
radical (√ ), a raiz de um número qualquer é encontraremos como resposta o próprio
representada pela seguinte operação:S T U D Exemplo:
IESradicando.




radical
a radicando √a
n n
=a

b raiz

n índice
2ª propriedade

Observação: quando n = 2, chamamos de A raiz enésima do produto é igual ao produto


raiz quadrada, e, nesse caso, escrever o de duas raízes enésimas. Se o radicando for o
número 2 no índice torna-se opcional. produto entre dois números, podemos separar
como a multiplicação da raízes enésimas de
Radiciação e potenciação cada uma de suas parcelas.
Exemplo:
Para calcular-se a raiz de um número, é
fundamental entender que a radiciação é a
operação inversa da potenciação, então √a x b = √a x √b
n n n

dominar potenciação é essencial para


3ª propriedade
calcular-se a raiz de um número.
Ao escrever a raiz enésima de a e afirmar A raiz enésima de uma divisão é igual ao
que ela é igual a b, ou seja: quociente entre duas raízes enésimas. Se o
√a = b
n radicando for uma divisão entre dois números,
podemos separar como a raiz enésima do
estamos dizendo que, quando calculamos bn, dividendo, dividido pela raiz enésima do
encontramos o número representado pela divisor.
letra a. Portanto é essencial entender que


Exemplo:
quando se fala que um número é raiz enésima
de um outro número, isso significa que a raiz
a = √a
n

√b
elevada ao índice é igual ao radicando. n
n
a =
RADICIAÇÃO
4ª propriedade
Simplificação de radicais
Podemos multiplicar ou dividir (simplificar) o
Quando estamos trabalhando com um valor
índice da raiz, desde que a mesma operação
que não possui uma raiz exata, podemos
seja feita com o expoente do radicando.
fazer a simplificação desse radical. Para isso,
Exemplo: é necessário algum método para decompor o
número em fatores primos.
√a = √b
n
m
nxk
mxk
Exemplo:

Escreva na forma simplificada a raiz quadrada


de 360.
5ª propriedade
Vamos realizar a fatoração de 360 utilizando o
Quando encontramos a raiz de uma raiz, método das divisões sucessivas.
podemos multiplicar seus índices e
representar essa operação com um único

360|2 2 é o menor número primo que divide
360;
radical.

180|2 2 é o menor número primo que divide
180;
Exemplo:

√√
90|2 2 é o menor número primo que divide
n m
a =
nxm
√a 90;

45|3 3 é o menor número primo que divide
JOÃO GUI 45;

6ª propriedade S T U D I E S→
15|3
15;
3 é o menor número primo que divide


5|5 5 é o menor número primo que divide 5.
A potência de uma raiz enésima pode ser
reescrita como a raiz enésima do radicando Sendo assim, temos que 360= 2 · 2 · 2 · 3 · 3 · 5.
elevada a essa potência. Como o nosso objetivo é simplificar uma raiz
quadrada, vamos agrupar esses fatores de 2 em
Exemplo: 2, logo, podemos reescrever 360 como:


m
( a)k = √an k
360 = 2² · 2 · 3² · 5

7ª propriedade Assim, podemos reescrever a raiz de 360,


utilizaremos a primeira propriedade para
A raiz enésima pode ser transformada em simplificar a raiz quadrada, o que significa que
uma potência com expoente racional. O os termos que estão elevados ao quadrado
índice da raiz corresponde ao denominador, sairão do radical, e os que não estão
e o expoente da base corresponde ao permanecem dentro do radical:
numerador:

Exemplo:

√a = a
n m m/n
RADICIAÇÃO
Operações com radicais Multiplicação e divisão

Adição e subtração Para realizar a multiplicação, é necessário


que o índice seja o mesmo para todas as
A adição e a subtração de dois radicais são raízes. Quando isso ocorre, acabamos
operações que, muitas vezes, são feitas de recorrendo à 2ª e à 3ª propriedade. Somente
forma errada. Acontece que não podemos nesses casos é possível realizar-se a
somar ou subtrair o radical de uma raiz com operação.
o radical de outra, ainda que o índice seja o
mesmo: Rascunho

√2 + √3 ≠ √5
Na busca por não cometer esse erro, o que
deve ser feito é deixar representada a
adição como no primeiro membro da
equação. Vale lembrar que se trata de raízes.
Realizar a soma ou a subtração de duas
raízes e representá-las de forma mais simples
só é possível se estivermos falando da mesma
raiz, por exemplo:
JOÃO GUI
√2 + √2 = 2√2 STUDIES
Nesse caso sempre somaremos os
coeficientes, ou seja, o número que
acompanha a raiz, lembrando que não se
pode somar o radicando de cada uma delas.
Quando necessário, podemos simplificar as
raízes para que elas tenham os mesmos
radicandos, e aí sim realizar a operação:

√72 - √50
Sabemos que

72 = 2 · 2 · 2 · 3 · 3
72 = 2² · 2 · 3²

e também podemos reescrever o 40 como:

50 = 2 · 5 · 5
50 = 2 · 5²

Então teremos:
PROGRESSÕES (PA E PG)
?
DEFINIÇÃO Tipos de PA

De acordo com o valor da razão, as


A progressão aritmética – PA é uma
progressões aritméticas são classificadas em
sequência de valores que apresenta uma
3 tipos:
diferença constante entre números
Constante: quando a razão for igual a
consecutivos.
zero e os termos da PA são iguais.
A progressão geométrica – PG apresenta
Exemplo: PA = (2, 2, 2, 2, 2, ...), onde r = 0
números com o mesmo quociente na divisão
Crescente: quando a razão for maior que
de dois termos consecutivos.
zero e um termo a partir do segundo é
Enquanto na progressão aritmética os termos
maior que o anterior;
são obtidos somando a diferença comum ao
Exemplo: PA = (2, 4, 6, 8, 10, ...), onde r = 2
antecessor, os termos de uma progressão
Decrescente: quando a razão for menor
geométrica são encontrados ao multiplicar a
que zero e um termo a partir do segundo
razão pelo último número da sequência,
é menor que o anterior.
obtendo assim o termo sucessor.
Exemplo: PA = (4, 2, 0, - 2, - 4, ...), onde r = - 2
As progressões aritméticas ainda podem ser
Confira a seguir um resumo sobre os dois
classificadas em finitas, quando possuem um
tipos de progressões.
determinado número de termos, e infinitas, ou
Progressão aritmética (PA) seja, com infinitos termos.

J O Ã O Soma
Uma progressão aritmética é uma sequência G UdosI termos de uma PA
S T U D Aaritmética
formada por termos que se diferenciam um
do outro por um valor constante, que recebe I Esoma
S dos termos de uma progressão
é calculada pela fórmula:
o nome de razão, calculado por:
(a1 +an) . n
sn=
r = a2 - a1 2
Onde, n é o número de termos da sequência,
Onde, a1 é o primeiro termo e an é o enésimo termo.
r é a razão da PA; A fórmula é útil para resolver questões em
a2 é o segundo termo; que é dado o primeiro e o último termo.
a1 é o primeiro termo. Quando um problema apresentar o primeiro
termo e a razão da PA, você pode utilizar a
Sendo assim, os termos de uma progressão fórmula:
n . [2a1 + (n - 1) r]
aritmética podem ser escritos da seguinte sn=
forma: 2
Essas duas fórmulas são utilizadas para somar
Note que em uma PA de n termos a fórmula os termos de uma PA finita.
do termo geral (an) da sequência é:
Termo médio da PA

an = a1 + (n – 1) r Para determinar o termo médio ou central de


uma PA com um número ímpar de termos
Alguns casos particulares são: uma PA de 3 calculamos a média aritmética com o
termos é representada por (x - r, x, x + r) e primeiro e último termo (a1 e an):
uma PA de 5 termos tem seus componentes
representados por (x - 2r, x - r, x, x + r, x + a1 + an
2r). am=
2
PROGRESSÕES (PA E PG)
á o termo médio entre três números Tipos de PG
consecutivos de uma PA corresponde a média
De acordo com o valor da razão (q),
aritmética do antecessor e do sucessor.
podemos classificar as Progressões
Geométricas em 4 tipos:
Dada a PA (2, 4, 6, 8, 10, 12, 14) determine a
Crescente: com a razão q > 1 e termos
razão, o termo médio e a soma dos termos.
positivos ou, 0 < q < 1 e termos negativos;
Exemplos:
1. Razão da PA
PG: (3, 9, 27, 81, ...), onde q = 3.
r = a2 - a1 PG: (-90, -30, -15, -5, ...), onde q = 1/3
r= 4 - 2
Decrescente: com a razão q > 1 e termos
r=2
negativos ou, 0 < q < 1 e os termos
positivos;
2. Termo médio
Exemplo:
a1 + a7
am = PG: (-3, -9, -27, -81, ...), onde q = 3
2
PG: (90, 30, 15, 5, ...), onde q = 1/3
2 + 14 am = 8
am = Oscilante: a razão é negativa (q < 0) e os
2
termos são números negativos e positivos;
3. Soma dos termos
(a1 + an) . n Exemplo: PG: (3, -6, 12, -24, 48, -96, …), onde
sn = q=-2
2

JOÃO GUI
Constante: a razão é sempre igual a 1 e
(2 + 14) . 7 112
sn = = = 56 os termos possuem o mesmo valor.
2
STUDIES
2
Exemplo: PG: (3, 3, 3, 3, 3, 3, 3, ...), onde q = 1

Progressão geométrica (PG) Soma dos termos de uma PG

Uma progressão geométrica é formada A soma dos termos de uma progressão


quando uma sequência tem um fator geométrica é calculada pela fórmula:
multiplicador resultado da divisão de dois
termos consecutivos, chamada de razão
comum, que é calculada por:
Sendo a1 o primeiro termo, q a razão comum
a1
q = e n o número de termos.
a2 Se a razão da PG for menor que 1, então
utilizaremos a fórmula a seguir para
Onde, determinar a soma dos termos.
q é a razão da PG;
a2 é o segundo termo;
a1 é o primeiro termo.
Essas fórmulas são utilizadas para uma PG
Uma progressão geométrica de n termos finita. Caso a soma pedida seja de uma PG
pode ser representada da seguinte forma: infinita com 0 < q < 1 , a fórmula utilizada é:

Sendo a1 o primeiro termo, o termo geral da


PG é calculado por a1.q(n-1).
PROGRESSÕES (PA E PG)
Termo médio da PG
Resumo das fórmulas de PA e PG
Para determinar o termo médio ou central de
uma PG com um número ímpar de termos
calculamos a média geométrica com o
primeiro e último termo (a1 e an):

Dada a PG (1, 3, 9, 27 e 81) determine a


razão, o termo médio e a soma dos termos.
Rascunho
1. Razão da PG

2. Termo médio

JOÃO GUI
STUDIES

3. Soma dos termos


GRANDEZAS E UNIDADES DE MEDIDAS
?
DEFINIÇÃO A necessidade de medir e quantificar é bem
antiga e remete ao surgimento das primeiras
As unidades de medidas são formas de
civilizações. Inicialmente, cada povo tinha o
quantificar diferentes grandezas físicas. Por seu sistema de medidas e isso criava alguns
exemplo: litro (l), mililitro (ml) e decalitro problemas comerciais, pois as unidades de
(dal) são unidades de volume utilizadas nos medida variavam conforme a região.
cálculos de volume do cone e do cilindro. O cúbito, por exemplo, era uma medida
São consideradas grandezas físicas todos os utilizada pelas egípcios que consistia na
fenômenos, substâncias ou corpos que distância do cotovelo até a ponta do dedo
possam ser mensuráveis quantitativamente. médio da mão. Já o palmo tinha como
Além das unidades de comprimento, existem referência os quatro dedos da mão abertos e
outras unidades de medida que seguem o equivaliam à sétima parte do cúbito.
padrão estabelecido pelo Sistema Com a formação dos Estados Nacionais
Internacional de Unidades (SI). europeus, consequentemente, houve a
Confira os principais exemplos abaixo: instituição de um idioma nacional, criação de
um sistema monetário e também
padronização de pesos e medidas, com o
objetivo de facilitar as trocas comerciais.
Unidades Paralelamente ao evento da Revolução
de Francesa foi proposto novo tipo de
Grandezas
medida JOÃO GUI
Símbolos comprimento, baseado em medições do arco
de meridiano compreendido entre
básica STUDIES Dunquerque e Barcelona. Em 1798, esse
projeto ficou conhecido como Sistema Métrico
Decimal.
Quilogra Em 1960 foi consolidado pela 11ª Conferência
Massa kg Geral de Pesos e Medidas, o Sistema
ma
Internacional de Unidades (SI), um projeto
mais complexo e sofisticado. Na tabela do
início do texto há algumas grandezas bases e
Tempo Segundo s
suas respectivas unidades básicas.
No Sistema Internacional de Unidades, foram
definidas sete principais grandezas, sendo
Temperatura Kelvin k elas: comprimento (m), massa (kg), tempo (s),
corrente elétrica (A), temperatura
termodinâmica (K), quantidade de substância
Corrente
Ampére A (mol[12]), e intensidade luminosa (cd). A partir
elétrica dessas unidades, se derivaram as demais.

Grandezas base e unidades de medida


Substância ou
Mol mol As grandezas derivadas são originadas a
matéria
partir das grandezas fundamentais,
estabelecidas pelo SI. Cada grandeza, além
das unidades básica possuem outras unidades
Intensidade
Candela cd maiores (múltiplos) e unidades menores
luminosa (submúltiplos). Confira abaixo alguns grupos:
GRANDEZAS E UNIDADES DE MEDIDAS

Unidades de medida de comprimento Unidades de medida de massa

Nome Símbolo Valor Nome Símbolo Valor

Quilômetro km 1.000 m Quilograma kg 1.000 g

Hectômetro hm 100 m Hectograma hg 100 g

Decâmetro dam 10 m Decagrama dag 10 g

Metro m 1m Grama g 1g

Decímetro dm 0,1 m Decigrama dg 0,1 g

Centímetro cm JmO
0,01 ÃO GU I
Centigrama cg 0,01 g
STUDIES
Milímetro mm 0,001 m Miligrama mg 0,001 g

Unidades de capacidade Unidades de medida de área

Nome Símbolo Valor Nome Símbolo Valor

Quilolitro kl 1.000 l Quilômetro ² km² 1.000.000 m²

Hectolitro hl 100 l Hectômetro ² hm² 10.000 m²

Decalitro dal 10 l Decâmetro ² dam² 100 m²

Litro l 1l Metro ² m² 1 m²

Decilitro dl 0,1 l Decímetro ² dm² 0,01 m²

Centilitro cl 0,01 l Centímetro ² cm² 0,0001 m²

Mililitro ml 0,001 l Milímetro ² mm² 0,000001 m²


GRANDEZAS E UNIDADES DE MEDIDAS
Unidades de volume

Nome Símbolo Valor

Quilômetro cúbico km³ 1.000.000.000 m³

Hectômetro cúbico hm³ 1.000.000 m³

Decâmetro cúbico dam³ 1.000 m³

Metro cúbico m³ 1 m³

Decímetro cúbico dm³ 0,001 m³

Centímetro cúbico cm³ 0,000001 m³


JOÃO GUI
STUDIES
Unidades de medida de tempo
O tempo é medido a partir de diferentes unidades, em várias escalas e com diversos propósitos.

Nome Símbolo Equivale a

Mês - 28 a 31 dias

Dia d 24 h

Hora h 60 mim

Minuto min 60 s

Segundo s 1s

Microssegundo us 0,001 s
GRANDEZAS E UNIDADES DE MEDIDAS
Unidades de temperatura
As principais unidades de temperatura em graus são: Celsius, Fahrenheit, Kelvin, Rankine,
Réaumur, Romer, Newton e Delisle. As três primeiras são as mais utilizadas e para fazer o
comparativos entre elas, os pontos de fusão e ebulição da água são a base do cálculo.

Ponto de fusão da água Ponto de ebulição da água

Celsius 0º C 100º C

Fahrenheit 32 º F 212 º F

Kelvin 273,15 º K 373,15º K

Unidades de velocidade

No Brasil, a principal unidade de velocidade é km/h (quilômetros por hora) e na Inglaterra


mp/h (milha por hora). Conheça a proporção entre essas unidades:
JOÃO GUI
Referência VelocidadeS T U D IVelocidade
Normal E S Inglesa Velocidade da Luz

m/s (metro por segundo) 3,6 km/h 2,23693629 mph/h 100° C

Regras de conversão

As unidades de medida de capacidade, comprimento, massa podem ser convertidas em


múltiplos e submúltiplos através de um único método. Para fazer a conversão de uma unidade
para outra inferior, basta fazer uma multiplicação por 10, mas se objetivo é converter para outra
superior, basta fazer um divisão por 10. Exemplo:

1 km = 1 x 10 hm = 10 hm

1 mm = 1/10 cm = 0,1 cm

Já as grandezas de área e volume, cada unidade é, respetivamente, 100 (10²) e 1.000 (10³) vezes
maior que a unidade imediatamente inferior. Exemplo:

1 km² = 1 x 100 hm² = 100 hm²

1 mm³ = 1 / 1000 / 1000 dm³ = 0,000001 dm³

A conversão entre unidades de velocidade mais comum relaciona metros por segundo (m/s) com
quilômetros por hora (km/h). Para realizarmos essa conversão, basta multiplicar a velocidade
por 3,6 para transformá-la de metros por segundo para quilômetros por hora.
MÉDIA, MODA E MEDIANA
Substituindo na fórmula, teremos:
?
DEFINIÇÃO M = (x1 + x2 + x3 + … + xn) /n
M = (8+11+14+20 +27) / 5
Média, moda e mediana são dados da M = 80/5 = 16
Estatística usados para simplificar um conjunto
de informações em único elemento, que são
chamados de medidas de tendência central. Percebe-se que o quociente da média
Esses números permitem que certos valores aritmética não integra os elementos do
quantitativos sejam representados por um dado conjunto. Isso acontece porque o cálculo
central e encontrados através de conjuntos serve para encontrar a medida de
finitos e infinitos. centralidade, que reúne valores baixos e
altos.

Além disso, a soma da média com os


componentes do conjunto deve resultar em
zero. A comprovação dessa regra é dada
por:
JOÃO GUI
Média S T U D (x1
I E– M)
S + (x2 – M) + (x3 – M) + (x4 – M) +
Conhecida como média aritmética simples, é (x5 – M) =
a operação em que todos os dados de um ( 8 – 16) + (11 – 16 ) + (14 – 16 ) + (20 – 16) +
determinado conjunto são somados e (27 – 16) =
divididos pelo valor total de membros ( - 8) + ( - 5) + ( - 2) + 4 + 11 =
encontrados, ou seja: (- 15) + 15 = 0

M = (x1 + x2 + x3 + … + xn) /n
Moda

A Moda (Mo) é o valor que mais aparece


Sendo,
dentro de um conjunto quantitativo. Com isso,
para identificá-la, é necessário encontrar a
• M: média
frequência de determinados dados.
• x: os valores quantitativos
• n: quantidade de elementos do conjunto
Entre as medidas de centralidade, a moda é
uma das poucas que podem ser aplicadas em
A média entre {8, 11, 14, 20, 27}, por exemplo,
variados conjuntos (estimativas com nomes,
é feita da seguinte maneira:
cores, roupas, etc.). Para tal, basta calcular o
termo de maior presença.
• x1: 8
• x2: 11
• x3: 14
• x4: 20
• x5: 27
• n: 5, pois são cinco componentes dentro do
conjunto.
MÉDIA, MODA E MEDIANA
Como a sequência acima já apresenta formato Já o conjunto C apresenta 6 membros, ou
crescente, o próximo passo é identificar a seja, um número par. Assim, a mediana será a
idade de maior frequência: 2 jogadores têm 19 razão entre a soma de duas medidas centrais
anos, outros 2 têm 23 anos e 3 deles (3° e 4° elementos):
apresentam 21 anos.
Md = 11 +14 / 2
Portanto, a moda do time de futebol é 21 anos Md = 25/2 = 12,5
(Mo = 21).
Confirma-se que os dois elementos da
Mediana esquerda (2 e 5) são realmente menores que
A Mediana (Md) significa a medida central a mediana calculada, e os da direita são
de um conjunto de dados. O seu cálculo maiores (17 e 20).
depende de certas regras. Confira: Média, Moda e Mediana: valor ponderado

Os valores quantitativos devem ser


arrumados em ordem crescente.
Através da média aritmética simples é
Quando a quantidade de elementos
possível determinar a média ponderada (Mp)
forma um conjunto par, a mediana é o
– método que inclui os pesos dos valores
resultado da soma de duas medidas
JOÃO GUI
centrais divididas por dois, isto, é: (xm +
quantitativos.
O cálculo matemático é dado pela soma dos
xn) / 2.
Quando a quantidade de elementos
STUDIESprodutos da multiplicação de uma medida
com o seu respectivo peso e, em seguida, a
forma um conjunto ímpar, a mediana é o
divisão do resultado pela soma dos pesos.
valor que separa os lados maiores e
menores do próprio conjunto.

A tabela abaixo mostra uma relação de


notas. Então, a média ponderada será:
Dado os conjuntos:

T = {10, 1, 4, 12, 15, 6, 8}


C = {5, 11, 2, 17,14, 20} Notas Pesos

1° passo: colocar os valores em ordem Prova 1 6 3


crescente:
Prova 2 7,3 2
T = {1,4,6,8,10,12,15}
C = {2,5,11,14,17,20} Prova 3 9 2

Observa-se que o conjunto T é formado por 7


Mp = (6.3) + (7,3. 2) + (9.2) / 3+2+2
componentes, ou seja, um número ímpar. Com
Mp = 18 + 14,6 + 18 / 7
isso, a mediana será o 4° elemento, uma vez
Mp = 50,6/ 7 = 7, 23
que separa as partes maiores e menores do
conjunto.

Logo, Md = 8
GEOMETRIA
PARA O

ENEM
JOÃO GUI
STUDIES
SUMÁRIO

Ponto;
Reta;
Plano;
Espaço:
Ângulos notáveis:
Plano Cartesiano;
Sólidos geométricos;
Semelhança de triângulos;J O Ã O G U I
Teorema de pitágoras; S T U D I E S
Teorema de Tales;
Perímetro, área e volume;
Quadriláteros Notáveis
Cilindros;
Cones:
Trigonometria no Triângulo Retângulo.
GEOMETRIA BÁSICA
?
PONTO
?
ESPAÇO
O ponto não possui forma nem dimensão. Isso
significa que o ponto é um objeto
adimensional. Um dos usos mais importantes
do ponto refere-se à localização O espaço é o local onde toda a Geometria
geográfica. Os pontos são os objetos que conhecida até o Ensino Médio acontece. É
melhor representam as localizações porque formado pelo alinhamento de planos, que
oferecem precisão. Se, no lugar de ponto, são colocados lado a lado até preencher
usássemos um quadrado, em que lugar do todo o espaço. Ele é infinito para todas as
quadrado estaria a localização direções e contém todas as figuras e formas
precisamente? geométricas planas e tridimensionais.
Como é formado por planos, o espaço
? envolve a terceira dimensão, necessária

RETA para conter todo o cubo da figura anterior. É


na terceira dimensão que são construídas
As retas são conjuntos de pontos que não figuras que possuem largura, comprimento e
fazem curvas. Elas são infinitas para as duas profundidade."
direções. Como esses pontos não estão no
mesmo lugar, é possível medir a distância ?
J O Ã O G UÂNGULO
entre eles. Entretanto, como os pontos I
S T U D Existem
continuam não tendo dimensão ou forma,
não é possível medir sua largura. Sendo
I E Sduas definições atribuídas à palavra
assim, dizemos que a reta possui apenas uma ângulo: a primeira refere-se a um conjunto
dimensão ou que é unidimensional. de pontos situado entre duas semirretas de
A figura a seguir mostra a tentativa de mesma origem; e a segunda diz respeito à
desenhar um quadrado sobre uma reta. Note medida entre esses dois segmentos de reta.
que a maior parte do quadrado “não cabe” Sendo assim, ângulos são valores numéricos
na reta. Por essa razão, é necessário definir que representam uma abertura. O mínimo
um novo local onde ele possa ser desenhado. que essa medida pode assumir é zero e sua
unidade de medida é o grau.
? Quando duas semirretas formam um ângulo

PLANO de 0° (zero grau), não existe abertura entre


elas e sua representação gráfica coincide
O plano é um conjunto de retas alinhadas e, com a de uma única semirreta. Quando duas
portanto, também é um conjunto de pontos. semirretas estão em sua abertura máxima,
O objeto formado por esse alinhamento de cuja medida é 360°, a imagem formada
retas é uma superfície plana que não faz também é uma única semirreta, mas com um
curva e infinita para todas as direções. ângulo partindo dessa semirreta e dando a
Em um plano, é possível desenhar figuras que, volta em sua origem.
além de comprimento, possuem largura. A Para compreender melhor, observe a
figura abaixo mostra um cubo sobre um imagem abaixo: à esquerda, um ângulo de
plano. Note que a base do cubo, que é um 0° e, à direita, um ângulo de 360°.
quadrado e possui duas dimensões, encaixa-
se perfeitamente no plano. Todavia, a
profundidade desse sólido não é
contemplada.
GEOMETRIA BÁSICA
Qualquer ângulo entre 0° e 360° terá uma
forma parecida com o que encontramos na
imagem a seguir:

Para medir um ângulo, coloque seu vértice (a


origem dos segmentos de reta) no centro do
transferidor de modo que um dos segmentos
de reta aponte para zero. Geralmente, há
Nessa figura, observe que a origem das um ponto que indica o local onde essa
semirretas é o ponto O. origem deve ser colocada. Depois disso,
Para representar ângulos, podemos usar basta observar para onde aponta o outro
letras minúsculas, letras gregas minúsculas ou segmento de reta no transferidor:

JOÃO GUI
a mesma letra que representa a origem, mas
que deve ser maiúscula e com acento
circunflexo (Ô). STUDIES
Como medir ângulos

A régua serve para medir linhas retas que


possuem início e fim. Perceba que os ângulos
não podem ser medidos com réguas ou
qualquer objeto usado para medir
Note que há duas sequências de números no
comprimento. Observe na figura a seguir uma
transferidor: uma no sentido horário e outra
tentativa de medir o ângulo de 60° com uma
no sentido anti-horário. Para que a medida
régua:
fique correta, se o zero escolhido for o do
sentido horário, o ângulo para o qual
apontará a segunda semirreta estará no
mesmo sentido.

Note que, quanto mais longe da origem a


medida é feita, maior é o resultado
encontrado. Na verdade, ângulos possuem
medidas circulares e, por isso, precisam de
um objeto circular para que sua medida seja
realizada:
ÂNGULOS NOTÁVEIS
?
DEFINIÇÃO
São os mais comuns no cotidiano e acabam Ângulo raso: Assim como o ângulo reto,
facilitando os cálculos matemáticos que os também há um valor exclusivo para os
envolvem. São eles: ângulos rasos. Os ângulos rasos possuem
medida igual a 180°, que equivale a meia
Ângulo raso: ângulo que mede 180°, que é volta de círculo.
metade da abertura máxima que um Ângulo giro: O ângulo giro também possui
ângulo pode ter. Os ângulos rasos fazem valor único, e equivale a 360°.
com que as semirretas formem uma única
reta. Classificação dos ângulos
Ângulo reto: ângulo de 90°, que é
Além da classificação isolada dos
metade de um ângulo raso e um quarto
ângulos, podemos classifica-los também
da abertura total que um ângulo pode
através de seus pares, que ocorrem na
ter. O ângulo reto pode ser observado em
grande maioria das vezes. Podemos
encontros de parede com o solo, em
classificar os ângulos em
quinas de mesas, janelas etc.
complementares, suplementares e
Ângulos de 30°, 45° e 60°. Esses ângulos
replementares.
não possuem nome especial, mas são
JOÃO GUI
encontrados com frequência na natureza
Ângulos complementares: Os ângulos

e nas construções humanas. STUDIES complementares são aqueles


somados resultam em 90° (como 30 e
que

60°, por exemplo).


Classificação dos ângulos
Ângulos suplementares: Já os ângulos
Quanto a classificação dos ângulos, vamos suplementares os ângulos que somados
realiza-las de duas maneiras diferentes: a equivalem a 180° (120 e 60°, por
primeira acontece para os ângulos exemplo).
separadamente, enquanto a segunda ocorre Ângulos replementares: Por fim, temos os
para pares de ângulos. ângulos replementares, que são aqueles
Isoladamente, podemos classificar os ângulos que somados resultam em 360°.
em cinco categorias diferentes: agudo, reto,
obtuso, raso e giro. Desta forma, percebemos que a
Ângulo agudo: Os ângulos agudos são classificação e identificação dos ângulos
todos aqueles que possuem valor entre 0 ocorre de maneira bem simples. No entanto,
e 90°. realizar esta identificação pode ser a chave
Ângulo reto: O ângulo reto possui valor para a resolução de diversos exercícios de
igual a 90°. Note que, enquanto os matemática e física no Enem e também em
ângulos agudos possuem toda uma faixa outros vestibulares.
de valores, no caso do ângulo reto o valor
é exclusivo, ou seja, o ângulo será reto se,
e somente se, sua medida seja de 90°.
Ângulo obtuso: Os ângulos obtusos estão
compreendidos na faixa que varia entre
90 e 180° (exclusivamente).
PLANO CARTESIANO
?
DEFINIÇÃO Como se faz um plano cartesiano?

O plano cartesiano é formado por duas retas


O plano cartesiano é formado por duas retas
reais em que o ângulo entre elas é de 90°, ou
reais perpendiculares, ou seja, o ângulo entre
seja, elas são perpendiculares. Essas retas
elas é de 90°. Essas retas determinam um
são chamadas de eixos. Assim, há o eixo
único plano, que é denominado com sistema
horizontal, que é chamado de eixo das
ortogonal de coordenadas cartesianas ou
abscissas, e o eixo vertical, que é o eixo das
somente plano cartesiano.
ordenadas.
No ano de 1637, René Descartes teve a
brilhante ideia de relacionar álgebra e
geometria, dando início à conhecida
geometria analítica, método que possibilita
descrever a geometria utilizando uma menor
quantidade de diagramas e desenhos.
Apesar de os créditos dessa descoberta
serem dados a Descartes, Pierre de Fermat já
conhecia e utilizava alguns conceitos de
geometria analítica, logo o plano cartesiano.

Para que serve um plano cartesiano?


JOÃO GUI
STUDIES
O plano cartesiano é um sistema de
coordenadas desenvolvido por René
Descartes. Esse sistema de coordenadas é
Perceba que as retas perpendiculares
formado por duas retas perpendiculares,
dividem o plano em quatro regiões, que são
chamadas de eixos cartesianos. Esses eixos
chamadas de quadrantes – isso porque as
determinam um único plano, assim, é possível
duas retas perpendiculares dividem o plano
determinar a localização no sistema de
em quatro regiões.
coordenadas de todo os pontos e,
Vamos representar os quadrantes no sentido
consequentemente, de qualquer objeto
anti-horário. Veja:
formado por esses pontos que estejam nesse
plano.
Desse modo, perceba que é possível
representar pontos ou objetos utilizando
somente suas coordenadas, isto é, não é
necessário construir um desenho de um
objeto, basta somente expressar suas
coordenadas.
Muitos problemas da Matemática só
puderam ser resolvidos graças a essa
concepção, como para calcular a distância
entre dois pontos ou calcular a área de um
triângulo. Esses assuntos são a base da
geometria analítica, que é, por sua vez, a
base para desenvolver o cálculo diferencial
e integral.
PLANO CARTESIANO
Note as relações entre os valores dos eixos x
Rascunho
(abscissas) e y (ordenadas). No 2º
quadrante, o valor da abscissa é sempre
menor que o valor da ordenada, ou seja, x <
y. No 4º quadrante, o valor da abscissa é
sempre maior que o valor da ordenada,
assim, x > y.
Nos quadrantes ímpares, 1º e 3º, já não
podemos afirmar alguma relação, pois neles
podemos ter abscissas maiores, menores ou
iguais aos valores das ordenadas.

Ponto em um plano cartesiano

Um ponto qualquer do plano cartesiano é


indicado a partir de suas coordenadas, que
são representadas por um par ordenado, ou
seja, um ponto é formado por um conjunto de
dois números que possui uma ordem a ser
JOÃO GUI
seguida (ordenado). A notação do par
ordenado ou ponto P é:
STUDIES
P (x, y)
x → à Abscissa
y → à Ordenada

Assim, para localizar um ponto, basta marcar


o valor no eixo das abscissas e, em seguida,
o valor no eixo das ordenadas. Depois trace
uma reta perpendicular aos pontos x e y
encontrados. O local onde essas retas
perpendiculares se encontram é onde ponto
P está.
SÓLIDOS GEOMÉTRICOS
?
DEFINIÇÃO
Os sólidos geométricos são objetos tridimensionais, possuem largura, comprimento e altura, e
podem ser classificados entre poliedros e não poliedros (corpos redondos).
Os elementos principais de um poliedro são: faces, arestas e vértices. Cada poliedro possui sua
representação espacial e sua representação planificada (planificação de sólido geométrico).
Os nomes dos sólidos geométricos são dados, geralmente, a partir de sua característica
determinante. Seja em relação ao número de faces que o compõe, seja como referência a
objetos conhecidos no cotidiano.

JOÃO GUI
STUDIES

Os poliedros são compostos por três elementos fundamentais:

Faces - cada um dos lados do sólido.


Arestas - segmentos de reta que unem os lados do sólido.
Vértices - pontos de união das arestas.

Os poliedros possuem três elementos: arestas, vértices e lados.


A classificação dos sólidos está relacionada ao número de lados e ao polígono de sua base. Os
sólidos mais comuns trabalhados na geometria são os sólidos regulares.
SÓLIDOS GEOMÉTRICOS
Pirâmides

As pirâmides são poliedros caracterizados por possuir uma base poligonal no plano e apenas um
vértice fora do plano. Seu nome é representado pelo polígono que serve de base, os exemplos
mais comuns são:

Fórmula do volume da pirâmide:


JOÃO GUI
STUDIES
V = 1/3 Ab x h

V: volume da pirâmide
Ab: Área da base
h: altura

Prismas

Os prismas são caracterizados por serem poliedros com duas bases congruentes e paralelas,
além das faces planas laterais. Os exemplos mais comuns são:
SÓLIDOS GEOMÉTRICOS
Sólidos Platônicos

Os sólidos platónicos são poliedros regulares em que suas faces são formadas por polígonos
regulares e congruentes.

Não-Poliedros
JOÃO GUI
STUDIES
Os chamados não-poliedros são sólidos geométricos que apresentam como característica
fundamental ao menos uma superfície curva.

Corpos Redondos Cone

Dentre os corpos redondos, sólidos Base circular com um único vértice fora da
geométricos que possuem uma superfície base.
curva, os principais exemplos são: Volume do Cone
Esfera

Superfície curva contínua equidistante a um


centro.

Volume da Esfera

Cilindro

Bases circulares unidas por uma superfície


circular de mesmo diâmetro.

Volume do Cilindro
SÓLIDOS GEOMÉTRICOS
Planificação de Sólidos Geométricos

A planificação é a representação de um sólido geométrico (tridimensional) em um plano


(bidimensional). Deve-se pensar no desdobramento de suas arestas e na forma que o objeto
assume no plano. Para isso, deve-se levar em consideração o número de faces e arestas.
Um mesmo sólido pode possuir diversas formas de planificação.

JOÃO GUI
STUDIES
SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS
?
DEFINIÇÃO Casos de Semelhança

Dois triângulos são semelhantes quando Para identificar se dois triângulos são
possuem os três ângulos ordenadamente semelhantes, basta verificar alguns
congruentes (mesma medida) e os lados elementos.
correspondentes proporcionais. Usamos o
símbolo ~ para indicar que dois triângulos 1º Caso: Dois triângulos são semelhantes
são semelhantes. se dois ângulos de um são congruentes a
Para saber quais são os lados proporcionais, dois do outro. Critério AA (Ângulo,
primeiro devemos identificar os ângulos de Ângulo).
mesma medida. Os lados homólogos 2º Caso: Dois triângulos são semelhantes
(correspondentes) serão os lados opostos a se os três lados de um são proporcionais
esses ângulos. aos três lados do outro. Critério LLL (Lado,
Lado, Lado).
Razão de Proporcionalidade 3º Caso: Dois triângulos são semelhantes
se possuem um ângulo congruente
Como nos triângulos semelhantes os lados compreendido entre lados proporcionais.
homólogos são proporcionais, o resultado da Critério LAL (Lado, Ângulo, Lado).

J O Ã O Teorema
G U I Fundamental da Semelhança
divisão desses lados será um valor constante.
Esse valor é chamado de razão de
proporcionalidade.
Considere os triângulos ABC e EFG
S T U D Quando
I E S uma reta paralela a um lado de um
semelhantes, representados na figura abaixo: triângulo intersecta os outros dois lados em
pontos distintos, forma um triângulo que é
semelhante ao primeiro.

Na figura abaixo, representamos o triângulo


ABC e a reta r paralela ao lado de BC.

Os lados a e e, b e g, c e f são homólogos,


sendo assim, temos as seguintes proporções:

a b c Observando a figura, notamos que os ângulos


= = = k são congruentes, assim como os ângulos , pois
e g f a reta r é paralela ao lado . Assim, pelo
critério AA, os triângulos ABC e ADE são
Onde k é a razão de proporcionalidade. semelhantes.
SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS
Relações Métricas no Triângulo Retângulo

Os triângulos que possuem um ângulo igual a Rascunho


90º são chamados de triângulos retângulos.
O lado oposto ao ângulo de 90º é chamado
hipotenusa e os outros dois lados são
chamados de catetos.
No triângulo representado abaixo, o lado a
é a hipotenusa e b e c são os catetos.

Ao traçar a altura relativa à hipotenusa,


dividimos o triângulo retângulo em dois
outros triângulos retângulos. Conforme figura
abaixo: JOÃO GUI
STUDIES

Observando os medidas dos ângulos desses


três triângulos, percebemos que eles são
semelhantes, ou seja:
Usando as proporções entre os lados,
determinamos as seguintes relações:

Essas relações são muito importantes e são


chamadas de relações métricas no triângulo
retângulo.
TEOREMA DE PITÁGORAS
?
DEFINIÇÃO
O Teorema de Pitágoras relaciona o
comprimento dos lados do triângulo
retângulo. Essa figura geométrica é formada
por um ângulo interno de 90°, chamado de
ângulo reto.
O enunciado desse teorema é:
"A soma dos quadrados de seus catetos
Veja a seguir três exemplos de aplicações do
corresponde ao quadrado de sua
teorema de Pitágoras para as relações
hipotenusa."
métricas de um triângulo retângulo.
Fórmula do teorema de Pitágoras
Exemplo 1: calcular a medida da hipotenusa
Segundo o enunciado do Teorema de Se um triângulo retângulo apresenta 3 cm e 4
Pitágoras, a fórmula é representada da cm como medidas dos catetos, qual a
seguinte maneira: hipotenusa desse triângulo?

a² = b² + c²
a2 = b2 + c2 J O Ã O G U I a² = 4² + 3²
Sendo,
STUDIES a² = 16 + 9
a: hipotenusa a² = 25
b: cateto
c: cateto
a = √ 25
a = 5
Portanto, os lados do triângulo retângulo são
3 cm, 4 cm e 5 cm.

Exemplo 2: calcular a medida de um dos


catetos
Determine a medida de um cateto que faz
parte de um triângulo retângulo, cuja
hipotenusa é 20 cm e o outro cateto mede 16
cm.
A hipotenusa é o maior lado de um triângulo a² = b² + c² => b² = a² - c²
retângulo e o lado oposto ao ângulo reto. Os
outros dois lados são os catetos. O ângulo
b² = 20² - 16²
formado por esses dois lados tem medida b² = 400 - 256
igual a 90º (ângulo reto). b² = 144
Identificamos ainda os catetos, de acordo
com um ângulo de referência. Ou seja, o
b = √
144
cateto poderá ser chamado de cateto b = 12
adjacente ou cateto oposto.
Quando o cateto está junto ao ângulo de
referência, é chamado de adjacente, por Portanto, as medidas dos lados do triângulo
outro lado, se está contrário a este ângulo, é retângulo são 12 cm, 16 cm e 20 cm.
chamado de oposto.
TEOREMA DE PITÁGORAS
Exemplo 3: comprovar se um triângulo é
retângulo É interessante notar que, os múltiplos desses
Um triângulo apresenta os lados com números também formam um terno
medidas 5 cm, 12 cm e 13 cm. Como saber se pitagórico. Por exemplo, se multiplicarmos
é um triângulo retângulo? por 3 o trio 3, 4 e 5, obtemos os números 9, 12
Para provar que um triângulo retângulo é e 15 que também formam um terno
verdadeiro as medidas dos seus lados devem pitagórico.
obedecer ao Teorema de Pitágoras. Além do terno 3, 4 e 5, existe uma infinidade
de outros ternos. Como exemplo, podemos
Como as medidas dadas satisfazem o citar:
teorema de Pitágoras, ou seja, o quadrado
da hipotenusa é igual a soma do quadrado 5, 12 e 13
dos catetos, então podemos dizer que o 7, 24, 25
triângulo é retângulo. 20, 21 e 29
12, 35 e 37
Triângulo Pitagórico
Quem foi Pitágoras?
Quando as medidas dos lados de um
triângulo retângulo são números inteiros Segundo a história Pitágoras de Samos (570
positivos, o triângulo é chamado de triângulo a.C. - 495 a.C.) foi um filósofo e matemático
pitagórico.
JOÃO GUI
Neste caso, os catetos e a hipotenusa são
grego que fundou a Escola Pitagórica,
localizada no sul da Itália. Também
STUDIES
denominados de “terno pitagórico” ou “trio chamada de Sociedade Pitagórica, incluía
pitagórico”. Para verificar se três números estudos de Matemática, Astronomia e
formam um trio pitagórico, usamos a relação Música.
a2 = b2 + c2. Embora as relações métricas do triângulo
O mais conhecido trio pitagórico é retângulo já fossem conhecidas pelos
representado pelos números: 3, 4, 5. Sendo a babilônicos, que viveram muito antes de
hipotenusa igual a 5, o cateto maior igual a 4 Pitágoras, acredita-se que a primeira
e o cateto menor igual a 3. demonstração que esse teorema se aplicava
a qualquer triângulo retângulo tenha sido
feita por Pitágoras.
O Teorema de Pitágoras é um dos teoremas
mais conhecidos, importantes e utilizados na
matemática. Ele é imprescindível na
resolução de problemas da geometria
analítica, geometria plana, geometria
espacial e trigonometria.
Além do teorema, outras importantes
contribuições da Sociedade Pitagórica para
a Matemática foram:
Descoberta dos números irracionais;
Observe que a área dos quadrados Propriedades dos números inteiros;
desenhados em cada lado do triângulo MMC e MDC.
relacionam-se tal como o teorema de
Pitágoras: a área do quadrado no lado
maior corresponde à soma das áreas dos
outros dois quadrados.
TEOREMA DE TALES
?
DEFINIÇÃO Teorema de Tales nos triângulos

O teorema de Tales é aplicado na O teorema de Tales também é aplicado em


geometria plana e demonstra que há situações que envolvem triângulos. Veja
proporcionalidade em um feixe de retas abaixo um exemplo em que se aplica o
paralelas cortadas por retas transversais a teorema:
elas. Ele foi demonstrado pelo matemático
Tales de Mileto, que provou essa
proporcionalidade entre os segmentos de
reta formados entre retas paralelas e retas
transversais. A partir dessa relação de
proporção, é possível descobrir o valor
desses segmentos, tornando o teorema de
Tales uma ferramenta importante para o
cálculo de medidas.

Fórmula do teorema de Tales


De acordo com a semelhança de triângulos
Para compreender melhor o teorema de podemos afirmar que: o triângulo ABC é
tales, observe a figura abaixo: JOÃO GUI semelhante ao triângulo AED. É representado

STUDIES
da seguinte forma:

Δ ABC ~ Δ AED

Exemplo: determine a medida x indicada na


imagem.

Na figura acima as retas transversais u e v


interceptam as retas paralelas r, s e t. Os
pontos pertencentes na reta u são: A, B e C;
e na reta v, os pontos: D, E e F. Logo, de
acordo com o Teorema de Tales:

AB DE
=
BC EF

Lê-se: AB está para BC, assim como DE está


para EF.
PERÍMETRO, ÁREA E VOLUME
?
DEFINIÇÃO Quadrado: figura fechada e plana formada
por quatro lados congruentes (possuem a
Perímetro, área e volume são cálculos que
mesma medida).
equivalem às medidas das figuras
geométricas. Esse estudo matemático, que
pertence à Geometria, lida com os desenhos
conhecidos do nosso cotidiano, como
triângulos, quadrados, círculos e todas as
formas que englobam as figuras geométricas.
É por meio dessa matéria que conseguimos
projetar e visualizar os formatos e espaços
geométricos que essas figuras ocupam, bem
como entender suas propriedades e realizar
os cálculos necessários para dimensioná-los.
Os tipos de geometria variam conforme o Círculo: figura plana e fechada limitada
número de dimensões da figura. Aquelas que por uma linha curva chamada de
tem duas dimensões (altura e largura), como circunferência.
uma folha de papel, são estudadas pela

JOÃO GUI
Geometria Plana e chamadas de “figuras
planas”, porque podem facilmente ser
representadas no plano cartesiano. STUDIES
Áreas e Perímetros de Figuras Planas

Confira abaixo as fórmulas para encontrar a


área e o perímetro das figuras planas.
Atenção!
Triângulo
Triângulo: figura fechada e plana formado π: constante de valor 3,14
por três lados. r: raio (distância entre o centro e a
extremidade)

Trapézio: figura plana e fechada que possui


dois lados e bases paralelas, onde uma é
maior e outra menor.

Retângulo: figura fechada e plana formada


por quatro lados. Dois deles são congruentes
e os outros dois também.
PERÍMETRO, ÁREA E VOLUME

Losango: figura plana e fechada composta


de quatro lados. Essa figura apresenta lados
e ângulos opostos congruentes e paralelos.

Teorema de Tales nos triângulos

As medidas de capacidade representam o


volume interno dos recipientes. Desta forma,
podemos muitas vezes conhecer o volume de
um determinado corpo enchendo-o com um
líquido de volume conhecido.
Medidas de Volume
A unidade de medida padrão de
capacidade é o litro, sendo ainda utilizados
A medida de volume no sistema internacional
seus múltiplos (kl, hl e dal) e submúltiplos (dl,cl
de unidades (SI) é o metro cúbico (m3).
e ml).
JOÃO GUI
Sendo que 1 m3 corresponde ao espaço Em algumas situações é necessário
ocupado por um cubo de 1 m de aresta.
Neste caso, o volume é encontrado STUDIES transformar a unidade de medida de
capacidade para uma unidade de medida
multiplicando-se o comprimento, a largura e de volume ou vice versa. Nestes casos,
a altura do cubo. podemos utilizar as seguintes relações:

1 m3 = 1 000 L
1 L = 1 dm3

Outras unidades de volume

Além do metro cúbico e seus múltiplos,


existem outras unidade de medidas de
volume. Essas unidades são usadas
principalmente em países de língua inglesa.
Polegada cúbica e pé cúbico são unidades
Conversão de unidades usadas para volumes sólidos. Já a onça
fluida, o pint, o quarto, o galão e o barril são
As unidades do sistema métrico decimal de unidades usadas para volumes líquidos.
volume são: quilômetro cúbico (km3),
hectômetro cúbico (hm3), decâmetro cúbico
(dam3), metro cúbico (m3), decímetro cúbico
(dm3), centímetro cúbico (cm3) e milímetro
cúbico (mm3).
As transformações entre os múltiplos e
submúltiplos do m3 são feitas multiplicando-
se ou dividindo-se por 1000.
Para transformar as unidades de volume,
podemos utilizar a tabela abaixo:
QUADRILÁTEROS NOTÁVEIS
?
DEFINIÇÃO Vértices: são os pontos que marcam o
encontro de dois lados. Essas quinas
também recebem nomes genéricos, como
De acordo com a geometria plana, os
“vértice A”.
quadriláteros são polígonos que possuem 4
Ângulos internos: são os ângulos que
lados. Essas figuras geométricas são planas
estão do lado de dentro do polígono,
porque pertencem ao plano cartesiano, logo,
então são formados por dois lados
elas têm apenas 2 dimensões (altura e
seguidos do quadrilátero.
largura).
Ângulos externos: são ângulos que estão
do lado de fora do polígono, então são
Ser um polígono significa ser formado por
formados pelo prolongamento de um
segmentos de retas (linhas com início e fim)
lado do quadrilátero. Um ângulo externo
que não se cruzam. Elas apenas encostam
é suplementar ao interno adjacente. Isso
suas extremidades e acabam formando uma
significa que se somarmos o externo e o
figura fechada. No caso dos quadriláteros,
interno ao seu lado, eles resultam em
há 4 segmentos de retas.
180°.
Diagonais: são segmentos de reta
Quando usamos o termo “notável” na
imaginários que passam por dentro do
matemática, significa que é algo importante
polígono, não são lados. Suas
JOÃO GUI
e principal. Existem muitas figuras com
quatro lados, mas há aquelas que utilizamos
extremidades são 2 vértices não
mais no dia a dia e para estudar na STUDIES consecutivos, por ser um quadrilátero,
podemos dizer que são vértices opostos.
matemática.

Portanto, os quadriláteros notáveis são os Como os quadriláteros podem ser agrupados?


polígonos de 4 lados mais importantes de se
Os quadriláteros podem ser agrupados em
estudar!
três grandes conjuntos, de acordo com a
Quais são os quadriláteros notáveis? presença e quantidade de paralelismo:

Os quadriláteros notáveis são 5: Trapézios: possuem ao menos um par de


lados paralelos.
Trapézios Paralelogramos: possuem ao menos dois
Paralelogramos pares de lados paralelos.
Retângulos Outros: não possuem nenhum par de
Losangos lados paralelos.
Quadrados Parece estranho, mas é isso mesmo! Um
trapézio é uma categoria de quadriláteros,
Elementos de um quadrilátero não uma figura em si. Existem diversos tipos
de trapézios que são figuras próprias. A
Lados: são os segmentos de reta que formam mesma coisa acontece com os
o contorno do quadrilátero. Costumamos dar paralelogramos.
nomes genéricos para eles, como “lado a”.
Mas a forma matemática de representá-los é O paralelismo acontece quando temos dois
escrever os vértices das suas extremidades lados paralelos entre si, ou seja, duas retas
juntos, com um traço em cima. que são perfeitamente opostas. Assim, elas
nunca se encontrarão, nem mesmo se
prolongarmos sua extensão. Resumindo, são
lados que não tem nenhum ponto em comum.
QUADRILÁTEROS NOTÁVEIS
Quais são as propriedades dos
quadriláteros? Trapézio Escaleno

É o trapézio em que os lados não paralelos


Como qualquer polígono, todos os
são diferentes entre si, ou seja, não tem a
quadriláteros também possuem as
mesma medida. Representamos isso com a
características e propriedades básicas:
presença de risquinhos, como você observa
na imagem. Um risco significa ter uma
Possuem diagonais e, no caso dos
medida e dois riscos significa ter outra
quadriláteros, são apenas 2
medida.
A soma dos seus ângulos internos é
sempre igual a 360°
Observe que os ângulos opostos são
Propriedades dos Trapézios suplementares, ou seja, quando somados
resultam em 180°.
Os Trapézios são quadriláteros que possuem
Trapézio isósceles
ao menos 1 par de lados paralelos. Existem
três tipos de trapézios que variam conforme
É o trapézio em que os lados não paralelos
a simetria e os ângulos, cada um com suas
são congruentes, ou seja, são iguais.
propriedades específicas:
Representamos isso com a presença dos

JOÃO GUI
mesmos risquinhos em cima desses lados.
Trapézio Escaleno

S T U D IÉ Einteressante
S
Trapézio Isósceles
notar que, os lados não
Trapézio Retângulo
paralelos terem a mesma medida, faz com
que os ângulos também sejam congruentes!
A área de qualquer trapézio é sempre dada
Assim, embora existam 4 ângulos, há apenas
pela soma das bases multiplicada pela
2 valores diferentes.
altura dividida por 2. Assim:
Novamente, temos que os ângulos opostos
A = (B+b).h/2 são suplementares.

Trapézio retângulo
Sendo
É o trapézio em que um dos lados não
b: base menor (paralela menor) paralelos é perpendicular aos lados
B: base maior (paralela maior) paralelos. Isso significa que haverá,
h: altura (fora ou dentro, o importante é necessariamente, a formação de ângulos
fazer ângulo reto com um dos lados retos (90°). Como temos uma reta
paralelos) perpendicular a duas retas paralelas, forma-
se 2 ângulos retos.
Por fim, para encontrar a base média de um
trapézio, basta fazer (b +B) / 2. Ela será Este é o único trapézio em que os ângulos
paralela aos lados paralelos, localizada bem opostos não são suplementares. São os
no meio da figura. Seus vértices são os ângulos internos e seguidos que formam 180°.
pontos médios dos lados não paralelos.
QUADRILÁTEROS NOTÁVEIS
Quadrados
Rascunho
Os quadrados são paralelogramos que
possuem todos os lados congruentes e todos
os ângulos retos. Isso significa que ele é um
caso particular, porque mistura as
características do losango + retângulo.

Como ele é um polígono quadrilátero, “já


vem” com as propriedades mencionadas
anteriormente, bem como as do losango e as
do retângulo.

O que tem de específico é:

O ponto médio de cada diagonal divide


as 2 diagonais em 4 segmentos
congruentes;
A divisão da figura pelas diagonais forma
4 triângulos isósceles iguais.
JOÃO GUI
A área de um quadrado é calculada com a
STUDIES
mesma fórmula do retângulo (lado vezes
altura). Como o quadrado é todo igual, lado
e altura possuem o mesmo valor.

Quando multiplicamos um número por ele


mesmo, estamos fazendo o seu quadrado.
Logo, a fórmula pode ser escrita como:

A = l²
CILINDRO
?
DEFINIÇÃO Raio: distância entre o centro do cilindro
e a extremidade.
Base: plano que contém a diretriz e no
O cilindro ou cilindro circular é um sólido
caso dos cilindros são duas bases
geométrico alongado e arredondado que
(superior e inferior).
possui o mesmo diâmetro ao longo de todo o
Geratriz: corresponde à altura (h=g) do
comprimento.
cilindro.
Diretriz: corresponde à curva do plano
da base.

Classificação dos Cilindros

Dependendo da inclinação do eixo, ou seja,


do ângulo formado pela geratriz, os cilindros
são classificados em:

Cilindro Reto:

Nos cilindros circulares retos, a geratriz

JOÃO GUI (altura) está perpendicular ao plano da


base.
STUDIES
Essa figura geométrica, que faz parte dos
estudos de geometria espacial, apresenta
dois círculos com raios de medidas
equivalentes os quais estão situados em
planos paralelos.

Componentes do Cilindro

Cilindro Oblíquo:

Nos cilindros circulares oblíquos, a geratriz


(altura) está oblíqua ao plano da base.
CILINDRO
Fórmulas do Cilindro
Volume do Cilindro
Dependendo da inclinação do eixo, ou seja,
do ângulo formado pela geratriz, os cilindros O volume do cilindro é calculado a partir do
são classificados em: produto da área da base pela altura
(geratriz):
Áreas do Cilindro

Área da Base: Para calcular a área da V = Ab.h ou V = π.r2.h


base do cilindro, utiliza-se a seguinte Onde:
fórmula: V: volume
Ab: área da base
Ab= π.r2 π (Pi): 3,14
Onde: r: raio
Ab: área da base h: altura
π (Pi): 3,14
Rascunho
r: raio

Área Lateral: Para calcular a área lateral


do cilindro, ou seja, a medida da

JOÃO GUI
superfície lateral, utiliza-se a fórmula:

Al= 2 π.r.h STUDIES


Onde:
Al: área lateral
π (Pi): 3,14
r: raio
h: altura

Área Total: Para calcular a área total do


cilindro, ou seja, a medida total da
superfície da figura, soma-se 2 vezes a
área da base à área lateral, a saber:

At= 2.Ab+Al ou At = 2(π.r2) + 2(π.r.h)

Onde:
At: área total
Ab: área da base
Al: área lateral
π (Pi): 3,14
r: raio
h: altura
CONE
?
DEFINIÇÃO
Cone é um sólido geométrico que faz parte
dos estudos da geometria espacial.
Ele possui uma base circular (r) formada por
segmentos de reta que têm uma extremidade
num vértice (V) em comum.

Fórmulas do Cone

Segue abaixo as fórmulas para encontrar as


áreas e o volume do cone:

Áreas do Cone

Área da Base: Para calcular a área da


base de um cone (circunferência), utiliza-

JOÃO GUI
Além disso, o cone possui a altura (h),
se a seguinte fórmula:

STUDIES
caracterizada pela distância do vértice do Ab = п.r2
cone ao plano da base. Onde:
Possui também a denominada geratriz, ou Ab: área da base
seja, a lateral formada por qualquer п (Pi) = 3,14
segmento que tenha uma extremidade no r: raio
vértice e a outra na base do cone.
Área Lateral: formada pela geratriz do
Classificação dos Cones cone, a área lateral é calculada através
da fórmula:
Os cones, dependendo da posição do eixo
em relação à base, são classificados em:
Al = п.r.g
Cone Reto: No cone reto, o eixo é
Onde:
perpendicular à base, ou seja, a altura e
Al: área lateral
o centro da base do cone formam um
п (PI) = 3,14
ângulo de 90º, donde todas as geratrizes
r: raio
são congruentes entre si e, de acordo
g: geratriz
com o Teorema de Pitágoras, tem-se a
relação: g²=h²+r². O cone reto é também
Área Total: para calcular a área total do
chamado de “cone de revolução” obtido
cone, soma-se a área da lateral e a área
pela rotação de um triângulo em torno de
da base. Para isso utiliza-se a seguinte
um de seus catetos.
expressão:
Cone Oblíquo: No cone oblíquo, o eixo
não é perpendicular à base da figura.
At = п.r (g+r)
Observe que o chamado “cone elíptico”
possui base elíptica e pode ser reto ou Onde:
oblíquo. At: área total
Para compreender melhor a classificação п = 3,14
dos cones, observe as figuras ao lado: r: raio
g: geratriz
CONE
Volume do Cone

O volume do cone corresponde a 1/3 do Rascunho


produto da área da base pela altura,
calculado pela seguinte fórmula:

V = 1/3 п.r2. h
Onde:
V = volume
п = 3,14
r: raio
h: altura

JOÃO GUI
STUDIES
TRIGONOMETRIA NO TRIÂNGULO
RETÂNGULO
?
DEFINIÇÃO Relações Trigonométricas do Triângulo
Retângulo
A trigonometria no triângulo retângulo é o
estudo sobre os triângulos que possuem um As razões trigonométricas são as relações
ângulo interno de 90°, chamado de ângulo existentes entre os lados de um triângulo
reto. retângulo. As principais são o seno, o cosseno
Lembre-se que a trigonometria é a ciência e a tangente.
responsável pelas relações estabelecidas
entre os triângulos. Eles são figuras
geométricas planas compostas de três lados
e três ângulos internos.
O triângulo chamado equilátero possui os Lê-se cateto oposto sobre a hipotenusa.
lados com medidas iguais. O isósceles possui
dois lados com medidas iguais. Já o escaleno
tem os três lados com medidas diferentes.
No tocante aos ângulos dos triângulos, os
ângulos internos maiores que 90° são Lê-se cateto adjacente sobre a hipotenusa.
chamados de obtusângulos. Já os ângulos

JOÃO GUI
internos menores que 90° são denominados
de acutângulos.
S T U D Lê-se
Além disso, a soma dos ângulos internos de I E Scateto oposto sobre o cateto
um triângulo será sempre 180°.
adjacente.
Composição do Triângulo Retângulo

O triângulo retângulo é formado:


Catetos: são os lados do triângulo que
formam o ângulo reto. São classificados
em: cateto adjacente e cateto oposto.
Hipotenusa: é o lado oposto ao ângulo
reto, sendo considerado o maior lado do
triângulo retângulo.

Segundo o Teorema de Pitágoras, a soma


dos quadrado dos catetos de um triângulo
retângulo é igual ao quadrado de sua
hipotenusa:
h2 = ca2 + co2
TRIGONOMETRIA NO TRIÂNGULO
RETÂNGULO

Círculo trigonométrico e as razões Rascunho


trigonométricas
O círculo trigonométrico é utilizado para
auxiliar nas relações trigonométricas. Acima,
podemos encontrar as principais razões,
sendo que o eixo vertical corresponde ao
seno e o eixo horizontal ao cosseno. Além
delas, temos as razões inversas: secante,
cossecante e cotangente.

Lê-se um sobre o cosseno.

Lê-se um sobre o seno.


JOÃO GUI
STUDIES

Lê-se cosseno sobre o seno.

Ângulos Notáveis

Os chamados ângulos notáveis são aqueles


que aparecem com mais frequência, a saber:

Relações
Trigonométr 30° 45°
icas

Seno 1/2 √2/2


Cosseno √3/2 √2/2
Tangente √3/3 1
ÁLGEBRA
PARA O

ENEM
JOÃO GUI
STUDIES
SUMÁRIO

Análise combinatória;

Juros simples e composto;

Interpretação de gráficos;

Escalas:

Regra de Três (simples e composta):

Fatorial:

Probabilidade:
JOÃO GUI
Logaritmo: STUDIES
Raciocínio Lógico;

Equações de 1° e 2° grau;

Funções (1° e 2° grau);

Função:

Sistemas de Equações;
ANÁLISE COMBINATÓRIA
?
DEFINIÇÃO Exemplo:
Numa pizzaria há 8 tipos de sabores, 5 tipos
A análise combinatória pode ser definida
de sucos e 6 tipos de sobremesas. Quantas
como sendo um conjunto de técnicas e
métodos que estudam as combinações e são as possíveis combinações de um lanche
possibilidades das variáveis de um conjunto. nessa pizzaria?
Constituído por elementos finitos, a análise
combinatória se baseia em parâmetros que Utilizando o princípio fundamental da
possibilitam a contagem. contagem temos:

Além de envolver cálculos matemáticos, a 8 x 5 x 6 = 240 maneiras de se fazer um


análise combinatória também abrange lanche.
fatores lógicos.
Arranjos Simples
A análise combinatória se resume em 6
O arranjo simples é o agrupamento dos
procedimentos principais:
elementos de um conjunto que dependem da
1. Fatorial; ordem e da natureza dos mesmos.
2. Princípio fundamental da contagem;
3. Arranjos simples;
J O Ã O Para
GU I o arranjo simples de p elementos
obter
4. Permutação simples; S T U D de
I EumSconjunto total n, onde p ≤ n, utiliza-se
5. Combinação; a seguinte expressão:
6. Permutação com elementos repetidos.

Fatorial
Considerando n um número natural maior que
1, o fatorial desse número n, que é An,p = Arranjo de p elementos de um total n
representado por n!, pode ser definido como: n = elementos totais do espaço amostral
p= números de elementos no arranjo
n! = n(n – 1) x (n – 2) x (n – 3)x…x 3 x 2 x 1
Exemplo:
Lê-se n! como: n fatorial ou fatorial de n.
Considere uma votação para escolher um
Princípio Fundamental da Contagem representante e um vice-representante de
uma turma, com 20 alunos. O mais votado
De acordo com o princípio fundamental da será o representante e o segundo mais
contagem, se um evento é composto por votado o vice-representante. Dessa maneira,
duas ou mais etapas sucessivas e de quantas maneiras distintas a escolha
independentes, o número de combinações poderá ser feita? Nesse caso a ordem é
será determinado pelo produto entre as importante, visto que altera o resultado final.
possibilidades de cada conjunto.
ANÁLISE COMBINATÓRIA

Cn,p = Combinação de p elementos de um


total n
n = elementos totais do espaço amostral
p= números de elementos no arranjo
Exemplo

Logo, o arranjo pode ser feito de 380


Considerando a escolha de 3 membros para
maneiras diferentes.
formar uma comissão de formatura, dentre 10
pessoas que se candidataram para fazer
Permutações Simples
parte. De quantas maneiras distintas essa
A permutação simples pode ser considerada comissão poderá ser formada? Note que, ao
como um caso particular de arranjo, onde os contrário dos arranjos, nas combinações a
elementos irão formar agrupamentos que se ordem dos elementos não é relevante. Isso
diferenciam somente pela ordem. As quer dizer que escolher Guilherme, Rafael e
permutações simples dos elementos P, Q e R Juliana é equivalente à escolher Juliana,
são: PQR, PRQ, QPR, QRP, RPQ, RQP. Rafael e Guilherme.

JOÃO GUI
Se chamarmos de Pn a permutação simples

STUDIES
de n elementos distintos, podemos calculá-la
através da seguinte fórmula:
Para simplificar os cálculos, transforma-se o
Pn = n! fatorial de 10 em produto, mas conserva-se o
fatorial de 7, pois assim é possível simplificar
Onde n! = n x (n-1) x (n-2) x (n-3) x…..x 3 x 2 x com o fatorial de 7 do denominador.
1
Desta forma, existem 120 maneiras distintas
Exemplo: 4! = 4 x 3 x 2 x 1 = 24 de formar a comissão.

Combinações Simples Permutação de elementos repetidos

As combinações são agrupamentos em que a Permutação de elementos repetidos deve


ordem dos elementos não é importante, mas seguir uma forma diferente da permutação,
são caracterizadas pela natureza dos pois elementos repetidos permutam entre si.
mesmos. Assim, para calcular uma
combinação simples de n elementos tomados A fórmula da permutação simples de n
p a p (p ≤ n), utiliza-se a seguinte fórmula: elementos diferentes é representada por Pn.
Logo, tomemos como exemplo a palavra
CATRACA, que tem 7 elementos:

Pn = n!
P8 = 7! = 504
JUROS SIMPLES
?
DEFINIÇÃO Como calcular juros simples
Para calcularmos o juros simples, basta
Juros simples é um acréscimo calculado
substituir as informações dadas pelo problema
sobre o valor inicial de uma aplicação
na fórmula já deduzida. Para isso, vamos
financeira ou de uma compra feita a crédito,
conferir algumas situações-problemas.
por exemplo.
Exemplo 1
O valor inicial de uma dívida, empréstimo ou
Ao investir R$ 3.000 em uma aplicação
investimento é chamado de capital. A esse
bancária sob o regime de juros simples, a uma
valor é aplicada uma correção, chamada de
taxa de 10% ao ano durante seis meses, qual o
taxa de juros, que é expressa em
valor a ser retirado ao fim dessa aplicação?
porcentagem.
O primeiro passo é anotar cada um dos dados
Os juros são calculados considerando o
do problema:
período de tempo em que o capital ficou
J = ?; C = 3000,00; i = 10% ao ano; e t = 6
aplicado ou emprestado.
meses
Agora, devemos observar as unidades de
Qual é a fórmula para calcular os juros
medida da taxa e do tempo. Caso estejam
simples?
sendo utilizadas as mesmas unidades, basta
Para calcular os juros simples, utilizamos a substituí-las na fórmula. Caso contrário, temos
fórmula: JOÃO GUI que achar uma maneira de deixá-las iguais.

STUDIES
De modo geral, é mais fácil “transformar” a
unidade de medida do tempo do que a da
J=C⋅i ⋅t
taxa, assim, vamos transformar 6 meses em
anos, uma vez que a taxa foi dada em ano.
Em que:
J→ juros
Sabemos que temos 12 meses em um ano, logo,
em meio ano, temos 6 meses.

C capital 0,5 ano → 6 meses
i→ taxa de juros t = 0,5 ano
t→ tempo Passando a taxa de juros para a forma
Observação: Quando for substituir os valores decimal, temos:
na fórmula, é importante que a taxa de juros i = 10%
esteja em sua forma decimal ou fracionária, i = 10 ÷ 100
e que o tempo e a taxa de juros tenham a i = 0,1
mesma unidade de medida de tempo, por Substituindo os dados na fórmula, temos:
exemplo, se os juros forem ao ano, a taxa J=C·i·t
também tem que ser ao ano. Quando as J = 3000 · 0,1 · 0,5
unidades são diferentes, podemos J = 300 · 0,5
transformar anos em meses, bimestres, J = 150 reais
O juros, ao final da aplicação, é de 150 reais.
semestres, enfim, realizar a conversão para
Foi pedido o valor a ser retirado da aplicação,
que as unidades sejam as mesmas.
ou seja, o valor aplicado mais o juros
Além da fórmula dos juros simples, temos
(montante).
também o montante, que nada mais é que a
M=C+J
soma do capital mais os juros: M = 3000 + 150
M=C+J M = 3.150 reais
Logo, o valor a ser retirado da aplicação é de
3.150 reais.
JUROS COMPOSTOS
? Exemplo 1:

DEFINIÇÃO Um capital de R$ 4000 foi aplicado a juros


compostos, com taxa de 10% a.a. Qual será o
montante e os juros gerados após 3 anos?
O regime de juros compostos é o mais
Dados:
utilizado no mercado por oferecer maior
C = 4000
rentabilidade financeira. Essa maior
t = 3 anos
rentabilidade ocorre pelo fato de esse
i = 10% a.a.
regime de capitalização ser calculado
Vamos representar 10% em sua forma decimal
sempre com base no valor do montante do
= 0,1.
período anterior, o que faz com que o valor
Temos que:
final cresça de maneira exponencial.
M = C (1 + i) t
M = 4.000 (1 + 0,1)³
Fórmula do juro composto
Após a substituição, vamos resolver a equação:
M = 4000 (1,1)³
A fórmula para calcular o valor do juro ao M = 4000 · 1331
final de um período de tempo é a seguinte: M = 5324
Para encontrar os juros, basta calcular a
M = montante; diferença J = M – C:
C = capital; J = M – C = 5324 – 4000 = 1324
i = taxa de juros; JOÃO GUI Então, temos que:
t = tempo.
STUDIES
Lembre-se de que o montante é sempre a
M = R$ 5324
J = R$ 1324
soma do capital com os juros. Diferença entre juros simples e juros
M=C+J compostos
Cálculo do juro composto Existem dois regimes de juros, o juros simples
e o juros composto. A diferença entre eles é
Para realizar o cálculo de juros compostos, que, no juros simples, a taxa de juros (i) é
devemos substituir as informações fornecidas sempre calculada baseada no capital inicial,
pela situação-problema na fórmula, mas isto é, mesmo depois de 10 meses, por
sempre atentos às unidades de medida da exemplo, a taxa vai ser calculada com base
taxa de juros (i) e do tempo (t). no capital inicial.
As unidades de medida da taxa de juros Já no sistema de juros composto, a taxa é
podem ser ao ano (a.a), ao mês (a.m) ou ao calculada com base no capital inicial
dia (a.d), e assim por diante. Já as unidades somente no primeiro mês, pois, nos demais, é
de medida para representar o tempo são as sempre calculada com base no capital do
já conhecidas: anos, meses, dias ou horas. mês anterior.
O que devemos observar antes de substituir Isso faz com que o juros composto renda
as informações é a correspondência entre as muito mais em relação ao juros simples. O
unidades de medida da taxa e tempo, ou que quer dizer que um capital aplicado
seja, se a taxa está em anos, o tempo durante o mesmo intervalo de tempo no
também deve estar. regime de juros composto terá maior
rendimento do que se aplicado no regime de
juros simples.
INTERPRETAÇÃO DE GRÁFICOS NO ENEM

? Pesquisas estão sendo feitas constantemente


DEFINIÇÃO tendo em vista a tomada de decisões, e elas se
utilizam das ferramentas da estatística desde
Em geral, a interpretação de gráficos no os primeiros passos até a representação
Enem tem sido exigida com grande gráfica, que pode ser de cunho político,
frequência. Nesse tipo de questão, em geral, ambiental ou da saúde.
não é necessário o uso de cálculos. Um exemplo é o uso dos dados relacionados à
Ao analisar um gráfico, devemos verificar quantidade de casos da doença COVID-19,
com que tipo de gráfico estamos lidando e que faz com que estados, municípios e o
levar em consideração que ele está fazendo Ministério da Saúde tomem decisões com base
uso de duas grandezas. Dessa forma, resta- no que foi coletado. Até mesmo na busca por
nos analisá-las para que, junto a uma uma vacina para uma doença, há a
cuidadosa leitura do enunciado, consigamos necessidade da realização de pesquisas para
resolver a questão. avaliar-se a eficácia dela, o que demonstra
essa eficácia são os dados coletados e
Estatística
trabalhados estatisticamente.
A estatística é um ramo de grande importância A estatística está presente nas decisões simples
da matemática, desenvolvendo técnicas como até nas mais complexas do nosso cotidiano, e
a coleta de dados e sua organização, essas informações não podem ou não
JOÃO GUI
interpretação, análise e representação. O uso deveriam ser repassadas de qualquer maneira.
Existem regras específicas para a coleta de
da matemática para a tomada de decisões
STUDIES
vem acompanhando nossa história desde o dados, para sua análise e até mesmo para a
início das grandes civilizações. Com o passar definição da estimativa de confiabilidade da
do tempo, foram criados métodos para pesquisa, enfim, todas essas regras surgem
facilitar-se esse processo. baseadas em ferramentas desenvolvidas no
A estatística é dividida entre o estudo da estudo da estatística.
coleta de dados, em que conhecemos os
princípios da área, como os conceitos de
Princípios básicos da estatística
amostra, população, variável e tipo de Para compreender-se o estudo da estatística,
variável; o estudo da análise desses dados, no existem conceitos básicos que precisam estar
qual lidamos com a frequência absoluta e bem definidos, são eles os conceitos iniciais de
relativa, as medidas centrais e as medidas de estatística, mais especificamente: definição de
dispersão; e a representação e interpretação população, amostra, variável, tabela,
desses resultados, em que estudamos os tipos frequência e gráfico.
de gráficos, a melhor representação para
cada caso, e, com base nessa interpretação, População
gerando-se também as medidas centrais, Chamamos de população ou universo o
como a média, a moda e a mediana. conjunto de todos os elementos da pesquisa
Para que serve a estatística? a ser realizada. A população é formada por
todos os elementos desse conjunto, podendo
Os resultados de pesquisas estatísticas estão ser qualquer coisa, como pessoas, objetos ou
presentes a todo instante na nossa sociedade, outros seres vivos, desde que esses elementos
é bastante comum ver nos noticiários pesquisas do conjunto possuam as características que
de diversas naturezas que trazem para a desejamos pesquisar.
sociedade dados para interpretação e
realização de inferências sobre ela.
INTERPRETAÇÃO DE GRÁFICOS NO ENEM

Por exemplo, ao pesquisar-se sobre a Na variável quantitativa, a pesquisa busca


intenção de votos na população brasileira, receber como resposta uma quantidade, ou
existem características bem definidas para seja, um valor numérico, por exemplo, o número
população, que, nesse caso, necessariamente de acidentes de trânsito, o número de casos de
precisa ser brasileira e hábil a votar. COVID-19, o salário médio ou a altura média
Como citado, a pesquisa pode ser realizada da população. A variável quantitativa pode ser
com objetos também, por exemplo, se a separada em dois casos:
intenção dela for saber a qualidade da Quando essa quantidade é uma medida,
água que abastece uma determinada ela é conhecida como quantitativa
cidade, então a população será o conjunto contínua, por exemplo, o salário, a altura, o
de rios que abastecem essa cidade. peso.
Quando essa quantidade é uma simples
Amostra
contagem, estamos trabalhando com uma
Conhecemos como amostra ou espaço variável quantitativa discreta, por exemplo,
amostral um subconjunto da população. a quantidade de ligações em um SAC.
Acontece que, para realizar-se as pesquisas, Na variável qualitativa, a pesquisa busca como
nem sempre é possível ou até mesmo resposta uma característica, por exemplo, uma
necessário consultar toda a população cor, ou o grau de escolaridade, de
disponível para ter-se resultados confiáveis. agravamento de uma doença.
JOÃO GUI
Nesse caso utilizamos uma amostra, que é um Quando essa qualidade possui uma ordem,
é conhecida como qualitativa ordinal. Por
subconjunto da população.
A amostra é o conjunto de indivíduos STUDIES exemplo: escolaridade (ensinos
consultados na pesquisa. Por exemplo, se em fundamental, médio ou superior) ou nível de
uma empresa nacional tem como objetivo agravamento de uma doença (leve,
pesquisar o nível de satisfação dos seus intermediário, grave).
colaboradores, ela pode consultar somente Quando essa qualidade é uma
parte desses colaboradores com o objetivo característica qualquer e não possui
de conseguir prever o comportamento da ordem, ela é qualitativa nominal. Por
população. exemplo: a cor de carro preferida ou o
Outra situação é que, para saber-se a sabor de sorvete mais vendido.
quantidade de açúcar que uma determinada
marca de refrigerante usa, não é necessário Tipos de Variáveis
que seja analisada toda sua produção, mas
apenas uma amostra, ou seja, uma porção
desse produto. A maioria das pesquisas é
realizada com amostras, e a intenção é que,
com base nelas, seja possível prever o
comportamento em toda a população.
Variável
Variável é o meu objeto de pesquisa, é a
pergunta para a qual a minha pesquisa está
procurando resposta. Essa variável pode ser
classificada no estudo de tipos de variáveis.
Uma variável pode ser classificada como
qualitativa (nominal ou ordinal) ou quantitativa
(discreta ou contínua).
INTERPRETAÇÃO DE GRÁFICOS NO ENEM

A tabela de frequência é uma forma de Representação gráfica e tabela


organização dos valores de variáveis frequência: são úteis para o estudo dos
coletados. Chamamos de frequência dados, os tipos de representação e a
absoluta (FA) o número de vezes que uma escolha da melhor representação, a
mesma resposta repetiu-se, e de frequência depender do objeto de pesquisa. Além da
relativa (FR), a porcentagem que essas representação por tabela simples, há a
repetições representam em relação ao todo. possibilidade de representar-se esses
Por exemplo, se, em uma pesquisa, das 1000 dados por uma tabela com intervalos ou
pessoas consultadas, metade respondeu a classes.
mesma coisa, significa que a frequência Medidas de tendências centrais: são o
absoluta dessa resposta será 500 e que sua estudo da média (aritmética, aritmética
frequência relativa será 50%. ponderada, geométrica e harmônica),
mediana e moda. Possuem como objetivo
Representação por gráfico buscar uma representação de todo o
A forma de representar-se esses dados conjunto por um único valor.
também é muito importante, levando-se em Medidas de dispersão: são o estudo da
consideração o tipo de pesquisa a ser feita, amplitude, da variância e do desvio
existirá uma forma mais conveniente para padrão. É com base nas medidas centrais
representá-los. As formas mais comuns são o que construímos a estimativa de erro de
gráfico de linhas, o de barras, os JOÃO GUI uma pesquisa e analisamos a dispersão
entre seus dados.
STUDIES
histogramas, os pictogramas e o de setores.

Divisão da estatística

A estatística realiza os estudos dos conceitos


básicos apresentados anteriormente. Além
deles, são trabalhados outros tópicos, que são:
ESCALAS
?
DEFINIÇÃO 1
Escala =
Quando se constrói uma escala o costume é 100
primeiro fazer uma planta, que contém o
traçado, o desenho do que será construído. E,
Ela significa que cada centímetro no desenho
nesta planta devem estar consideradas e
representa 100 centímetros no real. Você pode
indicadas as medidas no tamanho real do
pronunciar que a escala é de “um para cem”.
que você quer representar.
Ou seja, para cada “um centímetro” na planta,
E, na mesma planta, devem constar as
você tem “cem centímetros” na construção
medidas, o tamanho da figura desenhada,
real.
da planta. Estes tamanhos “do desenho na
planta”, e da real dimensão do que será
construído devem estar na mesma unidade
de medida. Rascunho
Por exemplo, uma casa que possui um
comprimento de 20 metros pode ser
representada em um desenho em que a
representação do comprimento da casa tem

JOÃO GUI
20 cm. Vemos que as unidades de medida
não são as mesmas.
STUDIES
Temos a casa em 20 metros, e a dimensão
da casa na planta em 20 centímetros. Para
resolver esta discrepância, portanto, vamos
ter que transformar o metro em cm, pois é
nesta unidade que representaremos o
desenho, 20 metros = 2000 centímetros. Esta
relação vai definir a Escala da Planta.
Veja o cálculo de Razão e Proporção
A escala é simplesmente a razão entre o
tamanho do desenho e o tamanho real,
assim, para o nosso exemplo:

Tamanho no desenho
Escala =
Tamanho real

20 cm
Escala =
2000 cm

Simplificando por 20 o numerador e o


denominador, e também a unidade de
medida, encontramos a escala:
REGRA DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTA

?
DEFINIÇÃO Por último, isola-se o valor desconhecido para
determinar seu valor.
A regra de três é um processo matemático
para a resolução de muitos problemas que 6.4 24
x= =
envolvem duas ou mais grandezas
diretamente, ou inversamente proporcionais.
12 12
Nesse sentido, na regra de três simples, é
necessário que três valores sejam Regra de Três Composta
apresentados, para que assim, descubra o
A regra de três composta, permite descobrir
quarto valor.
um valor a partir de três ou mais valores
Com a regra de três composta podemos
conhecidos, analisando a proporção entre
determinar um valor desconhecido quando
três, ou mais grandezas.
relacionamos três ou mais grandezas.
Escrevem-se as razões de cada grandeza,
Em outras palavras, a regra de três permite
com uma letra para o valor desconhecido.
descobrir um valor não identificado, por
meio de outros três ou mais valores
conhecidos. 15 4 5
Regra de Três Simples
J O Ã O G UxI
A regra de três simples é uma proporção 3 2
entre duas grandezas, por exemplo: STUDIES
velocidade e tempo, venda e lucro, mão de
Fazemos a razão com o x igual ao produto
obra e produção…
das demais:
Para resolver uma regra de três simples,
escrevemos a proporção entre as razões das
grandezas, com uma letra para representar
o valor desconhecido, desta forma:
15
x
=
4
3
. 5
2
12 4
=
6 x Esta razão com o valor desconhecido deve
Se as grandezas forem diretas (aumentando ser comparada com as outras. Caso a
uma, a outra também aumenta, e vive e grandeza seja inversamente proporcional,
versa) a proporção é mantida. Se as invertemos a razão.
grandezas forem indiretas (aumentando uma,
a outra diminui, e vive e versa) inverte-se uma Multiplicam-se as razões, isolando o valor
razão. desconhecido e determinando seu valor.
Multiplicam-se os meios pelos extremos
(multiplicação cruzada), assim:
15 20
12 . x = 4 . 6 =
x 6
REGRA DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTA

Rascunho
20 . x = 15 . 6
20x = 90
90
x =
20

9
x =
2

Grandezas Diretamente Proporcionais


Duas grandezas são diretamente
proporcionais quando, o aumento de uma
implica no aumento da outra na mesma
proporção. JOÃO GUI
STUDIES
Grandezas Inversamente Proporcionais
Duas grandezas são inversamente
proporcionais quando, o aumento de uma
implica na redução da outra.
FATORIAL !
?
DEFINIÇÃO Rascunho

O fatorial é uma ferramenta matemática


utilizada na análise combinatória, na
determinação do produto dos antecessores
de um número maior que 1. Por exemplo:

1! = 1
2! = 2 * 1 = 2
3! = 3 * 2 *1 = 6
4! = 4 * 3 * 2 * 1 = 24
5! = 5 * 4 * 3 * 2 * 1 = 120
6! = 6 * 5 *4 * 3 * 2 * 1 = 720
7! = 7 * 6 * 5 * 4 * 3 * 2 * 1 = 5 040
8! = 8 * 7 * 6 * 5 * 4 * 3 * 2 * 1 = 40 320
9! = 9 * 8 * 7 * 6 * 5 * 4 * 3 * 2 * 1 = 362 880
10! = 10 * 9 * 8 * 7 * 6 * 5 * 4 * 3 * 2 * 1 = 3 628 800

E assim sucessivamente.

Um exemplo de utilização de fatorial está JOÃO GUI


STUDIES
presente no cálculo de anagramas de uma
palavra. Lembrando que anagrama é a
quantidade de novas palavras formadas com ou
sem sentido, utilizando as letras de outra palavra.
Por exemplo, vamos determinar os anagramas da
palavra AMOR.

A palavra AMOR é formada por quatro letras,


portanto:

4! = 4 * 3 * 2 * 1 = 24 palavras
PROBABILIDADE
?
DEFINIÇÃO Por exemplo, no lançamento de um dado,
um possível evento é ter um número par
A probabilidade é a área da matemática como resultado, sendo assim, o conjunto
que realiza o estudo da chance de um seria A: {2, 4, 6}. Calcular a probabilidade
determinado evento aleatório ocorrer. Há é descobrir a chance de que um evento
muitos estudos científicos que usam a ocorra.
probabilidade para conseguir prever Fórmula da probabilidade: com o interesse
comportamentos e modelar situações sociais em calcular a probabilidade de um
e econômicas. Os estudos da probabilidade determinado evento, dado um experimento
em conjunto com a estatística são aleatório, calculamo-la pela fórmula:
amplamente aplicados em eleições ou até
mesmo para estudo da contaminação de n (A)
COVID-19, entre outras situações. P (A) =
Para se dar bem em probabilidade no Enem, Onde: n (U)
é importante entender bem os conceitos
iniciais e a forma de calcular-se a P(A) → probabilidade do evento A.
probabilidade. Os conceitos são estes: n(A) → número de elementos no conjunto A,
Experimento aleatório: a probabilidade tratado também como casos favoráveis, ou
seja, é a quantidade de resultados
começa com o objetivo de estudar
JOÃO GUI favoráveis ao que queremos analisar.

S T U D I E S→
experimentos aleatórios. Um experimento
n(U) número de elementos no conjunto U
aleatório é o que, se for realizado sempre
(universo), tratado também como casos
nas mesmas condições, terá seu resultado
possíveis, ou seja, é a quantidade de
imprevisível, ou seja, é impossível saber
resultados possíveis que o experimento
qual será seu resultado exato. aleatório pode ter.
Espaço amostral: o espaço amostral de
um experimento aleatório é o conjunto de Observações importantes sobre probabilidade
todos os resultados possíveis. Ainda que
não seja possível prever exatamente o O valor da probabilidade pode ser representado
por uma fração, um número decimal ou pela
que vai acontecer no experimento, pode-
forma percentual:
se prever quais são os resultados
A chance de um evento acontecer é sempre
possíveis. Um exemplo clássico é um um número entre 0 e 100%.
lançamento de um dado comum, não é Na forma decimal, a probabilidade será
possível saber qual será o resultado, mas sempre entre 0 e 1.
existe o conjunto de resultados possíveis, Seja A um evento de probabilidade P(A), a
que é o espaço amostral, conhecido probabilidade de seu evento complementar, ou
também como universo, que, nesse caso, é seja, a chance do evento A não acontecer é
calculada por: 1 – P(A), na forma decimal, ou
igual ao conjunto U: {1, 2, 3, 4, 5, 6}.
100% – P(A), na forma percentual.
Evento: conhecemos como evento
Dados dois eventos, A e B, como eventos
qualquer subconjunto do espaço independentes, ou seja, o resultado de um deles
amostral. De forma mais direta, o evento não influência no resultado do outro:
é o conjunto de resultados que eu Probabilidade da intersecção: a
pretendo analisar no meu espaço probabilidade de acontecer A e B é
amostral. calculada por:

P (A B) = P (A) · P (B)
Probabilidade da união: a probabilidade de
acontecer A ou B é calculada por:

P (AՍB) = P (A) + P (B) – P (A B)
LOGARITMO
? 81 3
DEFINIÇÃO 27 3
O logaritmo é uma operação que nos 9 3
permite encontrar o expoente ao qual 3 3
devemos elevar uma base para obter uma
certa potência. Em outras palavras, dado um
1 34
número real e positivo b e uma base a Substituindo o 81 por sua forma fatorada, na
diferente de 1, o logaritmo de b na base a equação anterior, temos:
(representado por log_a(b)) é o expoente x 3x = 34
ao qual a base deve ser elevada para Como as bases são iguais, chegamos a
produzir a potência b, ou seja, a^x = b. conclusão que x = 4.
Para realizar operações com logaritmos, é
fundamental ter conhecimento das
propriedades da potenciação. O logaritmo de qualquer base, cujo
logaritmando seja igual a 1, o resultado será
igual a 0, ou seja, loga 1 = 0. Por exemplo,
log9 1 = 0, pois 90 =1.
Quando o logaritmando é igual a base, o
logaritmo será igual a 1, assim, loga a = 1.
JOÃO GUI Por exemplo, log5 5 = 1, pois 51= 5

STUDIES Quando o logaritmo de a na base a possui


uma potência m, ele será igual ao expoente
m, ou seja loga am = m, pois usando a
definição am = am. Por exemplo, log3 35 =
Lê-se logaritmo de b na base a, sendo a > 0 5.
e a ≠ 1 e b > 0. Quando dois logaritmos com a mesma base
Quando a base de um logaritmo for omitida, são iguais, os logaritmandos também serão
significa que seu valor é igual a 10. Este tipo iguais,ou seja, loga b = loga c⇔ b = c.
de logaritmo é chamado de logaritmo A potência de base a e expoente loga b será
decimal. igual a b, ou seja alogab = b.

Como calcular um logaritmo? Propriedades dos Logaritmos


O logaritmo é um número e representa um Logaritmo de um produto: O logaritmo de
dado expoente. Podemos calcular um um produto é igual a soma de seus
logaritmo aplicando diretamente a sua logaritmos: Loga (b.c) = Loga b + loga c
definição. Logaritmo de um quociente: O logaritmo
Qual o valor do log3 81? de um quociente é igual a diferença dos
logaritmos: Loga= Loga b - Loga c
Neste exemplo, queremos descobrir qual Logaritmo de uma potência: O logaritmo
expoente devemos elevar o 3 para que o de uma potência é igual ao produto
resultado seja igual a 81. Usando a definição, dessa potência pelo logaritmo: Loga bm
temos: = m . Loga b
log3 81 = x ⇔ 3x = 81 Mudança de base: Podemos mudar a
base de um logaritmo usando a seguinte
Para encontrar esse valor, podemos fatorar o relação:
número 81, conforme indicado: log b c
log C =
b log b b
RACIOCÍNIO LÓGICO
? Indução: considerado o oposto do método
DEFINIÇÃO anterior, uma vez que, inicia-se do
particular e segue para o geral. Nesse caso,
O raciocínio lógico é uma das disciplinas mais primeiro é realizada uma coleta de casos
temidas pelos estudantes. Isso porque ele é particulares até alcançar uma certa
frequentemente associado a cálculos. Mas, quantidade, em seguida é feita uma
você sabia que esse tema tem origem generalização.
filosófica? Com o desenvolvimento das várias Abdução: está na condição de
áreas de conhecimento, a lógica passou a ser intermediário entre os métodos anteriores.
utilizada em questões relacionadas à Geralmente, esse raciocínio tem início com
existência humana. observações incompletas e conduz-se para
A noção de lógica está ligado a duas uma explicação mais possível dentro do
vertentes: o uso de raciocínio na execução conjunto de observações.
atividades e o estudo filosófico do raciocínio
Como resolver testes de lógica
válido. O primeiro trabalho sobre esse tema foi
realizado por Aristóteles, dando origem a Os testes de lógica possuem vários níveis. Os
lógica aristotélica. mais simples englobam o raciocínio lógico
Já o termo raciocínio é caracterizado como matemático (progressão aritmética, equações,
uma operação lógica discursiva e mental, a sequências, etc.) e os mais complexos
qual é necessária para organizar dados
contemplam o raciocínio lógico crítico
JOÃO GUI
(imagens, palavras ou números) através do uso
de premissas a fim de alcançar uma conclusão.
(elaboração, avaliação e construção de planos

STUDIES
de ações sobre problemas variados).
A lógica aristotélica A melhor forma de aprender sobre raciocínio
lógico é justamente praticando. Que tal tentar
Segundo Aristóteles, a lógica não é um ciência e
resolver os problemas abaixo?
sim o Organon (instrumento) correto para pensar.
Através do silogismo (ponto central da logística
Aristotélica), é possível fazer inferências a partir Resumo sobre raciocínio lógico
de premissas. • Tem origem filosófica;
O silogismo, por sua vez, apresenta caráter • Teve o primeiro estudo desenvolvido por
dedutivo e é composto por três proposições:
Aristóteles, com a lógica aristotélica;
premissa maior (P), premissa menor (p) e
• É uma operação lógica discursiva e mental,
conclusão (c), que relacionam-se com outros três
necessária para organizar dados;
termos:
• Pode ser feito em três métodos: dedução,
• Termo menor: surge na premissa menor e é o
sujeito da conclusão; indução e abdução.
• Termo médio: surge em ambas as premissas
como ligação, mas não aparece na conclusão;
• Termo maior: surge na premissa maior e é o
predicado da conclusão.

Métodos de raciocínio lógico


Das premissas até a conclusão, o processo de
raciocínio lógico pode ser explicado de três
formas:
Dedução: tem o uso de uma premissa geral e
uma premissa particular do processo de
raciocínio lógico para alcançar uma conclusão.
Deste modo, inicialmente é criada uma lei
geral e depois são observados casos
particulares com objetivo de verificar se essa
lei não é falsa.
EQUAÇÃO DO PRIMEIRO GRAU 1°
? Substituindo na equação anterior, temos:
DEFINIÇÃO 2.(14) + 5y = 14 → 28 +5y = 14
As equações de primeiro grau são sentenças
matemáticas que estabelecem relações de Desse modo, basta fazer a operação para
igualdade entre termos conhecidos e encontrar o y:
desconhecidos, representadas sob a forma:
28 +5y = 14
ax+b = 0 5y = 14 - 28
5y = -14
Donde a e b são números reais, sendo a um y = -14/5 (14 sobre 5)
valor diferente de zero (a ≠ 0) e x representa
o valor desconhecido. Pronto, o resultado é:
O valor desconhecido é chamado de incógnita
que significa "termo a determinar". As x = 14
equações do 1º grau podem apresentar uma ou y = -14/5 (14 sobre 5)
mais incógnitas.
As incógnitas são expressas por uma letra Basicamente, você só precisa isolar a incógnita
qualquer, sendo que as mais utilizadas são x, y, mais fácil e substituir o resultado dela na outra
z. Nas equações do primeiro grau, o expoente operação.
das incógnitas é sempre igual a 1.
J O Ã O Adição
As igualdades 2.x = 4, 9x + 3 y = 2 e 5 = 20a GUI
S T U D Consiste
+ b são exemplos de equações do 1º grau. Já
as equações 3x2+5x-3 =0, x3+5y= 9 não são
I E S em somar duas equações de modo
que uma das incógnitas se anule.
deste tipo. Para isso, os coeficientes precisam ter sinais
O lado esquerdo de uma igualdade é opostos. Vamos conferir o exemplo:
chamado de 1º membro da equação e o lado
Exemplo:
direito é chamado de 2º membro. 3x + 4y = 36
x - 4y = 20
Passo a passo para resolver equações
de primeiro grau Somando as duas equações, temos:
Temos dois métodos de resolver equações de
(3x +4y) + (x - 4y) = 36 + 20
primeiro grau: substituição e adição.
Vamos aprender como fazer cada um e
Somando +4y com -4y, o resultado fica zero.
escolher o que achar mais fácil:
Portanto, ficamos com:
Substituição
(3x + 4y) + (x - 4y) = 56
Consiste em substituir uma equação na outra.
3x + x = 56
Exemplo:
2x + 5y = 14
Agora, basta somar a equação e encontrar o
x + 2 = 16
valor de x:

Isolando o x na segunda equação, temos:


3x + x = 56
4x = 56
2x + 5y = 14
x = 56/4
x = 16 - 2
x = 14

Descobrimos assim a primeira variável:

x = 14
EQUAÇÃO DO PRIMEIRO GRAU 1°
Encontramos os valores de nossas incógnitas: Para quem tem mais prática, o método de
adição pode ser um pouco mais rápido para o
x = 14 Enem.
y = -3/2
Saber resolver equações de primeiro e segundo
E se os valores das incógnitas não forem grau serve como base para diversos outros
opostos? assuntos não apenas de matemática, mas
Essa é uma dúvida bem comum quando os também nas demais matérias de exatas.
estudantes utilizam métodos de adição para
resolver equações de primeiro e segundo grau.
Caso os valores não sejam opostos, como no Rascunho
exemplo abaixo:

2x + 8y = 56
x - 2y = -14

Você pode multiplicar uma das equações de


modo que incógnitas fiquem opostas. Nesse
caso, multiplicaremos a segunda equação por
-2. Confira:

2x + 8y = 56 JOÃO GUI

x - 2y = -14 (.-2)
STUDIES
- 2x + 4y = +28

Importante:
1. Você precisa multiplicar toda operação e
não apenas a incógnita desejada;
2. Você precisa mudar o sinal de toda
equação.
Portanto, ficamos:

2x + 8y = 56
- 2x + 4y = +28

Basta fazer aquele processo que já


conhecemos:

2x + 8y + (- 2x + 4y) = 56 +28
2x + 8y + (- 2x + 4y) = 56 +28
8y + 4y = 84

12y = 84
y = 84/12
y=7
x - 2y = -14
x - 2.7 = -14
x = 28
EQUAÇÃO DO SEGUNDO GRAU 2°
? Substituição
DEFINIÇÃO Vamos começar com a seguinte equação:
A equação do segundo grau recebe esse nome
2x² + 3y = 37
porque é uma equação polinomial cujo termo
x² - y = 4
de maior grau está elevado ao quadrado.
Também chamada de equação quadrática, é
Para começar, pegamos a equação mais fácil
representada por:
de isolar, que é a primeira nesse caso:
ax² + bx + c = 0
x² = 4 + y
Numa equação do 2º grau, o x é a incógnita e
Substituindo na equação anterior:
representa um valor desconhecido. Já as letras
a, b e c são chamadas coeficientes da
2x² + 3y = 37
equação.
2.(4 + y)² + 3y = 37
Os coeficientes são números reais e o
2.(16 + y²) + 3y = 37
coeficiente a tem que ser diferente de zero,
32 + 2y² + 3y = 37
pois do contrário passa a ser uma equação do
1º grau.
Agora, precisaremos organizar a equação
para utilizar a fórmula de Bháskara:
bx + c = 0
JOÃO GUI
S T U D I 2y²
ES
32 + 2y² + 3y = 37
Resolver uma equação de segundo grau,
+ +3y - 5 = 0
significa determinar os valores reais de x, que
tornam a equação verdadeira. Esses valores
Primeiro, descobriremos o delta:
são denominados raízes da equação.
Uma equação do segundo grau possui no
Δ= b2- 4ac
máximo duas raízes reais.
Δ = (3)² - 4.2.-5
Equações do 2º Grau Completas e Δ = 9 + 40
Incompletas Δ = 49

As equações do 2º grau completas são aquelas Em seguida, vamos descobrir os dois valores de
que apresentam todos os coeficientes, ou seja y com as duas fórmulas a seguir:
a, b e c são diferentes de zero (a, b, c ≠ 0).

ax² + bx + c = 0

Por exemplo, a equação 5x2 + 2x + 2 = 0 é


completa, pois todos os coeficientes são
diferentes de zero (a = 5, b = 2 e c = 2).
Uma equação do segundo grau é incompleta
quando b = 0 ou c = 0 ou b = c = 0.
Passo a passo para resolver equações
de segundo grau

Assim como a equação de primeiro grau, você


também pode fazer pelo modelo de adição ou
substituição. Vamos aprender:
EQUAÇÃO DO SEGUNDO GRAU 2°
Portanto, temos: -y² = -16 (.-1)
y² = 16
Y’ = (-3 + 49√)/ 2.2 y = 16√
Y’ = (- 3 + 7) / 4 y’= 4
Y’ = 4/4 y’’ = -4
Y’ = 1
Y’ = -3 - 49√ / 2.2 Nesse caso, sabemos o valor do y, mas ainda
Y’ = (-3 - 7) / 4 não sabemos os dois valores de x.
Y’ = -10/4 Podemos assim substituir em qualquer uma das
Y’ = -5/2 equações para encontrar:

Agora, descobriremos os valores de x, 2x² + 3y² = 64


substituindo em qualquer uma das equações: 2x² + 3.(4)² = 64
2x² + 48 = 64
x² - y = 4 2x² = 64 - 48
x² - (1) = 4 2x² = 16
x² -1 = 4 x² = 16/2
x² = 4 +1 x² = +8√
x² = 5 x’’ = -8√
x = 5√
Com o segundo Y:
x² - y = 4 JOÃO GUI
x² - (-5/2) = 4
x² +5/2 = 4
S T U D 2x²
I E+ S3-² = 64
2x² + 3.(-4)² = 64
x² = 4 -5/2 2x² + 48 = 64
x² = 3/2 2x² = 64 - 48
x = 32√ 2x² = 16
x² = 16/2
Adição x² = +8√
x’’ = -8√
O processo com adição é bem semelhante ao
modelo anterior da equação de primeiro grau.
Confira:

x² + 2y² = 24
2x² + 3y² = 64

Como as incógnitas não estão opostas,


precisamos multiplicar a primeira por (-2),
ficando:

x² + 2y² = 24 (. -2)
-2x² -4y² = -48

Pronto, agora é só somar as duas equações:

(2x² + 3y²) + (-2x² -4y²)= - 48 +64


(2x² + 3y²) + (-2x² -4y²)= -16
3y² - 4y² = -16
FUNÇÃO
FUNÇÃO DO 1° GRAU Função crescente: à medida que os valores de
x aumentam, os valores correspondentes em y
?
DEFINIÇÃO
também aumentam.

Função decrescente: à medida que os valores


A formação de uma função do 1º grau é de x aumentam, os valores correspondentes de
expressa da seguinte forma: y diminuem.

y = ax + b, onde a e b são números reais e a é Exemplos de funções do 1º grau


diferente de 0.
y = 4x + 2, a = 4 e b = 2
y = 5x – 9, a = 5 e b = –9
Consideremos x e y duas variáveis, sendo uma
y = – 2x + 10, a = – 2 e b = 10
dependente da outra, isto é, para cada valor
y = 3x, a = 3 e b = 0
atribuído a x corresponde um valor para y.
y = – 6x – 1, a = – 6 e b = – 1
Definimos essa dependência como função,
y = – 7x + 7, a = –7 e b = 7
nesse caso, y está em função de x. O conjunto
de valores conferidos a x deve ser chamado
Raiz ou zero de uma função do 1º grau
de domínio da função e os valores de y são a
imagem da função.
Para determinar a raiz ou o zero de uma
Toda função é definida por uma lei de
função do 1º grau é preciso considerar
formação, no caso de uma função do 1º grau a
JOÃO GUI
lei de formação será a seguinte: y = ax + b,
y = 0. De acordo com gráfico, no instante em
que y assume valor igual a zero, a reta
onde a e b são números reais e a ≠ 0.
STUDIES
Esse tipo de função deve ser dos Reais para os
intersecta o eixo x em um determinado ponto,
determinando a raiz ou o zero da função.
Reais.
A representação gráfica de uma função do 1º
Vamos determinar a raiz das funções a seguir:
grau é uma reta. Analisando a lei de formação
y = ax + b, notamos a dependência entre x e y,
y = 4x + 2
e identificamos dois números: a e b. Eles são os
y=0
coeficientes da função, o valor de a indica se
4x + 2 = 0
a função é crescente ou decrescente e o valor
4x = –2
de b indica o ponto de intersecção da função
x = –2/4
com o eixo y no plano cartesiano. Observe:
x = –1/2

Função Crescente A reta representada pela função y = 4x + 2


intersecta o eixo x no seguinte valor: –1/2

y = – 2x + 10
y=0
– 2x + 10 = 0
– 2x = – 10 (–1)
2x = 10
x = 10/2
Função Decrescente x=5
A reta representada pela função y = – 2x + 10
intersecta o eixo x no seguinte valor: 5
FUNÇÃO
y = – 7x + 7
y=0
–7x + 7 = 0
–7x = –7
x=1

A reta representada pela função y = –7x + 7


intersecta o eixo x no seguinte valor: 1

y = 3x
y=0
3x = 0 Exemplos de funções do 2º grau
x=0
a)
A reta representada pela função y = 3x
intersecta o eixo x no seguinte valor: 0 f(x) = 2x²+3x + 1
a=2
b=3

FUNÇÃO DO 2° GRAU
c=1

b)
? JOÃO GUI
DEFINIÇÃO S T U D g(x)
I E=S-x² + 4
a = -1
b=0
Definimos como função do 2º grau, ou função
quadrática, a função R → R, ou seja, uma
c=4
função em que o domínio e o contradomínio
c)
são iguais ao conjunto dos números reais, e que
possui a lei de formação f(x) = ax² +bx +c.
h(x) = x² – x
O gráfico da função quadrática é sempre uma
a=1
parábola e possui elementos importantes, que
b = -1
são:
c=0
as raízes da função quadrática, calculadas
pelo x’ e x”;
Valor numérico de uma função
o vértice da parábola, que pode ser
encontrado a partir de fórmulas Para encontrar o valor numérico de qualquer
específicas. função, conhecendo a sua lei de formação,
Uma função polinomial é conhecida como basta realizarmos a substituição do valor de x
função do 2º grau, ou também como função para encontrar a imagem f(x).
quadrática, quando em sua lei de formação Dada a função f(x) = x² + 2x – 3, calcule:
ela possui um polinômio de grau dois, ou seja, a) f(0)
f(x) = ax² +bx +c, em que a, b e c são números f(0) = 0² +2·0 – 3 = 0 + 0 – 3 = –3
reais, e a ≠ 0. Além da lei de formação, essa b) f(1)
função possui domínio e contradomínio no f(1) = 1² + 2·1 + 3 = 1+2 – 3 = 0

conjunto dos números reais, ou seja, f: R R. c) f(2)
f(2) = 2² + 2·2+3 = 4+4–3=5
d) f(-2)
f(-2) = (-2)² + 2·(-2) – 3
f(-2) = 4 - 4 – 3 = –3
FUNÇÃO
Raízes da função de 2º grau

Para encontrar as raízes da função quadrática, Gráfico de uma função do 2º grau


conhecidas também como zero da função, é
necessário o domínio das equações do O gráfico de uma função do 2º grau é
segundo grau. Para resolver uma equação do representado sempre por uma parábola.
segundo grau, há vários métodos, como a Existem duas possibilidades, dependendo do
fórmula de Bhaskara e a soma e produto. valor do coeficiente “a”: a concavidade da
A raízes de uma função quadrática são os parábola pode ser para cima ou para baixo.
valores de x que fazem com que f(x) = 0.
Sendo assim, para encontrar as raízes de uma Se a > 0, a concavidade é para cima:
equação do 2º grau, faremos ax² + bx + c = 0.

Exemplo:
f(x) = x² +2x – 3
a=1
b=2
c = –3
Δ =b² – 4ac
Δ=2² – 4 ·1·(-3)
Δ=4 +12
Δ = 16
JOÃO GUI
S T U D OI E S V representa o que conhecemos como
ponto
vértice da parábola, que, nesse caso, é o ponto
de mínimo, ou seja, o menor valor que f(x) pode
assumir.

Se a < 0, a concavidade é para baixo:

Então, os zeros da função são {1, -3}.


O valor do delta nos permite saber quantos
zeros a função quadrática vai ter. Podemos
separar em três casos:

Δ>0 → a função possui duas raízes reais Quando isso ocorre, perceba que, nesse caso, o
vértice é o ponto de máximo da função, ou
distintas;
Δ = 0 → a função possui uma única raiz seja, maior valor que f(x) pode assumir.
Para fazer o esboço do gráfico, precisamos
real;
Δ<0 → a função não possui raiz real. encontrar:
os zeros da função;
o ponto em que a função intercepta o eixo
y;
o ponto de máximo ou de mínimo da
parábola, que conhecemos como vértice
da parábola.
FUNÇÃO
Vértice da parábola

Para realizar o esboço do gráfico de uma 2º passo: encontrar o vértice da parábola.


função, é necessário encontrar três elementos: Então o vértice da parábola é o ponto V(3, -1).
os zeros ou raízes da função, o vértice e o
ponto em que a função toca o eixo y, conforme 3º passo: encontrar o ponto de intersecção
o exemplo a seguir. da parábola com o eixo y.
Para isso, basta calcular f(0):
Exemplo:

f(x) = x² – 6x + 8 f(x) =x² – 6x + 8


f(0) = 0² -6·0 + 8
1º passo: As raízes da função são os pontos f(0) = 8
em que a parábola toca o eixo x, logo
queremos encontrar os pontos (x’, 0) e Por fim, o ponto C (0,8) pertence ao gráfico.
(x”,0).
4º passo: Agora que temos os pontos, vamos
Para isso faremos f(x) = 0, então temos que: marcá-los no plano cartesiano e fazer o
x² – 6x + 8=0 esboço do gráfico da parábola.
a= 1
b= -6 A(4,0)
c=8 B(2,0)

Δ = b² -4ac
JOÃO GUI V(3,-1)
C(0,8)
Δ = (-6)² -4·1·8 STUDIES
Δ = 36 – 32
Δ = 4

Já temos dois pontos para o gráfico, o ponto


A(4,0) e o ponto B (2,0).
2º passo: encontrar o vértice da parábola.
SISTEMAS DE EQUAÇÕES
? Após substituir o valor de x, na segunda
DEFINIÇÃO equação, podemos resolvê-la, da seguinte
maneira:
Um sistema de equações é constituído por um
conjunto de equações que apresentam mais de 3 . (12 -y) - y = 20
uma incógnita. Para resolver um sistema é 36 - 3y - y = 20
necessário encontrar os valores que satisfaçam -4y = 20 - 36
simultaneamente todas as equações. 4y = 16
Um sistema é chamado do 1º grau, quando o y = 16/4
maior expoente das incógnitas, que integram y=4
as equações, é igual a 1 e não existe
multiplicação entre essas incógnitas. Agora que encontramos o valor do y, podemos
substituir esse valor da primeira equação, para
Como resolver um sistema de equações encontrar o valor do x:
do 1º grau?
x + 4 = 12
Podemos resolver um sistema de equações do 1º x = 12 - 4
grau, com duas incógnitas, usando o método da x=8
substituição ou o da soma.
Assim, a solução para o sistema dado é o par
Método da substituição
JOÃO GUI ordenado (8, 4). Repare que esse resultado
tornam ambas as equações verdadeiras, pois 8
Esse método consiste em escolher uma S TdasU D I E S
equações e isolarmos uma das incógnitas, para
+ 4 = 12 e 3.8 - 4 = 20.

determinar o seu valor em relação a outra


incógnita. Depois, substituímos esse valor na outra
Método da Adição
equação.
Desta forma, a segunda equação ficará com uma No método da adição buscamos juntar as duas
única incógnita e, assim, poderemos encontrar o equações em uma única equação, eliminando
seu valor final. Para finalizar, substituímos na uma das incógnitas.
primeira equação o valor encontrado e, assim, Para isso, é necessário que os coeficientes de
encontramos também o valor da outra incógnita. uma das incógnitas sejam opostos, isto é, devem
Exemplo: ter o mesmo valor e sinais contrários.

Exemplo:
Resolva o seguinte sistema de equações:
Para exemplificar o método da adição, vamos
resolver o mesmo sistema anterior:

Vamos começar escolhendo a primeira equação


do sistema, que é a equação mais simples, para
isolar o x. Assim temos: Note que nesse sistema a incógnita y possui
coeficientes opostos, ou seja, 1 e - 1. Então, iremos
começar a calcular somando as duas equações,
conforme indicamos abaixo:
SISTEMAS DE EQUAÇÕES
Ao anular o y, a equação ficou apenas com o x, Logo, x = - 12, não podemos esquecer de
portanto agora, podemos resolver a equação: substituir esse valor em uma das equações para
encontrar o valor do y. Substituindo na primeira
equação, temos:

Para encontrar o valor do y, basta substituir


esse valor em uma das duas equações. Vamos
substituir na mais simples:

Note que o resultado é o mesmo que já


havíamos encontrado, usando o método da
substituição.
Quando as equações de um sistema não Assim, a solução para o sistema é o par
apresentam incógnitas com coeficientes ordenado (- 12, 60)
opostos, podemos multiplicar todos os termos
por um determinado valor, a fim de tornar Classificação dos sistemas de equações
possível utilizar esse método.
Por exemplo, no sistema abaixo, os Um sistema do 1º grau, com duas incógnitas x e y,

JOÃO GUI
coeficientes de x e de y não são opostos: formado pelas equações a1x + b1y = c1 e a2x +
b2y = c2, terá a seguinte classificação: possível e
STUDIES determinado, possível e indeterminado e
impossível.
O sistema será possível e determinado quando
apresentar uma única solução. Isso acontecerá
Portanto, não podemos, inicialmente, anular quando:
nenhuma das incógnitas. Neste caso, devemos
multiplicar por algum número que transforme o
coeficiente em um número oposto do
coeficiente da outra equação.
Podemos, por exemplo, multiplicar a primeira Quando o sistema apresentar infinitas soluções,
equação por - 2. Contudo, devemos ter o será classificado como possível e indeterminado.
cuidado de multiplicarmos todos os termos por A condição para que um sistema seja desse tipo
- 2, para não modificarmos a igualdade. é:
Assim, o sistema equivalente ao que queremos
calcular é:

Já os sistemas impossíveis, não possuem nenhuma


solução. Nesse tipo de sistema temos:

Agora, é possível resolver o sistema por adição,


conforme apresentado abaixo:
SISTEMAS DE EQUAÇÕES
Exemplo:
Classifique o sistema abaixo:
Rascunho

Para identificar o tipo de sistema, vamos


calcular a razão entre os coeficientes das
equações:

Como
JOÃO GUI
STUDIES
Então, o sistema é impossível.

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